DULOREN

Sinônimo de qualidade, conforto e tradição, a DULOREN está há décadas presente no dia a dia da mulher como uma das maiores marcas de lingerie do mercado brasileiro. A DULOREN é a lingerie ideal para a mulher transgressora, que não tem medo de ir além dos limites impostos a ela. Afinal, não existem limites para uma mulher segura e confiante. Não importa a idade, o corpo ou o estilo. Desde um lingerie leve, passando pelos modelos que moldam o corpo ou os mais ousados para momentos especiais, sempre há uma DULOREN para cada ocasião para tornar a mulher sempre a protagonista. 

A história 

Tudo começou em 1962 quando os irmãos Marco e Samuel Argalji, filhos de um libanês que vendia ternos no centro do Rio de Janeiro, resolveram inaugurar uma fábrica para a produção de peças íntimas femininas. O nome da nova marca foi uma homenagem de Marco à atriz italiana Sophia Loren, cujos seios o empresário tanto admirava. Rapidamente as calcinhas e sutiãs com a marca DULOREN começaram a conquistar as consumidoras brasileiras pela sua qualidade e conforto. Com o passar dos anos a DULOREN foi crescendo gradativamente, ampliando sua linha de produtos, conquistando novas consumidoras, ditando tendências (é creditado a DULOREN, por exemplo, a invenção do sutiã com ombreiras) e se tornou uma das líderes do mercado brasileiro no segmento.

   

Com a alta demanda por tecidos de alta qualidade devido ao crescimento da marca DULOREN em todo o território nacional, em 1986 a empresa inaugurou um moderno parque têxtil no município de Queimados - estado do Rio de Janeiro - para a produção de tecidos, rendas, elásticos, colchetes e aviamentos para seus lingeries. A partir da década de 1990, a DULOREN iniciou a extensão da marca para outros produtos, como meias soquetes, meias calça, camisolas e pijamas. Além disso, a marca foi responsável pela reinvenção do baby-doll, com um visual mais moderno.

  

Ainda na década de 1990, os desfiles da DULOREN movimentavam as noites do Rio de Janeiro e contavam sempre com a presença de nomes importantes da sociedade carioca. Foi também nessa década que a marca iniciou uma série de campanhas publicitárias que causaram polêmicas e muitas discussões. Mas também projetaram a marca DULOREN nacionalmente. A década foi marcada também pelo lançamento em 1998 da DULOREN NIGHT, uma linha de roupas íntimas para a noite, que incluía camisolas, baby dolls, robes e pijama, composta por quatro coleções com 16 modelos e cores exclusivas.

  

Em 2000, a tradicional empresa começou a viver a maior e pior crise de sua história. Alquebrada pelos efeitos de um incêndio em uma de suas fábricas e de um desgastante conflito familiar, a DULOREN amargou prejuízo de R$ 5 milhões. A produção mensal, que já havia sido de dois milhões de peças, caiu para meras 600 mil unidades. Metade dos 1.300 funcionários foi demitida e quem ficou teve que renegociar salários. A virada para sair dessa fase difícil começou no ano seguinte, quando Roni Argalji, filho do fundador, conseguiu comprar a DULOREN de uma irmã e seis primos, com quem havia disputado o comando após a morte de seu pai, em 1999. Os primeiros a sentirem os efeitos da nova administração foram os antigos executivos da empresa. Logo que assumiu o controle, ele eliminou seis diretorias e 20 gerências. Todos os outros departamentos, desde vendas, produção e criação, passaram a ser comandados pessoalmente por ele.

  

Ele também mudou radicalmente o estilo de comunicação da marca. Substituiu as mocinhas recatadas e voltou a utilizar modelos voluptuosas vestidas de freiras, por exemplo, com calcinhas e sutiãs à mostra. Usou cenas de lesbianismo e mulheres com postura dominadora. Deu certo. Além de se tornar tese de mestrado na Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), a DULOREN viu suas vendas novamente dispararem. O mundo erótico não foi, no entanto, a única aposta da polêmica marca. Esse período também foi marcado por novidades, como por exemplo, o lançamento do sistema de venda de seus produtos por catálogo em 2004; o lançamento em 2005 de lingeries com tecido antimicrobial, que inibia a proliferação das bactérias e fungos, agindo também como um desodorante integrado às calcinhas e sutiãs, proporcionando uma sensação de frescor por muito mais tempo; e o lançamento – também em 2005 - da linha BODY CARE, que priorizava o conforto e o bem-estar da mulher brasileira, através de lingeries com micro cápsulas de hidratante e com filamentos ocos que permitiam uma melhor respiração da pele.

  

Nos anos seguintes a empresa estendeu o conforto, a qualidade e a irreverência também para o público masculino ao lançar em 2008 a linha DULOREN HOMEM, que englobava cuecas (boxer, para homens mais modernos; slip, para os mais tradicionais; e o sungão, com acabamento de perna mais seguro) confeccionadas em tecidos com fio Lycra® (conheça essa outra história aqui) e algodão nobre, desenvolvidos especialmente para garantir o ajuste perfeito ao corpo. Além disso, apresentou uma coleção de lingeries de luxo (batizada de EXILIA), como tentativa de atingir um público mais endinheirado. Pouco depois, em 2011, a marca apostou em grandes novidades: uma linha de modelos plus size, composta por calcinhas tamanhos extra grande e sutiãs disponíveis até o número 54; e o tecido SENSUAL CURVES, importado da Europa, que possuía duas vezes mais elastano em sua composição (uma calcinha normal tinha, em média, 16% de elastano enquanto os novos modelos possuíam 40%, resultando em uma maior compressão maior e melhor definição das curvas).

  

Presente em todo o Brasil, ainda faltava o contato direto com as consumidoras brasileiras. E foi pensando nisso, que em 2016 a marca inaugurou seu e-commerce. A partir de então, toda mulher podia renovar suas gavetas sem sair de casa e receber seus lingeries DULOREN no conforto do seu lar. Nos anos seguintes, a DULOREN estreitou seus laços e desenvolveu novas coleções a partir de uma relação cada vez mais íntima com as consumidoras. No ano de 2019, a marca resolveu ingressar no segmento de varejo direto e inaugurou sua primeira loja própria em um dos maiores shoppings do Rio de Janeiro. Foi o primeiro passo de um novo ciclo que proporcionava maior interação e experiência para as consumidoras da marca.

   

Tecidos com inovações tecnológicas e rendas exclusivas, além de uma comunicação ousada e propositiva, são os fatores de sucesso da DULOREN. Além é claro, de parcerias com empresas como a Lycra® e a Creora - maiores fabricantes de elastano no mundo -, que somados aos maquinários modernos e o conhecimento de quem entende de lingerie garantem o padrão DULOREN de qualidade e inovação. Por isso a DULOREN está sempre presente em todos os momentos do dia a dia da mulher brasileira, promovendo o amor próprio, bem estar e a certeza de que ela pode ser quem quiser.

   

Buscando sempre atender as mais diversificadas solicitações do mercado consumidor, a DULOREN oferece variadas opções de modelos de sutiãs, calcinhas, modeladores, camisolas e pijamas pensados especialmente para a mulher encarar o mundo que a espera com o máximo conforto, bem-estar e autoestima. Além disso, a marca atua no segmento de moda outwear com bodies e tops que, não só fazem sucesso entre quatro paredes, como também dão um toque de sensualidade no visual do dia a dia.

   

Comunicação polêmica 

Mais que uma marca de lingerie, a DULOREN se transformou rapidamente em uma bandeira para as pautas femininas. Atitude, irreverência, coragem e empoderamento feminino sempre estiveram presentes nas campanhas publicitárias da marca. E também agressividade no marketing através de campanhas que abordam assuntos polêmicos. Você certamente não imagina do que a DULOREN é capaz. Sempre chamando atenção e gerando muita discussão - por que não dizer também reclamação - em virtude de seus polêmicos comerciais, a DULOREN conseguiu construir uma marca de sucesso no mercado brasileiro.

   

E isso tudo começou em 1995, quando a DULOREN resolveu ousar e surpreendeu com uma campanha publicitária que literalmente sacudiu a sociedade. A primeira propaganda com referências explícitas mostrava duas mulheres extremamente femininas vestindo provocantes lingeries em um jogo de sedução entre elas. Depois utilizou Roberta Close - quando ninguém falava em visibilidade trans - Isabelita dos Patins e até dois homens dando um “amasso”. Tudo acompanhado pelo icônico slogan: “Você não imagina do que uma Duloren é capaz”. E não imagina mesmo. O impacto foi imediato. As consumidoras ficaram divididas e a polêmica em suas campanhas publicitárias que abordavam temas delicados como o aborto, o abuso sexual, travestis (quando colocou o Miguel Falabella de calcinha), fantasias sexuais e a homossexualidade, concedeu ainda mais visibilidade para a marca. Mas também gerou a fúria de muitas religiões.

   

Especialista em provocar, a marca também já fez campanha com a atriz Dercy Gonçalves, na época com mais de 90 anos, fotografada com um colã vermelho de rendas. E chegou ao ponto de, há alguns anos atrás, retirar do ar, a pedido do embaixador americano no Brasil, uma propaganda em que a então primeira-dama americana, Hillary Clinton, em visita oficial ao Brasil, vestindo um tailleur bege, foi fotografada de um ângulo que deixava sua calcinha branca à mostra. Os dizeres: “Senhor presidente dos Estados Unidos da América, Vossa Excelência não imagina do que uma DULOREN é capaz”. A propaganda, segundo dizem, fez com que a então primeira-dama americana passasse a utilizar apenas terninhos, que se tornariam sua marca registrada.

  

Mas tinha mais. Em 2010, a DULOREN apresentou, talvez, sua campanha mais polêmica. Isto por relacionar o Vaticano - sede da Igreja Católica - com a pedofilia. A peça era uma crítica aos constantes casos de abuso sexual a crianças, cometidos por padres. Há dez anos a marca não fotografava uma campanha no exterior, e escolheu justamente a Itália como locação para as fotos. Assim, a imagem tinha a tradicional Praça de São Pedro, no Vaticano, como cenário. Em primeiro plano, a modelo - de lingerie - mostrava um crucifixo para um homem de costas (que aparentava ser um padre, por conta da roupa e do ambiente), acompanhado da frase “Pedofilia. Não”. Além de suas campanhas polêmicas, a DULOREN também foi ousada em seu site na internet, que chegou a ganhar um layout tendo como tema o Burlesque, além de fazer referência ao famoso Moulin Rouge, tradicional cabaré francês construído em 1889, que se tornou símbolo da noite parisiense e tem a história ligada à boemia da cidade.

  

A evolução visual 

A identidade visual da marca passou por algumas remodelações ao longo dos anos. Em meados da década de 1990, a marca apresentou um logotipo cuja letra D estilizada em vermelho tinha grande destaque. Em 2008, após análises das principais grifes de lingerie do mundo, a DULOREN resolveu modernizar sua logomarca. A mudança teve como foco não descaracterizar o ícone da marca, a letra “D” destacada em vermelho, mas apenas modernizá-la. Além disso, o logotipo apresentou uma nova tipografia de letra. Há alguns anos atrás a marca simplificou e sofisticou sua identidade visual ao utilizar apenas o nome DULOREN, sem o tradicional D vermelho.

  

Os slogans 

Seja como for, você sabe do que uma Duloren é capaz. (2012) 

Você com Duloren no corpo. (2007) 

Você não imagina do que uma Duloren é capaz. (1995) 

Duloren. Você como você é. (1992) 

Ninguém cria lingerie como a Duloren. Ninguém.

   

Dados corporativos 

● Origem: Brasil 

● Fundação: 1962 

● Fundador: Marco e Samuel Argalji 

● Sede mundial: Rio de Janeiro, Brasil 

● Proprietário da marca: Duloren Indústria e Comércio S.A. 

● Capital aberto: Não 

● Presidente: Roni Argalji 

● Faturamento: Não divulgado 

● Lucro: Não divulgado 

● Lojas: 2 

● Presença global: Não (presente somente no Brasil) 

● Funcionários: 2.000 

● Segmento: Moda íntima 

● Principais produtos: Calcinhas, sutiãs e pijamas 

● Concorrentes diretos: DeMillus, Valisere, Hope, Triumph, Liz, Scala, Darling, Del Rio, TriFil, Mardelle, Elegance e Lupo 

● Ícones: As polêmicas campanhas publicitárias 

● Slogan: Você não imagina do que uma Duloren é capaz. 

● Website: www.duloren.com.br 

A marca no Brasil 

A DULOREN, segunda maior fabricante de lingerie do mercado brasileiro, atrás apenas da DeMillus, vende seus produtos, que englobam sutiãs, calcinhas, bodies, modeladores, cintas liga, camisolas e pijamas, através de aproximadamente 30 mil pontos de venda, entre lojas especializadas e grandes varejistas, além de 2 lojas próprias, localizadas no Rio de Janeiro. Com produção mensal de aproximadamente 1.2 milhões de peças (entre calcinhas e sutiãs), sua unidade têxtil fabrica os insumos necessários na confecção de toda sua linha de lingeries. Com máquinas e equipamentos de última geração, a empresa produz 170 toneladas de tecidos por mês, além de rendas, fitas elásticas, colchetes e todos os seus acabamentos. 

Você sabia? 

● Criado pela francesa Herminie Cadolle, o sutiã (do francês “soutien” que significa “apoio ou suporte”) sempre foi o carro-chefe da marca. E a invenção aconteceu quando ela decidiu cortar em duas partes o tradicional espartilho, dando as primeiras configurações do que viria a ser o primeiro sutiã. Como uma mulher de negócios, Cadolle patenteou a invenção em 1889. 

● Por ano, a DULOREN lança mais de 20 novas coleções de calcinhas e sutiãs. Hoje, as calcinhas e sutiãs com apelo sensual compõem o carro-chefe da linha top, que responde por aproximadamente 25% do faturamento total da marca. 

As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Isto é Dinheiro, Época Negócios, Exame e Veja), jornais (Valor Econômico e Meio Mensagem), sites especializados em Marketing e Branding (Mundo do Marketing), sites de moda (PureTrend) e Wikipedia (informações devidamente checadas). 

Última atualização em 7/11/2022 

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