27.10.10

ARENA


Toucas que não molham, protegem e se moldam com perfeição aos cabelos. Maiôs com tecnologia de ponta, aqueles que, de tão finos, só podem ser vestidos com luvas cirúrgicas e que ajudaram a quebrar vários recordes da natação mundial. A ARENA é uma autêntica marca aquática para atletas e amantes do esporte, especificamente natação. Onde quer que haja esportes aquáticos ou água, a marca está sempre presente, sendo uma referência em equipamentos de alto desempenho. 

A história 
A história começou quando o visionário Horst Dassler, filho do fundador da marca alemã Adidas (conheça a história desta outra marca aqui), e então presidente da subsidiária francesa da empresa, ficou estarrecido, como o mundo todo na época, com as sete medalhas de ouro e os sete recordes mundiais que o nadador americano Mark Spitz conquistou nos Jogos Olímpicos de Munique em 1972. Percebendo que o feito alcançado pelo americano iria aumentar sua legião de fãs e despertar um interesse ainda maior pela natação, ele começou a planejar a criação de uma marca especializada na produção de equipamentos para o esporte. Após os Jogos Olímpicos, apesar de receber inúmeras propostas de patrocínio de consagradas marcas esportivas, o nadador americano foi convencido a fazer parte do novo projeto de Horst. Foi então que, em 1973, surgiu a marca ARENA, especializada em equipamentos de natação de alto desempenho para competições. Inicialmente a marca era apenas uma divisão interna da subsidiária francesa da Adidas.
  

O primeiro produto da nova marca foi o Skinfit®, conhecido na indústria como uma “pérola tecnológica”. Era um maiô de alta performance desenvolvido com um tecido muito leve (pesava apenas 18 gramas) para se moldar ao corpo do nadador com extrema precisão, como se fosse uma segunda pele. No ano seguinte a marca assinou o primeiro contrato de patrocínio com uma nadadora, a australiana Shane Gould, considerada na época a versão feminina de Spitz. Trabalhando em parceria com a nadadora, a ARENA lançou em 1974 uma linha com seu nome. Sabendo que o sucesso da marca dependeria do patrocínio a grandes nadadores, Horst começou a preparar a ARENA para os próximos Jogos Olímpicos, assinando contratos com nadadores de grande destaque, que trabalharam juntos com a marca para desenvolver novos produtos voltados para competições.
  

Nos Jogos Olímpicos de Montreal em 1976, a equipe original de patrocinados pela ARENA, que incluía nomes como Mark Spitz (USA), Novella Calligaris (ITA), Steve Furniss (USA), David Wilke (UK), Shirley Babashoff (USA), Gary Hall (USA), Klaus Dibiasi (ITA), Ulrika Knape (SUE) e Maxine King (USA), utilizavam maiôs e óculos especialmente desenvolvidos para as competições de alto nível. O resultado: os nadadores da ARENA conquistaram 44 medalhas durante a competição. Não poderia ser uma apresentação melhor da marca para o mundo. Dois anos depois, no Campeonato Mundial de Natação em Berlim, os atletas vestindo ARENA ganharam um total de 62 medalhas, quase 75% do total de medalhas, e quebraram 9 recordes mundiais. Com investimentos maciços em pesquisa e desenvolvimento de trajes de competição a marca lançou em 1980 o Flyback®, primeiro maiô de competição do mundo projetado com alças finas para criar aberturas de ombro maiores e costas expostas, a fim de proporcionar aos atletas uma amplitude de movimento completa da parte superior do corpo.
   

Depois da morte prematura de Horst Dassler em 1987, a marca ARENA acabou sendo vendida em 1990 para um fundo de investimento japonês. Os novos proprietários continuaram investindo no desenvolvimento de produtos inovadores e na expansão da marca pelo mundo. A feroz batalha no segmento de trajes de natação de alta tecnologia, especialmente com sua rival Speedo (saiba essa história aqui), começou em 1992 com o lançamento do AquaRacer®, projetado para fazer os nadadores deslizarem na água por causa de seu acabamento extra liso e excelente ajuste com máxima liberdade de movimento.
   

Nos anos seguintes, a marca deu continuidade a sua obsessão de revolucionar o segmento da natação. Foi assim que em 1997 nasceu o X-Flat®, o primeiro traje de competição na versão high tech. Ele era o mais fino, leve e macio até então criado, e foi amplamente divulgado pelo nadador russo Alexander Popov. Mas, o grande lançamento da ARENA aconteceria nos Jogos Olímpicos de 2000, com o Powerskin®, uma nova geração altamente tecnológica de trajes de competição que praticamente cobria o corpo inteiro dos atletas. Powerskin® e seu sucessor Powerskin X-Treme® (lançado em 2004) conquistaram o privilégio de acompanhar os maiores campeões aos pódios dos eventos de natação mais prestigiados da Europa e do mundo.
   

Em 2008 ocorreu o lançamento do Powerskin R-Evolution®, um traje 54 centésimos mais rápido que o Powerskin X-Treme®, que proporcionava 20% a menos de redução de resistência e 24% a mais de manutenção de velocidade. A marca, apostando no fato de ser a então patrocinadora de César Cielo, nadador brasileiro bicampeão mundial na época, desembarcou (na verdade foi um retorno) oficialmente no país em outubro de 2009 com seus produtos e acessórios para performance em esportes aquáticos, como óculos para natação (que não embaçam e possuem sistema de autoajuste ao rosto), toucas (que se moldam perfeitamente aos cabelos), protetores auriculares (feito com material anti alérgico e cera natural), nose clips (com formatos exclusivos e anatômicos) e os famosos maiôs. O país era visto como a maior oportunidade de crescimento da marca, que havia feito sucesso nas últimas olimpíadas com seus maiôs tecnológicos, como o usado pelo próprio Cielo.
   

Mas a inovação tecnológica mais avançada veio em 2009 com o lançamento do X-Glide®, que foi listado entre as 50 melhores invenções do ano pela revista Time. O nadador Paul Biedermann usou esse traje altamente tecnológico (feito inteiramente de poliuretano, o que favorecia uma maior aerodinâmica do atleta na água) durante o Campeonato Mundial em Roma e venceu o super campeão Michael Phelps. Logo após isso, a Federação Internacional de Natação proibiu o uso de maiôs de poliuretano. Mas graças a décadas de experiência, a ARENA enfrentou o desafio e rapidamente lançou, em 2012, ano das Olimpíadas de Londres, um novo traje inovador e altamente tecnológico, o Powerskin Carbon-Pro®. O traje foi feito entrelaçando a fibra de carbono diretamente com o tecido, para obter um benefício revolucionário conhecido como “compressão inteligente”, expressão agora adotada na linguagem da natação mundial.
   

Pouco depois, em 2014, a ARENA assinou um acordo histórico e se tornou a principal patrocinadora e parceira técnica do órgão máximo que governa a natação mundial, a FINA (Fédération Internationale de Natation). Entre as mais recentes novidades da marca está o consagrado traje Carbon Flex XV, cujo sistema V-Flex promove ao mesmo tempo mais compressão muscular e maior liberdade de movimento, além de possuir uma costura em formato de X para oferecer ao nadador uma melhor distribuição da tensão ao longo da prova; e o Carbon Air², cujas poucas costuras e fibras leves de carbono promovem maior conforto e melhor encaixe ao corpo do nadador. Em 2019, a ARENA adquiriu os direitos globais da Diana, tradicional marca esportiva italiana fundada em 1947 e especializada em esportes aquáticos, especialmente o pólo aquático.
    

A ARENA, que foi idealizada por um alemão, nasceu na França, e é atualmente italiana, utiliza sua paixão e experiência dentro das piscinas para criar “uma segunda pele” que oferece a confiança necessária para milhões de nadadores atingirem um alto desempenho e resultados fantásticos. Dos treinamentos a competição, a ARENA tem se dedicado a um profundo conhecimento técnico do esporte, da água e do corpo humano, para cada vez mais aprimorar o desempenho e capacidades de grandes campeões. Afinal, a ARENA está com milhões de nadadores desde o início. Quando eles quebram a superfície da água, quando experimentam flutuar ou quando a água é o playground para qualquer nadador aficionado.
  

Vestindo campeões 
A ARENA entende que todos os atletas são direcionados para a vitória, seja para subir no pódio ou para alcançar o seu melhor desempenho e quebrar recordes. Por isso tem uma longa história de associação e patrocínio a atletas do mais alto nível da natação mundial, como por exemplo, a lenda Mark Spitz, os americanos Gary Hall e Matt Biondi, o russo Alexander Popov, o francês Alain Bernard, a americana Rebecca Soni, as britânicas Hannah Miley e Francesca Halsall, a australiana Emily Jane Seebohm, o húngaro Laszlo Cseh, a holandesa Ranomi Kromowidjojo, além dos brasileiros César Cielo e Thiago Pereira. Atualmente o ARENA ELITE TEAM (nadadores patrocinados pela marca) é composto por nomes como os sul-africanos Chad Le Clos e Cameron van der Burgh, o francês Florent Manaudou, a americana Amy Bilquist, o brasileiro Bruno Fratus e a estrela sueca Sarah Sjöström. A marca também patrocina as federações de natação dos Estados Unidos, Austrália, Holanda, Itália, África do Sul, Alemanha, Suécia, Hungria, entre outras.
  

Campanhas que fizeram história 
A ARENA é uma das poucas marcas esportiva que já nasceu com DNA. A água é seu ambiente natural. E uma campanha criada, há anos atrás, pela agência italiana da Lowe, mostrava de forma excepcional, utilizando um caprichoso trabalho de computação gráfica, esse DNA, que se encaixava perfeitamente com o slogan mundial da marca: “Water Instinct” (“Instinto Aquático”).
  

A campanha contava ainda com um filme onde o instinto aquático da ARENA era divulgado de uma forma divertida e pretensiosa. Para assistir clique no ícone abaixo.
  

A evolução visual 
O logotipo da marca pouco mudou desde seu lançamento. A maior alteração ocorreu em relação à coloração, que recentemente adotou o preto como cor oficial.
  

Os slogans 
Water is life. Let’s dive back in together. (2021) 
Water Instinct. 
You’re Looking Good.
  

Dados corporativos 
● Origem: França 
● Fundação: 1973 
● Fundador: Horst Dassler 
● Sede mundial: Tolentino, Itália 
● Proprietário da marca: Arena S.p.A. 
● Capital aberto: Não 
● CEO: Peter Graschi
● Faturamento: €400 milhões (estimado) 
● Lucro: Não divulgado 
● Presença global: 131 países 
● Presença no Brasil: Sim 
● Funcionários: 800 
● Segmento: Material esportivo 
● Principais produtos: Equipamentos e acessórios para esportes aquáticos 
● Concorrentes diretos: Speedo, TYR, Finis, Jaked, Dolfin, Zoggs, Blueseventy, Adidas e Nike 
● Slogan: Water Instinct. 
● Website: www.arenasport.com 

A marca no mundo 
Atualmente a marca ARENA, que ocupa a segunda posição no mercado mundial de equipamento e acessórios para esportes aquáticos com participação de 17%, e perto de 20% em toda a Europa, está presente em mais de 130 países ao redor do mundo, faturando mais de €400 milhões por ano. A ARENA, que vende mais de 15 milhões de peças por ano, tem forte presença, além da natação, no pólo aquático. A marca também trabalha com roupas de estilo casual e moda praia. 

Você sabia? 
Nos Jogos Olímpicos de 1988 em Seul, o atleta Matt Biondi, patrocinado pela marca, foi o segundo na história a conquistar sete medalhas olímpicas. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, BusinessWeek, Exame e Isto é Dinheiro), jornais (Meio Mensagem e Valor Econômico), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Mundo do Marketing), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers). 

Última atualização em 28/9/2021 

O MDM também está no Instagram. www.instagram.com/mdm_branding/

25.10.10

DIEBOLD

Se hoje em dia seu voto é totalmente secreto e sacar dinheiro em caixas automáticos é seguro, devemos a americana DIEBOLD. Segurança, proteção, confiança e uma tradição amparada em mais de 150 anos de sucesso quando o assunto é proteger e guardar. Foi baseado nestes adjetivos que a marca se transformou em líder mundial em automação de setores que exigem alta confiabilidade, como o bancário e eleitoral.
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A história
A história da DIEBOLD é realmente peculiar. A empresa foi fundada no mês de agosto de 1859, pelo imigrante alemão Charles Diebold, na cidade de Cincinnati, estado americano de Ohio. A empresa iniciou como uma fábrica de cofres de aço e 12 anos mais tarde teve seu destino mudado quando, após um grande incêndio que abalou a cidade de Chicago descobriu-se que os objetos que estavam dentro de 878 cofres fabricados pela DIEBOLD foram os poucos que se salvaram da violência agressiva do fogo. Este trágico episódio se transformou em uma enorme publicidade para seus cofres, fazendo com que os pedidos aumentassem enormemente. Com uma forte reputação de segurança e qualidade, a empresa ampliou e mudou, em 1872, sua fábrica para a pequena e pacata cidade de Canton, também em Ohio, onde está instalada até hoje sua sede. Em 1875, a empresa fabricou a maior caixa-forte do mundo para a Wells Fargo e iniciou um processo de diversificação, passando também a fabricar produtos para escritório. Outra expansão ocorreu a partir de 1936, quando a empresa começou adquirir pequenas empresas especializadas em sistemas de micro-filmagens.
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Em 1943, a empresa mudou seu nome, até então Diebold Safe & Lock Company, para Diebold Incorporated. De 1944 a 1951, Eliot Ness, famoso agente federal americano e voraz combatente do crime organizado, responsável por colocar Al Capone atrás das grades, que ficou conhecido pelo filme “Os Intocáveis”, se tornou presidente do conselho da empresa. Já em 1964, a DIEBOLD abriu seu capital e passou a fazer parte da New York Stock Exchange (Bolsa de Valores de Nova Iorque) sob a sigla “DBD”. Quatro anos depois lançou no mercado a Futura Automatic Banking System, um modelo rudimentar que fornecia serviços de caixa automático 24hs. Em 1970 passou a oferecer sistemas de segurança controlados por computadores. Ainda nesta década, passou a disponibilizar aos clientes seus primeiros ATMs (abreviação de “Automated Teller Machine”), os famosos caixas automáticos como conhecemos nos dias de hoje.
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Em 1991, iniciou sua história no Brasil, quando firmou uma parceria com a Procomp, fabricante de caixas de auto-atendimento. Depois de oito anos de “namoro”, a DIEBOLD adquiriu 100% das ações da empresa brasileira por US$ 230 milhões, período que ficou marcado pela apresentação do primeiro ATM do mercado com dispositivo biométrico de reconhecimento de íris. Foi também nesta época que a DIEBOLD iniciou um movimento de internacionalização mais forte, por meio de aquisições, abertura de escritórios e acordos de distribuição regionais. Até então, a empresa trabalhava com a mentalidade centrada no mercado americano. Desde 1996, quando o governo brasileiro iniciou o modelo eletrônico de voto, a DIEBOLD só perdeu a disputa de fabricação das urnas eletrônicas em duas ocasiões - 1996 e 2002 - para a Unisys. Até hoje, a empresa americana já entregou ao governo brasileiro mais de 350 mil urnas eletrônicas. O sucesso desse segmento no Brasil fez com que a empresa adquirisse, em 2002, a Global Election Systems, e ingressasse no mercado americano de sistemas de votações eletrônicas. Recentemente, a DIEBOLD passou a buscar setores interessados em ATMs que não envolvam a entrega de dinheiro. Os resultados começaram a aparecer no Brasil e máquinas já foram instaladas em tribunais e empresas como Pão de Açúcar, Riachuelo e Medial Saúde, além do hospital Albert Einstein.
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A evolução visual
Ao longo 150 anos o logotipo da DIEBOLD passou por inúmeras modificações até adquirir o visual atual.
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Os slogans
Innovation Delivered. (2009, global)
We won't rest.
Inovação a seu Alcance.
(Brasil)
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Dados corporativos
● Origem:
Estados Unidos
● Fundação: 1859
● Fundador: Charles Diebold
● Sede mundial: Canton, Ohio
● Proprietário da marca:
Diebold, Inc.
● Capital aberto: Sim (1964)
● CEO & Presidente:
Thomas Swidarski
● Faturamento: US$ 2.7 bilhões (2009)
● Lucro: US$ 73.1 milhões (2009)
● Valor de mercado: US$ 2.1 bilhões (outubro/2010)
● Presença global: 90 países
● Presença no Brasil: Sim
● Funcionários: 16.390
● Segmento: Automação e segurança
● Principais produtos:
Caixas automáticos, terminais de auto-atendimento, cofres e urnas eletrônicas
● Ícones:
Os resistentes cofres
● Slogan:
Innovation Delivered.
● Website:
www.diebold.com
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A marca no mundo
Presente em mais de 90 países, a DIEBOLD, líder global em segurança e serviços integrados de auto-atendimento, emprega mais de 16.000 pessoas. Sua linha de produtos engloba, além dos tradicionais cofres que ainda continuam sendo produzidos, caixas-automáticos, urnas eletrônicas, impressoras térmicas, além de estar presente no segmento de saúde, varejo, telecomunicações, tribunais, com sistemas de alta disponibilidade, servidores RoHS, entre outros. A subsidiária brasileira da empresa é a mais importante: fatura mais de R$ 1.1 bilhões anualmente, tem 60% do mercado de caixas de auto-atendimento para bancos, responde a 20% do faturamento global da empresa no mundo, e possui duas fábricas, localizadas na cidade de Manaus. Em 2009 a DIEBOLD fabricou 18 mil ATMs no Brasil, volume que superou a quantidade de máquinas que a empresa produziu na China e nos Estados Unidos juntos (17.500 equipamentos).
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Você sabia?
Somente em 2009, no Brasil, a DIEBOLD vendeu grandes lotes de ATMs para a Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Bradesco, entre outros, totalizando mais de 18.000 máquinas. Para o FDE (Fundação para o Desenvolvimento da Educação), 60.000 microcomputadores e para o Tribunal Superior Eleitoral, 50.000 urnas eletrônicas.
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As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Time), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers).
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Última atualização em 25/10/2010

20.10.10

BALLY


As bolsas e sapatos da marca suíça Bally, garantidos por uma impressionante herança de quase 165 anos de uma rica história, são acessórios indispensáveis que conferem estilo, conforto e sofisticação aos mais exigentes consumidores. Do Chile à Arábia Saudita, de Nova York à Tóquio, a marca representa como ninguém o estilo sóbrio e discreto de seu país de origem. 

A história 
Tudo começou em 1849 quando Carl Franz Bally, que havia herdado de seu pai uma pequena fábrica de beneficiamento de borracha para fabricação de fitas elásticas, ficou completamente fascinado com os sapatos que havia comprado para sua esposa durante uma viagem a cidade de Paris. Dois anos mais tarde, ele, juntamente com seu irmão Fritz, transformou a pequena fábrica do pai na Bally & Co, localizada no porão de sua casa no pitoresco vilarejo suíço de Schönenwerd, no cantão de Solothurn, onde o couro era cuidadosamente tratado e utilizado na confecção de calçados, em um processo completamente artesanal, que empregava habilidosos sapateiros alemães. Os sapatos eram criações com um forte senso de funcionalidade e modernidade. Em 1854 seu irmão saiu da sociedade e Carl mudou o nome da empresa para C.F. Bally, construindo uma nova fábrica no centro do pequeno vilarejo. Em 1870, as primeiras lojas da marca foram inauguradas em Genebra e Montevidéu. Nesta época, a empresa que já empregava mais de 500 pessoas, recebeu suas primeiras máquinas, resultando em um expressivo aumento da produção.


Ainda nesta década, Carl construiu uma reputação internacional de alta qualidade e design para sua marca, além de expandir as operações da empresa com o início das exportações e inaugurações de lojas nas cidades de Buenos Aires e Paris. Nesta época, seus sapatos já eram sinônimos de luxo, graças ao primoroso acabamento e alta qualidade do material. Rapidamente os calçados da marca passaram a serem cada vez mais comuns em grandes cidades como Barcelona, Cairo, Viena, Hamburgo, Lisboa e Marselha. Em 1882, uma luxuosa loja foi inaugurada na cidade de Londres. Foi nesta década que a marca passou a gravar na sola de seus calçados uma marca registrada representada por um brasão, que descrevia de forma estilizada as montanhas austríacas, o berço dos antepassados de Carl Franz. Com a morte dele no dia 5 de agosto de 1899 seus filhos, Eduard e Arthur, assumiram definitivamente o comando dos negócios, dando continuidade à reputação que seu pai havia construído ao longo dos anos. Em 1907 a empresa abriu seu capital na Bolsa de Valores com o intuito de captar dinheiro para uma ambiciosa expansão, que em 1916 fez com que a BALLY já empregasse 7.000 funcionários, produzisse 4 milhões de pares de sapatos e estivesse solidificada em mercados importantes da moda como França, Itália e Alemanha.


Nas décadas seguintes a empresa suíça sobreviveu a Grande Depressão dos anos de 1930 e a Segunda Guerra Mundial, voltando a se expandir em grande velocidade no período pós-guerra, principalmente com o ingresso no mercado americano. Em 1951, Max Bally, neto do fundador, criou o modelo Scribe, um sapato masculino que rapidamente se tornou ícone da marca. O modelo, cujo nome foi inspirado em um hotel de Paris, é feito apenas sob encomenda desde então. O consumidor pode escolher entre dois tipos solas (couro e borracha), 14 tipos de couro e cores e ainda gravar seu nome. Cada sapato é feito à mão em um processo de 200 etapas, que demora seis horas. Pouco depois, em 1953, Sir Edmund Hillary e seu companheiro de escalada, o Sherpa Tenzing Norgay, utilizando botas confeccionadas pelo Bally, se tornam os primeiros humanos a conquistar o Monte Everest. Na década seguinte, começou a explorar novos materiais, como por exemplo, a borracha, usada nas botas que Neil Armstrong utilizou durante seus primeiros passos na lua.


Em 1976, bolsas e outros acessórios de couro (como cintos e carteiras), além das primeiras coleções de roupas, foram adicionados a gama de produtos da marca, aumentando assim o alcance da BALLY no desejo de seus exigentes consumidores. Essa década também foi marcada por um forte período de crescimento da marca no mercado internacional com a inauguração de várias lojas próprias e o ingresso em grandes lojas de departamento, que passaram a vender seus produtos. Além disso, a família Bally vendeu a empresa para novos proprietários. Na década seguinte a BALLY enfrentou enormes dificuldades financeiras em virtude de vários fatores, mas principalmente por contratos de licenciamento, que fizeram a qualidade de seus produtos despencarem demais, colocando em dúvida a tradição e reputação da marca.


Apesar das dificuldades, a marca inaugurou em 1998 sua primeira loja no Brasil, localizada na cidade de São Paulo, que seria fechada anos depois. No ano seguinte a empresa foi vendida para um fundo de investimento americano. Em pouco mais de uma década, os novos proprietários reconduziram a marca ao topo do mercado de luxo com o lançamento de produtos exclusivos e sofisticados, além da inauguração de sofisticadas lojas em mercados importantes como a China, Arábia Saudita, Líbano, Turquia, Nepal, Japão, Austrália e Rússia. Em 2007, o estilista Brian Atwood, que já havia trabalhado na Versace na década de 1990, assumiu o cargo de diretor criativo da venerável marca suíça. Mas sua aventura durou pouco, pois a BALLY anunciou uma nova dupla de criação: Graeme Fidler e Michael Herz. Em abril de 2008, a empresa foi vendida para o grupo austríaco Labelux, controlado por alemães.


Como toda marca que deseja ter exposição global, a BALLY lançou em 2010 seu comércio eletrônico, que oferece sapatos, acessórios, pequenos objetos em couro e roupas, inicialmente para o mercado americano e europeu. A partir de 2013 a marca passou por grandes transformações. Primeiro contratou para o cargo de CEO o executivo Frédéric de Narp, com brilhantes passagens pelas joalherias Cartier e Harry Winston. Este indiciou como diretor criativo Pablo Coppola, estilista argentino que trabalhou para Dior, Tom Ford e Céline, encarregado principalmente de reinterpretar a herança da marca suíça, trazendo um novo fôlego à linha de roupas. Depois de reorganizado o estilo da marca, a empresa aperfeiçoou a distribuição entre as lojas próprias e licenciadas, lojas de departamento e multimarcas. Já no final de 2014, unindo a tradição centenária com a elegância contemporânea, a BALLY inaugurou sua principal loja em Londres, em plena New Bond Street. Com 400m² e instalada em um charmoso hotel de três andares, o projeto foi assinado pelo arquiteto David Chipperfield. A ideia da marca é inaugurar aproximadamente doze dessas “maisons” nas principais metrópoles do mundo.


A BALLY foi pioneira em muitas áreas em seu segmento. Em 1889, produzia dois milhões de calçados por ano. Criou os scarpins em 1890. Em 1927 inaugurou em sua sede o “Bally Lab”, um centro de Pesquisa e Desenvolvimento, inicialmente com foco em técnicas de artesanato em couro e processos de produção. Há 60 anos, contava com um curtume no Rio de Janeiro. Foi também a primeira marca de luxo ocidental a ingressar no mercado chinês em 1986. Atualmente a BALLY, uma das primeiras e mais antigas marcas de luxo do mundo, é uma referência em artigos de couro para homens e mulheres, fabricados em uma linha de produção que utiliza materiais de altíssima qualidade e rica atenção aos detalhes e ao acabamento, que para muitos é impecável. Suas coleções contam com bolsas, sapatos e acessórios de moda, que seguem uma tendência clássica, confeccionados com materiais nobres e que possuem design exclusivo, garantindo assim aos modelos um toque de modernidade e elegância ao mesmo tempo.


Dados corporativos 
● Origem: Suíça 
● Fundação: 1851 
● Fundador: Carl Franz e Fritz Bally 
● Sede mundial: Caslano, Suíça 
● Proprietário da marca: Bally International S.A. 
● Capital aberto: Não (subsidiária da JAB Holding Company) 
● CEO: Frédéric de Narp 
● Diretor criativo: Pablo Coppola 
● Faturamento: US$ 750 milhões (estimado) 
● Lucro: Não divulgado 
● Lojas: 680 
● Presença global: 91 países 
● Presença no Brasil: Sim 
● Funcionários: 1.500 
● Segmento: Moda de luxo 
● Principais produtos: Sapatos, bolsas, malas, acessórios e roupas 
● Ícones: O sapato Scribe e as famosas listras vermelha e branca 
● Website: www.bally.com 

A marca no mundo 
Atualmente a marca suíça comercializa sua sofisticada linha de produtos em mais de 90 países ao redor do mundo através de uma rede de lojas próprias e licenciadas, composta por mais de 680 unidades (100 delas próprias), e de renomadas lojas de departamento. As lojas âncoras da marca estão localizadas em pontos sofisticados de cidades como Londres, Genebra, Hong Kong, Nova York e Los Angeles. Atualmente, calçados representam aproximadamente 50% das vendas globais da marca, seguidos por bolsas e acessórios com 40% e produtos de vestuário com 10%. 

Você sabia? 
O Bally Shoe Museum, inaugurado em 1942 e localizado na hospitaleira cidade de Schönenwerd, possui uma das maiores coleções de sapatos do mundo, sendo fruto do amor da família Bally pelos calçados. São aproximadamente 35.000 pares de sapatos. 
Ao longo dos anos, a marca suíça tem apoiado o desenvolvimento da criatividade em outras atividades artísticas através de patrocínios de projetos e iniciativas em áreas como design, arquitetura e artes. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Isto é Dinheiro), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers). 

Última atualização em 24/3/2015

19.10.10

TERRACYCLE

A TERRACYCLE, empurrada pela onda ambientalista que tomou conta da mídia, rapidamente virou a menina dos olhos de grandes investidores. Mas qual a razão para isso? A partir de um processo inovador, embalagens são transformadas em produtos eco-amigáveis e acessíveis, reduzindo o lixo e colaborando para a preservação do planeta. Imagine, que com sua ajuda, aquela embalagem que você recolheu e enviou para a reciclagem sem nenhum custo deixará de poluir um aterro, irá gerar renda para pessoas carentes e ainda poderá ser readquirida em grandes redes varejistas com uma nova função através de produtos descolados e modernos.
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A história
A história começou quando um calouro de apenas 19 anos da renomada Universidade de Princeton, Tom Szaky, foi passar férias na cidade de Montreal no Canadá. Lá, ele ficou hospedado na casa de amigos que alimentavam minhocas vermelhas com detritos de uma mesa e utilizavam o fertilizante resultante em algumas de suas plantas. O resultado era surpreendente: as plantas estavam verdes e frondosas graças a muito esterco de minhoca. Tom buscava uma idéia corporativa para entrar na Competição do Plano Empresarial de Princeton. Tinha encontrado então a idéia que tanto buscava: usar minhocas para produzir resíduo orgânico. Ele conseguiu então desenvolver um fertilizante orgânico de qualidade e levantar uma questão ambiental de grande importância ao mesmo tempo. Após ter obtido o 5º lugar na competição, ele decidiu seguir em frente com sua idéia. Com o sonho de encontrar um caminho mais responsável de se fazer negócio e que fosse, ao mesmo tempo, bom para o planeta e para as pessoas, ele fundou em 2001, juntamente com seus colegas Jon Beyer e Albe Zakes, a TERRACYCLE, um novo modelo de empreendimento sócio-ambientalmente responsável.
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Ele gastou toda sua poupança e aumentou o limite de seus cartões de crédito a fim de comprar uma armadilha para capturar minhocas no valor de US$ 20.000. A armadilha proporcionou-lhe um home office compacto e portátil para milhares de minhocas. A maior parte do tempo de Tom foi dedicada a coletar comida estragada das lanchonetes de Princeton para servir de alimentos para suas minhocas. Falido, exausto e preparado para desistir, ele conheceu Suman Sinha, uma capitalista que assumia riscos que deu ao jovem empreendedor um cheque e tornou-se o primeiro investidor da empresa. Com esse dinheiro, Tom conseguiu alugar seu primeiro escritório. Após passar mais tempo desenvolvendo a empresa do que freqüentando as salas de aula, ele decidiu trancar a faculdade para cuidar da empresa em tempo integral.
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Em abril de 2003, Tom ganhou o cobiçado prêmio do Desafio do Plano Empresarial Carrot Capital, que premiava com US$ 1 milhão em dinheiro para investimento. Infelizmente, os investidores queriam desviar a missão ecologicamente correta da empresa e focar inteiramente na fertilização da planta em si. Em 2004, a empresa crescia a todo vapor a partir de sua primeira grande venda para duas varejistas no mercado canadense, The Home Depot e Wal-Mart. Embora o primeiro pedido tenha sido modesto, ele permitiu a entrada da empresa nos grandes varejos. Logo, grande varejo representava grandes pedidos. A empresa precisava de equipe, armazém, maquinário e o mais importante: uma fábrica. Em pouco tempo, a TERRACYCLE se tornou a empregadora que oferecia uma segunda chance a ex-detentos, veteranos e indivíduos em liberdade condicional. Com a fábrica e equipe montada, a única coisa que faltava era efetuar algumas vendas. Apesar dos pedidos do mercado canadense, o espaço para crescimento no mercado americano precisava ser trabalhado.
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O Wal-Mart e a The Home Depot apostaram nos produtos da empresa também no mercado americano. Em pouco tempo, esses produtos estavam sendo testados em todo o país e a marca reconhecida nacionalmente. Nesta época, a linha de produtos cresceu para incluir mais fertilizantes e alimentos para plantas. Em 2006, seus produtos estavam amplamente disponíveis em boa parte do território americano pela primeira vez. Em julho, Tom e a TERRACYCLE e estavam na capa da revista Inc. Magazine, o Santo Graal dos jovens empreendedores. No final do ano, a empresa havia vendido mais de US$ 1 milhão em excrementos líquidos de minhoca embalados em garrafas de refrigerante usadas, muitas das quais recolhidas voluntariamente pelas famosas “Bottle Brigade” (“Brigadas de Garrafas”).
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Em 2007, a empresa já oferecia nove produtos diferentes. A TERRACYCLE estava agora vendendo versões concentradas de seu fertilizante de excremento de minhoca, bem como uma mistura para sementes e mix para plantas. A empresa oferecia três variedades distintas de seu fertilizante (pronto para usar, concentrado e sólido). A popularidade das Bottle Brigade resultou em uma nova parceria: em agosto desse ano, a empresa lançou a “Drink Pouch Brigade” (Brigada de Saquinhos de Sucos). O novo programa foi projetado com o objetivo de pagar escolas para coletar saquinhos de sucos. Foi então que a empresa decidiu expandir a oferta de produtos para outras categorias. Primeiro, com o Urban Art Pot, um balde feito a partir de resíduo eletrônico (conhecido como E-waste). Depois com outros dois itens: Rotary Composter (Recipiente Giratório) e Rain Barrel (Barril de Chuva), ambos criados a partir de velhos barris de vinho. Ao mesmo tempo, lançou dois novos programas de Brigada, a “Yogurt Brigade” (Brigada de Iogurte) e “The Energy Bar Wrapper Brigade” (A Brigada de Embalagens de Barras de Cereais), patrocinadas pelas empresas Stonyfield Farm e CLIF BAR, respectivamente.
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A partir de então começou a fabricar diversos produtos sustentáveis, como sacolas, bolsas, mochilas, cadernos, guarda-chuvas e até caixas de som, utilizando materiais que iriam para o lixo, como embalagens de alimentos e bebidas. Os programas de brigada cresceram em popularidade e, como conseqüência, nasceu a idéia do “Sponsored Waste” (Resíduo Patrocinado), onde a empresa juntamente com os fabricantes de produtos embalados administram programas livres que pagam os clientes para ajudar a coletar embalagens não recicláveis que são posteriormente transformadas em produtos ecologicamente corretos. A primeira empresa a aderir ao novo programa foi a Kraft Foods, fabricante de alimentos e bebidas número 1 da América do Norte. Depois viriam outras grandes empresas como a Pepsico, Mars, Kimberly-Clark, Procter & Gamble e mais recentemente a Nestlé, que são responsáveis por custear toda a logística de envio de embalagens, armazenagem e limpeza. Para transformar a TERRACYCLE em um fenômeno mundial, Tom não trabalhou sozinho. Seu modelo de negócio inclui todos os membros da sociedade em uma parceria que traz benefícios para todos.
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A TERRACYCLE iniciou sua expansão global, em 2009, abrindo sua primeira filial na América Latina com uma subsidiária no Brasil. No país, executa o seu programa de coleta de resíduos tanto por meio de brigadas como pela coleta via cooperativas de catadores. Dessa forma, além de se preocupar com o meio-ambiente, a empresa visa também o desenvolvimento sócio-econômico por meio da geração de renda e da construção social. Ainda neste ano, lançou duas novas linhas de produtos, quando a varejista Target começou a comercializar uma linha de relógios, descansos para copos e porta-retratos, feitos de discos de vinil ou placas eletrônicas. Hoje, países como Inglaterra, Canadá e México também participam do projeto que, apenas nos Estados Unidos, envolveu mais de 10 milhões de pessoas e ajudou a evitar o desperdício de cerca de um bilhão e meio de embalagens nos últimos três anos. Hoje em dia, a TERRACYCLE atua onde as empresas patrocinadoras querem implementar o programa de Brigadas.
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Como funciona a empresa
O ciclo funciona da seguinte forma: um time de coleta seletiva (formado por uma organização civil, empresa ou mesmo um grupo de vizinhos) se junta e inicia a arrecadação dos materiais indicados no site da TERRACYCLE. Quando atingirem o número mínimo de 100 unidades, basta colocar os materiais em uma caixa, fechar bem, colar a etiqueta pré-paga para envio e entregá-la em uma agência dos correios mais próxima. O envio é gratuito e todo o material entregue pelo time será contabilizado e somado. Duas vezes ao ano a empresa irá doar uma quantia em dinheiro referente à quantidade de materiais enviados para uma Organização Não Governamental escolhida pelo grupo. Já os materiais doados serão transformados em novos produtos e vendidos a preços acessíveis em lojas de grandes redes varejistas.
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Os slogans
Outsmart Waste.
Supere o Desperdício!
(Brasil)
Igánale a la Basura! (México)
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Dados corporativos
● Origem: Estados Unidos
● Fundação: 2001
● Fundador:
Tom Szaky, Jon Beyer e Albe Zakes
● Sede mundial: Trenton, New Jersey
● Proprietário da marca:
TerraCycle Inc.
● Capital aberto: Não
● CEO:
Tom Szaky
● Faturamento: Não divulgado
● Lucro: Não divulgado
● Presença global:
6 países
● Presença no Brasil:
Sim
● Funcionários: 100
● Segmento: Bens de consumo ecologicamente corretos
● Principais produtos:
Sacolas, mochilas, cadernos, guarda-chuvas e bolsas
● Ícones: As Brigadas
● Slogan: Outsmart Waste.
● Website:
www.terracycle.com.br
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A marca no mundo
Hoje em dia a empresa, presente em seis países do mundo (Brasil, Estados Unidos, Suécia, Canadá, México e Reino Unido), comercializa mais de 180 produtos através de grandes redes varejistas mundiais como Wal–Mart, Target, The Home Depot, OfficeMax, Petco e Whole Foods Market. A TERRACYCLE registrou seu primeiro lucro no último trimestre do ano passado e deverá fechar 2010 no azul. Atualmente no Brasil mais de 102.000 pessoas que participam do programa já coletaram 6.6 milhões de embalagens, com as quais são fabricados 37 produtos para venda ao consumidor final.
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Você sabia?
A empresa conquistou vários prêmios e reconhecimentos pelo seu modelo de negócios ambientalmente responsável concedidos por importantes publicações e organizações como a Red Herring Magazine, The Environmental Business Journal e The Social Venture Network.
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As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Time), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers).
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Última atualização em 19/10/2010

18.10.10

AMWAY


Por mais de 50 anos, a AMWAY é reconhecida não somente pelo seu modelo de vendas direta de enorme sucesso, mas também pela excelência em produtos, a preocupação com o meio ambiente e o compromisso com a segurança e a saúde. Afinal, seus produtos de saúde, beleza e para os cuidados do lar desempenham um papel positivo na vida de milhões de pessoas ao redor do mundo. 

A história 
A história começou com dois amigos de infância, no estado americano de Michigan, que sonhavam com uma vida melhor para suas famílias. Em 1949, Jay Van Andel e Richard DeVos, tiveram conhecimento dos Suplementos Nutricionais Nutrilite™ (criados em 1934 pelo Dr. Carl F. Rehnborg) e do sistema de venda direta que era utilizado na sua comercialização. Como vendedores bem sucedidos dos produtos da marca, eles chegaram a uma conclusão: quem quisesse trabalhar a sério, podia ter o seu próprio negócio através do sistema de venda direta. Para eles, as pessoas e suas relações eram partes primordiais de qualquer negócio bem-sucedido. Em 1959, os dois amigos e alguns sócios, procuravam novas ideias de produtos para expandir os seus esforços. O resultado foi a fundação da AMWAY (abreviação de The American Way Association) no dia 9 de novembro na cidade de Grand Rapids, estado do Michigan, para representar os mais de 5.000 distribuidores amealhados pelos dois ao longo dos anos e a criação de seu primeiro produto de cuidados com a casa, até hoje conhecido como o limpador multiuso L.O.C.™ - Limpador Orgânico Concentrado. Foi um dos primeiros produtos concentrados, biodegradáveis e que respeitam o meio-ambiente.


O primeiro slogan adotado pela empresa foi “O Know How dos Produtos de Cuidados do Lar… à sua porta”. Foi uma história instantânea de sucesso de vendas, que lhes proporcionou um mundo de novas oportunidades. Dois anos depois, a empresa também lançou o detergente para a roupa SA8™ com uma formulação biodegradável. Já em 1962, a empresa inaugurou seu primeiro escritório internacional no Canadá. Em 1963, foi lançado o DISH DROPS™ Detergente Líquido para louça, completando assim o trio de produtos que tornaria a empresa tão famosa e sólida financeiramente em seus primeiros anos. A excelente qualidade destes produtos também contribuiu para realçar o valor da marca AMWAY.


O lançamento da linha de produtos para cabelos SATINIQUE™ em 1965, e a linha de cosméticos ARTISTRY™ em 1968, representou os primeiros avanços da empresa no rentável segmento de cuidados pessoais. Foi também nesta década, que os dois vislumbraram a possibilidade de dividir seu sucesso com outros que compartilhavam de seus valores e visão de negócio. Desenvolveram, então, um modelo de negócios único que permitiu que outras pessoas se juntassem à AMWAY e compartilhassem os benefícios de um negócio em expansão. O negócio se tornou então um modelo de recompensa e reconhecimento. Convencidos da relevância de seus valores, a qualidade e o potencial da oportunidade de negócios oferecida, mais e mais pessoas passaram a fazer parte da empresa. Em meados dos anos de 1970, os ônibus AMWAY já percorriam mais de 5 milhões de quilômetros por ano, demonstrando e entregando produtos a milhões de distribuidores. A empresa se expandiu, abrindo mercados em oito países em três continentes. A AMWAY iniciou operações na Austrália em 1971. Na sequência vieram, rapidamente, Grã-Bretanha, Hong Kong e Malásia. A subsidiária japonesa, fundada em Tóquio, em 1979, rapidamente se tornou um dos maiores mercados da empresa.


A aquisição do controle acionário da Nutrilite™ Products Inc., em 1972, tornou possível aos distribuidores americanos comercializarem a linha completa de suplementos alimentares da marca, que se converteram nos favoritos da América. Em poucos anos, a empresa tinha mais de 700 funcionários, mais de 200 produtos exclusivos e mais de 100 mil distribuidores. As vendas anuais da AMWAY cresciam rapidamente, superando os US$ 500 mil, pela primeira vez em sua história. Nos anos de 1980, a empresa expandiu sua sede em Ada, Michigan, e construiu uma nova fábrica de cosméticos, na qual os produtos ARTISTRY™ foram desenvolvidos e fabricados. Na América Latina iniciou suas operações em 1985 no Panamá, seguido pela Guatemala dois anos mais tarde. Em 1989, foi reconhecida como líder na promoção da consciência e educação ambientais, quando recebeu um dos mais prestigiosos prêmios das Nações Unidas por suas realizações em programas educacionais voltados para a preservação do meio ambiente. Ainda nesta década, a empresa iniciou a comercialização dos seus primeiros filtros para sistema de ar.


Nos anos de 1990, seguindo os passos dos pais, Steve Van Andel e Dick DeVos sucederam os fundadores no comando da empresa, construindo e dando continuidade ao sucesso do negócio. Durante esta década a expansão foi contínua, com um volume estimado de vendas atingindo US$ 5 bilhões por ano. A empresa ingressou em importantes mercados como México em 1990; Brasil em 1991; Argentina em 1993; Honduras, El Salvador, Chile, Uruguai e China em 1995; Costa Rica e Colômbia em 1996; e por fim, Venezuela e Índia em 1998. Enquanto isso, em todo o mundo, as afiliadas continuaram a apoiar seus distribuidores com o lançamento de sites de comércio eletrônico, para divulgar a oportunidade e comercializar os produtos AMWAY pela internet.


Com a chegada do novo milênio, o compromisso da AMWAY com saúde e nutrição levou a empresa a ser pioneira em sistemas de tratamento de água, com resultados muito bem-sucedidos. A linha de produtos de tratamento de água - eSpring™ - lançada em 2000, continua a deter, até hoje, um dos primeiros lugares no mercado global. Pouco depois, em 2005, lançou o sistema de tratamento de ar doméstico ATMOSPHERE™. Outras linhas de enorme sucesso da empresa são: iCook™ (panelas e frigideiras que possuem a exclusiva tecnologia OPTITEMP™, que permite a distribuição de calor de forma eficiente e uniforme devido a sua base encapsulada, combinando alumínio e aço inoxidável ferromagnético. Essa base encapsulada, compatível com qualquer fogão, melhora em 32% a distribuição do calor e proporciona um cozimento homogêneo dos alimentos), ERTIA™ (linha de produtos para o corpo e cabelo que proporciona uma experiência revitalizante, cujas fórmulas possuem ingredientes) e AMWAY HOME™ (linha completa de produtos para limpeza de superfícies, lavanderia e louças, lançada globalmente em 2011, que possui a exclusiva tecnologia Bioquest Formula™, cujas fórmulas são biodegradáveis, dermatologicamente testadas, concentradas e de alta performance). Hoje em dia, apesar de China, Estados Unidos e Japão constituírem importantes mercados da empresa, Rússia e Índia apresentam crescimentos invejáveis, contribuindo e muito para a expansão da AMWAY no mundo.


A evolução visual 
A identidade visual da AMWAY evoluiu bastante ao longo de sua história. Inicialmente contendo o mapa do território americano como símbolo, o logotipo passou por sua primeira remodelação em 1964, quando adotou um mapa estilizado do mundo. Em meados dos anos de 1980, o logotipo ganhou uma nova tipografia de letra e o mapa se tornou ainda mais estilizado. A mais recente mudança ocorreu em 2002, quando o novo logotipo da marca perdeu o mapa e ganhou ares bem mais modernos e sofisticados. O logotipo adotou uma nova tipografia de letra e um traço vermelho.


Os slogans 
Your business. (2014) 
Now you know. (2011) 
Better Ideas. Better Life. 
And you thought you knew us. (1998) 
The business opportunity company. (1997) 
We deliver the best. (1982) 
Shop without going shopping. (1964) 
Where life gets better.


Dados corporativos 
● Origem: Estados Unidos 
● Fundação: 9 de novembro de 1959 
● Fundador: Rich DeVos e Jay Van Andel 
● Sede mundial: Ada, Michigan, Estados Unidos 
● Proprietário da marca: Amway International, Inc. 
● Capital aberto: Não (subsidiária da Alticor Inc.) 
● Chairman: Steve Van Andel 
● Presidente: Doug DeVos 
● Faturamento: US$ 9.5 bilhões (2015) 
● Lucro: Não divulgado 
● Distribuidores: + 3 milhões 
● Presença global: 100 países 
● Presença no Brasil: Sim 
● Funcionários: 19.000 
● Segmento: Vendas diretas 
● Principais produtos: Produtos de limpeza, suplementos alimentares e cosméticos 
● Concorrentes diretos: Avon, Mary Kay, Herbalife, Oriflame, Forever, Natura e Jenny Craig 
● Slogan: Your business. 
● Website: www.amway.com.br 

A marca no Brasil 
A trajetória da AMWAY no Brasil é polêmica. A empresa aterrissou por aqui em 1991 com um detergente concentrado que rendia um litro para cada 50 gotas de produto e rapidamente construiu uma vigorosa rede de 200 mil revendedores. Com isso, o Brasil passou à terceira posição no ranking da empresa, atrás dos Estados Unidos e Japão. Mas esse enorme sucesso não se sustentou. O declínio deveu-se a vários fatores. Boatos acusando a empresa de fazer “lavagem cerebral” nos funcionários e o descontentamento com a remuneração (baseada no sistema multinível, no qual o revendedor recruta novos associados e embolsa parte dos ganhos deles) fazem parte da lista. O golpe de misericórdia foi a desvalorização cambial, que encareceu os produtos. Um novo executivo assumiu o comando em 2000 com a missão de relançar a empresa e sua filosofia. A primeira providência foi “limpar” a carteira de revendedores, afastando os que não se adequavam ao perfil. Depois, cuidou de melhorar a rentabilidade. Obteve autorização da matriz para produzir (através de terceiros) itens específicos (maquiagens e perfumes) para o mercado local. Reforçou os mecanismos de treinamento dos revendedores e criou políticas de incentivo. A última etapa do plano foi a fabricação de produtos mundiais (iniciada com o sabonete da linha Body Series). Mas todas essas medidas foram em vão. As vendas não emplacavam. A empresa não desistiu, adotou outra estratégia: lojas próprias para os revendedores, além de deixar os detergentes de lado e priorizar produtos de beleza e de emagrecimento. Além disso, investiu em diferentes frentes para alavancar a operação brasileira, incluindo a contratação de Ronaldinho Gaúcho como garoto-propaganda para a Nutrilite™ em 2008.


A fazenda orgânica de acerola que a empresa mantém em Ubajara, a 322 quilômetros de Fortaleza, na região noroeste do Ceará, ganhou também um laboratório de pesquisa. É de lá que sai o concentrado de vitamina C para a produção de cápsulas, base de diversos produtos de sua linha de nutrição, que é exportado para os Estados Unidos. Apesar de resultados consistentes, a empresa ainda parece carecer de mais popularidade, mas está no caminho certo para uma consolidação definitiva no país, onde possui mais de 100 mil revendedores e quatro lojas, que funcionam como um showroom e de apoio aos seus revendedores.


A marca no mundo 
Atualmente a AMWAY, maior empresa de venda direta do mundo com faturamento de US$ 9.5 bilhões (dados de 2015) e portfólio constituído por aproximadamente 450 produtos, conta com uma rede de 3 milhões de distribuidores (batizados de Amway Business Owners) em mais de 100 países. Seus produtos são distribuídos através de 50 centrais de distribuição localizados em 45 países ao redor do mundo. O centro de operações global da empresa está localizado em Ada, no estado do Michigan. Em mais de 1.5 quilômetros de extensão estão localizados os laboratórios, onde trabalham a equipe de pesquisa, equipes de desenvolvimento de produtos e pessoal de apoio para negócios em todo o mundo. A empresa despacha mais de 35 mil itens diariamente, por meio de suas 49 docas de carga somente na cidade de Ada. Esta unidade é também uma das dezoito instalações de produção da empresa no mundo. A AMWAY possui mais de 75 centros de desenvolvimento e pesquisas, onde trabalham mais de 950 cientistas. Os maiores mercados da empresa são China, Coréia do Sul, Estados Unidos, Japão, Tailândia e Rússia. Hoje em dia, suplementos vitamínicos e shakes de emagrecimento representam 46% do faturamento global da empresa. 

Você sabia? 
O compromisso da AMWAY com a inovação e a investigação produziu mais de 1.150 patentes outorgadas. 
Em 2003 foi lançado o programa AMWAY ONE BY ONE®, cujo objetivo é ajudar crianças carentes a viver melhor, utilizando o poder do relacionamento interpessoal e profissional dos distribuidores e funcionários da empresa. O programa Campanha para Infância AMWAY ONE BY ONE® já proporcionou esperança e oportunidades a mais de 10 milhões de crianças e já doou US$ 200 milhões a causas relacionadas a crianças ao redor do mundo. O número total de horas de voluntariado, de funcionários e distribuidores, ultrapassou a quase 2.8 milhões. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, BusinessWeek, Isto é Dinheiro, Época Negócios e Exame), jornais (Valor Econômico, O Globo e Folha), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers). 

Última atualização em 18/7/2016