10.9.16

SPOTIFY


A música ao alcance dos seus dedos. Assim pode ser definido o Spotify, serviço de streaming de música mais popular do mundo. Afinal, com Spotify é fácil encontrar a música certa para cada momento, quer seja no smartphone, computador ou tablet. Existem milhões de faixas de música. Não importa se você está malhando, em uma festa ou apenas relaxando, a música certa está sempre em suas mãos. Novos lançamentos, o que está bombando nas paradas e as melhores playlists para o seu momento. Escolha o que quer ouvir ou deixe o Spotify surpreendê-lo. 

A história 
Tudo começou com Daniel Ek (imagem abaixo à direita), um empreendedor sueco que aos 14 anos começou a desenvolver websites para negócios locais e, em seguida, construiu seus próprios servidores, oferecendo serviços de hospedagem na internet. Após abandonar a faculdade, ele fundou a empresa de anúncios online Advertigo, a qual vendeu em 2006 para a sueca Tradedoubler, uma companhia de marketing com base nos resultados que oferece um conjunto amplo de serviços para meios digitais. Aos 23 anos Daniel Ek estava milionário. Mas seu ímpeto empreendedor não o deixou sossegar. Ele tinha a ideia de criar um serviço como o Napster, só que legal. Unindo suas duas grandes paixões, a informática e a música, finalmente no dia 23 de abril de 2006, juntamente com Martin Lorentzon, co-fundador da Tradedoubler, ele fundou o Spotify, após vislumbrar uma oportunidade para preencher um vazio deixado pelas ineficiências dos modelos de distribuição de música existentes. Quanto ao nome Spotify, especula-se que Lorentzon disse essa palavra ou algo parecido enquanto os dois discutiam qual seria o nome utilizado. Porém, muitos acreditam que o nome vem da junção das palavras “spot” e “identify”, algo como “local” e “identificar/descobrir” em inglês, respectivamente.
  

Baseados na cidade sueca de Estocolmo, os dois investiram milhões de dólares e contrataram engenheiros e programadores para estruturar o serviço, entre os quais estava o criador do µTorrent, Ludvig Strigeus. Afinal, a dupla sabia que a velocidade de entrega seria um diferencial à parte do novo serviço. A ideia era entregar uma nova forma para desfrutar o prazer de ouvir uma boa música. Bastava instalar e ouvir, sem restrições e sem precisar esperar por demorados downloads. Teria que ser simples, divertido, instantâneo e social. Foram mais de dois anos desenvolvendo o serviço e negociando com as gravadoras e artistas, que ainda não estavam convencidas do potencial em ganhar dinheiro com o Spotify. Mas toparam. Afinal, naquela época a pirataria, especialmente na Suécia, era enorme (lembrem-se do PirateBay).
   

O aplicativo foi lançado oficialmente ao público no dia 7 de outubro de 2008 em mercados como Suécia, Finlândia, Noruega, Reino Unido e Espanha, oferecendo um serviço de música por streaming (uma tecnologia que envia informações multimídia, através da transferência de dados, utilizando redes de computadores, especialmente a internet). Inicialmente oferecia a versão gratuita disponível apenas por convite (batizada de Spotify Free, com limites de horas para escutar música e suportada por publicidade, semelhante a uma rádio tradicional) e a versão paga (batizada de Spotify Premium, sem publicidade e limites de horas). Em 2009, para alimentar de forma legal seu acervo de música, que crescia constantemente, a empresa fechou importantes acordos com nomes de peso da indústria fonográfica, como Universal Music, Sony BMG, EMI Music, Warner Music Group, além de outras três grandes gravadoras e selos independentes, como Merlin e The Orchard.
   

No dia 18 de maio de 2010, a empresa anunciou mais dois tipos de contas disponíveis: o Spotify Unlimited, equivalente ao serviço Premium, mas sem suporte móvel; e o Spotify Open, uma versão reduzida dos recursos da versão gratuita, que permitia aos usuários ouvir 20 horas de música por mês. No dia 15 de setembro, o serviço anunciou que já tinha aproximadamente 10 milhões de usuários, incluindo 2.5 milhões de usuários com assinaturas pagas. Durante esse ano, a empresa pagou mais de €45 milhões para seus licenciadores (gravadoras e artistas), além de ingressar em novos mercados como a Holanda. Finalmente no dia 14 de julho de 2011, o Spotify lançou seu serviço no enorme mercado americano, após atrasos e anos de negociações com as quatro grandes gravadoras locais. O serviço também passou a ser oferecido na Áustria, Bélgica e Suíça.
   

No final de 2011, introduziu o serviço Spotify Apps que tornou possível para os desenvolvedores de terceiros contribuir para aplicações HTML5 que poderiam ser hospedados dentro da área de trabalho do player Spotify. Os aplicativos fornecidos apresentavam recursos como letras sincronizadas, revisões de música e playlists por curadoria. Depois de ingressar na Alemanha ainda em 2011, o Spotify atingiu a marca de 20 milhões de usuários (5 milhões pagos) ao final de 2012. O ano seguinte foi marcado por uma enorme expansão geográfica de seus serviços com o lançamento em mais de 25 países como Itália, Polônia, Portugal, México, Hong Kong, Malásia, Argentina, Grécia, Taiwan, Turquia, Chile, República Checa e Uruguai.
   

Em março de 2014 lançou o aplicativo de promoção Spotify Premium for Students, com uma oferta de desconto para a sua assinatura mensal direcionada a estudantes universitários nos Estados Unidos. Outra novidade foi o lançamento de uma nova API Web, que permitia aos desenvolvedores de terceiros integrarem o conteúdo do Spotify em seus próprios aplicativos. Além disso, criou o Spotify Family, um plano pago para até seis familiares (morando na mesma residência). Este ano também foi marcado pelo lançamento oficial do Spotify no mercado canadense e no brasileiro (em 28 de maio), oferecendo assinatura gratuita, suportada por anunciantes e com limitações de recursos; e a versão paga (com direito a acesso offline, downloads e não precisar de rede para escutar sua música). Vale ressaltar que no primeiro ano do Spotify no Brasil, foram ouvidas 200 milhões de horas de músicas.
  

Apesar do Spotify ter chegado para mudar o jeito com o que as pessoas consomem música digital e ser cada vez mais popular, nesta época o serviço não era uma unanimidade. Um exemplo disso aconteceu quando a cantora Taylor Swift retirou suas músicas do serviço alegando que não era recompensada devidamente. A polêmica, acreditem, deu ainda mais visibilidade ao Spotify, especialmente nos Estados Unidos. Provando o sucesso do negócio, em abril de 2015 o Spotify recebeu mais uma rodada de investimentos, no valor de US$ 526 milhões, do banco Goldman Sachs (conheça essa outra história aqui) e de um fundo soberano de Abu Dhabi.
   

Ainda em 2015, o Spotify introduziu novos recursos como o Discover Weekly, uma lista de reprodução personalizada que apresentava aos usuários novas músicas todas as semanas com base em seus hábitos de audição. Em junho de 2016, o serviço de transmissão online de música anunciou que sua base de usuários ativos atingiu 100 milhões, resultado do ingresso da empresa em novos mercados e mesmo apesar da pesada competição com rivais poderosos como Apple Music e Google Music, além de outros serviços populares, como o francês Deezer (conheça essa outra história aqui). Ainda esse ano, o Spotify - então líder mundial de música online (streaming) - chegou a um acordo sobre o pagamento de direitos autorais nos Estados Unidos, um passo para evitar eventuais ações judiciais no futuro.
   

Depois de quase dois ano em forma beta limitada, em abril de 2017 o painel Fan Insights - que permitia à artistas e empresários acessarem dados sobre ouvintes mensais, dados geográficos, informações demográficas, preferências musicais e muito mais - foi atualizado e renomeado como Spotify for Artists. Recursos adicionais incluíam a capacidade de obter o status “verificado” com uma marca de seleção azul no perfil de um artista, receber suporte, personalizar a página de perfil com fotos e promover uma determinada música. Ir além da música. Esse foi o objetivo do Spotify ao anunciar, após alguns meses de teste, a distribuição de podcasts em outubro de 2017, contribuindo assim para dar maior alcance a essa mídia. Com mais de 157 milhões de usuários por mês e 71 milhões de assinantes, em abril de 2018 o Spotify abriu seu capital na Bolsa de Valores. Esse ano também foi marcado pelo lançamento do Spotify em novos mercados como África do Sul, Israel, Arábia Saudita, Catar, Egito, Emirados Árabes Unidos, Jordânia, Kuwait, Líbano, Marrocos, Palestina e Tunísia.
  

Em 2019, apostando cada vez mais no segmento de podcasts, o Spotify investiu US$ 500 milhões para atrair criadores de conteúdo. Além disso, o serviço foi lançado oficialmente na Índia. Pouco depois, em 2020, introduziu o recurso de vídeo para um número seleto de conteúdos de podcast, e desde então foram disponibilizando o formato para criadores em quase todos os mercados. Recentemente o Spotify publicou um informativo sobre o marco de 250 mil podcasts de vídeo na plataforma.
   

Com a pandemia de COVID-19 e bilhões de pessoas em casa e cada vez mais conectadas, a empresa resolveu acelerar seus planos de diversificação de serviços e, no início de 2021, anunciou a adição de audiobooks em sua biblioteca. Inicialmente foram nove livros levados à plataforma de streaming em formato de áudio (todas as obras estavam em domínio público e foram gravadas exclusivamente para o Spotify). Entre os títulos, estavam clássicos como Frankenstein (Mary Shelley), Persuasão (Jane Austen) e Jane Eyre (Charlotte Brontë). Em 2022 o Barcelona fechou um acordo de patrocínio com o Spotify, no valor de €280 milhões por 3 anos. Com isso, o logotipo do Spotify passou a estampar a camisa do clube catalão, tanto na categoria masculina quanto feminina.
  

Com o Spotify é fácil encontrar a música ou podcast ideal para cada momento, seja no celular, no computador, no tablet ou em outros dispositivos. São milhões de músicas e episódios de podcasts. É possível encontrar algo ótimo para ouvir, não importa se está dirigindo ou fazendo exercícios, em clima de festa ou relaxando em casa. Escolha o que quer escutar ou deixe o Spotify te surpreender. Você também pode explorar as coleções montadas por amigos, artistas e celebridades ou criar uma estação de rádio e deixar o som rolar.
  

A evolução visual 
A identidade visual da marca passou por três remodelações ao longo de sua história. A primeira aconteceu no ano de 2013 quando apresentou seu logotipo com nova tipografia de letra, novas cores (verde e preta) e mais destaque ao símbolo que representa ondas sonoras. Pouco depois, em 2015, a marca remodelou novamente seu logotipo. Desta vez apenas uma suave atualização, principalmente na questão das cores (tom de verde mais claro). A última remodelação ocorreu em 2024, quando o logotipo passou por uma pequena modernização e apresentou uma nova tipografia de letra (batizada de “Spotify Mix”). Esse logotipo também pode ser aplicado na cor preta ou em branco sobre fundo preto.
  

Os slogans 
Music That Finds You. (2023) 
Empowered by you. (2022) 
Nobody Listens Like You. (2021) 
Listening Is Everything. (2020) 
Spotify for the Ride. (2019) 
Music for every mood. (2019) 
You are what you listen to. (2018) 
For Music. (2013) 
Music for every moment. (2013) 
Music for everyone. (2012) 
Everyone loves music. (2009) 
Meu Spotify. Gostoso Demais. (2022, Brasil) 
Abra Seus Ouvidos. (2021, Brasil) 
Escutar Muda Tudo. (2020, Brasil) 
Livre pra ouvir, livre pra amar. (2018, Brasil) 
Música para todos. (2012, Brasil)
    

Dados corporativos 
● Origem: Suécia 
● Lançamento: 7 de outubro de 2008 
● Criadores: Daniel Ek e Martin Lorentzon 
● Sede mundial: Estocolmo, Suécia 
● Proprietário da marca: Spotify Technology S.A. 
● Capital aberto: Sim (2018) 
● CEO: Daniel Ek 
● Faturamento: €13.25 bilhões (2023) 
● Lucro: - €532 milhões (2023) 
● Valor de mercado: US$ 68.2 bilhões (agosto/2024) 
● Valor da marca: US$ 11.114 bilhões (2023) 
● Usuários: 626 milhões (2024) 
● Presença global: 237 países 
● Presença no Brasil: Sim 
● Funcionários: 7.370 
● Segmento: Entretenimento 
● Principais produtos: Música online, podcasts e audiobooks 
● Concorrentes diretos: Apple Music, Deezer, Amazon Music, SoundCloud, Tidal, YouTube Music, Tidal, Qobuz, Pandora, iHeartRadio e Napster 
● Slogan: Listening Is Everything. 

O valor 
Segundo a consultoria britânica Interbrand, somente a marca Spotify está avaliada em US$ 11.114 bilhões, ocupando a posição de número 69 no ranking das marcas mais valiosas do mundo de 2023. 

A marca no mundo 
Atualmente o Spotify - maior plataforma de streaming de música do mundo com participação de mercado de 31.7% - conta com mais de 626 milhões de usuários em 237 países e territórios, dos quais 246 milhões pagos (a maior base de assinantes pagos de música digital no mundo) em 184 países. O serviço, disponível em 74 idiomas e dialetos, oferece mais de 100 milhões de músicas, mais de 6 milhões de episódios de podcasts e 350.000 audiobooks. Em dezembro de 2023, o Spotify foi o 47º site mais visitado do mundo, com 24,78% do tráfego vindo dos Estados Unidos, seguido pelo Brasil com 6,51%, de acordo com dados fornecidos pela Semrush. 65% dos assinantes do Spotify Premium estão na Europa e na América do Norte. 


Você sabia? 
A importância do Spotify para a indústria da música foi tão grande que na Suécia a pirataria diminuiu em 25% com apenas 2 anos de seu lançamento. 
O Spotify não tem presença na China continental, onde o mercado é dominado pela QQ Music. 
Anualmente a empresa transfere aproximadamente 70% de sua receita a gravadoras e artistas. Somente em 2023 o Spotify pagou US$ 9 bilhões em royalties de música. 66.000 artistas receberam royalties de pelo menos US$ 10.000. 11.600 artistas geraram pelo menos US$ 100.000. Já o número de artistas que receberam mais de US$ 1 milhão chegou a 1.250. 
Taylor Swift é a artista mais popular no Spotify com 84.17 bilhões de streams (que nada mais é que reproduzir uma música), seguida por Drake com 76.81 bilhões, Bad Bunny (73.21 bilhões) e The Weeknd (58.33 bilhões). 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek, Isto é Dinheiro, Época Negócios e Exame), jornais (Valor Econômico, Folha e Estadão), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers). 


Última atualização em 10/8/2024 

O MDM também está no Instagram. www.instagram.com/mdm_branding/

4 comentários:

  1. Eu não sei como eu vivia sem Spotify antes!

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  2. Anônimo11:33 PM

    Cara primeira vez que vejo esse site, é ultra bom,mas poderiam ter um domínio próprio e uma página no Facebook

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  3. Site muito completo. Vale a pena...

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