25.11.07

SKYPE


A tecnologia é extremamente avançada. Porém, muito simples de usar. Em minutos você estará conectado e conversando com seus amigos e familiares, aonde quer que estejam, com uma qualidade perfeita de som a qualquer hora. Falar com o mundo, de graça ou por preços irrisórios, sem limites. Para tudo isso basta instalar o Skype no computador ou smartphone e ter comunicação em tempo real. Compartilhe uma história, comemore um aniversário, aprenda um idioma, realize uma reunião, colabore com colegas. Com Skype o dia fica mais fácil. 

A história 
O Skype, fenômeno da telefonia via internet, originalmente desenvolvido pelos estonianos Ahti Heinla, Priit Kasesalu e Jaan Tallinn, também criadores e desenvolvedores do KaZaA (que já foi um dos softwares mais famosos e maior distribuidor de música na internet), foi fundado por dois empreendedores europeus, o sueco Niklas Zennström e o dinamarquês Janus Friis. Inicialmente o nome do projeto seria Sky-Peer-to-Peer, que pouco depois foi abreviado apenas para Skyper. Porém, alguns domínios na internet já tinham registrado esse nome e a solução encontrada foi retirar a letra R do final. O Skype foi disponibilizado para o público na versão beta no dia 29 de agosto de 2003. Eles começaram a oferecer para milhões de internautas um software que permitia conversar pela internet, sem a necessidade de pagar pelas ligações interurbanas ou internacionais. Inicialmente permitia conversas entre dois internautas que possuíssem o software instalado em seus computadores. O novo e revolucionário software utilizava tecnologia VoIP (Voice over Internet Protocol ou Voz sobre Protocolo de Internet em português) para conectar os usuários, permitindo conversar com outras pessoas em qualquer parte do mundo.


Inicialmente popular somente entre os amantes da tecnologia, o SKYPE não demorou muito para cair no gosto de milhões de pessoas ao oferecer chamadas telefônicas baratas ou sem custo, atraindo especialmente os usuários de chamadas internacionais. A partir daí o sucesso foi instantâneo. Em setembro de 2005 a empresa, com pouco mais de 50 milhões de usuários, foi vendida para o eBay (uma das maiores empresas de comércio eletrônico do mundo) por impressionantes US$ 2.6 bilhões. No ano seguinte foi introduzida a versão 3.0 para Windows. A nova versão continha novidades como o Skypecast (serviço grátis que permitia conversas com até cem pessoas ao mesmo tempo) e os Chats Públicos (permitia a criação, moderação, ou a simples participação em conversas entre diversas pessoas). No final deste ano foi lançada a versão para Macintosh e o Skype já atingia a marca de 100 milhões de usuários registrados no mundo inteiro. No mês de setembro de 2009, mudou de mãos mais uma vez ao ser adquirido por um grupo de investidores de tecnologia, incluindo a empresa Silver Lake Partners. Nos meses seguintes, sob nova administração, o Skype atingiu um crescimento de 150%, desenvolvendo novas parcerias estratégicas e melhorando a qualidade do serviço.


No dia 10 de maio de 2011, o Skype foi adquirido pela poderosa Microsoft por impressionantes US$ 8.5 bilhões, mais agressivo investimento da história da empresa de Bill Gates. Com isso, o Skype foi aos poucos sendo integrado com outros produtos e serviços da Microsoft, dentre os quais o Office, Xbox LIVE e os sistemas operacionais Windows Phone e Windows. Em 2013 o Skype completou 10 anos com uma impressionante marca: mais de 1.4 trilhões de minutos entre chamadas de voz e vídeo. Entre alguns pontos marcantes na sua ainda recente história, o Skype alcançou fatos inusitados, como por exemplo, ligações feitas com o software de lugares inóspitos como o Monte Everest e estações de pesquisa na Antártida, além do programa ter ajudado a fornecer suporte para campos de refugiados e permitir até que orangotangos se divertissem com vídeo chamadas. Nos anos seguintes, o Skype deu enorme atenção para seu aplicativo móvel, incorporou outras funcionalidades e serviços, além de expandir ainda mais sua presença pelo mundo.


Mais recentemente foi lançada a nova versão do Skype, como novos recursos e visual. Totalmente reprojetado, o Skype permite compartilhar fotografias, mensagens, emoticons e figurinhas em tempo real; reagir às mensagens e expressar o que o usuário sente através de GIFs, figurinhas e Mojis; comprar ingressos para um show, encontrar receitas deliciosas ou planejar a próxima viagem pelo mundo; e até mesmo seguir amigos e familiares para ver o que eles postam e reagir a cada foto com apenas um toque. A marca também oferece o Skype for Business, onde é possível conectar as equipes de trabalho através de uma experiência adorável, com os aplicativos do Office, simplificando assim a infraestrutura com uma única plataforma para chamadas, conferências, vídeos e compartilhamento.


O Skype gera receita com seus planos de assinaturas (que permite fazer ligações ilimitadas para telefones fixos e celulares), Skype Crédito (opção pré-paga, onde é possível comprar crédito e em seguida, falar com quem quiser), Skype Número (o usuário paga mensalmente por um número de telefone, através do qual as pessoas podem chamá-lo do celular ou telefone fixo e o usuário atende a chamada em Skype) e Skype To Go (opção pré-paga que permite chamar pessoas em todo o mundo pelo preço de uma chamada local, dando-lhe um número local para chamá-los). O sucesso do Skype pode ser creditado a algumas características: comunicação ilimitada e grátis (ou por tarifas irrisórias) para outros usuários no mundo inteiro; qualidade de som e imagem; lista de contatos que mostra quando amigos estão online e disponíveis para conversar; possibilidade de realizar bate papo, enviar arquivos e conversar com muitas pessoas ao mesmo tempo em uma conferência; partilhar e trabalhar o mesmo arquivo entre dois utilizadores; e obter informações sobre estabelecimentos comerciais através do SkypeFind.


A evolução visual 
A identidade visual da marca passou por algumas remodelações ao longo dos anos. A primeira ocorreu em 2012, quando o logotipo deixou de lado o degrade em azul para assumir a cor azul-clara. Em 2017 a marca apresentou uma nova identidade visual com tipografia de letra moderna e o S estilizado no lado esquerdo. Além disso, retirou a icônica nuvem de sua identidade visual. Somente o símbolo do S estilizado é usado para meio digitais e aplicativos.


Os slogans 
Stay Together. (2013) 
It’s Time for Skype. (2012) 
Skype is mobile. (2010) 
Free Internet telephony that just works. (2009) 
Take a deep breath. (2007) 
The whole world can talk for free. (2005)


Dados corporativos 
● Origem: Europa 
● Fundação: 29 de agosto de 2003 
● Fundador: Niklas Zennström e Janus Friis 
● Sede mundial: Luxemburgo e Redmond, Washington, Estados Unidos 
● Proprietário da marca: Skype Communications S.A.R.L. 
● Capital aberto: Não (subsidiária da Microsoft Corporation
● CEO: Satya Nadella 
● Faturamento: US$ 2 bilhões (estimado) 
● Lucro: Não divulgado 
● Usuários ativos: 300 milhões 
● Presença global: 212 países 
● Presença no Brasil: Sim 
● Maiores mercados: Estados Unidos, Alemanha, Polônia, França e Brasil 
● Funcionários: 187 
● Segmento: Tecnologia 
● Principais produtos: Software de comunicação, vídeo conferência e mensagens instantâneas 
● Concorrentes diretos: Apple Facetime, WhatsApp, Snapchat, Viber, LINE, Facebook Messenger, Telegram e WeChat 
● Slogan: Stay Together. 
● Website: www.skype.com/pt-br/ 

A marca no mundo 
O Skype está disponível em 36 idiomas e dialetos e é utilizado em quase todos os países do mundo por mais de 300 milhões de pessoas todos os meses. A empresa tem sua sede em Luxemburgo e na cidade de Redmond, no estado de Washington, e escritórios em Talin (capital da Estônia), Tartu (segunda maior cidade da Estônia), Praga (República Checa), Redmond e Palo Alto na Califórnia. As cinco maiores comunidades de utilizadores estão nos Estados Unidos, Polônia, Alemanha, França e Brasil. Atualmente, aproximadamente 3 bilhões de minutos em chamadas são realizados pelo Skype por dia. O aplicativo móvel já foi baixado mais de 1 bilhão de vezes. Hoje em dia é possível usar o Skype como quiser: no telefone, no computador ou em uma TV com o aplicativo instalado. Para começar a usar, ninguém paga nada. Pagando um pequeno valor, é possível acessar ainda mais recursos, de diferentes maneiras, e conectar-se à mais pessoas. Por exemplo, pode ligar para telefones ou enviar SMS. Pode usar o sistema pré-pago ou até mesmo comprar uma assinatura. 

Você sabia? 
Aproximadamente 10 milhões de pessoas utilizam o Skype diariamente. Segundo dados, em um dia de fevereiro de 2012, a rede Skype chegou a ter 34 milhões de utilizadores ligados simultaneamente. 
O Skype não permite fazer chamadas para números de emergência. 
Depois do terremoto seguido de tsunami que devastou o Japão em 2011, o Skype ofereceu créditos gratuitamente para que os japoneses pudessem entrar em contato com familiares fora do país. Além disso, a empresa também decidiu disponibilizar gratuitamente acesso Wi-Fi à internet por meio de pontos do Skype espalhados pelo Japão. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek, Isto é Dinheiro e Exame), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers). 

Última atualização em 27/7/2017

19.11.07

CROCS


Todos usam: jovens, adultos e crianças, provavelmente seu maior público. Alguns acham brega. Outros usam sem nenhuma vergonha. Eles são coloridos, transados, confortáveis, higiênicos, fáceis de usar e digamos um pouco esquisito. Os calçados CROCS se transformaram em um fenômeno global, a ponto de ser fotografado nos pés do ex-presidente americano George W. Busch, um fã declarado dos confortáveis calçados, assim como Al Pacino, Jack Nicholson, Ben Afleck, Drew Barrymore, Oprah Winfrey e a cantora Madonna. Até Sergey Brin, um dos fundadores do Google, ostentou um par vermelho em uma conferência. Uma verdadeira epidemia fashion nos pés. 

A história 
A ideia surgiu em 1999 quando a empresa canadense Foam Creations desenvolveu o Croslite™, um material exclusivo composto de uma resina de célula fechada que representava uma expressiva inovação no âmbito do conforto e funcionalidade do calçado: antimicrobiano, resistente ao odor (bactérias e fungos), leve, resistente e antiderrapante. O novo material ainda proporcionava amortecimento e reduzia o impacto recebido pelos pés e pernas ao andar. Foi então que Lyndon “Duke” Hanson, Scott Seamans e George Boedecker Jr., três jovens executivos americanos e velejadores da cidade de Boulder no estado do Colorado, queriam apenas ter, em seus armários, um calçado perfeito para usar em barcos: confortável, antiderrapante e que não acumulasse água. Descontentes com os produtos que existiam no mercado, eles resolveram desenvolver um modelo próprio utilizando a tal resina. O nome CROCS, uma abreviatura em inglês para crocodilo, surgiu em alusão a esses animais fortes e resistentes e que não contam com nenhum predador natural. Os crocodilos adaptam-se bem tanto na água quanto na terra e tem vida longa, essencial para qualquer calçado. Todas estas qualidades eram e ainda são inerentes aos produtos da marca: não escorregam, não produzem cheiro e são impermeáveis.
  

Originalmente o intuito era vender o calçado para velejadores, devido ao seu solado antiderrapante que não marcava o deck dos barcos. A CROCS marcou sua estreia no mercado americano em novembro de 2002 com o modelo BEACH, um calçado extremamente leve (pesava apenas 170g), macio, antiderrapante e livre de odores e bactérias, ideal para o lazer e para atividades recreativas ao ar livre, como pesca, vela e ciclismo. O modelo foi oficialmente colocado a venda em uma feira náutica na cidade de Ft. Lauderdale, no ensolarado estado da Flórida. Em apenas três dias, ao preço de US$ 30, vendeu mil pares rapidamente. Com formato que remetia ao dos tradicionais tamancos holandeses de madeira, o modelo se diferenciava, além da modelagem que privilegiava o conforto e a total ergonomia, por uma inovadora alça intercambiável que envolvia o calcanhar e, principalmente, por seu material exclusivo e ultraleve.
   

Não demorou muito para os médicos, grandes praticantes de vela, descobrirem que os CROCS eram ótimos para substituir os tradicionais calçados que usavam nos hospitais. De boca em boca, em pouco tempo, os calçados já eram usados por aqueles que profissionalmente eram obrigados a passar longos períodos em pé, e assim precisavam de conforto e de calçados antiderrapantes. A fama aumentou quando atores de Hollywood e celebridades se declararam fãs do produto cheio de furinhos, preso na parte de trás do pé por uma alça, que deixava o calcanhar de fora. Em 2003, CROCS se tornou um fenômeno global aceito como um calçado confortável e fashion para todas as ocasiões. Foi neste mesmo ano que a marca lançou o primeiro calçado especificamente desenvolvido para o público feminino, batizado de NILE.
   

Nos dois anos seguintes a empresa voltou seu foco para adaptar-se ao rápido crescimento: ampliou as linhas de produtos, inaugurou seu primeiro ponto de venda próprio (um quiosque), construiu novas fábricas, criou um programa de logística para a crescente capacidade de demanda e produção, contratou uma competente diretoria executiva e adquiriu, em 2004, a Foam Criations, empresa que produzia o material básico do calçado, o Croslite™, assegurando assim sua patente. Em 2005, utilizando bom-humor e ironia a marca lançou uma campanha publicitária com o slogan “Ugly Can Be Beautiful” (“O feio pode ser bonito”, em português).
   

Pouco depois, em 2006, a empresa adquiriu por US$ 20 milhões a Jibbitz, marca de acessórios especiais que produzia pequenos broches/pingentes coloridos (cristais, flores, animais e personagens licenciados) especialmente desenvolvidos para adornar os calçados CROCS. Hoje em dia são mais de 800 itens disponíveis para o consumidor personalizar seus calçados, além de acessórios como porta celulares. Demonstrando a força de sua marca, neste mesmo ano passou a ser patrocinadora oficial da Associação Profissional de Vôlei, um dos seus primeiros investimentos da CROCS nos esportes.
  

Ainda em 2006, a CROCS escolheu o Brasil para instalar a primeira fábrica na América Latina, localizada em Sorocaba, no interior de São Paulo. A mais nova unidade começou a produzir em julho e tinha capacidade para fabricar 3 milhões de pares de calçados por ano, sendo que 35% a 50% direcionados para exportação. Mas devido à grave crise econômica mundial e a inundação de importantes mercados por produtos piratas, a empresa anunciou no final de 2008, o fechamento da fábrica. Em comunicado, informou que o fechamento foi determinado pela matriz do grupo nos Estados Unidos e tinha como objetivo ajustar a estrutura de custos global da empresa. O mercado brasileiro passou a ser abastecido pelas fábricas do México, China e Estados Unidos.
  

Em 2010, após amargar um enorme tropeço em suas vendas, resolveu também apostar em produtos diferentes e proporcionar aos consumidores maiores opções, com o lançamento de sandálias de salto alto de tiras vermelhas; sapatilhas femininas (chamadas CROCS MARNIE); uma moderna linha de tênis, confeccionados com o mesmo material revolucionário dos calçados originais da marca; CROCBAND FLIP, uma espécie de sandália havaianas da marca; e até sapatos sociais de couro.
   

Além disso, a marca revolucionou o mercado em 2011 com o lançamento da CROCS CHAMELEONS, um calçado para crianças que muda de cor, de um tom de base translúcida para uma cor brilhante quando exposta à luz do sol e depois regressa à cor original quando afastado dos raios UV. Ainda este ano, a marca ingressou no mercado de calçados tonificantes de músculos, feitos de um material que permite a tonificação das pernas enquanto o usuário anda. E nos anos seguintes, como forma de enfrentar as dificuldades nas vendas de calçados, a empresa estendeu a marca CROCS para outras categorias de produtos com o lançamento de chapéus, bolsas, mochilas, meias e óculos (cujas hastes da armação podem ser personalizadas com peças coloridas). Apesar de toda essa diversificação em sua linha de produtos, os calçados mais populares da CROCS (chamados de clogs) atraem principalmente crianças, profissionais da área da saúde e da gastronomia gerando cerca de 50% das vendas da empresa.
  

A pandemia de COVID-19 causou uma revolução no mundo, mas a CROCS soube lidar com uma situação que afligiu milhões e milhões de pessoas. Primeiro, amparou os profissionais de saúde que estavam no front de batalha contra o vírus e doou milhares de pares para enfermeiros, médicos e equipes hospitalares. Segundo, intensificou sua estratégia e esforços de marketing nos canais digitais - que começou a ser construída cinco anos antes - ao reconhecer que mais consumidores estavam comprando online, o que levou ao fechamento de algumas de suas lojas físicas. E por último, soube utilizar a força de sua marca em plena pandemia ao propor produtos confortáveis, higiênicos e fáceis de limpar em um momento em que muitos consumidores em todo o mundo estavam confinados em suas casas e preocupados com a saúde, resultando em um forte aumento nas vendas de seus calçados.
   

Além disso, a CROCS investiu em tecnologia avançada e pesquisas para desenvolver e criar materiais inovadores, como por exemplo, em 2018 quando apresentou o LiteRide™, um revolucionário material de célula-fechada ainda mais leve e mais suave que o Croslite™, o que confere uma deliciosa combinação de suporte e maciez ao afundar os pés. Ou no ano de 2021, quando anunciou o Ecolibrium, um novo material constituído a partir de hidrocarbonetos (átomos de carbono e hidrogênio) extraídos de recursos renováveis, assim como óleo de palma e celulose, que além dessa nova combinação, gera produção negativa de carbono. Com isso a CROCS se tornou a primeira marca de calçados a chegar ao mercado com a tecnologia, que diz oferecer “todo o conforto que se espera da CROCS, mas com muito menos carbono”.
   

Eleitos em 2010 pela revista Time (conheça essa outra história aqui) como uma das 50 piores invenções da história, os calçados da CROCS sempre renderam memes, comentários ácidos e reprovações fashionistas. O que ninguém esperava, no entanto, é que após duas décadas de sua criação, a marca representasse não só uma potente tendência como também se tornasse líder de vendas no setor. Hoje em dia, o principal objetivo da CROCS é celebrar a diversidade de quem usa seus calçados, baseando-se no slogan/lema “Come as you are”, que significa que você pode ser do seu jeitinho, único e especial. Por isso, a marca cria um conceito extrovertido, divertido e confortável para milhões de pés ao redor do mundo, mas sem deixar de explorar o lado fashion de seus calçados.
  

Os divertidos calçados 
Os calçados CROCS possuem uma ampla variedade de cores básicas (mais de 20), incluindo tamanhos que variam do número 21, para crianças, até 44, para adultos, além de 30 modelos (básicos) de calçados diferentes, incluindo as linhas infantis e licenciadas como a Disney Kids Cayman, calçados com os buracos de ventilação cortados no formato das orelhas do Mickey Mouse.
   

Os modelos mais populares da marca são: 
CROCS OF ROAD: uma versão esportiva do modelo original, com solado que remete ao das rodas de um jipe e a alça intercambiável e ajustável, através de um vélcro. 
CROCS GIRLS MARY JANE: um calçado aberto na parte de cima e voltado para crianças e meninas adolescentes. 
CROCS ATHENS: primeira sandália de dedo da marca. 
CROCS GEORGIE: primeira bota da marca. 
CROCS ENDEAVOR: calçado fechado na parte de cima, sem os tradicionais furinhos do modelo original. 
CROCS TRANSLUCENT: uma linha com calçados mais delicados (sapatilhas com cores vivas e alegres) composta por modelos que têm certa transparência. 
CROCS PREPAIR: uma linha criada para auxiliar os atletas profissionais e amadores antes e após as atividades físicas com a certificação do US Ergonomics (Instituto Americano de Ergonomia), que comprova os altos benefícios ergonômicos e o destacado nível de conforto e adaptabilidade que o produto proporciona ao consumidor, minimizando os fatores de risco que podem acarretar no desenvolvimento de lesões musculares. 
CROCS RX: linha desenvolvida especialmente para pessoas com problemas relacionados à saúde dos pés e lançada em 2005. 
CROCS GABE: uma versão divertida do modelo Kids Classic com a carinha do Duke (Crocodilo símbolo da marca) estampada no calçado. 
CROCS WORK SHOES: que une a leveza e o conforto do material exclusivo Croslite™, com a proteção necessária aos pés de profissionais de cozinha e trabalhadores de outros segmentos, como por exemplo, do setor hospitalar e hoteleiro.
  

Ao todos são mais de 300 modelos diferentes com mais de 400 combinações de cores para o consumidor escolher. São calçados casuais e inovadores para homens, mulheres e crianças. Uma equipe de designers italianos da empresa, altamente qualificada, atua para garantir que a marca coloque no mercado lançamentos que traduzam novas tendências em design e cores a cada dois meses. Eis a divertida e criativa fórmula de sucesso da CROCS.
  

As divertidas colaborações 
Nos últimos anos, especialmente a partir de 2016, a marca tem apostado cada vez mais em colaborações (algumas ousadas e surpreendentes), que resultaram em coleções exclusivas e limitadas criadas em parceria com celebridades e artistas como Takashi Murakami e Ron English; a atriz e modelo Ruby Rose; os designers Christopher Kane, Vivienne Tam, Nicole McLaughlin, Salehe Bembury e Anwar Carrots; as atrizes Drew Barrymore e Yang Mi; a banda Kiss; o produtor musical e DJ Diplo; o rapper Post Malone; e os músicos Luke Combs, Justin Bieber, Bad Bunny e Karol G.
   

Outras coleções surgiram de colaborações inusitadas, como por exemplo, com a luxuosa Balenciaga (com direito a um modelo com salto alto); com ícones da cultura pop como The Smiley Company (saiba mais aqui) e Lego (conheça essa outra história aqui); bem como franquias de filmes de sucesso como “Toy Story”, “Carros”, “Space Jam” e “Abracadabra”. E até collabs com marcas de alimentos como Peeps (famosa pelos seus marshmallows em formatos de bichinhos), Hidden Valley Ranch (popular por seus molhos), Cinnamon Toast Crunch (cereais) e a rede de alimentação KFC (cujos calçados foram totalmente inspirados nos famosos baldes de frangos frito, incluindo pingentes em formato - e com o cheiro - de coxas de frango).
  

Fazendo o bem 
Em 2007, a marca criou a CROCS CARES, uma plataforma filantrópica de responsabilidade social, que inicialmente tinha como principal missão proporcionar pés felizes e saudáveis a milhões de crianças e famílias carentes e vulneráveis em todo o mundo. Desde então a marca já doou mais de 3.8 milhões de pares de calçados para comunidades carentes, ONGs e pessoas que vivem em áreas afetadas por desastres naturais em mais de 40 países. Atualmente a missão é proporcionar conforto a três segmentos-chave de comunidades locais e globais: famílias, animais e meio ambiente. E essa plataforma consegue isso por meio de iniciativas voluntárias orientadas por funcionários da empresa.
   

No ano de 2020, em resposta à pandemia do COVID-19, a marca lançou o programa “A Free Pair for Healthcare” (algo como “Um par de graça para o cuidado da saúde”), oferecendo aos profissionais da saúde um par de calçados CROCS grátis. Isto porque, os executivos da empresa não apenas viram os trabalhadores da linha de frente estressados e sobrecarregados, mas também começaram a receber pedidos de sapatos para mantê-los trabalhando durante as longas horas. A empresa percebeu que tinha a oportunidade de oferecer um pouco de gentileza e conforto a um grupo de clientes fiéis em um momento particularmente desafiador. Foi então que a CROCS teve uma ideia ambiciosa: distribuir 10.000 pares de sapatos todos os dias para as pessoas que trabalham na linha de frente da pandemia do COVID-19. Além disso, a empresa também enviou 100.000 pares de calçados aos hospitais para serem distribuídos aos funcionários. Desde a primavera de 2020, a CROCS já doou quase 1 milhão de pares de calçados gratuitos para heróis da saúde na linha de frente da pandemia do COVID-19, principalmente nos Estados Unidos, mas também no Canadá e na Europa.
  

A comunicação 
A comunicação da CROCS com o consumidor é feita por diversos canais. Um dos principais são os eventos relacionados a esportes e entretenimento. Esta é uma das formas que a marca encontrou para gerar experiência com o público. Por outro lado, tem em seus quiosques uma forma de se comunicar através de materiais de ponto-de-venda. Tudo é pensado para que a marca se ajuste ao tamanho ideal, sem ficar apertado nem frouxo no pé e na cabeça do consumidor. A internet, uma coisa óbvia hoje em dia, é outra ferramenta fortemente utilizada pela CROCS. Navegando pela rede os usuários estão cada vez mais antenados nos lançamentos do mercado e não demorou muito para que a marca se tornasse tema e inspiração para blogs e sites de relacionamento. Além da internet (onde são mais de 9 milhões de seguidores em todas as suas redes sociais), as crianças têm papel fundamental na história da CROCS, e não é à toa que a empresa investe em vários eventos infantis todos os anos. A CROCS também se utiliza da exposição espontânea de celebridades e pessoas influentes. Como por exemplo, em 2015 quando o pequeno príncipe George, bisneto da Rainha Elizabeth II, apareceu em fotos usando CROCS, o que aumentou a venda das sandálias infantis em 1.500%. Presente em diversos países, a CROCS mantém um padrão em sua comunicação: ser customizada para cada público onde atua.
  

Em 2010, a marca lançou uma divertida campanha publicitária com o slogan “Sinta o amor” (“Feel The Love”, em inglês), que divulgava mais de 20 novos estilos de calçados e apresentava as novas e excêntricas mascotes da marca, batizadas de “Croslite”, uma turminha colorida de CROCS animados, que brincam com o conforto do calçado. A criação das mascotes foi inspirada para dar vida à principal matéria-prima dos calçados, o Croslite™, mostrando aos consumidores a função dos produtos de cuidar e massagear os pés. Justamente um dos filmes comerciais da marca mostrava as divertidas mascotes massageando os pés de uma moça que acabou de voltar depois de um árduo dia de trabalho.
   

A evolução visual 
A identidade visual da marca passou apenas por uma acentuada modificação ao longo de sua história. O logotipo original apresentava um jacaré verde (batizado de DUKE - apelido de um dos fundadores da empresa - e que se tornaria o principal símbolo de reconhecimento da marca), posicionado à esquerda do nome da marca, escrito em preto e em letras maiúsculas. Havia também um slogan em verde (“Get a Grip”), inserido abaixo do nome. A única remodelação ocorreu em 2006, quando o logotipo adotou uma nova e moderna tipografia de letra (agora em minúsculas) e um novo design para o simpático jacaré (inserido em um círculo). A identidade visual da marca pode ser aplicada em preto ou no tradicional verde-claro e com ou sem o jacaré.
  

Os slogans 
Come As You Are. (2017) 
Find Your Fun. (2014) 
A Shoe For Every You. (2013) 
Walk in Comfort, Wear in Style. (2012) 
Feel The Love. (2010) 
Ugly Can Be Beautiful. (2005) 
Get a Grip. (2002) 
Feel As Good As You Look. 
Anywhere. Any Time.
  

Dados corporativos 
● Origem: Estados Unidos 
● Fundação: 2002 
● Fundador: Lyndon Hanson, Scott Seamans e George Boedecker Jr. 
● Sede mundial: Broomfield, Colorado, Estados Unidos 
● Proprietário da marca: Crocs Inc. 
● Capital aberto: Sim (2006) 
● Chairman: Thomas Smach 
● CEO: Andrew Rees 
● Faturamento: US$ 2.31 bilhões (2021) 
● Lucro: US$ 683 milhões (2021) 
● Valor de mercado: US$ 4.49 bilhões (agosto/2022) 
● Lojas: 373 
● Presença global: 90 países 
● Presença no Brasil: Sim 
● Funcionários: 5.900 
● Segmento: Calçados 
● Principais produtos: Sandálias, chinelos, botas, sapatilhas e tênis 
● Concorrentes diretos: Bigant, Sperry, Teva, Lululemon, Birkenstock, Skechers, Geox, Freedom Moses, Nike, Adidas e Havaianas 
● Ícones: O calçado original da marca 
● Mascote: Duke (o jacaré) 
● Slogan: Come As You Are. 
● Website: www.crocs.com.br 

A marca no mundo 
Hoje em dia, a marca CROCS está presente em mais de 90 países, tendo seus produtos vendidos em aproximadamente 25.000 pontos-de-venda, entre os quais mais de 370 lojas próprias (incluindo quiosques e unidades no formato outlet), além de mais de 46 lojas virtuais da empresa. No Brasil, os calçados podem ser encontrados em mais de 1.000 pontos-de-venda (incluindo 120 lojas e quiosques próprios). A CROCS, uma das maiores fabricantes de calçados do planeta, que faturou mais de US$ 2.3 bilhões em 2021, já vendeu mais de 850 milhões de pares desde seu lançamento. Os calçados são produzidos em fábricas nos Estados Unidos, Bósnia, China, Vietnã e Canadá. 

Você sabia? 
Há exatamente 13 orifícios em cada CROCS (modelo original). Apesar de parecerem elementos estéticos e decorativos, esses orifícios servem como ventilação e permitem saída do excesso de umidade para manter os calçados e os pés frescos. 
Em 2007 a marca firmou uma parceria com o badalado chef de cozinha americano Mario Batali, que resultou na criação do calçado em um tom de laranja exclusivo, batizado de Batali Bistro. Em 2017, após acusações de abuso sexual, a CROCS rompeu a parceria com o renomado chef de ascendência italiana. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, BusinessWeek, Isto é Dinheiro e Exame), jornais (Valor Econômico e Meio Mensagem), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Mundo do Marketing), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers). 

Última atualização em 22/8/2022 

O MDM também está no Instagram. www.instagram.com/mdm_branding/

FACEBOOK


As redes sociais viraram uma epidemia na internet. Durante anos gigantes como Orkut e MySpace dominaram esse segmento. Mas agora, o fenômeno digital atende pelo nome de FACEBOOK, que virou o “queridinho” dos cibernéticos com números que apavoram qualquer concorrência: mais de 1.65 bilhões de usuários, em apenas 20 minutos são compartilhados mais de 1.5 milhões de links, anexadas 4 milhões de novas fotos, enviadas mais de 8 milhões de mensagens e feito mais de 50 milhões de comentários. E tudo isso em um ambiente em que gigantes surgem e desaparecem em alta velocidade. Por isso, não é nenhum exagero afirmar que o FACEBOOK mudou a maneira como as pessoas usam a web e se conectam com os amigos. Afinal, a maior rede social da história da internet segue crescendo em faturamento e número de adeptos. 

A história 
O estudante de graduação Mark Zuckerberg e seus colegas de quarto Dustin Moskovitz e Chris Hughes criaram o [thefacebook] (inicialmente escrito assim mesmo) dentro de seu dormitório no campus universitário, no dia 4 de fevereiro de 2004, com o suporte e a acessória de Andrew McCollum e Eduardo Saverin, este último brasileiro, permitindo que os colegas da tradicional Universidade de Harvard, na região de Boston, na costa leste dos Estados Unidos, pudessem colocar fotos e se manter em contato uns com os outros, compartilhando assim experiências e planejando eventos. Em quatro horas a novidade atraiu 450 visitantes. No final do primeiro mês aproximadamente metade dos alunos da tradicional universidade estava cadastrado. Apesar da ideia inicial que a adesão fosse restrita apenas aos estudantes da universidade de Harvard, o serviço mostrou seu poder de conectar pessoas segundo afinidades e interesses, atraindo interesse de outras instituições de ensino superior americanas e passou a admitir estudantes de outras universidades da região de Boston, como por exemplo, Boston College, Boston University, Northeastern University, Tufts University e o tradicional Instituto de Tecnologia de Massachusetts (popularmente conhecido como MIT), além de Rochester, Stanford, Columbia, Yale e NYU.



Já no meio de 2004, a rede social recebeu sua primeira rodada de investimentos, feita por Peter Thiel, no valor de US$ 500 mil. Em dezembro rompia a barreira de 1 milhão de cadastrados. Era um sucesso avassalador na comunidade estudantil americana. Afinal, todos aguardavam ansiosamente um convite para fazer parte do seleto grupo de cadastrados. No dia 23 de agosto de 2005, a empresa comprou o domínio facebook.com da Aboutface por US$ 200 mil e descartou definitivamente o “The” de seu nome. Além disso, o FACEBOOK repaginou seu site deixando-o mais amigável aos usuários. Somente a partir de 11 de setembro de 2006, qualquer internauta, desde que tivesse mais de 13 anos, através de um email, poderia se cadastrar no FACEBOOK. A explosão de tráfego foi visível: crescia aproximadamente 3% por semana. Nesta época as atualizações eram frequentes: versão mobile, opções de mural, compartilhamento, anúncios, traduções oficiais em diversas línguas e integração com empresas.


Em 2007, o FACEBOOK tornou-se uma das empresas de internet mais valorizadas do mundo, cujo valor estimado chegava a impressionantes US$ 15 bilhões. Tudo em virtude da poderosa Microsoft que comprou uma parte minoritária da empresa (1.6% de participação no capital) por US$ 240 milhões, batendo uma proposta do rival Google. Nesta época o FACEBOOK contava com mais de 49 milhões de usuários, 250 mil novos registros por dia e um modesto lucro de US$ 30 milhões. Além disso, a rede social apresentou várias novidades para atrair ainda mais usuários: Facebook Ads (iniciativa de marketing que inclui um sistema de sites parceiros para permitir aos usuários compartilhar informações sobre suas atividades neles com amigos), Facebook Pages (permite que empresas hospedem páginas na rede social de várias marcas, produtos e serviços), Facebook Social Ads (sistema de veiculação de anúncios baseado no perfil do usuário e de seus amigos e em dados de atividade), Facebook Insights (serviço de fornecimento de publicidade com dados analíticos incluindo métricas de desempenho) e Facebook Marketplace (funcionalidade que permite aos usuários publicarem classificados gratuitamente).


Em 2009 a rede social apresentou uma novidade que se tornaria extremamente popular: o famoso botão LIKE. Hoje, o símbolo do polegar para cima é mundialmente usado e compreendido. Ainda este ano, o FACEBOOK lançou o jogo social FarmVille, desenvolvido pela Zynga, cujo objetivo era evoluir administrando uma fazenda virtual, com atividades que incluíam o plantio, cultivo e colheita de diversas plantas e árvores, criações de animais, além da construção de casas, celeiros e outros elementos típicos de uma vida rural. O jogo chegou a possuir mais de 100 milhões de usuários no FACEBOOK. O enorme sucesso do FarmVille fez com que o FACEBOOK oferecesse outros jogos sociais que arregimentaram milhões de novos usuários para a rede social. Outro fator para manter o sucesso e a popularidade do FACEBOOK são as constantes inovações, como aconteceu em 2010 quando foi lançado o Facebook Places, um sistema de geolocalização no qual o usuário pode compartilhar com seus amigos onde ele está; e o Fecebook Mail, um serviço de mensagens que mescla SMS, email e bate-papo. O resultado dessas inovações: um crescimento impressionante que superou os 500 milhões de usuários ativos, sendo nos Estados Unidos o site mais visitado.



Todo esse sucesso atraiu a atenção de grandes investidores: no início de janeiro de 2011 a empresa arrecadou US$ 500 milhões do banco Goldman Sachs e de um investidor russo, o que levou o FACEBOOK a ser avaliado, segundo estimativa já que não possuía capital aberto, em US$ 50 bilhões. Enquanto isso no Brasil, apesar da enorme popularidade do Orkut na época, o número de usuários do FACEBOOK mais que dobrou totalizando mais de 45 milhões de pessoas. Ainda este ano, a rede social disponibilizou uma nova funcionalidade aos usuários: a capacidade de fazer chamadas de voz ao vivo via Facebook Chat. Depois de tanto sucesso e despertar interesse de gigantes do setor, finalmente no dia 18 de maio de 2012 o FACEBOOK realizou sua oferta pública inicial de ações na Bolsa de Valores NASDAQ. As ações foram oferecidas ao preço inicial de US$ 38, o que rendeu US$ 16 bilhões à empresa. O valor arrecadado coloca o IPO (sigla em inglês para oferta pública inicial, que equivale à abertura de capital de uma empresa) do FACEBOOK acima das ofertas iniciais de empresas como Google, Zynga e Groupon. Além disso, pouco antes, o FACEBOOK havia comprado por US$ 1 bilhão o Instagram, aplicativo para as plataformas móveis iOS e Android que personaliza fotos. A estratégia agregava inteligência e incentivava engajamento à rede social, uma vez que os usuários do aplicativo eram fiéis ao serviço.


Outro passo estratégico do FACEBOOK foi adicionar mais recursos à plataforma, de forma a alimentar a curiosidade do usuário — que, de outra forma, procuraria o “novo” em outro ambiente virtual. Isso explica o lançamento do aplicativo de leitura de notícias Paper, um agregador de notícias. No final de 2014, a empresa realizou uma jogada ousada no mundo digital ao comprar por impressionantes US$ 22 bilhões o WhatsApp, o tão conhecido aplicativo para troca de mensagens pelo celular, que na época tinha 600 milhões de usuários. No início de 2016, disponibilizou para todos os usuários o Reactions, cuja função era mostrar que há outros sentimentos além do botão de curtir. Com isso, além de “curtir” alguma coisa, os usuários podem expressar suas emoções com emoticons, que significam “amei”, “haha”, “uau”, “triste” e “nervoso”. As diferentes reações são animadas e se mexem conforme o usuário segura o dedo na tela ou passa o cursor por cima do botão “Curtir”. Outra novidade foi o Facebook Live, uma ferramenta que possibilita a transmissão de vídeos, ao vivo, na linha do tempo da plataforma. Pouco depois, no mês de abril, o FACEBOOK anunciou oficialmente que a rede social é acessada por um bilhão de usuários de todo o mundo todos os dias. Um sucesso nunca visto antes no mundo digital.


Os diferenciais 
O FACEBOOK permite o compartilhamento de informações, vídeos, fotos, sistema de geolocalização, bate-papo e participação em grupos, ou seja, atividades comuns que existem em diversas outras redes sociais. Então por que todo esse crescimento e enorme sucesso? O verdadeiro diferencial do FACEBOOK foi a decisão de manter sua interface de programação de aplicações, também chamada de API, aberta a desenvolvedores independentes. Essa estratégia permite que a rede social se renove de acordo com as tendências e preferências dos próprios internautas, chamando atenção dos usuários fidelizados e potenciais. Essa ação de sucesso fez com que seus principais concorrentes também adotassem essa política, porém tardiamente. Alguns outros fatores e estratégias também colaboram para seu sucesso: 
Privacidade (o perfil fica visível apenas para os amigos do usuário). 
Fotografias - disponíveis desde outubro de 2005 - (não há limite de fotos e de tamanho, além de ser possível montar álbuns personalizados com ferramentas como o Slideshow e o Photobucket). 
Chat - disponível desde 2008 - (há mais de 40 tipos de aplicativos que disponibilizam chats no perfil). 
Feeds - disponível desde 2006 - (assim que é feito o login, são mostrados os feeds dos amigos, como as alterações que eles fizeram no perfil, os aplicativos que eles adicionaram ou qualquer evento ou site que eles postaram). 
Compartilhamento (o usuário pode compartilhar tudo: links, vídeos, fotos, blogs, músicas e muitos mais). 
Interface do usuário (a interface é muito mais agradável e inteligente). 
Aplicativos (há impressionantes 15.000 disponíveis, de horóscopos e presentes virtuais a players de música e vídeo, tornando-se o grande trunfo do FACEBOOK). 
Vídeos - disponível desde 2007 - (há ferramentas para vídeos em comunidades e o usuário pode postar vídeos de praticamente todos os formatos). 
Safe Check - disponível desde 2014 - (uma funcionalidade que permite avisar à sua rede de contatos que você se encontra bem e a salvo, apesar do que possa parecer). 
Facebook Messenger - disponível desde 2011 - (funcionalidade desagregada da rede social para aplicação móvel, permitindo conversar através de mensagens enviadas e recebidas com notificações). 
Jogos sociais (jogos inteligentes e divertidos como FarmVille, CityVille, Máfia Wars, Candy Crush, Pet Rescue e Café World conquistaram milhares de fãs no mundo inteiro, permitindo assim a socialização entre os usuários).

O gigante em números 
● Controla três aplicativos com mais de 1 bilhão de usuários, o que denota sua dominância sobre o mercado de aplicativos móveis: FACEBOOK, Messenger e WhatsApp. 
● Com mais de 1.65 bilhões de usuários ativos, são gerados 45 bilhões de comentários por dia, 4 bilhões de vídeos assistidos, além de promover 150 bilhões de conexões – ou amizades – entre usuários. 
● Mais de 17 bilhões de fotos são enviadas para amigos através do Messenger todos os meses. 
● A rede social tornou-se a número 1 no ranking dos sites mais acessados nos Estados Unidos no dia 9 de março de 2010. 
● Nos Estados Unidos, o FACEBOOK recebe aproximadamente 10% de todas as visitas da internet. 
● São mais de 2 milhões de anunciantes. 
● O tempo médio por dia no FACEBOOK é superior a 40 minutos nos Estados Unidos. 
● Os maiores mercados, em termos de usuários, são Estados Unidos, Índia, Brasil, Indonésia, México, Reino Unido, Turquia e Filipinas. 
● O termo ‘facebook’ é o mais buscado nos Estados Unidos e tem sido nos últimos três anos. 
● Nos Estados Unidos, 10 estados são responsáveis por 52% das visitas ao FACEBOOK – Califórnia, Texas, Nova York, Flórida, Illinois, Pensilvânia, Ohio, Michigan, Geórgia e Carolina do Norte. No Brasil, apenas São Paulo e Rio de Janeiro, somados, corresponderam a mais de 50% das visitas. 
● Sofre 600 mil tentativas de invasão por dia. 
● Um terço dos processos de divórcio nos Estados Unidos contém a palavra “Facebook”. 
● 30 milhões de contas pertencem a pessoas que já morreram.


A sede 
O FACEBOOK inaugurou uma nova sede no mês de março de 2015, uma construção interligada por um túnel subterrâneo ao edifício onde fica o escritório antigo da empresa (aquele que possui a imagem do botão “curtir” em uma enorme placa na entrada). Batizada de MPK 20 (código para Menlo Park, prédio 20), foi desenhada pelo renomado arquiteto canadense Frank Gehry, conhecido por projetos arrojados como o Museu Guggenheim, na Espanha, e está localizada em Menlo Park, no estádio da Califórnia, região do Vale do Silício. O complexo, uma construção relativamente simples de metal, concreto e vidro, tem mais de 430.000 m² e capacidade para aproximadamente 3.000 funcionários. O lugar é um imenso escritório aberto que tem como objetivo refletir a missão da rede social de conectar as pessoa. Um dos destaques do complexo é o telhado do edifício principal, onde há um gigantesco jardim suspenso de aproximadamente 90.000 m² com 400 árvores (algumas delas frutíferas), trilhas para caminhada e muitos espaços ao ar livre para sentar e trabalhar. O jardim também funciona como uma forma de ajudar no isolamento térmico, barateando os custos de resfriamento e aquecimento do prédio. Na parte interna, o prédio apresenta paredes grafitadas e instalações artísticas criadas por 15 artistas locais, mesas perto umas das outras em espaços mais abertos e salas amplas, todas com paredes de vidro. Uma das salas de reunião tem o chão inteiramente coberto por bolinhas coloridas, como aquelas de piscinas de festas infantis.


Ao redor do prédio há cafés ao ar livre, churrasqueiras e até bancadas de trabalho embaixo de árvores. A sede ainda abriga o Laboratório de Inovação, ironicamente batizado de “Area 404”, uma alusão à identificação numérica do erro que todos os internautas temem e que surge quando uma página da web não foi encontrada, equipado com maquinaria pesada e de tecnologia de ponta. É desse laboratório que o FACEBOOK pretende desenvolver óculos de realidade virtual, drones emissores de Wi-Fi e câmeras que filmam em 360º, aprofundando a sua presença na esfera da tecnologia do futuro. O laboratório tem mais de 50 estações de trabalho, sendo composto por duas áreas principais: uma dedicada à engenharia elétrica e outra ao desenvolvimento de protótipos.


O gênio por trás da marca 
Mark Elliot Zuckerberg nasceu no dia 14 de maio de 1984 em White Plains, condado de Westchester, e cresceu em Dobbs Ferry, um subúrbio de classe média alta de Nova York. É o segundo de quatro filhos – e o único homem – de um dentista e de uma psiquiatra. Na escola onde estudava, a Ardsley High School, alcançou grande destaque em arte e cultura clássica. Após se transferir para a Phillips Exeter Academy, ganhou vários prêmios em ciências da astronomia, matemática e física. Nos estudos clássicos, Mark aprendeu a ler e escrever francês, hebraico, latim e grego antigo e ainda pertenceu a equipe de esgrima. De origem judaica, ele começou a mexer com computadores bem cedo, aprendeu a fazer programação por conta própria. Quando estava no último ano do ensino médio, ele e o amigo Adam D’Angelo desenvolveram um programa para o Winamp, um tocador de MP3 que “aprendia” os hábitos musicais de uma pessoa e criava uma lista de acordo com seu gosto. Eles ofereceram o download gratuito de sua criação na internet e grandes empresas como a America Online e a Microsoft entraram em contato. “Foi uma oferta do tipo vocês podem vir trabalhar para nós, e, por falar nisso, nós também vamos levar essa coisa que vocês fizeram”, diz Zuckerberg. Apesar disso, os dois resolveram ir para a faculdade.


D’Angelo foi para a Caltech e Zuckerberg para Harvard, onde tudo começou. Cursando psicologia e ciência da computação, Mark criou um programa bem diferente, batizado inicialmente de Facemash, que permitia aos alunos escolher a menina com melhor aparência nas fotos. Conforme informações de uma colega da época, esse programa foi criado inicialmente com um único propósito: diversão. Mas a gritaria de meninas ofendidas obrigou Mark a deixar o site mais comportado e pouco depois, ele criaria o FACEBOOK. No ano de 2010, ele foi nomeado pela tradicional revista Time como a “Pessoa do Ano”. A história de sucesso do FACEBOOK e de seu criador foi retratada em 2010 no filme “The Social Network” (em português “A Rede Social”). E seu nome foi escrito na cultura pop quando Mark Zuckerberg ganhou uma participação especial na série Os Simpsons, cujo episódio foi ao ar no dia 10 de abril de 2010, mostrando ele como um cara legal e capaz de fazer amizades, inclusive com o personagem Bart Simpson.


Hoje em dia, ele é um típico geek, o nerd que gosta de tecnologia, e dono de uma fortuna estimada em US$ 53.7 bilhões e de uma empresa avaliada em mais de US$ 350 bilhões. Avesso a badalações, ele tem uma rotina burocrática. Embora tenha uma enorme fortuna no banco, há poucos anos atrás sua casa não oferecia nem um mínimo de conforto. Vivia em apartamento alugado, cuja mobília se resumia a um colchão no chão, duas cadeiras e uma mesa. “Nunca fui apegado ao dinheiro”, costuma afirmar o geek, que quase nunca se separa do seu jeans, tênis e moletom. Após abrir o capital de sua empresa, no dia 18 de maio de 2012, Mark, cujo salário como presidente do FACEBOOK é de míseros US$ 1, se casou no dia seguinte com sua namorada de longa data, a médica Priscilla Chan, com a qual teve uma filha em 2015. Uma curiosidade: Mark é daltônico e não consegue diferenciar as cores verde e vermelho. A cor que ele enxerga melhor é o azul, que não por acaso é a cor predominante do FACEBOOK.


A evolução visual 
A identidade visual da marca passou por algumas remodelações ao longo dos anos. A primeira ocorreu em 2005 quando a marca, escrita originalmente como [thefacebook], retirou a palavra “the” e os parênteses de seu logotipo. No dia 1 de julho de 2015 o FACEBOOK apresentou oficialmente sua nova identidade visual: as letras ficaram mais finas e espaçadas, e o “a” se tornou arredondado. O logotipo pode ser aplicado com ou sem o fundo azul.


O tradicional ícone com a letra F, utilizado especialmente na versão mobile também passou por alterações. A última delas ocorreu em 2013.


Dados Corporativos 
● Origem: Estados Unidos 
● Fundação: 4 de fevereiro de 2004 
● Fundador: Mark Zuckerberg, Chris Hughes, Dustin Moskovitz e Eduardo Saverin 
● Sede mundial: Menlo Park, Califórnia, Estados Unidos 
● Proprietário da marca: Facebook Inc. 
● Capital aberto: Sim (2012) 
● CEO: Mark Zuckerberg 
● Faturamento: US$ 17.92 bilhões (2015) 
● Lucro: US$ 3.68 bilhões (2015) 
● Valor de mercado: US$ 357.1 bilhões (agosto/2016) 
● Valor da marca: US$ 22.029 bilhões (2015) 
● Usuários: 1.65 bilhões 
● Acessos: 3º site mais visitado da internet (agosto/2016) 
● Presença global: Sim (quase qualquer país pode acessar) 
● Maiores mercados: Estados Unidos, Índia, Brasil e Indonésia 
● Funcionários: 13.600 
● Segmento: Internet 
● Principais produtos: Rede social de relacionamento e aplicativos 
● Concorrentes diretos: Twitter, LinkedIn, Snapchat, Google+, Youtube, Pinterest, MySpace, We Chat, Tumblr, Tinder e Weibo 
● Ícones: O botão “Like” 
● Slogan: Be connected, be discovered, be on Facebook. 
● Website: www.facebook.com 

O valor  
Segundo a consultoria britânica Interbrand, somente a marca FACEBOOK está avaliada em US$ 22.029 bilhões, ocupando a posição de número 23 no ranking das marcas mais valiosas do mundo.  

A marca no mundo 
O FACEBOOK, que hoje já conta com mais de 1.65 bilhões de usuários (80% deles fora dos Estados Unidos e Canadá), está disponível em mais de 120 línguas e idiomas em quase todos os países do mundo (exceto nos quais é bloqueado por governos). Os países com mais usuários do FACEBOOK são Estados Unidos, Índia, Brasil e Indonésia. Além disso, são 800 milhões de usuários mensais no Facebook Messenger, 400 milhões de usuários no Instagram, além do movimento nas funcionalidades da rede social: 1 bilhão de pessoas usam os grupos do FACEBOOK todo mês, 850 milhões de pessoas usam os eventos mensalmente. A rede também afirma que já são 19 milhões de pessoas conectadas pelo Internet.org e que 50 milhões de pequenos negócios usam as páginas no FACEBOOK. No Brasil o número de usuários ultrapassa 99 milhões de usuários (8 em cada 10 brasileiros estão conectados na rede social). Aproximadamente 940 milhões de usuários ativos acessam o site através de dispositivos móveis (celulares ou tablets). Com todos esses números o faturamento da empresa superou os US$ 17.9 bilhões em 2015. 


Você sabia? 
A página oficial da marca no próprio FACEBOOK tem mais de 172 milhões de seguidores. 
95 milhões é o número de usuários do FACEBOOK na China, país que proíbe o uso da rede social. 
No FACEBOOK estão publicadas mais de 250 bilhões de fotos. Diariamente são mais de 300 milhões de novas fotos publicadas. Somente durante o final de semana do ano novo de 2010 foram postadas mais de 750 milhões de fotos. Um verdadeiro recorde. 
Em  2011, uma brecha de segurança do FACEBOOK permitiu que vazassem na internet fotos que Mark Zuckerberg configurou como sendo privadas. As imagens mostravam Mark cozinhando, recebendo amigos e dormindo com o cachorro. 
O FACEBOOK já utilizou, mesmo que de forma discreta, alguns slogans, como por exemplo, “Be connected, be discovered, be on Facebook” e “Facebook is a social utility that connects you with the people around you”


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek, Exame, Veja, Época Negócios e Isto é Dinheiro), jornais (Valor Econômico, O Globo, Folha e Estadão), sites de tecnologia (TecMundo e Canaltech), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers).

Última atualização em 19/8/2016