As bolsas e sapatos da marca suíça Bally, garantidos por uma impressionante herança de quase 165 anos de uma rica história, são acessórios indispensáveis que conferem estilo, conforto e sofisticação aos mais exigentes consumidores. Do Chile à Arábia Saudita, de Nova York à Tóquio, a marca representa como ninguém o estilo sóbrio e discreto de seu país de origem.
A história
Tudo começou em 1849 quando Carl Franz Bally, que havia herdado de seu pai uma pequena fábrica de beneficiamento de borracha para fabricação de fitas elásticas, ficou completamente fascinado com os sapatos que havia comprado para sua esposa durante uma viagem a cidade de Paris. Dois anos mais tarde, ele, juntamente com seu irmão Fritz, transformou a pequena fábrica do pai na Bally & Co, localizada no porão de sua casa no pitoresco vilarejo suíço de Schönenwerd, no cantão de Solothurn, onde o couro era cuidadosamente tratado e utilizado na confecção de calçados, em um processo completamente artesanal, que empregava habilidosos sapateiros alemães. Os sapatos eram criações com um forte senso de funcionalidade e modernidade. Em 1854 seu irmão saiu da sociedade e Carl mudou o nome da empresa para C.F. Bally, construindo uma nova fábrica no centro do pequeno vilarejo. Em 1870, as primeiras lojas da marca foram inauguradas em Genebra e Montevidéu. Nesta época, a empresa que já empregava mais de 500 pessoas, recebeu suas primeiras máquinas, resultando em um expressivo aumento da produção.
Ainda nesta década, Carl construiu uma reputação internacional de alta qualidade e design para sua marca, além de expandir as operações da empresa com o início das exportações e inaugurações de lojas nas cidades de Buenos Aires e Paris. Nesta época, seus sapatos já eram sinônimos de luxo, graças ao primoroso acabamento e alta qualidade do material. Rapidamente os calçados da marca passaram a serem cada vez mais comuns em grandes cidades como Barcelona, Cairo, Viena, Hamburgo, Lisboa e Marselha. Em 1882, uma luxuosa loja foi inaugurada na cidade de Londres. Foi nesta década que a marca passou a gravar na sola de seus calçados uma marca registrada representada por um brasão, que descrevia de forma estilizada as montanhas austríacas, o berço dos antepassados de Carl Franz. Com a morte dele no dia 5 de agosto de 1899 seus filhos, Eduard e Arthur, assumiram definitivamente o comando dos negócios, dando continuidade à reputação que seu pai havia construído ao longo dos anos. Em 1907 a empresa abriu seu capital na Bolsa de Valores com o intuito de captar dinheiro para uma ambiciosa expansão, que em 1916 fez com que a BALLY já empregasse 7.000 funcionários, produzisse 4 milhões de pares de sapatos e estivesse solidificada em mercados importantes da moda como França, Itália e Alemanha.
Nas décadas seguintes a empresa suíça sobreviveu a Grande Depressão dos anos de 1930 e a Segunda Guerra Mundial, voltando a se expandir em grande velocidade no período pós-guerra, principalmente com o ingresso no mercado americano. Em 1951, Max Bally, neto do fundador, criou o modelo Scribe, um sapato masculino que rapidamente se tornou ícone da marca. O modelo, cujo nome foi inspirado em um hotel de Paris, é feito apenas sob encomenda desde então. O consumidor pode escolher entre dois tipos solas (couro e borracha), 14 tipos de couro e cores e ainda gravar seu nome. Cada sapato é feito à mão em um processo de 200 etapas, que demora seis horas. Pouco depois, em 1953, Sir Edmund Hillary e seu companheiro de escalada, o Sherpa Tenzing Norgay, utilizando botas confeccionadas pelo Bally, se tornam os primeiros humanos a conquistar o Monte Everest. Na década seguinte, começou a explorar novos materiais, como por exemplo, a borracha, usada nas botas que Neil Armstrong utilizou durante seus primeiros passos na lua.
Em 1976, bolsas e outros acessórios de couro (como cintos e carteiras), além das primeiras coleções de roupas, foram adicionados a gama de produtos da marca, aumentando assim o alcance da BALLY no desejo de seus exigentes consumidores. Essa década também foi marcada por um forte período de crescimento da marca no mercado internacional com a inauguração de várias lojas próprias e o ingresso em grandes lojas de departamento, que passaram a vender seus produtos. Além disso, a família Bally vendeu a empresa para novos proprietários. Na década seguinte a BALLY enfrentou enormes dificuldades financeiras em virtude de vários fatores, mas principalmente por contratos de licenciamento, que fizeram a qualidade de seus produtos despencarem demais, colocando em dúvida a tradição e reputação da marca.
Apesar das dificuldades, a marca inaugurou em 1998 sua primeira loja no Brasil, localizada na cidade de São Paulo, que seria fechada anos depois. No ano seguinte a empresa foi vendida para um fundo de investimento americano. Em pouco mais de uma década, os novos proprietários reconduziram a marca ao topo do mercado de luxo com o lançamento de produtos exclusivos e sofisticados, além da inauguração de sofisticadas lojas em mercados importantes como a China, Arábia Saudita, Líbano, Turquia, Nepal, Japão, Austrália e Rússia. Em 2007, o estilista Brian Atwood, que já havia trabalhado na Versace na década de 1990, assumiu o cargo de diretor criativo da venerável marca suíça. Mas sua aventura durou pouco, pois a BALLY anunciou uma nova dupla de criação: Graeme Fidler e Michael Herz. Em abril de 2008, a empresa foi vendida para o grupo austríaco Labelux, controlado por alemães.
Como toda marca que deseja ter exposição global, a BALLY lançou em 2010 seu comércio eletrônico, que oferece sapatos, acessórios, pequenos objetos em couro e roupas, inicialmente para o mercado americano e europeu. A partir de 2013 a marca passou por grandes transformações. Primeiro contratou para o cargo de CEO o executivo Frédéric de Narp, com brilhantes passagens pelas joalherias Cartier e Harry Winston. Este indiciou como diretor criativo Pablo Coppola, estilista argentino que trabalhou para Dior, Tom Ford e Céline, encarregado principalmente de reinterpretar a herança da marca suíça, trazendo um novo fôlego à linha de roupas. Depois de reorganizado o estilo da marca, a empresa aperfeiçoou a distribuição entre as lojas próprias e licenciadas, lojas de departamento e multimarcas. Já no final de 2014, unindo a tradição centenária com a elegância contemporânea, a BALLY inaugurou sua principal loja em Londres, em plena New Bond Street. Com 400m² e instalada em um charmoso hotel de três andares, o projeto foi assinado pelo arquiteto David Chipperfield. A ideia da marca é inaugurar aproximadamente doze dessas “maisons” nas principais metrópoles do mundo.
A BALLY foi pioneira em muitas áreas em seu segmento. Em 1889, produzia dois milhões de calçados por ano. Criou os scarpins em 1890. Em 1927 inaugurou em sua sede o “Bally Lab”, um centro de Pesquisa e Desenvolvimento, inicialmente com foco em técnicas de artesanato em couro e processos de produção. Há 60 anos, contava com um curtume no Rio de Janeiro. Foi também a primeira marca de luxo ocidental a ingressar no mercado chinês em 1986. Atualmente a BALLY, uma das primeiras e mais antigas marcas de luxo do mundo, é uma referência em artigos de couro para homens e mulheres, fabricados em uma linha de produção que utiliza materiais de altíssima qualidade e rica atenção aos detalhes e ao acabamento, que para muitos é impecável. Suas coleções contam com bolsas, sapatos e acessórios de moda, que seguem uma tendência clássica, confeccionados com materiais nobres e que possuem design exclusivo, garantindo assim aos modelos um toque de modernidade e elegância ao mesmo tempo.
Dados corporativos
● Origem: Suíça
● Fundação: 1851
● Fundador: Carl Franz e Fritz Bally
● Sede mundial: Caslano, Suíça
● Proprietário da marca: Bally International S.A.
● Capital aberto: Não (subsidiária da JAB Holding Company)
● CEO: Frédéric de Narp
● Diretor criativo: Pablo Coppola
● Faturamento: US$ 750 milhões (estimado)
● Lucro: Não divulgado
● Lojas: 680
● Presença global: 91 países
● Presença no Brasil: Sim
● Funcionários: 1.500
● Segmento: Moda de luxo
● Principais produtos: Sapatos, bolsas, malas, acessórios e roupas
● Concorrentes diretos: Prada, Gucci, Chanel, Salvatore Ferragamo, Christian Louboutin, Manolo Blahnik, Coach e Louis Vuitton
● Ícones: O sapato Scribe e as famosas listras vermelha e branca
● Website: www.bally.com
A marca no mundo
Atualmente a marca suíça comercializa sua sofisticada linha de produtos em mais de 90 países ao redor do mundo através de uma rede de lojas próprias e licenciadas, composta por mais de 680 unidades (100 delas próprias), e de renomadas lojas de departamento. As lojas âncoras da marca estão localizadas em pontos sofisticados de cidades como Londres, Genebra, Hong Kong, Nova York e Los Angeles. Atualmente, calçados representam aproximadamente 50% das vendas globais da marca, seguidos por bolsas e acessórios com 40% e produtos de vestuário com 10%.
Você sabia?
● O Bally Shoe Museum, inaugurado em 1942 e localizado na hospitaleira cidade de Schönenwerd, possui uma das maiores coleções de sapatos do mundo, sendo fruto do amor da família Bally pelos calçados. São aproximadamente 35.000 pares de sapatos.
● Ao longo dos anos, a marca suíça tem apoiado o desenvolvimento da criatividade em outras atividades artísticas através de patrocínios de projetos e iniciativas em áreas como design, arquitetura e artes.
As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Isto é Dinheiro), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers).
Última atualização em 24/3/2015
aonde encontrar produtos Bally no Brasil?
ResponderExcluirMe dão uma bolsa por favor tipo assim só se der kkkkkk
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