4.5.08

AGENT PROVOCATEUR


Há muitas palavras para descrever seus lingeries: controversa, provocativa, polêmica, exibicionista, fetichista, sexy e sensual. Para uns, é fantasia sexual de luxo. Já para outros, roupa íntima funcional. No entanto, para todos, sem exceção, a AGENT PROVOCATEUR é uma experiência, consolidada em parte com as ousadias de seus produtos, em parte com emoção e o entusiasmo que a marca imprime em tudo que faz. Seus provocantes lingeries (como já anuncia o próprio nome da marca) incentivam a mulher a celebrar e aproveitar sua sensualidade. A AGENT PROVOCATEUR tem o estilo britânico e senso de humor. 

A história 
Tudo começou quando Joseph Corré (filho da polêmica estilista inglesa Vivienne Westwood com Malcolm McLaren, empresário da banda Sex Pistols em seus tempos áureos) e sua agora ex-mulher, Serena Rees, inauguraram no mês de dezembro de 1994 na Rua Broadwick Street, localizada no deslocado distrito do Soho londrino, a primeira loja da AGENT PROVOCATEUR (em tradução, o “Agente Provocador”), para vender uma linha de lingerie de luxo e sugestiva, que chocava, seduzia e satisfazia. O casal pretendia firmar-se no segmento de roupa íntima feminina, mas acabou por conceber uma coleção inteira de lingeries com muita cor e cheia de glamour, que deflagrou uma ampla revolução social nas atitudes em relação às peças íntimas e sexualidade. A linha era composta por lingeries que estimulavam, encantavam e excitavam todas as que vestiam e os respectivos parceiros. Eram sutiãs, calcinhas, cintas-ligas, corpetes pra lá de provocativos. Suas peças únicas eram bem desenhadas, com tecidos fabulosos, e o mais importante, a sensação de poder que provocavam nas mulheres era inigualável.


A inauguração da loja causou um verdadeiro frenezi, recebendo ampla cobertura da mídia, somente comparável a atenção dada a super estrelas. A resposta do público em relação as suas provocantes e ousadas lingeries foi excepcional. O casal criou o conceito “sexy chique” lançando peças que exploravam estilos e gostos diferentes, desde os mais inocentes até o sadomasoquismo. E com isso, no decorrer dos anos, a marca conquistou espaço no mercado de luxo. Anos depois a AGENT PROVOCATEUR começou sua expansão internacional com inauguração de lojas nos Estados Unidos, Canadá, Hong Kong, Rússia e alguns países da Europa. Além disso, suas peças passaram a serem vendidas em sofisticadas lojas de departamentos como a Bloomingdale’s e até na tradicional Harrods. Nos anos seguintes a marca ampliou sua linha de produtos, ingressando no segmento de acessórios com o lançamento de calçados, meias, camisolas, pijamas, joias, óculos, uma pequena linha de roupas (composta por vestidos) e até itens sensuais como máscaras, tapa-seios e chicotes. E a AGENT PROVOCATEUR sempre entendeu o casamento importante entre perfume e sedução. Com uma visão única de feminilidade, a marca criou um portfólio de fragrâncias de enorme sucesso.


Além disso, uma linha de produtos especiais para divulgar a marca, a Salon Rose, foi também desenvolvida e vendida em lojas mais convencionais como a varejista Marks & Spencer em 2000. Também ingressou no segmento da música, ao introduzir, em 2004, seu primeiro CD, chamado Peep Show, que reunia 13 canções ecléticas que juntas criavam uma jornada de descobertas sexuais. Em 2007, após o divórcio do casal que criou a marca, a empresa foi vendida por aproximadamente £60 milhões para um fundo de investimento. Em 2013, a marca voltou a causar polêmica com o lançamento da linha de lingerie de Penélope Cruz e sua irmã Mônica, batizada de L’Agent by Agent Provocateur. O filme da campanha, escrito e dirigido por Penélope, foi retirado do ar pelo YouTube logo depois de publicado. Apontado por muitos como o mais provocativo da marca, o filme mostrava uma profusão de mulheres seminuas em peças da coleção. A modelo Irina Shayk e a irmã de Penélope estavam entre as sensuais garotas do filme, que contava ainda com uma participação do ator Javier Bardem. Em 2017, a marca foi adquirida pela empresa Four Holdings, pertencente ao bilionário Mike Ashley.


Foi assim que a marca britânica transformou a indústria de roupa íntima em uma área mais distinta e provocativa e que defende a libertação sexual tolerante e atrevida. Celebridades extravagantes e polêmicas como Paris Hilton, Lilly Allen, Christina Aguilera, Kate Moss e Carmen Electra são algumas das clientes famosas que ajudaram a construir a imagem da marca britânica. Desde que foi criada, a marca soube combinar perfeitamente muita sensualidade e glamour. Mesmo tendo como lema constante a luxúria, em todos esses anos de existência, a AGENT PROVOCATEUR nunca caiu na vulgaridade. Mas provoca tudo e todos, principalmente o desejo intrínseco em provocar o outro. Afinal, com a venda de chicotes e tapa-seios junto com sutiãs e calcinhas, a marca ajudou a criar a tendência de lingerie de luxo abertamente erótica que continua até hoje.


A linha do tempo 
1999 
Lançamento, em novembro, da página oficial da marca na internet que causou polêmica ao ser considerada um das mais eróticas da rede. Atualmente a página é um dos principais pilares de comunicação da AGENT PROVOCATEUR, recebendo mais de 60 milhões de visitas mensalmente. 
2000 
Lançamento, em agosto, da primeira fragrância da marca. 
Lançamento de uma linha de cosméticos e produtos de beleza. 
2001 
Lançamento de seu primeiro catálogo para colecionadores com belas e provocativas fotografias. 
2005 
Lançamento do livro Exhibitionist contendo fotografias provocativas de vitrines pelo mundo afora. 
2006 
Lançamento da primeira linha de perfumes da grife. 
Lançamento de uma linha de roupas íntimas para gestantes. 
2007 
Lançamento da coleção moda praia composta por biquínis e maiôs. 
2008 
Lançamento da linha WHITE WEDDING, composta por peças criadas exclusivamente para noivas. 
2011 
Lançamento de uma luxuosa linha de roupas de cama.


As lojas 
Visite uma de suas lojas em Londres, Nova York ou Los Angeles, e você será recebido por uma linda e escultural mulher, atraente mesmo que um pouco intimidadora, trajando um vestido cor-de-rosa insinuante, saltos altos e meias pretas de náilon, compondo um Boudoir de lingerie exótico. A AGENT PROVOCATEUR quer criar uma experiência intensamente privada e pessoal para seus clientes, tanto ao escolherem quanto ao usarem seus produtos. Suas vitrines, sempre ousadas e provocativas, são o mais importante canal de comunicação da marca. A propaganda em massa é rejeitada em favor de vitrines montadas com alto e explosivo teor de sensualidade, que utilizam arte, fotografia e anúncios em filmes. Experimente folhear o catálogo da marca e verá que se parece com um peep-show do século XIX.


A comunicação 
A abordagem é a exata antítese da atitude convencional, e bastante puritana, que trata o sexo como tabu ou algo sujo. No decorrer dos anos a marca, que adora gerar polêmica com seus lingeries “sassy and sexy” e uma comunicação na mesma linha, contratou celebridades, sensuais e polêmicas, para estrearem suas campanhas. Em dezembro de 2001, a cantora australiana Kylie Minogue, estrelou um polêmico vídeo de 90 segundos chamado “Proof”, que rodou a internet e telas de cinema e que teria sido censurado na TV britânica. No entanto, as suspeitas de que a polêmica teria sido criada pela própria marca para alavancar o interesse pela campanha nunca foram desmentidas pela empresa. A polêmica e controvertida Kate Moss, foi a cara da AGENT PROVOCATEUR e protagonizou em 2006, uma série de vídeos chamada The Four Dreams of Miss X. Os filmes, dirigidos pelo cineasta inglês Mike Figgis (do filme “Despedida em Las Vegas”), mostravam a modelo de calcinha sussurrando um texto com uma voz pra lá de sexy. No lançamento, os milhares de acessos deixaram o site da empresa fora do ar por algum tempo.


Em 2007 a atriz Maggie Gyllenhaal se tornou a nova modelo da grife de lingerie britânica protagonizando fotografias provocantes e sensuais. Nos anos seguintes outras celebridades e beldades estrelaram as campanhas publicitárias da marca, entre as quais, a top escocesa Kirsty Hume, e mais recentemente a atriz Paz de la Huerta e as modelos Hailey Clauson e Naomi Campbell.


A evolução visual 
A identidade visual da marca passou por algumas remodelações ao longo do tempo, principalmente em relação à tipografia de letra.


Os slogans 
Reduce ’n’ seduce. (2014) 
Classic to exotic lingerie. (2009) 
More S&M, less M&S. (mais “Sado-Mazo, menos Marks & Spencer”)


Dados corporativos 
● Origem: Inglaterra 
● Fundação: Dezembro de 1994 
● Fundador: Joseph Corré e Serena Rees 
● Sede mundial: Londres, Inglaterra 
● Proprietário da marca: Agent Provocateur Limited 
● Capital aberto: Não 
● CEO: Fabrizio Malverdi 
● Diretora criativa: Sarah Shotton 
● Faturamento: Não divulgado 
● Lucro: Não divulgado 
● Lojas: 57 
● Presença global: 65 países 
● Presença no Brasil: Não 
● Funcionários: 600 
● Segmento: Moda íntima de luxo 
● Principais produtos: Roupas íntimas, biquínis, maiôs, perfumes e acessórios 
● Concorrentes diretos: Victoria’s Secret, Wolford, Bordelle, Chantelle, Intimissimi e La Perla 
● Ícones: A ousadia e sensualidade de seus produtos 
● Slogan: Reduce ’n’ seduce. 
● Website: www.agentprovocateur.com 

A marca no mundo 
A polêmica e irreverente marca britânica possui mais de 55 lojas em 17 países, localizadas em cidades como Londres, Nova York, Las Vegas, Los Angeles, Paris, Milão, Dubai, Moscou, Hong Kong, Zurique, Viena e Berlin. Seus produtos ainda são vendidos em sofisticadas lojas de departamento como a tradicional Harrods, Harvey Nichols, Galeries Lafayette, Bloomingdale’s e a moderna Marks & Spencer. Ao todo, a AGENT PROVOCATEUR vende seus produtos em 65 países ao redor do mundo. 

Você sabia? 
Joseph Corré e Serena Rees, criadores da marca, nasceram ambos em Londres, não dispunham de qualquer formação em moda, pois abandonaram os estudos aos 16 anos. Serena trabalhou como agente fotográfica e Joseph com a sua mãe, a famosa estilista britânica Vivienne Westwood. 
Há alguns anos atrás, a cantora Lady Gaga gravou o clipe da música “Bad Romance” vestindo peças da grife. 
A AGENT PROVOCATEUR é uma marca de luxo. O valor das calcinhas começa em US$ 77, mas não se engane: os preços crescem mais para peças elaboradas, como bodies a partir de US$ 800 e robes a US$ 1.100. 

As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Time), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand) e Wikipedia (informações devidamente checadas). 

Última atualização em 24/9/2017

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