9.9.15

PAUL SMITH


Seus trajes foram usados tanto por Tony Blair como David Cameron. Suas roupas ficaram famosas por combinar cortes tradicionais da alfaiataria inglesa com estampas inusitadas, além, é claro, de suas indefectíveis listras coloridas. Um terno e camisa PAUL SMITH destaca qualquer homem na multidão. Essa é a melhor definição de uma das mais aclamadas marcas britânicas do universo da moda. 

A história 
Paul Smith (foto abaixo) nasceu no dia 5 de julho de 1946, na cidade de Nottingham, região central da Inglaterra. Com apenas 16 anos e sem qualquer formação profissional, deu seu primeiro passo rumo ao universo da moda quando seu pai levou-o para trabalhar em uma fábrica de roupas. No entanto, sua verdadeira paixão era o esporte e seu sonho era tornar-se um ciclista profissional. Porém, um acidente aos 17 anos mudou completamente seus planos e sua vida. Após passar seis meses no hospital, período no qual fez alguns novos amigos, recuperado Paul marcou um encontro com eles e, mais uma vez acidentalmente, o local foi um pub local frequentado pelos estudantes da faculdade de arte local. Foi então que Paul descobriu que queria fazer parte deste mundo colorido de ideias e entusiasmo. Em 1970, aos 24 anos e com o incentivo de sua namorada Pauline Denyer, que depois viria a se tornar sua esposa, ele abriu uma acanhada loja em sua cidade natal, a única no país, na época, a vender roupas de estilistas internacionais, como Kenzo e Margaret Howell, fora da capital Londres, além de suas próprias criações. A pequena loja, que ocupava apenas 12m², funcionava apenas às sextas-feiras e aos sábados, pois durante a semana ele tinha outros empregos. Já à noite o jovem cursava aulas de alfaiataria.


Finalmente ele ganhou o mundo em 1976 ao apresentar sua primeira coleção masculina em Paris, sob a marca PAUL SMITH. A marca levava a excentricidade de seu fundador, reconhecida pelas listras de cores vibrantes e pela alfaiataria britânica impecável. Ele conseguia transmitir um genuíno senso de humor e malícia misturada com o seu amor pela tradição e os clássicos. Pouco depois, em 1979, Paul chegava a Londres ao inaugurar uma grande loja instalada no badalado bairro de Covent Garden. A partir daí, o estilista conquistou rapidamente uma posição de destaque na moda de vanguarda internacional. Inicialmente apenas com roupas masculinas, ele começou a conquistar uma clientela estrelada, composta por nomes como Mick Jagger, David Bowie e George Michael, que exibiam constantemente suas ousadas e elegantes criações. Em 1984 inaugurou sua primeira loja em Tóquio e rapidamente ganhou status cult no país, transformando o Japão em um mercado vital para a marca e sua divulgação no mundo. Pouco depois, em 1987, a marca inaugurou sua primeira loja em solo americano, na cidade de Nova York.


Após descobrir que 15% de suas roupas eram compradas por mulheres, em 1993, ele apresentou sua primeira coleção feminina. Com o sucesso da linha feminina, a marca partiu para a criação de linhas esportivas, acessórios, calçados e perfumes (cuja primeira fragrância foi lançada em 2000). Sempre com muito estilo. Ainda no ano de 2000, no mês de novembro, Paul Smith teve o reconhecimento que merecia ao receber o título de Sir da rainha Elizabeth II. Uma justa homenagem ao seu trabalho excepcional que redefiniu a alfaiataria britânica. Em setembro de 2010, a empresa lançou sua primeira coleção infantil através da marca PAUL SMITH JUNIOR. Pouco depois, no mês de dezembro de 2012, a marca inaugurou uma nova loja em Paris, na Rue de Grenelle, exclusivamente dedicado à moda feminina e cuja decoração, extremamente bem cuidada como sempre, dá à ao ambiente ar de galeria de arte. Em 2013, Sir Paul Smith ganhou uma fantástica e merecida exposição no Design Museum de Londres, batizada de “Hello, my name is Paul Smith”, que recriava momentos históricos e marcantes da carreira de uma das figuras mais carismáticas e cool da indústria da moda. A exposição tratava sobre a sua longa trajetória no universo da moda que incluía objetos pessoais, protótipos das suas criações e reproduções dos seus espaços de trabalho.


Hoje em dia, a marca vende inúmeras coleções diferentes: Paul Smith (masculino), Paul Smith Women (feminino), Paul Smith Junior (infantil), PS by Paul Smith, Paul Smith Jeans (peças em jeans), Paul Smith London, R.Newbold (somente no Japão), Paul Smith Accessories (bolsas, carteiras e cintos), Paul Smith Shoes (calçados), Paul Smith Fragrance (perfumes), Paul Smith Watches (relógios), Paul Smith Pens (canetas) e Paul Smith Furniture (móveis e objetos de decoração).


Pelo mundo afora, o estilista já fez várias parcerias estampando suas listras de cores vibrantes, por exemplo, em carros (como o icônico Mini com suas listras coloridas e vibrantes), motocicletas, garrafas (como por exemplo, a da água mineral francesa Evian), cases de iPhone, máquinas fotográficas, óculos, objetos de decoração e instalações. Mais recentemente o estilista fechou parceria com a banda Led Zeppelin para o lançamento de três lenços customizados. Paul Smith continua totalmente envolvido nos negócios. Ele projeta as roupas e coleções, escolhe os tecidos, aprova a localização de cada loja e supervisiona todo o desenvolvimento dentro da empresa. Como resultado, as coleções, além de limitadas, mantém um toque pessoal, algo que muitas vezes não acontece em empresas de tamanho similar. Casado com Pauline, uma professora que estudou moda no Royal College of Art em Londres e a quem atribui apaixonadamente seu sucesso, Sir Paul Smith tem a seu crédito, nos últimos anos do século XX, a revolução dos três ou mais botões nos paletós masculinos, que ganhou o mundo e acabou com a hegemonia dos dois botões, vigente até então. Além disso, é reconhecido como o homem que inventou o estilo clássico com um twist, o jeito excêntrico essencialmente britânico de vestir e uma alfaiataria afiada com um toque de humor.


Lojas únicas 
As lojas da marca refletem fielmente o caráter do estilista britânico: um anglicismo inconfundível aumentado pelo inesperado. Cada uma de suas lojas é totalmente diferente. Desde um edifício cor de rosa chocante com set de filmagem no badalado endereço de Melrose Avenue, na cidade californiana de Los Angeles, até um típico jardim japonês no coração de uma moderna loja em Tóquio. Além disso, cada loja é uma vitrine para diversos e excêntricos objetos, que complementam as coleções de roupas e acessórios com uma vasta seleção de joias, livros, artes e antiguidades. E se o cliente quiser comprar a cadeira da loja, também pode.


Dados corporativos 
● Origem: Inglaterra 
● Fundação: 1970 
● Fundador: Paul Smith 
● Sede mundial: Nottingham, Inglaterra 
● Proprietário da marca: Paul Smith Ltd. 
● Capital aberto: Não 
● CEO: Sir Paul Smith 
● Diretor de criação: Sir Paul Smith 
● Faturamento: £202.7 milhões (2014) 
● Lucro: £18.9m milhões (2014) 
● Lojas: 375 
● Presença global: 82 países 
● Presença no Brasil: Sim 
● Funcionários: 800 
● Segmento: Moda de luxo 
● Principais produtos: Roupas, acessórios, calçados e perfumes 
● Concorrentes diretos: Fred Perry, Diesel, Ralph Lauren, Hugo Boss e Giorgio Armani 
● Ícones: As estampas com listras coloridas 
● Website: www.paulsmith.com.uk 

A marca no mundo 
Hoje em dia a marca PAUL SMITH vende seus produtos, que englobam moda masculina, linha feminina, infantil, bolsas, sapatos, acessórios, perfumes (já foram lançadas mais de 35 fragrâncias) até objeto de decoração, em mais de 80 países ao redor do mundo através de 375 lojas próprias e mais de 1.400 pontos de venda, incluindo as mais badaladas lojas de departamento. Vendendo 3.5 milhões de peças de vestuário anualmente, em 2014 a marca faturou mais de £202 milhões. O Japão é o seu maior e mais importante mercado. Projetadas em Nottingham e Londres, as coleções da marca são produzidas principalmente na Inglaterra e na Itália, enquanto os tecidos utilizados são de origem italiana, francesa e britânica. 

Você sabia? 
Talvez o dia em que se converteu oficialmente em um emblema nacional inglês tenha sido aquele em que os príncipes Charles e Diana tiraram suas fotos oficiais de noivado com camisas azuis de Paul Smith. 
Apesar de ter vendido 40% de sua empresa ao grupo japonês Itochu (Paul Smith mantém os outros 60%), em 2007, permanece independente. “São sócios passivos, não interferem no processo criativo nem em nada”, costuma esclarecer. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, BusinessWeek, Exame e Época Negócios), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers). 

Última atualização em 9/9/2015

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