31.3.23

TAITTINGER


Champanhe é o rei absoluto quando se pensa em vinhos espumantes. Nesta seleta corte, encontra-se uma marca icônica: a Taittinger. Como o compromisso da prestigiada marca francesa sempre foi com a qualidade e a busca da excelência, com o propósito de oferecer ao cliente um champanhe único, a Taittinger se tornou um ícone no segmento. Reconhecida mundialmente por sua qualidade e sofisticação únicas, é uma das marcas de champanhe mais presentes em casamentos ao redor do mundo. 

A história 
Se existe uma coisa que a Taittinger tem, é uma história envolvente. Pierre-Charles Taittinger, o criador da marca, descobriu os vinhedos de champagne de Reims quando era um jovem oficial de cavalaria durante a Primeira Guerra Mundial. Em 1932, ele comprou o Château de La Marquetterie do produtor de champanhe Forest-Fourneaux. A vinícola era uma das mais importantes e contava com adegas de 18 metros de profundidade. Ela foi construída em 1734, pelos monges beneditinos, que também levantaram ali a abadia de Saint Nicaise. Na verdade, Charles conheceu a região vinícola enquanto lutava pelo exército francês. Após sofrer ferimentos em combate, ele foi transferido para o Château de la Marquetterie, propriedade de extrema importância para a produção de vinhos espumantes que estava sendo usada como posto de comando durante o conflito. Na época, ele prometera que, se sobrevivesse, compraria a propriedade para sua família. Além de adquirir as vinícolas e o Château de la Marquetterie, Pierre “herdou” o savoir-faire dos monges beneditinos.
   

A família Taittinger, porém, era comerciante de vinho há mais de 50 anos antes de entrar na produção de champanhe. O primeiro champanhe lançado por Tattinger se chamava Les Folies de la Marquetterie (produzido até hoje), um single-vineyard feito a partir do vinhedo do château, que foi plantado pelo monge beneditino Jean Oudart, colega de Dom Pérignon (conheça essa outra marca aqui). Nos anos seguintes, ele comprou centenas de hectares de vinhedos nas melhores áreas produtoras de Champagne, aproveitando o baixo preço das terras causado pela crise econômica de 1930.
   

François Taittinger, terceiro filho do fundador, homem com espírito visionário e audacioso, administrou a empresa a partir de 1945. Muito jovem - tinha apenas 20 anos quando assumiu a direção dos negócios - ele batizou a marca com o nome da família e lançou as bases do que se tornaria o grupo familiar Taittinger. Partiu dele também a ideia de ter a Chardonnay como variedade de uva dominante da marca, antecipando o que os consumidores do século 20 tanto apreciariam: um champanhe que reunisse atributos como requinte, leveza e elegância. Nascia ali o estilo Taittinger. A estratégia se mostrou acertada, pois, com essa bebida, a marca ganhou reputação mundial e começou a ser exportada para diversos países.
   

Em 1949, a marca Taittinger adotou o slogan “Sellers of happiness” (em português algo como “vendedores de felicidade”) ao divulgar seu notável champanhe, que começaria ser comercializado nos Estados Unidos em 1951. Devido à sua localização privilegiada - a marca ocupa um dos melhores hectares para o cultivo de uva - Taittinger se consagrou como sinônimo de qualidade e, em 1950, passou a fazer parte da União das Casas de Champagne. Esse sindicato inclui 76 dos melhores produtores da bebida.
   

Em 1952 surgiria a grande joia da coroa da marca francesa: Taittinger Comtes de Champagne, a cuvée prestige (nome dado ao melhor champanhe da casa, normalmente safrado). Essa grande estrela é uma das maiores referências de champanhe Blanc de Blancs, isto é, feito unicamente a partir das uvas Chardonnay. Para esta linha são utilizados apenas 5 vinhedos (em Avize, Chouilly, Cramant, Oger, Mesnil-sur-Oger), todos classificados como Grand Cru. Cerca de 5% do vinho base estagia por cinco meses em barris de carvalho e reforça a estrutura da Chardonnay. O Comtes de Champagne Blanc de Blancs e seu irmão na versão Rosé, são amadurecidos na sede da vinícola, a Abadia Saint-Nicaise, cujas caves, escavadas no solo calcário a 18 metros abaixo da superfície, criam condições ideias de temperatura e umidade para a lenta e gradual evolução desta cuvée especial da Taittinger. Desde seu lançamento em 1952 foram produzidas pouco mais de 35 safras de Taittinger Comtes de Champagne.
   

Após a morte de François Taittinger num trágico acidente de carro, em 1960, seu irmão mais novo, Claude, assumiu a empresa, transformando a Taittinger em uma casa de champanhe de renome mundial. Pierre Taittinger e dois de seus filhos, François e Claude, se revezaram no comando da empresa até 2005, quando a vinícola foi comprada pelo grupo de hotelaria Starwood Hotel. Porém, a nova gestão durou apenas um ano, quando Pierre-Emmanuel Taittinger, sobrinho de François Taittinger, capitaneou o fundo familiar, com o apoio financeiro do banco Nord Est Crédit Agricole, e recomprou a vinícola no dia 31 de maio de 2006, em uma operação que, especula-se, superou €600 milhões e também incluiu o Domaine Carneros, conhecido produtor de espumantes na Califórnia que Claude Taittinger havia inaugurado no ano de 1987.
   

Em 2016, a marca lançou mais uma edição da Taittinger Collection: champanhe em edição limitada assinada pelo renomado fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado. Essa coleção, criada por Claude Taittinger em 1983, tinha como objetivo estabelecer fortes laços com vários artistas da arte contemporânea de renome mundial, para mostrar seus talentos através das garrafas de seus champanhes Grands Crus Vintage. A primeira versão dessa série, lançada em 1983, trouxe o pintor e escultor húngaro, radicado na França, Victor Vasarely, considerado o pai da “OP ART”. Desde então, desfilaram suas artes pelas garrafas do champanhe Taittinger artistas como o surrealista francês André Masson e o artista pop americano Robert Rauschenberg. O conceito de unir a arte aos lançamentos produtos provou ser um sucesso o que fez a marca francesa manter o conceito para comemorar suas safras especiais.
   

Uma das maiores e mais distintas marcas de champanhe do mundo, a Taittinger, é uma das poucas casas de champanhe da França que há quase um século continua nas mãos da mesma família. Dona de clássicos, como o cuvée Comtes de Champagne, que fazem parte da wish list dos amantes da bebida, a Taittinger é uma das joias da cidade de Reims. Vale ressaltar, que a BestChampagne, publicação especializada, destaca que a Taittinger prolonga o período de envelhecimento de seus champanhes além do tempo mínimo legal - três a quatro anos para o Brut Réserve e quase dez para o cuvée Comtes de Champagne. Esse processo apurado garante mais qualidade e estilo à bebida, tornando a especial.
  

A qualidade indiscutível 
O vinhedo da família Taittinger atualmente cobre uma área de 288 hectares, o terceiro maior da região de Champagne, o que faz dela também a terceira maior Maison de champanhes do mundo. No vinhedo, 37% da área plantada são videiras de Chardonnay, 48% de Pinot Noir e 15% de Pinot Meunier, que se destacam entre as melhores uvas da denominação de Champagne. As videiras são cultivadas com as mais modernas técnicas agrícolas e também métodos de cultivo orgânico. Aproximadamente 45% das uvas utilizadas no processo de produção do champanhe são de videiras próprias, o que é importante para manter o rigoroso controle de qualidade da bebida. Os champanhes amadurecem em caves a 18 metros de profundidade, incrustadas na terra calcária, o que traz singularidade ao sabor dos champanhes Taittinger. Os excepcionais Comtes de Champagne Blanc de Blancs e Comtes de Champagne Rosé (o mais raro da marca) são armazenados em túneis de quatro quilômetros de comprimento e 18 quilômetros de profundidade. Originalmente erguida por romanos, essa construção cria as condições perfeitas para que o champanhe possa maturar por décadas e adquirir seu sabor inigualável. Apenas cinco marcas no mundo inteiro utilizam essa técnica.
  

Tradicional e mundialmente conhecida, a marca Taittinger se apresenta no mercado nas versões Brut Réserve, Brut Milésimé, Prestige Rosé (que tem o toque das frutas vermelhas), Demi-Sec, Nocturne (que passou por período de maturação nas caves), Prélude Grands Crus e Comtes de Champagne - Blanc de Blancs e Rosé (este último feito de uma mistura de 70% Pinot Noir e 30% Chardonnay, que oferece bolhas extraordinariamente delicadas e uma mousse fina). A marca tem grande presença de uvas Chardonnay em seus champanhes. Até mesmo sua cuvée de entrada, a Brut Réserve, leva 40% de Chardonnay (mínimo de três anos de repouso nas caves antes de ir ao mercado), proporção incomum na categoria e que reforça o sentido de elegância da Taittinger. Essa diferença torna o champanhe Tattinger fácil de beber, surpreende no paladar e é perfeito para casamentos, em que há diferentes idades e gostos.
  

O marketing 
A estratégia de marketing da marca francesa constantemente busca novas e prestigiadas parcerias em todo o mundo. Escolhida pela Federação Internacional de Futebol (FIFA) como a marca de champanhe oficial da Copa do Mundo desde 2014, a Taittinger levou sua tradição e elegância para o campeonato mundial que aconteceu no Qatar em 2022. Para esta edição, a Taittinger reuniu a emoção e magia que o champanhe e o futebol compartilham em uma garrafa vestida em tons dourado e bege. A criação do rótulo foi inspirada nas cores que cercam o emirado, bem como às tonalidades do troféu da Copa do Mundo, e na ondulação das dunas do Qatar, que se assemelham aos fios sinuosos das borbulhas de champanhe.
  

Outra importante estratégia de marketing da marca francesa foi associar seu champanhe a James Bond, o espião inglês que se tornou um ícone da literatura e do cinema mundial, cujos gostos são conhecidos (e imitados) mundo a fora. E como amante do bom gosto, James Bond não poderia deixar de ser mais um fã dos champanhes Taittinger, sendo seu favorito nos livros de Ian Fleming. Já no cinema, a marca francesa foi mencionada pela primeira vez no filme Da Rússia com Amor (1963). Essa exposição e endosso foram de suma importância para alçar a Taittinger mundialmente como um produto sofisticado e de luxo.
   

A evolução visual 
O logotipo da Taittinger é mais sobre evolução do que revolução. Reflete os valores da marca de qualidade, sofisticação e requinte. Como todos os líderes da indústria de champanhe, Taittinger tem um logotipo clássico, refletindo elegância atemporal. O logotipo da Taittinger tem um emblema semelhante a um brasão. O símbolo consiste na expressão “Sigill Theubaldi Comitis Campanie et Brie Palatini” (algo como “Selo de Thibaut Conde de Campanie, Brie e Palatin”) em fonte estilizada usada como selo em dois círculos concêntricos com um cavaleiro de armadura no centro em um cavalo com uma bandeira cruzada e segurando uma espada e escudo. Ao longo dos anos esse logotipo passou por remodelações, como mostra a imagem abaixo.
  

Os slogans 
#TheInstantWhen. (2019) 
L’instant Taittinger. (1988) 
Anything else is just champagne. (1985) 
Sellers of happiness. (1949)
   

Dados corporativos 
● Origem: França 
● Lançamento: 1932 
● Criador: Pierre-Charles Taittinger 
● Sede mundial: Reims, França 
● Proprietário da marca: Taittinger CCVC 
● Capital aberto: Não 
● Chairman: Pierre-Emmanuel Taittinger 
● CEO: Vitalie Taittinger 
● Faturamento: €155.9 milhões (2022) 
● Lucro: Não divulgado 
● Presença global: 150 países 
● Presença no Brasil: Sim 
● Funcionários: 250 
● Segmento: Bebidas alcoólicas 
● Principais produtos: Champanhes 
● Concorrentes diretos: Moët & Chandon, Pol Roger, Mumm, Veuve Clicquot, Perrier Jouët, Pommery, Piper-Heidsieck, Louis Roederer, Lanson e Bollinger 
● Slogan: L’instant Taittinger. 
● Website: www.taittinger.com 

A marca no mundo 
Com produção anual de aproximadamente 7 milhões de garrafas, número que faz com que a marca esteja entre as cinco maiores produtoras da bebida, a Taittinger vende sua prestigiada linha de champanhes em mais de 150 países ao redor do mundo. A Taittinger, cujo faturamento anual é de €155.9 milhões (dados de 2022) com aproximadamente 75% das vendas fora da França, tem sua em Reims, conhecida como “Ville des Sacres” (Cidade Sagrada) devido ao grande número de reis da França que foram coroados na famosa Catedral de Notre Dame de Reims, entre os anos de 1027 e 1825. 

Você sabia? 
Em 1967, Claude Taittinger, criou o Prix Pierre Taittinger, uma competição internacional de gastronomia, conhecida popularmente como “Everest da culinária”, devido ao seu alto nível de dificuldade. A disputa revelou importantes nomes da gastronomia, como Joël Robuchon e Pierre Troisgros, pai do querido Claude Troisgros. 
A partir de 1 de janeiro de 2020, Pierre-Emmanuel passou a presidência da Tattinger para sua filha Vitalie, que já trabalhava na vinícola há 12 anos. Com isso, a quarta geração da família está fortemente envolvida na produção dos magníficos champanhes Taittinger. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Time), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers). 

Última atualização em 31/3/2023 

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9.3.23

Acqua di Parma


Quem não curte uma boa colônia? É aquele tipo de fragrância bem refrescante e leve, que causa uma agradável sensação de ter tomado um relaxante banho. E quando se fala em colônias, a tradicional e centenária marca italiana Acqua di Parma, é referência mundial e um clássico que alcançou um sucesso atemporal. Tudo para honrar a excelência italiana e oferecer aos clientes altamente sofisticados e exigentes verdadeiras obras-primas do artesanato tradicional italiano, com o know-how de mais de um século de existência. 

A história 
Tudo começou no início do século 20 com o Barão Carlo Magnani, descendente de uma das mais antigas famílias de Parma, no norte da Itália, e chamada de cidade amarela, um lugar rico em tradição, renovado pela elegância, sabores e cultura. Por sua posição social o Barão viajava constantemente para os epicentros culturais da época como Paris, Londres e Nova York. E para se lembrar do estilo e da elegância italiana, ele decidiu então que era momento de criar uma fragrância para seu uso pessoal durante essas longas viagens, que às vezes duravam meses. Ele então confiou esta tarefa a um mestre perfumista. A partir das suas orientações, em 1916, de dentro de um pequeno laboratório de essências no centro histórico de Parma, nascia uma colônia excepcionalmente fresca, moderna e mediterrânea: a Acqua di Parma Colonia, a primeira e autêntica colônia italiana, que refletia o estilo dos cavalheiros italianos. Naquela época, as colônias masculinas alemãs eram mais famosas por suas composições intensas. Mas a Acqua di Parma rompeu essa soberania por ser revolucionária e inspirada na modernidade, especialmente por sua pureza, já que era exclusivamente produzida com ingredientes naturais.
  

Proprietário de algumas lojas de alfaiataria na cidade de Parma, Carlos Magnani era um homem de boas maneiras, moderno e com novas ideias para a época em que vivia. Por isso ele foi pioneiro em vender ternos e perfumes (no caso a colônia Acqua di Parma) no mesmo lugar, nas chamadas lojas de alfaiataria. Por ter essa ligação, nos anos seguintes à marca Acqua di Parma passou a ser associada à perfeição da alfaiataria italiana. Nos anos de 1930 surgiria o frasco da colônia, inspirado no estilo Art Deco e com sua clássica tampa preta em baquelite, que se tornou rapidamente um ícone de estilo e do design.
   

Entre as décadas de 1930 e 1950, com a crescente popularidade da colônia, a marca viveu um verdadeiro momento de glória. Tornou-se “o perfume de um tempo cheio de charme e glamour”. Isso aconteceu graças à indústria cinematográfica que, com o surgimento da Cinecittà (um espaço com estúdios inaugurado em 1937, na cidade de Roma, e considerado o templo italiano do cinema), muitos atores famosos de Hollywood foram para a Itália e acabaram descobrindo a colônia nas melhores alfaiatarias, onde os ternos feitos sob medida eram borrifados com a colônia Acqua di Parma antes da entrega. Isso resultou em um sucesso internacional, impulsionado por declarações espontâneas de muitas dessas celebridades, transformando a Acqua di Parma em uma marca de estilo de vida.
  

Esses anos dourados da Acqua di Parma impulsionaram o crescimento da produção e desenvolvimento de sua distribuição de uma maneira mais dinâmica. Muitos astros de Hollywood passaram a usar a colônia, entre eles: Cary Grant e David Niven, e as eternas sex symbols Ava Gardner e Lana Turner. Anos mais tarde Audrey Hepburn, musa da elegância, seria uma das estrelas de cinema encantadas pela cativante essência de Acqua di Parma. Uma curiosidade: durante os seus primeiros quarenta anos de existência, a colônia da marca foi essencialmente distribuída por intermédio de boutiques de alfaiataria. O que começaria a mudar em meados da década de 1950. Apesar da mudança de tendências na década de 1960, a colônia Acqua di Parma, com seu encanto inabalável, foi reconhecida como o perfume favorito de uma elite internacional. A marca continuou a fascinar os especialistas em perfumes e manteve a longa tradição desde o seu lançamento. Assim, se tornou uma marca cult amplamente apreciada pela alta sociedade mundial.
  

No início dos anos 1990, Acqua di Parma viveu seu verdadeiro renascimento. Ganhou novos adeptos, principalmente o público jovem que buscava produtos com tradição artesanal. Nessa época, três ilustres empresários italianos - Luca Cordero di Montezemolo, então proprietário da Ferrari (conheça essa outra história aqui); Diego Della Valle, presidente do grupo Tod’s (clique aqui para saber mais); e Paolo Borgomanero, acionista da tradicional La Perla (conheça essa história aqui) - que compartilhavam a mesma paixão pela marca, compraram a empresa e decidiram que era hora de revigorar a icônica colônia Acqua di Parma através da criação de novos e sofisticados produtos. Assim nasceu um novo estilo para a marca, e uma maneira de ser, uma filosofia de vida. Homens elegantes e mulheres glamorosas e sofisticadas se identificaram com este novo conceito do novo luxo, o luxo discreto.
  

O ano de 1998 foi marcado pela inauguração da primeira boutique da marca localizada na via Gesù, a artéria de luxo de Milão. Um ano mais tarde, Acqua di Parma complementou a sua linha tradicional introduzindo as icônicas e exclusivas caixas de chapéu amarelas. Além disso, a marca lançou a linha Blu Mediterrâneo - uma gama de fragrâncias que incorporam a energia, o sol e as cores de alguns dos locais mais emblemáticos do Mar Mediterrâneo italiano, que definem o estilo de lazer sofisticado e exclusivo. Pouco depois, no ano de 1999, foi lançado Profumo, a primeira fragrância feminina da marca italiana, um Eau de Parfum com uma estrutura luxuosa que simboliza a tradição da mais elevada arte de criar perfumes.
  

Em 2001, o conglomerado de luxo LVMH, proprietário de marcas como Louis Vuitton (conheça essa outra história aqui), Tiffany & Co. (clique aqui para conhecer mais essa história) e TAG Heuer (saiba dessa outra história aqui), torna-se sócio da marca italiana, o que daria visibilidade e reconhecimento mundial para a Acqua di Parma. Nessa época a Acqua di Parma era comercializada em mais de 900 pontos de venda em todo o mundo. Sob uma nova gestão, o universo da Acqua di Parma passou então por uma nova expansão com novas criações para a casa - uma coleção preciosa de itens de banho, fragrâncias para o lar e velas perfumadas de alta qualidade e acessórios em couro 100% feitos à mão por mestres artesãos italianos. Com isso, a Acqua di Parma passou a ser reconhecida como uma marca de lifestyle, oferecendo uma ampla coleção de fragrâncias e produtos para casa, seguindo a mesma filosofia.
  

Em 2003, ano em que o conglomerado LVMH, cujo presidente, Bernard Arnault, usa muitas vezes a fragrância de assinatura da marca italiana, se tornaria proprietário totalitário da marca, a Acqua di Parma lançou a Colônia Assoluta - uma interpretação igualmente refinada do frescor cítrico, mas com delicados toques picantes. A admiração pela marca era tão grande que, ainda em 2003, Acqua di Parma lançou a Hotel Line, linha que oferece aos hóspedes de mais de 200 dos melhores hotéis de luxo em todo o mundo o prazer de desfrutar a fragrância fresca e sutil de suas colônias. A linha feminina de Acqua di Parma foi ampliada em 2004 para incluir uma nova e elegante coleção de fragrâncias inspiradas nas mais belas flores dos grandes e nobres jardins italianos. Iris Nobile - a icônica fragrância feminina de Acqua di Parma - foi a primeira dessa nova linha (batizada de Le Nobile). Ainda esse ano, a Acqua di Parma resolveu celebrar o prazer dos tradicionais rituais de barbear com o lançamento de produtos específicos para barba, cuidados com a pele e com os cabelos.
  

Em 2008 foi inaugurado o Blu Mediterrâneo, o primeiro spa Acqua di Parma. Situado no cenário deslumbrante de Porto Cervo, no interior do Costa Smeralda Yacht Club, o spa oferece um espaço relaxante e refinado. Às margens do mar Mediterrâneo italiano, os hóspedes podem desfrutar de tratamentos especializados, exclusivos para os amantes da Acqua di Parma. Um segundo spa da tradicional marca italiana seria inaugurado em 2013, na histórica cidade de Veneza, no interior do Gritti Palace Hotel, outro local icônico de grande tradição histórica e um dos destinos favoritos dos melhores viajantes do mundo.
  

A nova boutique em via Gesù foi reinaugurada em 2012 e tornou-se a mansão nobre da Acqua di Parma, incluindo uma sofisticada barbearia em seu interior, que vive com a agenda lotada nos dias atuais. Um espaço inspirador que abrange a própria essência da marca italiana, seus valores e seu estilo. Já a nova boutique em Paris foi aberta alguns meses depois na Rua des Francs Bourgeois, no coração do bairro de Marais; seguida pela unidade em Piazza di Spagna na cidade de Roma em 2014 e outra no badalado Brickell City Center na ensolarada Miami no ano de 2017.
   

Voltando um pouco na história, em 2016, a Acqua di Parma celebrou seu centenário. E, mais do que nunca, a marca continuava a ser a embaixadora do estilo e valores da Itália, e a paixão pela arte e cultura italianas. Afinal, como o próprio nome sugere, a marca reafirma o compromisso do elo histórico com a sua cidade de origem: Parma, capital do teatro e da música, das artes e da arquitetura, cidade onde o compositor Giuseppe Verdi e o maestro Arturo Toscanini nasceram, e que foi eternizada pelo poeta Stendhal. No ano de 2017, mais de um século após lançar sua fragrância mais clássica, a Acqua di Parma introduziu no mercado uma reinterpretação, juntando notas de frutas cítricas, flores e madeiras. O bacana é que a Acqua di Parma propunha a Colônia Pura como perfume sem gênero.
   

Entre as mais recentes novidades da marca italiana estão: Note Di Colonia V de Acqua di Parma (2020), um perfume com notas de Bergamota da Calábria, Limão verdadeiro ou siciliano e Pimenta rosa, além de Gengibre e zimbro; Colonia Futura de Acqua di Parma, um perfume cítrico aromático; e Mirto di Panarea (2022), coleção cápsula de edição exclusiva em colaboração com a marca de moda italiana Forte_Forte, que resultou em uma fragrância que exala notas vivas de manjericão, tons citrinos cintilantes de limão e bergamotto di Calabria em conjunto com jasmim, rosa, mastique e zimbro, todos misturados com cedro e âmbar.
   

Atualmente, Acqua di Parma, símbolo do savoir-faire e requinte italianos, personifica o luxo discreto através de suas fragrâncias elegantes e produtos de estilo de vida, que incluem cosméticos inspirados nos locais mais naturais e exclusivos no Mediterrâneo italiano, velas aromatizadas e sprays para casa, além de luxuosos acessórios em couro.
  

Amarelo Inconfundível 
Uma icônica fragrância nomeada por amor a Parma. E justamente por isso que Acqua di Parma conta, através de suas embalagens, uma história que abraça essa cidade italiana expressando toda sua vivacidade e elegância através do amarelo açafrão, que faz alusão às fachadas nesse tom que desde 1700 predominam os mais belos e históricos edifícios da cidade. Por isso a marca é imediatamente reconhecível pelas suas embalagens, que dizem foram inspiradas na cor dos palácios locais, cujas fachadas homenageiam, diz-se, a cor das tranças da princesa Isabella de Bourbon, que passou pela cidade para o seu casamento. Já os frascos são um capítulo à parte. Com design minimalista, foram inspirados no estilo Art Deco, movimento arquitetônico da década de 1930 que utiliza na sua estética traços geométricos, simples e sofisticados.
  

O logotipo 
A identidade visual da marca italiana pode ser aplicada de diversas formas, como mostra a imagem abaixo. Toda em preto. Na vertical ou horizontal. Sob um fundo no icônico amarelo açafrão, tão associado à marca. E até podendo ostentar o brasão do Ducado de Parma, identidade da cidade na era de Maria Luigia, que guiou o Ducado até sua glória máxima. Uma homenagem ao seu governo e à ajuda que ela forneceu para desenvolver a indústria de vidro e perfume de Parma. Esses dois elementos (amarelo açafrão e o brasão) juntos reforçam o caráter aristocrata da marca e sua forte ligação com a cidade de Parma, que abriga a mais nobre e iluminada cultura italiana.
  

Dados corporativos 
● Origem: Itália 
● Lançamento: 1916 
● Criador: Carlo Magnani 
● Sede mundial: Milão, Itália 
● Proprietário da marca: LVMH Moët Hennessy • Louis Vuitton S.A. 
● Capital aberto: Não 
● Presidente & CEO: Laura Burdese 
● Faturamento: €200 milhões (estimado) 
● Lucro: Não divulgado 
● Lojas: 15 
● Presença global: 50 países 
● Presença no Brasil: Sim 
● Funcionários: 600 
● Segmento: Perfumaria 
● Principais produtos: Águas de colônia, fragrâncias e velas aromatizantes 
● Concorrentes diretos: Kölnisch Wasser 4711, Acqua Di Gió, Santa Maria Novella, Arlington Cologne, Coty e Azzaro 
● Ícones: O amarelo açafrão 
● Slogan: The essence of italian life. 
● Website: www.acquadiparma.com 

A marca no mundo 
Atualmente a Acqua di Parma, um dos maiores e mais tradicionais ícones da perfumaria italiana, comercializa sua vasta linha de produtos (águas de colônia, fragrâncias, produtos de barbear, velas aromatizantes e até roupões de banho e acessórios de couro) em aproximadamente 50 países ao redor do mundo. Com faturamento anual estimado em €200 milhões, a marca italiana que pertence ao conglomerado de luxo LVMH, comercializa seus produtos em mais de 2 mil sofisticados pontos de venda, incluindo 15 luxuosas boutiques espalhadas por locais como Miami, Milão, Tóquio, Xangai, Paris, Roma, Dubai, Taiwan, Guangzhou e Hangzhou. Apesar do core business da marca ser os perfumes (com 68% do volume de negócios), os produtos de banho e cuidados do corpo (incluindo os sais de banho brilhantes da marca) representam 15%, velas aromáticas respondem por 7% e os restantes 10% para produtos lifestyle, nomeadamente pequenos artigos de couro para viagem. A Europa e o Médio Oriente representam 65% das vendas da marca, enquanto a China representa 8%. 

Você sabia? 
Para criar sua tradicional colônia, produzida 100% na Itália, a marca utiliza apenas 12 ingredientes naturais. Conhecidas como frutas douradas, ou Frutti d’ Oro, limão, laranja e bergamota, dão origem aos aromas cítricos italianos que caracterizam a marca Acqua di Parma, e definem a assinatura de sua icônica colônia. 
Os artigos de couro de Acqua di Parma são 100% feitos à mão por mestres artesãos italianos, usando peles preciosas, como couro de bezerro e búfalo. 
A badalada companhia aérea Etihad Airways (conheça essa história aqui) oferece em seus kits de amenidades para a primeira classe e para a classe executiva amostras da fragrância e creme para as mãos da Acqua di Parma. 
Os famosos que são clientes fiéis da Acqua di Parma são personalidades do mundo da moda e do cinema como Sharon Stone, Kate Moss, Sandra Bullock, Ashley Judd, Kevin Costner, Manolo Blanhnik, Angela Basset, Ford Harrison, Woody Allen, Roman Keatina e David Beckham. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Exame), sites de moda (Fashion Network), Neeche, sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand) e Wikipedia (informações devidamente checadas). 

Última atualização em 9/3/2023 

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