Por intermédio de uma rede global de inovação e forte presença local, a SIEMENS reúne e desenvolve competências e conhecimento, dentro de uma organização de alta performance, objetivando gerar o mais elevado nível de valor agregado para seus clientes através de produtos eletrônicos, eletrodomésticos, sistemas de comunicação, transportes, automação e geração de energia. A empresa alemã torna real o que é importante, estabelecendo a referência na forma de eletrificar, automatizar e digitalizar o mundo. A engenhosidade move a SIEMENS e o que criam é para melhorar a vida de milhões de pessoas no mundo inteiro. Por tudo isso, não é exagero afirmar que muitas das inovações da SIEMENS mudaram o mundo.
A história
A Telegraphen-Bauanstalt von Siemens & Halske foi fundada no dia 12 de outubro de 1847 na cidade de Berlim na Alemanha pelo jovem engenheiro e inventor Ernst Werner von Siemens, pelo mecânico Johann Georg Halske e por Johann George Siemens para instalar linhas telegráficas e fabricar o produto que desenvolveriam no ano anterior, o telégrafo de ponteiro. Diferente do telégrafo comum que exigia conhecimento do Código Morse para ser utilizado, o telégrafo de Siemens e Halske tinha uma tecla distinta para cada letra do alfabeto, podendo ser operado por qualquer adulto alfabetizado. O primeiro contrato para a instalação de uma linha elétrica de longa distância foi firmado com o governo da Prússia, para ligar as cidades de Frankfurt e Berlim, em 1848. Para que parte da linha, que possuía 500 km de comprimento, pudesse ser subterrânea, a empresa criou a prensa de guta-percha, máquina que revestia os fios com material isolante. Antes disso, as linhas telegráficas eram todas suspensas.
A empresa correu risco de falir quando o governo prussiano cancelou todos os seus contratos, mas, em uma reviravolta, o governo russo contratou a SIEMENS para a instalação de uma enorme linha, com mais de dez mil quilômetros, ligando a Finlândia com a região da Criméia. Este e outros contratos permitiram a expansão da empresa durante a década de 1850. Werner e seu irmão, Wihelm, instalaram na Inglaterra a Siemens Brothers, fábrica destinada á produção de cabos. Os irmãos também construíram um barco no país, o Faraday, utilizado na instalação de cabos telegráficos submarinos. Acreditando sempre em pesquisas e desenvolvimentos, a SIEMENS descobriu, em 1866, o dinâmico elétrico, possibilitando assim grande economia de energia. Pouco depois, em 1870, a SIEMENS concluiu seu trabalho mais famoso até a época: a Linha Telegráfica Indo-Europeia, ligando as cidades de Londres na Inglaterra a Calcutá, no leste da Índia. A essa altura, a empresa já estava bem estabelecida, com várias representações em países estrangeiros.
No final desta década, em 1879, com a transferência da sede de Berlim para Viena, começou uma nova fase de diversificação de objetivos. No mesmo ano, a SIEMENS inventou o gerador elétrico e apresentou a primeira ferrovia elétrica. Em 1881, instalou a primeira rede de iluminação elétrica pública de rua da Europa, o primeiro sistema municipal de telefone da cidade de Berlim e a primeira linha de bondes do mundo. No fim do século foi criada a Siemens-Shuckertwerke dedicada à área de engenharia elétrica. Em 1908, a empresa incorporou a Protos, fabricante de carros alemã. Os modelos da Protos já eram bastante requisitados pela elite europeia, mas a SIEMENS decidiu diversificar projetando carros de corrida. No mesmo ano da compra, um modelo de corrida da Protos venceu a Corrida Automobilística Nova York-Paris. A fabricação de automóveis foi encerrada na década de 1920, com a SIEMENS se concentrando cada vez na produção de material elétrico e eletrodomésticos (muitos dos quais lançados sob a marca Protos).
Com o início da Primeira Guerra Mundial, a SIEMENS teve grandes perdas financeiras. Os empreendimentos mais prejudicados foram os fortemente dependentes de importações, como por exemplo, os serviços de instalação elétrica industrial e construção de ferrovias. No dia 1 de julho 1919, os três maiores produtores de lâmpadas incandescentes da Alemanha, incluindo a SIEMENS, lançaram uma joint-venture com o nome de Osram, que nos anos seguintes se tornaria uma marca de reconhecimento mundial no setor. Após o término do conflito, a SIEMENS voltou a investir maciçamente em pesquisas e, em 1926, instalou na cidade de Berlim os primeiros faróis automáticos para controle de tráfego.
Durante a Segunda Guerra Mundial, mais uma vez a empresa passou por grandes dificuldades, amargando perdas enormes e vivendo os piores momentos de sua gloriosa história. Novamente com as importações prejudicadas, a produção regional se tornou iminentemente necessária. Para manter os estoques, a SIEMENS montou várias oficinas de manufatura voltadas para seu próprio consumo. A empresa passou a produzir eletrodos, disjuntores e transformadores em lugares onde antes apenas os instalava. Com o fim da guerra, a SIEMENS foi aos poucos sendo reorganizada e praticamente sendo reconstruída. Em 1949 os escritórios centrais da empresa foram transferidos para a cidade de Munique; e a partir da década de 1950, o gerenciamento de suas empresas começou a ser centralizado. Antes disso, as três principais empresas do grupo – Siemens & Halske, Siemens Shuckertwerke e Siemens-Reiniger-Werke – eram administradas separadamente.
Com o boom econômico vivenciado no período pós-guerra, a empresa resolveu investir em outras áreas de negócios, como por exemplo, em 1957, quando fundou a divisão elétrica Siemens-Electrogeräte AG responsável pela fabricação de eletrodomésticos e aparelhos elétricos. Na década de 1970 a empresa resolveu investir na área médica com o lançamento do aparelho de tomografia computadorizada. Pouco depois, em 1978, a empresa alemã ganhou a concorrência para construir nove geradores da hidrelétrica de Itaipú.
A década seguinte tem início com a empresa sendo responsável pela montagem e desenvolvimento do primeiro chip 64 kbit do mundo em 1981. Em 2005, a empresa vendeu sua divisão de produção de celulares para a Benq; e no ano seguinte, com a aquisição da área de diagnósticos da Bayer, sinalizou sua aposta nesse rentável segmento de mercado. A partir de 1 de janeiro de 2008, a SIEMENS é formada por três setores, subdivididos em 15 divisões: indústria (soluções que atendem aos clientes da indústria nas áreas de sistemas de produção, transporte e prediais), energia (oferece produtos e soluções para a geração, transmissão e distribuição de energia elétrica) e médica (fornece produtos inovadores e soluções completas bem como serviços e consultoria no setor de saúde), além da área de produtos de consumo (eletrodomésticos e eletrônicos). Além disso, em 2016, a empresa divulgou o novo nome de sua marca para o negócio de saúde: Siemens Healthineers. A nova marca destaca o espírito pioneiro da empresa alemã e sua expertise em engenharia para a indústria da saúde, que permite oferecer um diagnóstico eficiente e de alta qualidade. E não parou por aí: sua área de energia eólica se juntou à espanhola Gamesa, formando assim a maior fornecedora mundial de equipamentos eólicos.
A SIEMENS, que fabrica desde máquinas e autopeças até turbinas eólicas, foi um dos pivôs dos escândalos de corrupção do cartel do Metrô em São Paulo, revelados em 2013. Fora do país, a empresa também enfrentou acusações de pagamento de propina e, nos últimos anos, desembolsou mais de €1.5 bilhões em multas e acordos judiciais ao redor do mundo. Uma das primeiras investigações contra a empresa, em 2007, aconteceu em Munique, principal sede da SIEMENS. Funcionários da empresa criaram um sistema de caixa dois para obter contratos no exterior. Agora, a empresa trabalha para ser lembrada mais pela inovação do que pelos desvios de conduta. O plano de restauração da SIEMENS passa por três frentes de trabalho: aquisição de empresas (como voltadas a digitalização de processos) e startups, investimento em pesquisas e desenvolvimento, além do aprimoramento de todos seus processos de compliance em suas subsidiárias. Como exemplo dessa nova postura, até mesmo a prestação de contas de almoços de negócios são analisados de forma criteriosa, assim como todos os contratos assinados. As turbulências enfrentadas pelas SIEMENS nos últimos anos são atribuídas também a problemas de gestão.
A linha do tempo
1904
● Introdução do primeiro aparelho de telefone discado.
1905
● Apresentação da primeira lâmpada de filamento incandescente do mundo.
1923
● Apresentação do primeiro receptor de rádio.
1924
● Início da produção de pequenos eletrodomésticos. Durante muitos anos os aspiradores de pó da SIEMENS foram referência no mercado.
1930
● Construção da locomotiva elétrica E-44.
1938
● Início da produção de microscópios de elétron.
1954
● Ingressa no segmento de processamento de dados.
1957
● Fundação da divisão de eletrodomésticos e eletrônicos, com a produção de máquinas de lavar, entre outros produtos.
1958
● No dia 8 de outubro foi implantado o primeiro marcapasso produzido pela empresa em um paciente com arritmia cardíaca.
1959
● Apresentação da primeira geração do SIMATIC, que nos anos seguintes dominaria o segmento de tecnologia da automação.
● Apresentação do primeiro computador desenvolvido pela empresa chamado SIEMENS 2002.
1962
● Instalação da primeira central telefônica elétrica na cidade de Munique.
1974
● Lançamento do Siretom, um aparelho de tomografia computadorizada.
1983
● Lançamento do Magnetom, aparelho de ressonância magnética.
1987
● Lançamento do primeiro chip com 1MB de capacidade.
1997
● Lançamento do primeiro celular GSM com visor colorido.
1998
● Lançamento do primeiro sensor biométrico de digitais.
1999
● Lançamento do Sivit, um computador sem mouse e teclado.
As inovações
Um mundo de talentos comprovados, produzindo inovações revolucionárias, gerando vantagens competitivas únicas aos clientes, capacitando a sociedade a superar seus desafios vitais e criando valor de forma sustentável. Para que tudo isso aconteça, aproximadamente 33.000 pesquisadores, cientistas e desenvolvedores em mais de 140 Centros de Pesquisa e Desenvolvimento localizados em 30 países pelo mundo trabalham nas inovações que ajudam a assegurar e expandir as posições de liderança de mercado da SIEMENS. Os principais centros de pesquisa e desenvolvimento estão localizados na Alemanha e na Áustria, nos Estados Unidos, na China e na Índia. Uma orientação internacional e atividades globais continuam a aprimorar o perfil da empresa no futuro, ajudando-a a responder às perguntas-chave da atualidade – desde métodos de produção industrial que economizam recursos, até proteção ambiental e climática bem como cuidados com a saúde. As inovações e, portanto, também o sucesso econômico sustentável, dependem dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento. Por isso, anualmente a SIEMENS investe aproximadamente €5 bilhões em pesquisa e desenvolvimento. Aproximadamente 60.000 patentes demonstram o poder de inovação, tornando a SIEMENS uma das empresas mais inovadoras do mundo. Por ano, são mais de 7.500 novos inventos.
A evolução visual
O logotipo da SIEMENS passou por diversas modificações ao longo de sua história. Em 1925, um anel foi adicionado ao logotipo e, somente em 1928 passou a conter o nome SIEMENS. Depois de perder o símbolo (um monograma com as iniciais “SH”, antigo nome da empresa - “Siemens & Halske”) em 1973, uma nova remodelação em 1991 apresentou nova tipografia de letra e cor (Pantone 321 - Turquesa).
Os slogans
Ingenuity for life. (2015)
Making things right. (2014)
Global network of innovation. (2009)
Siemens answers. (2007)
Siemens convergence advantage - Creating a universe of one. (2000)
We’re Siemens. We can do that. (1999)
Engenhosidade para a vida. (2015, Brasil)
Rede global de inovação. (2009, Brasil)
Dados corporativos
● Origem: Alemanha
● Fundação: 12 de outubro de 1847
● Fundador: Werner e Johann George Siemens e Johann Georg Halske
● Sede mundial: Munique e Berlim, Alemanha
● Proprietário da marca: Siemens AG
● Capital aberto: Sim (1897)
● Chairman: Gerhard Cromme
● CEO & Presidente: Joe Kaeser
● Faturamento: €79.6 bilhões (2016)
● Lucro: €5.45 bilhões (2016)
● Valor de mercado: €101.5 bilhões (outubro/2017)
● Valor da marca: US$ 9.982 bilhões (2017)
● Presença global: 190 países
● Presença no Brasil: Sim
● Funcionários: 351.000
● Segmento: Conglomerado
● Principais produtos: Eletrodomésticos, sistemas de comunicação, geradores, painéis solares, softwares, locomotivas e vagões, serviços financeiros, equipamentos hospitalares e automação industrial
● Concorrentes diretos: GE, Hitachi, Philips, Alstom, Honeywell International, Schneider Electric, Vestas e ABB
● Slogan: Ingenuity for life.
● Website: www.siemens.com/br/pt/home.html
O valor
Segundo a consultoria britânica Interbrand, somente a marca SIEMENS está avaliada em US$ 9.982 bilhões, ocupando a posição de número 50 no ranking das marcas mais valiosas do mundo de 2017.
A marca no Brasil
As primeiras operações da empresa no Brasil datam de 1867, com a instalação da linha telegráfica pioneira entre o Rio de Janeiro e o Rio Grande do Sul, já assinalando a marca do pioneirismo que tem caracterizado a empresa em diversos campos de atuação. Em 1895, no Rio de Janeiro, era aberto o primeiro escritório e, dez anos mais tarde, ocorria a fundação da empresa oficialmente no país. Ao longo do século passado a SIEMENS contribuiu ativamente para a construção e modernização da infraestrutura do Brasil como a inauguração, em 1939, da primeira fábrica de transformadores do país; e da primeira central automática de Telex, em 1953. Reconhecida como maior empresa de tecnologia integrada do mercado brasileiro, a SIEMENS evolui continuamente e segue estabelecendo marcas extraordinárias. Nos últimos anos, contribuiu para melhorar a qualidade de vida dos brasileiros, por exemplo, com tecnologias que aperfeiçoam os transportes públicos para milhões de pessoas diretamente. Suas soluções também ajudaram arenas esportivas e de eventos a alcançar um patamar superior em diversas cidades. Atualmente, os equipamentos e sistemas da empresa são responsáveis por 50% da energia elétrica no país. Além disso, a empresa é líder no fornecimento de equipamentos médicos para diagnóstico por imagem, como tomógrafos computadorizados e ressonância magnética, bem como diagnóstico laboratorial. No Brasil, a empresa conta hoje com 6.000 colaboradores, sete centros de pesquisa, desenvolvimento e engenharia, doze unidades fabris e 13 escritórios regionais de vendas e serviços.
A marca no mundo
Hoje em dia a SIEMENS, maior conglomerado de engenharia elétrica e eletrônica da Europa, atua em diversos ramos, desde comunicações até equipamentos hospitalares, material elétrico, infraestrutura do setor energético (elétrico e nuclear), transporte público (na construção de trens e metrôs) e painéis solares, está presente em mais de 190 países ao redor do planeta, conta com uma força de trabalho superior a 350 mil funcionários e alcançou faturamento superior à €79 bilhões em 2016.
Você sabia?
● A SIEMENS também participa de várias joint-ventures, principalmente na área de geração de energia, e no setor de eletrodomésticos (BSH Hausgeräte). O grupo controla ainda várias outras empresas que não levam o nome SIEMENS, como a fabricante de turbinas e centrífugas Demag Delaval.
● Credita-se a Ernst Werner von Siemens diversas invenções, tais como o telégrafo de ponteiro, o elevador elétrico, o fotômetro de selênio, o gerador elétrico e o dínamo elétrico de corrente alternada. Além disso, seu nome - siemens (símbolo: S) - é uma unidade do Sistema Internacional de Unidades (SI) que mede a condutância elétrica (é o inverso da resistência elétrica) e a admitância.
As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek, Isto é Dinheiro e Exame), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers).
Última atualização em 2/10/2017
Adorei conhecer a Historia da SIEMENS
ResponderExcluirUma empresa inovadora em vários segmentos, simplesmete Fantástica!!!
ResponderExcluirÓtimos produtos ,sempre inovando e sendo fundamental em seus segmentos!!!
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