A filosofia de seus clientes é a mesma que carrega o sobrenome mais famoso do mercado financeiro brasileiro: investir com segurança e cuidar do futuro. O Banco Safra cuida do patrimônio de seus clientes com a mesma diligência que cuida do seu. Está presente em todas as etapas da construção e consolidação do patrimônio, oferecendo uma assessoria especializada e os melhores investimentos do mercado. Tudo com uma “Tradição secular de segurança”, como seu famoso slogan afirma.
A história
Para conhecer a história do Banco Safra é preciso saber as origens deste sobrenome famoso no mundo financeiro. Desde o século XIX, o clã Safra é formado por banqueiros, todos judeus halabim, uma das mais renomadas classes mercantis do Oriente Médio formada por comerciantes e empresários de vários segmentos. Os primeiros membros da família Safra trocavam moeda e metais preciosos, além de conceder crédito para comerciantes na cidade de Alepo (norte da Síria), na época um grande entreposto comercial. Rapidamente a Safra Frères et Cie, uma casa bancária fundada em 1800, ficou reconhecida em toda a região. A reputação como um grupo formado por habilidosos financistas levou a família a abrir filiais em outras cidades do Oriente Médio. Mas o primeiro banco da família, Banco Jacob E. Safra foi aberto na cidade de Beirute, no Líbano, por Jacob Elie Safra, somente na década de 1920. Com isso ampliou as atividades da família no Oriente Médio, se tornando famoso por converter rapidamente os valores entre diversas moedas para seus clientes. Três de seus nove filhos, Edmond, Joseph e Moise, seguiriam a profissão do pai.
A criação do estado de Israel e o início dos conflitos do novo país com seus vizinhos fizeram com que o ambiente para judeus no Oriente Médio ficasse mais instável. Apesar de o Líbano ter permanecido razoavelmente seguro para judeus da região, Jacob Safra decidiu deixar o país. Em 1953 o Brasil vivia uma fase de crescimento econômico pós-guerra, com um governo estável, o que atraiu Jacob Safra e seu filho Edmond. Eles se instalaram em São Paulo, cidade que vivia um ambiente de crescimento e estabilidade política, além de abrigar uma grande colônia sírio-libanesa. Nessa época o sistema financeiro nacional ainda era rudimentar, tanto do ponto de vista das práticas quanto das normas. E talvez, justamente por isso, pouco depois, em 1955, eles iniciaram suas atividades no país como uma empresa de crédito ao consumidor, batizada de Safra S.A. Crédito Financiamento e Investimentos e com apenas sete funcionários. Jacob faleceu em São Paulo, no dia 27 de maio de 1963, e seus três filhos - Edmond, Joseph e Moise (os dois últimos recém-chegados ao Brasil) - assumiram os negócios e diversificariam suas áreas de atuação. Nesta época a instituição ainda não desfrutava de confiança em São Paulo. Foi então, que aproveitando a experiência de mais de um século como banqueiros, a família Safra trouxe ao Brasil técnicas já desenvolvidas em mercados financeiros mais desenvolvidos, mas ainda estranhas ao mercado nacional. Entre as inovações, trouxeram o uso da letra de câmbio como meio de financiamento para operações e davam rendimento ao dinheiro em suas contas, em um primórdio da conta remunerada.
Apesar da desconfiança inicial, a estabilidade e o conservadorismo do Banco Safra - oficialmente fundado em 1967 com o nome de Banco de Santos, após a aquisição do Banco Nacional Transatlântico - atraiu parte da riqueza paulistana. Neste mesmo ano foi fundada a Safra Financeira (hoje com mais de 800 mil clientes). Somente em 1972, com a aquisição de outras instituições financeiras, como por exemplo, o Banco das Indústrias, surgiu o Banco Safra S.A. Além disso, ampliou a sua atuação no mercado financeiro passando a oferecer produtos e serviços customizados às necessidades de seus clientes, abrangendo também soluções no mercado de capitais e dívida. Visando expandir seus negócios, em 1974 foi criada a Safra Asset Management, que contemplou a visão de futuro do grupo na gestão de investimentos. Nos anos seguintes o Banco Safra se tornou um porto seguro para o dinheiro de bilionários e milionários. Além de administrar grandes fortunas, a instituição também emprestava dinheiro para empresas de médio porte e atuava como banco de investimentos. Em 1987 foi criada a Safra Corretora para oferecer investimentos mais específicos em ações, tesouro direto, fundos imobiliários, entre outros.
Edmond, então casado com Lily Safra, ex-dona da rede de varejo Ponto Frio, foi vítima de um incêndio criminoso em dezembro de 1999 na luxuosa cobertura em que vivia em Mônaco. Seu enfermeiro particular foi condenado, após confessar ter ateado fogo no apartamento. Mas, até hoje, o episódio é alvo de rumores e terríveis ilações. A morte de Edmond acabou desencadeando uma disputa entre os outros dois irmãos pela divisão da herança da família. No auge do conturbado relacionamento com o irmão Moise, que por anos se recusou a vender sua participação na sociedade, Joseph lançou mão de um ardiloso expediente e assumiu um dos maiores riscos de sua vida. Em 2004 criou o Banco J. Safra e entregou a gestão aos filhos. A instituição passou a concorrer diretamente com o próprio Banco Safra, cooptando tradicionais clientes e executivos. Enquanto por um lado Joseph perdia dinheiro no Banco Safra e sangrava assim o patrimônio de Moise, ele ganhava do outro com o Banco J. Safra. Em 2006, após uma disputa societária Joseph Safra finalmente comprou a parte de seu irmão Moise, em uma transação estimada em US$ 2 bilhões.
O Banco Safra atravessou uma série de crises, sem nunca precisar de socorro dos governos. Em 2008, quando estourou a crise financeira global, o banco estava prestes a concretizar o processo de sucessão, passando o comando do negócio para os três filhos - Jacob, Alberto e David - na época ainda muito jovens. Joseph assumiu as rédeas novamente. Embora o Banco Safra estivesse em uma situação confortável, Joseph ficou apavorado, segundo relatos de funcionários à revista Época Negócios, que publicou uma longa uma reportagem sobre o banqueiro em 2013. “Todos depositam aqui porque sabem que podem confiar em mim. Imagina se um dia eles vêm sacar e eu não tenho dinheiro”, dizia o banqueiro. Ele só retomaria o processo de sucessão cinco anos depois. Mas antes de passar o bastão para os filhos, Joseph surpreendeu o mercado, ao comprar em 2012, o banco suíço Sarasin, por US$ 1.1 bilhões.
Nos últimos anos o Banco Safra começou a passar por mudança no modelo de negócios, que se aproximou mais do varejo e com produtos digitais, como por exemplo, o lançamento em 2017 da SafraPay, maquininha de processamento de operações com cartões (tarja, chip e NFC - contactless) para concorrer diretamente com grandes players do segmento. Além disso, o Banco Safra passou a oferecer linhas de crédito consignado e de financiamento de veículos, modalidades que definitivamente não são prioridades para bancos de alta renda. E continuou em 2019 com a introdução da carteira digital SafraWallet, que permite realizar pagamentos via QR Code e NFC, além de transferências e saques sem cobrar nada. Esses movimentos são radicais para um banco que construiu sua imagem ligada ao mercado corporativo e as grandes fortunas. Mesmo com essas mudanças, uma das mais recentes campanhas publicitárias do Banco Safra, lançada em 2019 e voltada ao segmento da pessoa física, deixa claro que sua vocação não mudou. Com a assinatura “Invista como um especialista. Invista Safra”, a campanha tinha também um viés institucional, que destacava a relevância da marca e a solidez da instituição.
O mais recente lançamento da empresa é o SafraInvest, marcando o ingresso da instituição no segmento de Agentes Autônomos de Investimentos. Os clientes do SafraInvest tem à sua disposição os mesmos produtos de investimento que os usuários do Banco Safra possuem. São permitidos a eles, além do acesso aos fundos exclusivos do banco, produtos de renda fixa, fundos imobiliários, ações e mais. Carregando mais de 200 anos de história, o Banco Safra continua a oferecer um portfólio completo de produtos e serviços, com soluções de investimentos, crédito e financiamentos. Sempre com segurança e solidez, entendendo a necessidade de cada cliente.
O gênio por trás da marca
Joseph Safra não somente é o homem mais rico do Brasil como o banqueiro mais rico do mundo, com um patrimônio avaliado em US$ 19.9 bilhões, segundo a revista Forbes de abril de 2020. Chamado por executivos do seu império como “Seu José” - forma de tratamento, inclusive, apreciada por ele - Joseph Safra nasceu na cidade de Beirute em 1938. Antes de desembarcar por aqui, Joseph viveu na Inglaterra, Estados Unidos (onde trabalhou no tradicional Bank of America) e Argentina. Pai de quatro filhos, Joseph só chegou ao Brasil em 1962, quando sua família já estava inserida no mercado financeiro nacional. Com a morte de seu pai ele assumiu junto com seus dois irmãos os negócios financeiros da família. E desde então construiu a imagem de solidez e sobriedade do tradicional Banco Safra. Sempre inteligente, na década de 1980, com a inflação galopante assolando o Brasil, Joseph aproveitou para lucrar em uma inusitada aplicação: a caderneta de poupança. O banqueiro notou que o mês de maio de 1988 teria cinco finais de semana e que nenhum outro investimento conservador bateria o rendimento da poupança naquele mês. Então depositou 21 bilhões de cruzados - aproximadamente US$ 125 milhões - em contas poupança do Banco Nacional de Crédito Cooperativo (BNCC) e da Caixa. Os bancos pagaram o rendimento combinado, mas trocaram as regras para restringir depósitos altos.
Entre os irmãos, Joseph sempre foi o mais conservador. E talvez o principal ativo do Banco Safra seja a imagem de solidez que o acompanha há décadas, a ponto de receber do mercado o epíteto “O banco dos banqueiros”. Hoje em dia, com história envolta por supostos mitos, Joseph Safra vive discretamente administrando seus bilhões em sua mansão de 11.000 m² no bairro paulistano do Morumbi e protegido por agentes que seriam treinados pelo serviço secreto israelense. Da vida pessoal do mais lendário dos banqueiros nacionais, pouco se sabe. Embora só se desloque pela capital paulista de helicóptero, Joseph não tem um estilo de vida extravagante. Nas raríssimas entrevistas, invariavelmente caracterizadas por declarações curtas e formais, sempre deixou claro que gosta de levar uma vida simples e tem outras paixões, como o gosto por livros caros e raros, que fazem deles um dos maiores colecionadores de obras do país. O sobrenome Safra é reconhecido no mundo da filantropia. Joseph é um dos principais doadores dos hospitais Albert Einstein e Sírio Libanês, além de apoiar associações beneficentes. Na cultura, por meio do Instituto J. Safra, ele adquiriu e doou esculturas de Auguste Rodin, Aristide Maillol e Camille Claude à Pinacoteca de São Paulo. Joseph também faz doações para escolas judaicas e sinagogas. E para o governo de Israel, ele adquiriu e doou o manuscrito original da Teoria da Relatividade de Albert Einstein, exposto em um museu de Jerusalém. E apesar do estilo discreto os últimos anos trouxeram danos à imagem de Joseph Safra. Apenas em 2015, o sobrenome Safra foi citado na Operação Zelotes (a justiça encerrou a ação penal por falta de provas) e na lista de clientes da empresa de consultoria do ex-ministro Antônio Palocci, que é alvo da operação Lava Jato.
A evolução visual
A identidade visual da marca passou por pequenas alterações ao longo dos anos. Em relação ao símbolo as principais mudanças foram a cor, que recentemente se tornou azul-escuro, assim como todo logotipo. Apesar de não alterar a tipografia de letra, o logotipo foi simplificado com a eliminação da palavra banco.
Dados corporativos
● Origem: Brasil
● Fundação: 1955
● Fundador: Jacob Safra
● Sede mundial: São Paulo, Brasil
● Proprietário da marca: Banco Safra S.A.
● Capital aberto: Não (subsidiária do J. Safra Group)
● CEO: Alberto Corsetti
● Faturamento: R$ 6.14 bilhões (2019)
● Lucro: R$ 2.21 bilhões (2019)
● Agências: 112
● Presença global: 25 países (através do Grupo J. Safra)
● Presença no Brasil: Sim
● Funcionários: 8.350
● Segmento: Financeiro
● Principais produtos: Banco de varejo, empréstimos, investimentos e meios de pagamento
● Concorrentes diretos: Bradesco, Itaú, Santander, Banco do Brasil, BTG Pactual, XP Investimentos, Cielo e Rede
● Slogan: Tradição secular de segurança.
● Website: www.safra.com.br
A marca no mundo
Atualmente o Banco Safra, 4ª maior instituição financeira privada do país considerando-se seus totais de ativos sob gestão (R$ 233 bilhões em maio de 2020), tem aproximadamente 2 milhões de clientes e atua como banco múltiplo oferecendo uma ampla linha de produtos e serviços financeiros customizados para empresas e pessoas físicas, através de uma rede de 112 agências localizadas nas principais cidades brasileiras. O Banco Safra é de propriedade integral do Grupo Safra, presente em 165 cidades de 25 países, que engloba o banco suíço J. Safra Sarasin (oferece serviços de investimento, finanças corporativas e análise financeira), o Safra National Bank of New York (um banco comercial de serviço completo, envolvido em operações bancárias internacionais) e a Chiquita Brands (empresa considerada a maior cultivadora e distribuidora de bananas do planeta) e propriedades imobiliárias nos Estados Unidos.
Você sabia?
● No Brasil o Banco Safra costuma ficar atrás somente do Itaú no quesito rentabilidade sobre o patrimônio líquido.
● A sede do banco é um dos ícones da Avenida Paulista: um edifício de 24 andares com uma imponente fachada revestida de granito marrom, localizada no número 2.100, na esquina com a Rua Augusta.
● Ao longo de quase sete décadas, a família Safra conseguiu construir a imagem de que seu banco é blindado a crises. Um conselho de Jacob, o fundador, acabou virando o lema do grupo: “Se você escolhe navegar os mares das finanças, construa um banco como construiria um barco, com a força para navegar em segurança em meio às maiores tormentas”.
As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Isto é Dinheiro, Época Negócios, Veja e Exame), jornais (Valor Econômico, Folha e Estadão), sites financeiros (InfoMoney e Seu Dinheiro), sites especializados em Marketing e Branding (Mundo do Marketing e Interbrand) e Wikipedia (informações devidamente checadas).
Última atualização em 19/5/2020
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