27.9.21

BENIHANA


O BENIHANA é um restaurante japonês bem diferente do que estamos acostumados. Em suas unidades espalhadas pelo mundo o sushi é coadjuvante. O bolinho de arroz recoberto por pescados até está no cardápio. Mas as grandes estrelas desse restaurante japonês são peixes, frutos do mar e carnes preparados na chapa por chefs, que com habilidades malabarísticas e muito bom-humor propiciam aos clientes um verdadeiro show de entretenimento. 

A história 
Tudo começou em 1964 na cidade de Nova York quando um imigrante japonês e lutador de luta livre, chamado Hiroaki “Rocky” Aoki, resolveu investir US$ 10.000, ganhos dirigindo um caminhão de sorvetes no bairro do Harlem, para inaugurar um restaurante que servisse comida oriental. O estabelecimento foi batizado de BENIHANA OF TOKYO, uma homenagem ao nome do café de propriedade de seus pais em Tóquio. O novo restaurante, localizado na West 56th Street em Manhattan e com um ar autêntico de uma casa de fazenda japonesa, apresentou aos americanos um conceito inusitado e inovador para os padrões austeros dos restaurantes japoneses da época. A proposta culinária do novo restaurante era o teppanyaki (teppan significa “grelha de ferro” e yaki significa “grelhado”), pratos preparados à vista dos clientes, grelhados em uma chapa enorme. Mas não era só isso. O chef deveria ser um showman, manuseando espátulas, facas e garfos como um malabarista, e ainda fazendo graças, transformando assim a refeição em um grande entretenimento para os clientes. No novo restaurante, Aoki implantou também os princípios básicos que aprendeu no café de seus pais em Tóquio: a importância da limpeza absoluta na cozinha, ingredientes sempre frescos e os melhores utensílios de cozinha.
  

De início o BENIHANA não foi bem aceito pelos nova-iorquinos que associavam a comida japonesa com o peixe cru e não se sentiam à vontade sentados à mesa com estranhos. Isto até que no início de 1965, a escritora culinária Clementine Paddleford, do jornal New York Herald Tribune, fez uma crítica entusiasmada e elogiosa ao pequeno restaurante. A partir de então, o BENIHANA e sua culinária começaram a cair no gosto dos americanos e visitantes da cidade de Nova York, especialmente por seus chefs teatrais, grelhados teppanyaki e arquitetura tradicional japonesa. Dizem até que os Beatles e o lutador Muhammad Ali estavam entre as celebridades que começaram a frequentar o restaurante, então com apenas quatro mesas. Em um ano, Aoki abriu um restaurante maior que apresentava uma decoração oriental sofisticada, com direito a obras de arte valiosas, armadura de samurai, vigas de madeira pesadas trazidos do Japão e telas deslizantes Shoji para fornecer alguma privacidade.
   

O conceito do BENIHANA combinava preços razoáveis com boa comida e, ao preparar o que se comia na mesa, minimizava o desperdício. Os lucros eram bons e, em 1968, Aoki abriu seu primeiro restaurante fora da cidade de Nova York - no centro de Chicago. Entre 1969 e 1972, a empresa abriu mais seis restaurantes em grandes cidades americanas. Em 1972, a Harvard Business School selecionou o BENIHANA como um estudo de caso de uma história de sucesso empresarial. Nesta época, Rocky Aoki já era uma estrela no mundo dos restaurantes e estava pronto para expandir seu império para mais cidades americanas. Com isso, no início da próxima década, já havia 50 restaurantes BENIHANA espalhados pela a América. Além de servir pratos típicos da culinária japonesa, o que realmente fazia sucesso entre os americanos eram os pratos teppan e as “apresentações performáticas” dos habilidosos chefs. BENIHANA havia transformado as refeições em puro entretenimento. Um divertimento de atraia cada vez mais famílias e amigos.
   

Nesse ínterim, Aoki vivia sua fantasia de estrela e uniu seu esforço para promover a marca BENIHANA criando concurso de beleza, ganhando um título mundial de gamão, quebrando o recorde mundial de voo de balão de ar quente mais longo, e correndo em carros e lanchas na Europa. Porém, todas essas distrações, somadas a decisões equivocadas, como contratar uma administradora como sócia, abrir o capital na Bolsa de Valores e até lançar em 1984 uma linha de refeições congeladas da culinária chinesa com a marca Benihana National Classics para ser vendida em supermercados, colocaram os negócios em um período turbulento. Apesar disso, em dezembro de 1985, a revista Restaurant and Institution nomeou BENIHANA como o restaurante familiar mais popular da América. Nessa época, a empresa operava ou franqueava restaurantes em 60 locais, de Seattle a Nova Jersey, atendendo a um total de 25.000 clientes por dia.
  

Em meados da década de 1990, o BENIHANA também já possuía unidades no Reino Unido e na Tailândia. Durante o ano de 1995, a empresa introduziu várias novas medidas para atrair mais clientes. Primeiro introduziu o serviço de almoço de fim de semana e, após o sucesso em Atlanta, abriu sushi bars em sete de seus restaurantes. A empresa também instituiu um concurso nacional de karaokê para seus clientes. Além disso, no outono, inaugurou sua primeira unidade de menor formato, chamada BENIHANA GRILL, na cidade de Sacramento. Com menos da metade do tamanho de um restaurante tradicional da rede, esse novo conceito permitiu à empresa inaugurar unidades em locais menores, principalmente em áreas urbanas. O BENIHANA GRILL foi projetado para acomodar de dez a 12 mesas de teppanyaki, em comparação com as 18 mesas de uma unidade tradicional.
   

O reinado de Aoki chegou a um fim abrupto quando ele se declarou culpado de negociação com informações privilegiadas em 1999 e teve que abrir mão do controle da empresa. Mas nessa época, o BENIHANA era um enorme sucesso e inspirou a abertura dezenas de outras redes de restaurantes de teppanyaki em todo o país, ganhando muitos concorrentes que nunca conseguiram imitar a atmosfera de diversão e entretenimento dentro de seus estabelecimentos. Com a chegada do novo milênio, a rede investiu na inauguração de unidades em outros países. Em 2012, a empresa foi adquirida por US$ 296 milhões pela firma de private equity Angelo Gordon & Company, sua proprietária desde então.
  

Foi também em 2012, no mês de dezembro, que o BENIHANA inaugurou sua primeira unidade no Brasil, localizada no bairro do Itaim Bibi, zona oeste da cidade de São Paulo. Apesar de conter em seu cardápio sushis, sashimis, temakis e tempuras, a marca “apresentou” aos brasileiros sua maior especialidade: o teppanyaki (pescados, carnes e vegetais feitos na chapa) preparado por chefs performáticos que fazem malabarismos nas 15 chapas espalhadas pela casa, ao redor das quais ficam os clientes. No total, são 18 opções de teppans. Todos acompanham sopa, salada, camarão aperitivo, legumes, arroz branco, chá-verde e dois tipos de molho. Carne e frango são os principais pedidos. Para beber, saquês e cervejas japonesas.
  

Atualmente cada restaurante BENIHANA oferece opções amplas e deliciosas, que incluem rolinhos Califórnia, salada de algas marinhas e sashimi de salmão. Além disso, é possível escolher entre diferentes variedades de sushi e outras opções interessantes. Mas o BENIHANA é mesmo famoso por sua culinária hibachi e teppanyaki, que também atrai milhões de clientes, não só pelo sabor, mas também para assistir as fantásticas performances de seus chefs, em uma atuação habilidosa e divertida nos preparos dos pratos. Um dos ícones do BENIHANA é o arroz Hibachi Chicken Rice, feito na chapa e servido antes do preparo das carnes principais, leva filé de peito de frango, cebola, cenoura, tudo em cubinhos, mais ovos e a fantástica manteiga de alho, adicionados ao arroz branco.
  

O sucesso 
O principal negócio do BENIHANA é transformar a refeição em puro entretenimento. E foi justamente a filosofia de seu fundador de levar felicidade às pessoas que contribuiu para o grande sucesso da marca no mundo. As pessoas que vão aos restaurantes da rede são atraídas pelo layout diferenciado e pelo show de malabarismos e habilidades de seus cozinheiros (ou melhor, os Teppan Chefs). A inovação também é um diferencial notável. O BENIHANA é uma rede de restaurantes, tipicamente japonês, mas apesar disso, o sushi é um mero coadjuvante em seu cardápio. O carro chefe da marca é o cardápio com peixes, frutos do mar, frango e carnes, todos feitos na chapa e com ingredientes altamente selecionados. Por exemplo, vegetais frescos são cortados à mão diariamente; os cortes de carne bovina são nobres; e os diferentes molhos são preparados a partir do zero.
  

Porém, a graça de ir ao BENIHANA é sentar ao redor da chapa (cada uma acomoda em média 10 pessoas) e assistir ao show de malabarismos e muita pirotecnia durante o preparo das comidas. Os “Teppan Chefs Benihana” capricham mais ainda quando tem crianças na plateia que se divertem muito com o ritual. Afinal, os restaurantes BENIHANA são locais para fazer novos amigos, celebrar ocasiões especiais ou simplesmente desfrutar de uma refeição divertida.
  

A evolução visual 
Inicialmente o fundador batizou o restaurante de BENIHANA OF TOKYO, mesmo nome do café que seus pais possuíam na cidade de Tóquio. Um cártamo vermelho (usado principalmente como suplemento alimentar, bem como óleo de cozinha) encontrado nas ruas do bairro deu aos pais de Aoki a inspiração para o nome do pequeno café. E BENIHANA significa justamente “cártamo vermelho” em japonês, o que explica o símbolo em seu logotipo. Há alguns anos atrás, a marca retirou a palavra “Tokyo” de sua identidade visual.
  

Os slogans
An experience at every table. 
Creating Great Guest Memories. 
At Benihana, it’s not just a meal, it’s an experience.
  

Dados corporativos 
● Origem: Estados Unidos 
● Fundação: 1964 
● Fundador: Hiroaki Aoki
● Sede mundial: Aventura, Flórida, Estados Unidos 
● Proprietário da marca: Benihana Inc. 
● Capital aberto: Não (subsidiária da Angelo, Gordon & Co.)
● CEO: Tom Baldwin 
● Faturamento: US$ 700 milhões (estimado) 
● Lucro: Não divulgado 
● Lojas: 96 
● Presença global: 16 países
● Presença no Brasil: Sim 
● Funcionários: 7.400 
● Segmento: Restaurantes casuais
● Principais produtos: Pratos teppan, sushi, sashimi, temaki e outras comidas japonesas
● Concorrentes diretos: P.F. Chang’s, Genghis Grill, Kona Grill, Hibachi-San, Koya Japan e Red Lobster 
● Ícones: Os Teppan Chefs
● Slogan: An experience at every table. 
● Website: www.benihana.com 

A marca no mundo 
Atualmente a rede de restaurantes BENIHANA ostenta somente nos Estados Unidos 72 unidades distribuídas por aproximadamente 65 cidades do país. BENIHANA tem quase 90% de reconhecimento de marca entre os americanos e atrai mais de 15 milhões de clientes anualmente, além de servir mais de 100 milhões de refeições. No mundo, possui mais outras 24 unidades em 15 países, como por exemplo, Reino Unido, Romênia, Indonésia, Tailândia, Kuwait, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Líbano, Aruba, Canadá, México e Brasil. 

Você sabia? 
Um dos símbolos da rede são as Benihana Tiki Mugs, espécie de canecas utilizadas para servir diversos coquetéis exóticos, que se tornaram objetos de coleção. Entre a mais popular, está a que representa uma figura gorducha semelhante a um Buda com os braços erguidos. 
O fundador e idealizador da rede, Hiroaki Aoki, faleceu em 2008 aos 69 anos. Ah, mais uma coisa: era pai de sete filhos, incluindo dois, que você deve conhecer: a atriz Devon Aoki e o DJ Steve Aoki. Sim, o pai de Steve Aoki foi o cara por trás de BENIHANA. Seu legado continua vivo, não apenas por meio de seus dois filhos famosos. Em 2013, Rocky Aoki apareceu como um personagem fictício em “O Lobo de Wall Street”, que ele provavelmente teria adorado. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, BusinessWeek, Isto é Dinheiro, Veja e Exame), jornais (Folha e Estadão), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand) e Wikipedia (informações devidamente checadas). 

Última atualização em 28/9/2021 

O MDM também está no Instagram. www.instagram.com/mdm_branding/

8.9.21

TIKTOK


O TikTok se tornou um fenômeno global, cativou milhões de adolescentes e criadores de conteúdo e com capacidade de gerar alto potencial de engajamento. Rapidamente danças, dublagens e desafios se tornam febre no TikTok e viralizam com facilidade na internet, catapultando milhões de anônimos para seus poucos segundos de fama. Desde artistas até adolescentes, o TikTok se tornou uma fábrica de memes, tutoriais, publicidade, curiosidades e tudo mais que se pode encaixar em poucos segundos de vídeos. Afinal, a missão do TikTok é justamente inspirar a criatividade e trazer alegria para milhões de pessoas. 

A história 
Para contar a história do popular aplicativo é preciso voltar ao ano de 2012 na China, quando o engenheiro de software Zhang Yiming (imagem abaixo) fundou a startup ByteDance, cuja proposta era desenvolver plataformas móveis com recursos de inteligência artificial. Não demorou muito para a jovem empresa demonstrar uma rara habilidade de criar repetidamente produtos de sucesso para enfrentar gigantes do setor de comunicação como Tencent e Alibaba (conheça essa outra história aqui). No ano de sua estreia, a ByteDance lançou dois produtos de sucesso: o aplicativo de piadas Neihan Duanzi (encerrado em 2018 por censura do governo chinês) e o agregador de notícias Toutiao (que significa “manchetes” em mandarim), um dos mais populares do país até hoje. Depois lançou a plataforma de vídeo (que inclui clipes longos) chamada Xigua.
  

Mas foi em 2016, que a ByteDance resolveu desenvolver um novo produto que faria sucesso mundial: uma rede social de vídeos curtos. Lançado no mercado chinês exatamente no dia 26 de setembro de 2016 com o nome de A.me, no mês de dezembro o aplicativo, desenvolvido em apenas 200 dias, adotou o nome Douyin (que significa “som vibrante” em mandarim). Rapidamente o aplicativo, que permitia a criação de vídeos de 15 segundos e era focado em música, se tornou popular entre os adolescentes chineses. A partir do mês de maio de 2017, o aplicativo passou a aperfeiçoar seus recursos incluindo uma escolha mais ampla de filtros, adesivos e efeitos que podiam ser adicionados aos vídeos para torná-los mais envolventes e atraentes. O aplicativo também começou a explorar oportunidades de monetização ao realizar uma primeira campanha publicitária com vídeos patrocinados. Além disso, o aplicativo lançou a transmissão ao vivo, cuja capacidade inicial era restrita a usuários com audiências substanciais (acima de 50.000 seguidores).
   

No mês de setembro de 2017, a ByteDance resolveu expandir o aplicativo para o mercado ocidental, lançando uma versão internacional chamada TikTok, inicialmente na Tailândia e no Japão, onde o aplicativo experimentou uma grande aceitação. Nesta época, a versão chinesa do aplicativo já contava com mais de 100 milhões de usuários ativos e 1 bilhão de visualizações de vídeos diariamente no mercado chinês. Visando atingir o público ocidental (já que o TikTok fazia sucesso apenas no oriente) no dia 9 de novembro de 2017, a ByteDance comprou por estimados US$ 1 bilhão o Musical.ly, aplicativo criado em 2014 e cujos usuários podiam criar vídeos de dança e sincronização labial (com recursos de dublagens), que já era muito popular entre adolescentes na época, com cerca de 200 milhões de usuários ativos.
   

Sendo proprietária dos dois aplicativos extremamente semelhantes, a empresa decidiu juntar as coisas. Finalmente no dia 2 de agosto de 2018, a ByteDance uniu as contas e dados existentes do Musical.ly (cujo nome parou de existir) ao TikTok, que herdou do antigo aplicativo os recursos de dublagens e outras funcionalidades, criando assim um aplicativo mais completo, que permitisse interações entre os seus usuários. Ou seja, o TikTok passou a ser uma rede social. Com isso, o aplicativo foi relançado internacionalmente e o Douyin se concentrou no mercado chinês. Esse movimento foi visto como uma forma do aplicativo chinês ingressar no mercado americano - já que o Musical.ly ostentava um considerável número de usuários entre os americanos. O resultado: ao final deste ano, o TikTok foi o aplicativo mais baixado nos Estados Unidos. Esse impulso no mercado americano também contou com o apoio de celebridades como Jimmy Fallon e Tony Hawk, que aderiram ao aplicativo e geraram ainda mais popularidade e conhecimento de marca para o TikTok. Vale ressaltar, que o TikTok foi lançado no mercado brasileiro também em agosto de 2018.
  

O aplicativo para compartilhamento de vídeos curtos, de até 60 segundos, que já oferecia diversas ferramentas de edição, ganhou destaque internacional a partir de 2019, principalmente, entre os jovens, por causa das danças e desafios. O TikTok então passou a crescer graças ao seu apelo para a viralização. Os usuários faziam desafios, reproduziam coreografias, imitavam pessoas famosas, faziam sátiras que instigavam outros usuários a querer participar da brincadeira - o que atraiu muito o público jovem. E com isso, deu origem a diversos virais na internet e se tornou uma das redes sociais de maior sucesso e poder de engajamento no mundo. O sucesso foi comprovado no final de 2019, quando o TikTok já superava a barreira de 500 milhões de usuários.
   

Mas foi durante a quarentena provocada pela pandemia do COVID-19, em 2020, que o TikTok conquistou números impressionantes, sendo o aplicativo mais baixado no mundo durante todo o ano. Em junho deste mesmo ano, o aplicativo lançou o TikTok For Business, ferramentas que ajudam artistas, profissionais de marketing e agências a criarem suas campanhas para alcançar seus públicos e novas audiências, com o máximo de assertividade, sem perder a forma autêntica e descontraída. Cada vez mais popular, em julho de 2021, o TikTok atingiu a impressionante marca de 3 bilhões de downloads, recorde antes exclusivo do Facebook (conheça essa história aqui). Recentemente o aplicativo lançou o TikTok Creator Marketplace, uma ferramenta poderosa para ajudar a agências e marcas a encontrar outros criadores de conteúdo, cujo público se encaixe melhor com suas campanhas; além de criar o TikTok Creator Fund, um fundo de milhões de dólares para ajudar criadores de conteúdo da plataforma, a fim de solidificar ainda mais o relacionamento com influenciadores.
  

O TikTok se tornou um colossal sucesso no mundo por vários fatores. Mas seu grande diferencial é a usabilidade, pois o aplicativo oferece amplos recursos para edição. Com isso, é possível incluir filtros, legendas, trilhas sonoras, gifs, fazer cortes a vontade, utilizar efeitos de câmera, etc. Com esse cardápio repleto de opções os criadores de conteúdo podem explorar ao máximo a sua criatividade e, assim, lançar diversos conteúdos virais, que incluem vídeos de dança, dublagens, sketches de humor, experimentos científicos, tutoriais de maquiagem, artesanato Do It Yourself, decoração, timelapse e infinitas mais coisas.
   

O sucesso também se dá, em parte, por conta da inteligência artificial do aplicativo, que detecta quais vídeos tem maior potencial de viralizar. Isso porque o aplicativo foi criado justamente para tornar as criações de seus usuários um grande sucesso - primeiro, dentro da própria plataforma e, posteriormente, em outras redes sociais. É também uma plataforma de publicidade orgânica poderosa, onde a divulgação acontece naturalmente e os usuários se ajudam nesse processo. Outros motivos por trás do aumento da popularidade do TikTok são: apoio de celebridades, conteúdo localizado, fácil criação, compartilhamento e visualização de conteúdo.
  

As polêmicas 
Apesar do avassalador sucesso, não raramente o TikTok desperta polêmica (principalmente em relação a privacidade) em muitas partes do mundo. Uma dessas situações que chamou atenção, foi a tentativa de bloqueio do TikTok pelo então presidente norte-americano Donald Trump. Isto porque entre 2019 e 2020, o governo americano anunciou que as empresas chinesas ameaçavam a segurança nacional, podendo compartilhar dados dos usuários. Trump então proibiu o funcionamento do TikTok e diversos outros aplicativos chineses. No entanto, um juiz americano barrou a decisão, considerando que seriam apenas hipóteses. Já em janeiro de 2021, o bloqueio aconteceu na Itália, após uma menina de 10 anos morrer ao participar de um desafio proposto no aplicativo. Desde então, o aplicativo deve verificar a idade dos usuários para garantir que menores de 14 anos não tenham conta na plataforma, conforme exige a legislação do país.
   

As muitas queixas de privacidade foram o principal argumento para que o TikTok fosse banido da Índia, cujo governo alegou preocupações com a segurança nacional. Além disso, o TikTok já teve bloqueios temporários em Bangladesh e Indonésia, em razão do conteúdo disponível na plataforma que, segundo as autoridades responsáveis, colaborava para o compartilhamento de pornografia e blasfêmia.
  

A evolução visual 
O principal símbolo da identidade visual da marca sempre foi uma nota musical estilizada. A primeira modificação ocorreu em 2017, quando o aplicativo foi lançado internacionalmente e adotou o nome TikTok, que passou a fazer parte da identidade visual. No ano seguinte, foi apresentada uma nova tipografia de letra para o nome e a diminuição do espaço entre as palavras Tik e Tok. Além disso, a letra O passou a contar com a combinação de tons de turquesa e vermelho, semelhante ao do símbolo. O logotipo da marca também pode ser aplicado na horizontal.
  

Apesar de utilizar o nome Douyin para o mercado chinês, a identidade visual é semelhante ao do TikTok, mas com o nome escrito em mandarim.
  

Os slogans 
Quem tem TikTok tem tudo. (2021) 
Isso o TikTok Mostra. (2021) 
Re:Make. (2021) 
Começa no TikTok. (2020) 
It Starts on TikTok. (2020) 
Don’t Make Ads, Make TikTok. (2020) 
Make every second count. (2018) 
Make your day. 
Real People, Real Videos.
   

Dados corporativos 
● Origem: China 
● Lançamento: 26 de setembro de 2016 
● Criador: Zhang Yiming 
● Sede mundial: Pequim, China 
● Proprietário da marca: Beijing ByteDance Technology Co. Ltd. 
● Capital aberto: Não 
● CEO: Shou Zi Chew 
● Faturamento: Não divulgado 
● Lucro: Não divulgado 
● Usuários: 730 milhões 
● Presença global: 154 países 
● Presença no Brasil: Sim 
● Segmento: Tecnologia 
● Principais produtos: Rede social e compartilhamento de vídeos 
● Concorrentes diretos: Snapchat, Instagram, Kwai, Likee, Byte, Triller, Dubsmash, Bilibili e YouTube 
● Ícones: A nota musical estilizada 
● Slogan: Quem tem TikTok tem tudo. 
● Website: www.tiktok.com/pt-BR/ 

A marca no mundo 
O TikTok está presente em mais de 150 países ao redor do mundo, disponível em 75 idiomas e com mais de 730 milhões de usuários (outros mais de 600 milhões utilizam a versão chinesa, batizada de Douyin, que é adaptada às restrições e censuras chinesas, rodando então em servidores diferentes). O TikTok tem como seus mercados principais por números de usuários (excluindo a China) os Estados Unidos, a Indonésia, a Rússia e o Japão. No Brasil, o TikTok vem ganhando cada vez mais espaço, atualmente são mais de 7 milhões de pessoas cadastradas na rede, sendo que 90% desse público acessa o aplicativo todos os dias. E os números do TikTok impressionam: usuários passam, em média, 52 minutos por dia no aplicativo (para jovens entre 4 e 15 anos, exclusivamente, essa média sobe para 80 minutos); cada usuário abre o aplicativo cerca de 8 vezes por dia; 83% dos usuários já postaram vídeo ao menos uma vez; 60% dos usuários são da Geração Z, os criadores de tendências; e com mais de 1.3 bilhões de usuários ativos, o TikTok é a terceira rede social mais popular do planeta, atrás apenas do Facebook e do YouTube (saiba mais aqui). 

Você sabia? 
O TikTok se tornou um fenômeno global, enquanto o Douyin, a versão chinesa do aplicativo de vídeo, é líder no país asiático. 
Uma música em alta no TikTok rapidamente fica em alta no Spotify (conheça a história aqui). Isso ilustra o verdadeiro poder de influência da plataforma e da marca. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, BusinessWeek e Exame), jornais (Meio Mensagem), sites de tecnologia (TechTudo), portais (UOL e Terra), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel, Interbrand e Mundo do Marketing) e Wikipedia (informações devidamente checadas). 

Última atualização em 8/9/2021 

O MDM também está no Instagram. www.instagram.com/mdm_branding/