1.4.15

PANDORA


A missão da PANDORA é oferecer à milhões de mulheres um universo de joias únicas de alta qualidade produzidas à mão a preços acessíveis, permitindo-as expressar sua individualidade e história com estilo. Toda a mulher tem sua história para contar e justamente por isso a PANDORA reúne coleções especiais que representam esses momentos, permitindo assim que cada uma expresse quem realmente é. É por isso que a marca dinamarquesa, através de suas joias, faz questão de celebrar esses momentos e dizer que são inesquecíveis. 

A história 
Tudo começou no ano de 1982 quando o ourives Per Enevildsen (imagem abaixo), juntamente com sua esposa Winnie, inaugurou uma pequena joalheria nos arredores modestos de Nørrebrogade na cidade de Copenhague na Dinamarca. Desde o início, o casal viajava constantemente para a Tailândia em busca de joias diferenciadas para importação. Com o grande aumento da demanda por suas joias, a jovem empresa se tornou gradualmente atacadista no mercado dinamarquês. Em 1987, após enorme sucesso de vendas, a empresa resolveu contratar o primeiro designer, Lone Frandsen (que juntamente com Lisbeth Enø Larsen seriam responsáveis, anos depois, pela criação e design do produto de maior sucesso da marca, o bracelete e os berloques), e passou a criar refinadas peças com estilo único. Era uma clara mudança de foco.
   

Pouco depois, em 1989, a empresa inaugurou sua primeira fábrica, localizada na Tailândia, e cuja primeira peça fabricada foi um anel de prata. A história da empresa começaria a mudar de rumo no mês de fevereiro de 2000, quando a joalheria lançou no mercado o conceito Bracelete & Charms: uma pulseira e vários pingentes (inicialmente eram 14 opções, incluindo um morango de prata) que poderiam ser comprados separadamente de acordo com o gosto da cliente. A marca acertou em cheio ao apostar na personalização, que criou nas consumidoras uma espécie de identificação com a marca. Foi neste momento que a empresa necessitava de um nome para a marca de seu novo produto. O escolhido foi PANDORA, que na mitologia grega foi a primeira mulher criada pelos deuses Hefesto e Atena, a pedido de Zeus, para castigar os homens.
   

A ideia que as consumidoras montassem suas joias, aos poucos, como quem conta uma história, foi um verdadeiro sucesso e começou a se espalhar por outros países europeus. A peça revolucionou a história da empresa, tornando-a uma das favoritas das mulheres descoladas no mundo da moda. Produzido com pulseira de ouro, prata, couro ou algodão e berloques variados (são mais de 600 opções), o bracelete fez enorme sucesso por permitir a personalização individual e foi adotado até como joia de destaque por grandes estrelas de Hollywood, como por exemplo, a bela atriz Catherine Zeta-Jones. Hoje em dia é possível montar braceletes de R$ 500 até mais de R$ 6 mil, dependendo do material escolhido e da quantidade de pingentes utilizados.
  

Em 2002 a bela modelo Sara Rantzau se tornou o rosto da primeira campanha publicitária da marca. Com o grande sucesso de seu bracelete e um enorme aumento na demanda, nos anos seguintes, a empresa começou a expandir-se internacionalmente ingressando em mercados como Estados Unidos e Canadá em 2003, Alemanha e Austrália em 2004. Além disso, as joias produzidas pela PANDORA conquistaram reconhecimento pelos seus altos padrões de ourivesaria, qualidade e design moderno. Todas são feitas de ouro 14k ou 18k e prata, frequentemente combinados com pedras preciosas, como topázio, safiras, ametistas e diamantes. Em 2005 a empresa já vendia mais de cinco milhões de peças, número que dobraria no ano seguinte. Isto porque, nesse ano a empresa inaugurou sua primeira fábrica totalmente própria em Gemopolis, na Tailândia. E foi em 2005 que a marca lançou outro enorme sucesso: os pingentes de vidro Murano, que desde então já vendeu mais de 35 milhões de peças no mundo todo.
  

A partir de 2006, a empresa acelerou a inauguração de lojas conceito em grandes cidades de diversos países. A primeira unidade foi inaugurada na cidade de Hamburgo na Alemanha. Em 2007 ocorreu o lançamento dos brincos da linha COMPOSE, que já possuía anéis, onde é possível fazer várias combinações, usando-os separados ou juntos. Em 2008 lançou no mercado a LOVE PODS, uma linha que busca na natureza (estrelas, flores, folhas) a sua inspiração, desde a escolha dos materiais até o design, permitindo assim revelar cada personalidade, à medida que a consumidora combina, ao seu modo, as várias peças da coleção. No ano seguinte a marca inaugurou suas duas primeiras lojas em território brasileiro, ambas na cidade de São Paulo. Rapidamente conquistou as mulheres brasileiras com seus braceletes e pingentes, abrindo outras lojas nos anos seguintes.
   

Ainda em 2009, os produtos da marca passaram a serem vendidos durante os voos da companhia aérea British Airways (conheça essa outra história aqui). O sucesso foi tamanho, que hoje em dia, 25 companhias aéreas vendem os produtos da marca dinamarquesa em seus voos. Em 2010 a empresa ingressou em importantes mercados globais, como por exemplo, Rússia, Itália e China. Apesar desse enorme sucesso mundial, de vez em quando têm aparecido algumas pedras no caminho da empresa. Como por exemplo, em 2011, quando após uma fracassada investida no segmento da alta joalheria, a PANDORA contabilizou uma queda brusca em suas vendas. Em 2013 foi lançada a ESSENCE COLLECTION, uma coleção de braceletes e pingentes projetados para simbolizar valores particulares como a coragem, a paixão, a honestidade, a sabedoria, a esperança, entre muitos outros. Ainda nesse ano a marca inaugurou sua milésima loja conceito.
   

Em meados de 2014 a PANDORA firmou uma parceria com a Disney (conheça essa história aqui) para a criação de uma coleção de berloques inspirada em seus famosos personagens e parques temáticos (como os castelos, coroas e vestidos da Cinderela e da Bela Adormecida, além de Minnie e Mickey e símbolos dos parques). Além da nova coleção, a parceria incluiu também a abertura de lojas da joalheria nos complexos da Disney em Orlando e na Califórnia. Pouco depois a joalheria dinamarquesa resolveu apostar no luxo acessível e no lançamento de coleções de anéis e brincos com design moderno para ultrapassar em vendas a francesa Cartier (conheça essa história aqui). Por outro lado, a linha de relógios foi descontinuada. Com isso a PANDORA focou no que sabe fazer melhor, o design criativo de joias e com material de qualidade, como uma boa marca dinamarquesa.
   

Em 2016 a marca celebrou a inauguração de sua loja de número 2.000, além de lançar a linha ROSÉ, composta por berloques de uma mistura única de metais banhados a ouro rosa 14k com alguns modelos cravejados de micro-pedras. O ano de 2019 foi repleto de novidades. Primeiro ocorreu o lançamento da coleção Pandora Me, que com com peças emblemáticas que celebram o amor próprio, a amizade e vínculos especiais com aqueles que amamos, se mostrou popular entre a geração Y. A marca também anunciou e lançou a coleção mágica Harry Potter, dando início a uma nova parceria com a Warner Bros. (conheça essa história aqui). E por último, anunciou uma parceria com a UNICEF para arrecadar fundos através de coleções especiais para apoiar a educação e os direitos das crianças em diversas partes do mundo.
  

Em 2022 a empresa inovou ao lançar as primeiras peças da Diamonds by Pandora, sendo a primeira coleção de diamantes da história da marca - e ela era cultivada em laboratório. Ainda pouco conhecidos no mundo, os chamados “Lab-Grown Diamonds” estão ganhando cada vez mais espaço no universo da joalheria internacional como uma opção mais sustentável e ética. Isto porque os diamantes cultivados emitem 95% menos carbono do que os diamantes extraídos da natureza e custam um quarto a menos. As peças desta coleção são feitas com diamantes cultivados, lapidados e polidos com energia 100% renovável e incrustadas em joias feitas com prata ou ouro 100% reciclado. Atualmente os diamantes cultivados da PANDORA estão em cinco mercados, Reino Unido, Estados Unidos, Austrália, México e Brasil.
   

O segredo do sucesso 
O conceito Crie & Combine são a essência do universo da marca dinamarquesa. Esse conceito de personalização permite às mulheres criarem visuais e eternizarem momentos especiais de suas vidas. E tudo com seu estilo próprio. Clássica ou contemporânea há sempre uma joia perfeita para cada ocasião, basta liberar a criatividade. Afinal, seu “baú” está repleto de joias descoladas. Seus muitos pingentes de ouro e prata (desde um coração para demonstrar paixão, os signos do zodíaco, símbolos de boa sorte, o docinho favorito, um crucifixo até um carrinho de bebê para demonstrar o amor de mãe) montam brincos, colares e pulseiras com um toque pessoal e exclusivo. A ideia é abusar do Mix&Macth, ou seja, comprar a pulseira e adicionar os pingentes com o passar dos tempos.
   

A evolução visual 
A identidade visual da marca passou por remodelações ao longo dos anos. O logotipo ortogonal da marca - que continha a palavra “Jewelry” - durou pouco e foi substituído por uma nova identidade visual que apresentava uma coroa acima da letra O (enfatiza a ideia de que a marca oferece joias valiosas e dignas de pessoas reais), além de uma maior espaçamento entre as letras. Esse logotipo foi modernizado em 2019 e adotou uma nova tipografia de letra e um novo design para a coroa.
   

Os slogans 
Be Love. (2024) 
Loves, Unboxed. (2023) 
For every story. (2022) 
Celebrate every moment. (2021) 
Something about you. (2021) 
Do Get What You Wish For. (2017) 
Unique as we are. (2016) 
Unforgettable Moments. (2008)
  

Dados corporativos 
● Origem: Dinamarca 
● Fundação: 1982 
● Fundador: Per e Winnie Enevoldsen 
● Sede mundial: Copenhagen, Dinamarca 
● Proprietário da marca: Pandora A/S 
● Capital aberto: Sim (2010) 
● Chairman: Peter Ruzicka 
● CEO: Alexander Lacik 
● Faturamento: US$ 4.1 bilhões (2023) 
● Lucro: US$ 702.9 milhões (2023) 
● Valor de mercado: US$ 13 bilhões (outubro/2024) 
● Lojas: 2.651 
● Presença global: 140 países 
● Presença no Brasil: Sim 
● Funcionários: 33.000 
● Segmento: Joalherias 
● Principais produtos: Pulseiras, berloques, anéis, brincos e colares 
● Concorrentes diretos: Tiffany & Co., Cut + Clarity, Ringly, Awe, Danbury Mint, Foundrae, Chamilia, OHM Beads, Swarovski e Vivara 
● Ícones: O bracelete e os berloques 
● Slogan: Be Love. 

A marca no mundo 
Hoje em dia a PANDORA, maior marca de joias do mundo, comercializa seus produtos em 140 países em seis continentes através de aproximadamente 6.700 pontos-de-venda, incluindo mais de 2.650 lojas próprias (mais de 140 delas no Brasil, incluindo quiosques), além do comércio eletrônico, disponível em diversos países. Entre os principais mercados da marca figuram Estados Unidos, Reino Unido, Itália, Alemanha, França, Austrália e China. Com faturamento anual superior a US$ 4 bilhões, em 2023 a PANDORA vendeu 107 milhões de peças de joalharia, o que corresponde a três peças a cada segundo. A empresa emprega 33.000 funcionários, dos quais 13.200 mil trabalham em suas fábricas na Tailândia, produzindo mais de 100 milhões de peças anualmente. A empresa é responsável por 2% da prata consumida em todo o mundo. Braceletes e pingentes representam mais de 75% do faturamento anual da empresa. A Pandora é a primeira marca de joalharia do mundo em volume e a terceira em valor, depois de Cartier e Tiffany & Co. (conheça essa outra história aqui). 


Você sabia? 
A PANDORA desenha, fabrica, distribui e vende joias, operando e controlando um modelo de negócio vertical. 
O funcionamento e mecanismo (como o fecho de barril) do bracelete e dos pingentes PANDORA são patenteados em vários países ao redor do mundo. 
A marca oferece o PANDORA CLUB, um programa de relacionamento onde os membros tem acesso a dicas, peças exclusivas, edições limitadas, ofertas e muito mais. São mais de 7 milhões de membros no mundo inteiro. 
100% da prata e do ouro utilizados nas joias da marca se originou de fontes recicladas, reduzindo o custo ambiental e o impacto na natureza. 
As joias PANDORA são identificadas com a sigla ALE, que assegura a originalidade de sua joia e são uma homenagem a Algot Enevoldsen - pai do fundador da empresa. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, BusinessWeek, Exame, Época Negócios e Isto é Dinheiro), jornais (Valor Econômico), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers). 

Última atualização em 1/10/2024 

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