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9.3.23

Acqua di Parma


Quem não curte uma boa colônia? É aquele tipo de fragrância bem refrescante e leve, que causa uma agradável sensação de ter tomado um relaxante banho. E quando se fala em colônias, a tradicional e centenária marca italiana Acqua di Parma, é referência mundial e um clássico que alcançou um sucesso atemporal. Tudo para honrar a excelência italiana e oferecer aos clientes altamente sofisticados e exigentes verdadeiras obras-primas do artesanato tradicional italiano, com o know-how de mais de um século de existência. 

A história 
Tudo começou no início do século 20 com o Barão Carlo Magnani, descendente de uma das mais antigas famílias de Parma, no norte da Itália, e chamada de cidade amarela, um lugar rico em tradição, renovado pela elegância, sabores e cultura. Por sua posição social o Barão viajava constantemente para os epicentros culturais da época como Paris, Londres e Nova York. E para se lembrar do estilo e da elegância italiana, ele decidiu então que era momento de criar uma fragrância para seu uso pessoal durante essas longas viagens, que às vezes duravam meses. Ele então confiou esta tarefa a um mestre perfumista. A partir das suas orientações, em 1916, de dentro de um pequeno laboratório de essências no centro histórico de Parma, nascia uma colônia excepcionalmente fresca, moderna e mediterrânea: a Acqua di Parma Colonia, a primeira e autêntica colônia italiana, que refletia o estilo dos cavalheiros italianos. Naquela época, as colônias masculinas alemãs eram mais famosas por suas composições intensas. Mas a Acqua di Parma rompeu essa soberania por ser revolucionária e inspirada na modernidade, especialmente por sua pureza, já que era exclusivamente produzida com ingredientes naturais.
  

Proprietário de algumas lojas de alfaiataria na cidade de Parma, Carlos Magnani era um homem de boas maneiras, moderno e com novas ideias para a época em que vivia. Por isso ele foi pioneiro em vender ternos e perfumes (no caso a colônia Acqua di Parma) no mesmo lugar, nas chamadas lojas de alfaiataria. Por ter essa ligação, nos anos seguintes à marca Acqua di Parma passou a ser associada à perfeição da alfaiataria italiana. Nos anos de 1930 surgiria o frasco da colônia, inspirado no estilo Art Deco e com sua clássica tampa preta em baquelite, que se tornou rapidamente um ícone de estilo e do design.
   

Entre as décadas de 1930 e 1950, com a crescente popularidade da colônia, a marca viveu um verdadeiro momento de glória. Tornou-se “o perfume de um tempo cheio de charme e glamour”. Isso aconteceu graças à indústria cinematográfica que, com o surgimento da Cinecittà (um espaço com estúdios inaugurado em 1937, na cidade de Roma, e considerado o templo italiano do cinema), muitos atores famosos de Hollywood foram para a Itália e acabaram descobrindo a colônia nas melhores alfaiatarias, onde os ternos feitos sob medida eram borrifados com a colônia Acqua di Parma antes da entrega. Isso resultou em um sucesso internacional, impulsionado por declarações espontâneas de muitas dessas celebridades, transformando a Acqua di Parma em uma marca de estilo de vida.
  

Esses anos dourados da Acqua di Parma impulsionaram o crescimento da produção e desenvolvimento de sua distribuição de uma maneira mais dinâmica. Muitos astros de Hollywood passaram a usar a colônia, entre eles: Cary Grant e David Niven, e as eternas sex symbols Ava Gardner e Lana Turner. Anos mais tarde Audrey Hepburn, musa da elegância, seria uma das estrelas de cinema encantadas pela cativante essência de Acqua di Parma. Uma curiosidade: durante os seus primeiros quarenta anos de existência, a colônia da marca foi essencialmente distribuída por intermédio de boutiques de alfaiataria. O que começaria a mudar em meados da década de 1950. Apesar da mudança de tendências na década de 1960, a colônia Acqua di Parma, com seu encanto inabalável, foi reconhecida como o perfume favorito de uma elite internacional. A marca continuou a fascinar os especialistas em perfumes e manteve a longa tradição desde o seu lançamento. Assim, se tornou uma marca cult amplamente apreciada pela alta sociedade mundial.
  

No início dos anos 1990, Acqua di Parma viveu seu verdadeiro renascimento. Ganhou novos adeptos, principalmente o público jovem que buscava produtos com tradição artesanal. Nessa época, três ilustres empresários italianos - Luca Cordero di Montezemolo, então proprietário da Ferrari (conheça essa outra história aqui); Diego Della Valle, presidente do grupo Tod’s (clique aqui para saber mais); e Paolo Borgomanero, acionista da tradicional La Perla (conheça essa história aqui) - que compartilhavam a mesma paixão pela marca, compraram a empresa e decidiram que era hora de revigorar a icônica colônia Acqua di Parma através da criação de novos e sofisticados produtos. Assim nasceu um novo estilo para a marca, e uma maneira de ser, uma filosofia de vida. Homens elegantes e mulheres glamorosas e sofisticadas se identificaram com este novo conceito do novo luxo, o luxo discreto.
  

O ano de 1998 foi marcado pela inauguração da primeira boutique da marca localizada na via Gesù, a artéria de luxo de Milão. Um ano mais tarde, Acqua di Parma complementou a sua linha tradicional introduzindo as icônicas e exclusivas caixas de chapéu amarelas. Além disso, a marca lançou a linha Blu Mediterrâneo - uma gama de fragrâncias que incorporam a energia, o sol e as cores de alguns dos locais mais emblemáticos do Mar Mediterrâneo italiano, que definem o estilo de lazer sofisticado e exclusivo. Pouco depois, no ano de 1999, foi lançado Profumo, a primeira fragrância feminina da marca italiana, um Eau de Parfum com uma estrutura luxuosa que simboliza a tradição da mais elevada arte de criar perfumes.
  

Em 2001, o conglomerado de luxo LVMH, proprietário de marcas como Louis Vuitton (conheça essa outra história aqui), Tiffany & Co. (clique aqui para conhecer mais essa história) e TAG Heuer (saiba dessa outra história aqui), torna-se sócio da marca italiana, o que daria visibilidade e reconhecimento mundial para a Acqua di Parma. Nessa época a Acqua di Parma era comercializada em mais de 900 pontos de venda em todo o mundo. Sob uma nova gestão, o universo da Acqua di Parma passou então por uma nova expansão com novas criações para a casa - uma coleção preciosa de itens de banho, fragrâncias para o lar e velas perfumadas de alta qualidade e acessórios em couro 100% feitos à mão por mestres artesãos italianos. Com isso, a Acqua di Parma passou a ser reconhecida como uma marca de lifestyle, oferecendo uma ampla coleção de fragrâncias e produtos para casa, seguindo a mesma filosofia.
  

Em 2003, ano em que o conglomerado LVMH, cujo presidente, Bernard Arnault, usa muitas vezes a fragrância de assinatura da marca italiana, se tornaria proprietário totalitário da marca, a Acqua di Parma lançou a Colônia Assoluta - uma interpretação igualmente refinada do frescor cítrico, mas com delicados toques picantes. A admiração pela marca era tão grande que, ainda em 2003, Acqua di Parma lançou a Hotel Line, linha que oferece aos hóspedes de mais de 200 dos melhores hotéis de luxo em todo o mundo o prazer de desfrutar a fragrância fresca e sutil de suas colônias. A linha feminina de Acqua di Parma foi ampliada em 2004 para incluir uma nova e elegante coleção de fragrâncias inspiradas nas mais belas flores dos grandes e nobres jardins italianos. Iris Nobile - a icônica fragrância feminina de Acqua di Parma - foi a primeira dessa nova linha (batizada de Le Nobile). Ainda esse ano, a Acqua di Parma resolveu celebrar o prazer dos tradicionais rituais de barbear com o lançamento de produtos específicos para barba, cuidados com a pele e com os cabelos.
  

Em 2008 foi inaugurado o Blu Mediterrâneo, o primeiro spa Acqua di Parma. Situado no cenário deslumbrante de Porto Cervo, no interior do Costa Smeralda Yacht Club, o spa oferece um espaço relaxante e refinado. Às margens do mar Mediterrâneo italiano, os hóspedes podem desfrutar de tratamentos especializados, exclusivos para os amantes da Acqua di Parma. Um segundo spa da tradicional marca italiana seria inaugurado em 2013, na histórica cidade de Veneza, no interior do Gritti Palace Hotel, outro local icônico de grande tradição histórica e um dos destinos favoritos dos melhores viajantes do mundo.
  

A nova boutique em via Gesù foi reinaugurada em 2012 e tornou-se a mansão nobre da Acqua di Parma, incluindo uma sofisticada barbearia em seu interior, que vive com a agenda lotada nos dias atuais. Um espaço inspirador que abrange a própria essência da marca italiana, seus valores e seu estilo. Já a nova boutique em Paris foi aberta alguns meses depois na Rua des Francs Bourgeois, no coração do bairro de Marais; seguida pela unidade em Piazza di Spagna na cidade de Roma em 2014 e outra no badalado Brickell City Center na ensolarada Miami no ano de 2017.
   

Voltando um pouco na história, em 2016, a Acqua di Parma celebrou seu centenário. E, mais do que nunca, a marca continuava a ser a embaixadora do estilo e valores da Itália, e a paixão pela arte e cultura italianas. Afinal, como o próprio nome sugere, a marca reafirma o compromisso do elo histórico com a sua cidade de origem: Parma, capital do teatro e da música, das artes e da arquitetura, cidade onde o compositor Giuseppe Verdi e o maestro Arturo Toscanini nasceram, e que foi eternizada pelo poeta Stendhal. No ano de 2017, mais de um século após lançar sua fragrância mais clássica, a Acqua di Parma introduziu no mercado uma reinterpretação, juntando notas de frutas cítricas, flores e madeiras. O bacana é que a Acqua di Parma propunha a Colônia Pura como perfume sem gênero.
   

Entre as mais recentes novidades da marca italiana estão: Note Di Colonia V de Acqua di Parma (2020), um perfume com notas de Bergamota da Calábria, Limão verdadeiro ou siciliano e Pimenta rosa, além de Gengibre e zimbro; Colonia Futura de Acqua di Parma, um perfume cítrico aromático; e Mirto di Panarea (2022), coleção cápsula de edição exclusiva em colaboração com a marca de moda italiana Forte_Forte, que resultou em uma fragrância que exala notas vivas de manjericão, tons citrinos cintilantes de limão e bergamotto di Calabria em conjunto com jasmim, rosa, mastique e zimbro, todos misturados com cedro e âmbar.
   

Atualmente, Acqua di Parma, símbolo do savoir-faire e requinte italianos, personifica o luxo discreto através de suas fragrâncias elegantes e produtos de estilo de vida, que incluem cosméticos inspirados nos locais mais naturais e exclusivos no Mediterrâneo italiano, velas aromatizadas e sprays para casa, além de luxuosos acessórios em couro.
  

Amarelo Inconfundível 
Uma icônica fragrância nomeada por amor a Parma. E justamente por isso que Acqua di Parma conta, através de suas embalagens, uma história que abraça essa cidade italiana expressando toda sua vivacidade e elegância através do amarelo açafrão, que faz alusão às fachadas nesse tom que desde 1700 predominam os mais belos e históricos edifícios da cidade. Por isso a marca é imediatamente reconhecível pelas suas embalagens, que dizem foram inspiradas na cor dos palácios locais, cujas fachadas homenageiam, diz-se, a cor das tranças da princesa Isabella de Bourbon, que passou pela cidade para o seu casamento. Já os frascos são um capítulo à parte. Com design minimalista, foram inspirados no estilo Art Deco, movimento arquitetônico da década de 1930 que utiliza na sua estética traços geométricos, simples e sofisticados.
  

O logotipo 
A identidade visual da marca italiana pode ser aplicada de diversas formas, como mostra a imagem abaixo. Toda em preto. Na vertical ou horizontal. Sob um fundo no icônico amarelo açafrão, tão associado à marca. E até podendo ostentar o brasão do Ducado de Parma, identidade da cidade na era de Maria Luigia, que guiou o Ducado até sua glória máxima. Uma homenagem ao seu governo e à ajuda que ela forneceu para desenvolver a indústria de vidro e perfume de Parma. Esses dois elementos (amarelo açafrão e o brasão) juntos reforçam o caráter aristocrata da marca e sua forte ligação com a cidade de Parma, que abriga a mais nobre e iluminada cultura italiana.
  

Dados corporativos 
● Origem: Itália 
● Lançamento: 1916 
● Criador: Carlo Magnani 
● Sede mundial: Milão, Itália 
● Proprietário da marca: LVMH Moët Hennessy • Louis Vuitton S.A. 
● Capital aberto: Não 
● Presidente & CEO: Laura Burdese 
● Faturamento: €200 milhões (estimado) 
● Lucro: Não divulgado 
● Lojas: 15 
● Presença global: 50 países 
● Presença no Brasil: Sim 
● Funcionários: 600 
● Segmento: Perfumaria 
● Principais produtos: Águas de colônia, fragrâncias e velas aromatizantes 
● Concorrentes diretos: Kölnisch Wasser 4711, Acqua Di Gió, Santa Maria Novella, Arlington Cologne, Coty e Azzaro 
● Ícones: O amarelo açafrão 
● Slogan: The essence of italian life. 
● Website: www.acquadiparma.com 

A marca no mundo 
Atualmente a Acqua di Parma, um dos maiores e mais tradicionais ícones da perfumaria italiana, comercializa sua vasta linha de produtos (águas de colônia, fragrâncias, produtos de barbear, velas aromatizantes e até roupões de banho e acessórios de couro) em aproximadamente 50 países ao redor do mundo. Com faturamento anual estimado em €200 milhões, a marca italiana que pertence ao conglomerado de luxo LVMH, comercializa seus produtos em mais de 2 mil sofisticados pontos de venda, incluindo 15 luxuosas boutiques espalhadas por locais como Miami, Milão, Tóquio, Xangai, Paris, Roma, Dubai, Taiwan, Guangzhou e Hangzhou. Apesar do core business da marca ser os perfumes (com 68% do volume de negócios), os produtos de banho e cuidados do corpo (incluindo os sais de banho brilhantes da marca) representam 15%, velas aromáticas respondem por 7% e os restantes 10% para produtos lifestyle, nomeadamente pequenos artigos de couro para viagem. A Europa e o Médio Oriente representam 65% das vendas da marca, enquanto a China representa 8%. 

Você sabia? 
Para criar sua tradicional colônia, produzida 100% na Itália, a marca utiliza apenas 12 ingredientes naturais. Conhecidas como frutas douradas, ou Frutti d’ Oro, limão, laranja e bergamota, dão origem aos aromas cítricos italianos que caracterizam a marca Acqua di Parma, e definem a assinatura de sua icônica colônia. 
Os artigos de couro de Acqua di Parma são 100% feitos à mão por mestres artesãos italianos, usando peles preciosas, como couro de bezerro e búfalo. 
A badalada companhia aérea Etihad Airways (conheça essa história aqui) oferece em seus kits de amenidades para a primeira classe e para a classe executiva amostras da fragrância e creme para as mãos da Acqua di Parma. 
Os famosos que são clientes fiéis da Acqua di Parma são personalidades do mundo da moda e do cinema como Sharon Stone, Kate Moss, Sandra Bullock, Ashley Judd, Kevin Costner, Manolo Blanhnik, Angela Basset, Ford Harrison, Woody Allen, Roman Keatina e David Beckham. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Exame), sites de moda (Fashion Network), Neeche, sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand) e Wikipedia (informações devidamente checadas). 

Última atualização em 9/3/2023 

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2.2.15

YVES ROCHER


A marca francesa YVES ROCHER sempre adotou a filosofia de tornar a beleza acessível a todas as mulheres, através das plantas. Por isso, se tornou sinônimo de Cosmétique Végétale e é uma referência mundial em matéria de beleza acessível, segura e qualitativa. Graças ao seu “savoir-faire”, a marca extrai o melhor das plantas para oferecer cosméticos e produtos de beleza cada vez mais inovadores, eficazes e de alta qualidade. 

A história 
Tudo começou em meados da década de 1950 no pitoresco vilarejo francês de La Gacilly, encravado no coração da Bretanha, quando uma curandeira revelou a Yves Rocher o segredo da receita de um creme contra hemorróidas à base de uma planta chamada Ranunculus Ficaria. Foi então que ele passou a fabricá-lo de forma artesanal e disponibilizou-o às pessoas da região através de pequenos anúncios. Inicialmente o sótão de sua casa tornou-se, ao mesmo tempo, o seu laboratório e o seu centro de distribuição. Com o sucesso obtido, ele decidiu vendê-lo por correspondência em 1959, surgindo assim oficialmente a marca YVES ROCHER. As cartas não paravam de chegar e as encomendas multiplicavam-se dia após dia. Com isso uma fábrica foi construída para atender a demanda. Apaixonado por vegetais e, acima de tudo, fascinado por um herbário construído pelo seu avô, Yves aprofundou, pouco a pouco, os seus conhecimentos e desenvolveu outros produtos de beleza, como por exemplo, cremes para o rosto, cabelos e corpo.


Em 1965 Yves editou o seu primeiro Livro Verde da Beleza, uma espécie de catálogo para vender seus produtos cuja distribuição era feita por via postal. Hoje o livro, que além de divulgar os produtos e a marca, oferece dicas de beleza, é editado em 22 línguas, incluindo a versão em Braille. Pouco depois, em 1969, com o objetivo de estar ainda mais próxima das consumidoras, a YVES ROCHER inaugurou sua primeira loja, localizada no Boulevard Haussmann, em Paris. Esta primeira loja marcou o início de um novo ciclo para a empresa, que nas décadas seguintes iria inaugurar centenas e centenas de unidades (batizadas de Centros de Beleza). Em 1974 a marca lançou no mercado sua primeira linha de Cuidados do Rosto anti-rugas, cujas fórmulas continham dez óleos vegetais que se associam para nutrir, regenerar e alisar os traços da pele. Pouco depois, em 1978, introduziu sua primeira linha de maquiagem. Em 1980 a YVES ROCHER lançou seu primeiro perfume (batizado de Cléa), à base de elegantes fragrâncias de Ylang, Musgo, Jasmim e Patchouli. Nesta época os produtos YVES ROCHER já eram vendidos em muitos países, com mais de 7 milhões de clientes no mundo inteiro.


Continuamente investindo em pesquisas, no ano de 1985 os Laboratórios de Biologia Vegetal descobriram o A.D.N., vegetal essencial á regeneração celular, e o A.R.N., um potente fator de ativação. Essas descobertas seriam utilizadas na formulação de produtos da marca. Pouco depois, em 1987, a empresa lançou um terceiro canal de distribuição: a venda direta (através de revendedoras, que são conhecidas em português como Conselheiras de Beleza). A década de 1990 iniciou com o lançamento da primeira linha de produtos de cuidados do rosto com Pro-Rétinol Vegetal, extremamente eficiente no combate ao envelhecimento. Em 1993, seguindo sua filosofia e consciente do impacto que as embalagens têm no meio-ambiente, a YVES ROCHER lançou a primeira Eco-Recarga para o xampu Hamamélis, o que permitiu uma economia de 75% na produção de embalagens desse produto. Esta revolução nas embalagens não parou por aí e, a partir de 1996, outros produtos foram adaptados para aceitar Eco-Recargas. Todos os anos a empresa vende aproximadamente 2.8 milhões de recargas. Em 1999, outra inovação: o lançamento da primeira linha de cuidados do rosto para peles maduras à base de extrato de Shiitaké, cogumelo utilizado na medicina tradicional chinesa.


Com a chegada do novo milênio, a YVES ROCHER introduziu produtos inovadores, como por exemplo, em 2001 com o lançamento da Yria, uma linha de maquiagem tratamento para mulheres acima dos 40 anos, adaptada a todos os tons de pele, além de um novo perfume feminino; ou em 2002, com a introdução da linha Bio-Specific, cujas moléculas ativas atuam nos mecanismos de nutrição e re-hidratação da pele. No final de 2013, a YVES ROCHER voltou a operar no Brasil inaugurando sua primeira loja em São Paulo, localizada no Shopping Morumbi, com direito a “personal room” (um espaço para atendimento personalizado, com esteticista, incluindo dicas de beleza, e que também conta a história da marca) e um “perfume bar” (com informações sobre o processo de criação de cada fragrância). Quase simultaneamente foi lançado seu comércio eletrônico. Outras lojas da marca seriam inauguradas em território nacional. No mercado brasileiro a marca vende aproximadamente 600 produtos de sua linha, entre fragrâncias, cremes para o rosto e corpo, sabonetes e maquiagem. A YVES ROCHER já havia atuado no Brasil entre 1994 e 1999, adotando o sistema de vendas diretas, a partir de consultoras de beleza, em vez de inserir os produtos no varejo.


Hoje em dia, o portfólio da marca é composto por mais de 800 itens, entre produtos faciais para cada tipo de pele e anti-rugas, sabonetes líquidos, loções hidratantes e desodorantes para o corpo, protetores solares, produtos para diversas necessidades dos cabelos, perfumes (alguns dos quais estão entre os mais vendidos do mundo) e uma linha completa de maquiagem.


Os campos biológicos da YVES ROCHER, localizados em La Gacilly, estendem-se por mais de 55 hectares e são certificados pelo Ecocert. Desde 1997, a marca cultiva seus campos em agricultura orgânica, isto é, sem componentes químicos, como adubos, pesticidas ou herbicidas. A empresa utiliza apenas inseticidas e fungicidas naturais e possui autorização para a manutenção manual e mecânica de suas culturas. Nesse processo, não é realizado nenhuma remoção química da cobertura vegetal. Atualmente, são utilizados mais de 200 extratos, derivados de 2.800 matérias-primas, e dos quais, são conseguidos em média, cerca de 20 novos ativos por ano que resultam em cinco patentes.


Um modelo de negócio único 
A YVES ROCHER é a única marca mundial de produtos de beleza que escolheu controlar todas as fases de sua atividade: agricultura, investigação botânica e científica, desenvolvimento de ingredientes inovadores, formulação, aprovisionamento de matérias-primas, fabricação, acondicionamento, expedição e distribuição. Dessa forma, torna-se, simultaneamente, produtora (colhe as plantas nos seus próprios campos cultivados em agricultura orgânica, em La Gacilly, na Bretanha), fabricante (elabora seus próprios produtos em suas cinco fábricas localizadas na Bretanha) e distribuidora (através de seus próprios canais de distribuição, eliminando assim intermediários e evitando a acumulação de lucros, tornando a beleza acessível ao maior número de pessoas). E graças a tudo isso a empresa pode, ao mesmo tempo, reduzir o seu impacto sobre o meio-ambiente e fazer com que a consumidora possa tirar proveito do melhor da beleza ao menor preço.


Além disso, o jardim botânico da Yves Rocher, inaugurado em 1975, é um verdadeiro reservatório vivo do mundo vegetal com mais de 1.100 espécies, locais ou exóticas, e uma coleção de artemísias, que são uma referência nacional na França. Este é um local de conhecimento do vegetal por excelência e uma fonte inesgotável para a investigação da Cosmétique Végétale Yves Rocher, junto com outros 400 jardins em todo o mundo. O local é aberto à visitação pública. Todas as pesquisas feitas pela empresa são realizadas em 20 laboratórios especializados, onde equipes pluridisciplinares (biologistas, químicos, físicos, dermatologistas, farmacêuticos, botânicos) trabalham em conjunto para descobrir, isolar e formular, a partir do vegetal, novos ativos, texturas, cores e perfumes.


O respeito à natureza 
A YVES ROCHER compromete-se a criar e a produzir respeitando a natureza: 
● Concebendo todos os seus produtos a partir do vegetal; 
● Recusando a utilização de ingredientes geneticamente modificados; 
● Criando produtos recarregáveis para lutar contra o desperdício - os belos catálogos da marca são impressos em papel produzido a partir da polpa de árvores retiradas de áreas controladas de reflorestamento e as encomendas são enviadas em caixas recicláveis de papel cartão reciclado; 
● Suprimindo a utilização de sacos de plástico e promovendo o uso de sacos reutilizáveis; 
● Criando produtos biodegradáveis e vendendo todos os seus produtos em embalagens recicláveis; 
● Não fazendo testes em animais (desde 1989, uma atitude pioneira no segmento).


A evolução visual 
A identidade visual da marca francesa passou por algumas remodelações ao longo dos anos. A última ocorreu em 2008 quando um novo logotipo foi adotado e apresentou uma nova tipografia de letra, novas cores e um símbolo formado pelas iniciais da marca (Y e R), que representa de forma estilizada um caule e uma folha.


Os slogans 
The no. 1 in Botanical Beauty. (2012) 
Reinvent Themselves Every Day. 
Creator of Botanical Beauty since 1959. 
The beauty by the plants. (1981) 
Os Especialistas em Cosmética Vegetal.


Dados corporativos 
● Origem: França 
● Fundação: 1959 
● Fundador: Yves Rocher 
● Sede mundial: La Gacilly, França 
● Proprietário da marca: Yves Rocher S.A. 
● Capital aberto: Não 
● Chairman & CEO: Bris Rocher 
● Faturamento: €2.5 bilhões (estimado) 
● Lucro: Não divulgado 
● Lojas: 4.000 
● Presença global: 88 países 
● Presença no Brasil: Sim 
● Funcionários: 13.500 
● Segmento: Cosméticos 
● Principais produtos: Cremes, xampus, sabonetes, maquiagens e perfumes 
● Concorrentes diretos: Nivea, The Body Shop, L’Occitane e Lush 
● Slogan: The no. 1 in Botanical Beauty. 

A marca no mundo
A YVES ROCHER, uma das maiores empresas de cosméticos do mundo, comercializa sua vasta linha de produtos em mais de 88 países através de 4.000 lojas próprias e franqueadas (das quais 3.000 também oferecem serviços como depilação, massagem e tratamento para o rosto), catálogos, internet e vendas diretas. A marca, segunda mais vendida no mercado francês atrás apenas da L’Oréal, mas líder em produtos de cuidados com a pele, e cujo faturamento estimado é superior a €2.5 bilhões por ano, vende 10 produtos por segundo no mundo inteiro. As operações internacionais representam mais de 60% do faturamento da YVES ROCHER. Com seus produtos de alta qualidade a marca francesa “seduz” mais de 30 milhões de mulheres no mundo inteiro. A empresa também é proprietária de marcas como Daniel Jouvance, Pierre Ricaud, Isabel Derroisné, Kiotis e Galérie Noémie. 

Você sabia? 
O atual presidente da empresa, Bris Rocher, é um dos netos do fundador Yves Rocher, que faleceu no dia 26 de dezembro de 2009 aos 79 anos em decorrência de um acidente vascular cerebral. 
Yves Rocher sempre rechaçou os cosméticos fabricados com matérias animais. Em vez disso, defendia “a beleza através das plantas”. Ao mesmo tempo, fomentou a proteção do meio-ambiente. Para isso, criou a fundação Yves Rocher – Institut de France, que concede a cada ano um prêmio às mulheres que se dedicam especialmente à natureza. 
Yves Rocher inventou uma “nova beleza” (batizada de Cosmétique Végétale®), com o maior e o mais puro respeito pela natureza e pelas mulheres. É uma cosmética única, à serviço da beleza e do bem-estar de todas as mulheres. Aliança entre o conhecimento da natureza e a investigação científica, ela estuda os vegetais mais ativos para dar a todos os tipos de pele resultados visíveis e de qualidade, limitando o impacto ao meio ambiente. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Iasto é Dinheiro), jornais (Valor Econômico), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers). 

Última atualização em 2/2/2015

2.6.11

JEAN PAUL GAULTIER


Conhecido como o “enfant terrible” da moda francesa, Jean Paul Gaultier tem alma de pop-star, alcançou o estrelato quando Madonna empunhou um sutiã de cone em uma turnê mundial e, com sua criatividade e ousadia à flor da pele, se tornou um dos maiores expoentes da moda, assim como fez com sua marca. Sua maior inspiração, tanto na moda quanto na perfumaria, onde suas fragrâncias são campeãs de venda, é o espartilho rosa e a camiseta de marinheiro, ícones usados nos frascos de seus dois mais famosos perfumes da marca. 

A história 
Nascido no dia 24 de abril de 1952 em Arcueil, um subúrbio de Paris, quando menino Jean Paul Gaultier (foto abaixo) pouco queria saber dos brinquedos que tanto encantavam a garotada da época. Sempre preferiu vestir, pentear e maquiar seu ursinho de estimação, chamado Nana, do que participar de um jogo de futebol entre seus amigos. Além disso, queria mesmo era criar bijuterias e acessórios com elementos que achava no lixo. Isso já revelava seu espírito transgressor e o precoce talento de unir opostos completos em uma peça de roupa. Não é à toa que a imprensa e a crítica de moda são unânimes em afirmar que Gaultier foi o responsável por levantar a discussão sobre o limiar entre o bom e o mau gosto por meio da prática da subversão. Depois de enviar seus desenhos para todos os importantes estilistas da época, no dia do seu aniversário de 18 anos, em 24 de abril de 1970, recebeu um contato da Maison Pierre Cardin: o autodidata Jean Paul Gaultier havia conseguido seu primeiro emprego com um dos mais importantes criadores da época.


No ano seguinte, após uma rápida passagem por Jacques Esterel e pela Jean Patou, voltou a trabalhar com Pierre Cardin em 1974 para cuidar da loja do estilista francês em Manila nas Filipinas, onde chegou a desenhar para a primeira-dama do país e mulher do ditador Ferdinand Marcus, Imelda. E, finalmente, em outubro de 1976, já de volta a França, Gaultier, com a ajuda de seu companheiro Francis Menuge, apresentou no planetário de Paris sua primeira coleção, batizada Bric et Broc, composta por roupas feitas de tapetes, de ráfia, tutus de bailarina e jaquetas. As críticas não foram muito favoráveis, mas a rejeição não duraria muito. Em pouco tempo, o estilista passaria a ter suas loucuras não só aceitas, mas disputadas. E finalmente, em 1977, inaugurou sua própria Maison. Era o surgimento oficial da marca JEAN PAUL GAULTIER e do estilo irreverente que se baseava mais no movimento punk londrino da época do que nas tendências da moda parisiense. Rapidamente ganhou fama graças a um estilo rebelde e sexy que seduzia tanto a garota do subúrbio quanto a burguesa dos bairros chiques.


O nome de Gaultier ficará para sempre gravado na história da moda como um estilista que rompeu conceitos há muito estabelecidos, o que resultou em seu apelido: “enfant terrible” (“criança terrível” em português). Nos anos de 1980, ele ousou ao deixar aparente a lingerie, trazendo-a do interior para o exterior com o famoso espartilho cônico (inspirado em um corselete encontrado no guarda-roupa da avó). Em 1983, em um desfile para apresentar sua coleção masculina, o estilista eternizou um de seus maiores ícones: a camiseta de marinheiro. Além disso, desde 1984 com a coleção Le Retour de L’Imprimé (prêt-à-porter feminino primavera-verão), Gaultier criou uma mistura da África e da Europa ao dobrar túnicas e minissaias e enfeitar suas modelos com chéchias. No ano seguinte, mais uma ousadia ao desconstruir o terno masculino de listras e propor saia para os homens, inspirada no kilt, o traje típico dos escoceses. Uma imagem dessa revolução lhe valeu, anos depois, o lugar no pôster principal de uma badalada exposição no Metropolitan Museum de Nova York com o título Coração Valente: homens de saia, com imagens e peças de top estilistas do mundo fashion, entre eles o próprio Jean Paul Gaultier. Causou também grande impacto nos desfiles ao utilizar modelos nada convencionais, como homens idosos e mulheres gordas, modelos tatuadas e com piercings, entre outras excentricidades. Isto lhe valeu muita crítica, mas também trouxe enorme popularidade para sua marca.


Em 1990, seu talento recebeu a coroação final ao ser ungido pela deusa máxima do pop, Madonna, que o elegeu como o estilista de sua turnê mundial “Blond Ambition” (do inglês, “ambição loira”). Graças a sua intimidade com a subversão, o estilista trouxe a lingerie à mostra e imortalizou em Madonna o espartilho com os bojos cônicos, imagem que ficou registrada como um dos ícones do final do século. Esse foi apenas o início de uma íntima parceria entre a diva loira e o estilista, que muito rendeu - inclusive um pedido de casamento. Em 1995, Gaultier revelou à imprensa que, por várias vezes, teria proposto matrimônio à pop-star, que lhe disse: “sim, Jean Paul, eu me casarei com você porque é o único homem que não me fez sofrer”. Quando questionado pela imprensa porque a ideia de matrimônio não teria sido concretizada, Gaultier inteligentemente retrucou: “um dia, nos casaremos de verdade, o que acontece é que ainda não criei um vestido de casamento adequado”.


Brincadeiras à parte, por duas temporadas, Madonna brilhou em desfiles do grande amigo. E, de acordo com a sua postura polêmica da época, sempre causando furor. Gaultier também deu um toque de Midas para o segmento dos cosméticos. Vários de seus perfumes bateram recordes de vendas por anos seguidos. O primeiro, feminino, foi lançado em 1993 e a embalagem remetia ao corpete criado para Madonna. O masculino LE MÂLE arrasou quarteirão: ainda é best-seller em muitos países da Europa. Seus perfumes foram inovadores: os frascos tinham forma de bustos masculinos e femininos, e alguns vinham acondicionados em lata. Tal sucesso impulsionou o lançamento não apenas de cosméticos, mas também de uma linha de maquiagem para homens. Delírio para modernos e metrossexuais.


Outro ponto alto de sua carreira foi o ingresso no mundo da alta-costura. Em 1997, ano em que completava duas décadas de sua marca própria, debutou no topo do mundo da moda e, ao lado de seu contemporâneo e também brilhante estilista, o francês Thierry Mugler, celebrizou-se por renovar o mundo da alta-costura com desfiles performáticos e inesquecíveis. Em 2003, aceitou o convite da tradicional e luxuosa Hermès e assumiu a direção criativa da Maison francesa, sendo a primeira vez em sua carreira que desenharia para outra marca. Gaultier repaginou a estética tradicional da marca e foi muito elogiado pela imprensa, além de trazer enormes ganhos financeiros para a Hermès até 2010, quando deixou o cargo.


Depois de muita negociação, em 2011, o grupo espanhol Puig (que detém marcas como Nina Ricci, Paco Rabanne e Carolina Herrera) adquiriu 60% da empresa, sendo 45% comprados do grupo Hermès e 15% do próprio Gaultier. Depois de anunciar que encerraria as coleções de ready-to-wear (que compreende itens femininos e masculinos, além de acessórios), a partir de 2014 a marca se concentrou apenas no desenvolvimento de sua coleção de alta-costura, além dos perfumes. Mais recentemente, em 2016, a Puig também comprou a divisão de perfumes da marca, cuja licença estava nas mãos da japonesa Shiseido. Durante mais de quatro décadas de carreira, o iconoclasta militante coloca sistematicamente em questão os clichês, as normas, os códigos, as convenções e as tradições que ele contorna, desloca, inverte e destrói para melhor reinventá-los.


A linha do tempo 
1988 
Lançamento da JUNIOR GAULTIER, coleção de roupas para adolescentes e jovens. 
1992 
Lançamento da GAULTIER JEANS, coleção baseada em peças jeans com influência da moda de rua. 
Lançamento de uma pequena coleção de móveis. 
1993 
Lançamento do CLASSIQUE, primeiro perfume feminino da marca. 
1994 
Lançamento do JPG by GAULTIER, uma linha mais esportiva e direcionada aos jovens. 
1995 
Lançamento do LE MÂLE, primeiro perfume masculino da grife. 
1997 
Lançamento da primeira coleção de alta-costura da marca francesa. 
1999 
Lançamento do perfume feminino FRAGILE
2002 
Inauguração de sua primeira loja própria nos Estados Unidos, localizada em Nova York. 
2003 
Lançamento de sua primeira linha de cosmético masculina. 
2005 
Lançamento do perfume unissex GAULTIER²
2007 
Lançamento do perfume masculino FLEUR du MÂLE
2008 
Lançamento do perfume feminino MA DAME
2009 
Relançamento da JUNIOR GAULTIER, agora com roupas voltadas para crianças. 
2011 
Lançamento da GALTIER BEBÉ, uma linha de roupas e acessórios para bebês e crianças até dois anos. A nova marca era composta por macacões de tricô, camisetas no estilo marinheiro, além de bodys com as cores da label, vermelho, azul e branco. 
Lançamento do perfume masculino KOKORICO
2017 
Lançamento do perfume feminino SCANDAL. O perfume é ousado como a marca, a começar pelo frasco, que mudou drasticamente após décadas de uma interminável e desejável coleção de bustos. Agora, chegou à vez das pernas. E para deixar as mulheres de pernas para o ar, a marca criou um frasco cuja tampa chama muita atenção pela pequena escultura que apresenta. A modelo húngara Vanessa Axente foi o rosto da campanha de lançamento do perfume, que rapidamente se tornou um enorme sucesso. 
Lançamento de um perfume feminino inspirado na heroína Mulher Maravilha. Para os homens, o escolhido foi o Super Homem. Ambos os perfumes tem edição limitada e os frascos são os já conhecidos bustos feminino e masculino.


Seu talento nas telas e nos palcos 
Além das passarelas, o estilista também deu um show nas telas e nos palcos. Foi responsável por criar o figurino de filmes marcantes de cineastas de muita personalidade e que entraram para a história do cinema não apenas pela genialidade da obra, mas também pelas roupas especialíssimas. Começou com “O Cozinheiro, O Ladrão, Sua Mulher e o Amante” (1989), uma deliciosa experiência visual do diretor inglês Peter Greenway. Prosseguiu com “Kika” (1994), do espanhol Pedro Almodóvar. E, mais uma vez, deixou a marca de sua genialidade ao vestir Andrea Caracortada, a personagem encarnada pela atriz espanhola Victoria Abril. Em 1997, cuidou dos croquis da divertida ficção científica do francês Luc Besson, “O Quinto Elemento”, com a participação de Bruce Willis e da modelo e atriz Mila Jovovitch. Além disso, ele foi responsável pela criação de alguns dos trajes usados pelo roqueiro Marilyn Manson, incluindo as roupas para o álbum The Golden Age of Grotesque. Já em 2008, desenhou o vestido de sereia branco e prata que Marion Cotillard usava no 80º Prêmio da Academia, quando ganhou o Oscar por sua atuação em La Vie en Rose.


Dados corporativos 
● Origem: França 
● Fundação: 1977 
● Fundador: Jean Paul Gaultier 
● Sede mundial: Paris, França 
● Proprietário da marca: Jean Paul Gaultier S.A. 
● Capital aberto: Não (subsidiária da Puig Beauty & Fashion Group S.L.) 
● CEO: Christine Chapellu 
● Diretor criativo: Jean Paul Gaultier 
● Faturamento: €170 milhões (estimado) 
● Lucro: Não divulgado 
● Lojas: 10 
● Presença global: 110 países 
● Presença no Brasil: Sim 
● Funcionários: 200 
● Segmento: Moda de luxo 
● Principais produtos: Roupas e perfumes 
● Ícones: Os vidros de perfume em forma de bustos 

A marca no mundo 
Com 10 lojas próprias localizadas nas mais badaladas cidades do planeta e centenas de pontos de vendas em luxuosas lojas de departamento pelo mundo afora, a marca JEAN PAUL GAULTIER comercializa roupas e perfumes em 110 países. Os perfumes representam aproximadamente 90% do faturamento da marca francesa. 

Você sabia? 
As extravagâncias de Jean Paul Gaultier o tornaram mais famoso do que muitos dos estilistas contemporâneos e lhe valeram alguns convites para atividades fora do mundo da moda, como a apresentação de um programa televisivo inglês chamado “Eurotrash”. 
Em 1987, a França reconheceu o talento de Jean Paul Gaultier, dando-lhe o Oscar da Moda, um evento que iniciou a escalada de prêmios internacionais incluindo a Agulha de Ouro, concedida na Espanha. 
Em 2012, Jean Paul Gaultier foi eleito para o júri da 65ª edição do Festival Cinema de Cannes. Foi o primeiro estilista a ocupar este cargo. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Exame), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers). 

Última atualização em 19/9/2017

3.5.11

PIERRE CARDIN


Imagine o que seria do universo da moda sem a grife PIERRE CARDIN. Para muitos seria chato e totalmente sem graça. O estilista de rara habilidade, tanto com as tesouras nas mãos, quanto na condução dos negócios, sempre foi considerado um ícone da moda e transformou sua marca em uma das mais conhecidas e difundidas no mundo. Como um estilista visionário e homem de negócios incansável, ele é tão famoso que, na China, durante anos, frequentemente era confundido com o Presidente Francês. 

A história 
Nascido na Itália, o estilista cresceu na bela cidade francesa de Saint-Étienne e iniciou os estudos em arquitetura em Paris, curso que largaria pouco depois. Um dos primeiros colaboradores de Christian Dior a partir de fevereiro de 1946, onde cortava os tecidos, em 1950 resolveu fundar seu próprio ateliê de costura, ainda sob a influência do New Look e do apadrinhamento de Dior, que recomendava seu pupilo às mulheres da alta sociedade e aos produtores de teatro. Em 1953, apresentou sua primeira coleção de alta-costura feminina, mostrando às mulheres uma visão futurista da moda, com vestidos esculpidos em tecidos bem cortados. Sua projeção internacional teve início em 1954 com a criação do “robes bulles” (popularmente conhecido como “vestido bolha”), inspirado nas formas esféricas; seguido em 1957 pela criação da saia tulipa, um modelo que tinha pregas próximas ao cós e sumia no comprimento; além das gravatas coloridas. Suas roupas disfarçavam as curvas femininas e contavam com uma forte cartela de cores, principalmente o verde, tom predileto do estilista. Ainda em 1957 inaugurou duas lojas: Eva, para as mulheres; e Adão, para homens. Surpreendeu o universo da moda ao realizar em 1959 o primeiro desfile de prêt-à-porter (roupas prontas para vestir que proporcionaram a democratização da moda). Foi uma das primeiras e múltiplas polêmicas criadas pelo estilista. O prêt-à-porter revolucionou toda a produção industrial da época, que passou a criar roupas em grande escala e de melhor qualidade, oferecendo praticidade e diversas variações não só de estilos, mas também de preço, transformando o nome PIERRE CARDIN em uma marca reconhecida.


Ainda em 1959, Cardin resolveu vender sua primeira coleção feminina de prêt-à-porter na Printemps, a famosa loja de departamentos de Paris. Como resultado de tamanha ousadia e por ter se popularizado, foi expulso do Chambre Syndicale de la Couture Parisienne (órgão dos grandes criadores e no qual dez anos depois ele voltaria para se tornar presidente). Nesta época, ele foi o primeiro a considerar o Japão como um grande mercado de moda. Em 1960 lançou a primeira coleção prêt-à-porter para homens não produzidas na Inglaterra, convocando universitários franceses para a apresentação. No início desta década foi um dos primeiros estilistas a se dedicar à expansão de sua marca, tratando a moda como negócio, com o lançamento de inúmeros tipos de acessórios, desde bolsas, relógios, óculos e posteriormente perfumes. Nesta época ele já era reconhecido mundialmente por seu estilo futurista e experimental utilizando elementos gráficos, geométricos e coloridos. Látex, vinil, cardine (tecido patenteado por ele e cujas fibras recebem modelagem a quente, impedindo de se desfazer). As matérias-primas derivadas de petróleo e com “memória” entraram em sua cartilha fashion, enquanto as formas futuristas acompanhavam as descobertas científicas. Com isso, ao lado de André Courrèges e Paco Rabanne, Cardin formou o trio modernista dos anos de 1960.


Também foi pioneiro ao implantar o sistema de licenciamento de sua marca, que rapidamente trouxe milhões de dólares para a empresa com o lançamento de louças (os primeiros produtos licenciados, em 1968), móveis, colchões, panelas, vinhos e até sardinhas (isso mesmo, o estilista costumava dizer que “uma sardinha é muito mais importante do que um frasco de perfume para quem tem fome”) que levavam o nome PIERRE CARDIN. Porém, anos mais tarde, o feitiço se virou contra o feiticeiro: os grandes nomes da moda perderam o controle de sua imagem e Cardin, amaldiçoado por todos, se tornou o símbolo dessa vulgarização desenfreada, em um case que é estudado nas principais faculdades de marketing até hoje. Em mais uma demonstração de ousadia, no ano de 1964, ele apresentou a coleção Cosmos, trazendo a ideia de moda unissex com túnicas que podiam ser usadas por homens e mulheres. Em 1966, ano em que lançou sua primeira coleção de roupas para crianças, ele renunciou ao seu lugar no Chambre Syndicale e passou a exibir suas coleções no seu próprio espaço, o Espace Cardin, (outrora Théâtre des Ambassadeurs) inaugurado em 1971 na capital francesa. Considerado futurista, o estilo de Cardin nesta década previu muito do que seria a mulher dos anos de 1990. Em 1977, o estilista lançou a primeira coleção de móveis de luxo com a marca PIERRE CARDIN. Em 1979, demonstrando seu tino comercial assinou um acordo comercial com a China para produzir as roupas de sua marca no país.


O licenciamento que tanto trouxe dinheiro também vulgarizou a marca. Para se ter ideia, no começo da década de 1990, a marca contava com mais de 900 produtos licenciados, espalhados por aproximadamente 95 países, com um império cujo faturamento ultrapassava US$ 1 bilhão em royalties. Hoje em dia, esses números caíram para menos da metade. Mas sua importância para o segmento da moda foi tamanha que, em 1991, ele se tornou o primeiro estilista francês homenageado em vida pelo museu de artes decorativas e design Victoria & Albert de Londres com a retrospectiva “Pierre Cardin: Past, Present and Future”. Em 1993, mais uma vez gerou polêmica, quando seus perfumes passaram a ser vendidos na rede de supermercados Carrefour a preços 30% menores que os das lojas especializadas. A partir de 1994, como muitos estilistas de moda da atualidade, Cardin decidiu mostrar suas coleções de alta-costura apenas para um pequeno círculo de clientes e jornalistas selecionados. Em 2009, o estilista voltou a desfilar suas coleções na semana de moda de Paris, após anos de ausência.


Entre as criações que se tornaram marcas registradas da grife PIERRE CARDIN estão os ternos sem colarinho e lapela (popularizados pelos Beatles em 1963), a versão feminina do terno, a gola-capuz, as coleções de primavera, o corte enviesado, as formas geométricas, as golas trabalhadas e audaciosas, as malhas modeladoras e os bodysuits (macacão justo com mangas compridas, fechado com zíper ou botões do umbigo até o pescoço). Durante todas essas décadas, o mérito de Pierre Cardin não está somente no fato de popularizar a alta-costura com o polêmico prêt-à-porter, transformando o “vestir com qualidade” em um produto (mais) acessível. Historicamente, o estilista antecipou através de suas roupas e ideias as mudanças e os comportamentos sociais de cada década, trazendo a moda para as ruas, revigorando o estilo de vestir, sempre com um pé no futuro.


Os perfumes 
Os perfumes sempre foram um importante produto dentro da PIERRE CARDIN. O primeiro deles foi o perfume masculino Pierre Cardin Pour Monsieur, lançado em 1972. Outros perfumes de grande sucesso introduzidos pela marca foram: Choc de Cardin (1981, o primeiro perfume feminino da marca), Paradoxe (1983), Bleu Marine (1986), Maxim’s Homme (1988), Rose Cardin (1990), Enigme (1992), Insatiable (1995), Ophélie (1995), Centaure (1998), Tristan & Yseult (2001), Révélation (2004), Emotion (2006), Pierre Cardin Pour Homme (2007), Black (2007), Cuir Intense (2009), Signé Cardin (2010), Style (2011), Amber Suprême (2012), Miss Choc (2012), L’Intense (2013) e Vertige (2013). Atualmente a licença para desenvolvimento e criação dos perfumes da PIERRE CARDIN está sob os cuidados da tradicional Coty, fundada em 1904.


O gênio por trás da marca 
Pietro Cardin nasceu no dia de 2 de julho de 1922, no pitoresco vilarejo italiano de San Biagio di Callalta, próximo a Veneza, na casa de férias de sua família. Filho de pais franceses, prósperos comerciantes de vinho, se mudou com a família aos dois anos para a França, fugindo das consequências econômicas causadas pela Primeira Guerra Mundial. Aos oito anos já demonstrava habilidade para o desenho, criando roupas para as bonecas das crianças vizinhas. Aos 14 anos, ele já trabalhava como aprendiz de alfaiate e, aos 18, cuidava dos serviços financeiros da Cruz Vermelha, em Vichy. Chegou a Paris em 1945. Trabalhou para a Madame Paquin e depois com Elza Schiaparelli. Em 1946 desenhou o figurino de Jean Cocteau, no filme a “Bela e a Fera”, e logo depois, também trabalhou para a Maison Dior, onde permaneceu durante aproximadamente quatro anos. Finalmente em 1950 montou seu próprio ateliê em Paris, inicialmente criando máscaras e roupas para peças teatrais e lançando sua primeira coleção de alta-costura pouco depois. Era a pedra inaugurou para a construção de um verdadeiro império da moda, que transformariam Pierre Cardin em um dos homens mais ricos da Europa.


Em 1957, revolucionou o conceito de moda masculina, quando abriu a loja masculina Adam (“Adão”), que o consagraria por seus ternos, elevados à categoria de alta-costura. Nesse mesmo ano, fez sua primeira viagem ao Japão e se tornou professor honorário da escola de estilismo de Bunka Fukusoi, onde ensinava o corte tridimensional. Com isso, se tornou um dos primeiros a levar a moda ocidental para a Ásia, desde 1957 no Japão e 1978 na China. Nos anos seguintes se tornou um bem sucedido homem de negócios, comprando em 1981, o tradicional restaurante Maxim’s, inaugurando outras unidades em Nova York, Londres e Beijing. Por ser um ícone da indústria da moda francesa e por ser um homem de negócios internacional, Pierre Cardin foi designado em 1991 como Embaixador da Boa Vontade da Unesco, tornando-se ainda mais conhecido por conta da sua luta contra a Aids. No ano seguinte, se tornou o primeiro costureiro a integrar a Academia de Belas Artes da França. Em 1993, o estilista perde o seu parceiro de vida e trabalho, o francês André Oliver.


Nunca a combinação estilista de moda com homem de negócios foi tão bem-sucedida quanto no caso de Pierre Cardin. Criativo, polêmico e introdutor de novos conceitos na alta-costura, como a modernidade e a praticidade, o estilista, que é recebido no exterior como um verdadeiro Chefe de Estado e dorme em uma célula monástica com vista para o Palácio do Elysée, tem sido, ao longo de mais de 70 anos de carreira, um dos grandes revolucionários em seu segmento. Afinal, qual estilista pode dar ao luxo de fazer com que mais de vinte milhões de pessoas já tenham usado qualquer um dos 350 itens que levam a sua própria marca, desde os famosos Beatles, passando por Rolling Stones e Lady Gaga, até pessoas comuns? Pierre Cardin nunca pegou emprestado em banco sequer um tostão para financiar seus negócios. Além disso, raramente fazia publicidade (salvo para os perfumes da marca) e reinvestiu seus lucros em pedras preciosas. Durante sua brilhante e polêmica carreira, o estilista recebeu vários prêmios importantes, como os Dedais de Ouro nos anos de 1970 ou o Oscar da Moda nos anos de 1980, foi tema de várias exposições, livros e diversas homenagens. Hoje em dia, mesmo com mais de 95 anos, além de dirigir a Maison Cardin, conduzindo todo o processo de designer e criação de seus produtos espalhados pelo mundo, é dono de hotéis, restaurantes, de um museu (inaugurado no bairro do Marais, no centro de Paris, em 2014, onde conta a história da moda e da marca) e espaços culturais (teatros).


A evolução visual 
A identidade visual da marca PIERRE CARDIN, passou por uma acentuada modificação em sua história. Outrora reconhecida pela assinatura do famoso estilista (que ainda é utilizada pelo forte reconhecimento em alguns países, como o Brasil), hoje em dia o logotipo da marca possui letras sóbrias e mais sofisticadas. O tradicional “P” estilizado é utilizado ainda em muitos de seus produtos, como bolsas e óculos.


Dados corporativos 
● Origem: França 
● Fundação: 1950 
● Fundador: Pierre Cardin 
● Sede mundial: Paris, França 
● Proprietário da marca: Société de Gestion Pierre Cardin S.A.S. 
● Capital aberto: Não 
● CEO: Enrico Isenburg 
● Estilista: Pierre Cardin e Maryse Gaspard 
● Faturamento: US$ 400 milhões (estimado) 
● Lucro: Não divulgado 
● Presença global: 97 países 
● Presença no Brasil: Sim 
● Funcionários: 200 
● Segmento: Moda 
● Principais produtos: Perfumes, óculos, relógios, bolsas e roupas 
● Ícones: O próprio estilista 
● Slogan: Today is too important to wear anything else. 
● Website: www.pierrecardin.com.br 

A marca no mundo 
Os produtos da marca francesa, que englobam roupas, acessórios (como relógios, joias e óculos) e perfumes, são comercializados nas melhores lojas de departamento do mundo. Atualmente existem aproximadamente 350 produtos licenciados com a marca PIERRE CARDIN, que são comercializados em aproximadamente 100 países ao redor do mundo. A grife PIERRE CARDIN é tão forte que gera 50 mil empregos indiretos no mundo todo, muitos deles no Brasil, onde a marca está presente oficialmente desde 1969. 

Você sabia? 
Costureiro, designer, artista, empresário de sucesso, diplomata, diretor de teatro (comprou quatro teatros e fez produções no Brasil, México, Alemanha, Estados Unidos e Itália) e proprietário do famoso restaurante Maxim’s, Pierre Cardin é uma das cinco mais conhecidas personalidades francesas no mundo desde os anos de 1960. 
Do Brasil, Pierre Cardin sempre se recorda com nostalgia de sua passagem, em 1973, quando atuou, ao lado de Jeanne Moreau, no filme Joana a Francesa, de Cacá Diegues. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, BusinessWeek, Elle e Vogue), jornais (Folha, Estadão e Valor Econômico), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers).
 
Última atualização em 15/9/2017