Pense em uma marca luxuosa. Agora pense em bolsas e malas. Certamente a marca que lhe veio à cabeça é a francesa LOUIS VUITTON. Assim, de maneira simples, apenas com duas palavras, pode ser resumido o conceito que envolve duas das letras mais famosas do alfabeto conhecido por viajantes há mais de um século: LV. Duas letras poderosas capazes de levar mulheres do mundo todo a ficar em uma fila de espera para comprar bolsas em valores que passam facilmente dos três dígitos. Ou ainda fazer duas mil japonesas passarem a noite em claro, na calçada, aguardando a inauguração de uma loja. O segredo de seu sucesso é aliar qualidade e exclusividade, criar objetos de desejo em número limitado, que muitas sonham ter, mas nem todas conseguem. A LV é muito mais do que uma grife de luxo, é uma lenda.
A história
A saga da tradicional marca francesa tem suas origens em uma pequena aldeia remota na região de Jura, próximo à fronteira com a Suíça. Louis Vuitton nasceu no dia 4 de agosto de 1821 nos seios de uma família pobre de moleiros e carpinteiros. Aos 16 anos, ele resolveu viajar, a pé (400 km), para Paris com o objetivo de aprender durante uma jornada de dois anos como trabalhar com madeira. Depois, o jovem Vuitton foi contratado como aprendiz de um fabricante de baús de viagem, Monsieur Maréchal, que eram usados pela alta sociedade em suas mudanças e deslocamentos. O jovem rapaz trabalhou muito para criar algo diferente, que fosse além de útil, prático e bonito. O conceito de aliar beleza e praticidade foi pioneiro na época. O destino extraordinário de Louis Vuitton começou a mudar em 1851 quando para cada viagem do imperador francês Napoleão III, ele era trazido ao belíssimo Palais des Tuilleries para embalar as bagagens da imperatriz Eugênia. A partir daí, sua sorte mudou e o jovem começou a colher os frutos de tanto trabalho e pesquisa.
Em 1854 ele resolveu fundar a MAISON LOUIS VUITTON MALLETIER no número 4 da Rua Neuve dês Capucines, no centro da capital francesa, próximo à famosa praça Vendôme. A sua grande primeira ideia foi criar um tecido altamente resistente e revestido (uma lona encerada impermeável, criando assim o conceito de malas “a prova d’água”), que iria substituir o couro. Um golpe de gênio: utilizar um material menos restritivo do que a pele natural e com melhor cheiro, já que as malas de couro da época eram famosas pelo mau odor. Além disso, ele revestiu os cantos dos baús com ponteiras de metal, tornando-os mais resistentes. E mesmo depois de aberta a oficina, ele ainda produzia por encomenda produtos exclusivos e únicos para os abastados da época, como um baú que virava cama, criado para atender a uma solicitação de um explorador europeu; outro baú que se transformava em charrete, para um viajante muito especial; e ainda, um baú flutuante para os praticantes de balonismo que volta e meia caíam no mar. Pouco tempo depois, em 1858, ele criou as primeiras “malles plates”, um novo formato de baú (com tampa reta, diferentemente do utilizado na época, com tampa abaulada para permitir o escoamento da água da chuva, leve e à prova d’água), que facilitava a arrumação nos porões dos navios e o empilhamento nos trens, e o revestiu com sua assinatura em cinza. Tudo para atender às madames da época que viajavam de navio e precisavam de uma mala que pudesse ao mesmo tempo transportar de tudo e com muita classe. O material utilizado era sempre o mesmo: madeira, zinco, cobre e lonas impermeáveis. A ferramenta: seu apuro artesanal que cativou muitos ricos e nobres da época.
Com o crescimento da empresa e a divulgação da marca ao redor do mundo, Georges Vuitton, filho de Louis, uniu-se ao pai a partir de 1870 para a abertura de novas lojas fora de seu país de origem, que aconteceria somente quinze anos depois. Ainda neste ano, Louis criou o Gris Trianon, que revolucionou de imediato o princípio do baú com seu canvas cinza-claro. Apesar de volumoso, era muito leve, pois era fabricado com uma madeira chamada álamo. Em 1876, a empresa teve que tomar sua primeira atitude em relação às imitações, mudando sua já famosa lona cinza do modelo Trianon para as listras nas cores bege e marrom. O posicionamento da marca em relação à viagem era tal que foram criados produtos sob encomenda para esse fim: a Wardrobre, uma mala-armário vertical; a “mala-cama”, em 1879; a “mala-secretária”; a mala de sapatos; as famosas caixas de chapéus; nécessaires personalizadas e até reboques de camping. Em 1885 foi inaugurada a segunda loja em Londres, localizada na badalada Oxford Street e primeira fora da França. Georges Vuitton herdou o poder criativo do pai e continuou a inovação da marca ao criar, em 1886, os fechos das malas e bagagens com um sistema de fechamento inteligente que tornou os baús de viagem verdadeiras arcas do tesouro. Era um sistema único de trancas formadas por duas fivelas com molas. Assim, as famílias abastadas, que precisavam viajar com frequência e queriam levar consigo roupas e joias caríssimas, começaram a ter confiança nas malas LV para carregar seus pertences. Após vários anos de desenvolvimento, Georges patenteou esse sistema revolucionário. Por ser um sistema tão efetivo, ele desafiou publicamente o grande mágico americano Harry Houdini a escapar do baú da LOUIS VUITTON e de seu fecho. Houdini não aceitou o desafio, mas a eficácia do fecho é incontestável. Ele é usado até os dias de hoje.
Com o passar dos anos seus produtos despertaram inveja e inspiraram inúmeros imitadores. E, no ano de 1888, como forma de boicotar as imitações, Geroges criou uma nova impressão batizada de “Damier” (que remete a um tabuleiro de jogo de damas) em marrom e bege trazendo a inscrição “marque L. Vuitton déposée”, ou seja, “marca registrada Louis Vuitton”. Foi em vão. A primeira utilização dos tradicionais monogramas das letras LV, granulados e nas cores marrom e bege, juntamente com símbolos que reproduziam flores, que hoje é a marca registrada da LOUIS VUITTON, aconteceu somente em 1896 quando Georges, filho de Louis, que morreu quatro anos antes, como mais uma tentativa de diferenciar seus produtos das inúmeras imitações que eram fabricadas na época. Rapidamente, os baús e malas com monogramas da marca caracterizavam as pessoas ricas e de bom gosto nas viagens de trens e navios. E, depois, nas primeiras classes dos aviões.
O The Louis Vuitton Building foi inaugurado em 1914 na cidade de Paris, em um luxuoso endereço na Avenida Champs-Élysées, como a maior loja de produtos para viagem do mundo na época. Nesse mesmo ano, a empresa ampliou sua atuação internacional com inaugurações de lojas em Nova York, Bombaim, Washington, Londres, Alexandria e Buenos Aires. Em 1936, Georges Vuitton faleceu e, novamente, a empresa foi passada para um descendente direto da família, seu filho Gaston-Louis Vuitton. Sedento pela descoberta de novos materiais, ele dedicou-se com afinco ao seu objetivo, e, no ano de 1959, criou um tecido impermeável mais maleável à base de linho, algodão e PVC, utilizado como matéria-prima nos modelos de bolsas até os dias de hoje. Em 1977, Henry Recamier, genro da matriarca Renée Vuitton, assumiu o comando da empresa e iniciou a verticalização dos negócios. A empresa, então com apenas duas lojas próprias, alcançou vendas de US$ 12 milhões e lucro de US$ 1.2 milhões. Em 1978, a primeira loja no Japão foi inaugurada e no início da década seguinte a expansão asiática chegou a Taiwan e a Coréia do Sul.
Até meados dos anos de 1980, a LOUIS VUITTON parecia fadada a vender malas e bolsas clássicas para um público restrito, porém muito fiel. Em 1987, o magnata francês Bernard Arnault comprou a grife da família Vuitton e, com ela, ergueu os pilares do grupo LVMH (Moët Hennessy • Louis Vuitton), maior conglomerado de marcas de luxo do planeta. Em um mundo globalizado, ele enxergou o potencial que um nome com a tradição da LOUIS VUITTON teria entre um público ansioso por consumir luxo de qualidade. Incluindo a inauguração da primeira loja da marca no Brasil, em 1989. Pouco depois, em 1992, a primeira loja em território chinês foi inaugurada, de olho na enorme população rica e crescente do país, que hoje é indubitavelmente uma grande potência consumista, especialmente no segmento de luxo. Cultuada por esta qualidade, a marca começou a se preocupar em lançar tendências em 1996, quando convocou sete estilistas renomados - Helmut Lang, Azzedine Alaïa, Vivienne Westwood, Isaac Mizrahi, Romeo Gigli, Manolo Blahnik e Sybilla - para reinventar seus acessórios, em uma homenagem aos 100 anos dos famosos monogramas.
Mas a injeção de dinheiro não foi suficiente. Em 1997, Arnault contratou o estilista americano Marc Jacobs para renovar a LV e criar sua primeira coleção de roupas, além de sapatos, relógios e até joias extremamente sofisticadas. Reconhecido nos Estados Unidos por sua modernidade, o estilista americano desembarcou em Paris como um quase desconhecido, mas mostrou a que veio logo na primeira temporada. Transformou as bolsas LV em coqueluche. Disposto a inovar, a célebre combinação do logotipo marrom e amarelo sobre o fundo de couro marrom, dando um ar contemporâneo com símbolos da cultura pop e cores novas, o americano convidou nos anos seguintes artistas e designers para experiências mais ousadas. Em 2001, Stephen Sprouse emplacou as bolsas grafitadas. Depois vieram os trabalhos em patchwork da artista inglesa Julie Verhoeven, as cores fluorescentes do diretor teatral Bob Wilson e os mangás do desenhista Takashi Murakami. Em outra prova de ousadia, convidou a atriz Jennifer Lopez para ser garota-propaganda da grife francesa, logo ela, que, com seus decotes exagerados e combinações esdrúxulas, já foi eleita uma das mulheres mais mal vestidas de Hollywood. Para o estilista, ela representava uma mulher influente, poderosa e cheia de glamour, do jeito que a cliente LOUIS VUITTON se sente com as criações da marca.
Em 2004, quando comemorou seus 150 anos, a marca francesa inaugurou lojas em São Paulo, Cidade do México, Nova York, Cancun, Joanesburgo e República Dominicana, além da primeira loja global em Xangai na China. Pouco depois, em 2005, a marca lançou seu primeiro comércio eletrônico, inicialmente para o mercado francês. No final de 2013, após 16 anos no comando de criação artística da marca francesa, Jacobs se despediu para se dedicar à sua marca própria, também de propriedade do grupo LVMH. Mas, os méritos de Marc Jacobs são reconhecidos por todos. Sob seu comando, a marca cresceu 80%. Há mais de 160 anos a LOUIS VUITTON conserva intacto o seu poder de atração, quer sobre as cabeças coroadas quer sobre as estrelas de Hollywood, de Cary Grant a Marlene Dietrich, de Sharon Stone a Jennifer Lopez. No segmento de malas, produto com o qual a tradicional marca iniciou sua escalada rumo ao sucesso, sua missão continua sendo fazer da viagem uma experiência pessoal e única. Mas sempre mantendo seus valores, que não mudaram desde o ano de sua criação: originalidade, espírito “avant-garde”, qualidade, “saber fazer” e paixão.
Yves Carcelle foi um simpático francês que de 1990 até 2012 ocupou o cargo de CEO da marca. O legado dele é inegável. Embora não carregasse o sangue Vuitton, ele foi responsável pelas principais mudanças por que passou a grife e a transformou de uma produtora local de bolsas em um colosso da moda mundial de luxo. Durante sua gestão à frente da LV, ele acertou mais do que errou. A marca passou de 125 lojas para mais de 400. E, nos últimos cinco anos de sua gestão, a produção dobrou. Essa capacidade de despertar desejo – entre celebridades, suas bolsas são quase um uniforme – se deve, em grande parte, a sua gestão eficaz. O homem a quem se credita ter transformado a LOUIS VUITTON em uma das maiores grifes de luxo do mundo, faleceu no dia 31 de agosto de 2014 vítima de um câncer.
Em 2017, a marca francesa surpreendeu mais uma vez, ao investir em uma nova parceria com o artista Jeff Koons. Referência na arte pop atual, Koons assinou uma edição limitada de bolsas e acessórios inspirada em grandes mestres da pintura mundial. Intitulada “Masters”, a nova coleção trouxe reproduções de obras como “Monalisa” de Leonardo da Vinci; “Marte, Vênus e Cupido” de Tiziano; “Campo de Trigo com Corvos” de Vincent Van Gogh; “Caçada do Tigre” de Peter Paul Rubens e “Jovem Brincando com Cachorro em sua Cama” de Jean-Honoré Fragonard. A ideia principal foi trazer a arte tradicional até a moda do século XXI, com um apelo fashion e atual. Por isso todas as bolsas são identificadas com o nome do pintor representado em letras maiúsculas e uma biografia dele no interior.
A linha do tempo
1901
● Com o lançamento da bolsa STEAMER a marca deu seu primeiro passo para a diversificação de produtos, ingressando no mercado de bolsas, carro-chefe da LOUIS VUITTON até os dias de hoje. Era uma bolsa maleável em canvas bruto e couro. Seu sistema de dobradura fazia com que fosse extremamente prática e ocupasse pouco espaço no baú de cabine. A Steamer é a antecessora da bolsa de viagem ou esportiva e a precursora da bagagem maleável.
1920
● Criado por Georges Vuitton e seu filho Gaston-Louis em 1920, o couro EPI foi inspirado nos campos de trigo que se movem sob os raios de sol. Seu granulado característico revestiu muitos baús, incluindo o baú-escrivaninha, um pedido especial para o grande regente orquestral americano Leopold Stokowski em 1930.
1929
● Lançamento do primeiro perfume da marca francesa.
1930
● Lançamento da KEEPALL BAG, a tradicional mala de mão, o item mais vendido da marca e a primeira com tecido impermeável flexível.
1932
● Lançamento da bolsa NOÉ (estilo saco), um dos maiores sucessos da marca, que foi desenvolvida inicialmente com a finalidade de carregar garrafas de champanhe, mas acabou se tornando uma bolsa venerada por milhares de mulheres de fino trato no mundo. Com capacidade para cinco garrafas, a bolsa foi criada por Gaston-Louis a pedido de um produtor da região de Champagne.
1933
● Lançamento da bolsa SPEEDY, que se uniu à linha existente, aumentando ainda mais a gama de modelos fabricados pela marca. A bolsa, feita de couro com fecho de zíper e a alça curta, desenvolvida para ser carregada nas mãos, se tornou um ícone quando Audrey Hepburn solicitou um modelo menor nos anos de 1960. O modelo com o monograma de quatro pétalas se tornou um dos mais famosos, desejados e vendidos da grife. A icônica bolsa está disponível em três tamanhos: 25 (25 cm x 18 cm), 30 (30 cm x 20 cm) e 35 (35 cm x 23 cm).
1966
● Lançamento da bolsa em formato cilíndrico PAPILLON, que significa borboleta, fazendo referência principalmente às alças finas que lembram as asas do inseto.
1985
● Lançamento da linha EPI, composta por incríveis carteiras e malas de luxo, com cores brilhantes e chamativas.
1993
● Lançamento da TAÏGA, uma linha de malas e pastas em couro para homens e mulheres de negócios, que se destacava por seu visual sóbrio, composta por peças em sua maioria na cor preta.
1994
● Desenvolvimento de produções editoriais com o lançamento de uma série de publicações sobre viagens, intitulada “Voyager avec...”. Até hoje já foram publicados mais de 60 livros.
1996
● Lançamento em comemoração ao centenário da estampa original de uma linha de carteiras que combinava o famoso monograma com detalhes de animais.
1997
● Lançamento de uma linha de canetas, desenvolvida por Anouska Hempel.
1998
● Lançamento de sua primeira coleção de roupas, assinada pelo estilista Marc Jacobs, ingressando de vez no universo fashion.
● Lançamento da linha de bolsas e carteiras com o tradicional monograma feito em verniz colorido. O que era para ser uma edição limitada se transformou em linha permanente.
1999
● Lançamento do LOUIS VUITTON CITY GUIDE, um sofisticado guia turístico de cidades do mundo.
● Lançamento da coleção de bolsas MINI MONOGRAM, uma linha muito prática, com detalhes em couro e de materiais leves, respondendo à demanda de todas suas consumidoras.
2000
● Inauguração de sua primeira loja no continente africano, localizada em Marrakesh no Marrocos.
2001
● Lançamento da linha de joias, tendo como primeira peça o luxuoso bracelete CHARM.
● Lançamento da linha de bolsas GRAFFITI, compostas por peças com estampas em grafites, desenvolvida em colaboração com Stephen Sprouse, que causou frisson com modelos exclusivos vendidos apenas para clientes importantes da marca.
2002
● Lançamento da linha de relógios com o modelo TAMBOUR.
2003
● Takashi Murakami colaborou com a marca criando os monogramas coloridos em 33 versões com fundos branco e preto, dando sequência à união entre arte e moda. Também acrescentou flores ao tradicional monograma, mas apenas em algumas peças, cultivando o ar de exclusividade, fundamental para o sucesso no mercado onde atua a LV.
2005
● Lançamento da nova coleção de relógios batizada SPEEDY.
2006
● Lançamento da linha ONATAH que trazia Gisele Bündchen como garota-propaganda. Foi a primeira vez na história da grife que bolsas em camurça, onde as flores do tradicional monograma aparecem como desenhos muito delicados, foram perfurados na própria tela da bolsa.
2007
● Lançamento em edição limitadíssima da LOUIS VUITTON TRIBUTE PATCHWORK, uma bolsa feita de 15 partes das melhores bolsas da marca, que chegou a custar US$ 45.000.
2008
● Lançamento da linha de bolsas DAMIER GRAPHITE, com os tradicionais monogramas da marca nas cores cinza e preta.
2009
● Lançamento da linha de sandálias SPICY, que se transformou em um verdadeiro sucesso, especialmente por ser vista nos pés de celebridades como Heidi Klum, Victoria Beckham e Madonna. Todos os seis modelos da coleção possuíam mais de 11 centímetros de salto e estilos diferentes e únicos. Eram pedras, cordas e penas que marcaram o calçado. Uma verdadeira obra de arte.
● Lançamento da coleção de joias L’AME du VOYAGE, criada por Lorenz Bäumer, responsável pelos diamantes lapidados no formato da flor do monograma da LOUIS VUITTON.
2010
● Lançamento da linha MONOGRAM IDYLLE, que apresentava bolsas de mão ou tiracolo, e uma linha completa de viagem.
● Criação, a pedido da FIFA, de uma mala para guardar o troféu do Mundial de Futebol da África do Sul. A mala com detalhes de ouro 18 quilates e malaquita semipreciosa, coberta pelo icônico monograma da marca francesa e acompanhada por um par de luvas, foi feita à mão nas históricas oficinas da LV em Asnières. A marca também é responsável pela criação dos baús que acondicionam os troféus da America’s Cup (prêmio supremo do iatismo), de Roland Garros (um dos mais tradicionais torneios de tênis do mundo) e da Copa Webb Ellis (o prêmio mais cobiçado do rúgbi).
2012
● Desenvolvimento da carteira de mão COQUILLE D’OEUF (que significa “casca de ovo”, em francês), feita com 12.500 fragmentos de casca de ovo, um trabalho que durou mais de 600 horas. O preço: US$ 101 mil.
● Lançamento do aplicativo LOUIS VUITTON 100 LEGENDARY TRUNKS, com o qual é possível conhecer um pouco de uma das marcas mais cobiçadas através de muitas informações e interatividade. Com mais de 1.000 ilustrações e documentos até então não publicados, o aplicativo trazia vídeos e uma apresentação cronológica da clássica estampa utilizada por exploradores, aventureiros, estrelas de cinema, mágicos, escritores e diversas personalidades desde 1854.
2014
● Lançamento da coleção PETITE MALLES, pequenas bolsas de mão em formato de maleta que se tornaram um enorme sucesso, mesmo custando a partir de US$ 5 mil. A bolsa têm a forma, o fecho e acabamentos que remetem aos tradicionais baús da LV.
2016
● Após um hiato de 70 anos, a marca lançou sua nova linha de fragrâncias (batizada de LES PARFUMS LOUIS VUITTON: A JOURNEY OF EMOTIONS), que foi renovada e conta com sete frascos - uma seleção entre mais de 80 protótipos criados pela grife. Elaborados pelo perfumista Jacques Cavallier-Belletrud em Grasse, na França, os novos perfumes misturam notas florais ao inusitado aroma do couro, que faz referência às tradicionais malas, baús e bolsas da Maison.
● Lançamento do THE TAMBOUR HORIZON, primeiro smartwatch da marca desenvolvido em parceria com o Google. O relógio funciona na plataforma Android Wear 2.0 e mantém o design-assinatura da linha Tambour, ao mesmo tempo em que oferece inúmeras possibilidades de customização - são três tipos de caixa (monogramada, grafite ou preta) e 60 pulseiras. Além das funções típicas do acessório, a novidade oferece dois serviços exclusivos: o My Flight, com informações sobre horários de voos, atrasos, portões e terminais; e o City Guide, uma versão conectada dos guias criados pela grife francesa com recomendações para sete cidades de acordo com a geolocalização do usuário.
2017
● Lançamento da bolsa mais cara de sua história: US$ 220 mil. Em couro e inspirada em modelos náuticos, essa peça foi um dos mais esperados lançamentos no mundo do luxo. A bolsa integra a clássica linha Steamer.
A qualidade
A marca francesa possui 17 ateliês espalhadas pelo mundo (12 na França, 4 na Espanha e um nos Estados Unidos). Uma visita a primeira fábrica da LOUIS VUITTON, localizada em Asnières, no subúrbio de Paris, dá uma pequena amostra de como esse modelo de sucesso funciona. Construído em 1859, atrás da casa que já abrigou sete gerações da família Vuitton, o imenso galpão foi reformado em 2005. Mas, apesar de ainda ser chamado de oficina e os funcionários de artesões, o clima interno é o mesmo de uma linha de produção, e o sistema adotado igualmente nas outras 16 fábricas ao redor do mundo. Cada unidade tem no máximo 250 funcionários, que trabalham em um esquema inspirado no modelo Toyota de produção. As bolsas LV são fabricadas somente na França, Espanha e Estados Unidos. Não existe LV legítima feita em outros locais. Já os sapatos são todos produzidos em uma região perto de Veneza, que tem um grande savoir-faire em calçado.
O processo de produção é de primeira. Os testes para avaliar a resistência dos produtos, por exemplo, são feitos em máquinas de raio ultravioleta a equipamentos que abrem e fecham o zíper das bolsas por até 5.000 vezes. Em vez de um artesão fazer uma bolsa do começo ao fim, como era comum antes, as funções foram divididas. Cada bolsa é feita por um grupo de seis a doze funcionários. Além de tornar mais ágil à produção e ajudar a reduzir os defeitos, o novo modelo permitiu que a LOUIS VUITTON lançasse mais produtos a cada ano (em média 70 novos modelos de bolsas). O tempo para a chegada de produtos às lojas também foi reduzido à metade. Para isso, também foi importante a construção de um novo centro logístico. Localizado na cidade de Cergy, a 30 quilômetros de Paris, dali saem os produtos que serão enviados a seis centros regionais de distribuição espalhados pelo mundo. A marca LOUIS VUITTON ostenta o título de campeã de falsificações no mundo. Duas batidas policiais são feitas a cada semana no mundo a pedido da empresa para tentar conter a falsificação de seus produtos.
A exclusividade
Apesar de possuir mais de 460 lojas espalhadas pelo mundo, a marca nunca perdeu o caráter da exclusividade. No pitoresco vilarejo de Asnières-sur-Seine, a cerca de oito quilômetros de Paris e às margens do rio Sena, uma casa em estilo art nouveau abriga o espírito secular da tradicional marca francesa. Não só porque lá viveram o próprio Louis com a esposa, filhos, netos e bisnetos, mas também porque nos fundos está localizado o ateliê em que são feitas as bolsas e itens mais preciosos da grife, sob medida. O responsável pelo departamento de pedidos especiais (conhecido como “Special Orders”) é Patrick Vuitton, da quarta geração da família, que cresceu entre aquelas roseiras. Esse departamento aceita pedidos de qualquer lugar do mundo, oferecendo aos clientes (consumidor final ou grandes empresas) realizarem seus desejos mais extravagantes, por preços também pra lá de estratosféricos. De lá saem produtos feitos sob medida, que não integram as coleções da marca, como por exemplo, um estojo com quatro hashis (tradicionais pauzinhos ou palitinhos orientais que servem como talheres), encomendado por uma grande empresa, que presenteou seus clientes vips com o mimo que conta com o tradicional monograma LV gravado na madeira; casas de cachorro; cases para violinos; uma mala para guardar o sombrero de um cantor de música típica mexicana; jogos de xadrez; e até mesmo roletas.
A marca controla de perto os 17 ateliês e todas as lojas da marca no mundo. Não existem franquias e nem revendedores. O grau de perfeição exigido é alto e os detalhes são fundamentais no mercado do luxo, assim como o DNA da marca, que se define como o bom e velho artesanato francês. O prestígio é reforçado em várias frentes: a LV dificilmente faz liquidações, vende muito pouco online (apenas para pouco mais de países e somente parte dos produtos) e realiza frequentes parcerias com artistas contemporâneos, como Richard Prince e Takashi Murakami. Uma das mais recentes empreitadas nesse sentido foi a inauguração de uma loja de alta joalheria na parisiense praça Vendôme, o mais nobre endereço dos joalheiros franceses.
As lojas
Visite qualquer uma das mais de 460 lojas da LOUIS VUITTON espalhadas pelo mundo e encontrará exatamente a mesma disposição na vitrine principal. Cada mês, exatamente no mesmo dia, o visual é alterado conforme o manual global de montagem de vitrines da marca. O grupo LVMH coloca toda sua ênfase no aspecto visual da marca LOUIS VUITTON, gastando anualmente aproximadamente €250 milhões em suas lojas. Tudo é cuidadosamente controlado, da maçaneta das portas à textura das paredes, o impecável chão de mármore italiano e às embalagens que guardarão suas preciosidades. Os balcões são feitos em bronze, com tampos de cristal “clear”, usado nas mais luxuosas joalherias do mundo. E até o controle de iluminação é minuciosamente projetado. Uma equipe, com aproximadamente 30 arquitetos, é responsável por criar as novas lojas da grife francesa. De suas mais de 460 lojas no mundo, pouco mais de 25 delas consideradas “global stores”, como são chamadas as lojas que oferecem a linha completa de produtos da marca (composta por mais de 1.200 itens). Além disso, pouco mais de uma dúzia de lojas possuem a área Haute Marroquinerie, onde através de agendamento a consumidora pode escolher entre cinco modelos de bolsa, em vários tamanhos, e personalizá-la com oito tipos de couro, em 27 cores. O processo costuma demorar uma hora e meia. Mas não se preocupe, porque a LV tem vendedoras treinadas com coloristas para entender de combinação de cores.
A principal loja da marca é a Louis Vuitton Champs-Élysées (foto abaixo), situada em uma das avenidas mais cobiçadas de Paris, e instalada em um prédio da década de 1930, considerado patrimônio histórico da França. A loja também abriga uma sofisticada galeria dedicada à arte contemporânea e à cultura. As outras lojas, invariavelmente ponto de referência em arquitetura e design, estão localizadas nas principais cidades cosmopolitas do mundo como Nova York, Milão, Londres, São Paulo, San Francisco, Los Angeles, Miami, Toronto, Vancouver, Praga, Madri, Barcelona, Lisboa, Cannes, Lyon, Marselha, Berlin, Munique, Hong Kong, Dublim, Roma, Tóquio, Kuala Lumpur, Amsterdã, Zurique, Genebra, Dubai e Abu Dhabi, entre outras.
Em 2010, a empresa decidiu abrir a mais moderna e luxuosa loja da grife no mundo, localizada na badalada New Bond Street em Londres. Para a missão de conceber a loja mais suntuosa da LOUIS VUITTON no mundo, o escolhido foi o arquiteto americano Peter Marino, que seguiu o conceito de Maison, ou seja, cada cômodo faz com que o cliente se sinta confortável como se estivesse em uma mansão residencial. Sob a direção criativa de Marc Jacobs, o espaço de 1.529 m² e três andares foi também uma ode à arte cultural. Obras de artistas influentes da “new school” como Takashi Murakami, Jeff Koons, Basquiat, Damien Hirst e Richard Prince marcaram presença na loja-conceito. Uma escada de vidro atravessa o edifício de alto a baixo, com luzes do tipo LED que mudam de cor. Uma parede de 10 metros de um lado expõe baús e malas, criações que fizeram a fama da marca antes que ela expandisse seu território para outros artigos de luxo. Muitas peças estão suspensas no ar por cabos, como se fossem obras de arte. Além disso, a loja abriga uma livraria que vende edições limitadas de trabalhos encomendados a artistas como Anish Kapoor. Outro espaço apresenta um “bar de bolsas”, em que os acessórios rodam, enquanto os clientes aguardam sentados em banquinhos de couro vermelho. No piso do nível da rua, as prateleiras são folheadas com titânio dourado. O cuidado na execução de cada detalhe só realça a apresentação das peças da marca, cujo logotipo aparece em metal polido na redoma de acessórios, uma das áreas circulares da loja. No terceiro andar, um apartamento recebe somente clientes VIPs, devidamente convidados pela Maison. Para eles, são criadas peças exclusivas que mais tarde vão aparecer em algum tapete vermelho ou evento promovido por socialites. O ambiente é suntuoso, com sofás, mesas e paredes cobertas de couro branco. Isso e todos os outros detalhes fazem da loja mais do que uma experiência de consumo para poucos. É o lugar perfeito para colecionadores que querem apenas o que existe de melhor e de mais raro e um paraíso para os que amam as criações da marca.
Campanhas que fizeram história
Em sua comunicação a marca utiliza duas ferramentas principais: relações públicas e publicidade. A primeira baseia-se no mecenato cultural e esportivo. Ou seja, é o patrocínio ou a criação e desenvolvimento de atividades ligadas à cultura ou ao esporte. No setor cultural, criou em 1985, a “La Fondation Louis Vuitton”, que tem como objetivo através de exposições divulgar artistas dos séculos XX e XXI, assim como clássicos de séculos anteriores no arquivo permanente. No esporte, desenvolveu em 1983 uma famosa competição de regata de iatismo que leva o seu nome (LOUIS VUITTON CUP). Em relação à publicidade a marca sempre soube que o glamour de Jennifer Lopez e Scarlett Johanssen não cativaria todo o público masculino da LOUIS VUITTON. Baseada nisso, a marca francesa contratou em 2007 o ex-presidente russo, Mikhail Gorbachev, para protagonizar uma campanha publicitária de malas de viagem, fotografada pela renomada Annie Leibovitz. Na imagem, repleta de simbolismo, Gorbachev aparece sentado no banco de trás de uma limusine com uma mala LOUIS VUITTON ao lado, enquanto contempla, com nostalgia, o que restou do muro de Berlim. A forte imagem era complementada pela frase “A journey brings us face to face with ourselves”. Com esta campanha, mais sóbria e realista, a marca visava atingir ao mercado masculino e a países emergentes como a China e a Rússia. O ex-líder soviético, inicialmente reticente à ideia, aceitou o papel em troca de uma doação da LOUIS VUITTON à sua organização de proteção ao meio ambiente, chamada Green Cross International.
O enorme sucesso da campanha levou a marca a contratar outros garotos-propaganda famosos como a atriz francesa Catherine Deneuve; a bela Uma Thurman (2005); a brasileira Gisele Bündchen (2006); os ex-campeões de tênis André Agassi e Steffi Graf (2007); a polêmica Kate Moss (2008); o guitarrista dos Rolling Stones Keith Richards (que posa com sua guitarra em cima de uma cama em um quarto de hotel onde lenços negros com desenhos de caveiras obscurecem a luz de uma lâmpada decorada com caveiras); o ator Sean Connery (fotografado perto de sua casa nas Bahamas); a família Coppola; e o boxeador Muhammed Ali.
Em 2008 a marca veiculou pela primeira vez um comercial de televisão. Era um filme de 90 segundos, veiculado em canais selecionados via satélite, a cabo e em cinemas de todo o mundo, que não anunciava um produto específico, mas sim promovia institucionalmente a própria marca e seus valores. Em 2010, a campanha da marca francesa Core Values (em português “Valores Essenciais”), mais uma vez buscou na ousadia da fotógrafa Annie Leibovitz seu principal atributo: trazia Pelé, Zidane e Maradona disputando uma partida de pebolim com a frase “Três grandes jornadas, um jogo histórico”. Entre as personalidades recentes que endossaram produtos da marca estão Angelina Jolie, Bono Vox, Michael Phelps e o astro do rock David Bowie.
A identidade visual
Além do nome da marca por extenso, a LOUIS VUITTON também utiliza o tradicional logotipo com as letras LV sobrepostas.
Os slogans
The Art of Travel.
The Spirit of Travel.
Luxury leather goods and fashion. (2010)
Volez, Voguez, Voyagez. (década de 1960)
Dados corporativos
● Origem: França
● Fundação: 1854
● Fundador: Louis Vuitton
● Sede mundial: Paris, França
● Proprietário da marca: Louis Vuitton Malletier S.A.
● Capital aberto: Não (subsidiária da LVMH Moët Hennessy • Louis Vuitton S.A.)
● Chairman & CEO: Michael Burke
● Estilista: Kim Jones e Nicolas Ghesquière
● Faturamento: US$ 10 bilhões (estimado)
● Lucro: Não divulgado
● Valor da marca: US$ 22.919 bilhões (2017)
● Lojas: 460
● Presença global: + 75 países
● Presença no Brasil: Sim
● Maiores mercados: Estados Unidos, Japão, China e França
● Funcionários: 32.900
● Segmento: Moda de luxo
● Principais produtos: Bolsas, sapatos, relógios, roupas e acessórios
● Concorrentes diretos: Hermès, Goyard, Bottega Veneta, Longchamp, Coach, Gucci, Prada, Chanel, Bally e Givenchy
● Ícones: O monograma
● Slogan: The Art of Travel.
● Website: br.louisvuitton.com/por-br/homepage
O valor
Segundo a consultoria britânica Interbrand, somente a marca LOUIS VUITTON está avaliada em US$ 22.919 bilhões, ocupando a posição de número 19 no ranking das marcas mais valiosas do mundo.
A marca no mundo
A marca tem atualmente mais de 460 lojas exclusivas e 14 oficinas de produção, emprega aproximadamente 33.000 pessoas (das quais 6.000 artesões) e está presente em mais de 75 países ao redor do mundo. No Brasil são oito lojas da marca francesa. Para se ter ideia do poder da marca, aproximadamente 30% do faturamento do Grupo LVMH (que possui marcas como Fendi, Moët et Chandon e Christian Dior, entre outras) provém dos produtos da LOUIS VUITTON. A metrópole com maior número de lojas da marca é Nova York, que em sua área metropolitana concentra 17 unidades, seguida por Tóquio com 15 lojas.
Você sabia?
● Existe uma lenda acerca dos baús de viagem da LOUIS VUITTON: muitos que estavam a bordo do Titanic foram encontrados intactos, preservando inclusive o conteúdo.
● A LV também foi criadora do “The Library Trunk“, um baú com gavetas secretas e prateleiras sob medida que carregou as histórias de Ernest Hemingway e outros escritores renomados.
● Hoje em dia, a casa dos Vuitton em Asnières abriga um museu, que pode ser visitado ao longo do ano sem necessidade de marcar hora. Lá é possível apreciar uma grande coleção de malas e baús antigos e ainda passear pelos ambientes da casa, como a sala toda decorada em estilo art noveau.
● A LOUIS VUITTON criou um pingente e uma pulseira especiais para ajudar as crianças com necessidades urgentes. A cada venda do Pingente ou Pulseira Silver Lockit, US$ 200 serão doados, ao UNICEF, e US$ 100 para a venda da Pulseira Silver Lockit Color.
As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, BusinessWeek, Isto é Dinheiro, Exame, Elle e Vogue), jornais (Valor Econômico, Folha e Estadão), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers).
Última atualização em 26/9/2017
tuuuuuuuudo, concordo com todos os elogios!futuramente serei estilista, quero criar uma marca e um dia chegar aos pés da louis vitton e do Marc jacobs...
ResponderExcluirAmo LV, tenho quatro bolsas e foram os melhores investimentos que já fiz. ótimo blog, beijos*
ResponderExcluirLouis Vuitton é a minha paixão! eles arrasam nas estampas e no modelo das bolsas *-* AMO AMO
ResponderExcluirAi LOUIS VUITTON!!!
ResponderExcluirMinha mãe tem várias LV, que ela comprou em meados dos anos 80/90...
Se vcs olharem elas hoje, vcs dizem que ela comprou ontem...
São caras, mas como disse uma vendedora, você paga pela qualidade!!!
bom
ResponderExcluirpor mi e amelhor marca do mundo para nao dizer do universo
ResponderExcluirSou muito fã da LV. Admiro muito o trabalho deles, e os produtos são ótimos recomendo pra todos que gostam de bolsas como eu.
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