8.5.06

VIAGRA


Pequenos comprimidos azuis com propriedades químicas concentradas. Logo, o “superhomem” do sexo está pronto para uma longa noite de prazer. É isso que promete o VIAGRA. Um medicamento que tem como objetivo ajudar homens com disfunção erétil, ou seja, não conseguem ter ereções de forma natural, e que se tornou o maior sucesso da história na indústria farmacêutica. 

A história 
A história de um dos medicamentos mais famosos da indústria farmacêutica mundial teve início no começo da década de 1990, quando o laboratório americano Pfizer, investiu milhões de dólares em pesquisas e testes para encontrar um medicamento para angina (uma forma de doença cardiovascular isquêmica). Esses estudos foram encerrados em 1992, pois as primeiras impressões sugeriram que a droga tinha um pequeno efeito sobre a angina. Apesar dos resultados decepcionantes, um dos efeitos colaterais logo chamou a atenção dos pesquisadores Nicholas Terrett e Peter Ellis: seus pacientes estavam tendo ereções. Eles notaram algumas propriedades no Citrato de Sildenafila que poderia lançar uma nova luz sobre o tratamento de disfunções eréteis.


Testes então confirmaram que a substância realmente poderia ser uma esperança para homens que eram incapazes de manter uma ereção por tempo suficiente para realizar uma atividade sexual normal. Testes clínicos envolveram pacientes com idades variando entre 19 e 87 anos que sofriam de disfunções eréteis devido aos seguintes problemas: traumas graves na espinha vertebral, diabetes, histórico de cirurgias na próstata e também pacientes com causas não-identificadas de disfunção sexual. Os diversos testes foram feitos com 3.700 pacientes escolhidos aleatoriamente em todo mundo. A ação do VIAGRA se dá pela potencialização do mecanismo que provoca o relaxamento da musculatura lisa dos corpos cavernosos do pênis, aumentando neles o influxo de sangue e proporcionando assim ereções firmes e prolongadas. A duração da ação estava estimada inicialmente entre 4 e 6 horas, o que é adequado para o perfil de hábitos sexuais de muitos casais. Porém, estudos posteriores demonstraram que a Sildenafila (princípio ativo de VIAGRA) poderia ter efeito de até 12 horas para um grande número de pacientes com disfunção erétil.


A droga foi patenteada em 1996 e aprovada para uso contra a disfunção erétil pelo Food and Drug Administration (FDA), o órgão que regulamenta medicação e alimentos no mercado americano, em 27 de março de 1998, tornando-se a primeira pílula a ser aprovada nos Estados Unidos para o tratamento de disfunções eréteis. O produto estreou no mercado pouco depois com o nome comercial de VIAGRA. As notícias sobre essa milagrosa pílula azul se espalharam rapidamente em meio a comunidade médica e também através da mídia. Um mês após o lançamento, 40.000 prescrições da pílula azul estavam sendo emitidas a cada dia pelos médicos americanos. Na época foi difícil passar a informação de que o VIAGRA era um medicamento sério, comprovado e controlado, e não apenas um afrodisíaco. Este inovador produto oferecia esperança a mais de 100 milhões de homens, em todo o mundo, que sofriam de disfunção erétil, uma condição que pode ter um impacto devastador na qualidade de vida de homens e mulheres. O medicamento VIAGRA foi o mais bem sucedido lançamento farmacêutico na história dos Estados Unidos, gerando mais receitas nas primeiras semanas de mercado do que qualquer outro medicamento. VIAGRA se tornou um marco no tratamento da disfunção erétil.


Rapidamente o produto, que ganhou apelidos como “Vitamina V” e “a pílula azul”, se transformou em um fenômeno mercadológico, cultural, médico e econômico, faturando bilhões de dólares em seus primeiros anos de mercado. Para muitos o VIAGRA revolucionou o comportamento sexual da humanidade, pois permitiu que o sexo na velhice pudesse acontecer sem as limitações impostas pela idade. Durante mais de meia década VIAGRA praticamente reinou sozinho e absoluto no mercado gerando recordes de vendas e trazendo bilhões de dólares para os cofres da PFIZER. E por isso ficou conhecido como o “Diamante Azul”. Mas com o surgimento de medicamentos similares como o Cialis (introduzido em 2003) e o Levitra (também introduzido em 2003), o VIAGRA teve seu reinado abalado e suas vendas, apesar de ainda continuarem a serem significativas, diminuíram muito. Apesar das ameaças, VIAGRA já havia escrito sua história na indústria farmacêutica pelo seu pioneirismo.


Existe uma ameaça que paira constantemente sobre a indústria farmacêutica: de tempos em tempos, a patente de um medicamento, que consumiu centenas de milhões de dólares em seu desenvolvimento, expira, cai em domínio público e as vendas despencam de uma hora para outra. E com VIAGRA não foi diferente. A patente dos laboratórios Pfizer para este fármaco expirou em 20 de junho de 2010 no Brasil, nos Estados Unidos em março de 2012 e na Europa em 2013. Mesmo assim, VIAGRA continua fraturando bilhões de dólares e sendo importante, não somente para a Pfizer, como para milhões de homens no mundo inteiro.


Dados corporativos 
● Origem: Estados Unidos 
● Lançamento: 1998 
● Criador: Laboratórios Pfizer 
● Sede mundial: New York City, New York, Estados Unidos 
● Proprietário da marca: Pfizer Incorporated 
● Capital aberto: Não 
● CEO & Presidente: Ian Read 
● Faturamento: US$ 1.68 bilhões (2014) 
● Presença global: 110 países 
● Presença no Brasil: Sim 
● Segmento: Medicamento 
● Principais produtos: Remédio contra disfunção erétil 
● Concorrentes diretos: Cialis, Levitra, Vivanza e medicamentos genéricos 
● Ícones: O formato e a cor azul da pílula 
● Slogan: Powerful performance when you want it. 
● Website: www.viagra.com 

A marca no mundo 
As vendas anuais, em mais de 110 países, chegam a aproximadamente US$ 1.7 bilhões, o que lhe rendeu o apelido de Diamante Azul. A cada 9 segundos um comprimido é consumido no mundo. De acordo com a Pfizer, desde seu lançamento mais de 37 milhões de homens já tomaram a droga em todo o mundo. Foram aproximadamente 2 bilhões de comprimidos vendidos. 

Você sabia? 
O Google lista mais de 17 milhões de páginas que usam a palavra VIAGRA. Para comparar, são listadas apenas 3.3 milhões de páginas contendo a palavra Aspirina e só 936 mil contendo a palavra Tylenol. 
O VIAGRA mostrou-se eficiente em aproximadamente 80% dos pacientes tratados. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, BusinessWeek, Exame e Isto é Dinheiro), jornais (Meio Mensagem), sites especializados em Marketing e Branding (Mundo do Marketing e Interbrand) e Wikipedia (informações devidamente checadas). 

Última atualização em 28/9/2015


4 comentários:

  1. Interessante:"O Google lista mais de 17 milhões de páginas que usam a palavra VIAGRA. Para comparar, são listadas apenas 3.3 milhões de páginas contendo a palavra Aspirina e só 936 mil contendo a palavra Tylenol."

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  2. Muito bom parabéns excelente trabalho ótimas dicas vi nesse site aqui também ótimas

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  3. Anônimo9:03 AM

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