15.8.06

REVISTA VEJA

VEJA é leitura obrigatória para quem deseja qualidade de informação, tendo foco total nos consumidores que querem entender o mundo. A revista traz, semanalmente, os principais fatos e notícias do Brasil e do mundo, elaborados por jornalistas altamente qualificados, para leitores que gostam de estar bem informados.
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A história
Em 1968, quando o público tentava compreender as convulsões de um mundo em transformação, a Editora Abril, sob o comando de Victor Civita, percebeu que havia oportunidade para uma revista que oferecesse reflexão, aprofundamento e síntese a um leitor que já não tinha tempo para digerir toda a informação que recebia. Para o lançamento da revista VEJA, 1.800 candidatos de todo o país se apresentaram para as cem vagas de um curso de jornalismo de três meses de duração. Ao final, 50 foram contratados. Um departamento de documentação nos moldes dos que funcionavam nas revistas semanais americanas, o Dedoc, foi criado para apoiar o trabalho dos jornalistas. Sob a direção de Mino Carta, uma redação de mais de 100 jornalistas, instalada no sétimo andar do Edifício Abril, preparou 13 edições experimentais antes do lançamento.
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O número 1 estampava na capa uma foice e um martelo e a chamada “O grande duelo no mundo comunista”. O primeiro número da publicação tinha por título Veja e leia. Esta expressão complementar ao nome vinha acima do título, em letras bastante pequenas, como forma encontrada pela editora para contornar o registro internacional da revista americana Look, tendo sido suprimida no nº 216 de 1975, quando Look deixou de circular. Porém, a expressão complementar ao nome deveu-se também ao fato de já haver no Brasil, desde 1955, o registro da marca VEJA em nome de Rubens P. Mattar. Chegou às bancas, no dia 11 de setembro, com 700 mil exemplares e com a expectativa de vender, a partir dali, uma média de 500 mil por semana. A partir do segundo número, o projeto se revelou um fracasso. A reação do público não foi favorável ao produto porque ele estava acostumado com dois tipos de publicações: as semanais ilustradas, representadas por Manchete e o modelo de revista de economia e política da internacional Visão. VEJA vinha com uma proposta diferente para os padrões brasileiros: abria um verdadeiro leque, passava a se interessar por tudo.
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A revista VEJA provocou no início uma hemorragia financeira que chegou a ameaçar a sobrevivência da empresa. Como estratégia de recuperação da força da revista, em maio de 1969, a publicação começa a superar o rombo financeiro que se havia formado. A primeira delas dizia respeito à criação de um encarte de fascículos semanais sobre a história da conquista da Lua, que terminariam na semana em que a Apolo 11 chegasse ao satélite; e a outra seria uma entrevista semanal de abertura da revista, contando ainda com um “caderno de investimentos”, que a encerraria em cada edição. Essas medidas ajudaram a publicação a se recuperar: “A Conquista da Lua” em fascículos recobrou o interesse dos leitores, as entrevistas consagraram as páginas amarelas e o caderno de economia, já publicado anteriormente em outras revistas técnicas, foi tão bem-sucedido que se transformou em uma publicação independente em 1970, a revista Exame.
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Aos poucos a redação foi encontrando maneiras de transformar a indiferença em interesse, mas a empresa percebeu que não havia mais tempo para esperar a lenta ascensão da vendagem em banca. Roberto Civita, então diretor editorial, que propôs lançar a revista e era àquela altura um defensor solitário de mantê-la viva, percebeu que a solução poderia vir da implantação de um sistema de assinaturas. Não existia no Brasil nada semelhante ao que ele vira nos Estados Unidos. Seria preciso começar do zero. A confirmação do acerto veio um ano depois, quando as assinaturas chegaram a 50 mil. A censura complicou ainda mais a implantação de uma revista que pretendia se diferenciar pelo conteúdo e impôs à redação um inferno cotidiano. O número 15, de dezembro de 1968, que relatava os acontecimentos que culminaram com o Ato Institucional nº. 5, foi recolhido das bancas.
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Na pior fase, entre 1975 e 1976, tudo o que era publicado na revista tinha de ser aprovado por um censor. Mesmo assim, a revista VEJA foi responsável por algumas das melhores reportagens publicadas na imprensa brasileira. É o caso de “O mistério vai acabar?”, de 7 de setembro de 1977, em que uma entrevista exclusiva redirecionou as investigações da polícia sobre o assassinato de Cláudia Lessin Rodrigues, encontrada morta nos penhascos da avenida Niemeyer, no Rio de Janeiro, em julho daquele ano. Difícil esquecer também de “Descendo aos porões”, publicada em 21 de fevereiro de 1979, a primeira reportagem a mostrar como funcionava a máquina repressiva do regime militar. Mesmo assim, VEJA viveu e registrou durante 17 anos o cotidiano brasileiro sob o comando dos generais.
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A partir de 1976, a revista estabiliza-se definitivamente e passa a operar um número médio de 170 mil exemplares/semana. Dois anos mais tarde passa por uma reforma gráfica, introduzindo maciça e definitivamente o uso da cor em todas as suas imagens; sua circulação mantém uma média de 250 mil exemplares/semana, dos quais 200 mil fazem parte do mailing de assinantes. Em 1997 a revista lança sua versão on-line com atualização diária de notícias, especiais, canais que o internauta só encontrava ali. Atualmente, a versão on-line recebe mensalmente mais de 1.9 milhões de visitas. Foi de VEJA também a bombástica entrevista de Pedro Collor, cujas revelações culminaram com o impeachment do presidente Fernando Collor, seu irmão. Em 19 de janeiro de 2002, a reportagem “O mouse que ruge” inaugurou uma editoria para tratar exclusivamente da nova economia desabrochada pela Internet.
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O conteúdo
VEJA é abrangente, cobrindo desde o mundo da política, economia, internacional, até artes e cultura, com uma linguagem clara e atraente, gostosa de ser lida. As seções são:
Entrevistas: Impressa na tradicional página de cor amarela, a seção traz entrevistas com as personalidades de destaque em todas as áreas do conhecimento, da cultura, da política e de assuntos gerais, sempre ouvindo a mais importante autoridade em cada tema, seja nacional ou internacional.
Ponto de vista: As opiniões originais dos colunistas Stephen Kanitz, especialista em economia e administração de empresas, Claudio de Moura Castro, a respeito de educação e desenvolvimento, e de Lya Luft, a escritora que aborda temais gerais, da família à religião, com rara sensibilidade.
Millôr: A picardia, a irreverência e a inteligência de um crítico dos costumes que escreve, desenha e desvenda o Brasil.
Holofote: Notícias exclusivas sobre os bastidores do poder, da fama e dos grandes negócios.
VEJA Essa: A seção de frases que vale por um resumo dos fatos, com as tiradas inesperadas, esdrúxulas, de bom humor ou lucidademente perspicazes publicadas ao longo da semana.
Gente: Notas sobre personalidades em evidência no Brasil e no mundo.
Radar: A mais importante seção de notas de economia e política, revelando informações que só o colunista Lauro Jardim poderia obter.
Datas: O resumo das notícias mais importantes da semana anterior, com o registro dos fatos, situações e descobertas que devem ser anotadas para a história.
VEJA Recomenda: Seção semanal com o melhor da TV, discos, vídeos, livros e filmes que valem mais do que como mero entretenimento.
Brasil: A cobertura política e dos assuntos nacionais mais destacados da semana.
Internacional: A política e os acontecimentos internacionais mais relevantes de outros países e a análise de sua importância para o Brasil.
Geral: Moda, comportamental, estilo, decoração, consumo, esportes, tecnologia, ciência, educação, história e todos os temas que o leitor precisa acompanhar.
Guia: Notas sobre o dia-a-dia, como um manual de sobrevivência do leitor em assuntos como consumo, investimentos, tecnologia, trabalho, saúde, conforto, cuidados domésticos.
Ensaio: O jornalista Roberto Pompeu de Toledo comenta com argúcia e talento os temas da atualidade.
* Além disso, a revista ainda traz artes e espetáculos, cartas, os bastidores dos grandes acontecimentos, as tendências da economia e as colunas de Diogo Mainardi e Andre Petry.
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Com foco total nos consumidores que procuram as melhores atrações da sua cidade, a revista publica as edições regionais chamadas pelo público de VEJINHA: Veja São Paulo (além de contar o que acontece de mais relevante na vida de São Paulo e com seus personagens, tem o compromisso de apresentar ao leitor, em reportagens e Roteiro da Semana, as melhores opções em matéria de entretenimento, lazer, programas e serviço), lançada pela primeira vez como edição especial em 1985; e Veja Rio (um retrato da cidade maravilhosa através de reportagens e roteiros, um compromisso constante de levar ao leitor as melhores opções em matéria de entretenimento, lazer, programas e serviços), lançada em 1991.
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Anualmente também publica edições especiais como VEJA COMER & BEBER (a última de 438 páginas mostrava as melhores delícias para satisfazer qualquer estômago na cidade de São Paulo), introduzida pela primeira vez em 1998.
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Edições históricas
Como a mais importante, influente e maior revista do Brasil, VEJA acumula uma história de 40 anos de sucesso, com algumas das reportagens que mudaram o Brasil e uma importância social, econômica e política sem precedentes na história das publicações brasileiras. Em 25 de abril de 1992 a revista publicou uma entrevista exclusiva com Pedro Collor de Mello (irmão do então presidente Fernando Collor de Mello), em que o entrevistado denunciava irregularidades de desvio de dinheiro público em uma suposta parceria com Paulo César Farias. Essa entrevista desencadeou uma série de novas denúncias e investigações culminando com o impeachment e a renúncia do presidente da República. É notável, entretanto, a participação da revista na eleição de Collor, com reportagens acusadas de parciais, como a que trazia à capa uma foto de Collor com a legenda “O Caçador de Marajás”.
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Em 25 de maio de 2005, reportagem da revista teve papel relevante na eclosão de outra crise política de grandes proporções, quando divulgou a transcrição de um vídeo em que se flagrava, com uma câmera escondida, o então funcionário dos Correios Maurício Marinho explicando a dois empresários como funcionaria um esquema de pagamentos de propina para fraudar licitações. Tal esquema envolveria o deputado Roberto Jefferson, e sua denúncia serviu de ignitor para que este deputado deflagrasse o chamado escândalo do mensalão.
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Os slogans
VEJA, indispensável para o país que queremos ser. (2009)
Quem lê Veja entende os dois lados. (2004)
Indispensável. (1998)
Os olhos do Brasil.
A revista mais lida e comentada do Brasil.
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Dados corporativos
● Origem: Brasil
● Lançamento:
11 de setembro de 1968
● Criador: Victor Civita, Roberto Civita e Mino Carta
● Sede mundial: São Paulo, Brasil
● Proprietário da marca: Editora Abril
● Capital aberto:
Não
● Chairman:
Roberto Civita
● Editor chefe:
Eurípedes Alcântara
● Faturamento:
Não divulgado
● Lucro:
Não divulgado
● Circulação:
1.086.000 milhão de exemplares semanais
● Assinantes:
926.000
● Leitores:
8.812.000
● Presença global: Não (presente somente no Brasil)
● Redação: 250 jornalistas
● Segmento:
Comunicação
● Principais produtos:
Revista semanal
● Ícones:
As capas
● Slogan:
VEJA, indispensável para o país que queremos ser.
● Website:
www.veja.com.br
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A marca no Brasil
Hoje, a revista VEJA, maior e mais influente revista semanal de informação do Brasil, tem mais de 920.000 assinantes, que respondem por aproximadamente 86% de sua vendagem, sendo a 3ª maior revista semanal de informação do mundo, atrás somente das americanas TIME e NEWSWEEK. Aproximadamente 63% dos leitores da revista têm entre 20 e 49 anos, sendo 53% mulheres. A operação logística de distribuição de VEJA atinge mais de 30 mil pontos de venda no Brasil e garante aos anunciantes uma grande projeção em todo o país. São Paulo responde por 36% de sua distribuição, seguido do Rio de janeiro com 18%, Belo Horizonte com 9% e Brasília com 8%. A revista é entregue aos seus assinantes aos sábados e nas bancas aos domingos, traz a data das quartas-feiras. Até o dia 27 de maio de 2009 a revista VEJA já tinha publicado 2.114 edições.
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Você sabia?
A revista publica em média 10.500 páginas de anúncios por ano, o equivalente a 2.8% do volume total dos investimentos em publicidade no Brasil. O anúncio de página inteira na revista custa em média R$ 216.000.
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As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), sites especializados em Marketing e Branding, e Wikipedia (informações devidamente checadas).
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Última atualização em 27/6/2009

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