20.6.06

O ESTADO DE S. PAULO

Pesquisas de mercado, há décadas, apontam o jornal O Estado de S. Paulo como aquele que desfruta da maior credibilidade dentre todas as empresas jornalísticas brasileiras. E por várias vezes foi indicado por associações internacionais como sendo um dos diários mais completos do mundo, ao lado dos grandes jornais europeus e norte-americanos.
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A história
O mais antigo dos jornais da cidade de São Paulo ainda em circulação foi fundado em 4 de janeiro de 1875, ainda durante o Império, circulando pela primeira vez com o nome original de A Província de S. Paulo. O jornal foi fundado por 16 pessoas reunidas por Manoel Ferraz de Campos Salles, Francisco Rangel Pestana e Américo Brasiliense, concretizando uma proposta de criação de um diário republicano surgida durante a realização da Convenção Republicana de Itu, com o propósito de combater a monarquia e a escravidão. O jornal de apenas quatro páginas tinha tiragem inicial de 2.000 exemplares, bastante significativa para a população da cidade, estimada em 31 mil habitantes.
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Em 1876 o jornal inovou ao vender exemplares avulsos: o francês Bernard Gregoire, montado num burro e tocando uma corneta para chamar a atenção do público (que décadas depois viraria o próprio símbolo do jornal), oferecia o jornal em todos os recantos da cidade. Pouco depois, em 1878, o logotipo no cabeçalho passa a ser escrito em letras góticas. Quando o então redator-chefe Francisco Rangel Pestana se afastou para trabalhar no projeto da Constituição, em Petrópolis, o jovem redator Júlio Mesquita assumiu efetivamente a direção do jornal e deu início a uma série de inovações. A agência Havas, então a maior do mundo, foi contratada pelo jornal e deu mais agilidade às notícias internacionais. O termo “Província” foi conservado até 31 de dezembro de 1889, um mês após a queda da Monarquia e instituição da República no Brasil. Somente em janeiro de 1890, após estabelecimento de uma nova nomenclatura para as unidades da federação pela República, receberia sua atual designação: O Estado de S. Paulo. Nesta época a tiragem havia dobrado para 8 mil exemplares diários.
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Apesar deste crescimento, em 1896, a tiragem do jornal não conseguia ultrapassar os dez mil exemplares, não por falta de novos leitores, mas devido às limitações do equipamento gráfico. Porém, rapidamente uma nova máquina foi adquirida e a tiragem saltou para 18 mil exemplares durante a campanha de Canudos, quando eram ansiosamente aguardadas as reportagens enviadas por Euclides da Cunha através do telégrafo. Ao final do século XIX, o Estado já era o maior jornal de São Paulo, superando em muito o Correio Paulistano. Em 1902, Júlio Mesquita, redator desde 1885 e genro de José Alves de Cerqueira César, um dos 16 fundadores, torna-se o único proprietário do jornal. Poucos anos depois, em 1907, a diagramação do jornal passou a ser feita com oito colunas.
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Em maio de 1915 foi lançada a edição vespertina do O Estado de S. Paulo, que passou a ser conhecida pelo nome de Estadinho, pelo então jovem Júlio de Mesquita Filho. Com a morte do diretor em 1927, seu filho Julio de Mesquita Filho assumiu a redação com o irmão Francisco, este à frente da parte financeira do jornal. No início da década de 30, o jornal alcançava a tiragem de 100 mil exemplares e lançava aos domingos um suplemento em roto-gravura, com grande destaque às ilustrações fotográficas. Ao longo do tempo novas empresas e produtos foram criados a partir de O Estado de S. Paulo. Em 1958 teve início a diversificação desses produtos com a inauguração da Rádio Eldorado. Em 1966 foi lançado o Jornal da Tarde, marco de uma revolução gráfica e editorial do jornalismo brasileiro. Com a morte de Mesquita Filho, o Estado passou a ser dirigido, em 1969, por Julio de Mesquita Neto. Nesse período o jornal ganhou visibilidade mundial ao denunciar a censura prévia com a publicação de trechos de Os Lusíadas, de Luís de Camões, no lugar de matérias proibidas pelos censores. A Agência Estado passa a operar a partir de 1970. Na década seguinte, em 1984, nasce a Oesp-Mídia.
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Pouco depois, em 1986, o Estado de S. Paulo contratou o jornalista Augusto Nunes para assumir o posto de diretor de redação. Ele renovou o noticiário do jornal e empreendeu uma série de reformas gráficas, que redundariam na adoção, em 1991, de cores no jornal e de edições diárias - até então o jornal não circulava às segundas-feiras e dias seguintes a feriados. No dia 12 de setembro de 1993, a cor do logotipo do cabeçalho do jornal passa a ser azul, com aprovação dos leitores consultados em pesquisa (85%). Além disso, ocorreram outras mudanças na 1ª página como a coluna da esquerda orientando a leitura e realçando a variedade de assuntos; o texto abaixo da manchete, resumindo o fato e destacando sua importância; e a data dentro de uma tarja cinza, logo abaixo do logotipo.
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No início do novo milênio a empresa, em março de 2000, foi lançado o portal estadao.com.br, com informativo e notícias em tempo real. Pouco menos de três anos depois, o portal já superava superou a marca de um milhão de visitantes mensais, consolidando sua posição de liderança em consultas a veículos de jornalismo em tempo real no Brasil. Nesta época, o jornal atravessava uma séria crise financeira que culminou com demissões em massa. Após o saneamento financeiro, o jornal empreendeu uma reformulação gráfica, em outubro de 2004, com a criação de novos cadernos e tem recebido sucessivos prêmios de excelência gráfica.
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O jornal
O ESTADÃO, como o jornal ficou popularmente conhecido, é um dos mais completos do mundo, e seus principais cadernos e seções são:
Primeiro caderno
Atual e dinâmico, este caderno traz acontecimentos políticos nas seções Nacional e Internacional, além de contar com a seção Vida& que aborda ciência e tecnologia, medicina, saúde, educação, meio ambiente e religião.
Metrópole
Relata a vida de São Paulo – noticiário policial, comportamento, curiosidades, cidadania e voluntariado. O Metrópole circula apenas na capital e Grande São Paulo, nas demais regiões, circula o Cidade.
Negócios
Esta seção do caderno Economia coloca o leitor no mundo dos negócios, com reportagens especiais, entrevistas exclusivas e muito mais.
Esportes
Fotos, histórias, perfis, cobertura dos principais esportes, seus heróis e vilões, além de tabelas e serviços diferenciados.
Caderno 2
Traz os acontecimentos culturais de São Paulo, do Brasil e do mundo, os grandes nomes da arte e abre espaço para o jovem e o seu ponto de vista.
Aliás
Uma visão geral dos principais acontecimentos da semana, de uma forma rápida e objetiva. E uma prévia do que pode acontecer na próxima semana. Circula apenas aos domingos.
Feminino
Assuntos ligados à família, sob o ponto de vista feminino, com matérias sobre comportamento, trabalho, saúde e moda. Circula apenas aos domingos.
TV & Lazer
Roteiro completo da TV, além de dicas e lançamentos de vídeos e DVDs, games, sites e equipamentos de áudio e vídeo para a diversão de todos em casa.
Casa&
As melhores dicas de decoração, paisagismo, manutenção, acessórios e serviços. Este caderno só circula na capital e Grande São Paulo.
Link
A tecnologia ganha uma linguagem simples e dinâmica, com boletins diários nas rádios Eldorado AM e FM. O leitor interage com o caderno via internet, onde é possível encontrar comunidade virtual com blogs, álbuns e os últimos lançamentos, além das notícias do jornal, links para dowload e compras. Este caderno circula somente as segundas-feiras.
Viagem & Aventura
Dia de viajar pelos melhores roteiros do Brasil e do mundo. Aqui, o leitor encontra todas as dicas para fazer a melhor viagem. Este caderno circula somente as terças-feiras.
Agrícola
Serviços, tabelas de insumos, artigos, infográficos, reportagens e informações sobre leilões, feiras e exposições. Tudo sobre o segmento agrícola. Este caderno circula somente as quartas-feiras.
Paladar
Reportagens exclusivas, entrevistas com chefes, bastidores e suas combinações, acessórios, livros e receitas ilustradas que vão aguçar a imaginação de cada leitor. Este caderno circula somente as quintas-feiras.
Guia Estadão
Uma cobertura completa, profunda e diferenciada do que está acontecendo e vai acontecer no circuito cultural da cidade, além de informações sobre bares, restaurantes, cinema e muito mais. Este Guia só circula na capital e Grande São Paulo as sextas-feiras.
Serviços e Contrução
O caderno Construção em novo formato, agora é muito mais prático na hora de consultar e levar com o leitor em suas compras. E mais, circula toda sexta-feira, para que o leitor possa planejar seu roteiro para o final de semana. Este caderno circula somente na capital e Grande São Paulo.
Estadinho
Um caderno especial para crianças de 7 a 9 anos com assuntos ligados a livros, comportamento, moda, divertimento e matérias que podem ser utilizadas nos trabalhos escolares. Circula somente aos sábados.
Classificados
Com circulação somente aos domingos, é organizado em cadernos separados (Oportunidades, Empregos, Imóveis, Autos e Classificados) e divididos por cores que facilitam a busca. Aqui, o leitor vai comprar ou vender.
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Os slogans
Amplie Questione. Atualize. Seu Conhecimento. (2009)
O jornal de quem pensa AO. (2006)
É muito mais vida num jornal.
A diferença é que o Estadão funciona.
(Classificados)
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Dados corporativos
● Origem: Brasil
● Fundação:
4 de janeiro de 1875
● Fundador:
Manoel Ferraz de Campos Salles, Américo Brasiliense e Francisco Rangel Pestana
● Sede mundial: São Paulo, Brasil
● Proprietário da marca:
Grupo Estado
● Capital aberto: Não
● CEO: Silvio Genesini (Grupo Estado)
● Presidente: Aurélio de Almeida Prado Cidade
● Editor chefe: Marcelo Beraba
● Faturamento: Não divulgado
● Lucro:
Não divulgado
● Circulação diária:
280 mil exemplares
● Presença global: Não (presente somente no Brasil)
● Funcionários:
1.200
● Segmento:
Comunicação
● Principais produtos:
Jornais
● Ícones:
A edição de domingo chamada ESTADÃO
● Slogan: Amplie, Questione, Atualize Seu Conhecimento.
● Website:
www.estadao.com.br
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A marca no Brasil
Atualmente, o jornal é o quarto em circulação no país, com uma média diária de 280 mil exemplares, e segundo na Grande São Paulo, com média diária de 160 mil exemplares.
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Você sabia?
A mais antiga de todas as seções, conhecida como “Notas e Informações”, sempre localizada na página 3, manteve a tradicional postura do jornal de unir, em seus editoriais, conservadorismo político e liberalismo econômico, sendo uma das colunas mais emblemáticas de O Estado de S. Paulo, identificado com o pensamento conservador ou neoliberal no Brasil.
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As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Veja e Exame), sites especializados em Marketing e Branding, e Wikipedia (informações devidamente checadas).
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Última atualização em 3/8/2009

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