6.8.06

† Vasp (1933-2005)


A história da Vasp começou a ser escrita nos anos seguintes à Revolução de 1932. Em 12 de novembro de 1933 um grupo de empresários e pilotos criou a Viação Aérea São Paulo (VASP), apresentando ao público na sua base do Campo de Marte seus primeiros aviões, dois Monospar ST-4 ingleses, com capacidade para três passageiros. Em 16 de abril de 1934 decolaram os primeiros vôos comerciais, entre São Paulo, Ribeirão Preto e Uberaba e Rio Preto, via São Carlos. As condições precárias da infraestrutura aeroportuária dificultavam a operação. Nos primeiros meses de atividades, teve suas operações suspensas devido a fortes chuvas, que inundaram o Campo de Marte. Tais dificuldades foram decisivas para a empresa participar do desenvolvimento de aeroportos e campos de pouso no interior paulista. A empresa transferiu suas operações para o recém inaugurado Aeroporto de Congonhas, conhecido como "Campo da Vasp". Em janeiro de 1935, a sua frágil saúde financeira fez com que a diretoria pedisse oficialmente ajuda ao Governo do Estado. A Vasp foi estatizada e recebeu novo aporte de capital para a compra de 2 aeronaves. Em 1936 a Vasp estabeleceu a primeira linha comercial entre São Paulo e Rio de Janeiro, e em 1937 recebeu seu terceiro Junkers. Tragicamente, este avião, matriculado PP-SPF, sofreu o primeiro grande acidente de nossa aviação comercial: Em 8 de novembro de 1939 chocou-se, após a decolagem do aeroporto Santos Dumont, com um de Havilland 90 Dragonfly argentino. Após a Segunda Guerra, modernizou a frota com a introdução dos Douglas DC-3 e Saab S-90 Scandia. Em janeiro de 1968, entrou na era do jato puro com a entrega de dois BAC One Eleven 400. Em 1969, trouxe ao Brasil os primeiros Boeing 737-200, em 1982 chegaram os Airbus A300B2 e em 1986 o primeiro 737-300 de nosso país. No final da década de 80, a VASP possuía uma frota de 23 B-737-200, quatro B-727-200, três Airbus, mais dois B-727 cargueiros que, em 1989, voaram 80.000h transportando quatro milhões de passageiros. No início da década de 90, a Vasp foi privatizada. Seu novo presidente, Wagner Canhedo, iniciou uma agressiva expansão internacional: Ásia, Estados Unidos, Europa e até mesmo o Marrocos entraram no mapa da empresa. Aumentou a frota, trazendo entre outros três DC-10-30 e depois nove MD-11. Criou o Vasp Air System, após adquirir o controle acionário da LAB, Ecuatoriana e da Argentina TAN. Não conseguiu sustentar o crescimento. Deixou de pagar obrigações, salários, leasings e até taxas de navegação. As rotas internacionais foram canceladas. Em setembro de 2004, o Departamento de Aviação Civil (DAC) suspendeu as operações de oito aeronaves da Vasp. Com uma imagem arranhada e uma frota jurássica, a empresa foi perdendo terreno, sobretudo após a entrada da Gol no mercado. A Vasp operou em novembro de 2004 apenas 18% dos vôos programados. A Vasp parou de voar no final de janeiro de 2005, quando o DAC cassou sua autorização de operação. Suas aeronaves hoje estão paradas por aeroportos de todo o país, testemunhas de mais uma triste história de nossa aviação comercial.

3 comentários:

Anônimo disse...

Dou todo meu apoio pela volta das operaçoes desta lendaria conpanhia nacional,nao so em rotas domesticas mas tambem em rotas internacionais.(e um orgulho saber que a VASP ja voo para,AMERICA do NORTE,EUROPA,ASIA e ATE MARROCOS... ...concorrencia,morra de inveja da VASP,abraços GUILHERME

Anônimo disse...

Torço pela volta da VASP ,tanto nas rotas domesticas como nas internacionais(em um imenso orgulho saber que a VASP voou ate para MARROCOS)morra de inveja concorrencia.abraços!!!

Airton Felício disse...

Acho que a VASP deva voltar a operar, sem muitas pretensões. Com aviões modernos, de baixo custo operacional, como os Boeings 737 Next Generation. E sim, depois que se firmar novamente, expandir suas "influências".