Com origens humildes, mergulhadas no legado escocês, o uísque White Horse se tornou um dos mais consumidos do mundo. Apreciado sozinho, com gelo ou como ingrediente em coquetéis, o centenário White Horse agrada tanto aos iniciantes quanto aos apreciadores mais experientes de um bom uísque escocês. Afinal, composto por mais de 35 maltes, White Horse é feito para acompanhar bons momentos.
A história
A história remonta ao início da década de 1880, quando James Logan Mackie fundou um pequeno comércio de uísques. James já era sócio da destilaria de Lagavulin, na ilha de Islay, desde 1861 e, em 1878, seu sobrinho Peter Jeffrey Mackie juntou-se aos negócios. Em 1890, Peter vislumbrou o potencial de um uísque de malte misturado de alta qualidade para o mercado internacional e orgulhosamente desenvolveu e apresentou o Mackie’s White Horse Cellar Scotch Whisky. A inspiração do nome veio de uma pousada/estalagem em Edimburgo e de propriedade da família Mackie - chamada White Horse Inn - de onde partiam os mais bravos cavalheiros da região, com destino a Londres, e também conhecida por sua hospitalidade e seleção de uísques.
Em 1891 a empresa foi renomeada para Mackie & Co. e White Horse foi registrado como marca. Peter Mackie viajava até as destilarias para selecionar os melhores maltes e grãos para a produção de seu uísque. Ele também misturava o uísque de várias destilarias, o que resultou em um sabor único e característico que fez do White Horse um sucesso imediato entre os escoceses. Depois de conquistar o mercado escocês, em 1900 o uísque White Horse começou a ser exportado pela primeira vez. E foi somente em 1901 que o uísque White Horse foi lançado no mercado inglês, onde rapidamente se tornou apreciado e muito popular. Nos anos seguintes White Horse - feito a partir de uma mistura de diferentes single malts e uísques de grãos, envelhecidos em barris de carvalho por pelo menos três anos - ganhou popularidade em vários mercados internacionais.
Com a morte de Sir Peter Mackie em 1924, a empresa mudou seu nome para White Horse Distillers Ltd., em homenagem ao seu produto mais conhecido. Pouco depois, em 1926, e sempre investindo em inovação, o uísque White Horse foi lançado com tampa de rosca - que substituiu a rolha de cortiça tradicional, dispensando assim a necessidade de usar saca-rolhas - o que fez as vendas dobrarem em seis meses. No ano seguinte, a White Horse Distillers se tornou parte da DCL (Distillers Company Ltd.), formada em 1877 como uma fusão de seis destilarias de uísque de grãos com o objetivo de alocar a produção em proporções fixas e definir preços para destilados de grãos. A nova proprietária retirou o uísque White Horse de seu mercado doméstico (entenda-se Reino Unido), concentrando-se em suas vendas no exterior. Em 1936 a marca ampliou seu portfólio com o lançamento do White Horse 8 Years, composto por uísques envelhecidos por no mínimo 8 anos.
No final dos anos de 1960, White Horse se tornou ainda mais popular devido a uma campanha publicitária composta por peças impressas que mostravam pessoas acompanhadas por um cavalo branco em vários ambientes, como uma festa no jardim, e que carregava o slogan “You can take a White Horse anywhere” (em português algo como “Você pode levar um Cavalo Branco para qualquer lugar”). Em 1983 foi lançado no Japão - que já era um dos mercados mais importantes pra a marca no mundo - o White Horse Extra Fine, composto por uísques envelhecidos por 12 anos. Em abril de 1986, a tradicional cervejaria irlandesa Guinness (conheça essa outra história aqui) adquiriu a DCL e passou a ser proprietária da marca White Horse. Pouco depois, no ano de 1987, em um pesado investimento de marketing, o White Horse se tornou o uísque oficial da America’s Cup, a mais famosa e prestigiada regata do iatismo do mundo.
Em 1990 a marca introduziu exclusivamente para o mercado japonês, o White Horse Mild, um uísque com presença menor do single malte Lagavulin. Em 1997 a Cervejaria Guinness (então proprietária da White Horse) e a Grand Metropolitan (que ingressou no segmento de bebidas alcoólicas na década de 1970), anunciaram a fusão de suas operações, para formar a Diageo (conheça essa outra história aqui), que passou a ser dona da marca White Horse. Em 2007, White Horse foi considerado pelo famoso crítico de uísques Jim Murray o blended do ano. Em 2014 ocorreu o lançamento da edição limitada White Horse Gold Edition 1900, uma versão mais leve da mistura padrão - presumivelmente porque contém menos Lagavulin, ou talvez nenhum - e batizado assim para homenagear o ano em que White Horse foi exportado pela primeira vez.
Presentear com o uísque White Horse é uma escolha versátil e memorável. Seu sabor intenso e equilibrado agrada aos paladares mais exigentes, tornando-o um presente ideal para apreciadores de uísque. Seja para celebrar uma ocasião especial ou simplesmente demonstrar apreço, o White Horse é uma opção clássica e divertida que certamente será apreciada.
A popular garrafa de White Horse é amplamente reconhecida por possuir no rótulo um cavalo branco, que segundo a história da marca representa a energia e a força do animal, características também presentes em seu sabor marcante e equilibrado. Além disso, o ícone do Cavalo Branco significa lealdade e virilidade. Ao longo dos anos a garrafa de White Horse foi remodelada diversas vezes, tanto no formato como no rótulo. A última remodelação aconteceu em 2023 (última imagem à direita), quando a garrafa voltou a ter um formato longilíneo.
To The Good Ones. (2017)
There’s no mistaking White Horse. (2008)
A time and a taste all of its own. (1993)
Blended to let the malt shine through. (1987)
Distinctive Scotch whisky. (1985)
Ahead by its nose. (1984)
The Scotch that’s always welcome. (1983)
White Horse. The difference between ordinary and legendary. (1969)
The good guys are always on the White Horse. (1968)
You can take a White Horse anywhere. (1967)
There’s no mistaking White Horse. (1964)
O whisky perfeito para o seu rolê. (Brasil)
Para os amigos, Tudo. (2014, Brasil)
White Horse. Com amigos é assim. (2014, Brasil)
Essência de Liberdade. (1996, Brasil)
● Origem: Escócia
● Lançamento: 1890
● Criador: Peter Mackie
● Sede mundial: Londres, Inglaterra
● Proprietário da marca: Diageo plc
● Capital aberto: Não
● CEO: Debra Crew
● Faturamento: Não divulgado
● Lucro: Não divulgado
● Presença global: 100 países
● Presença no Brasil: Sim
● Segmento: Bebidas alcoólicas
● Principais produtos: Uísques
● Concorrentes diretos: Black & White, Ballantine’s, 100 Pipers, Grant’s, William Lawson’s, Dewar’s, Cutty Sark, The Famous Grouse, Teacher’s Johnnie Walker e J&B
● Ícones: O cavalo branco
● Slogan: O whisky perfeito para o seu rolê.
A marca no mundo
O uísque White Horse, um dos dez mais consumidos do mundo, é comercializado em mais de 100 países. Pertencente ao grupo Diageo, proprietário de marcas como Johnnie Walker (conheça essa outra história aqui) e Tanqueray (conheça essa história aqui), o White Horse vende anualmente mais de 2.6 milhões de caixas (dados de 2023). Os maiores mercados da marca são Japão, Rússia, Brasil, Estados Unidos, Grécia e África.
Você sabia?
● O White Horse foi um dos primeiros uísques escoceses a serem introduzidos no Brasil e ficou carinhosamente conhecido como “Cavalo Branco”.
● A receita exata do White Horse é um segredo, mas sabe-se que o Lagavulin, um single malt defumado da ilha de Islay, é um dos principais componentes do uísque. A lendária Destilaria Lagavulin fica na beira do mar e a névoa salina encharca a turfa usada para secar a cevada maltada. É isso que dá ao Lagavulin seu sabor único, que é sutilmente evidente na White Horse.
● White Horse foi mencionado no livro Drácula, de Bram Stoker, como um dos uísques favoritos do personagem principal.
As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Exame), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand) e Wikipedia (informações devidamente checadas).
Última atualização em 13/11/2024
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