26.5.09

BOTTEGA VENETA


A BOTTEGA VENETA é a grife em franca ascensão no concorrido e bilionário segmento de luxo. Conhecida por suas bolsas, carteiras, sapatos e cintos feitos impecavelmente em couro, cujos valores ultrapassam sem muita dificuldade a barreira de €1.000, a marca italiana não ostenta logotipo (seu nome é escrito por extenso no interior de seus produtos). Discreta, a italiana BOTTEGA VENETA domina hoje as páginas iniciais das principais revistas de moda internacionais, e incomoda muitos ícones luxuosos como a francesa Hermès, com suas bolsas reinando nos braços das mais chiques e poderosas mulheres do mundo. 

A história 
A história da BOTTEGA VENETA, que em italiano significa “loja veneziana”, mas nasceu em Vicenza, cidade ao norte da Itália reconhecida por abrigar até hoje hábeis ourives, começou em 1966 quando Michele Taddei e Renzo Zengiaro inauguraram um pequeno, porém dinâmico negócio que manufaturava produtos e artigos luxuosos em couro, como bolsas, carteiras e cintos. Desde seu nascimento, a marca italiana ficou conhecida por tratar o couro usado em sapatos, bolsas e acessórios com o mesmo cuidado com que um artesão manipula filetes de ouro. Seu maior patrimônio era - e continua sendo - o “Intrecciato”, um trançado artesanal do couro que remetia à arte da cestaria, e que representa a importância que a marca dá ao trabalho artesanal. E isto surgiu por uma necessidade. No começo de sua história, as máquinas de costura usadas nos ateliês da empresa não eram apropriadas para se costurar couro, fazendo com que os artesãos fossem obrigados a usar um couro extremamente fino que se encaixasse nas agulhas das máquinas. O trançado do couro se tornou o Intrecciato, até hoje marca registrada da BOTTEGA VENETA.
   

Para a BOTTEGA VENETA, o desfile dos logotipos de maneira óbvia era considerado um tipo de traição ao princípio do produto feito à mão, que é único e pessoal. As iniciais BV só apareciam discretamente dentro das bolsas. Em 1972, a marca inaugurou sua primeira loja nos Estados Unidos, localizada na cidade de Nova York. E, em meados dessa década, começou a produzir sapatos. Michele Taddei deixou a marca no final dos anos de 1970, sendo seguido pouco tempo depois por Renzo Zengiaro. A marca foi assumida então pela estilista Laura Moltedo, que havia sido casada com Taddei anteriormente. É nesse momento que a história da marca começa a mudar. Isto porque, Laura era uma jetsetter que passava grande parte do seu tempo em Nova York e seu lifestyle ajudou a popularizar o nome da BOTTEGA VENETA na alta sociedade internacional, criando relações com nomes como Andy Warhol, que chegou a dirigir um curta-metragem sobre a marca italiana.
   

E foi nesta época, em 1978, que a marca italiana lançou o que viria a se tornar um de seus maiores ícones: as pequenas bolsas de mão para festas (conhecida em inglês como “Knot”). O modelo Knot, praticamente um sinônimo de bolsa italiana, rapidamente se tornou um dos itens mais desejados da marca e popular entre as mulheres endinheiradas, celebridades e realeza. Hoje em dia a Knot pode ser fabricada em diversos tamanhos, cores e estampas. E mais uma vez, esse sucesso se deveu em grande parte a Laura. Suas boas conexões permitiram a proeza de incluir a Knot da BOTTEGA VENETA no figurino celebrado de Lauren Hutton no filme “Gigolô Americano” (1980), um hit da época que contava também com Richard Gere usando criações do então jovem designer, Giorgio Armani (conheça essa outra história aqui).
  

Na década seguinte os acessórios da grife italiana se tornaram extremamente populares entre os frequentadores da lendária boate nova-iorquina Studio 54, tendo no cultuado artista pop americano Andy Warhol, um de seus mais notáveis divulgadores. Na década de 1990, o interesse pela marca despencou e a BOTTEGA VENETA se viu restrita a um punhado de consumidores abonados. Foi quando em 1998 a família Moltedo resolveu contratar o jovem estilista inglês Giles Deacon para literalmente “chacoalhar a marca”. Sob seu comando a grife lançou a primeira coleção de roupas femininas em 2000. O sucesso foi imediato e apesar de suas criações espalhafatosas, especialmente no segmento de roupas, a BOTTEGA VENETA começou a chamar a atenção de outras grandes marcas de luxo.
  

Foi então, que em julho de 2001, o Grupo Gucci (conheça essa outra história aqui), que hoje pertence ao conglomerado de luxo Kering (onde divide espaço com outros nomes de peso da moda como Balenciaga, Alexander McQueen, Saint Laurent e Boucheron), comprou a BOTTEGA VENETA por US$ 156.8 milhões. A primeira providência dos novos proprietários foi contratar um novo diretor criativo, o alemão Tomas Maier, para revitalizar a marca, isto é, modernizar o tradicional e o clássico. Maier deu um novo impulso à marca italiana, mantendo o estilo clássico e atemporal. Além disso, o estilista alemão criou o modelo de bolsa chamado Cabat, que teve sua estreia na coleção de Primavera/Verão de 2002. A bolsa se tornou um enorme sucesso, com sua produção limitada, o que a torna um item de desejo e cobiça por causa de sua pouca produção anual. Era o renascimento da marca italiana no concorrido mercado de luxo.
  

Depois de reconquistar o sucesso no segmento de acessórios, Maier sentiu que era hora de se aventurar em outro terreno, o das roupas. Foi então, que em 2005, a primeira coleção prêt-à-porter feminina da BOTTEGA VENETA foi lançada no mercado, seguida pela masculina em 2006. Interessante é que essa decisão de iniciar a produção de roupas surgiu de uma necessidade. Tomas percebeu que a marca precisava vender os cintos que produzia. Então, a primeira calça foi criada como complemento dos acessórios, pois o visual completo ajudava a comunicar às consumidoras da marca de forma mais eficiente: elegante, discreta e feminina.
   

Nos anos seguintes o estilista alemão desenvolveu um conceito de luxo baseado em criação artesanal diferenciada, design inovador, funcionalidade contemporânea e materiais da mais alta qualidade. Com o suporte financeiro dos novos proprietários, pouco a pouco, a BOTTEGA VENETA, então com apenas 17 lojas no mundo, foi crescendo, inaugurando novas e sofisticadas unidades em outros países (como em 2002, quando abriu três lojas localizadas em endereços luxuosos de Paris, Londres e Milão) e fabricando produtos cada vez mais de alta qualidade, estilo e extremo luxo, cujos preços beiravam o absurdo.
   

Em 2004, além do lançamento da sua primeira coleção de joalheria, a marca italiana inaugurou uma enorme loja de dois andares em plena Quinta Avenida na cidade de Nova York, dando um belo exemplo de como crescer sem perder a aura de butique. Na loja, cada um dos puxadores das portas era feito em couro - e à mão - os tapetes eram de lã artesanal da Nova Zelândia e havia uma sala dedicada a artigos feitos sob medida em couro para homens e mulheres. Tinha clima e ambiente de pequena butique dentro de uma imensa loja. Em 2006, a grife italiana expandiu sua área de atuação ao lançar uma luxuosa e moderna coleção de móveis para casa. Neste mesmo ano inaugurou sua segunda loja em Paris, localizada na badalada Avenida Montaigne. Além disso, no verão, inaugurou uma escola para ensinar o ofício do trabalho artesanal em couro chamada Veneta della Scuola Pelletteria, que apoia e ajuda as novas gerações de artesões da empresa.
   

Nos anos seguintes a BOTTEGA VENETA levou seu estilo clássico e luxuoso para outros segmentos com o lançamento de coleções de óculos. Nos últimos anos, assim como muitas de suas marcas concorrentes, a BOTTEGA VENETA também investiu na Índia, na China, Turquia, Ucrânia e Rússia, procurando atingir os consumidores famintos por produtos de luxo desses mercados emergentes. Além disso, no final de 2009, a marca italiana e a Coty (conheça essa história aqui), líder global no segmento de produtos para beleza, anunciaram a formação de uma exclusiva parceria para criar, desenvolver e distribuir uma linha de fragrância sob a grife BOTTEGA VENETA. O resultado foi o lançamento, em 2011, da primeira fragrância feminina da marca (que entre os ingredientes possuía uma matéria-prima brasileira: a pimenta rosa), além de loção corporal e sabonete líquido.
   

A grife italiana desembarcou no Brasil no final de 2011 com a inauguração de uma sofisticada loja no shopping Iguatemi, em São Paulo, onde todos os elementos no interior foram feitos sob medida - desde as vitrines até as maçanetas revestidas em couro. Em 2012, a capital paulista ganhou uma segunda loja, localizada no shopping JK Iguatemi. Pouco depois, o lançamento da Eau de Parfum da marca italiana, em vidro de murano assinado por Tomas Maier e cuja assinatura da grife aparecia na tampa metálica (uma fita em couro) ao exuberante preço de R$ 4.000 (por apenas 50 ml deste líquido cuja fragrância é sensacional), marcou uma tendência que já se podia observar no mundo todo e que tinha força para seduzir apaixonados consumidores: o retorno de perfumes em edições especiais, vendidos em frascos que são verdadeiras obras de arte.
  

Em 2018, a BOTTEGA VENETA apresentou ao mercado um novo diretor criativo: o inglês Daniel Lee, que já tinha passagens por marcas famosas como Margiela e Celine (conheça essa história aqui). Por ser um nome até então pouco conhecido no mundo da moda, a escolha da marca italiana sacudiu o mercado e o que se presenciou no primeiro ano de transição foi uma BOTTEGA VENETA com linhas mais minimalistas e modernas, investindo também no ready-to-wear, mas sem perder seus pilares. Altamente preparado, o jovem estilista chegou cheio de energia e pronto para injetar modernidade à qualidade impecável da tradicional marca italiana. Rapidamente ele conquistou uma legião de fãs sedentos por um ponto de vista que dialogasse entre contemporâneo e tradicional com sex appeal e personalidade. O sucesso foi tamanho, que sua versão da marca foi apelidada carinhosamente de “New Bottega”.
   

E sua ousadia rendeu frutos rápidos para a marca. Logo em seu primeiro ano no comando criativo da BOTTEGA VENETA, ele conquistou um feito inédito, batendo recorde de vitórias no Fashion Awards, vencendo nas quatro categorias que foi indicado: Marca do Ano, Designer do Ano, Designer Feminino do Ano e Designer de Acessórios do Ano. Como o couro e o processo artesanal meticuloso são sinônimos da marca italiana então não foi nenhuma surpresa que Daniel tenha construído sua visão ancorada nesses valores. O couro migrou dos acessórios para invadir também os looks, enquanto a devoção pelo artesanal foi expressada por outros meios, como nos tricôs de acabamento impecáveis. Além disso, o repertório de complementos foi ampliado através de joias esculturais e ferragens, que passaram a adornar calçados e bolsas, adicionando peso e renovando formas. Lee também ousou ao revolucionar o método Intrecciato utilizando proporções, texturas e muita criatividade. Com isso, o trançado característico virou oversized. Foi maximizado, acolchoado, foi parar em roupas, virou item de apelo esportivo, enfeitou sapatos e surgiu em diversos materiais diferentes garantindo uma visão contemporânea da técnica icônica da BOTTEGA VENETA.
    

Outro sucesso foi a bolsa Pouch (com seu visual descomplicado e minimalista), que esgotou em tempo recorde. Tudo isso sem contar o grande hit do sapato de bico quadrado, cuja volta dessa tendência é creditada, e muito, a BOTTEGA VENETA. Por tudo isso, Daniel Lee transformou uma marca já icônica em uma sensação do streetstyle. Afinal, os sapatos acolchoados, com frente quadradas e até o trabalho com tecido que imita uma rede, surpreenderam o mundo da moda e alavancaram a posição da grife italiana como uma das mais luxuosas e desejadas do momento.
  

A BOTTEGA VENETA é reconhecida por seus três pilares: tradição, qualidade e o trabalho manual cuidadoso com o couro. E a cada coleção, a marca italiana, que não ostenta tendências, persiste produzindo peças com um couro impecável, cores elegantes e modelos discretos. Crescendo silenciosamente e com um perfil discreto, sem alardear seu logotipo, a marca foi adotada por celebridades como a apresentadora Oprah Winfrey, Jennifer Lopez, Sarah Jessica Parker e Scarlett Johansson, que apareceram em público utilizando seus exclusivos e sofisticados produtos. Nada mal para uma marca que tem aversão de mostrar seu logotipo.
  

Discrição para alcançar o sucesso 
Atualmente a BOTTEGA VENETA, que possui bolsas, cujos preços variam de US$ 1.500 a US$ 75.000, está sendo discretamente comparada à lendária Hermès (conheça essa história aqui) e aparece como a segunda maior força do conglomerado Kering, atrás somente da Gucci. O segredo? A BOTTEGA VENETA mostrou que tem o DNA do luxo e cresceu porque soube se posicionar. O famoso lema da marca italiana, “Quando suas próprias iniciais são suficientes”, expressa uma filosofia de individualidade e confiança que está no centro do compromisso da BOTTEGA VENETA no que se refere ao luxo e ao artesanato insuperáveis. Portanto, se você pensa em comprar uma bolsa de alguns milhares de euros somente para ganhar status entre seus amigos, a BOTTEGA VENETA não é a grife certa. Até agora a marca se manteve autêntica, evitando aderir à “logomania” do luxo e atraindo cada vez mais aquele consumidor atualizado e avesso às ostentações mais óbvias. No longo prazo, esta é uma estratégia que preserva a integridade da marca.
  

Além disso, ao longo do tempo resistiu às tentações de abaixar seus preços para atingir um mercado maior e se tornar uma marca mais convencional e de alta difusão. Ao invés disso, concentrou-se em coleções bem direcionadas, mantendo sua qualidade diferenciada tanto na manufatura quanto no atendimento ao cliente, sem oferecer brindes ou descontos. Outro ponto forte que faz a marca se manter no topo é o fato de todos os produtos terem como característica diferencial a manufatura artesanal. Um exemplo disso é a bolsa Cabat, com uma produção anual limitada a no máximo 500 peças, vendidas a €3.000, podendo a chegar a €75.000, dependendo do material utilizado (couro de avestruz, crocodilo ou até mesmo de iguana). E a novidade é que essa característica foi trazida também para as coleções de joias e para os objetos de decoração recentemente.
  

Luxo é, na sua concepção genuína, gerar diferenciação pelos símbolos que proporcionem a sensação de exclusividade e escassez. Ou seja: aquilo que é para poucos e sem conhecimento de muitos. E nos primeiros dias de 2021, a BOTTEGA VENETTA levou essa definição ao pé da letra. Isto porque, a marca causou alvoroço mundial ao deletar suas contas no Instagram - com 2,5 milhões de seguidores - e no Twitter, além de apagar todo conteúdo existente no Facebook mantendo apenas a foto de perfil. A atitude surpreendente em um mundo cada vez mais baseado na presença online, e por ir contra o comportamento da maioria das marcas - e dos conselhos de branding e marketing em geral -, a saída das redes sociais faz todo sentido para a BOTTEGA VENETA, que carrega em sua essência valores como discrição, exclusividade e a intimidade do processo artesanal. Além disso, a saída também combina com a posição pessoal do diretor criativo Daniel Lee, que nunca teve Instagram próprio e optou por um desfile de Verão 2021 presencial, mesmo com as limitações ocasionadas pela pandemia, por não acreditar em apresentações digitais. Apesar disso, a BOTTEGA VENETA segue em voga nas redes através de conteúdo gerado de maneira espontânea pelos milhares de devotos da estética de Lee e sua #newbottega. Seria essa decisão algo temporário ou aposta visionária? Só o futuro dirá.
   

A evolução visual 
A identidade visual da marca, que segue o conceito da discrição total, passou por pequenas alterações ao longo de sua história. O logotipo atual visto apenas em suas campanhas e nas fachadas das lojas adotou uma nova tipografia de letra, mais leve, sofisticada e como sempre discreta.
  

Dados corporativos 
● Origem: Itália 
● Fundação: 1966 
● Fundador: Michele Taddei e Renzo Zengiaro 
● Sede mundial: Milão, Itália 
● Proprietário da marca: Bottega Veneta S.R.L. 
● Capital aberto: Não (subsidiária do Kering S.A.) 
● CEO: Bartolomeo Rongone 
● Diretor criativo: Daniel Lee 
● Faturamento: €1.21 bilhões (2020) 
● Lucro: €172 milhões (2020) 
● Lojas: 279 
● Presença global: 80 países 
● Presença no Brasil: Sim 
● Funcionários: 3.830 
● Segmento: Moda de luxo 
● Principais produtos: Sapatos, bolsas, acessórios, perfumes e roupas 
● Concorrentes diretos: Hermès, Goyard, Longchamp, Prada, Bally, Chanel, Loewe e Louis Vuitton 
● Ícones: O couro trançado (Intrecciato)
● Slogan: When your own initials are enough. 
● Website: www.bottegaveneta.com 

A marca no mundo 
Os exclusivos produtos da BOTTEGA VENETA, que incluem bolsas, artigos de vestuário para homens e mulheres, calçados (scarpins, sapatos, sandálias e botas), malas, óculos, perfumes e joias sofisticadas, entre outros itens, são comercializados nas mais badaladas lojas de departamento do mundo e em suas 279 lojas próprias, localizadas em países como Japão, Itália, Estados Unidos, França, Espanha, Reino Unido, Alemanha, Suíça, China, Hong Kong, Kuwait e mais recentemente Brasil (onde possui 3 lojas). Com faturamento de €1.21 bilhões em 2020, os produtos em couro (bolsas, malas e carteiras) representam 74% das vendas, os sapatos 16% e as roupas 7%. Os maiores mercados da marca são: Ásia-Pacífico, Europa, América do Norte e Japão (onde existe o maior número de lojas da marca, são mais de 50). 

Você sabia? 
Longe das redes sociais desde janeiro de 2021, em abril a marca lançou a Issued, sua própria revista digital. 
Em 2008, a BOTTEGA VENETA ganhou o prêmio de marca mais luxuosa do mundo organizado pelo Luxury Institute. 
No ateliê da marca, instalado em uma vila histórica do século 18 próximo a Montebello Vicentino, trabalham mais de 150 hábeis artesões especialistas na confecção de artigos em couro. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, BusinessWeek, Exame e Isto é Dinheiro), sites de moda (Farfetch), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers). 

Última atualização em 2/11/2021

O MDM também está no Instagram. www.instagram.com/mdm_branding/


GRAND MARNIER


Ele é ideal para ser servido como aperitivo, adicionando ao gelo, tônica, suco ou como ingrediente para dar um toque especial em muitos drinques. É o casamento sutil do conhaque com a laranja. O tradicional e famoso GRAND MARNIER é um licor que se impôs no mercado como uma referência por sua autenticidade, qualidade e estilo, conquistando os paladares mais exigentes do mundo. 

A história 
Tudo começou com a instalação de uma pequena destilaria inaugurada no ano de 1827 em Neauphe-le-Château, uma pequena cidade nos arredores de Paris, por Jean-Baptiste Lapostolle para a produção de licores a base de frutas. Em 1876, sua neta, Julia, se casou com Louis-Alexandre Marnier, filho de um tradicional produtor de vinho da região de Sancerre, nascendo assim a família Marnier Lapostolle. E foi justamente Louis-Alexandre Marnier-Lapostolle, um grande conhecedor de conhaques, que percebendo o aumento de popularidade dos licores, fez experiências com diversos ingredientes, até criar no ano de 1880 um novo licor: uma mistura inovadora e delicada de conhaques perfeitos com um licor de essência destilada de laranjas tropicais (amargas e selvagens) do Haiti e claro “o segredo de Marnier Lapostolle”. Tudo lentamente envelhecido em barris de carvalho francês.
 

Naquela época, as laranjas eram itens de luxo, consumidas em ocasiões especiais, como por exemplo, as festas natalinas. Isto deu um toque especial ao novo licor, que inicialmente seria batizado de CURAÇAO MARNIER, mas depois que seu amigo, César Ritz, que viria a se tornar um famoso hoteleiro (fundador da rede de hotéis Ritz), experimentou sua criação, ficou tão encantado com o sabor e o aroma que sugeriu um novo nome: GRAND MARNIER. E justificou: “um grande nome para um grande licor”. O GRAND MARNIER rapidamente passou a ser consumido nos novos cafés e brasseries, e imediatamente se tornou um produto de sucesso.


Até a virada do século, o GRAND MARNIER conquistou vários prêmios, nacionais e internacionais, como por exemplo, em 1893 na Universal Expositions em Chicago e, em 1900, em Paris. Os prêmios renderam ao licor visibilidade e popularidade internacional. Nesta época o licor era divulgado pelo mundo através de nobres e patronos, estando presente nos ambientes mais requintados. Nos anos seguintes o GRAND MARNIER, até então consumido depois das refeições por seu efeito digestivo, começou a ser utilizado na culinária por grandes chefs de cozinha em virtude de sua versatilidade. Nesta época, o licor também era servido depois de toda refeição na rede de hotéis Ritz, de seu grande amigo César Ritz. Em 1912, o GRAND MARNIER já era presença constante dentro dos luxuosos transatlânticos, onde depois de saborosas e sofisticadas refeições, os passageiros podiam degustar o licor. Isto pode ser comprovado quando foi encontrada uma garrafa de GRAND MARNIER nos restos do naufrágio do Titanic. Em 1927, como comemoração do centenário da fundação da empresa, foi criado o CUVÉE du CENTENAIRE, uma perfeita combinação, ainda mais harmoniosa que o licor original, de exóticas laranjas e os melhores conhaques.


Na década de 1930, o licor passou a ser utilizado constantemente como ingrediente de drinques, contribuindo ainda mais para espalhar a autenticidade e a qualidade de GRAND MARNIER pelo mundo afora. Na década de 1970, a empresa diversificou seu portfólio com o lançamento do GRAND MARNIER CREAM, um produto da família dos licores cremosos, à base de conhaque e natas, com graduação alcoólica de 17º, que ficou no mercado apenas poucos anos. Em 1975, como objetivo atender a alta demanda pelo licor, a empresa inaugurou uma unidade de engarrafamento em Gaillon-Aubevoye, na região da Normandia. Hoje em dia, a destilaria encaminha por semana mais de 200.000 litros do licor para esta unidade, onde além de ser engarrafado, GRAND MARNIER recebe seu toque final: a famosa fita vermelha em sua garrafa. O CUVÉE du CENT CINQUANTENAIRE foi criado em 1977 pelo então presidente da empresa, Jacques Marnier-Lapostolle, em comemoração aos 150 anos da destilaria. Este excepcional licor ficou, durante muitos anos, restrito ao consumo da família e seu círculo de amigos, estando disponível hoje ao público em pequena quantidade limitada. O mais exclusivo licor da família GRAND MARNIER, possui uma garrafa decorada em estilo Art Nouveau por grandes artistas.


Na década de 1980, o licor se tornou extremamente popular nos Estados Unidos devido ao drinque Grand Margarita (30 ml de GRAND MARNIER, 30 ml de tequila Jose Cuervo Gold e 20 ml de suco de limão, servido em uma taça com bordas de sal e uma rodela de limão). Nos últimos anos a marca ampliou sua linha de produtos com o lançamento de novidades, algumas em edições limitadas, como por exemplo, em 2012 com o GRAND MARNIER NATURAL CHERRY, variação do famoso licor feito com uma combinação precisa de conhaque e exclusivamente a partir de uma variedade de cerejas da Turquia, conhecidas pelo seu sabor; ou em 2013 com o GRAND MARNIER RASPBERRY PEACH, uma mistura de framboesas europeias e raros pêssegos vermelhos de Ardeche, no sul da França, com a essência de laranja e o conhaque premium da marca. Em 2016, GRAND MARNIER foi adquirida pelo grupo italiano Camapri, ganhando assim uma enorme distribuição global.


Os licores 
A lenda de GRAND MARNIER nasce no coração da região de Cognac na França, mais precisamente no Château De Bourg-Charente (imagem abaixo), um lindo castelo que começou a ser construído em 1607 e onde envelhecem lentamente os conhaques raros. Depois as cascas de laranja são postas para macerar no álcool neutro antes de uma longa destilação que será objeto de todos os cuidados dos mestres destiladores. Essa preparação é em seguida misturada ao conhaque e ao xarope de açúcar, depois vertida em tonéis de carvalho para uma maturação longa onde, transformada em licor, ela poderá adquirir toda sua complexidade e seu aroma.


Atualmente o GRAND MARNIER apresenta-se em várias versões: 
GRAND MARNIER CORDON ROUGE: licor original, criado em 1880, é obtido a partir de conhaque, apresenta-se em uma cor laranja-escura e é colocado em barris pelo menos dezoito meses antes da sua comercialização. Com graduação alcoólica de 40º, seu buque é delicado, com aromas de frutas e flores. 
GRAND MARNIER CORDON JAUNE: incolor, obtido de aguardente vínica, muito semelhante a um triple-sec, é conhecido como “Yellow Ribbon” (em virtude da fita amarela que adorna a garrafa). Esta versão, mais doce e com menor graduação alcoólica, é comercializada somente em alguns países europeus e através das lojas de Duty Free em aeroportos. 
GRAND MARNIER CUVÉE DU CENTENAIRE: lançado em comemoração ao centenário da House of Grand Marnier, este excepcional licor é uma mistura balanceada entre essência de laranja e raros conhaques, envelhecidos 25 anos, originários de duas áreas de prestígio na região de Cognac: Petite e Grande Champagne. Uma garrafa custa em média US$ 150. 
GRAND MARNIER CUVÉE QUINTESSENCE: introduzido pela primeira vez em 2011, como edição limitada, é a expressão final da Casa de Marnier-Lapostolle. É uma mistura rara de conhaques vintage excepcionalmente antigos, provenientes exclusivamente de Grand Champagne e de reservas familiares antigas especiais em barris de carvalho francês. Esta mistura de conhaque rara é então combinada com uma destilação dupla exigente das laranjas exóticas selvagens após a maceração. Contém 82% de conhaque. 
GRAND MARNIER LOUIS ALEXANDRE: criado em homenagem à Louis-Alexandre Marnier-Lapostolle em 1977, esta receita foi inspirada em um ritual que ele particularmente gostava - adicionando uma gota extra de conhaque ao seu copo de licor GRAND MARNIER para dar um sabor mais intenso. Contém 82% de conhaque em sua composição. Custando em média US$ 250 a garrafa, é conhecido pelo tradicional slogan “Hard to find, impossible to pronounce, and prohibitively expensive” (algo como “Raro de se achar, impossível de se pronunciar, e proibitivamente caro”). 
GRAND MARNIER CUVÉE 1880: este licor foi criado para comemorar o ano em que GRAND MARNIER foi inventado. Lançado em 2013 é um licor distintivo feito exclusivamente de conhaques premium de Grand Champagne em combinação com exótica essência de laranja. Contém 91% de conhaque.


A garrafa 
A tradicional garrafa de GRAND MARNIER, com formato de alambique, brasão da família Marnier em cera vermelha, fita vermelha e rótulo escrito em letras góticas, quase não sofreu alterações desde que foi registrada como marca em 1892. Mas isso não significa que a garrafa não possa assumir um papel de uma poderosa ferramenta de marketing, ganhando através das edições limitadas, roupagens modernas e provocantes. E isto começou em 1927 quando Louis-Alexander resolveu convidar grandes artistas da época para decorar a mão algumas garrafas do tradicional licor (como a garrafa azul com detalhes dourados) com estilo Art Nouveau para comemorar o centenário da destilaria.


A tradição seria retomada somente em 2003 com o lançamento da garrafa PICTOGRAMA (decorada com pictogramas coloridos que simbolizavam as diferentes formas de apreciar o delicioso licor). O sucesso fez com que a marca lançasse uma garrafa de edição limitada por ano: 2004 (ROJO y PLATA - decorada com uma roupagem barroca que mesclava o clássico e o efêmero), 2005 (FRENCH TOUCH - envolta em um tecido que misturava o estilo retro ao moderno recriando o classicismo francês), 2006 (ESPÍRITU DE VERSALLES - que recriava o espírito de Versalhes), 2007 (LOUNGE - a garrafa ganhou uma capa de veludo vermelha com o rótulo em prateado), 2008 (COSY - envolta em uma estola de pele vermelha), 2009 (IRRESISTIBLE - com toda garrafa em vermelho brilhante), 2010 (RUBY - inspirada no período da criação da marca trazia a tradicional garrafa em preto envernizado com destaque para uma pedra vermelha lapidada que ocupava o espaço destinado ao brasão da família Marnier, e que remetia a um pingente de rubi), 2011 (RED RIBBON - toda branca envernizada e estampada com uma fita vermelha que circundava partes da garrafa de maneira não convencional e elegante), 2012 (PARIS - em preto com o horizonte de Paris em dourado), 2004 (garrafa decorada com o famoso “Marinière” listrado em azul e branco - o eterno clássico francês tornado popular por Coco Chanel em 1917) ou 2015 (GLOSSY - uma garrafa vermelha brilhante).


Podendo ser utilizado tanto na elaboração de drinques e sobremesas quanto degustado puro como digestivo ou com gelo, o GRAND MARNIER é a prova de que um grande clássico permanece inabalável mesmo com reinterpretações de suas garrafas.


A evolução visual 
A identidade visual da marca francesa pouco mudou em sua história. Recentemente foi adotada uma nova tipografia de letra, que manteve a tradicional imagem gótica.


Os slogans 
Live Grand. (2018) 
Live the Grand Life. (2003) 
It changes everything. (2001) 
Spiked with oranges from the French West Indies. (1999) 
Petits moments. Grand Marnier. (1984) 
There Are Still Places on Earth Where Grand Marnier Isn’t Offered After Dinner.


Dados corporativos 
● Origem: França 
● Lançamento: 1880 
● Criador: Louis-Alexandre Marnier-Lapostolle 
● Sede mundial: Paris, França 
● Proprietário da marca: Société des Produits Marnier-Lapostolle LLP 
● Capital aberto: Não (subsidiária da Davide Campari-Milano S.p.A.) 
● CEO: Fabio Di Fede 
● Faturamento: €160 milhões (estimado) 
● Lucro: Não divulgado 
● Presença global: 150 países 
● Presença no Brasil: Sim 
● Funcionários: 450 
● Segmento: Bebidas alcoólicas 
● Principais produtos: Licores 
● Concorrentes diretos: Cointreau, Bénédictine, Marie Brizard Grand Orange, 43 Licor e Drambuie 
● Ícones: A fita vermelha em sua garrafa 
● Slogan: Live Grand. 
● Website: www.grand-marnier.com 

A marca no mundo 
Hoje em dia o licor GRAND MARNIER, cuja empresa produtora é subsidiária do grupo Campari, é comercializado em mais de 150 países ao redor do mundo, vendendo uma garrafa a cada dois segundos. Os maiores mercados da marca são Estados Unidos, Canadá, França e Itália. Nos últimos 25 anos o GRAND MARNIER tem sido o licor mais exportado da França e líder em sua categoria. 

Você sabia? 
GRAND MARNIER tem em sua composição 51% de conhaque e 49% de licor de laranja. 
A essência cítrica de GRAND MARNIER provém da Citrus Bigaradia, uma laranja exótica originária do Caribe, onde a empresa mantém plantação própria. 
Um drinque famoso que leva o licor como ingrediente é GRAND SIDECAR (50 ml do licor, 20 ml de conhaque e 20 ml de suco de limão) 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Exame), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers). 

Última atualização em 10/8/2018

25.5.09

LINKEDIN


Se você é um dos milhares de desempregados em virtude da crise mundial, está descontente com seu emprego atual ou quer uma melhor oportunidade em sua carreira, provavelmente sua melhor opção seja o LinkedIn. A natureza humana é tal, que é sempre mais fácil conseguir um emprego com um conhecido do que com uma pessoa completamente estranha. É justamente por isso que a ferramenta de rede profissional LinkedIn tem o poder de expandir o universo de quem você conhece. O LinkedIn existe para ajudar as pessoas a aproveitar ao máximo sua rede de contatos profissionais. O principal objetivo é conectar profissionais de todo o mundo e ajudá-los a progredir em suas carreiras. 

A história 
A história começou quando Reid Hoffman (foto abaixo) e Konstantin Guericke, formados pela tradicional Universidade de Stanford, começaram a planejar sua própria rede de contatos profissionais online no final da década de 1990. No dia 28 de dezembro de 2002, juntamente com Allen Blue, Eric Ly e Jean-Luc Vaillant, eles fundaram oficialmente o LinkedIn na cidade de Mountain View na Califórnia. Rapidamente, no dia 5 de maio de 2003, a nova rede social foi colocada no ar. Diferentemente das inúmeras redes sociais disponíveis no mercado na época, como por exemplo, Orkut, MySpace e Facebook, o LinkedIn foi criado especialmente para relacionamentos profissionais - encontrar um emprego, descobrir malas diretas, entrar em contato com possíveis parceiros de negócios - e não apenas para fazer amigos ou compartilhar fotos, vídeos e músicas. O perfil criado pelos usuários do LinkedIn assemelhava-se a um currículo profissional. O foco estava no histórico acadêmico e profissional, e não na lista de passatempos e filmes preferidos. Para preencher a página do perfil, o usuário começaria criando registros separados para seus empregos atuais e anteriores - cargo, empregador, ramo de atividade, período e uma breve descrição das atividades realizadas. Inicialmente os cinco fundadores convidaram 350 pessoas de sua lista de contato profissional a participarem da nova rede social.


Discreta e voltada para profissionais que desejavam ampliar sua rede de contatos, a comunidade foi um sucesso desde o início e, no fim do primeiro mês de operação, já possuía mais de 4.500 usuários, que utilizavam a rede para trocar informações, conhecimentos, ideias, novidades e oportunidades de trabalho. Rapidamente o novo negócio despertou o interesse de grandes fundos de investimento como o Sequoia Capital, que no mês de outubro fez um aporte de US$ 4.7 milhões no promissor empreendimento. O novo negócio encerrou o ano com mais de 81.000 usuários, 14 funcionários e uma grande surpresa: mais da metade de seus usuários vinham de fora dos Estados Unidos. Em abril de 2004, antes de completar um ano de vida, o LinkedIn atingiu a marca de 1 milhão de usuários. Ainda neste ano a empresa recebeu novos investimentos da ordem de milhões de dólares, encerrando o período com mais de 1.6 milhões de usuários. Em 2005 a empresa introduziu novos serviços como o LinkedIn Jobs (que ajudava ao usuário utilizar sua rede de contatos para conseguir novas oportunidades de trabalho), além de lançar o sistema de assinatura pago de seus serviços. O LinkedIn atingiu rentabilidade em março de 2006.


Com mais de 15 milhões de usuários em outubro de 2007, o LinkedIn se tornou uma das redes sociais online que mais crescia no mundo. O movimento cresceu 323% de julho de 2006 a julho de 2007, tornando o LinkedIn o principal lugar online de destino dos relacionamentos profissionais. Neste ano muitas novidade foram introduzidas como o Blog corporativo, a possibilidade de inserir fotografia no perfil, o LinkedIn Answers (permite que usuários da rede troquem informações sobre assuntos de seu interesse, sendo uma boa forma de se manter em dia com os assuntos de uma determinada área profissional) e a loja online da marca. No ano seguinte, com a explosão do número de usuários, que atingiu mais de 33 milhões, o LinkedIn lançou novos produtos como o serviço para dispositivos móveis (LinkedIn Mobile), ferramentas especialmente voltadas para recrutadores, a versão em espanhol do site, novos aplicativos, além de inaugurar seu primeiro escritório internacional na cidade de Londres. No início de 2011, após atingir a marca de 100 milhões de usuários, o Linkedin criou uma página na internet para reproduzir histórias de sucesso para que seus membros contem como a rede social os ajudou com novos contatos no mundo dos negócios. Pouco depois o LinkedIn foi lançado no Brasil com sua versão em português.


No dia 19 de maio de 2011, a empresa abriu seu capital na Bolsa de Valores, sendo a mais bem-sucedida de uma empresa de internet dos Estados Unidos desde a do Google, em 2004. Pouco depois, em outubro de 2012, foi lançado o programa LinkedIn Influencers, que apresenta líderes globais que compartilham suas ideias profissionais com os usuários da plataforma. Atualmente são mais de 750 influenciadores (convidados) e apresenta líderes de uma variedade de segmentos de negócios, incluindo Sir Richard Branson, Martha Stewart e Bill Gates. Em meados de 2015 continuou adicionando serviços diferentes à sua plataforma para expandir a maneira como as pessoas a usam, como por exemplo, uma ferramenta de análise de publicação, que permite aos autores rastrearem melhor o tráfego que suas postagens recebem.


Tanto sucesso chamou a atenção da Microsoft, que comprou o LinkedIn no dia 13 de junho de 2016 por US$ 26.2 bilhões, a maior aquisição da história da empresa. Segundo a Microsoft, o ritmo de crescimento e a diversificação de produtos do LinkedIn foram essenciais para chamar a atenção da criadora do Windows. Com isso, uniu o maior serviço de nuvem profissional do mundo com a maior rede profissional do mundo. No dia 22 de setembro desse ano a empresa lançou mais um de seus serviços: LinkedIn Learning, uma ferramenta digital que oferece cursos para que os profissionais possam desenvolver e atualizar suas habilidades. Disponível em 5 idiomas, possui mais de 15 mil cursos globais e também formação em português, com mais de 100 cursos. Ao concluir um curso (que pode ser gratuito ou pago), o participante recebe um certificado, que também fica visível em seu perfil no LinkedIn. Em 2019, mais uma novidade: o botão de like (curtir) passou a ser acompanhado dos botões celebrate (celebração, semelhante a palmas), Love (amou), insightful (me deu boas ideias) e curious (curioso) para os usuários expressarem o que acharam da postagem. Isso significa que, agora, há maior diversidade de reações, favorecendo ao público interessado em maneiras mais expressivas para concordar ou não com as postagens. O LinkedIn tem como principal missão: conectar profissionais do mundo todo, tornando-os mais produtivos e bem-sucedidos. Para isso, a empresa busca criar oportunidades para os colaboradores dos mais diferentes setores.


O funcionamento 
O principal propósito do site é permitir que usuários registrados possam manter uma lista detalhada de contatos de pessoas que eles conheçam em empresas. As pessoas nessa lista são chamadas de conexões. Os usuários podem convidar qualquer um (seja um usuário LinkedIn ou não) para tornar-se uma conexão. Esta lista de conexões pode então ser usada de várias maneiras: 
● Uma rede de contatos acumulada, constituída de suas ligações diretas, de segundo grau, terceiro e assim por diante, facilita o conhecimento de alguém através de seus contatos mútuos. 
● Isso pode ser usado para encontrar trabalhos, pessoas, oportunidades recomendadas por qualquer um na sua rede de contatos, ou simplesmente compartilhar experiências profissionais, fortalecer a imagem e estar por dentro de tudo que acontece no mundo dos negócios. 
● Empregadores podem listar trabalhos e buscar por candidatos potenciais. 
● Todos os candidatos a emprego podem rever o perfil de contratação e descobrir qual dos seus contatos existentes poderia apresentá-lo aos empregadores.


O sucesso 
Longe do espírito voltado ao lazer, comum nos serviços de relacionamento e comunidades, o LinkedIn permite criar uma rede de contatos profissionais, facilitando a busca de referências e indicações para empregos. O serviço também é útil para manter contato com ex-colegas de faculdade e de trabalho, além de trazer recursos úteis, como avisos por email de mudanças de dados dos contatos e uma barra para o Outlook, que facilita a elaboração de mensagens para membros do LinkedIn. A grave crise mundial que assolou o mundo transformou o LinkedIn na mais recente sensação do mundo virtual. De meados de 2008 para cá, a comunidade registrou quase dois novos usuários por segundo. Voltada exclusivamente para networking profissional, a rede virou alvo de milhões de executivos desempregados. O repentino interesse é facilmente explicado: o site é uma das principais ferramentas de empresas headhunters do mundo inteiro. Frequentada por CEOs das maiores empresas do mundo, como Jerry Yang, fundador do Yahoo, e Larry Ellison, CEO da Oracle, a rede ganhou grande visibilidade no meio empresarial.


Enquanto os novos usuários entram em busca de empregos, os altos executivos a utilizam como fonte de informações. Mas o LinkedIn realmente ganha dinheiro com quatro divisões de negócios: 
Talent Solutions, através da qual recrutadores e corporações pagam por páginas de marcas e listagens de carreiras, anúncios de emprego direcionados por pagamento por clique e acesso ao banco de dados de usuários e currículos do LinkedIn. 
Marketing Solutions, ferramenta onde os anunciantes pagam por anúncios segmentados por clique. 
Assinaturas Premium, através das quais os usuários podem pagar por serviços avançados, como LinkedIn Business, LinkedIn Talent (para recrutadores), LinkedIn JobSeeker e LinkedIn Sales para profissões de vendas. 
Learning Solutions, onde usuários podem aprender várias habilidades relacionadas à sua função profissional ou objetivos pessoais de aprendizado com cursos online.


A evolução visual 
A identidade visual da marca passou por pequenas remodelações ao longo dos anos. A primeira renovação da identidade visual aconteceu em 2011 e passou quase imperceptível: uma pequena alteração na tipografia de letra. Em 2019 a marca atualizou seu logotipo adotando somente a cor azul (em tonalidade levemente mais clara que a anterior).


Os slogans 
Connect to opportunity. 
Connecting the world’s professionals to make them more productive and successful. 
Relationships Matter.


Dados corporativos 
● Origem: Estados Unidos 
● Lançamento: 5 de maio de 2003 
● Criador: Reid Hoffman, Allen Blue, Jean-Luc Vaillant, Konstantin Guericke e Eric Ly 
● Sede mundial: Sunnyvale, Califórnia, Estados Unidos 
● Proprietário da marca: LinkedIn Corporation 
● Capital aberto: Não (subsidiária da Microsoft Corporation
● Chairman: Reid Hoffman 
● CEO: Jeff Weiner 
● Faturamento: US$ 5.3 bilhões (2019) 
● Lucro: Não divulgado
● Valor da marca: US$ 4.836 bilhões (2019)  
● Usuários: 660 milhões 
● Acessos: 58º site mais visitado da internet 
● Presença global: 200 países 
● Presença no Brasil: Sim 
● Funcionários: 15.000 
● Segmento: Tecnologia e comunicação 
● Principais produtos: Rede social para contatos profissionais 
● Concorrentes diretos: Xing, Career Builder, Indeed, ZipRecruiter, Viadeo, AngelList e Monster 
● Slogan: Connect to opportunity. 
● Website: br.linkedin.com 

O valor 
Segundo a consultoria britânica Interbrand, somente a marca LinkedIn está avaliada em US$ 4.836 bilhões, ocupando a posição de número 98 no ranking das marcas mais valiosas do mundo de 2019.

A marca no mundo 
Atualmente o LinkedIn, disponível em aproximadamente 25 idiomas como inglês, português, francês, italiano, espanhol, alemão e mandarim, possui mais de 660 milhões de usuários (dos quais 25% são americanos) em 200 países e territórios do mundo. Os países com maior número de usuários são Estados Unidos, Índia, China, Brasil (com mais de 35 milhões de usuários) e Reino Unido. Estão listados no LinkedIn mais de 11 milhões de empregos. O LinkedIn, que emprega mais de 15 mil pessoas, é uma empresa com um modelo de negócios diversificado, onde a receita provém de assinaturas, vendas de publicidade e de soluções de recrutamento. Os principais executivos e grandes empresas hoje possuem um perfil no LinkedIn. Atualmente mais de 30 milhões de empresas possuíam perfis na rede social. Com sede na cidade californiana de Sunnyvale, o LinkedIn conta com 33 filiais espalhadas por cidades como San Francisco, Chicago, Nova York, Washington, Omaha (Nebraska), Amsterdã, Dublin, Londres, Paris, Madri, Sydney, São Paulo, Toronto, e Mumbai. 

Você sabia? 
Atualmente, o LinkedIn conta com aproximadamente 50 milhões de usuários estudantes ou recém-formados (considerado pessoas que se formaram por uma universidade nos últimos cinco anos) em todo o mundo. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Exame), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers). 

Última atualização em 24/11/2019

22.5.09

SMARTBOX

Quantas vezes você já ficou queimando neurônio pensado que presente oferecer a um familiar ou amigo? Nos dias de hoje, o gesto de oferecer ou receber um presente virou um hábito comum. Imagine presentear alguém com uma pequena caixinha que contem um guia, com diversos passeios ou atividades de lazer (como rafting num rio, vôo acrobático num planador, massagem num elegante spa ou ainda uma noite em um hotel de luxo) e um cupom, que dá direito a uma das atividades contidas no guia. Dessa maneira, o presenteado só precisa escolher a sua atividade preferida, ligar agendando e “pagar” com o cupom. Essa é a idéia central da SMARTBOX, especialista em criar viagens, atividades de lazer e presentes cada vez mais interessantes.
-
A história
Tudo começou em novembro de 2000, quando os belgas Bruno Spaas e Marc Verhagen fundaram a empresa Weekendesk, que inicialmente comercializava reservas on-line de fins de semana temáticos. No ano seguinte, os jovens resolveram inovar e introduziram o vale-presente turístico sob a marca Bongo, oferecendo duas opções de temas: bem-estar e aventura. A idéia surgiu de uma constatação: o segmento de vales-presente era pouco inovador e não dispunha de opções de lazer, atividade que crescia muito na época. A inovadora idéia foi rapidamente expandida também para a Holanda, disponibilizando no mercado vales-presente em 44 temas como aventura, relaxamento, gastronomia, entre outros. Porém, foi o francês Pierre Edouard Stérin o grande responsável pela difusão do conceito. Depois de uma viagem à Bélgica, ele adquiriu a licença do conceito e o lançou na França, em abril de 2003, com o nome de SMARTBOX, divulgando o novo produto como uma maneira divertida de dar um presente diferente.
-
-
A novidade no mercado francês, um vale-presente diferente (neste caso caixa-presente), que criava uma versão muito mais sofisticada de dar presente, rapidamente foi aceita pelos franceses. O novo produto, batizado de SMARTBOX (em tradução livre significa “Caixa Divertida”), era uma opção criada com o objetivo de possibilitar que as pessoas fossem presenteadas com experiências e não com produtos. Uniu a isso embalagens coloridas, preços variados e opções que se adaptavam ao gosto de cada um. A idéia criativa funcionava da seguinte forma:

1) Escolha: A pessoa escolhia e comprava a SMARTBOX imaginando o perfil do ganhador e optando por uma das categorias disponíveis, através do site da empresa ou pontos de venda pré-determinados e presenteava a quem quisesse surpreender. O presenteado escolheria entre as opções apresentadas no guia incluído na caixinha.
2) Reserva: O presenteado agendava uma data diretamente com o parceiro.
3) Pagamento: O presenteado usava o vale-presente incluso na caixa como forma de pagamento no dia agendado. O vale-presente não apresentava valor nominal.
-
-
Com uma extensa rede de parceiros, a SMARTBOX conseguia unir bons hotéis, pousadas, spas, empresas e os mais variados serviços no segmento de turismo de experiência para dar a opção de escolha a quem recebesse o presente. Inicialmente o produto era vendido através da Internet e em grandes varejistas. Mas convencer esses grandes varejistas, que hoje representam 60% das vendas do produto em território francês, a vender os SMARTBOX não foi tarefa fácil. Com sucesso quase imediato na França, pouco depois as divertidas SMARTBOX já estavam disponíveis em outros países europeus. O enorme sucesso da SMARTBOX foi reconhecido em setembro de 2004 quando a empresa foi premiada com o Oscar de Inovação. A empresa continuou buscando novas maneiras de aproximar pessoas por meio de experiências inesquecíveis. Atualmente, existem na França 82 temas diferentes de SMARTBOX, que vão desde um curso de culinária, passando por aventuras radicais, até uma estadia aconchegante em hotéis de luxo e cursos de degustação.
-
-
Em 2007, a empresa vendeu mais de 2 milhões de caixas-presente, comprovando assim o total sucesso da idéia. Foi neste mesmo ano que a empresa assumiu um novo nome: SMART&Co (antes era conhecida como Weekendesk France). E foi além ao comprar a empresa Weekendesk da Bélgica, criadora do conceito.
-
-
Recentemente, no final de 2008, o conceito SMARTBOX foi lançado no Brasil, primeiro país da América Latina a ter sua linha própria do produto. O kit desenvolvido especialmente para ser usado como vale-presente, permite que você escolha entre uma seleção de 790 destinos ou atividades dentro de um determinado tema:
Aventura (170 atividades sugeridas, tais como praticar o bóia-cross e a tirolesa aquática em Brotas, fazer um rappel na Serra do Cipó em Minas Gerais ou surfar e passear de caiaque em Ipojuca no Rio Grande do Norte).
Sem Limite (170 sugestões, tais como vôo duplo de parapente em Atibaia, kitesurf em Jericoacoara no Ceará, mergulho a reboque em Fernando de Noronha, wakeboard em Brasília e muito mais).
Hotéis de Charme (70 opções de estadias e serviços em hotéis aconchegantes e charmosos como o Nacional Inn Village em Ribeirão preto ou a romântica pousada Bico Verde em Juquehy no litoral norte paulista).
Escapada Gourmet (60 opções de estadias em hotéis e pousadas perto do mar, rios, lagos, campos e cidades encantadoras, onde é possível experimentar sabores, temperos, gostos e cheiros deliciosos em refeições)
Sonhos & Delícias (60 opções de estadias em hotéis e pousadas diferenciados, onde é possível se deliciar com verdadeiros banquetes)
Escapada Pitoresca (60 opções de estadias e serviços como a da Pousada São Roque - que fica em Três Barras no estado de São Paulo, aos pés da Serra da Mantiqueira; ou a Pousada Bucaneiros, localizada na praia do Arraial d’Ajuda, em Porto Seguro na Bahia)
Zen & Spa (200 programas de bem-estar como o Buddha Spa com atmosfera japonesa em São Paulo, a terapia de cura Xamanismo oferecida no Spa Chapada Diamantina na Bahia ou ainda a uma passagem pelo Shambhala Asian Day Spa, que fica em Paraty).
-
-
Os preços no Brasil variam de R$ 49,00 a R$ 599,00 e cada caixinha vem com um guia contendo e 60 a 200 destinos ou atividades a serem experimentados. O SMARTBOX pode ser encontrado em grandes redes de lojas como livraria Saraiva, Carrefour, Laselva e Fnac. Para o início das atividades no país, a empresa Smart & Co investiu cerca de R$ 1 milhão com foco em resultados ambiciosos: presença em mais de 800 pontos de venda até ao final de 2009, e uma estimativa de volume de negócios de R$ 12 milhões até ao final do mesmo período. O slogan utilizado para promover o novo produto é “Smartbox. O presente original”.
-
-
Dados corporativos
● Origem:
França
● Lançamento: 2003
● Criador:
Pierre-Edouard Stérin
● Sede mundial:
Levallois-Perret, França
● Proprietário da marca:
Smart&Co Group
● Capital aberto:
Não
● Chairman: Pierre-Edouard Stérin
● CEO & Presidente:
Axel Bernia
● Faturamento: €260 milhões (estimado)
● Lucro:
Não divulgado
● Pontos de venda:
+ 4.500
● Presença global:
17 países
● Presença no Brasil:
Sim
● Funcionários:
520
● Segmento: Turismo
● Principais produtos: Vale-presentes turísticos
● Slogan:
N°1 des coffrets cadeaux.
● Website:
www.smartbox.com
-
A marca no mundo
Os produtos SMARTBOX estão disponíveis em mais de 4.500 pontos de venda (lojas de varejo, livrarias, lojas de materiais esportivos, lojas de departamento) em países como França, Bélgica, Holanda, Espanha, Itália, Portugal, Grã-Bretanha, Irlanda, Suíça, Alemanha, Suécia e Dinamarca. As tradicionais caixinhas também podem ser encontradas nos Estados Unidos, Canadá, Japão e recentemente no Brasil. Atualmente, há versões para 17 países. Cada país tem várias opções de “cardápio” com diferentes preços. Em 2008, a SMARTBOX vendeu quase 2.5 milhões de unidades (60% no mercado francês).
-
Você sabia?
Desde o lançamento no mercado, foram vendidas mais de 5 milhões de SMARTBOX.
-
-
As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Time), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers).
-
Última atualização em 22/5/2009