Verdadeira Bíblia da música mundial em letras garrafais. Referência para o Rock’n’Roll e música Pop. Porta-voz de movimentos culturais e tendências sociais. Formadora de opinião junto ao público jovem e moderno. Assim pode-se definir um dos maiores ícones da imprensa mundial: a revista ROLLING STONE. Que muito mais que música, traz entretenimento de qualidade.
A história
A revista ROLLING STONE, um ícone da imprensa americana, foi fundada no ano de 1967 por Jann Wenner, um jovem de vinte anos que havia abandonado a Universidade de Berkeley, e pelo crítico musical Ralph J. Gleason, na efervescente cidade de San Francisco, estado da Califórnia, graças a um empréstimo de US$ 7.500 adquiridos junto a amigos e familiares, como uma das primeiras publicações dedicadas exclusivamente à música, especialmente o Rock and Roll e o Pop, e ao comportamento jovem, mostrando que a política, a música e a contracultura podiam andar juntas. Lançada oficialmente no dia 9 de novembro, impressa em preto-e-branco em papel jornal, trazia em sua primeira capa uma foto de John Lennon vestido como um soldado britânico da Primeira Guerra Mundial. Embora se tratasse de uma fotografia promocional do filme antibelicista “How I Won The War”, do qual participava os Beatles, a foto mostrava claramente os caminhos culturais e políticos que acabaram definindo a ROLLING STONE. Além disso, o próprio Wenner escreveu “não é só sobre música, mas sobre as coisas e atitudes que a música envolve”, expressão que se tornaria um lema para a revista.
Quem também saiu na capa em seu primeiro ano de publicação foi a cantora Tina Turner, Eric Clapton, Jimi Hendrix e os Beatles. E foi já em seu oitavo número que a RS deixou o formato de jornal e adotou o formato de revista. A ROLLING STONE nascia justamente no fervor da contracultura hippie dos anos de 1960, época em que as principais publicações em circulação desprezavam a cena musical que surgia, e tinha como proposta reportagens mais longas e profundas, além de entrevistas que ultrapassavam os limites da carreira dos artistas e os mostravam na intimidade, conquistando fãs e inimigos. Logo se tornou conhecida por permitir a livre expressão tanto do artista quanto de seus jornalistas, fazendo história com artigos pungentes sobre sexo, drogas, comportamento e política. A ROLLING STONE foi uma revista muito popular durante o final da década de 1960 e na década seguinte, principalmente devido à sua influência na cultura hippie e sua ascensão à fama foi junto a bandas, como por exemplo, Grateful Dead. A revista era tão popular durante este tempo, sua circulação chegava a 600 mil exemplares, que foi feita uma canção pelo grupo Dr. Hook and the Medicine Show, chamada “Cover of the Rolling Stone” (Capa da ROLLING STONE), que se tornou um verdadeiro sucesso.
Em 1977 a revista mudou seus escritórios para a cidade de Nova Iorque, ficando mais próxima das agências de propaganda e geradoras de grandes receitas para a publicação. Muitos afirmam que sua mudança de cultura começou neste exato momento, pois a revista passou a tratar mais do mundo das celebridades. A década de 1990 foi marcada pelo lançamento de várias edições locais da revista. Na América Latina, desde 1998, a revista circula com edição local na Argentina, no Chile e no México, além de uma edição única distribuída na Colômbia, Venezuela e Equador. No início do novo milênio, perdendo dinheiro de anunciantes e lucro devido ao sucesso de revistas masculinas como Maxim e FHM, a ROLLING STONE reinventou-se, focando-se em uma faixa etária mais jovem e oferecendo conteúdo mais orientado para cada sexo. Na ocasião muitos de seus leitores fiéis protestaram, dizendo que a revista tinha deixado de lado sua qualidade musical e observadora da contracultura para se transformar em um tabloide superficial, com mais ênfases no estilo do que na substância. Afinal, a política foi um de seus assuntos preferidos, já que a revista chegou a entrevistar Bill Clinton e Al Gore, e há fazer duras críticas ao governo de George Bush, incluindo uma capa que continha o título “O Pior Presidente da História?”.
Em 2003, a revista introduziu suas primeiras edições especiais, em forma de ranking, como por exemplo, “Os 100 Maiores Guitarristas de Todos os Tempos” (The 100 Greatest Guitarists of All Time) e “Os 500 Melhores Álbuns de Todos os Tempos” (The 500 Greatest Albums of All Time). As edições especiais fizeram tanto sucesso que nos anos seguintes outras versões foram lançadas como “As 500 Melhores Músicas de Todos os Tempos” (The 500 Greatest Songs of All Time) e “The Rolling Stone Immortals” (que listava os 50 maiores artistas de todos os tempos). Em 2006, lançou sua milésima edição trazendo a capa mais cara da história, que custou cerca de US$ 1 milhão. A capa brilhante e em três dimensões, era uma homenagem à capa do disco dos The Beatles chamada Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band com um mosaico dos personagens que se sobressaíram nos campos da música, da televisão e da literatura. No final deste ano o Brasil ganhou sua edição nacional, que trazia na capa em seu número inaugural a modelo Gisele Bündchen. No mês de novembro de 2012, a revista publicou sua primeira capa em espanhol, uma homenagem à influência dos artistas latinos na cultura americana. Além disso, a RS também investiu no conteúdo digital lançando a revista para vários meios de comunicação móvel.
Em mais de quatro décadas de existência, a ROLLING STONE sempre mostrou uma enorme capacidade de evoluir e se renovar a cada mudança cultural, mantendo, no entanto, a incansável busca pela cobertura inteligente e profunda da música enquanto agente de mudança política, social e cultural. Por isso, a revista se tornou um verdadeiro ícone da mídia americana.
As capas
As capas da revista ROLLING STONE, que já chocaram alguns e já maravilharam tantos outros milhões, são um capítulo a parte em sua história. Aparecer nelas é um marco na carreira de qualquer artista, especialmente músicos e suas bandas.
E muito dessa importância se deve a chegada da magistral e badalada fotógrafa Annie Leibovitz à revista em 1970. “Com ela, as capas da ROLLING STONE passaram a ser espontâneas e particularmente artesanais”, lembra o fundador da revista. Uma das capas mais emblemáticas da revista, edição de janeiro de 1981, trazia John Lennon nu e em posição fetal abraçado á sua musa Yoko Ono na cama. Esta foto serviu de trampolim para a famosa fotógrafa Annie Leibovitz, que capturou a imagem no dia da morte de John Lennon. Suas capas já mostraram artistas como Tina Turner, Jimi Hendrix, Jim Morrsion, Janis Joplin, Paul McCartney, Eric Clapton, entre outros mitos da música. Somente os Beatles apareceram mais de 30 vezes na capa da revista.
A evolução visual
A identidade visual da marca passou por pequenas alterações ao longo dos anos, mas há muitos anos mantém sua tradicional tipografia de letra.
Dados corporativos
● Origem: Estados Unidos
● Lançamento: 9 de novembro 1967
● Criadorr: Jann Wenner e Ralph J. Gleason
● Sede mundial: New York City, New York
● Proprietário da marca: Wenner Media LLC
● Capital aberto: Não
● Presidente e editor: Jann Wenner
● Faturamento: Não divulgado
● Lucro: Não divulgado
● Circulação mensal: 1.46 milhões/cópias
● Presença global: + 30 países
● Presença no Brasil: Sim
● Funcionários: 300
● Segmento: Entretenimento
● Principais produtos: Revistas
● Concorrentes diretos: Billboard e Spin
● Ícones: O formato da revista
● Website: www.rollingstone.com
A marca no mundo
A revista quinzenal vende aproximadamente 1.46 milhões de exemplares por mês somente nos Estados Unidos. Á exemplo das edições locais publicadas na Inglaterra, Austrália (1972), Alemanha (1994), Argentina (1998), Espanha (1999), França (2002), Indonésia (2005), Rússia (2004), Turquia (2006), China (2006), Itália (2003), Japão (2007), Índia (2008), África do Sul (2011) e Oriente Médio, a ROLLING STONE brasileira, introduzida em 2006, tem metade do conteúdo traduzido de sua matriz americana e outra metade produzida pela redação local. Não é a primeira vez que a ROLLING STONE circula com uma edição brasileira. Durante um ano, em 1972, a revista foi editada no Rio de Janeiro e teve em sua redação os jornalistas Ana Maria Bahiana e Okky de Souza, entre outros profissionais. A revista está presente em mais de 30 países ao redor do mundo e atinge mais de 20 milhões de leitores.
Você sabia?
● Alguns dos melhores escritores americanos passaram pelas páginas da revista. O jornalista Hunter S. Thompson, criador do “gonzo journalism” (matérias subjetivas, narradas em primeira pessoa, que misturam ficção e realidade) e Tom Wolfe que escreveu “Fogueira das Vaidades”, além de Lester Bangs, suposto criador do termo “punk” para música, são alguns dos exemplos.
As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Isto é Dinheiro), jornais (Meio Mensagem), sites especializados em Marketing e Branding (Mundo Marketing) e Wikipedia (informações devidamente checadas).
Última atualização em 26/8/2013
Gostaria de saber porque na revista deste mês o cantor Caetano Veloso está com aquela maquiagem, sendo que quem adora viado são as japonesas (tem um grupo chamado Charan Q que são muito estranhos para nossa sociedade).
ResponderExcluirNão gosto de brincadeira de mau gosto porque não sou de Aomori (japoneses que moram na parte norte do Japão)como o sr. Naomi Takayama. Quero uma explicação.