28.10.19

WEBMOTORS


Há quase 25 anos na estrada, foi a primeira startup brasileira a inovar na forma de comprar e vender carros e motos na internet. Paixão por veículos e por inovação. É essa a receita de sucesso da Webmotors, uma eficiente plataforma online para intermediar toda a negociação e garantir segurança a quem compra e a quem vende carros e motocicletas. Conectar pessoas às melhores condições e informações, e criar meios para que façam a melhor escolha na hora de comprar, vender e usar um veículo. Pioneiro e um dos mais importantes websites do segmento automobilístico no Brasil, a marca é reforçada pelo alcance e eficácia de seus serviços. 

A história 
Tudo começou com Sylvio Alves de Barros Netto, um administrador de empresas. A ideia para a concepção da Webmotors surgiu em meados da década de 1990 quando Sylvio ainda trabalhava na General Motors do Brasil e o mercado brasileiro de automóveis abria-se à mais de 40 marcas de montadoras inéditas, até então restrito à 5 opções. Sylvio era responsável por elaborar o catálogo de vendas e de treinamento para vendedores da montadora, e percebeu que, com a abertura comercial pela qual o Brasil passava, o número de carros no país crescia consideravelmente. Era impossível manter as informações atualizadas sobre todos os modelos de carros de forma manual. Ao buscar ferramentas que pudessem ajudá-lo, ele descobriu a internet, que ainda era algo muito distante do dia a dia dos brasileiros, e se interessou de imediato. Foi então que ele enxergou uma grande oportunidade de negócio. Muito mais do que uma ferramenta facilitadora, Sylvio viu na web a oportunidade de transformar o tradicional caderno de classificados automotivos - que os jornais publicavam aos domingos - em um site.


Com tudo isso em mente, em 1995 a Webmotors nasceu como o primeiro catálogo automobilístico brasileiro online. A nova empresa decidiu apostar na atmosfera digital para facilitar a compra e venda de veículos. Porém, muitas pessoas não acreditavam que essa ideia teria futuro, porque, na época, havia apenas 800 mil internautas no Brasil inteiro. Inicialmente foi bastante difícil lidar com a descrença das pessoas, o alto custo do desenvolvimento de sistemas e a falta de mão de obra qualificada. Mas ele encontrou uma solução para esses problemas: convidou desenvolvedores e empreendedores para sócios, entre os quais Helder Siqueira e Danton Velloso. Com mais estrutura, a empresa começou a se destacar e se tornou o canal automotivo do portal UOL em 1997. Atualizado diariamente, a Webmotors tinha informações detalhadas sobre 529 modelos disponíveis no mercado brasileiro. Com tamanha visibilidade, atraiu investidores. Em 1999, aceitou dois novos sócios, o GP Investimentos e o JP Morgan Partners. Foi nessa época, que Sylvio percebeu que o negócio estava no caminho certo e decidiu largar o emprego que ainda mantinha na montadora. No final desta década, porém, o estouro da bolha da internet - responsável por muitos negócios pontocom vendidos - freou os planos de expansão da Webmotors. Porém, em 2002, o então Banco Real, controlado pelo holandês ABN Amro Bank, por intermédio da Aymoré, sua divisão de financiamentos de veículos, adquiriu 100% das ações da Webmotors, incluindo participações que pertenciam aos fundos de investimentos. Nesta época o site tinha quatro milhões de visitantes únicos, 2.2 milhões de usuários cadastrados e mais de 20 mil veículos anunciados por mês.


Em 2007 o ABN Amro vendeu toda sua operação no Brasil para o banco espanhol Santander, que passou a ser proprietário da Webmotors. Nos anos seguintes, após já ser consagrado como o principal canal digital de compra e venda de veículos do país, a Webmotors começou a atuar para fortalecer a sua proximidade com o mercado publicitário e com as montadoras, oferecendo um amplo e completo portfólio de serviços, que ia desde anúncios, tabelas de preços e conteúdo para os clientes finais até soluções de gestão e inteligência de dados para lojas, concessionárias e montadoras. E também, agregou ferramentas e soluções financeiras, que permitiam operações como contratar seguros e simular financiamentos de automóveis. Parte de sua expansão nos anos seguintes pode também ser explicada pelas aquisições feitas, como por exemplo, em 2013, do site Meucarango, com forte penetração no nordeste do país, ou do Compreauto, que tinha atuação na rica região de São José do Rio Preto, interior paulista. Em abril de 2013, o grupo australiano Carsales, maior website de classificados e serviços para autos da Oceania e um dos principais do mundo, pagou US$ 180 milhões por uma fatia de 30% da Webmotors. A chegada do sócio australiano, com experiência de atuação em uma dezena de países, ajudou a melhorar o sistema do site e a experiência do usuário, além de acelerar ainda mais o seu crescimento. Em 2015 a empresa, líder em classificados online de veículos no mercado brasileiro, ampliou sua infraestrutura de TI e redes de software com um projeto de ferramentas baseadas em nuvem, cujo objetivo era oferecer mais agilidade nos processos internos, o que era refletido diretamente no aprimoramento da experiência de uso do portal.


Em 2016 a empresa lançou o WM1, o canal de notícias automobilísticas da Webmotors, que traz conteúdo para todo tipo de pessoa. Desde testes comparativos e avaliações dos principais lançamentos do mercado, dados técnicos e guias de compras, até notícias sobre mobilidade e cobertura dos principais eventos automotivos do mundo. Nesse mesmo ano, com objetivo de expansão em regiões chaves do país, a empresa comprou o BuscaCarros, que abrigava sete portais de venda e compra de veículos em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. No mês de outubro de 2018, a Webmotors lançou um novo serviço: a plataforma de pagamentos Autopago, que cobra uma alíquota de 1.5% sobre o valor da venda do veículo e, em troca, a oferece mais segurança na negociação. O site faz a verificação da documentação das partes, emite um boleto para o pagamento do veículo e mantém o dinheiro em juízo, até que o automóvel seja vistoriado pela empresa e todo o trâmite cartorário seja resolvido.


Em 2019, a Webmotors apresentou um novo layout para o seu portal. O modelo propõe uma nova experiência de navegabilidade, utilizando tecnologias que visam facilitar a experiência do usuário. Agora, o portal será capaz de entender como é a navegação de cada pessoa e, assim, poderá fazer recomendações com ofertas mais precisas. O novo site apresentou mudanças em dois pilares principais: jornada de uso muito mais intuitiva, tornando a busca tradicional mais descomplicada; e a organização de categorias de veículos, que permite a personalização das preferências dos clientes. Além de uma experiência personalizada de busca e a indicação do melhor modelo para cada necessidade (como por exemplo, indicar os modelos sedã com melhor fit para cadeirinha de bebê ou os melhores SUV 4×4 com porta mala grande), a Webmotors também passa a oferecer soluções de mobilidade para recomendar a melhor forma de uso de um veículo. Locadoras e fabricantes passaram a ser parceiros na oferta de formatos e configurações de utilização de um carro ou moto, com assinaturas mensais, compartilhamento ou aluguel de veículos. O WM1, portal de notícias da Webmotors, ganhou um papel ainda mais fundamental neste processo. As matérias, testes e vídeos produzidos agora fazem parte do pacote de indicação de um veículo para ajudar na escolha do modelo. E a parceria com o Santander, oferece financiamento pré-aprovado, que torna o processo mais seguro e rápido.


A evolução visual 
A identidade visual da marca passou por algumas alterações ao longo dos anos. O logotipo original da marca, que antes utilizava as cores preta e laranja, ganhou uma nova tipografia de letra, com a cor vermelha substituindo a laranja. Em 2016 a Webmotors apresentou um novo logotipo, totalmente reformulado para refletir o dinamismo, agilidade e simplicidade. Predominantes na versão antiga, as linhas retilíneas deram lugar a uma tipografia de letra arredondada, que proporciona mais leveza e movimento. Agora em cor única (preta) e inteiramente em caixa baixa, o novo lettering (disposição das letras) reforça a imagem de uma marca digital, integrada às particularidades da internet. Além disso, o símbolo da marca (o câmbio de um veículo) perdeu as antigas elipses nas extremidades e ganhou a sexta marcha, conferindo equilíbrio, simetria e simplicidade à imagem, além da referência direta a um W e um M.


Os slogans 
Compre e venda seu carro sem dor de cabeça. (2018) 
O site automotivo nº 1 do Brasil. (2014) 
Aqui você encontra.


Dados corporativos 
● Origem: Brasil 
● Fundação: 1995 
● Fundador: Sylvio Alves de Barros Netto 
● Sede mundial: São Paulo, Brasil 
● Proprietário da marca: Webmotors S.A. 
● Capital aberto: Não (subsidiária do Santander Brasil) 
● CEO: Eduardo Jurcevic 
● Faturamento: Não divulgado 
● Lucro: Não divulgado 
● Presença global: Não (presente somente no Brasil)
● Funcionários: 400 
● Segmento: Comércio online 
● Principais produtos: Ofertas de compra e venda de automóveis e motocicletas e informações do setor automobilístico 
● Concorrentes diretos: OLX, Mercado Livre, iCarros, MeuCarroNovo e Instacarro 
● Ícones: O símbolo estilizado de um câmbio 
● Slogan: O site automotivo nº 1 do Brasil. 
● Website: www.webmotors.com.br 

A marca no Brasil 
Hoje em dia a Webmotors conta com mais de 30 milhões de visitas mensais, sendo líder de um segmento que praticamente criou no país. É referência em classificados online de compra e venda de automóveis, motos e veículos utilitários, com um estoque superior a 480 mil unidades anunciadas. Atualmente na Webmotors são disponibilizados classificados para venda de veículos (carros e motos) - o maior da internet brasileira -, programas de manutenção preventiva veicular e produtos específicos direcionados especialmente às revendas de veículos e empresas atuantes no segmento automotivo, como fabricantes de veículos, autopeças e outras empresas que atuam nesse segmento. O Santander é dono de 70% da Webmotors e o grupo australiano Carsales do restante. 

Você sabia? 
Grande parte de sua receita é proveniente da oferta de soluções para montadoras, seguradoras, concessionárias autorizadas, lojas independentes, fabricantes de autopeças e prestadores de serviço de manutenção de automóveis. 
A Webmotors está constantemente presente através de patrocínios de pilotos na Stock Car, a maior categoria do automobilismo nacional. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Isto é Dinheiro, Época Negócios e Exame), jornais (Folha, Meio Mensagem e Estadão), sites (InfoMoney), sites especializados em Marketing e Branding (Mundo do Marketing) e Wikipedia (informações devidamente checadas). 

Última atualização em 28/10/2019

23.10.19

Best Global Brands 2019


Este é o ranking de 2019 das 100 mais valiosas marcas do mundo criado pela renomada consultoria de marketing/branding Interbrand (clique para ver mais detalhes), empresa que foi fundada na cidade de Londres em 1974. Os valores representam bilhões de dólares. Basta clicar no link de cada marca para acessar ao perfil exclusivo de cada uma preparado pelo Mundo das Marcas. 

1. Apple (Estados Unidos) - US$ 234.241 
2. Google (Estados Unidos) - US$ 167.713  
3. Amazon (Estados Unidos) - US$ 125.263  
4. Microsoft (Estados Unidos) - US$ 108.847 
5. Coca-Cola (Estados Unidos) - US$ 63.365  
6. Samsung (Coréia do Sul) - US$ 61.098 l 
7. Toyota (Japão) - US$ 56.246  
8. Mercedes-Benz (Alemanha) - US$ 50.832  
9. McDonald’s (Estados Unidos) - US$ 45.362  
10. Disney (Estados Unidos) - US$ 45.352  
11. BMW (Alemanha) - US$ 41.440  
12. IBM (Estados Unidos) - US$ 40.381
13. Intel (Estados Unidos) - US$ 40.197   
14. Facebook (Estados Unidos) - US$ 39.857 
15. Cisco (Estados Unidos) - US$ 35.559 
16. Nike (Estados Unidos) - US$ 32.376  
17. Louis Vuitton (França) - US$ 32.223  
18. Oracle (Estados Unidos) - US$ 26.288  
19. GE (Estados Unidos) - US$ 25.566  
20. SAP (Alemanha) - US$ 25.092 
21. Honda (Japão) - US$ 24.422 
22. Chanel (França) - US$ 22.134 
23. American Express (Estados Unidos) - US$ 21.629  
24. Pepsi (Estados Unidos) - US$ 20.488 
25. J.P. Morgan (Estados Unidos) - US$ 19.044  
26. Ikea (Suécia) - US$ 18.407  
27. UPS (Estados Unidos) - US$ 18.072 
28. Hermès (França) - US$ 17.920 
29. Zara (Espanha) - US$ 17.175  
30. H&M (Suécia) - US$ 16.345 
31. Accenture (Estados Unidos) - US$ 16.205  
32. Budweiser (Estados Unidos) - US$ 16.018  
33. Gucci (Itália) - US$ 15.949  
34. Pampers (Estados Unidos) - US$ 15.773 
35. Ford (Estados Unidos) - US$ 14.325  
36. Hyundai (Coréia do Sul) - US$ 14.156  
37. Gilette (Estados Unidos) - US$ 13.753  
38. Nescafé (Suíça) - US$ 13.605  
39. Adobe (Estados Unidos) - US$ 12.937  
40. Volkswagen (Alemanha) - US$ 12.921  
41. Citi (Estados Unidos) - US$ 12.697  
42. Audi (Alemanha) - US$ 12.689  
43. Allianz (Alemanha) - US$ 12.078  
44. Ebay (Estados Unidos) - US$ 12.010 
45. Adidas (Alemanha) - US$ 11.992   
46. AXA (França) - US$ 11.830 
47. HSBC (Reino Unido) - US$ 11.816 
48. Starbucks (Estados Unidos) - US$ 11.798 
49. Philips (Holanda) - US$ 11.661  
50. Porsche (Alemanha) - US$ 11.652 
51. L’Oréal (França) - US$ 11.589  
52. Nissan (Japão) - US$ 11.502 
53. Goldman Sachs (Estados Unidos) - US$ 11.352  
54. HP (Estados Unidos) - US$ 10.891 
55. Visa (Estados Unidos) - US$ 10.756   
56. Sony (Japão) - US$ 10.514  
57. Kellogg’s (Estados Unidos) - US$ 10.419 
58. Siemens (Alemanha) - US$ 10.259 
59. Danone (França) - US$ 9.915  
60. Nestlé (Suíça) - US$ 9.534   
61. Canon (Japão) - US$ 9.482  
62. Mastercard (Estados Unidos) - US$ 9.430 
63. Dell Technologies (Estados Unidos) - US$ 9.086 
64. 3M (Estados Unidos) - US$ 9.035  
65. Netflix (Estados Unidos) - US$ 8.963  
66. Colgate (Estados Unidos) - US$ 8.824 
67. Santander (Espanha) - US$ 8.521  
68. Cartier (França) - US$ 8.192  
69. Morgan Stanley (Estados Unidos) - US$ 8.185 
70. Salesforce (Estados Unidos) - US$ 8.004 
71. Hewlett Packard Enterprise (Estados Unidos) - US$ 7.909 
72. PayPal (Estados Unidos) - US$ 7.604 
73. Fedex (Estados Unidos) - US$ 6.998 
74. Huawei (China) - US$ 6.887  
75. Lego (Dinamarca) - US$ 6.884 
76. Caterpillar (Estados Unidos) - US$ 6.791 
77. Ferrari (Itália) - US$ 6.458  
78. Kia (Coréia do Sul) - US$ 6.428 
79. Corona (México) - US$ 6.369 
80. Jack Daniel’s (Estados Unidos) - US$ 6.347  
81. Panasonic (Japão) - US$ 6.189  
82. Dior (França) - US$ 6.045  
83. DHL (Estados Unidos) - US$ 5.987  
84. John Deere (Estados Unidos) - US$ 5.883 
85. Land Rover (Reino Unido) - US$ 5.855 
86. Johnson & Johnson (Estados Unidos) - US$ 5.720 
87. Uber (Estados Unidos) - US$ 5.714 
88. Heineken (Holanda) - US$ 5.626 
89. Nintendo (Japão) - US$ 5.550 
90. Mini (Reino Unido) - US$ 5.532 
91. Discovery (Estados Unidos) - US$ 5.525 
92. Spotify (Suécia) - US$ 5.216 
93. KFC (Estados Unidos) - US$ 5.509 
94. Tiffany & Co. (Estados Unidos) - US$ 5.335 
95. Hennessy (França) - US$ 5.297 
96. Burberry (Reino Unido) - US$ 5.205 
97. Shell (Holanda) - US$ 5.105
98. LinkedIn (Estados Unidos) - US$ 4.836 
99. Harley-Davidson (Estados Unidos) - US$ 4.793 
100. Prada (Itália) - US$ 4.781  

16.10.19

JOMA


Desde um time de futebol iraniano, passando por uma equipe de ciclismo baseada no Oriente Médio, grandes jogadores de futebol, times tradicionais do futebol europeu e até equipes olímpicas, a marca espanhola JOMA oferece equipamentos tecnologicamente avançados para que os atletas alcancem sempre os melhores desempenhos e resultados. Justamente por isso, a marca ficou conhecida por suas coleções criativas e soluções inovadoras no mundo do esporte, desafiando gigantes globais do setor. 

A história 
Tudo começou no ano de 1965 na pequena cidade espanhola de Portillo de Toledo (próxima a Madri) quando o aprendiz de sapateiro, uma profissão tradicional na região, Fructuoso López (foto abaixo), então um jovem de apenas 22 anos, resolveu iniciar a produção e distribuição de calçados. Contando com apenas 8 funcionários, o jovem visionário começou a fabricar calçados esportivos (especialmente para atletismo) artesanalmente em sua própria casa. Ele resolveu batizar a modesta empresa de Fructuoso López Sociedad Anónima (que pouco depois adotaria o nome de JOMA, as iniciais de seu primeiro filho, JoManuel). Naquela época, quando poucas empresas se preocupavam ou investiam em controle de qualidade, ele provava a resistência dos couros, a adequação das formas e a firmeza das solas. Com os ganhos iniciais e mais um empréstimo, pouco depois, em 1968, a pequena empresa inaugurou uma fábrica de 500 m², aumentou para 20 o quadro de funcionários e direcionou seu foco em desenhar e fabricar calçados esportivos e de lazer.


Focada quase que exclusivamente na produção e desenvolvimento de tênis esportivos até então, a empresa inaugurou uma fábrica maior em 1980. Já com certa notoriedade no mercado espanhol, a JOMA foi convidada pela primeira vez para participar da feira esportiva ISPO em Munique, na Alemanha. O ano de 1981 foi marcado por um dos mais emblemáticos lançamentos da JOMA: o tênis de corrida 367. Em 1987, a empresa desenvolveu uma tecnologia de amortecimento excepcional que faria da JOMA uma empresa global: CPC (Control Press Chamber, em português seria algo como Câmara de Pressão de Controle), que passou a ser empregada em seus calçados esportivos e chuteiras e foi bastante elogiada por consumidores, atletas e críticos do segmento. O retorno financeiro foi tão grande que pouco tempo depois a empresa anunciava a construção da sua nova fábrica, que dessa vez, contava com 60.000 m², três linhas de produção completamente automatizadas e empregava mais de 300 trabalhadores. A JOMA enfim tornava-se uma grande empresa. Em 1988, Fructuoso López, que desde pequeno sempre gostou de esportes, percebeu que a imagem de um esportista era o melhor jeito de representar e divulgar a marca JOMA, e assim iniciou contratos de patrocínio com duas grandes estrelas do futebol espanhol: Martín Vázquez (Real Madrid) e Francisco (Sevilla). Visando se consolidar mais ainda no mercado espanhol, em 1989 a marca fechou contratos de patrocínio com mais três grandes jogadores da época: Emílio Butragueño (astro do Real Madrid), Miquel Soler e Txiqui Beriguistáin (atletas do Barcelona). Era o ingresso definitivo da marca no futebol profissional. Além disso, nessa época, a JOMA resolveu desenvolver mais fortemente vestuários e equipamentos esportivos.


Foi no início dos anos de 1990 que a JOMA iniciou sua estratégia de internacionalização de seus negócios, inaugurando sua primeira subsidiária na Alemanha, em 1992. Está época marcou também a atenção que a JOMA começava a dar para alguns esportes olímpicos, como ao patrocinar o atleta José Luis González, então recordista mundial de 1.500 metros. Além disso, ganhou visibilidade mundial nos Jogos Olímpicos de Barcelona, quando dois atletas patrocinados pela marca conseguiram resultados expressivos: Fermín Cacho medalha de ouro nos 1.500 metros e Alfonso Pérez ouro com a seleção espanhola de futebol. Dois anos mais tarde o que já estava se anunciando se concretizou: a JOMA era a marca espanhola líder em vendas no segmento de futebol na Espanha. Em 1996, após uma experiência bem-sucedida no mercado alemão, a próxima parada foi na América Latina, com a JOMA desembarcando oficialmente no México, onde começou a patrocinar tradicionais times de futebol, como por exemplo, o Puebla. Pouco depois, em 1997, JOMA se tornou a marca líder em futebol de salão no mercado espanhol, graças aos seus pioneiros produtos, que foram desenvolvidos segundo as indicações de jogadores e treinadores deste esporte.


Mas foi no ano de 1998 que a JOMA chamou a atenção do mundo. O jovem espanhol Fernando Morientes, então atacante do Real Madrid, entrou em campo calçando uma chuteira vermelha, que fazia parte de uma campanha publicitária da marca que se chamava “El color en el fútbol” (“cores no futebol”). A ação chamou a atenção da mídia mundial e a JOMA foi pioneira no lançamento de chuteiras coloridas, ousando desafiar o mundo negro dos calçados futebolísticos. Outro jogador de futebol patrocinado pela marca, Alfonso Pérez (então atacante do Real Betis), também passou a usar uma chuteira branca desenhada pela empresa. A partir desse momento, JOMA teve o domínio absoluto do mercado de chuteiras na Espanha por anos. Além disso, seu pioneirismo em colocar cores nas chuteiras seria adotado rapidamente por grandes marcas globais do segmento. Em 1999 a marca espanhola ingressou no voraz mercado americano através de uma subsidiária localizada em San Diego na Califórnia.


Em 2000 a empresa inaugurou uma subsidiária na China, ingressando assim em outro enorme mercado, então em desenvolvimento. O novo século começou muito bem para a JOMA, que fechou patrocínio de vestuário e equipamentos esportivos com a equipe do Sevilla e das seleções de Honduras e Costa Rica. Além disso, mais jogadores como Pavón, Helguera e Portillo, eram patrocinados pela marca. Nos anos seguintes a marca inaugurou subsidiárias em importantes mercados, principalmente futebolísticos, como Itália e Reino Unido. Pouco depois, em 2004, a JOMA resolveu investir no Oriente Médio com o patrocínio de quatro grandes equipes da primeira divisão dos Emirados Árabes Unidos. A JOMA voltou a ganhar destaque mundial em 2006 quando a equipe do Sevilla, patrocinada pela marca, conquistou sua primeira Copa da UEFA, e a Supercopa da Europa. Nesta época, o crescimento era tão absurdo que, em 2007, a JOMA já contava com 40 clubes de futebol e mais de 500 jogadores em seu portfólio de patrocínio. Em 2008, a marca resolveu apostar mais forte em outra modalidade esportiva, ao patrocinar o tenista Feliciano López.


Em 2013, a marca ingressou em novos mercados na Europa Oriental, além de relançar seus produtos em países difíceis, como Argentina e França. Ainda este ano, uma pesquisa apontou a JOMA como a terceira marca mais conhecida no segmento esportivo, atrás apenas da Nike e Adidas. E para se ter ideia desse enorme crescimento da JOMA, nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016, aproximadamente 10% dos mais de 11.000 atletas participantes usavam roupas e equipamentos da marca espanhola. No atletismo, a marca conseguiu uma grande visibilidade ultimamente através do patrocínio da Real Federação Espanhola (RFEA). Além disso, a marca espanhola acelerou o desenvolvimento e lançamento de tênis, chuteiras e vestuários com tecnologia de ponta, conquistando assim ainda mais consumidores e atletas.


Nos últimos anos a JOMA investiu muito em patrocínios de times de futebol, federações esportivas, comitês olímpicos, equipes de outros esportes e atletas. Entre os principais times de futebol que utilizam vestuário e equipamentos esportivos da marca espanhola estão Villarreal, Espanyol, Getafe e Leganés (Espanha), Torino, Sampdoria e Atalanta (Itália), Hoffenhein (Alemanha), Anderlecht (Bélgica), Swansea City (País de Gales) e Toulouse (França). Entre as seleções nacionais de futebol estão Romênia, Bulgária, Honduras, Cuba e Ucrânia. A JOMA também é fornecedora de equipamentos esportivos para os comitês olímpicos da Espanha, Portugal, Marrocos e Malta, além das federações de atletismo, rúgbi e basquete da Espanha. A JOMA também possui forte presença de patrocínio em equipes europeias de basquete, ciclismo e futebol de salão.


A evolução visual 
A identidade visual da marca passou por algumas alterações ao longo dos anos. Após adotar um logotipo rústico em seus primeiros momentos, a JOMA apresentou em 1978 uma nova identidade visual, que ganhou uma nova tipografia de letra e uma águia como símbolo. Este logotipo seria usado durante décadas, com pequenas atualizações. Há poucos anos atrás, a marca espanhola adotou uma nova identidade visual que contém apenas o nome da marca na cor azul (pode ser aplicado também em preto ou branco com o fundo azul).


A JOMA sempre utilizou um J estilizado como símbolo, que aparece em muitos produtos, especialmente as chuteiras de futebol. Esse símbolo também foi modernizado ao longo dos anos.


Os slogans 
Entrena tu libertad. (2016) 
Exercise Your Freedom. (2016) 
Solo por Deporte. 
Respeto por el deporte. (2010) 
Alta Tecnología Deportiva. (década de 1990) 
All For Sport.


Dados corporativos 
● Origem: Espanha 
● Fundação: 1965 
● Fundador: Fructuoso López 
● Sede mundial: Portillo de Toledo, Espanha 
● Proprietário da marca: Joma Sport S.A. 
● Capital aberto: Não 
● CEO: José Manuel López Gonzalez 
● Presidente: Fructuoso López 
● Faturamento: €200 milhões (estimado) 
● Lucro: Não divulgado 
● Lojas: 250 
● Presença global: 110 países 
● Presença no Brasil: Sim 
● Funcionários: 1.000 
● Segmento: Equipamentos esportivos 
● Principais produtos: Chuteiras, tênis, bolas e equipamentos esportivos 
● Concorrentes diretos: Kelme, Lotto, Kappa, Errea, Legea, Macron, Umbro, Nike, Adidas, Puma, New Balance, Mitre e Under Armour 
● Ícones: A letra J estilizada 
● Slogan: Entrena tu libertad. 
● Website: www.joma-sport.com 

A marca no mundo 
Atualmente a JOMA, que está entre as dez marcas esportivas mais importantes do mundo, comercializa sua vasta gama de produtos em mais de 110 países através de distribuidores, varejistas e mais de 250 lojas próprias (em sua grande maioria localizada na Espanha e países do Leste Europeu, Oriente Médio e Ásia). A empresa espanhola, que fatura €200 milhões por ano (valor estimado), oferece chuteiras, tênis, vestuário, bolas e equipamentos esportivos para futebol, futsal, tênis, ciclismo, rúgbi, vôlei, basquete, handebol e atletismo. Além disso, a marca oferece tênis e vestuários para corrida e ginástica, além de uma linha de roupas e acessórios casuais. Em todo o mundo, a JOMA fornece equipamentos esportivos para aproximadamente 300 equipes profissionais, seleções e federações, incluindo clubes das principais ligas da Espanha, Itália, França e Inglaterra, bem como associações esportivas e comitês olímpicos nacionais. A empresa fabrica seus produtos em países como China, Indonésia, Vietnã, México, Brasil e Argentina. 

Você sabia? 
Hoje em dia, aproximadamente 75% do faturamento da marca JOMA vem do exterior. Esse faturamento é dividido entre vestuários esportivos (55%) e calçados esportivos (45%), produto com o qual a empresa iniciou sua atividade. Os maiores mercados da marca são Espanha, Itália, Reino Unido, México e China. 
No Brasil a JOMA chegou em 2002 e patrocinou times como Paraná Clube, Ceará e Caxias, além de atletas como Ricardinho (campeão do mundo em 2002) e Léo Moura. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Exame), jornais (El País), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand) e Wikipedia (informações devidamente checadas). 

Última atualização em 16/10/2019

8.10.19

ANA - ALL NIPPON AIRWAYS


A típica e atenciosa hospitalidade japonesa nos ares. Serviços de excepcional qualidade, comissários atenciosos e gentis, além de uma moderna frota, pontualidade e muita segurança em voo. Sem nenhuma surpresa, para uma companhia aérea japonesa, a ANA (All Nippon Airways) é conhecida por serviços, amenidades e comida de primeira qualidade, transportando confortavelmente milhões de passageiros pelo mundo afora. Tudo amparado pela filosofia de seu slogan “Inspiration of Japan” (em português “Inspiração do Japão”). 

A história 
Tudo começou no dia 27 de dezembro de 1952 quando Masuichi Midoro fundou a Nippon Helicopter and Aeroplane Transports Company, o que só foi possível graças à entrada em vigor do Tratado de Paz de San Francisco em abril deste ano, que finalizou oficialmente a Segunda Guerra Mundial e a ocupação americana no Japão e levou o governo do país a aprovar uma nova lei que permitia a fundação de companhias aéreas privadas, administradas pela JDAC (órgão regulador do setor de transporte aéreo no Japão). A nova companhia iniciou suas operações no mês de fevereiro de 1953 com apenas dois helicópteros e 28 funcionários. Em dezembro deste ano teve início o transporte de cargas em uma aeronave De Havilland Dove na disputada rota Tóquio-Osaka, no que foi então o primeiro voo comercial operado por um piloto japonês desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Inicialmente, as operações eram limitadas ao transporte de cargas, com o transporte de passageiros sendo iniciado no ano seguinte também entre Tóquio e Osaka. Nos cinco anos seguintes, a Nippon Helicopter vivenciou um período de grande sucesso, com a expansão de suas malhas aéreas de leste a oeste do país, concentrando suas atividades nas duas maiores cidades japonesas: Tóquio e Osaka. No final de 1956, a Nippon Helicopter e a Far East Airlines concordaram em se fundir dando origem à maior companhia aérea privada do Japão. Essa nova companhia aérea foi nomeada de All Nippon Airways Company, em dezembro de 1957. Pouco depois, em 1958, os uniformes da tripulação foram redesenhados e padronizados, e a ANA (como ficou conhecida a All Nippon Airways) rapidamente provou ser um forte competidor nas rotas domésticas.


A próxima década começou com um novo presidente, Kaheito Okazaki, cujo primeiro ato foi incorporar a Fujita Airways em 1963. Dois anos mais tarde, a ANA ingressou oficialmente na “Era dos Jatos”, adquirindo três aeronaves Boeing 727 para os voos charters entre as cidades de Tóquio e Sapporo. Nesta época, o Japão tinha acabado de inaugurar o famoso trem-bala entre Tóquio, Osaka e outras cidades, oferecendo uma forma alternativa e mais econômica de transporte entre as maiores cidades do país. Além disso, a economia japonesa crescia explosivamente, com o uso cada vez maior do automóvel como meio de transporte o que levou a ANA a identificar que competia não somente com as outras companhias aéreas, mas também com trens e automóveis, e a iniciar um programa de aumento não apenas do tamanho, mas também do número de aeronaves de sua frota. Foi então que a ANA começou a vislumbrar a possibilidade de iniciar operações em rotas internacionais, e formou um departamento com a tarefa específica de preparar a companhia para uma eventual estreia no mercado aéreo internacional.


O início do serviço regular internacional começou no dia 21 de fevereiro de 1971, quando a ANA operou um voo charter para Hong Kong através de um Boeing 727 em sua primeira incursão ao mercado internacional. Pouco depois, em 1973, após 20 anos de operações, atingiu a marca de 50 milhões de passageiros transportados. Ainda este ano, iniciou uma estratégia de diversificação, cujo objetivo era explorar o crescente mercado de turismo no Japão e fundou a ANA Enterprises para administrar hotéis em todo o país e aumentar a lucratividade da empresa. Em 1974, outra subsidiária foi formada: Air Nippon, companhia aérea cujo objetivo era atender destinos regionais com aeronaves menores e com isso ligar várias ilhas e cidades mais remotas à malha aérea da ANA. Nesta época, a companhia aérea já possuía a maior malha aérea doméstica do Japão, e procurava expandi-la ainda mais. Pouco depois, em 1978, a companhia aérea adicionou a sua frota os primeiros Boeing 747-200, utilizados nas rotas Tóquio-Sapporo e Tóquio-Fukuoka.


No início da década de 1980, a ANA já era a sexta maior companhia aérea do mundo, embora fosse pouco conhecida fora do Japão, com suas operações internacionais limitadas a voos charters dentro do continente asiático. Nesta época, o governo japonês preparava a desregulamentação do mercado de transporte aéreo internacional, em parte devido à pressão internacional e devido à necessidade de um maior número de voos. Finalmente a ANA conseguiu a permissão para competir nas rotas internacionais. A companhia área estava muito bem estruturada para isto e iniciou o serviço de cargas em 1985 e o transporte de passageiros no dia 3 de março de 1986, primeiramente com voos para Guam e logo depois para as cidades de Washington e Los Angeles, tornando-se a única companhia aérea a operar voos entre os Estados Unidos e as principais cidades japonesas. Essa expansão aconteceu juntamente com uma grande campanha publicitária e a mudança do logotipo da marca para a já familiar identidade visual com letras azuis na cauda de cada aeronave.


Com o firme propósito de crescer moderadamente no mercado doméstico, a ANA iniciou uma grande expansão de suas rotas internacionais, uma vez que a demanda crescia exponencialmente e os investimentos internacionais aumentavam na mesma proporção. Também para atender a esta grande demanda, a companhia aérea passou a utilizar o sistema computadorizado de reservas e emissões de cartões de embarque. Dentro deste planejamento, aumentou suas rotas gradualmente com a inauguração de voos para Beijing, Dalian, Hong Kong e Sidney 1987; para Seul em 1988; para Londres e Saipan em 1989; Paris em 1990 e Nova York em 1991. Esta expansão, embora meticulosamente planejada, demandava um enorme esforço logístico, o que levou a empresa a abrir seu capital na Bolsa de Valores de Londres e Frankfurt, em 1991, cujo objetivo era gerar fundos para a execução do plano de expansão. Treinamento e recrutamento eram tão enfatizados, que uma pesquisa com universitários na época revelou que a ANA era a empresa mais popular entre jovens recém-formados nas universidades. Nesta época, a ANA era a maior companhia aérea do Japão e a oitava maior do mundo, operando em mais de 30 cidades dentro do Japão e 19 em outros países, com aproximadamente 500 voos diários. Além disso, a tradicional revista Air Transport World nomeou a ANA como “Companhia Aérea do Ano”, pelo alto padrão de seus serviços.


Apesar do enorme sucesso, os anos de 1992 a 1994 foram financeiramente difíceis não somente para a ANA, mas para as companhias aéreas japonesas em geral, com demissões e corte de despesas e investimentos, levando, em 1994, ao anúncio de seu primeiro balanço negativo em 27 anos. Assim, desenvolveu-se um plano de recuperação, que vislumbrava um aumento de 30% nos negócios internacionais, o que levou a companhia aérea a adquirir novos Boeing 777 e Airbus A321 para atender a nova demanda deste projeto. Em setembro de 1994, iniciou voos para a Coréia do Sul, Singapura, China, Hong Kong e Austrália a partir do novo Aeroporto Internacional de Osaka. Em contra partida, o tráfego aéreo doméstico, que correspondia a ¾ do faturamento da ANA, continuava em declínio. Como reação, lançou em 1995 a “Hayawari”, que oferecia passagens aéreas mais baratas do que as tarifas do trem-bala para bilhetes adquiridos com determinada antecedência. Mesmo com as dificuldades, a ANA continuou a expandir suas operações internacionais. Em 1996, dando continuidade a sua história de inovação no setor, a ANA foi uma das primeiras companhias aéreas a introduzir assentos totalmente reclináveis (180 graus) na Primeira Classe. No final desta década, a domínio da ANA no mercado doméstico japonês estava ameaçado pela baixa demanda e competição pesada das novas companhias domésticas, o que levou a empresa a cortar rotas, reduzir o tamanho das aeronaves que operavam esses voos e diminuir em até 25% os salários dos funcionários. Este corte provocou uma greve de duas semanas dos pilotos, que custou a ANA US$ 12.5 milhões.


Em abril de 2002, a ANA celebrou os 50 anos da sua fundação e apresentou a cadeira “Easy Sleeper” e também a nova classe Economy Premium (novo nível de classe de serviço para voos de longa distância). A ANA sempre foi uma cliente fiel da Boeing e, em 2004, quando começou a renovar sua frota, encomendou 50 unidades do Boeing 787 Deamliner, em uma transação de US$ 6 bilhões, a maior encomenda de uma única companhia aérea em toda a história da Boeing. Em 2009, a ANA apresentou o novo design de suas cabines, batizado de “Inspiration of Japan”, que incluía assentos de classe executiva com cama deitada, assentos de suíte de primeira classe quase fechados, um novo sistema de entretenimento de bordo (com conectividade de iPod, compras no assento e pedidos de refeições, além de consoles com tela de toque), além de melhorias no serviço de bordo. Em 2019, a ANA recebeu seu primeiro Boeing 787-10, o maior membro da família Dreamliner. Com a chegada do novo jato de fuselagem larga, tornou-se a primeira companhia aérea na região Ásia-Pacífico a operar com todos os jatos da família 787. Toda essa rica história tornou o nome “ANA - All Nippon Airways”, uma marca que é sinônimo de qualidade e comprometimento no mundo todo. E por isso, em 2019, a ANA foi considerada a terceira melhor companhia aérea do planeta pela Skytrax World Airline Awards, considerado o Oscar da aviação mundial.


Os aviões temáticos 
A ANA tem uma moderna frota de 237 aeronaves. Além disso, é cliente de lançamento e o maior operador do Boeing 787 Dreamliner no mundo (com 36 aeronaves). Isto porque, em 2011, a empresa se tornou a primeira do mundo a receber um Boeing 787-8. A companhia aérea também ficou conhecida e popular pelas pinturas especiais e temáticas de algumas de suas aeronaves. Por exemplo, desde 1998 a ANA já possuiu 8 aeronaves (batizadas de Pokemon Jets), que coloriram os céus do mundo com desenhos do Pikachu e sua animada turma. Um destaque de todos esses jatos residia no fato de proverem aos passageiros uma experiência completa. O interior das aeronaves (entretenimento a bordo, necessaires, carrinhos de alimentos, suportes de bagagem) e o uniforme da tripulação eram customizados com temas do desenho. A companhia aérea também já decorou um Boeing 767-300 para ficar parecido com um urso panda em celebração aos 20 anos de voos para a China.


E não parou por aí. A ANA possui quatro aviões temáticos da série Star Wars com pinturas que remete às formas e cores de personagens carismáticos como C3PO, R2-D2 ou robô BB-8. Os interiores das aeronaves também receberam decoração e itens comemorativos a série, como copos, assentos e até os uniformes dos comissários de bordo alusivos a cada personagem. Além disso, em 2019, ao receber sua primeira aeronave Airbus A380 apresentou uma nova pintura com figuras de tartarugas marinhas na cor azul-clara, uma homenagem a Honolulu (no Havaí), rota em que seria utilizada. Uma segunda aeronave foi pintada com o mesmo tema na cor verde-clara, em homenagem a tartaruga-verde, conhecida como Hawaiian Green Sea Turtle ou apenas Honu. Uma terceira aeronave temática, na cor laranja, passará também a integrar a frota da ANA.


A evolução visual 
A identidade visual da marca passou por algumas alterações ao longo dos anos, adquirindo uma grafia mais moderna e atraente, e se tornando um grande exemplo de branding. A identidade visual original, adotada em 1958, quando a companhia aérea adotou oficialmente o nome de All Nippon Airways, era redonda e utilizava as cores branco e vermelho (as mesmas da bandeira do Japão). Somente em 1982, a marca adotou a abreviatura ANA, que apareceu em seu logotipo totalmente remodelado pela primeira vez, com as tradicionais listras azul clara e escura (chamadas de Triton Blue). Esse logotipo ainda apresentava o nome da marca por extenso e também escrito em japonês. Pouco depois, em 1986, a identidade visual foi simplificada, com diminuição e novo posicionamento das listras (agora ao lado direito do nome ANA).


Em 2002, o logotipo passou a utilizar somente a palavra ANA, sem o nome por extenso escrito. Em 2010, a identidade visual ganhou o slogan “Inspiration of Japan”.


A pintura de suas aeronaves também acompanhou a evolução da identidade visual da marca. A pintura original das aeronaves utilizava uma listra de cor azul bem clara na fuselagem branca, com a cauda da mesma cor e o logotipo oval com predominância da cor vermelha. Já a pintura atual tem uma fuselagem branca e cinza, com uma faixa azul pintada sob as janelas. O logotipo da ANA e seu slogan “Inspiration of Japan” são pintados acima das janelas. A cauda é pintada de azul com a palavra ANA de lado.


Os slogans 
Inspiration of Japan. (2010) 
Excellence in Flight. 
We fly 1st. 
Japan’s best to the world. (2000) 
We do More. (1996)


Dados corporativos 
● Origem: Japão 
● Fundação: 27 de dezembro de 1952 
● Fundador: Masuichi Midoro 
● Sede mundial: Tóquio, Japão 
● Proprietário da marca: ANA Holdings Inc. 
● Capital aberto: Não 
● Chairman: Shinichiro Ito 
● CEO: Yuji Hirako 
● Faturamento: US$ 18.5 bilhões (estimado) 
● Lucro: Não divulgado 
● Frota: 237 aviões 
● Destinos: 195 
● Passageiros transportados: 50 milhões (estimado) 
● Hub principal: Narita e Haneda International Airport 
● Presença global: 23 países 
● Presença no Brasil: Não 
● Funcionários: 39.000 (ANA Holdings) 
● Segmento: Aviação 
● Principais produtos: Aviação comercial e cargueira 
● Concorrentes diretos: Japan Airlines, Singapore Airlines, Cathay Pacific, Thai Airways, Eva Air, Garuda Indonesia, Air New Zealand, Air India, Qantas Airways, Asiana, Airlines, Air China e China Southern Airlines 
● Slogan: Inspiration of Japan. 
● Website: www.ana.co.jp 

A marca no mundo 
Atualmente a ANA, maior companhia aérea do Japão em relação à passageiros transportados e faturamento, possui uma moderna frota de 237 aviões que voam para aproximadamente 200 destinos em 23 países (85 rotas internacionais e mais de 110 rotas domésticas), realizando 1.210 voos por dia. Transportando mais de 50 milhões de passageiros por ano, a companhia área também atua fortemente no segmento de cargas com a ANA CARGO. A companhia aérea oferece um modelo único de hub duplo que permite aos passageiros viajarem para Tóquio e se conectarem através dos dois aeroportos na região metropolitana da cidade, Narita e Haneda, a vários destinos em todo o Japão, e também oferece conexões no mesmo dia entre várias cidades da América do Norte, Ásia e China. O programa de passageiro frequente, ANA Mileage Club, possui mais de 30 milhões de membros. 

Você sabia? 
A ANA recebe a respeitada classificação de 5 estrelas todos os anos desde 2013 pela Skytrax. É a única companhia aérea japonesa a ganhar essa prestigiada designação por sete anos seguidos. Além disso, a ANA foi reconhecida pela Air Transport World como “Companhia aérea do ano” três vezes nos últimos 10 anos (2007, 2013 e 2018), tornando-se uma das poucas companhias aéreas que conquistaram este prestigiado prêmio por várias vezes. 
Desde fevereiro de 2010, a ANA oferece banheiros exclusivos para mulheres em voos internacionais. O primeiro Boeing 787 que a companhia aérea recebeu possuía bidê nos lavatórios da classe econômica e executiva. 
O anagrama de “Nippon Helicopter” deu origem ao atual código IATA da ANA: NH. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Exame), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand) e Wikipedia (informações devidamente checadas). 

Última atualização em 8/10/2019