2.5.07

MERRILL LYNCH


Apesar da crise financeira global dos últimos anos, a Merrill Lynch, uma das maiores gestoras de riqueza, mercados de capitais e consultoria empresarial, continua sendo uma das líderes em segurança e equidade de negócios, atuando como conselheira estratégica de corporações, governos, instituições e pessoas físicas no mundo todo. Por tudo isso, confie na força do touro. 

A história 
Negociar ações, mesmo em períodos de crise, sempre foi uma espécie de “esporte nacional” nos Estados Unidos. Há várias razões para o investimento nas bolsas de valores serem tão popular entre os americanos, mas ninguém contribuiu mais para isso do que o banqueiro Charles Edward Merrill (1885-1956). Sua empresa, inicialmente batizada de Charles E. Merrill & Co., foi fundada no dia 6 de janeiro de 1914 no número 7 de Wall Street, centro financeiro de Nova York, tendo como objetivo vender títulos a clientes da classe média americana. Nesta época, o mundo do mercado financeiro era dominado por especuladores sem escrúpulos e corretores gananciosos e as pessoas passavam longe de Wall Street. Mas Merrill via as ações como investimento de longo prazo, não como um meio de fazer dinheiro fácil e rápido. Poucos meses depois, um amigo pessoal de Charles, Edmund Calvert Lynch, se tornou sócio da empresa, que passou a chamar Merrill Lynch & Co., em 1915.


Em 1917, sem a aprovação da Bolsa de Nova York (NYSE), a empresa publicou os primeiros anúncios para a venda de títulos de dívida pública para financiar o esforço de guerra (conhecidos como Liberty Bonds). No ano de 1926, a Merrill Lynch fez seu mais significativo investimento até então ao comprar o controle acionário da Safeway, uma pequena rede californiana de mercearia, que na década seguinte se transformaria na terceira maior do país com mais de 3.500 lojas. Em pleno período de especulação dos anos de 1920, recomendou a seus clientes a venda de títulos suficientes para saldar as suas dívidas, fazendo o mesmo, e sendo uma das poucas empresas sobreviventes ao catastrófico crash da Bolsa de Valores em 1929.


No final da década seguinte, em 1939, ocorreu a fusão da empresa com a corretora E. A. Pierce. Nesta época Wall Street era ainda um clube de acesso restrito e grande parte das corretoras não apostava nos pequenos clientes. Nos anos de 1940 quando os Estados Unidos começaram a se recuperar da ressaca da década anterior, Merrill lançou uma campanha maciça para popularizar as bolsas de valores e democratizar o acesso ao maior mercado de capitais do mundo. Ele conseguiu. E ganhou um bom dinheiro com isso. Em 1941 iniciou a publicação dos resultados financeiros anuais, uma iniciativa sem precedentes para uma empresa privada em Wall Street, mostrando ao mercado e a seus clientes a transparência nos rumos da condução da instituição. A estratégia consistiu em levar ao público, informações sobre empresas e investimentos: através de materiais de fácil leitura sobre temas como a cobertura de risco ou a leitura de uma demonstração de resultados; e em uma prática pouco comum entre corretoras, investiu muito em publicidade.


Para explicar o funcionamento do mercado e atrair clientes, publicou anúncios em jornais e revistas, fez reuniões em associações, mandou os corretores bater de porta em porta para convencer as pessoas e reduziu as taxas cobradas dos pequenos investidores. No fim da Segunda Guerra Mundial, já controlava 10% dos negócios na Bolsa de Valores de Nova York. Todas essas estratégias fizeram com que, em 1947, a Merrill Lynch se tornasse a maior e mais conhecida corretora americana. No dia 6 de outubro de 1956, Charles E. Merrill, banqueiro que levou a classe média americana a Wall Street e via as bolsas de valores como muito mais do que um cassino, faleceu aos 70 anos de idade.


Em 1960, continuando sua expansão internacional, iniciada anos antes, inaugurou escritório em Londres, e quatro anos depois, em Tóquio no Japão. Ainda em 1964, adquiriu a C.J. Devine, tornando-se revendedora de títulos de renda fixa. No início da década de 1970, a Merrill Lynch abriu seu capital na Bolsa de Valores e se tornou uma corporação multinacional, adotando o famoso slogan “Merrill Lynch is bullish on America”. Pouco depois, em 1974, para simbolizar seu crescimento, força, otimismo e confiança, passou a adotar o touro em seu logotipo, animal claramente associado à expressão popular “Bull-market” (em tradução “mercado em alta”), no qual a empresa atuava com enorme presença. No Brasil, as atividades tiveram início oficialmente nesta época. Em 1977, a empresa introduziu sua Conta de Gerenciamento de Caixa (CMA), que permitia aos clientes mover todo o seu dinheiro para um fundo mútuo do mercado monetário, e incluía recursos de registro de cheques e um cartão de crédito. A tradicional revista Fortune chamou de “a inovação financeira mais importante em anos”.


Tudo ia bem até a crise financeira que assolou o mercado financeiro mundial em 2008. Crise esta que foi iniciada com as falências no crédito hipotecário de alto risco nos Estados Unidos. Com perdas bilionárias, a Merrill Lynch, uma das corretoras mais expostas aos papéis financeiros de risco, estava à beira da falência quando acabou sendo comprada pelo Bank of America em uma operação de aproximadamente US$ 50 bilhões. A partir deste momento a Merrill Lynch se tornou o braço de gestão de patrimônio, corretagem e banco de investimento do Bank of America. No dia 21 de junho de 2010 foi lançado o Merrill Edge, um serviço online de investimento simplificado que oferece acesso aos insights de investimento da Merrill Lynch e a conveniência do sistema bancário do Bank of America. O Merrill Edge permite que os clientes gerenciem perfeitamente os serviços bancários e os investimentos por meio de suas plataformas online e móvel, além de se reunir com consultores de soluções financeiras para receber conselhos e orientação nos Financial Solutions Advisors™ (hoje são mais de 2.200 centro localizados dentro das agências bancárias do Bank of America) ou por telefone. Este serviço foi projetado para permitir que um grupo demográfico mais amplo investisse no banco, já que se concentrava em investidores com até US$ 250.000 em ativos. O serviço fez tanto sucesso que hoje em dia administra mais de US$ 185 bilhões de 2.4 milhões de clientes e emprega 3.000 consultores trabalhando em agências bancárias e call centers.


A evolução visual 
A identidade visual da marca, um dos símbolos corporativos mais reconhecidos dos Estados Unidos, passou por algumas modificações ao longo dos anos. Em 1938 a vírgula foi retirada do logotipo. Somente no ano de 1974 um touro estilizado foi incorporado ao logotipo da marca. O touro pretendia transmitir força e agressividade em nome de seus clientes. Como um “mercado em alta” (Bull Market) é o termo usado para descrever um mercado com preços crescentes, o icônico touro do logotipo da marca também passou a simbolizar prosperidade. Em 2009, após ser adquirida pelo Bank of America, a marca apresentou sua nova identidade visual. Chamada então de Merrill Lynch Wealth Management, a nova identidade visual manteve o tradicional touro como símbolo e apresentou uma nova tipografia de letra. Mais recentemente o logotipo foi atualizado perdendo a frase “Wealth Management”.


Já a divisão de investimentos (que oferece soluções como recursos de consultoria, captação de recursos, serviços bancários, tesouraria, bem como liquidez, vendas e negociação, além de recursos de pesquisa) adotou uma identidade visual sem o tradicional touro, baseada no logotipo do Bank of America.


Os slogans 
The market for good advice is booming. (2017) 
The power of the right advisor. (2012) 
Signed, sealed and delivering. (2009) 
We see your financial life in total. (2003) 
Be Bullish. (1999) 
At Merrill Lynch we’re bullish on the future. (1998) 
The Difference Is Merrill Lynch. (1993) 
A Tradition of Trust. (1988) 
Your World Should Know No Boundaries. (1986) 
A Breed Apart. (1980)
Merrill Lynch is bullish on America. (1971) 
Merrill Lynch: We Look for the Trends. (década de 1970)


Dados corporativos 
● Origem: Estados Unidos 
● Fundação: 6 de janeiro de 1914 
● Fundador: Charles E. Merrill e Edmund C. Lynch 
● Sede mundial: New York City, New York, Estados Unidos 
● Proprietário da marca: Merrill Lynch Wealth Management 
● Capital aberto: Não (subsidiária do Bank of America Corporation) 
● CEO: Andrew Sieg 
● Faturamento: US$ 13 bilhões (estimado) 
● Lucro: Não divulgado 
● Presença global: 40 países 
● Presença no Brasil: Sim 
● Funcionários: 15.000 
● Segmento: Financeiro 
● Principais produtos: Gestão de patrimônio e investimentos 
● Concorrentes diretos: Morgan Stanley, Goldman Sachs, UBS, J.P. Morgan, Charles Schwab, Citibank, TD Ameritrade e E*Trade 
● Ícones: O touro 
● Slogan: The market for good advice is booming. 
● Website: www.ml.com 

A marca no mundo 
A Merrill Lynch é especializada em gestão de patrimônio baseada em metas, incluindo planejamento para aposentadoria, educação, legado e outras metas de vida por meio de investimentos, dinheiro e gerenciamento de crédito. Dentro da Merrill Lynch, o Private Banking and Investment Group concentra-se nas necessidades únicas e personalizadas de indivíduos ricos, famílias e seus negócios. Esses clientes são atendidos por mais de 200 equipes altamente especializadas em assessoria em riqueza privada, além de especialistas em áreas como gestão de investimentos, gestão concentrada de ações e estratégias de transferência de riqueza entre gerações. A Merrill Lynch está presente em mais de 40 países espalhados por todos os continentes, com mais de 15 mil funcionários. A empresa gerencia aproximadamente US$ 2.3 trilhões de recursos totais de seus clientes. 

Você sabia? 
Nos ataques terroristas ao World Trade Center em 11 de setembro de 2001, a Merrill Lynch perdeu três funcionários: David Brady, Robert McIlvaine e Michael Packer. 
A Merrill Lynch alcançou proeminência com base na força de sua rede de corretagem, às vezes chamada de “rebanho trovejante”, que lhe permitia colocar títulos diretamente por ele subscritos. 
Até o final de 1970, a Merrill Lynch era conhecida como a “firma católica” de Wall Street. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Time), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers). 

Última atualização em 5/9/2018

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