11.6.06

MARTINI


Ele é consumido de São Paulo a Nova York, passando por Paris e Milão. Quer seja puro, com casca de limão, com cerveja ou Coca-Cola, gelo e claro nos mais famosos coquetéis do mundo, entre eles o Dry Martini. A marca de vermute MARTINI se transformou em uma bebida clássica, requintada e charmosa, que reflete como poucas a verdadeira alma italiana, transformando-se em um ícone criado há mais de 150 anos de dedicação e paixão. 

A história 
O vermute era, a princípio, apreciado como uma bebida própria, uma mistura de vinho com ervas mediterrâneas, para homenagens nas cortes reais no final de 1700, tornando-se repentinamente popular durante os séculos 19 e 20. Não é por coincidência que, durante todos esses anos, uma empresa estivesse ocupada com o aperfeiçoamento dos seus vermutes e interessada em difundi-los em todo o mundo: Martini & Rossi. A história da marca começou em 1863, na cidade de Turim, região italiana de Piemonte, quando Luigi Rossi (vinicultor e especialista em plantas), Teofilo Sola (contador) e Alessandro Martini (comerciante) assumiram a administração de um tradicional negócio de vinhos onde todos trabalhavam, a Distilleria Nazionale di Spirito di Vino, depois renomeada Martini, Sola & Cia, e resolveram adicionar ao vinho uma mistura secreta de 40 ervas, essências e especiarias. O resultado: uma bebida especial, aromática e com sabor único, o Vermute Martini Rosso.


Em 1867, as primeiras caixas do vermute MARTINI foram despachadas de Gênova para Nova York. Em pouco tempo, o vermute, os licores e os vinhos espumantes, fabricados pela empresa tornaram-se conhecidos não somente na Europa como também em vários países da África, da Ásia e das Américas. Nessa época, a empresa havia sido premiada com significativas medalhas, na exposição de Dublin em 1865 e, dois anos mais tarde, na exposição de Paris. Novos troféus viriam: em 1873 na cidade de Viena, em 1876 na cidade de Filadélfia, e, em 1878, mais uma vez, na cidade de Paris. Vale ressaltar que naquela época estas exposições serviam como o único teste de qualidade confiável. Uma empresa que, naqueles tempos, era quase desconhecida fora da região do Piemonte passava, decorridos apenas quinze anos de sua fundação, a ser celebrada em várias cidades do mundo. Em 1879, Teofilo Sola faleceu e seus filhos venderam suas ações para os outros sócios. Esse fato causou a mudança do nome da empresa para o conhecido Martini & Rossi.


A empresa cresceu constantemente e seus produtos, de forma rápida, tornaram-se preferidos nas cortes reais da Europa, nas prestigiadas competições e exposições internacionais. A bebida agradava tanto que em 1897 a Casa Martini & Rossi exportou nada menos que 300.000 caixas de vermute, se tornando o maior exportador da região do Piedemonte. Nesta época, a empresa possuía filiais internacionais operando em lugares distantes como Buenos Aires (1884), Barcelona (1893) e Genebra (1886).


No início do século 20, a empresa já não se contentava com o que havia conquistado. Apresentava-se o momento para iniciar uma nova era, época de sangue novo e de renovação de energias. O gerenciamento da empresa passou então para as mãos dos quatros filhos de Luigi Rossi: Teofilo, Cesare, Enrico e Erneto. O grupo tinha consciência de que o sobrenome herdado do fundador não se constituía em garantia suficiente de competência empresarial. Esta foi uma lição aprendida em prejuízos sofridos com vários negócios de família. Sob suas lideranças, a MARTINI & ROSSI ingressou em uma nova fase de expansão internacional. A rede de subsidiárias espalhou-se por todo o mundo, cada uma delas possuindo seu próprio capital, caráter e hábitos. Isto os possibilitou usar conhecimento local em seu melhor proveito. O espírito empreendedor dos comandantes da empresa criou uma rede de embaixadores globais que levaram a marca MARTINI da Itália para Nova York, Brasil e muitos outros lugares.


Em 1903, MARTINI já tinha se tornado uma das marcas mais cosmopolita do mundo, apreciada em mais de 70 países. Ao mesmo tempo, eles mantiveram rigidamente a cultura e a identidade da MARTINI & ROSSI. O comando familiar continuou quando o controle da empresa foi passado novamente, e desta vez na década de 1930, para os netos de Luigi Rossi: Theo, Napoleone, Metello e Lando. Perante eles se apresentou a ocasião de uma inspiradora tarefa consistente em conduzir o negócio durante os conflitos, o racionamento e a ocupação, na Segunda Guerra Mundial. O negócio foi reestruturado e passou para o comando da Gerência Geral de Bebidas em Genebra. Por volta dos anos de 1960, a empresa não só possuía as marcas mais famosas do mundo no segmento, mas uma das mais sofisticadas. Esta estrutura permaneceu até o momento em que outra grande empresa familiar resolveu unir forças com a MARTINI & ROSSI. Assim, em 1992, a empresa se uniu a Bacardi, em uma transação avaliada em US$ 1.4 bilhões.


Nos anos seguintes a marca italiana ganhou ainda mais força na distribuição e pesados investimentos de marketing. No ano de 2010, em parceria com outro ícone italiano, a grife Dolce & Gabbana, a marca criou o MARTINI GOLD, uma requintada bebida que contava com uma formulação exclusiva e muito sofisticada, rica em sabores exóticos e incomuns, combinados aos encantos das especiarias orientais e sabores do Mediterrâneo (que incluem bergamota da Calábria, limão siciliano, laranja, açafrão espanhol, mirra da Etiópia, gengibre da Índia e pimenta de cubeba da Indonésia). Além disso, a embalagem especial, garrafa toda em dourado, dentro de uma sofisticada caixa preta, era um show à parte. O lançamento de MARTINI GOLD foi apenas o ápice de um trabalho consolidado através de diversas ações, desde a abertura temporária do MARTINI BAR dentro das butiques da grife D&G de Milão e Xangai, até a criação de embalagens limitadas, como por exemplo, uma que representava uma camisa e um terno da marca italiana.


Em 2013, a MARTINI comemorou seus 150 anos com grande pompa, saudando o estilo de vida italiano, elegante e divertido, com festa para o consumidor, um vermute de edição limitada, nova embalagem de vinho espumante e rótulo comemorativo. O vermute de edição limitada era o Martini Gran Lusso™, que combinava dois extratos botânicos únicos, com inspiração em um vermute do arquivo da empresa e uma receita de 1904. Esse lote limitado de vermute muito especial tinha um sabor agridoce único de ervas aromáticas, a suavidade do mel de moscatel envelhecido e indícios de alfazema e rosa. Era servido com gelo e uma rodela de casca de toronja como guarnição ou como um ingrediente para reviver coquetéis clássicos, como por exemplo, o Rob Roy, Negroni ou El Presidente.


A marca produz ainda o famoso espumante MARTINI ASTI, o MARTINI PROSECCO e MARTINI ROSÉ, produzidos respectivamente nas regiões de Veneto-Friuli e Piemonte, na Itália, além do MARTINI EXTRA BRUT, produzido na região de Mendoza, Argentina. Hoje, o estilo italiano, a sofisticação e o sabor de MARTINI continuam atraindo muitos admiradores, que é apreciado por personalidades da moda e celebridades nos melhores bares e restaurantes do mundo. MARTINI é uma bebida carismática daquelas que têm estilo, também conhecida como: The world’s most beautiful drink. Afinal, desde 1863, MARTINI vem criando drinques excepcionais, sinônimos de “gioia di vivere” (em tradução “alegria de viver”), repletos de estilo, paixão e entusiasmo para viver a vida em sua plenitude. MARTINI transpira uma mentalidade nitidamente italiana, que transcende os drinques para definir toda uma cultura.


A linha do tempo 
1863 
Lançamento do MARTINI ROSSO, primeiro vermute produzido pela empresa, que possuía duas versões, a simples e a com quinquina. 
1900 
Lançamento no dia 1 de janeiro do MARTINI EXTRA DRY (seco) para competir com o vermute seco produzido na França, que estava sendo testado desde 1890 no mercado cubano. 
1910 
Lançamento do MARTINI BIANCO, o mais aromático dos vermutes produzidos pela empresa. 
1980 
Lançamento do MARTINI ROSATO, a versão rosé do tradicional vermute com sabor mais aromático. 
1998 
Lançamento do MARTINI CITRO, um produto mais cítrico voltado para os jovens que curtem a noite. 
Lançamento do MARTINI D’ORO, um vermute mais intenso e com sabor acentuado de frutas. 
2001 
Lançamento do MARTINI FIERO, bebida de teor alcoólico mais elevado (22%) feita com essências de laranjas vermelhas, que lhe confere um sabor marcante e diferente. A fórmula inclui ainda um vinho de uvas selecionadas e sucos e extratos de frutas. 
2007 
Lançamento do MARTINI MINI, versões Bianco, Rosso e Rosato, em pequenas garrafas para consumo individual. 
2010 
Lançamento do MARTINI SODA, que tem como base uma receita muito simples de sucesso, Martini Rosato ou Bianco juntamente com água gaseificada, embalada em uma charmosa garrafa pronta para o consumo. 
2012 
Lançamento do MARTINI ROYALE, primeiro coquetel pronto para beber. É fresco, saboroso e atraente, além de ser o equilíbrio perfeito entre a fruta delicada e especiarias do Martini Bianco (50%) e da frescura do espumante Prosecco Martini (50%). 
2014 
Relançamento global do clássico aperitivo MARTINI BITTER, desenvolvido a partir da mesma receita original de 1872. A bebida é feita com ingredientes naturais (uma seleção de plantas, incluindo laranjas doces, limões, artemisia italiano, ruibarbo chinês, genciana e rosas da Bulgária) e equilibra os gostos amargo, doce e refrescante ao misturar ervas com a água pura e álcool natural. Com MARTINI BITTER também é possível fazer clássicos coquetéis italianos como Negroni, Americano e Negroni Sbagliato.


As receitas secretas 
Até hoje, as receitas das bebidas da marca são segredos muito bem guardados, conhecidas apenas pelos três misturadores mestres da MARTINI & ROSSI. Cada receita do vermute contém mais de 40 espécies botânicas. Uma combinação de ervas aromáticas especificamente selecionadas, flores aromáticas, fragrâncias frutadas, madeiras exóticas, raízes raras e especiarias cativantes de várias partes do mundo, adicionadas aos vinhos Trebbiano de Emilia Romagna e Catarratto da Sicília perfeitamente balanceados.


A fama 
MARTINI é uma bebida, além de saborosa, charmosa e sofisticada. Boa parte desta fama se deve ao mais clássico, amado e pedido drinque do mundo: DRY MARTINI. É possível afirmar que a história desse coquetel é um mistério. Desde seu criador oficial até os ingredientes e suas quantidades misturadas são parte de histórias que misturam grandes nomes da literatura, cinema e política mundial. Uma dessas histórias conta que o famoso drinque teria sido inventado em 1910, no Hotel Knickerbocker de Nova York pelo barman italiano John Martini. Ao atender um pedido do magnata americano John D. Rockefeller (1839-1937), que desejava algo simples, porém diferente seco para beber, ele com a sua nova criação acabaria agradando em cheio ao ricaço e aos demais frequentadores do lugar. A partir daí, a mistura ganhou o mundo como um drinque excitante, com sabor de viagem. E o que a marca MARTINI tem a ver com isso? O vermute, de preferência MARTINI na versão seca (DRY), é ao lado do gim, um de seus principais ingredientes. Além disso, a marca italiana pegou, por acaso, carona no nome do drinque que se tornaria famoso em todas as partes do mundo.


O marketing da velocidade 
A marca MARTINI tem excepcional orgulho de sua herança nos esportes de velocidade, adquirida por meio da Martini Racing. A primeira parceria da marca com um esporte aconteceu em 1925 na corrida de ciclismo Gran Coppa em Turim. Já seu grande legado nos esportes automotivos teve início em 1968 com o patrocínio do Porsche 906 no evento automobilístico 1.000 km de Nürburgring, na Alemanha. Depois vieram às 24 Horas de Le Mans nos anos de 1970, os ralis nos anos de 1980, as provas de automóveis de turismo na década de 1990. Desde então, a marca manteve parcerias com um rol de equipes ilustres, incluindo a tradicional Brabham, a Alfa Romeo e a Lótus, na Fórmula 1; a Porsche, na Série do Campeonato Mundial e Le Mans; e a Lancia e a Ford, tanto no Campeonato Mundial de Rali como no Campeonato Mundial de Corrida de Enduro (World Championship of Endurance Racing). Martini Racing também tem tido um forte envolvimento com várias lendas do automobilismo ao patrocinar suas várias equipes, inclusive um dos maiores pilotos de Fórmula 1 de todos os tempos, Mario Andretti; os lendários pilotos Carlos Reutemann e Michele Alboreto; o hexacampeão de Le Mans, Jacky Icks; o piloto de Rali, Markku Alen; e o vencedor do Campeonato Mundial de Corrida de Enduro, Ricardo Patrese.


A velocidade corre nas veias da marca, mas a Fórmula 1 sempre foi o que fez bater mais forte o coração da Mondo Martini, cuja primeira associação com a categoria data de 1972 patrocinando a pequena (e desastrosa) equipe italiana Tecno. Com isso, em 2006, a marca anunciou seu retorno à Fórmula 1 como um dos patrocinadores da equipe Ferrari, do então heptacampeão mundial Michael Schumacher e do brasileiro Felipe Massa. Além do patrocínio da Ferrari e de uma campanha contra o consumo de bebidas por parte dos motoristas, a MARTINI também patrocinou um programa de televisão sobre estilo de vida, que apresentava todo o glamour e ação da principal série de esportes automobilísticos. Os 33 episódios do Martini World Circuit (Circuito Mundial Martini) foram transmitidos ao mundo todo, em seis idiomas diferentes.


Mas foi em 2014, através de um patrocínio gigante com a escuderia britânica Williams, que a MARTINI voltou a ganhar visibilidade na principal categoria do automobilismo mundial. Como patrocinadora principal da escuderia, que passou a se chamar Williams Martini Racing, a marca estampou novamente seu logotipo, suas cores e as listras tão características da MARTINI RACING (em azul escuro, azul claro e vermelho) em um carro da categoria. O vínculo com a marca italiana revivia o esquema de cores visto pela última vez em 1975, com a escuderia Brabham (com esse carro o José Carlos Pace venceu a única corrida de sua carreira, o GP do Brasil daquele ano). O coquetel de sucesso da MARTINI revela-se em números: mais de 100 pilotos tiveram o prazer de vestir o macacão nas cores azul escuro, azul claro e vermelho, no fundo branco; mais de 700 carros foram utilizados para conquistar mais de 15 títulos e aproximadamente computa-se mais de 100 sucessos individuais. Isto sem contar as belas “Meninas Martini”, que desfilavam pelos eventos mais sofisticados do automobilismo mundial. Além disso, a marca italiana desde a década de 1970 sempre teve forte presença nas competições náuticas e hoje patrocina a equipe Vector Martini Racing®.


Terraços deslumbrantes 
O primeiro TERRAZZA MARTINI foi inaugurado em 1948, na cidade de Paris, em plena Avenida Champs-Élysées, com uma vista fantástica. O conceito de bar no terraço se tornou rapidamente o ponto de encontro do chique e do glamoroso. Essa poderosa ferramenta de comunicação da marca começou a ser melhor utilizada no dia 9 de abril de 1958, quando a empresa resolveu inaugurar um ambiente sofisticado e aconchegante no topo de um edifício histórico na cidade de Milão, em Piazza Diaz, proporcionando não somente a oportunidade de degustar MARTINI em suas várias formas, como também apreciar sempre a melhor vista panorâmica da cidade. Aulas para aprender a fazer coquetéis com MARTINI também eram oferecidas no local. O sucesso do empreendimento foi tamanho que TERRAZZA MARTINI foram instaladas nos últimos anos em grandes cidades do mundo, como por exemplo, Paris, Amsterdã, Londres, Montreal, Atenas, Sevilha, Aspen, Lisboa, se transformando em um ponto de encontro de celebridades, políticos e esportistas. Hoje em dia, totalmente reformulada (um sofisticado bar na cor champanhe metálica, detalhes em vermelho vivo, vindos das luzes modulares e dos tapetes vermelhos desenvolvidos com exclusividade pela Puresang, além de móveis luxuosos, compõem três ambientes distintos) e perfeitamente em linha com sua tradição, a TERRAZZA MARTINI continua sendo um ponto de referência para VIPs e celebridades ligadas especialmente ao mundo do cinema e à faceta cultural de Milão.


O museu 
A marca oferece um centro de visitante instalado na fábrica em Pessione di Chieri, um vilarejo com pouco mais de mil habitantes, estrategicamente situado junto à ferrovia que liga Turim e Genova, onde MARTINI é produzido desde 1863. Inaugurado em 1961, este museu (MONDO MARTINI GALLERY), instalado na CASA MARTINI, uma mansão do início do século XIX, conta a rica história da marca italiana através da exposição de centenas de documentos e artefatos, além de vídeos e muita interatividade. Em algumas salas é possível observar a evolução dos famosos cartazes publicitários, encomendados a renomados artistas de cada época (como Marcello Dudovich e Andy Warhol), ou comprovar a forma como a imagem da marca italiana foi sendo associada a estrelas cinema e a acontecimentos esportivos ou culturais. Na mente do leitor, permanecem seguramente inesquecíveis anúncios de televisão da marca, como por exemplo, o da patinadora que atravessa uma cidade para servir um MARTINI, no início dos anos de 1980, ou com uma nova geração de estrelas de Hollywood, como George Clooney, Gwyneth Paltrow, Charlize Theron e Jude Law, que apareceram em campanhas da MARTINI, incorporando o espírito glamoroso da bebida, ao mesmo tempo em que homenageiam um romance de muito tempo com o cinema. Além disso, em um ambiente chamado “Martini Botanical Room” o visitante pode desfrutar de uma experiência sensorial ao conhecer amostras dos ingredientes que compõe muitas de suas bebidas clássicas. A CASA MARTINI ainda conta com uma moderna loja (que vende bebidas, roupas e acessórios da marca), espaços para eventos e um moderno bar para cursos de mixologia.


O rótulo e as garrafas 
O produto mantém até hoje sua receita original que combina ervas com vinhos nobres para produzir o vermute mais famoso do mundo. Tal consideração à tradição também se aplica, ainda que de forma menos radical, ao rótulo da bebida, inegavelmente um dos mais famosos do mundo. Ele exibe, desde 1868, o brasão de armas que representa a Casa Real de Savóia, concedido pelo Rei Vittorio Emanuele II, e a cidade de Turim. O Rei Luis de Portugal (1872) também tomou a mesma iniciativa, seguido pela rainha Cristina da Áustria, o regente da Espanha e pelo Parlamento Britânico. Outro detalhe marcante do rótulo foi incorporado com o passar do tempo: o registro das várias medalhas e condecorações que a bebida recebeu ao longo dos anos. Escudos reais, brasões e novas medalhas brigavam por uma posição no rótulo do vermute MARTINI que se encontrava cada vez mais lotado. Por volta de 1997, estava claro que o momento era oportuno para a marca MARTINI reafirmar suas diferenças. O processo de evolução começou com a fundamental decisão de modificar o formato da garrafa. Foi um passo corajoso: enquanto o rótulo tinha sofrido várias revisões e alterações através das décadas, a garrafa, em contrapartida, tinha se mantido praticamente inalterada por 134 anos, apesar das inúmeras mudanças. O novo formato afastou-se do tradicional arredondado. Naquele momento, a garrafa tinha adquirido um perfil mais achatado, quadrangular e com um gargalo mais curto. Ao mesmo tempo, o rótulo também sofreu sua primeira grande alteração em 70 anos. Esta significante evolução do “design” trouxe um saldo positivo para a marca. MARTINI oferecia uma impressão de revitalização e contemporaneidade essencial para atrair a nova geração de apreciadores de MARTINI. A garrafa passou por mais uma alteração em 2003.


No ano de 2007, a garrafa passou por outra remodelação, desta vez mais radical, adotando um formato mais curvilíneo e moderno. A atual garrafa foi adotada em 2016. Além do design mais arredondado, os rótulos contêm detalhes de design apresentados em garrafas da bebida a partir do meio do século 19 e, pela primeira vez em 20 anos, as icônicas riscas azuis claras e escuras com a vermelha ao centro retornaram, em uma demonstração do vínculo intrínseco da marca com as corridas automobilísticas. A garrafa ainda traz impressa no vidro informação da origem e data de criação da bebida, como por exemplo, “Italia” e “Fondata Nel 1863”. O novo rótulo também conta com o brasão da cidade de Turim e a Deusa da Vitória Romana, comemorando o Grande Prêmio concedido ao MARTINI na Grande Exposição de Dublin em 1865.


A evolução visual 
A identidade visual da marca MARTINI passou por inúmeras alterações durante todos esses anos. O tradicional logotipo da marca, conhecido como Martini Ball & Bar (algo como “bola e barra”), surgiu em 1925 e só foi registrado pela primeira vez em 1929, onde era possível ver escrito MARTINI ROSSI em 1934. Em 1944, o logotipo adotou a cor verde por um curto período.


Em 1995 a marca apresentou um novo logotipo, mais alongado, vibrante e moderno, que incluía bordas douradas. Em 2003 este logotipo passou por pequenas alterações, principalmente em relação ao tom do vermelho. No final de 2014 a marca apresentou sua nova identidade visual com um logotipo muito similar ao adotado na década de 1920, mais minimalista e sem as bordas douradas.


Os slogans 
Play with Time. (2016) 
Luck is an attitude. (2011) 
Taste the world of Martini. (2003) 
The perfect start to the end of the day. (2002) 
Viva La Vita. (2000) 
Winning. Worldly. Well bred. (1980) 
Anytime, anyplace, anywhere. (década de 1980) 
Extra Dry. The right one. Just by itself. (1978) 
The right one for the Dry Martini Cocktail. (1976) 
Pure joy from Italy.


Dados corporativos 
● Origem: Itália 
● Fundação: 1863 
● Fundador: Luigi Rossi, Teofilo Sola e Alessandro Martini 
● Sede mundial: Turim, Itália 
● Proprietário da marca: Martini & Rossi S.p.A. 
● Capital aberto: Não (subsidiária da Bacardi & Company Limited) 
● CEO: Mike Dolan 
● Faturamento: US$ 1.7 bilhões (estimado) 
● Lucro: Não divulgado 
● Presença global: 180 países 
● Presença no Brasil: Sim 
● Segmento: Bebidas alcoólicas 
● Principais produtos: Vermutes e espumantes 
● Concorrentes diretos: Cinzano, Carpano Punt e Mes, Campari, Aperol, Dolin, Cocchi e Cynar (Brasil) 
● Ícones: O tradicional logotipo Martini Ball & Bar 
● Slogan: Play with Time. 
● Website: www.martini.com 

A marca no Brasil 
No Brasil, o vermute chegou oficialmente com a instalação da Martini & Rossi em 1950 e pela legislação brasileira da época a bebida era classificada como “vinho aromatizado composto”. Em 1958 a fábrica de São Bernardo do Campo, em São Paulo, entrou em operação. Uma curiosidade: na década de 1960 a introdução do vermute na Amazônia era feita por vendedores que corriam os pequenos vilarejos que beiravam o rio, entregando a bebida para ser experimentada. Na segunda viagem do vendedor (A viagem de cobrança), não raro, ele recebia como pagamento peles de jacaré, emas, araras e outras mercadorias locais que vendia nos portos maiores para prestar contas à sua administração. Nos anos seguintes a marca italiana introduziu inúmeros sabores e novos produtos, consolidando assim sua posição de liderança no mercado brasileiro. Mais recentemente, em 2017, a marca ampliou o portfólio no segmento premium e trouxe para o Brasil seus espumantes mais vendidos no mundo.


A marca no mundo 
Os produtos da marca MARTINI, vermute líder mundial de mercado e o mais vendido vinho espumante italiano, são comercializados em 180 países ao redor do mundo. O Brasil é hoje o maior produtor de vermute da América Latina e o sexto maior consumidor do mundo. A produção mundial de MARTINI está entre 15 a 17 milhões de caixas de 12 garrafas ao ano. No Brasil a produção é de aproximadamente 1 milhão de caixas. 

Você sabia? 
De tempos em tempos a marca italiana cria novos drinques, utilizados como uma importante ferramenta de sua comunicação para estimular o consumo de suas bebidas. Entre os mais recentes estão: ROYALE (Martini Rosato, gelo e espumante), ROCKS (Martini Rosso, gelo e suco de laranja) e MARTINI & TONIC (vermute e água tônica). Um dos principais embaixadores globais da marca é o ator nigeriano Bryan Okwara. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek, Isto é Dinheiro e Exame), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers). 

Última atualização em 15/8/2017

10 comentários:

  1. Lindoooooooooooo, maravilhosooooooo, melhor post que já li na vidaaaaaaaaa!

    Amo martini e amei saber de tudo isso!

    Mas onde compro esse tal martini citro? fiquei louca de vontade agora!!!

    Help meeeeeeeeee!

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  2. Qulaquer hora em qualquer lugar é?

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  3. NIVEA8:03 AM

    Muito legal, acabei de achar soterrado embaixo da casa dos meus pais 2 garrafas, sem rótulo, mas com uma tampa de rosca lacrada com a marca martini & rossi e a outra com um pouco de bebida, só q esta casa foi construida a mais de 46 anos... estou curiosa sobre este assunto , se alguém poder ajudar me envie um email para nivea.poa@hotmail.com

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  4. Clara Jane3:41 PM

    Conheço Martini desde que era criança...a alguns anos inventei uma forma de tomar o Dry Martini que gosto muito... misturo o Dry com energético e um pouco de calda de cereja, fica muito bom.
    Hoje procurando na net receitas de drinks com Dry me deparei com a história da marca...Estou muito feliz por descobrir todas essas informações que por sinal é muito glamurosa!
    Parabéns Martini.

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  5. Eu como bartender fico feliz em ler um pouco, sobre essa marca que trabalho todos os dias, o dry Martini é realmente um drink que sai bastante

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  6. Anônimo12:11 PM

    Boa tarde, adorei o post...
    Gostaria de saber se alguém sabe me informar, onde compro Martini Fiero, pois não consigo achar em nenhum lugar. Moro em São Paulo, mas pode ser em qualquer cidade.

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  7. Anos atrás eu tomava martini com campari fica muito bom, o doce do martini com o amargo do campari perfeito...

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  8. Super interessante faço gastronomia e foi muito valiosa a história dessa super e incrível bebida

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  9. O Martini e muito bom com super Bock

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  10. Amei saber toda essa historia maravilhosa de uma bebida que eu amo muito. Incrível este post. Gratidao

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