28.1.13

ROVIO


Atire a primeira pedra, ou melhor, o primeiro pássaro quem nunca jogou ou ouviu falar de uma trupe de pássaros enfurecidos que se atiram pelos ares para recuperar ovos roubados por endiabrados porcos verdes. Foi assim que a finlandesa ROVIO se tornou um sucesso, ao transformar o game ANGRY BIRDS em um fenômeno cultural digital capaz de arregimentar milhões de fãs em qualquer canto do planeta.

A história
A história começou no ano de 2003 quando Niklas Hed, Jarno Väkeväinen e Kim Dikert, três estudantes da Universidade de Tecnologia de Helsinki, na Finlândia, após ganharem uma competição de desenvolvimento de jogos para celular, patrocinada pela Nokia e HP, fundaram a Relude como um pequeno e modesto estúdio para o desenvolvimento de games. O primeiro lançamento da empresa foi Mole War, primeiro game para plataformas móveis com multiplayer em tempo real no mundo. Dois anos depois, a jovem empresa recebeu investimentos externos e assumiu o nome de ROVIO MOBILE. Entre um jogo e outro, o sucesso seria celebrado com o lançamento no dia 10 de dezembro de 2009 do game ANGRY BIRDS, inicialmente desenvolvido para iPhone. O game que mudou os rumos da empresa tinha uma história singela: os pássaros estão com raiva porque um grupo de maléficos porcos verdes roubaram seus ovos. Os porcos tentam se esconder em estruturas de variados materiais, como madeira, vidro ou pedra. Resta ao jogador a simples tarefa de usar um estilingue para arremessar os furiosos pássaros contra esses refúgios, atingindo todos os porcos e causando o máximo de destruição possível.


A simplicidade do jogo e o carisma dos personagens ajudaram o título a se tornar um fenômeno cultural, o primeiro oriundo da geração atual de plataformas móveis, ganhando versões para os sistemas Android e Windows. Após o incrível sucesso da primeira versão nada mais natural do que lançar uma continuação. Isto ocorreu em outubro de 2010 com ANGRY BIRDS SEASONS, uma edição especial do jogo (gratuita), trazendo fases temáticas, como por exemplo, Natal, Dia das Bruxas, Ano Novo Chinês e Dia dos Namorados. Apesar da roupagem diferente, a mecânica do jogo era a mesma, com a adição de alguns novos poderes para os enfezados pássaros. A terceira versão oficial do jogo foi disponibilizada em março de 2011. Batizada de ANGRY BIRDS RIO, dessa vez a temática era toda baseada no filme Rio, com personagens e cenários da animação criada pelo brasileiro Carlos Saldanha. Nessa versão os pássaros originais foram sequestrados e levados ao Rio de Janeiro, onde eventualmente escapam das gaiolas e começam a salvar os amigos, ou seja, as demais aves do filme, das mãos de um terrível contrabandista, tendo ainda que derrotar saguis do mal.


Ainda este ano, aproveitando o carisma dos personagens e a força da marca ANGRY BIRDS, a ROVIO iniciou o processo de licenciamento. Com isso, bichos de pelúcia, brinquedos e roupas dos pássaros furiosos inundaram o mundo e encheram os cofres da empresa. Pouco mais de dois anos depois de sua criação, o aplicativo ANGRY BIRDS (em todas as plataformas para as quais foi lançado) acumulava 130 milhões de usuários mensais, 30 milhões de jogadores ativos diários e 300 milhões de minutos de jogatina a cada dia.


Depois de se transformar no aplicativo de smartphone e tablets mais bem-sucedido da história, ANGRY BIRDS ganhou sua versão para Facebook no início de 2012. Pouco depois, com a enorme popularidade dos rabugentos passarinhos, no dia 22 de março foi lançada a versão ANGRY BIRDS SPACE, desenvolvida em parceria com a NASA (agência espacial americana), onde os personagens, que ganharam um visual futurista, estão no espaço após terem sido sugados por um “buraco de minhoca”, ou seja, um portal com “atalhos” entre diferentes lugares do universo. Agora eles estão em uma galáxia estranha, cercados de porcos espaciais e precisam recuperar os ovos sequestrados. Da gravidade zero do espaço às forças gravitacionais de planetas próximos, os fãs podiam se divertir com a física, experimentando novas formas de arremessar os enraivecidos pássaros. A nova versão fez enorme sucesso, atingindo a marca de 10 milhões de downloads em apenas três dias. No dia 9 de maio de 2012, a empresa anunciou que a franquia ANGRY BIRDS atingiu a impressionante marca de 1 bilhão de downloads.


O sucesso de ANGRY BIRDS fez com que a ROVIO desenvolvesse em setembro de 2012 o BAD PIGGIES. Era o tradicional game dos pássaros furiosos, só que ao contrário. Nele, os porcos, que eram alvos nas versões anteriores, viram os protagonistas da ação comandando divertidos ataques através de engenhocas voadoras. Na verdade o game é baseado na construção de veículos que permitam aos porcos voarem para conseguir roubar os ovos dos pássaros. Hélices, asas e até garrafas de refrigerantes podem ser utilizadas na construção dessas engenhocas voadoras.


Em 12 de julho, a desenvolvedora finlandesa resolveu apostar em uma nova franquia ao lançar AMAZING ALEX, uma adaptação do jogo Casey’s Contraptions, desenvolvido por outra produtora da qual a ROVIO comprou os direitos. O objetivo deste game é criar artefatos e colocar diversos objetos na tela para superar provas distintas. O jogo é baseado em um menino bastante inteligente (Alex é claro). O mais novo sucesso dos pássaros furiosos, lançado no dia 8 de novembro de 2012, atende pelo nome de ANGRY BIRDS STAR WARS. O novo game, aguardado com grande expectativa pelos fãs, é baseado na saga de ficção científica Star Wars, de George Lucas. Nele, os pássaros arremessados por estilingues encarnam heróis como Luke Skywalker e Han Solo. Já os porcos malvados fazem o papel de tropa do malévolo Império, comandado pelo temido Darth Vader.


O sucesso da ROVIO atingiu tamanhos monumentais no final de 2012: 263 milhões de usuários ativos e mais de 30 milhões de downloads somente na semana de natal. Mais que um simples divertimento, em apenas três anos, ANGRY BIRDS se tornou uma marca bilionária. Por meio de publicidade, downloads e licenciamento dos seus personagens para todo tipo de produto, a ROVIO criou uma máquina de fazer dinheiro. Muito dinheiro.


A fúria dos pássaros raivosos
Depois de invadir as telas de celulares e tablets, os populares e carismáticos personagens de ANGRY BIRDS, começaram a ganhar cada vez mais vida própria e espaço no mundo real a partir de 2011 quando inúmeros produtos foram licenciados. Surgiram então brinquedos, jogos de tabuleiro, bichos de pelúcias, roupas, acessórios, mochilas, material escolar, biscoitos, refrigerantes (que venderam 7.5 milhões de latinhas em oito meses no mercado finlandês) e até um livro de receitas para crianças com as imagens dos pássaros redondos de sobrancelhas marcantes e bicos laranja. A máquina de fazer dinheiro não parou por aí. No final deste ano a empresa inaugurou a primeira loja própria do ANGRY BIRDS na cidade de Helsinki na Finlândia. Os inúmeros produtos da franquia ainda são vendidos em sua loja online (a ROVIO afirma já ter vendido mais de 10 milhões de brinquedos oficiais). E tem mais: recentemente foi inaugurado um parque temático baseado no famoso jogo na cidade turística de Vuokatti. A popular franquia se tornou uma forma de venda diferente, mas essencial, para a fabricante de equipamentos para playground Lappset Group Oy, que projetou o parque.


Confira quem são os pássaros mais irritados e bilionários do planeta:
Red Bird (Cardinal): tem o poder de gritar
Blue Bird (Uraeginthus bengalus): tem o poder de se multiplicar em três
Yellow Bird (Canário): tem o poder de acelerar durante o voo
Black Bird (Loxigilla noctis): tem o poder de explodir
White Bird (Galinha): tem o poder de lançar ovos explosivos
Green Bird (Tucano verde): tem o poder de mudar a trajetória do voo
Orange Bird (Oriolidae): tem o poder de inchar
Mighty Eagle (Águia-careca): tem o poder de eliminar todos os porcos
Ice Bird (Pinguim-azul): tem o poder de congelar
Pink Bird (Galah): tem o poder de envolver objetos em bolhas de sabão que arrebentam


Dados corporativos
● Origem: Finlândia
● Fundação: 2003
● Fundador: Niklas Hed e Jarno Väkeväinen e Kim Dikert
● Sede mundial: Espoo, Finlândia
● Proprietário da marca: Rovio Entertainment Ltd.
● Capital aberto: Não
● CEO: Mikael Hed
● Faturamento: €75.4 milhões (2011)
● Lucro: €48 milhões (2011)
● Presença global: + 120 países
● Presença no Brasil: Sim
● Funcionários: 500
● Segmento: Entretenimento
● Principais produtos: Games para diversas plataformas
● Concorrentes diretos: Zynga, Zeptolab e Gameloft
● Ícones: O game Angry Birds
● Website: www.rovio.com

A marca no mundo
A desenvolvedora de games finlandesa está presente indiretamente em mais de 120 países ao redor do mundo, oferecendo games para diversas plataformas (celulares, tablets, redes sociais, computadores, videogames e algumas TVs). Somente ANGRY BIRDS, sua maior e mais conhecida franquia, já foi baixado mais de um bilhão de vezes em todas as plataformas móveis. A ROVIO criou uma grande franquia de entretenimento em torno de ANGRY BIRDS e seus furiosos personagens, licenciando-os para outros produtos relacionados, como brinquedos, acessórios, séries de desenhos animados e artigos de merchandising. Produtos licenciados representam mais de 30% do faturamento da empresa. Desde que foi fundada a ROVIO já desenvolveu mais de 50 games para diversas plataformas.

Você sabia?
O sucesso de ANGRY BIRDS é tamanho que em 2012 a ROVIO passou a estampar o pássaro vermelho (um dos mais conhecidos personagens do jogo) no capacete do piloto finlandês de Fórmula 1, Heikki Kovalainen.


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Isto é Dinheiro, BusinessWeek e Time), sites especializados em Marketing e Branding (Interbrand e Mundo Marketing), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers).

Última atualização em 28/1/2013

21.1.13

THE CONTAINER STORE


A varejista americana THE CONTAINER STORE tem verdadeira obsessão por organização e armazenamento, oferecendo aos seus consumidores uma infinidade de produtos que tornem suas vidas e ambientes muitos mais organizados e arrumados. Quer seja no ambiente doméstico, no trabalho ou até mesmo na hora de viajar, a rede cumpre muito bem sua principal filosofia de facilitar e organizar milhões de vidas. 

A história 
Tudo começou exatamente no dia 1 de julho de 1978 na cidade de Dallas, estado do Texas, quando Kip Tindell e Garrett Boone, que haviam trabalhado juntos no departamento de tintas da empresa Montgomery Ward, mais o arquiteto John Mullen, decidiram se tornarem empreendedores ao abrir uma pequena loja de apenas 150 , que oferecia um mix de produtos para que as pessoas simplificassem e organizassem os ambientes onde viviam. Batizada de THE CONTAINER STORE, a nova empresa além de criar um novo segmento no varejo americano, oferecia itens como cabides, prateleiras, pastas, cestos e uma infinidade de porta-coisa. A loja foi um sucesso instantâneo, conquistando rapidamente muitos consumidores. Os anos de 1980 foram marcados pela expansão da rede dentro do estado do Texas com a inauguração de mais sete novas lojas.


Após crescer dentro do estado do Texas, a rede inaugurou em abril de 1991 sua primeira loja na cidade de Atlanta na Geórgia. Nesta época suas unidades já possuíam um layout interno moderno, divisão por setores (como cozinha, lavanderia, banheiro, quarto, escritório, sala, garagem, viagem e até pets e presentes), que facilitava a identificação dos produtos, além de alguém sempre pronto para ajudar aos clientes. Nos anos seguintes a THE CONTAINER STORE ampliou sua linha de produtos, inaugurou lojas enormes, montou equipes de atendimento muito bem treinadas sempre prontas para auxiliar o consumidor com as melhores soluções para organização e ingressou em novos mercados pelo país, encerrando o ano de 1998 com 18 unidades em funcionamento.


Em 1999 a empresa adquiriu um de seus principais fornecedores, a sueca Elfa International, especializada em produtos para organização como prateleiras, gavetas, estantes, além de soluções para o closet, como caixas para sapatos, meias, malhas, gravatas, bijuterias, etc. Nesse mesmo ano a rede varejista inaugurou sua primeira loja no estado da Flórida, localizada na ensolarada Miami. O novo milênio começou com a inauguração, no mês de outubro, da primeira loja da rede na região metropolitana de Nova York. Nos anos seguintes a varejista inaugurou unidades em grandes cidades americanas, ingressando assim em importantes mercados consumidores, como por exemplo, em outubro de 2006, quando a primeira loja da rede foi aberta na cidade de Los Angeles. Além disso, expandiu sua linha de produtos para outras categorias, oferecendo papel de embrulho, caixas, fitas e cartões de presente. Com isso aumentou significativamente suas vendas no final de ano em virtude do Natal. Em 2019, a principal varejista do mercado americano de produtos e soluções de armazenamento e organização, continuou cumprindo seu compromisso de expandir seus negócios de closet personalizado com a inauguração de sua primeira loja específica para esse fim. A nova unidade (batizada de THE CONTAINER STORE CUSTOM CLOSETS), localizada na cidade de Los Angeles, no renomado Farmers Market, seguiu estrategicamente o lançamento da quarta linha de guarda-roupas da marca, que foi adicionada ao portfólio de armários personalizados.


Até hoje a THE CONTAINER STORE mantém seu conceito e filosofia originais: oferecer tudo aquilo que for necessário para guardar ou organizar a vida de seus clientes - seja em casa, no escritório ou até na hora de viajar. São produtos para organizar a cozinha, banheiros, salas, quartos, área de serviço e até a garagem, que vão desde simples caixas (para se guardar quase tudo), etiquetas e cabides (nas mais variadas cores e formatos) a prateleiras, ganchos, divisórias, cestos e gaveteiros. Oferece ainda inúmeros itens para organizar o ambiente de trabalho, como por exemplo, pastas, arquivo e organizadores. E algumas soluções interessantes para quem viaja como porta perfumes, organizadores de malas, caixas, sacos para calçados, etc.


Além disso, dentro das lojas da rede existem ambientes montados que demonstram bem como arrumar e organizar as coisas em um closet, em um armário de cozinha, na lavanderia, na sala de TV, escritórios ou em banheiros. E tem mais: a marca se esforça para criar um “Air of Excitement®” em cada uma de suas lojas. Cada cliente pode experimentar essa filosofia através dos rostos sorridentes de seus funcionários, seu interesse personalizado nos projetos organizacionais de cada um, nas prateleiras limpas e bem organizadas, uma música ambiente otimista, e na brilhante exibição visual de produtos e soluções inteligentes e úteis.


A evolução visual 
Ao longo dos anos a identidade visual da marca passou por algumas alterações, mas sempre manteve a tradicional cor azul. Em determinadas épocas do ano o logotipo assume temporariamente (em sua comunicação) outras cores, como por exemplo, no Natal quando se torna vermelho.


Os slogans 
Where Space Comes From. (2018) 
The Original Storage and Organization Store.


Dados corporativos 
● Origem: Estados Unidos 
● Fundação: 1 de julho de 1978 
● Fundador: Kip Tindell, Garrett Boone e John Mullen 
● Sede mundial: Coppell, Texas, Estados Unidos 
● Proprietário da marca: The Container Store Group Inc. 
● Capital aberto: Sim (2013) 
● CEO: Melissa Reiff 
● Faturamento: US$ 895 milhões (2018) 
● Lucro: US$ 21.6 milhões (2018) 
● Valor de mercado: US$ 226.9 milhões (agosto/2019) 
● Lojas: 93 
● Presença global: 2 países 
● Presença no Brasil: Não 
● Funcionários: 5.100 
● Segmento: Varejo (utilidades) 
● Principais produtos: Caixas, arquivos, organizadores, prateleiras, cabides e porta-coisa 
● Concorrentes diretos: Storables, Bed Bath & Beyond, ClosetMaid, Ikea, The Home Depot, Crate & Barrel e Target 
● Slogan: Where Space Comes From. 
● Website: www.containerstore.com 

A marca no mundo 
Atualmente a THE CONTAINER STORE possui mais de 90 lojas distribuídas por 33 estados americanos, que oferecem mais de 10.000 itens para organização doméstica, profissional e até para quem viaja. Os estados que mais contém lojas da rede são a Califórnia e o Texas. Com mais de 5.100 empregados, a empresa tem faturamento estimado superior a US$ 895 milhões por ano (dados de 2018). Além disso, a rede varejista possui um comércio eletrônico que entrega também no Canadá. 

Você sabia? 
Aproximadamente 85% dos clientes da rede são mulheres, que vão desde estudantes universitárias a jovens mães e aposentadas. Suas lojas tentam ter um apelo mais feminino, incluindo corredores mais largos para facilitar a circulação de carrinhos de criança, chão acarpetado e itens populares sempre ao nível dos olhos da altura média das mulheres. 
Nos últimos 16 anos, a empresa esteve no ranking “100 Best Companies to Work For” (“100 melhores empresa para se trabalhar na América”) da revista Fortune


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Time), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers). 

Última atualização em 27/8/2019

15.1.13

DELÍCIA


Ela é presença constante na mesa de milhões de brasileiros. Para outros tantos é a companhia mais que perfeita para o tradicional pãozinho. A margarina Delícia literalmente conquistou os consumidores pelo paladar e desde que foi lançada não para de criar novidades deliciosas. Durante pouco mais de meio século, essa margarina levou muito mais que sabor à mesa do brasileiro. Levou alegria e qualidade na alimentação, sendo a margarina que está nas melhores receitas do Brasil. 

A história 
A margarina Delícia foi lançada em 1959 pela empresa SANBRA - abreviação de Sociedade Algodoeira do Nordeste Brasileiro (mais tarde conhecida como Santista Alimentos) - e já chegou ao mercado brasileiro inovando: sua distribuição era feita por veículos com blocos de gelo seco e isolamento térmico, demonstrando toda preocupação com a qualidade do produto desde o início. Além disso, a margarina apresentou formulações diferenciadas, como a textura, a cor, o aroma e a quantidade de sal, adaptadas às preferências de cada região do país. Pouco depois, em 1964, a marca inovou mais uma vez ao lançar a linha de embalagens plásticas reaproveitáveis, com potes coloridos que podiam ser colecionados e utilizados para guardar outros produtos. Em 1972 a marca introduziu no mercado brasileiro um conceito inovador na fabricação de produtos alimentícios, com uma nova embalagem que passou a ser produzida pelo processo de termoformagem. Sem contato manual e em um ambiente asséptico, o produto era embalado em potes com características exclusivas, como inviolabilidade, tampa facilmente removível e facilidade de manuseio, o que agradou muito aos consumidores, pois já nos primeiros dias superou a venda das outras marcas rivais.


No ano seguinte ocorreu outra mudança na embalagem, que ganhou um novo design e grafia estilizada do nome. Finalmente em 1976 foi lançada a versão cremosa da margarina (batizada de Delícia Cremosa), e teve boa aceitação pelo consumidor, que a colocou em posição de destaque no mercado. No início dos anos de 1980, depois de muita pesquisa em várias regiões do Brasil e uma grande campanha publicitária, Delícia Cremosa foi relançada nacionalmente no ano de 1984, ainda mais gostosa e em nova embalagem (que passou a conter uma casa de campo, ícone da marca durante anos). Em 1993, após vários estudos e pesquisas, a marca iniciou um reposicionamento de seus produtos com o relançamento da margarina Delícia Diet (introduzida um ano antes com 50% das calorias e 40% da gordura das margarinas tradicionais), que tinha nova formulação, embalagem e uma ampla campanha publicitária. Isto ocorreu por questões legais, pois para um produto ser considerado diet, não bastava a redução do teor de nutrientes, como açúcares, carboidratos ou gorduras, mas a sua eliminação e/ou substituição. Era então o surgimento da Delícia Light.


Pouco depois, em 1995, investindo na ampliação de sua linha de produtos, a marca lançou Delícia Forno & Fogão, uma margarina especificamente destinada ao uso culinário. E as novidades não pararam por aí. No ano seguinte estreou a Delícia Manty, um produto que tinha o sabor e o frescor da manteiga unido a cremosidade e a praticidade da margarina. Em 1999 a empresa ampliou a marca Delícia com o lançamento de uma nova categoria de produtos: requeijão nas versões convencional e light. Em 2003 ocorreu o lançamento da nova Delícia Cremosa e novidades na linha Delícia Sabores: as versões Alho e Oliva. O novo visual apresentava novas tampas, muito mais modernas e impactantes. A cor na aba ajudava a identificação na gôndola e ainda facilitava a escolha do sabor. No ano seguinte a linha Delícia Sabores ganhou duas novas versões: Cebola Tostada e Ervas Finas. Pouco depois, em 2004, a marca foi expandida para outra categoria de produto com o lançamento da Maionese Delícia em potes de 250g, 500g e bisnaga. Em 2005, além de ampliar sua linha com os novos sabores de Maçã e Canela (primeira margarina doce do mercado), uma irresistível margarina sabor queijo Provolone, a versão Mila (com inconfundível gostinho de milho) e a margarina culinária sabor Oliva, a marca renovou a sua aparência com um visual mais moderno. Além disso, em uma extensão da campanha produzida para a maionese Delícia, toda a linha de margarinas passa a adotar a mascote Monsieur Deli (imagem abaixo), que interagia com a atriz Cléo Pires. Já em 2006 foram lançados os novos sabores Delícia Peito de Peru, Delícia Brigadeiro e a Delícia Manteiga, com 50% de manteiga e 50% de margarina em sua fórmula, mais uma ousadia da marca no mercado brasileiro. E também ingressou em mais uma nova categoria de produto com o lançamento da linha de azeites.


Nos anos seguintes a marca continuou ampliando seu portfólio com lançamentos como a margarina de Tomate com Manjericão (2007). Além disso, em 2008, com o crescente interesse dos consumidores por uma margarina mais Premium, feita com mais cuidado, a área de Pesquisa & Desenvolvimento da Bunge foi desafiada a produzir a “melhor margarina do mundo”, que resultou no lançamento da Delícia Supreme, uma margarina com um toque de leite. Em 2012, além das embalagens de Delícia Light e Mila passarem a contar com lacre protetor, a já tão querida Delícia Cremosa foi relançada com ainda mais sabor e cremosidade. Mas as novidades não param por aí, toda a linha ganhou um design mais moderno e bonito e ficou mais saudável com a inclusão de vitaminas A, D e E nas versões Cremosa e Light. No ano seguinte a marca lançou a primeira margarina do mercado à base de óleo de canola.


A mais recente novidade apresentada pela marca em 2016 na sua linha de consumo foi a Delícia Supreme Refoga com pedaços de alho e cebola. O lançamento tinha como proposta simplificar o dia a dia na cozinha, facilitar o processo de refogar, assar e finalizar refeições, bem como, ser um aliado na cozinha, dispensando a necessidade de picar ingredientes como o alho e a cebola durante o preparo. Em 2018, a marca renovou sua linha de produtos: a margarina apresentou novidades em seu sabor e textura, mas também teve a embalagem e a identidade visual renovadas. A nova embalagem passou a exibir um layout moderno com destaque para a cor azul, facilitando a sua identificação nas prateleiras, além de uma tampa transparente que assegura a visibilidade do lacre de segurança.


Campanhas deliciosas e divertidas 
João Grandão, Bionicão, Formiga Atômica, Lula Lelé, Elefantástico, Capitão Caverna e Tutubarão. Estes e outros divertidos personagens dos desenhos animados de Hanna-Barbera estrelaram em 1978 uma promoção de sucesso da margarina Delícia Cremosa. As tampas das embalagens plásticas exibiam uma figura estampada. Recortada e encaixada em um suporte, também feito com um pedaço da tampa, ela se transformava em um bonequinho. A iniciativa era um estímulo à coleção pela criançada e aumentou a visibilidade e vendas da marca. Pouco depois, em 1979, outra campanha de sucesso: “A Incrível Fábrica De Delícia”. Essa campanha apresentou os primeiros comerciais gravados em vídeotape da televisão brasileira. Atingiu altos índices de memorização entre o público e utilizava artistas do programa humorístico “Planeta dos Homens”, da Rede Globo, em uma “linha de produção” de diversos produtos nos quais passar a margarina Delícia Cremosa, como pães, torradas e biscoitos. Já no início da década de 1980, em outra campanha de sucesso, intitulada “Quem tem Delícia tem força”, as tampas das margarinas traziam ilustrações dos super-heróis da DC Comics (como Batman, Super-Homem, Aquaman e Mulher Maravilha). Inicialmente foram 25 tampas com ilustrações diferentes, que se tornaram na época itens colecionáveis.


Em 2012 a marca estreou sua nova campanha publicitária que tinha como alvo o público feminino (que responde por 97% dos compradores da marca) e veiculação em TV aberta e mídias impressas e online. O objetivo da marca era incentivar os consumidores a aproveitar os pequenos momentos de prazer no dia-a-dia, denominados “Momento Delícia”. Além disso, o novo comercial marcou o ingresso da Delícia nas redes sociais, onde os internautas foram convidados a compartilhar no Facebook e no Twitter da marca o seu “Momento Delícia” do dia. Ainda nos três primeiros meses da campanha, a blogueira Júlia Petit assinou conteúdo exclusivo para as mídias sociais da marca, que também disponibilizava promoções e conteúdo exclusivo.


A evolução visual 
A identidade visual da marca passou por remodelações ao longo dos anos. Originalmente oval e com fundo vermelho, o nome da marca não continha acento e pingo nas letras i. Em 1973 a marca apresentou um novo logotipo: ainda oval e com fundo vermelho, o nome da marca ganhou uma nova topografia de letra e ortografia (agora escrito Delícia). Uma nova mudança ocorreu em 1976: o nome da marca passou a ser Delícia Cremosa e o formato oval foi abolido. Após passar por mais uma remodelação, em 2003 a marca apresentou uma nova identidade visual: com “raios de sol” saindo do “L” minúsculo da palavra “delícia”.


Em 2007 o logotipo da marca foi simplificado, perdendo os raios de sol e ganhando um acento na letra i na cor vermelha. O atual logotipo da marca foi adotado em 2012.


Os slogans 
Nova Delícia, uma Delícia de Verdade. (2018) 
A vida é uma Delícia. (2012) 
É mais que bom. É Delícia. (2007) 
Você nunca provou tanto sabor. (2005) 
Delícia gostosa como sempre. (2002) 
Nova Delícia, muito mais que uma margarina gostosa. (2000) 
Mais que gostosa, é Delícia. (1994) 
Mais que gostosa. (1993) 
Tem que ser mais que gostosa, tem que ser Delícia. (1992) 
A vida é mais gostosa com Delícia Cremosa. (1990) 
Deliciosamente cremosa. (1984) 
Sobre Tudo, Delícia Cremosa. (1980) 
Passe, passe bem, passe sem parar... (1979) 
A novidade que a família esperava. (1976) 
Caia nesta tentação. (1973) 
É Mais Do Que Gostosa! (1967)


Dados corporativos 
● Origem: Brasil 
● Lançamento: 1959 
● Criador: SANBRA – Sociedade Algodoeira do Nordeste Brasileiro 
● Sede (Brasil): São Paulo 
● Proprietário da marca: Bunge Alimentos S.A. 
● Capital aberto: Não 
● Presidente: Raúl Padilla 
● Faturamento: Não divulgado 
● Lucro: Não divulgado 
● Presença global: Não (presente somente no Brasil) 
● Segmento: Alimentos 
● Principais produtos: Margarinas 
● Concorrentes diretos: Doriana, Qualy, Claybom, Primor, Deline, Amorela e Becel 
● Slogan: Nova Delícia, uma Delícia de Verdade. 
● Website: www.delicia.com.br 

A marca no Brasil 
Atualmente Delícia, marca que mudou o mercado brasileiro de margarinas, inovando nas embalagens e na variedade de produtos, pertence à multinacional Bunge e está fortemente presente em todo território nacional, sendo uma das líderes em sua categoria. 


Você sabia? 
Em 2010 a Delícia Supreme lançou no mercado uma enorme campanha publicitária estrelada pelos galãs Reynaldo Gianecchini, Márcio Garcia e Vladimir Brichta, e voltada para a mulher decidida, independente e moderna. 
Delícia foi o primeiro produto do país a ter controle das datas de fabricação, validade e recolhimento, nos locais de comercialização, quando a data de validade estava vencida. 
Em 1982, a atriz Fernanda Montenegro fez o primeiro comercial de sua carreira, justamente para Delícia. Até então, a atriz nunca havia aceitado participar de filmes publicitários por não ter afinidade com os produtos e marcas que a convidavam. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Isto é Dinheiro, Exame e Época Negócios), jornais (Meio Mensagem e Valor Econômico), sites especializados em Marketing e Branding (Mundo do Marketing e Embalagem Marca) e Wikipedia (informações devidamente checadas). 


Última atualização em 15/10/2018

5.1.13

AIR NEW ZEALAND


A AIR NEW ZEALAND é considerada uma das melhores e mais inovadoras companhias aéreas do mundo. Tudo resultado da qualidade dos serviços oferecidos, da motivação de sua equipe, mas também do marketing permanentemente inovador. Ágil, moderna e sempre alinhada em relação às necessidades de seus clientes, a companhia aérea representa o mais puro espírito de um país cheio de tradições, histórias e aventuras. 

A história 
Tudo começou no ano de 1939 quando os governos da Nova Zelândia, Austrália e Reino Unido resolveram unir forças para fundar uma pequena empresa de transporte aéreo. Finalmente, no dia 26 de abril de 1940, nasceu a Tasman Empire Airways Limited (conhecida como TEAL), que tinha participações de 50% do governo da Nova Zelândia, 30% do australiano e 20% do Reino Unido. Suas operações, com voos entre as cidades de Auckland e Sidney, começaram em 30 de abril após o recebimento de dois hidroaviões Shorts S-30 Empire. Esse primeiro voo durou nove horas e transportou 10 passageiros entre os dois países. Em 1950, iniciou sua filosofia inovadora ao se tornar primeira companhia aérea a ferver água a bordo e continuaria a construir sua reputação de inovação, aproveitando novas tecnologias para melhorar a experiência de seus passageiros. Pouco depois, em dezembro de 1951, a empresa iniciou a famosa “Coral Route” (ou “Rota do Coral”), oferecendo voos para as paradisíacas ilhas do Taiti, Fiji e Cook, partindo da cidade de Auckland. Samoa passou a fazer parte desta rota no ano seguinte.
   

Em 1953 o governo inglês saiu da sociedade e, em 1961, a empresa aérea passou a ser controlada somente pelo governo neozelandês. O preço a pagar foi um acordo que permitia a entrada da australiana Qantas (conheça essa outra história aqui) nas rotas da Tasmânia, em competição direta com a TEAL. O ano de 1965 marcou o ingresso da empresa na era dos aviões a jato com o recebimento do primeiro DC-8, que realizou seu primeiro voo entre as cidades de Christchurch e Sidney. Foi também o ano da mudança de nome para AIR NEW ZEALAND, no dia 1 de abril. A partir desse momento a companhia aérea passaria a operar apenas rotas internacionais. Logo depois, em 14 de dezembro, a empresa com um maior alcance de suas aeronaves iniciou voos para os Estados Unidos (Los Angeles) e, em 1966, inaugurou os primeiros destinos para grandes cidades asiáticas como Hong Kong, Manila e Cingapura.
   

Em 1973, com o recebimento das primeiras aeronaves “wide-body” (DC-10), ampliou sua malha aérea na Ásia e lançou novos voos transpacíficos, como por exemplo, para Los Angeles com mais frequências semanais. Além disso, a companhia aérea começou a usar contêineres para carregar cargas em seus aviões. No mês de abril de 1978, em consequência de sua fusão com a NAC, a companhia aérea voltou a oferecer voos domésticos. No dia 28 de novembro de 1979 a companhia aérea sofreu talvez seu mais duro golpe. O voo TE901 era fretado para observação aérea turística na Antártica e havia saído do aeroporto de Auckland. Voos desse tipo eram feitos por aeronaves McDonnell Douglas DC-10 e começaram dois anos antes, com grande sucesso. Os voos ofereciam luxo de primeira classe e uma vista deslumbrante sobre o gelo sem fim na extremidade do mundo. Este fatídico voo terminou quando o avião colidiu diretamente com o Monte Erebus, matando todas as 257 pessoas a bordo, sendo 237 passageiros e 20 tripulantes. Foi um verdadeiro choque para a AIR NEW ZEALAND, assim como para o país.
   

No início da próxima década, em 1982, a empresa iniciou voos para Londres. No final da década, em 1988, a companhia aérea baniu os cigarros de seus voos domésticos (nos voos internacionais foi proibido fumar a partir de 1997). Em 1989 a AIR NEW ZEALAND foi finalmente privatizada, no ano seguinte recebeu sua primeira aeronave 747-400 e, em 1996, tornou-se proprietária da totalidade das ações da companhia aérea Ansett Australia, que anos depois teria sua falência decretada, em um negócio bastante controverso. Apesar do consistente crescimento, tanto em termos de rotas (especialmente para cidades asiáticas como Taipei, Nagoya, Osaka e Fukuoka) como aeronaves (muito mais modernas e de longo alcance), a empresa deu um importante passo para ganhar escala global em março de 1999 com sua entrada como membro da Star Alliance. Nesse mesmo ano, os voos internacionais passaram a contar com desfibriladores a bordo, demonstrando assim preocupação e apreço com seus passageiros.
   

Em 2004 a empresa inaugurou a rota entre Auckland e San Francisco com voos diretos. No ano seguinte, apresentou a nova decoração de sua cabine Premium Economy, que incluía novos assentos, com conforto sem paralelo e espaço para as pernas, além de oferecer um novo serviço de refeições em conjunto, como se fosse um restaurante ou um bistrô nas alturas. Já as cabines da classe Business Premier (equivalente a primeira classe) também ganharam novos serviços, como comida e bebidas on-demand e mais conforto para dormir. Em 2008, conhecida por iniciativas inovadoras, a companhia aérea lançou o Air New Zealand Pink Flight (algo como “voo rosa”), especialmente direcionado para o mercado LGBT (gay, lésbica, bissexual e transexuais). O voo entre San Francisco e Sidney oferecia decoração especial da cabine (em tom de rosa), presença de drag queens, coquetéis (rosas) e performances dos comissários de bordo.
   

No fim deste ano a companhia aérea realizou o primeiro voo comercial de teste com um Boeing 747-400 movido a biocombustíveis (à base de óleo de jatropha, um arbusto africano muito resistente). A intenção da empresa em um futuro próximo é formar uma das frotas de aviões mais novas do mundo, mais tecnologicamente avançada, com maior eficiência no uso dos combustíveis e mais respeitosa para o meio ambiente.
   

Nos anos seguintes, em virtude da chegada de companhias aéreas de baixo custo ao mercado da Oceania, a AIR NEW ZEALAND enfrentou a feroz concorrência com muita criatividade através da criação de serviços inovadores, como por exemplo, um site específico para promoções de passagens locais, promoções voltada a mercados específicos de forma frequente, disponibilização de mais opções de entretenimento aos seus passageiros, um perfil no Twitter extremamente ativo (que possui aproximadamente 680 mil seguidores), além do lançamento revolucionário, em abril de 2011, do Skycouch™, uma poltrona da classe econômica que se transforma em uma confortável cama. O sonho de deitar-se em uma poltrona de classe econômica se tornou possível através de uma fila de três assentos desenhada para virar uma “cama de casal” para duas pessoas adultas ou um adulto e duas crianças. Edredons, cobertores e grandes travesseiros faziam parte do pacote de conforto.
   

Além disso, a companhia aérea apresentou seu novo assento para a classe Premium Economy denominado Space Seat, que proporciona muito mais espaço e conforto. Mas as novidades não pararam por aí. Além dos novos assentos, a AIR NEW ZEALAND investiu pesado em seu sistema de entretenimento e também no conceito de serviço de bordo. Passageiros podem solicitar comida e bebida pelo próprio assento por meio de um cardápio digital na tela. Além disso, passageiros tem a possibilidade de enviar mensagens de texto para os comissários de bordo e participar de uma degustação de vinho. Além disso, a empresa inovou mais uma vez ao permitir que as milhagens de seus clientes possam ser convertidas em serviços financeiros, oferecendo o OneSmart, um cartão de operação de débito que armazena valores, tais como milhagens e moeda estrangeira. No primeiro mês após o lançamento do cartão, aproximadamente 100.000 pessoas optaram por ativá-lo, um começo promissor.
  

E todo esse DNA para inovação resultou em produtos fantásticos, como por exemplo, em 2015 quando introduziu uma nova tecnologia para crianças que viajam sozinhas: a pulseira Airband, que permite que os responsáveis acompanhem os pequenos no ar, através de um rastreador acoplado ao chip do objeto. Além disso, um sistema de entretenimento a bordo com novos recursos, como mensagens Seat Chat; e xícaras de café comestíveis com sabor de baunilha estão entre outras inovações recentes da AIR NEW ZEALAND. Sua mais recente inovação atende pelo nome Economy Skynest (que é um protótipo por enquanto) para que seus passageiros possam dormir deitados na classe econômica. O Economy Skynest é o resultado de três anos de pesquisa e desenvolvimento da companhia aérea neozelandesa, com a participação de mais de 200 clientes em seu centro de inovação “Hangar 22” em Auckland. A companhia aérea inclusive já registrou pedidos de patente e marca registrada para o Economy Skynest, que são cabines com seis cápsulas para dormir que incluem travesseiro, lençóis e cobertor, tampões para os ouvidos, além de cortinas de privacidade e iluminação.
  

Em 2020, a pandemia de COVID-19 afetou brutalmente o segmento da aviação. E com a AIR NEW ZEALAND não foi deferente. Voos cancelados, drástica diminuição no número de passageiros e prejuízos bilionários. Desde então, a companhia aérea reduziu sua capacidade de rede em 95%, suspendeu dezenas de rotas, negociou um empréstimo de US$ 900 milhões com o governo neozelandês e colocou em prática um plano para reduzir seu quadro de funcionários em 30%. Além disso, a AIR NEW ZEALAND deixou de voar para a cidade Londres, após 38 anos ligando o Reino Unido à Auckland. O trajeto com a companhia aérea durava 25 horas e era operado por um Boeing 777-300ER. A aeronave realizava uma escala de duas horas na cidade de Los Angeles e após isso, seguia para Londres.
   

Hoje em dia, o compromisso da AIR NEW ZEALAND em prestar um serviço excelente aos clientes e que corporize a confiança, além de um estilo único e simpatia típica de seu povo, continua a ser reconhecido através de muitos prêmios internacionais e alta taxa de fidelização, se destacando também como grande promotora da Nova Zelândia como destino turístico, em especial no que se refere a viagens de aventura e ecológicas. Também se empenha em divulgar a cultura de seu povo e as oportunidades de negócios que o país oferece.
  

Um marketing inovador 
A AIR NEW ZEALAND é uma das empresas mais inovadoras do mundo quando o assunto é marketing. Sabe como nenhuma outra utilizar os principais adjetivos, imagem e principalmente tradição e história que a Nova Zelândia possui. E um dos principais canais de comunicação da empresa aérea são seus aviões, utilizados como enormes outdoors para divulgar campanhas de marketing e corporativa. Isto começou em 1984 quando um avião 747-200 ganhou a pintura dos tradicionais guardas do Palácio de Buckingham com a frase “London, Here We Come”, para divulgar os voos para a capital inglesa. Entre 2002 e 2003, alguns de seus aviões receberam adesivos gigantes dos personagens do filme Senhor dos Anéis, gravado na Nova Zelândia. Além de promover o filme era uma forma de divulgar o país.
  

Em 2011, a companhia aérea criou uma pintura única para o novo avião Airbus A320, como parte de sua campanha “Crazy About Rugby” (“Loucos por Rúgbi”, em português) com a cor da equipe nacional de rúgbi, os famosos All Blacks, um dos maiores orgulhos do país. A arrojada pintura, toda preta, refletia o sucesso da empresa como uma das companhias aéreas líderes e mais inovadoras do mundo. A pintura era tão impressionante quanto o desempenho e o conforto da aeronave.
  

Entre outras inovações a companhia aérea neozelandesa vem definindo os novos padrões da indústria. Por exemplo, a AIR NEW ZEALAND tornou-se ainda mais conhecida pelos seus vídeos de segurança a bordo que tentam, de uma forma bem divertida, atrair a atenção dos passageiros. Sempre entediantes esses importantes vídeos são utilizados como uma poderosa ferramenta de marketing pela empresa, oferecendo uma experiência única e divertida para os passageiros. Primeiro, utilizando o mote “A Air New Zealand não tem nada a esconder”, a companhia aérea criou um vídeo de demonstração de segurança com comissários sem roupa, apenas com o corpo pintado com os tradicionais uniformes da empresa. Clique no vídeo abaixo para assistir.
  

Depois, criou outro vídeo filmado com integrantes da equipe de rúgbi do All Blacks. E finalmente, em dezembro de 2012, aproveitando a estreia do primeiro filme da trilogia “O Hobbit”, a AIR NEW ZEALAND conseguiu se superar. Isto porque, a empresa acreditou que talvez os Hobbits com seus pés peludos pudessem ensinar algo sobre segurança de voo.
   

O vídeo de instrução de segurança de voo, com 4 minutos de duração, de uma forma divertida e surreal conta com a presença do personagem Gollum e do diretor Peter Jackson, que aparece colocando o Anel do Poder. No vídeo a AIR NEW ZEALAND se autodenomina “as linhas aéreas da Terra Média” e veste seus comissários como personagens do filme. E tem mais: além das informações básicas do voo, o vídeo continha códigos élficos escondidos e quem contasse quantas vezes apareciam podia concorrer a uma viagem de seis noites para a Nova Zelândia para assistir a estreia mundial do filme e visitar as locações em Wellington.
  

Depois dessas obras-primas da criatividade, de tempos em tempos a AIR NEW ZEALAND lança novos e criativos vídeos de segurança para seus voos, que são aguardados ansiosamente por milhões de passageiros. O mais recente deles, lançado em 2020, foi produzido pelo cineasta neozelandês Josh Frizzell, tem o título “A Journey To Safety” e um forte tema de conservação ambiental em um cenário de bastante magia. A personagem principal do vídeo é uma garotinha e um takahē perdido (uma espécie de pássaro). A missão da menina é chegar à casa dos takahē. Enquanto isso, dois comissários de bordo prosseguem com as instruções de segurança, bastante ambientada num cenário natural e que reforça o apelo pela conservação do ambiente. O vídeo dura três minutos e você pode assistir abaixo.
  

A evolução visual 
A marca AIR NEW ZEALAND surgiu em 1965 e nasceu dos ativos da Tasman Empire Airlines Limited, da qual herdou o logotipo, usado nos primeiros oito anos da empresa. Uma nova identidade da AIR NEW ZEALAND foi oficialmente criada em 1973, tendo como principal símbolo o KORU, que no dialeto Maori dos nativos neozelandeses significa “folha de Samambaia de Prata quando se desenrola”, mas também é muito utilizado em esculturas e tatuagens Maori como símbolo de renascimento, crescimento, força e paz a nova vida. Em 1996 aconteceu a primeira modificação significativa, com nova tipografia de letra e a adoção da cor azul. Em 2006 a identidade adotou um novo tom de azul, mais escuro, e o símbolo foi posicionado no lado direito. Em 2012, a empresa anunciou sua nova identidade visual, totalmente em preto, e com uma nova tipografia de letra.
  

A pintura de seus aviões também acompanhou a evolução visual da marca. O símbolo KORU passou a estampar as caudas de seus aviões em 1973. Em 1996 as aeronaves ganharam em sua fuselagem a pintura “Pacific Wave”, uma representação estilizada das ondas do Pacífico, em tons claros de azul e verde. Em 2012, os aviões apresentaram a mais nova identidade visual da marca: da metade para a cauda adotou uma pintura totalmente em preto. Além disso, a fuselagem ganhou o desenho de uma enorme folha da Samambaia de Prata, planta típica da Nova Zelândia.
   

A partir de 2014, alguns aviões da companhia aérea passaram a ostentar uma pintura completamente preta.
  

Os slogans 
A better way to fly. (2019) 
Nothing to hide. (2009) 
Amazing journeys. Every day. (2008) 
Being there is everything. (2006) 
Inspiring Journeys. (2005) 
The airline of middle earth. (2003) 
The world’s warmest welcome. (2001) 
The pride of the pacific. (1994) 
The Ritz of the skies. (1987)
  

Dados corporativos 
● Origem: Nova Zelândia 
● Fundação: 26 de abril de 1940 
● Fundador: Governos da Nova Zelândia, Austrália e Reino Unido 
● Sede mundial: Auckland, Nova Zelândia 
● Proprietário da marca: Air New Zealand Limited 
● Capital aberto: Sim 
● Chairman: Dame Therese Walsh 
● CEO: Greg Foran 
● Faturamento: US$ 1.7 bilhões (2020) 
● Lucro: - US$ 176 milhões (2020) 
● Valor de mercado: US$ 1.22 bilhões (março/2021) 
● Frota: 103 aeronaves 
● Destinos: 50 
● Passageiros transportados: 4.003.000 (2020) 
● Presença global: 20 países 
● Presença no Brasil: Não 
● Funcionários: 9.500 
● Segmento: Aviação 
● Principais produtos: Passagens aéreas e transporte de carga 
● Concorrentes diretos: Qantas, Virgin Australia, Jetstar, Fiji Airways, Singapore Airlines, Malaysia Airlines, Cathay Pacific, JAL, China Southern e Air Canada 
● Ícones: Koru 
● Slogan: The world’s warmest welcome. 
● Website: www.airnewzealand.com 

A marca no mundo 
Atualmente a AIR NEW ZEALAND conta com uma moderna e jovem frota de 103 aeronaves (com média de 6.7 anos) que voam para 28 destinos internacionais em 19 países. Além de serviços regulares, como empresa de bandeira da Nova Zelândia para Estados Unidos, Canadá, Ilhas do Pacífico e sudeste asiático, a AIR NEW ZEALAND mantém uma malha doméstica e regional operada pela subsidiária AIR NEW ZEALAND LINK, que incluem mais 20 destinos. Já a divisão de carga realiza em média 55 voos semanais para Austrália, Ilhas do Pacífico, América do Norte e Ásia. Já o programa de fidelidade Airpoints™ tem aproximadamente 3.5 milhões de membros e fornece dados valiosos, que permitem entender melhor os clientes e suas experiências de viagem. Operando em 50 diferentes aeroportos e realizando aproximadamente 3.400 voos semanais (antes da pandemia), a AIR NEW ZEALAND transportou mais de 4 milhões de passageiros (dos quais mais de 3.8 milhões em voos domésticos) no ano fiscal de 2020 (cujos números foram severamente afetados pela pandemia de COVID-19). 

Você sabia? 
Em voos internacionais de longo curso, a empresa oferece a bordo uma escolha de 22 refeições especiais. São destinadas aos passageiros com necessidades especiais, tais como restrições religiosas, étnicas ou dietéticas. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, BusinessWeek e Time), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel, Mundo do Marketing e Interbrand), sites especializados em aviação (Jetsite), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers). 

Última atualização em 9/3/2021