6.7.13

CELINE


Grande sensação no segmento de luxo, a marca francesa CELINE apresenta acessórios e roupas, especialmente suas famosas bolsas, que são atemporais e conquistam amantes da moda por sua flexibilidade. Através de coleções chiques e minimalistas com um toque de contemporaneidade, a CELINE se tornou uma das marcas favoritas dos críticos e também das fashionistas e celebridades, como por exemplo, Alessandra Ambrósio, Miranda Kerr, Olivia Palermo, Rihanna e Gwyneth Paltrow.

A história 
Tudo começou na cidade de Paris em 1945 quando Céline Vipiana (imagem abaixo) com a ajuda de seu marido, Richard, resolveram fundar uma pequena grife, que a princípio fazia sapatos infantis sob medida. O casal abriu sua primeira loja na Rua Malte. Seu estilo era claro: luxuoso e clássico. Assim, depois de inaugurar mais três lojas na França em 1948 e calçar jovens famosos da época, incluindo o príncipe Albert e a Princesa Caroline de Mônaco, a marca ganhou popularidade entre a classe alta do período pós-guerra e conquistou uma sólida posição no segmento infantil com calçados de alta qualidade. O reconhecimento foi tão grande que o casal vislumbrou a possibilidade de fazer sucesso com suas criações em outros segmentos de mercado e mudar os rumos da marca.
    

E essa reviravolta começou a partir de 1959, quando a grife iniciou um processo de diversificação e passou então a criar e comercializar calçados femininos (especialmente os mocassins, que fizeram enorme sucesso). Além disso, lançou seu primeiro perfume (batizado de Vent Fou) em 1964; e uma linha de acessórios, composta por bolsas, luvas, chapéus e lenços (feitos em Florença para garantir a qualidade), em 1966. Mas seu grande passo em direção ao mundo da moda aconteceu em seguida, no ano de 1967, quando apresentou oficialmente sua primeira coleção de roupas femininas (prêt-à-porter), com linhas clássicas, estilos elegantes e atemporais. Nessa época as clientes da CELINE já eram senhoras de fino trato e da alta sociedade dos bairros mais tradicionais de Paris. O slogan da grife nessa época era “moda para todos”, apesar de seus preços não serem nada baratos e nem tão acessíveis.
  

Mesmo ainda pequena se comparada às grandes e tradicionais Maisons de moda, em 1969 a marca conseguiu um grande feito: estampou as páginas da revista Vogue (conheça essa história aqui) pela primeira vez. A partir desse momento, a CELINE saia definitivamente do anonimato e passava a conhecer e ser reconhecida no mundo da moda. Nos anos de 1970, época em que a marca conquistou as francesas com um estilo esportivo e chique, a CELINE passou a ter seus produtos vendidos dentro da loja de departamento Bloomingdale’s (saiba mais aqui), ingressando assim no enorme mercado americano. Em 1973, a marca introduziu o icônico monograma formado por duas letras C ligadas às correntes que cercam o Arco do Triunfo, que aparecia como um símbolo para os parisienses. A partir de então, este monograma foi utilizando como estampa em suas bolsas e se tornou um clássico da marca francesa. Outro acontecimento importante da década aconteceu em 1976, quando a CELINE iniciou a abertura de suas primeiras lojas próprias no exterior, localizadas em destinos luxuosos como Monte Carlo, Genebra, Hong Kong, Lausanne, Toronto e Beverly Hills.
   

Talvez uma frase de sua fundadora represente com fidelidade o que a grife representava nas décadas de 1970 e 1980: “As mulheres pegaram logo o espírito da coisa. Perceberam que a roupa da CELINE era prática e fácil de cuidar. A mulher que viaja preferia levar coisas leves na mala, e que permaneçam asseadas e impecáveis. Por exemplo, usar saia e blusa, combinação que eu tornei famosa, não estava na moda. Todo mundo preferia vestido”.
  

A marca, que sempre primou pela alta qualidade de seus produtos, começou a despertar a atenção de grandes empresários do setor de luxo. O que culminou com sua aquisição em 1987, por US$ 535 milhões, pelo empresário francês Bernard Arnault, passando a fazer parte do conglomerado de luxo LVMH (Moët Hennessy - Louis Vuitton) em 1996. Começava então uma nova fase para a marca CELINE. Em 1997, ano em que a marca lançou sua primeira coleção de relógios, Vipiana faleceu aos 84 anos, mas deixou um legado fantástico no mundo da moda. E foi a partir desse momento que a CELINE começou a ganhar maior relevância no segmento de luxo quando o estilista americano Michael Kors (conheça essa outra história aqui) assumiu o cargo de diretor criativo e lançou coleções aclamadas pela crítica que ajudaram a alçar a marca a outro patamar. A estética de roupas esportivas de Kors trouxe para CELINE um novo foco de acessibilidade no jet set com coleções de vestidos, conjuntos de caxemira, roupas de banho e alfaiataria colorida.
   

Depois de Kors, que deixou o cargo no ano de 2004, nomes como o italiano Roberto Menichetti e a croata Ivana Omazic (2006) também foram responsáveis pela criação das coleções, porém sem grande sucesso e comoção por parte dos críticos especializados. Mas nesse período, a marca expandiu seu portfólio de produtos e coleções com o lançamento de uma linha de óculos, em 2001, e uma segunda linha de roupas e acessórios, batizada de MISS CELINE (2005).
   

Foi então, que a partir de outubro de 2008, a estilista Phoebe Philo assumiu o comando criativo. E a estilista tinha credenciais para tal função: filha de ingleses, nascida em Paris e criada em Londres, ganhou sua primeira máquina de costura ainda na adolescência e foi colega de Stella McCartney, com quem trabalhou na Chloé (conheça a história dessa marca aqui), onde posteriormente assumiria o cargo de diretora criativa. Na apresentação de sua primeira coleção Primavera/Verão obteve críticas muito positivas. Em pouco tempo, a estilista transformou a CELINE em sonho de consumo principalmente por seus acessórios e it bags (um tipo de bolsa que rapidamente vira febre e torna-se um item desejado por muitos), que viraram mania entre fashionistas e descoladas. Minimalismo, casacos wrap, estampas asiáticas, referências a peças masculinas e formas geométricas em visuais inspirados na mulher que tem uma vida corrida, foram algumas das características mais fortes que Phoebe imprimiu a marca.
   

Ao comando criativo de Phoebe, a CELINE definitivamente explodiu no mercado de luxo. Os acessórios e as bolsas passaram a ser os mais desejados pelas consumidoras. Os materiais de alta tecnologia combinados as belas criações da estilista resultaram em peças “limpas”, sofisticadas e de alta qualidade. E por uma década, Phoebe reinventou a CELINE e influenciou a maneira como as mulheres se vestem, transformando a marca francesa em um ícone cult, adorada por consumidoras dispostas a pagar caro por suas peças.
   

No início de 2018, a marca anunciou como diretor artístico e criativo o francês Hedi Slimane, recém-saído de sua controversa passagem pela Saint Laurent (conheça essa história aqui). Dakota Johnson foi a primeira celebridade a usar a primeira coleção criada pelo estilista no tapete vermelho da estreia do filme Suspiria em Los Angeles. Nos anos seguintes o estilista criou lojas conceituais da marca em Paris, Tóquio, Xangai, Los Angeles, Madri, Milão e Londres. O estilista também ampliou a oferta da marca com o lançamento de moda masculina, moda surfe (incluindo prancha de surfe, jaquetas e acessórios como mochilas, chapéus e bolsas), alta costura, novas fragrâncias e até uma linha para animais de estimação (composta por bolsas de viagem, jogos, coleiras, trelas e potes em aço inox). Além disso, Slimane substituiu o estilo tradicional da CELINE por sua assinatura pessoal, impulsionada pela cultura jovem e indie rock.
   

Os ícones 
Grande parte do sucesso recente da marca CELINE se deve as suas cultuadas e caras bolsas. Consideradas por especialistas como atemporais e ideais para serem usadas em qualquer ocasião, a marca oferece modelos sofisticados, acabamentos impecáveis e detalhes perfeitos, que culminaram com a criação de um estilo contemporâneo, transformando suas bolsas em uma das favoritas das celebridades, do público e da crítica moderna.
   

Utilizando materiais como pele de novilho, pele de canguru, tecidos nobres e couro de altíssima qualidade, mais do que serem bonitas e seguirem tendências, as bolsas CELINE são feitas para durar, com toques clássicos que fazem com que elas sejam sonhos de consumo e também possam ser usadas por muitas temporadas. Entre os modelos de maior sucesso estão: CELINE BOOGIE (2002), que se tornou um clássico da grife; CELINE LUGGAGE TOTE (2010), oferecida em várias cores e tamanhos, ideal pra carregar documentos, tranqueiras e todos os mimos femininos; CELINE TRAPEZE, famosa por suas linhas limpas, elegantes e abas laterais, que trazem dimensionalidade para o modelo; CELINE CLASSIC BOX (2011), uma bolsa clássica, feminina e atemporal, em cores fortes e ao preço médio de US$ 3.400; e CELINE BELT (2015), descrita como uma obra-prima minimalista e cuja parte mais distinta é o detalhe do cinto amarrado que decora a aba (daí o nome “bolsa de cintura”).
  

A evolução visual 
A identidade visual da marca já passou por várias modificações ao longo dos anos. O primeiro logotipo da CELINE, quando ainda fabricava calçados infantis, era representado por um elefante vermelho e foi criado pelo artista Raymond Peynet. A primeira remodelação mais impactante aconteceu em 1947, quando foi adotado apenas o nome da marca em preto. Mas em 1973 foi criada uma nova identidade visual, que apresentou nova tipografia de letra e o ícone de um homem conduzindo uma espécie de charrete. Nos anos seguintes a identidade visual foi sendo sofisticada, chegou a perder o acento no nome em 1990, mas no ano de 2012 voltou a sua escrita original e ganhou letras mais cheias. O atual logotipo da marca foi adotado em 2018 e apresentou modificações: o nome perdeu novamente o acento e o espaçamento entre as letras foi bastante diminuído.
   

Dados corporativos 
● Origem: França 
● Fundação: 1945 
● Fundador: Céline e Richard Vipiana 
● Sede mundial: Paris, França 
● Proprietário da marca: LVMH Moët Hennessy - Louis Vuitton S.A. 
● Capital aberto: Não 
● CEO: Séverine Merle 
● Diretor criativo: Hedi Slimane 
● Faturamento: US$ 1.5 bilhões (estimado) 
● Lucro: Não divulgado 
● Lojas: 178 
● Presença global: 80 países 
● Presença no Brasil: Sim 
● Funcionários: 2.500 
● Segmento: Moda de luxo 
● Principais produtos: Bolsas, sapatos, roupas e perfumes 
● Ícones: As bolsas 
● Website: www.celine.com 

A marca no mundo 
Atualmente a CELINE, que pertence ao conglomerado de luxo LVMH Moët Hennessy - Louis Vuitton, fatura estimados US$ 1.5 bilhões por ano e comercializa seus luxuosos produtos (entre roupas, bolsas, calçados, perfumes e acessórios) através de uma exclusiva rede de aproximadamente 180 lojas (incluindo pontos de venda nas mais sofisticadas lojas de departamento do mundo). Seus produtos são vendidos em mais de 80 países ao redor do mundo, com forte presença na Ásia (especialmente Japão e China) e Oriente Médio. A marca é presença assídua na Semana de Moda de Paris, conquistando cada vez mais consumidoras que apreciam qualidade e inovação em forma de luxuosos produtos. 

Você sabia? 
A CELINE tem uma imensa tradição no uso do couro. O material é recorrente nas coleções em função do histórico da marca na fabricação de artefatos do material. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, Elle, Vogue e BusinessWeek), sites de moda (PureTrend), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand) e Wikipedia (informações devidamente checadas). 

Última atualização em 2/7/2022 

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