Poucas empresas têm tamanha tradição e são tão respeitadas quanto a LUFTHANSA. Esse é o resultado de quando se trabalha por décadas de forma séria, meticulosa, exemplar em uma indústria que é julgada, antes de mais nada, pela segurança e eficiência. Sob estes e vários outros aspectos, a LUFTHANSA é um exemplo mundial para a aviação comercial. A maior companhia aérea europeia reflete a imagem de qualidade, seriedade e excelência técnica tipicamente germânica. Em um antigo anúncio, deixava isso muito claro: sob a foto de um Boeing 747 saindo do hangar em Frankfurt, lia-se um provérbio alemão, que talvez traduza fielmente a alma desta empresa líder da aviação comercial: “pontualidade é a virtude dos reis”.
A história
As origens da principal companhia aérea da Alemanha remontam ao dia 5 de fevereiro de 1919, quando foi criada a DLR – abreviação de Deutsche Luft-Reederei - uma pequena empresa que transportava jornais entre as cidades de Berlim e Weimar. Nesse mesmo ano, juntamente com empresas da Dinamarca, Reino Unido, Holanda, Suécia e Noruega foi uma das fundadoras da IATA, mas as restrições impostas pelas forças de ocupação (a Primeira Guerra Mundial mal tinha acabado) impediram um desenvolvimento mais imediato de sua malha aérea. Durante a primeira metade da década de 1920, a empresa passou por diversas mãos. Em 1925, com o nome de DAL - Deutsche Aero Lloyd - fazia parte de um grupo de empresas de transporte naval. A Alemanha possuía então duas grandes empresas, a DAL e a Junkers Luftverkehr. Pouco rentáveis, dependiam de subsídios do governo para continuar operando. Decidiu-se pela fusão: no dia 6 de janeiro de 1926, nascia a Deutsche Luft Hansa Aktiengesellschaft, forma longa do nome original da empresa. A palavra LUFTHANSA é derivada do alemão Luft (ar, em alemão) e Hansa (a organização de comércio que governou partes do norte da Europa durante a era medieval). Depois da fusão, a nova empresa criada pelo governo alemão contava com aeronaves operando serviços regulares em oito rotas. A jovem empresa rapidamente ganhou excelente reputação pelos serviços prestados. Em 1928 a LUFTHANSA estabeleceu o primeiro serviço de carga aérea com uso de aeronaves exclusivamente para esse fim.
Entre 1927 e 1930, a empresa alemã foi determinante na criação de companhias aéreas estrangeiras como a Iberia (Espanha), a Condor (Brasil) e a Eurasia (China). Somente em 1933 a companhia aérea passou a adotar a designação LUFTHANSA escrita em uma só palavra. Em 1934 a empresa inaugurou seu primeiro voo transoceânico. Em 1939, início da Segunda Guerra Mundial, a malha de rotas já era extremamente densa na Europa, chegando até Pequim, Bangkok e Santiago no Chile. Mas durante o conflito mundial a empresa foi obrigada a servir o governo alemão, com voos de transportes e operações técnicas. O transporte de passageiros que estavam em países neutros, em relação à guerra, foi extremamente importante para a companhia aérea continuar servindo, assim, empresários e diplomatas a realizaram voos neste período. Porém, ao final do conflito, sua frota fora reduzida a cinco aeronaves e alguns poucos voos domésticos. Nos anos seguintes, não somente o país, mas sua aviação comercial teve que recomeçar do zero. No dia 1 de janeiro de 1951, os Aliados dissolverem a primeira LUFTHANSA (fundada em 1926).
No dia 6 de janeiro de 1953, o governo alemão foi autorizado a formar uma nova empresa chamada Luftag, abreviação de Aktiengesellschaft für Luftverkehrsbedarf, com sede na cidade de Colônia. A formação da nova empresa foi liderada pelo Primeiro Ministro Federal dos Transportes, o engenheiro Hans-Christoph Seebohm, e o consultor de negócios Hans M. Bongers. Pouco depois, no dia 6 de agosto de 1954, a Luftag comprou o nome, a marca registrada do grou e as cores (azul e amarelo) da primeira LUFTHANSA, que estava em liquidação na época, e passou a se chamar Deutsche Lufthansa Aktiengesellschaft. Porém, várias tarefas tinham que ser realizadas para que a nova companhia aérea começasse a operar: encontrar e comprar aviões adequados, contratar pilotos e engenheiros e treinar supervisores e mecânicos. Pré-requisitos organizacionais e de infraestrutura para manutenção técnica de aeronaves também tiveram que ser definidos. O ambicioso projeto teve sucesso e no dia 1 de abril de 1955, dois aviões Convair decolaram de Hamburgo e Munique para iniciar os serviços aéreos regulares dentro da Alemanha. Já rebatizada de DEUTSCHE LUFTHANSA AG, também começou servindo algumas cidades europeias como Madri, Londres e Paris e, em 8 de junho, voando para a cidade de Nova York. Paralelamente ao desenvolvimento de uma rede de rotas na Europa, voos para destinos nas Américas, África e Extremo Oriente também foram adicionados pouco depois. Isto incluiu no dia 15 de agosto de 1956 a inauguração da rota aérea de Hamburgo para o Rio de Janeiro, com escalas em Düsseldorf/Frankfurt, Paris, Dakar, Rio de Janeiro e seguindo para Buenos Aires.
Com o surgimento dos primeiros jatos, a LUFTHANSA adquiriu o primeiro Boeing 707 em 1960. Uma curiosidade: o B707 foi o primeiro avião com banheiros com descarga de água. Era o início de uma longa associação com a empresa americana, união que dura até hoje e que rendeu frutos importantes, como o Boeing 737, o jato mais vendido de todos os tempos, desenvolvido em estreita parceria com a companhia aérea alemã que entraria em operação em 1967. Simultaneamente, a empresa transferiu suas operações de longa distância de Hamburgo para Frankfurt e continuou a expandir sua divisão cargueira. Em 1965, a Austrália tornou-se o último continente a aderir à rede de rotas da LUFTHANSA. Foi também uma das primeiras empresas aéreas a acreditar no conceito wide-body: a companhia aérea alemã foi a primeira cliente internacional do famoso e gigantesco Boeing 747, em janeiro de 1970, utilizado para rotas de longas distâncias. A partir de 1976, o Airbus A300, primeiro jato bimotor de fuselagem larga para voos de média distância passou a integrar a frota da empresa. Esse modelo se transformou em um meio de transporte em massa. E a LUFTHANSA reagiu redesenhando suas rotas com conexões mais rápidas e menos escalas. As mulheres também conquistaram os cockpits da companhia aérea alemã com o treinamento dos dois primeiros pilotos do sexo feminino em 1986.
Em 1990, com a reunificação da Alemanha e 45 anos após o final da Segunda Guerra Mundial, a LUFTHANSA voltou a voar para a cidade de Berlim, no dia 28 de outubro. Pouco depois, em 1993, a companhia aérea lançou o Miles & More, seu programa de fidelidade e milhagem. Neste período, resultados financeiros negativos precipitaram um abrangente processo de reestruturação, levando à sua privatização, concluída no ano de 1997. Também este ano, a empresa aplicou seu golpe de mestre no cenário da aviação internacional: juntamente com a United Airlines, Air Canada, SAS e Thai Airways, criou a Star Alliance, hoje a mais poderosa aliança comercial de empresas aéreas do mundo. No ano seguinte a LUFTHANSA apresentou novas pinturas em suas aeronaves, novas cabines e nova decoração nos escritórios regionais e lounges dos aeroportos. Além disso, o “Rotkäppchen Service” (“Chapeuzinho Vermelho”) completou 30 anos: este serviço, que presta atenção extra aos passageiros que precisam de assistência especial (como crianças desacompanhadas), foi criado em 1968.
Exemplos de como a companhia aérea alemã encarava o futuro era o novo conceito de Classe Executiva em rotas de longo curso, inaugurada em dezembro de 2003, e a FlyNet, fazendo com que a LUFTHANSA fosse a primeira companhia aérea a disponibilizar acesso à internet em banda larga a bordo das suas aeronaves no ano de 2004. Nesse mesmo ano, a companhia aérea alemã transportou mais de 50 milhões de passageiros pela primeira vez em sua história. Pouco depois, em setembro de 2006, para facilitar a vida dos clientes, a LUFTHANSA disponibilizou o serviço da escolha do lugar para o voo a partir do computador e imprimir o cartão de embarque. No dia 15 de junho de 2011, um avião Airbus A321 com prefixo D-AIDG realizou um voo teste na rota Hamburgo/Frankfurt/Hamburgo com 50% de uma das turbinas abastecida com querosene biossintético, demonstrando a preocupação da empresa com o meio ambiente. Nos anos seguintes a LUFTHANSA iniciou uma enorme renovação de sua frota e o lançamento de novos serviços. Em 2017, a LUFTHANSA recebeu a certificação cinco estrelas (5-Star Airline) da consultoria britânica Skytrax, especializada em aviação, e se tornou a única empresa de aviação comercial da Europa a possuir tal título. Apenas dez companhias contam com essa classificação no mundo, todas do Oriente Médio e Ásia (como Asiana, Qatar Airways, Singapore Airlines, ANA, Cathay Pacific, EVA Air, Etihad Airways, Hainan Airlines e Garuda Indonesia).
A moderna frota
A LUFTHANSA dispõe de uma das frotas mais jovens, avançadas tecnicamente e ecologicamente amistosas da aviação mundial. São ao todo 728 aviões (incluindo suas subsidiárias) com idade média de dez anos. Somente a frota da LUFTHANSA é composta por 328 aeronaves dos modelos Boeing (incluindo 19 unidades do modelo 747-800) e Airbus (entre os quais 14 A380 e 8 A350-900), além de 26 aviões da Embraer e 25 da Bombardier (utilizados para voos regionais). Para comandar esta moderna frota a companhia aérea emprega mais de 5.300 pilotos. O dia 19 de maio de 2010 foi marcado pela entrega do primeiro avião Airbus A380 (maior aeronave comercial do mundo) da companhia alemã, que no dia 11 de junho fez o voo inaugural entre as cidades de Frankfurt e Tóquio. Hoje em dia, somente empresas lucrativas e sólidas estão em condições de investir em aviões de longa distância modernos, que consome pouco combustível, e que, portanto, são econômicos e respeitam o meio ambiente. A LUFTHANSA moderniza, cresce e investe em mais progresso com sucesso sustentável. Afinal, uma frota moderna e bem estruturada é a coluna vertebral de uma empresa aérea que visa o bom atendimento a clientes e mercados.
A estrutura e eficiência
A espetacular edificação que serve como principal escritório e centro da companhia aérea é o LAC - Lufthansa Aviation Center. Localizado a poucos metros dos hangares do Aeroporto Internacional de Frankfurt, o LAC mostra, sem que seja necessária uma única palavra, que se está prestes a entrar em um mundo notável. Tudo ali foi pensado de maneira a minimizar o impacto ambiental. As soluções arquitetônicas do edifício suprimem milhares de toneladas de emissão de CO2 ao ano. O projeto dispensa o uso de ar condicionado; a iluminação é natural, com a utilização de grandes painéis de vidro. Até a água consumida, praticamente toda ela, é aquecida pelo sol. O edifício principal realmente é um prazer para os sentidos. Amplo, arejado, sua arquitetura privilegia o uso de materiais naturais - um marcante contraste com o alumínio, titânio e fibra de carbono das aeronaves.
É justamente perto do edifício que está localizado um enorme pátio da companhia área. Lá, no horário da manhã, é comum a presença de alguns aviões passando por revisões de linha, após a chegada dos voos intercontinentais e antes do prosseguimento da escala normal. Os aviões são examinados com rigor por equipes de mecânicos e supervisores, além de receberem cuidados extras de limpeza. A LUFTHANSA desenvolveu um sistema “verde” de lavagem externa das aeronaves, que praticamente elimina descargas de poluentes, além de reduzir de sobremaneira o consumo de água. Depois de passar por esse “tratamento de beleza”, cada jato é liberado para voltar aos terminais, pronto para entrar novamente na escala de voo.
O principal hangar da empresa em Frankfurt é chamado de Hangar 5. Inaugurado em 1970 para acomodar os então novíssimos Boeing 747, a estrutura tem 230 metros de fachada e é capaz de abrigar simultaneamente seis enormes jumbos, além de outras aeronaves menores. Ao seu lado está localizado o “Airbus Halle”, um hangar dedicado à manutenção pesada dos jatos A340 e A330. É indisfarçável o orgulho que os funcionários da companhia aérea alemã têm pelo A340, que gradualmente está sendo retirado de sua frota depois de muitos anos de serviço. Afinal, o modelo foi construído em parceria estreita entre a Airbus e a LUFTHANSA. A própria Airbus reconhece a importância da empresa alemã no desenvolvimento e definição final de vários sistemas da aeronave. Em seguida, existe o enorme galpão de manutenção de motores. O piso no local é tão imaculado que seria possível almoçar sentado no chão. É impressionante o zelo dos mecânicos alemães no trato dos enormes motores Pratt & Whitney, Rolls Royce, IAE, CFM e General Electric que equipam os aviões da frota alemã. A companhia aérea investiu muito dinheiro, aproximadamente €150 milhões, somente em um hangar na parte sul do aeroporto de Frankfurt, especialmente para receber e manter a frota de 14 modelos Airbus A380. É o maior hangar de manutenção da Europa, com capacidade simultânea para quatro aeronaves Airbus A380 ou seis Boeing 747.
Os centros de treinamento
Uma rápida visita pela principal escola para tripulantes da empresa, o Lufthansa Aviation Training, dá uma ideia da seriedade do trabalho da companhia aérea alemã. Lá, sob o mesmo teto, pilotos e comissários de bordo da companhia e de outras empresas de todo o mundo recebem o que há de melhor e mais avançado em treinamento. Serviço de bordo, simuladores de voo, amerissagens, escapar de uma cabine cheia de fumaça ou aprender a forma mais graciosa de dobrar um guardanapo de linho: tudo isso é exaustivamente treinado. Os pilotos e comissários treinam em mock-ups (modelos em escala ou de tamanho real) de cabines ou interior de aeronaves. Por exemplo, no A320, se aprende os primeiros passos do padrão LUFTHANSA de serviço de bordo. No mock-up de um A340, situações de emergência, com ênfase nos procedimentos de coordenação de equipe, são ministrados e discutidos por tripulações com anos de experiência. Em uma sala de ensino adjacente, voluntários fazem um curso de enologia, de maneira a conhecer melhor o fascinante mundo dos vinhos. O nível de detalhe é impressionante: os mock-ups apresentam os assentos reais usados nas classes de serviço de todas as aeronaves da companhia aérea. Nesses mock-ups, tanto os treinamentos recorrentes dos tripulantes quanto novas turmas de formandos praticam a arte de bem servir. Mas não apenas: grande ênfase é dada ao treinamento de utilização de equipamentos de segurança e de simulações de emergências. Quase cinco andares acima de vários mock-ups estão seções transversais dianteiras completas das aeronaves em tamanho natural. O mock-up de um Boeing 747 repentinamente tem o nariz afundado, tremendo, simulando um pouso forçado. Em segundos, é possível ouvir os gritos de comando dos tripulantes coordenando a evacuação. Ao todo são 12 centros de treinamento (7 dos quais localizados na Alemanha), 52 modernos simuladores de voo para mais de 30 modelos de aeronaves, mais de 700 instrutores e 200 clientes internacionais (outras companhias aéreas).
Serviços exclusivos
Um dos pontos mais surpreendentes é o exclusivíssimo First Class Terminal (FCT) da LUFTHANSA, localizado no aeroporto de Frankfurt, dedicado somente aos passageiros da primeira classe, membros do Hon Circle, o nível mais alto do programa de fidelidade da companhia e, finalmente, aos clientes do Lufthansa Private Jet. O edifício foi projetado especialmente para esta função. Dessa maneira, nenhum detalhe foi esquecido, nenhuma necessidade comprometida. É de fato, um ambiente tão exclusivo que é absolutamente natural que os usuários esqueçam que estão em um aeroporto. O ambiente já impressiona na chegada. No lobby, cada passageiro é recebido por um assistente pessoal que será seu “anjo” por toda a duração da estadia. Em seguida, o passageiro é acompanhado até o controle de passaporte/segurança. Após passar pelo procedimento de raio-x, ele entra em uma verdadeira zona de conforto. Um espelho d’água domina o salão principal.
São 1.800 m² de área organizados para melhorar o senso de bem-estar pessoal. Têm relaxantes cadeiras e sofás, quartos tranquilos com espreguiçadeiras, banheiros espaçosos e chuveiros, bons vinhos e refeições com culinária assinadas por chefs renomados, um Cigar Lounge e um bar onde as bebidas incluem mais de 130 variedades diferentes de uísque. A área do lounge oferece muitas oportunidades para fazer uma pausa e refletir. Se desejar trabalhar neste ambiente discreto, pode retirar-se para uma das cinco unidades de escritório separadas e fazer uso de serviços gratuitos, como internet, fazer chamadas telefônicas na Alemanha ou enviar faxes. E se o passageiro preferir, pode ainda desfrutar de banheiras de hidromassagem, ofurô e uma banheira enorme, tendo por companhia um simpático patinho de borracha. “O patinho é um sucesso total” garante um funcionário da companhia aérea. Mas a maior surpresa ainda está por vir: o detalhe de como é feita a transferência dos passageiros (ou clientes, como prefere a LUFTHANSA) do FCT para as aeronaves: eles descem ao nível da pista por um elevador exclusivo e então embarcam em limusines. De lá são levados diretamente para as aeronaves. Detalhes como a placa dos automóveis (todas com as letras “LH”) deixam claro que nenhum detalhe foi esquecido. O enorme e luxuoso espaço custou US$ 190 milhões. Diariamente 200 funcionários cuidam com zelo de 300 passageiros nesse terminal.
Se todas estas notáveis características do tratamento dispensado pela LUFTHANSA aos passageiros de primeira classe parecer pouco, a companhia criou uma maneira ainda mais exclusiva de viajar: os serviços LUFTHANSA PRIVATE JET (LPJ). Desde março de 2005, os passageiros da companhia aérea podem alugar jatos particulares e seguir para qualquer destino na Europa com o máximo de conforto. O Private Jet integra os serviços Premium da LUFTHANSA e foi criado para passageiros que querem chegar a destinos não operados regularmente pela companhia aérea ou desejam fazer a viagem de maneira exclusiva e com rapidez. Os jatos modernos executivos partem dos centros de distribuição da companhia, Munique ou Frankfurt - ou de qualquer outra localidade servida pela LUFTHANSA - e seguem para mais de mil aeroportos em todo o mundo. Os procedimentos de imigração e alfândega são exclusivos, rápidos e os tempos de conexão, mínimos.
Desde janeiro de 2000, a LUFTHANSA oferece o conceito de serviço de bordo “Connoisseurs on Board”, cujos vértices principais são os programas “Star Chefs” e “Vinothek Discoveries”. O programa “Star Chefs” coloca verdadeiros chefs de cozinha a bordo. Nos voos intercontinentais que partem da Alemanha, oferecem aos passageiros da First e Business Class suas melhores receitas. A cada dois meses um novo chef é convidado a criar novos cardápios cheios de imaginação. Dentre os mestres que já assinaram os cardápios da empresa estão estrelas da cozinha mundial como Daniel Boulud (Nova York), Paul Bocuse (Lyon), Dieter Müller (Bergisch-Gladbach) e Frank Zlomke (Paarl, África do Sul). O interessante é que esses chefs são estimulados a criar pratos que vão ser servidos nas condições experimentadas a 39.000 pés. O processo apresenta grandes desafios. O maior é a necessidade de reproduzir essas receitas sofisticadas em escala industrial e prepará-las de maneira que possam apresentar suas características ideais horas depois de embarcadas. A cada ano, somente em voos de longa distância, a LUFTHANSA oferece três milhões de litros de vinho das melhores procedências. Os vinhos pré-selecionados são provados e comparados durante o voo, de maneira a permitir uma avaliação sem surpresas. As provas são realizadas nos próprios copos que os passageiros utilizam. Somente as melhores cepas acabam por entrar para as cartas, inclusive da Alemanha. Como empresa aérea de um país com grande tradição vinícola, a LUFTHANSA não deixa de promover as joias que vêm das cepas alemãs: a cada ano, 40 vinhos de 30 produtoras alemãs são oferecidos a bordo.
As subsidiárias
A empresa alemã possui mais de 550 subsidiárias e empresas associadas que oferecem serviços diversos. Entre as principais estão:
LUFTHANSA CARGO: uma das maiores empresas aéreas cargueiras e de logística do mundo.
EUROWINGS: companhia aérea de baixa tarifa que realiza voos domésticos na Alemanha e muitos países europeus, Estados Unidos e algumas cidades asiáticas.
SWISS INTERNATIONAL AIR LINES: companhia aérea baseada em Zurique na Suíça que voa para mais de 100 destinos em aproximadamente 50 países.
AUSTRIAN AIRLINES: companhia aérea austríaca.
BRUSSELS AIRLINES: maior companhia aérea belga.
LSG SKY CHEFS: fundada em 1942, é maior empresa de serviço alimentício (catering) para o setor da aviação comercial, respondendo por cerca de 1/3 das alimentações servidas em todas as companhias aéreas do mundo.
LUFTHANSA FLIGHT TRAINING: empresa de treinamento de pilotos e comissários, inclusive prestando serviços para outras companhias aéreas.
LUFTHANSA TECHNIK: fundada oficialmente em 1995, é a empresa de manutenção, reparo, operação, modificação, conservação, motores e outros recursos que atua nas aeronaves para linhas aéreas de passageiros.
A evolução visual
O tradicional símbolo da LUFTHANSA representado por um grou (uma grande ave voadora, citada em fábulas, poemas ou contos de fadas onde era mensageira de boa sorte e símbolo de longa vida) voando, foi criado em 1918, fazendo parte da imagem corporativa da Deutsche Luft-Reederei, primeira companhia aérea alemã. Ele foi criado pelo professor e artista plástico Otto Firle e se tornou um ícone distintivo do céu até os dias de hoje. Posteriormente este símbolo foi adotado pela Deutsche Luft Hansa e, mais tarde, pela Lufthansa em 1953. Depois de duas remodelações, em 1962 e 1990, o símbolo foi modernizado em 2018. Cada detalhe do design foi reformulado para atender aos requisitos da era digital. A mudança surgiu no ano que o famoso grou completou 100 anos.
Ao longo dos anos o tradicional logotipo passou por algumas atualizações adquirindo um visual moderno. O logotipo original já adotava a cor azul e amarela em 1926. Quando a nova LUFTHANSA foi re-fundada em 1953 remodelou o tradicional logotipo. Somente em 1962 a identidade visual adotou uma nova tipografia de letra e tons mais vivos de amarelo e azul. Além disso, o grou ganhou um círculo ao seu redor.
Depois de passar por uma remodelação em 1990, o logotipo ganhou uma versão modernizada em fevereiro de 2018, totalmente azul, mais escuro e criado especialmente para a marca. Com a modernização o símbolo máximo da companhia alemã passa ser mais fino, com intuito de proporcionar mais espaço no primeiro plano, e o anel que circula o grou também ganhou um traço mais fino e leve.
No entanto, o tradicional amarelo continuará a ser a cor secundária da marca e o logotipo utilizado em situações específicas.
As pinturas de seus aviões também evoluíram ao longo dos anos, como pode ser visto na imagem abaixo.
A nova pintura dos aviões, apresentada oficialmente no mês de fevereiro de 2018, com o “azul da libré” criado especialmente para a marca dominará o céu e os principais aeroportos do mundo. A companhia aérea eliminou o amarelo e a prata da pintura, passando a ostentar o azul-escuro como predominância do novo visual. O design foi desenvolvido em um complexo processo com numerosos especialistas. Somente depois de intensos estudos preliminares, mais de 800 designs e cores próprias desenvolvidas em laboratório, o novo design da aeronave foi concluído.
Os slogans
Nonstop You. (2012)
Everything for This Moment. (2004)
There’s no better way to fly. (2000)
You see the world the way you fly. (1997)
Networking the world. (Lufthansa Cargo)
Dados corporativos
● Origem: Alemanha
● Fundação: 6 de janeiro de 1953
● Fundador: Governo alemão
● Sede mundial: Colônia, Alemanha
● Proprietário da marca: Deutsche Lufthansa AG
● Capital aberto: Sim
● Chairman & CEO: Carsten Spohr
● Faturamento: €35.6 bilhões (2017)
● Lucro: €2.36 bilhões (2017)
● Valor de mercado: €12.7 bilhões (abril/2018)
● Passageiros transportados: 66.200.000 (2017)
● Frota: 328 aviões (excluindo as subsidiárias)
● Destinos: 220
● Presença global: 90 países
● Presença no Brasil: Sim
● Funcionários: 128.850
● Segmento: Aviação
● Principais produtos: Aviação comercial e cargueira
● Concorrentes diretos: British Airways, Air France, KLM, Iberia, Alitalia, Virgin Atlantic, Delta Air Lines, United Airlines e American Airlines
● Ícones: O grou (ave) de seu logotipo
● Slogan: Nonstop You.
● Website: www.lufthansa.com
A marca no mundo
A tradicional empresa alemã, que possuí mais de 128.000 funcionários (mais de 20 mil deles são comissários e comissárias de bordo) de 150 nacionalidades diferentes, serve 220 destinos em mais de 90 países ao redor do mundo. Em 2017, a companhia aérea e suas subsidiárias transportaram mais de 130 milhões de passageiros (dos quais 66.2 milhões somente pela LUFTHANSA) em 1.130.008 voos, atingindo faturamento de €35.6 bilhões, com uma taxa de ocupação de suas aeronaves de 80.9%. A LUFTHANSA encontra-se nos dias atuais entre as cinco maiores empresas aéreas do mundo em termos de tamanho, sendo a maior companhia aérea da Europa em passageiros transportados. A empresa é ainda a segunda maior companhia aérea cargueira do planeta, transportando mais de 1.6 milhões de toneladas anualmente em suas 17 aeronaves para mais de 300 destinos em aproximadamente 100 países ao redor do mundo. A empresa possui cinco divisões principais de negócios: Network Airlines (formada pela LUFTHANSA, SWISS e Austrian Airlines), Point-to-Point Airlines (formada pela Eurowings e Brussels Airlines), Logistics (engloba a LUFTHANSA CARGO), Lufthansa Technik AG (manutenção, reparos e revisões) e LSG Lufthansa Service Holding AG (maior provedor de serviços de bordo do mundo, incluindo catering, vendas e entretenimento a bordo, equipamentos de serviço em voo e a logística associada, bem como serviços de consultoria e operação de salas de espera nos aeroportos).
Você sabia?
● Desde 1958 a rosa vermelha representa o cumprimento das mais altas exigências de conforto da Primeira Classe nas rotas intercontinentais da LUFTHANSA.
As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek, Isto é Dinheiro e Exame), jornais (Valor Econômico, Folha e Estadão), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers).
Última atualização em 13/4/2018
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