Desejadas alianças, cobiçados anéis e gargantilhas, relógios com design e funcionamento impecável e uma tradição em suprir a joalheira da realeza europeia fazem parte do universo sofisticado da marca mais tradicional no segmento da alta joalheria: a francesa CARTIER. Uma das mais antigas joalherias do mundo, sempre satisfazendo aos caprichos da realeza, das estrelas do cinema e dos abonados mortais, a CARTIER goza de uma reputação invejável por produzir e criar apenas joias, relógios e acessórios da mais alta qualidade. A marca, que segue fielmente a filosofia “Inovar sem perder a classe, transformar com bom gosto e ser a vanguarda da criação com a audácia da excelência”, é sinônimo de luxo desde que foi criada.
A história
A história da tradicional joalheria começou em 1847 quando Louis-François Cartier assumiu o controle da pequena oficina de joias de seu mestre, Adolphe Picard, localizada no número 29 da Rue Montorgueil, rua mais cara e chique de Paris na época, e resolveu patentear sua própria marca representada pelo famoso coração entre as iniciais L e C em um losango. Surgia assim a Maison Cartier, cujo idealizador estava apenas iniciando um império e lançando uma das mais luxuosas grifes de relógios e joias do mundo. Apenas quatro anos depois, Napoleão III ascendeu ao poder, e através da Condessa Nieuwerkerke, o jovem Cartier tornou-se fornecedor da Corte Real. Em 1853, implantou o atendimento personalizado e elitizado, abrindo suas portas para uma clientela privada e exclusiva. Pouco depois, em 1859, alugou um imóvel no Boulevard des Italiens, onde ficaria por 40 anos e conquistaria uma clientela mais ampla, como as damas da alta sociedade que passavam por ali para ir ao Jardin des Tuileries. As joias de CARTIER eram caracterizadas por um toque leve, arejado, em contraste com os ornamentos formais e pesados do período. Nesta época, a CARTIER encantou a imperatriz Eugénie que encomendou um conjunto de chá em prata e passou a ser uma cliente fiel. Esse era o empurrão que a marca precisava para ir cada vez mais longe e se tornar ainda mais conhecida.
Em 1873 seu filho, Alfred, ingressou como sócio no negócio e expandiu-o consideravelmente. Isto incluiu relógios, que Louis-François tinha apenas mostrado interesse. Seu outro filho, Louis, também entrou na sociedade em 1898, e a loja passou a se chamar Alfred Cartier & Fils. No ano seguinte a loja mudou de endereço indo para o número 13 na Rue de La Paix e transformou o bairro Vendôme no coração internacional da joalheira. A CARTIER de Londres foi inaugurada em 1902 como uma modesta loja no número 4 da New Burlington Street, comandada por Pierre Cartier. Nesta época a grife recebeu um pedido de 27 tiaras para a cerimônia de coroação de Eduardo VII, o rei da Inglaterra, que declarou “Cartier, joalheiro dos reis, rei dos joalheiros”. Dois anos mais tarde, o rei honrou a CARTIER com o certificado de Fornecedor da Corte e a marca se impôs como a mais prestigiosa do mundo.
Inovador, Louis Cartier assinou, ainda em 1904, o primeiro relógio de pulso com pulseira de couro do mundo, desenvolvido especialmente para seu grande amigo, o aviador brasileiro Alberto Santos Dumont, que reclamou do desconforto dos relógios de bolso durante seus voos (pois era preciso primeiro tirar do bolso, abrir uma tampa para então ver as horas). Cartier assumiu o desafio, desenhando um relógio de pulso plano com um peculiar formato quadrado. Louis elevou a empresa a um alto nível de excelência, renascendo o estilo “Garland” – ornamentos de diamante montados em platina. Em 1909, a transição do estilo Garland para as formas mais modernas caracterizou-se pela eliminação progressiva volutas para designs mais lineares, introduzindo formatos básicos de geometria como quadrados, círculos e conceitos opostos desses dois elementos dentro do design.
Ainda em 1909, Pierre Cartier, abriu uma suntuosa loja em Nova York, localizada no número 712 da badalada 5ª Avenida. Ainda neste ano, a CARTIER se mudou para o icônico endereço na New Bond Street, em Londres. No ano seguinte a marca inaugurou lojas em Moscou e no Golfo Pérsico, iniciando assim uma forte expansão internacional, que culminou com a inauguração em 1935 de uma sofisticada butique em Monte Carlo, seguida em 1938 por uma unidade em Cannes. Durante a Segunda Guerra Mundial, a CARTIER passou por enormes dificuldades, a produção e as vendas caíram vertiginosamente e quase não há informações a respeito do mercado nem das criações da época. Para piorar, em 1942, Louis Cartier faleceu e seus sucessores foram incapazes de continuar sem o seu gênio artístico. Como resultado, a empresa tornou-se financeira e artisticamente estagnada. Com isso, em 1968, um grupo de investidores liderados por Robert Hocq comprou uma parte da empresa e assumiu o comando da grife. Neste momento, a CARTIER passava de uma empresa familiar para uma multinacional e a marca ganhou um sopro de juventude e modernismo tendo Alain Perrin como seu principal executivo. Alain começou a trazer novos conceitos para a marca, como também novos materiais.
Em 1973, foi criado o conceito Les Must de Cartier (desenvolvimento de produtos como joias e acessórios em couro, como bolsas e carteiras, mais acessíveis e modernos, mas com a centenária tradição CARTIER). No final desta década, em 1979, todo grupo foi unificado em uma única empresa chamada CARTIER MONDE, que uniu as três Maisons (Paris, Londres e Nova York). Logo depois, em dezembro, Robert Hocq faleceria aos 63 anos, vítima de um acidente de automóvel. Começaria então uma nova era para a marca francesa. No começo da década seguinte surgiram as canetas, os primeiros perfumes, em 1983 chegaram às lojas os óculos (de sol e de grau) e, em 1987, produtos de arte e mesa, com porcelanas, pratas e cristais. Com isso, a CARTIER atingiu novos clientes, sempre abonados e dispostos a ostentar o luxo que a marca tinha a oferecer. Ainda nesta década, em 1983, surgiu a “Colection Ancienne Cartier”, uma coleção que reunia peças para mostrar a evolução histórica e artística da joalheria. Mais tarde tal coleção passou a se chamar “Cartier Collection”. Em 1993, a marca francesa passou a fazer parte do grupo Vendôme (hoje o conglomerado Richemont).
Em setembro de 2001, a ligação da marca com a arte resultou na revista Cartier Art, cuja ideia era expressar uma visão singular sobre a arte e a arte de viver, além de perpetuar os valores fundamentais para a marca. A capa de todas as edições remete ao tom que é o símbolo da marca: o vermelho-escuro. Nos anos seguintes a marca inaugurou inúmeras lojas em endereços nobres de várias cidades cosmopolitas. Entre as inaugurações pelo mundo, um dos destaques foi a instalação, em 2003, na chique Avenue des Champs-Elysées, número 154, na cidade de Paris. Um novo cenário para o espírito CARTIER, uma marca responsável por descobrir que a platina é mais duradoura que o ouro branco e desenvolver o diamante em forma de baguete (retangular).
A linha do tempo
1888
● Lançamento de um dos primeiros relógios de pulso da joalheria, direcionados ao público feminino.
1906
● Introdução da primeira caneta com linhas ovais.
1909
● Patenteou as fivelas dobráveis para relógios de pulso.
1910
● Produção de um anel com o diamante azul Hope, de impressionantes 44 quilates.
1911
● Lançamento do relógio THE SANTOS, inspirado no modelo feito por Louis em 1904 para o aviador brasileiro Alberto Santos Dumont.
1912
● Lançamento do relógio COMÉTES.
● Lançamento dos relógios BAIGNOIRE (com sua inconfundível caixa oval) e TORTUE (com suas formas arredondadas, que manifestava a sublime atemporalidade que caracterizaria a tradição relojoeira da marca).
1913
● Lançamento de um marco na história da marca: o primeiro relógio MYSTERY. Seu segredo sempre foi mantido, mas sabe-se que o mecanismo é baseado na ilusão de ótica. O relógio recebeu este nome porque os ponteiros parecem flutuar no espaço, mas na verdade eles estão fixados em um aro de metal conduzido por engrenagens disfarçadas nas bordas da caixa que envolve o mecanismo, geralmente feita em materiais preciosos, como jade e ônix.
1914
● Atendendo a um pedido do Duque de Windsor, a fim de presentear sua esposa, a CARTIER confeccionou um broche motivo Panthère em platina, sobre uma safira caxemira em cabochão de 152.35 quilates. A partir deste momento as joias com a pantera passaram a ser desejadas pelas mulheres e o sucesso imediato fez com que a rainha dos felinos se tornasse um dos símbolos da refinada Maison francesa. Esse broche se tornou a joia fetiche da CARTIER.
1919
● Lançamento do relógio TANK, que com seu formato retangular era triunfo da elegância pura e do design atemporal. O nome do relógio é uma homenagem às equipes dos tanques aliados da Primeira Guerra Mundial.
1924
● Lançamento do TRINITY. O lendário anel foi criado juntamente com o artista plástico Jean Cocteau para um amigo de Cartier. Trata-se de três alianças entrelaçadas em três tons de ouro: branco para a amizade, amarelo para a fidelidade e rosa para o amor. Até hoje, a coleção Trinity continua a ser muito desejada por sua elegância. A coleção cresceu e passou a incluir algumas variações, como brincos e peças decoradas com diamantes, sem contar as opções em platina e cerâmica. Entretanto, um aspecto permanece intacto: o design dos três elos entrelaçados.
1926
● Lançamento da coleção de relógios de pulso BAGUETTE. Eram em miniaturas com menos de 1 cm de largura, decorados com pedras preciosas.
1933
● Lançamento do PASHA, primeiro relógio a prova d’água do mundo. O relógio de forma redonda possuía uma coroa ligada à caixa por uma pequena corrente para garantir que funcionasse em baixo d’água.
● Registra patente para a “montagem invisível”, uma técnica na qual o metal desaparece, mostrando apenas as pedras das joias.
1935
● Lançamento de seu primeiro anel de pantera, feito de ouro amarelo e revestimento preto.
1968
● Lançamento do isqueiro LE BRIQUET CARTIER. Pela primeira vez, um objeto funcional (o isqueiro) era conhecido em todos os lugares como um objeto de luxo.
1969
● O famoso LOVE BRACELETE é criado pela CARTIER de Nova York, obra do designer Aldo Cipullo. A peça foi inspirada em uma prática medieval: guerreiros antes de saírem para batalhas, muitas vezes “trancavam” suas esposas com cintos de castidade de ferro pra mantê-las fiéis. O designer então teve a ideia de criar um símbolo moderno dessa tranca e desenhou uma pulseira com parafusos, que vinha com uma pequena chave de fenda pra abrir e fechar.
1974
● Lançamento da primeira coleção de objetos em couro da marca, que incluía carteiras, moedeiras e porta-cheques.
1976
● Lançamento da primeira caneta oval da marca.
1978
● Lançamento da primeira coleção de cachecóis.
1981
● Lançamento dos primeiros perfumes da marca: MUST de CARTIER (feminino) e SANTOS (masculino). Desde então a marca já lançou mais de 90 perfumes.
1983
● Lançamento da primeira coleção de óculos.
1987
● Lançamento da coleção de louças (porcelanas, cristais e pratas).
1988
● Lançamento do perfume DÉCLARATION.
1993
● Lançamento das mini-carteiras PANTHÉRE em crocodilo pastel.
1995
● Lançamento do perfume SO PRETTY.
2001
● Lançamento da MELI MELO, uma coleção de joias à base de pedras brasileiras, como a água-marinha e a granada laranja.
● Lançamento do ROADSTER, um relógio com duas pulseiras intercambiáveis (uma mais refinada em couro e outra mais esportiva em metal) que desafia o tempo com seu design robusto, inspirado nas corridas automobilísticas dos anos de 1950 e 1960.
● Lançamento da DÉLICES de CARTIER, uma coleção de joias confeccionadas com pedras coloridas, inspirada em frutas, flores e cores.
2004
● Lançamento da nova coleção de relógios SANTOS 100, confeccionados em ouro e aço, em comemoração aos 100 anos de criação da série Santos Dumont. Após mais de 100 anos, o relógio conserva todos os seus parafusos originais e somente cinco artesãos no mundo sabem como montá-lo com perfeição.
2005
● Criação do serviço de perfumes feitos sob encomenda.
2006
● Lançamento da coleção de relógios LA DOÑA, cuja caixa é trapezoidal. O relógio está disponível em três versões: ouro branco com brilhantes, ouro rosa e aço, e ouro amarelo. A CARTIER buscou inspiração na imagem da atriz mexicana Maria Félix, famosa pelas joias extravagantes que exibia em seus filmes.
2008
● Lançamento do BALLON BLEU, um relógio cronógrafo extremamente robusto, cuja caixa é redonda.
● Lançamento do perfume CARTIER ROADSTER, que recebeu esse nome em homenagem ao relógio da marca e está acondicionado em um frasco, cuja tampa foi inspirada na coroa do relógio.
2009
● Lançamento da SECRETS et MERVEILLES, uma coleção de joias extremamente refinada que representa o mistério e a beleza.
2010
● Lançamento do perfume unissex ESSENCE D’ORANGE.
2014
● Lançamento do perfume feminino La Panthère, que remonta ao emblemático símbolo da marca. Envolto em uma luxuosa embalagem que exibe a fronte de uma pantera esculpida tal qual um diamante, o perfume traz aromas de gardênia e almíscar, no que a marca chama de “floral felino”.
As lojas
Ou melhor, butiques, como a marca francesa gosta de se referir aos seus sofisticados pontos de venda. E não é para menos. Elas estão localizadas nos endereços mais caros e luxuosos do planeta, como por exemplo, a 5ª Avenida (Nova York), Rue de La Paix (Paris, sendo a loja mais antiga da marca ainda em funcionamento e que já virou sinônimo de porta de entrada para o universo CARTIER), Avenue des Champs-Elysées (Paris), Place Vendôme (Paris), New Bond Street (Londres), Via Condotti (Roma), Rodeo Drive (Los Angeles) e Minami-Aoyama (Tóquio). Algumas butiques da marca exibem o conceito “Bronze Concept” planejado pelo arquiteto Bruno Moinard, onde tudo dentro do ambiente remete às tradições da grife. Além disso, 80 das mais de 200 butiques da marca contam com um espaço exclusivo para a linha Bridal (noivas), onde solitários, alianças e os mais diversos acessórios estão dispostos em um ambiente exclusivo para garantir a privacidade dos clientes ao escolher as peças mais desejadas para a cerimônia. Na época de Natal, as butiques instaladas nesses endereços se tornam pontos turísticos concorridíssimos em virtude de sua primorosa decoração, que não se restringe apenas as vitrines, mas também abrange as fachadas, geralmente decoradas com um imenso laço vermelho e suas belíssimas caixas.
Os ícones da Cartier
Ao longo de sua história a grife criou verdadeiros ícones dentro do segmento da alta joalheria. Começando pelo logotipo dos dois “C” entrecruzados, visto abundantemente em seus artigos em couro. Depois criou as alianças mais cobiçadas do mundo, símbolos eternos de um amor duradouro. Criou ainda a tradicional caixinha na cor vermelho-escuro, onde repousam anéis, colares, brincos e gargantilhas que serão dados como presente, dos Deuses é claro. Apesar de assinar linhas completas de joias e até mesmo perfumes, muitos especialistas dizem que o melhor produto da CARTIER são os relógios, cujo segredo está na perfeição combinada com sofisticação e tecnologia.
A incrível, intrigante e inspiradora Pantera (em francês “Panthère”) é um símbolo da CARTIER. O imponente felino cruzou o caminho da marca francesa pela primeira vez em 1914, quando Louis Cartier (neto do fundador da empresa, Louis-François Cartier) encomendou ao artista francês George Barbier um convite para uma exposição de joias cujo desenho tinha uma mulher usando joias e uma pantera negra. Ainda em 1914, o felino reapareceu sob a forma da estampa de um relógio preto e branco feito de ônix e diamantes. Acredita-se que tenha sido Charles Jacqueau, um designer da marca e pioneiro na joalheira Art Deco, quem traduziu pela primeira vez o padrão da pantera. Um estilo, então designado “pavage peau de panthère”, que auxiliou a definir a imagem da marca na década de 1920. Três anos depois, Louis Cartier presenteou a amiga e designer Jeanne Toussaint com um porta-cigarros com o desenho de uma pantera, item que nunca chegou a ser comercializado pela marca. Em 1918, Jeanne se juntou à equipe da CARTIER e rapidamente se apaixonou pela pantera. Por causa de seu temperamento arrojado e elegante, ela acabou se tornando algo como a personificação da criatura, ganhando o apelido de “La Panthère”. Ao ser nomeada diretora criativa da CARTIER em 1933, Jeanne Toussaint, que ocuparia este cargo até 1968, foi a grande responsável por manter esse símbolo vivo nas joias da grife ao longo das décadas seguintes.
Em 2014, a CARTIER comemorou o centenário de seu maior ícone com o lançamento da maior coleção de sua história, composta por 56 peças, que traziam o felino em colares, braceletes, anéis, broches e brincos em estilos diversos. Durante mais de um século, a pantera tornou-se um ícone praticamente onipresente no universo da marca francesa, aparecendo em inúmeros trabalhos, joias, relógios e na comunicação da CARTIER. Atualmente, o animal está presente na caixinha de joias de mulheres poderosas como Gwyneth Paltrow, Lady Gaga e Cara Delevingne provando que, mesmo com mais de um século de história, continua sendo o felino mais estiloso do mundo.
A responsabilidade social
O Cartier Women’s Initiative Awards é um concurso internacional de projetos de negócios criado em 2006 pela CARTIER em conjunto com o Women’s Forum, McKinsey & Company e a escola de negócios INSEAD para identificar, apoiar e incentivar projetos inovadores liderados por mulheres empreendedoras. Os projetos devem ter fins lucrativos, ser criativos, estar na fase inicial (de um a três anos de atividade) e ser comandados por uma mulher. É um prêmio que incentiva e apoia futuras empresárias que tem audácia de criar, inovar e imaginar o futuro. Todos os anos são premiadas seis mulheres empreendedoras, uma laureada por continente (América Latina, América do Norte, Europa, África Subsaariana, Médio Oriente e Norte da África, Ásia-Pacífico). Em 2014, pela primeira vez, uma brasileira venceu a competição. A jovem Bel Pesce foi a campeã dentre as candidatas da América Latina, com seu projeto FazInova, uma escola de empreendedorismo, inovação e networking que oferece cursos online sem custo sobre empreendedorismo. Até o momento, o projeto tem apoiado mais de 140 mulheres em todo o mundo. Nos últimos anos, negócios de diferentes áreas – de moda a saúde, de viagens a consultorias, da indústria alimentícia ao mercado financeiro – foram contemplados, todos com forte impacto social ou ambiental.
Clientes famosos
Na mítica história da CARTIER há muitas pessoas famosas que foram clientes fiéis e responsáveis por elevar a marca francesa ao patamar de luxo incontestável, como por exemplo, o Duque e a Duquesa de Windsor, a estonteante Grace de Mônaco, a atriz mexicana Maria Félix, com os seus braceletes em forma de cobra, e o ator Richard Burton, que comprou em 1969, em um leilão da marca, um diamante de 69 quilates para a então esposa Liz Taylor. Também foram seus clientes assumidos Marilyn Monroe, Nina Dhier, Edith Piaf, Aristoteles Onassis e Charles de Gaulle (só dava presentes oficiais da CARTIER). Além disso, a CARTIER se tornou Fornecedora Real dos monarcas da Espanha (1904), Portugal (1905), Rússia (1907), Sérvia (1913), Bélgica (1919), Romênia, Egito (1929), Albânia (1939) e Mônaco. Durante sua rica história a CARTIER já possuiu embaixadores globais estrelados, como por exemplo, a estonteante atriz italiana Monica Bellucci (protagonista de filmes como Matrix Reloaded e A Paixão de Cristo).
165 anos de sofisticação
Em 2012 a marca francesa completou 165 anos de pura sofisticação. Para comemorar tão importante data a marca lançou no mês de fevereiro o filme publicitário L’Odyssée de Cartier (“A Odisséia de Cartier” em português), dirigido pelo artista multimídia Bruno Aveillan, resultado de dois anos de intensos trabalhos de um time de 50 talentosos profissionais. O jornal britânico The Daily Telegraph classificou os 3 minutos e meio do filme de “uma pequena obra-prima”, para cuja produção a marca francesa, decididamente, não economizou. É um épico cinematográfico que conta a história da Maison, seus valores e inspiração e o âmbito artístico e universal da marca.
Na história, o símbolo icônico da marca – a pantera – realiza uma épica jornada mundo afora rumo a momentos e locações vitais para a riquíssima história da CARTIER. O esplêndido felino percorre países e cidades como São Petersburgo, totalmente coberta de neve, uma clara alusão as joias que a grife por décadas fabricou especialmente para a família do czar da Rússia; China, onde enfrenta uma mítica serpente dourada; Índia, em um palácio erguido sobre um elefante e repleto de joias; até saltar sobre as asas do 14-bis, célebre avião do Pai da Aviação, Alberto Santos Dumont. Do 14-bis a pantera desce sobre o teto de um magnífico edifício até chegar à gloriosa Place Vendôme, sede principal da CARTIER, de onde vai ao encontro da bela modelo Shalom Harlow dentro do Grand Palais. Clique na imagem abaixo para assistir ao filme.
A evolução visual
A identidade visual da marca passou por pequenas remodelações ao longo dos anos, principalmente em relação à tipografia de letra. O logotipo da marca também pode ser aplicado na cor vermelho-escuro.
O tradicional símbolo das duas letras C entrecruzadas também evoluiu com o passar dos tempos.
Os slogans
True love has a color and a name. (2012)
150 years of history and romance. (1997)
The art of being unique. (1996)
Jewelers since 1847. (1996)
L’art d’être unique. (1988)
Dados corporativos
● Origem: França
● Fundação: 1847
● Fundador: Louis-François Cartier
● Sede mundial: Paris, França
● Proprietário da marca: Cartier S.A.
● Capital aberto: Não (subsidiária da Compagnie Financière Richemont S.A.)
● Chairman: Johan Rupert
● CEO: Cyrille Vigneron
● Faturamento: US$ 6.1 bilhões (2016)
● Lucro: Não divulgado
● Valor da marca: US$ 7.738 bilhões (2016)
● Lojas: 200
● Presença global: 125 países
● Presença no Brasil: Sim
● Segmento: Joalherias
● Principais produtos: Joias, relógios, perfumes e artigos em couro
● Concorrentes diretos: Tiffany & Co., Bulgari, Boucheron, De Beers, Piaget, Chopard e Van Cleef & Arpels
● Ícones: A caixinha vermelha e a Pantera
● Slogan: True love has a color and a name.
● Website: www.cartier.com.br
O valor
Segundo a consultoria britânica Interbrand, somente a marca CARTIER está avaliada em US$ 7.738 bilhões, ocupando a posição de número 62 no ranking das marcas mais valiosas do mundo.
A marca no Brasil
A joalheria está presente no Brasil desde o começo dos anos de 1970, inicialmente representada pela Natan. Em junho de 1997, com resultados encorajadores, a CARTIER decidiu vender suas exclusivas joias no país. Assim, inaugurou sua primeira loja na badalada Rua Haddock Lobo, em São Paulo. Com o êxito obtido e uma rede de revendedores pequena, mas qualitativa, decidiu abrir, em dezembro de 1999, outra loja em Ipanema, no Rio de Janeiro permitindo assentar a marca nas duas principais cidades do país. Devido à crise econômica que assolou o mundo a partir de 2008, a CARTIER manteve apenas a loja de São Paulo em funcionamento. Atualmente a marca possui três lojas no país.
A marca no mundo
A CARTIER, maior joalheria do mundo, cria, produz e vende além de joias, relógios, perfumes, artigos em couro e acessórios, em suas mais de 200 lojas próprias e revendedores licenciados (aproximadamente 10 mil) em mais de 120 países ao redor do mundo. Aproximadamente 75% do faturamento da marca (em 2016 foi de US$ 6.1 bilhões) é gerado por joias e relógios. A CARTIER integra o Grupo Richemont, um dos três maiores conglomerados que controlam o mercado de luxo mundial.
Você sabia?
● A marca tem uma grande e moderna fábrica em Genebra com mil funcionários que trabalham na criação e produção de relógios. Os ateliers responsáveis pela criação de suas aclamadas joias estão localizados em Paris.
● A marca é o mais puro sinônimo de luxo no Reino Unido, sendo endossada pela Família Real. Tanto que, em 2011, no casamento do príncipe William com Catherine Middleton, duquesa de Cambridge, a bela moça utilizava uma luxuosa tiara de 888 diamantes da CARTIER de 1936, pertencente à Rainha Elizabeth, um presente de sua mãe quando completou 18 anos.
As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek, isto é Dinheiro e Exame), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), portais (Fashion Forward), programa Mundo SA, Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers).
Última atualização em 20/8/2017
6 comentários:
Por favor vc pode me informar qual o publico alvo dessa marca???
BGD!! (Camila)
Não é óbvio que é o tipo de publico classe A?
Eu adoro as suas matérias. E gostaria de poder indicar este site que minha esposa adora millanibijuterias.com.br vale a pena!
Grata eternamente ao meu marido por me presentear com a aliança Love de Cartier, na ocasião de nosso casamento. Um sonho realizado! Que ícone, que tradição, que luxo!
Love Cartier
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