30.9.09

DUVEL


Amarelo intenso, brilhante, quase luminoso e espuma cremosa, densa, com muito perfume de lúpulo e deliciosos toques frutados. Uma cerveja única, de sabor inconfundível, produzida com cuidado e devoção. Assim é a DUVEL (pronuncia-se Dú-véu, em português), considerada uma das melhores cervejas do mundo por ser extremamente complexa e alcoólica e ao mesmo tempo agradável e fácil de beber. É uma cerveja clássica que deu início ao estilo Belgian Golden Strong Ale. 

A história 
A história começou no dia 12 de setembro de 1871 quando Jan-Léonard Moortgat, descendente de uma família de cervejeiros, juntamente com a mulher, Maria Hendrika De Block, construiu a cervejaria Moortgat no centro de Breendonck, uma pequena aldeia flamenca ao norte da cidade de Bruxelas. Era uma cervejaria familiar com a produção vendida somente no mercado local. Com perseverança ele conseguiu construir uma clientela fiel para suas cervejas de alta fermentação, conhecidas como ALE. Quase na virada do século, seus filhos, Albert e Victor, assumiram os negócios. Albert virou o mestre-cervejeiro e Victor distribuía os produtos, utilizando para isso uma modesta charrete. Como muitas empresas, as cervejarias belgas sofreram nesse período. Os alemães confiscaram os tanques de cobre e os cavalos das cervejarias. Como não conseguiam comprar malte, era quase impossível produzir cerveja.


A história da cervejaria começou a mudar no ano de 1918 quando Albert viajou para a Escócia com o objetivo de obter uma amostra da levedura da cerveja McEwan’s, que seria empregada na produção de uma nova cerveja semelhante às inglesas, que eram muito populares nesta época entre os belgas. A nova cerveja foi lançada no mercado e recebeu inicialmente o nome de Victory Ale (em português “a Ale da vitória”) para celebrar o final da Primeira Guerra Mundial. A cerveja era diferente de tudo que era servido na Bélgica e sua produção inicial era bastante limitada. Segundo a cervejaria, foi Van De Wouwer, um sapateiro e amigo de Albert, que descreveu a cerveja como um verdadeiro diabo (“nen echten Duvel”, que em português significa algo como “que diabo de cerveja”), isto porque sua graduação alcoólica era extremamente alta, aproximadamente 8.5%. Deste fato, surgiu em 1923 o nome para a cerveja que passaria a ser conhecida como DUVEL, que em idioma flamenco significa diabo.


Outras cervejarias belgas começaram a lançar suas versões para a mesma cerveja e algumas até mesmo as batizavam com nomes que também se aproximavam do significado da original, como por exemplo, Lucifer, Satan ou Belzebuth. Durante muito tempo a DUVEL não foi a principal cerveja da empresa. A Moortgat tinha uma Pilsen conhecida como Bel Pils, que era o carro-chefe da cervejaria. Mas isso mudou após a Segunda Guerra Mundial, quando a terceira geração da família assumiu o controle da empresa. Os filhos de Victor, Leon e Emile, e de Albert, Bert e Marcel, foram os responsáveis pelo crescimento da DUVEL no segmento.


Em 1966, a cervejaria fechou um contrato com a tradicional Carlsberg para produzir e engarrafar a cerveja Tuborg. Esse contrato foi o primeiro passo para a cervejaria crescer e investir no sucesso internacional da DUVEL, que antes era conhecida apenas regionalmente. A DUVEL original não tinha a mesma cor que apresenta hoje. Tinha uma cor âmbar, que lembrava as cervejas inglesas. Apenas depois de 50 anos, em 1969, foi que a cor ganhou os aspectos que mantém até hoje, com a utilização de maltes claros, que entraram para a receita da DUVEL devido ao sucesso de cervejas claras na época. Esta mistura resultou em uma cerveja com aparência clara e brilhante de uma Lager como uma Pilsener, com a robustez e a complexidade de uma Ale. Desde então, a tradicional cerveja é produzida com malte do tipo Pilsener. Foi também na década de 1960 que a cerveja ganhou uma versão mais leve (graduação alcoólica de 7%), batizada de GREEN DUVEL e criada especialmente para um dos maiores festivais ao ar livre da Europa, apesar de muitos afirmarem que foi criada para agradar ao paladar americano.


Na década de 1980 a cerveja foi introduzida no mercado americano e nos anos seguintes conquistou vários mercados internacionais. A partir de 2000, teve início uma forte internacionalização da marca com a exportação da DUVEL para países como França e Reino Unido. Em 2007, os mestres cervejeiros da DUVEL resolveram fazer um experimento onde se adicionou uma terceira variedade de lúpulo (que todo ano é mudado, fazendo dela uma cerveja de safra) à sua versão original. O resultado foi uma cerveja mais densa, alcoólica (9,5%), com maior amargor e aroma especial. Batizada de DUVEL TRIPLE HOP, toda a produção foi vendida em apenas 3 dias.


A DUVEL é uma cerveja peculiar: feita com maltes claros franceses, levedura derivada das cervejas tipo ales escocesas, lúpulos Saaz (tcheco) e Styrian Golding (esloveno) vindos do leste europeu. E somente a água utilizada em sua fabricação é belga. Tudo isso resulta em uma cerveja forte, dourada e encorpada, de amargor marcante, com toques frutados, casca de laranja, florais e lúpulo, com lindíssima espuma densa e persistente. Linda aparência, generosa espuma, e paladar marcante. Assim é a DUVEL.


O ritual 
Uma das melhores coisas em se de degustar uma DUVEL é o ritual para servi-la. A tradicional tulipa da cerveja, criada no final da década de 1960 e primeira a acomodar 330 ml, já é um espetáculo por si só. A temperatura deve estar entre 8 e 10°C para garantir a melhor percepção dos aromas e sabores da cerveja. Ao manipular a garrafa, se deve tomar o cuidado para não misturar a levedura que está decantada no fundo. Este mesmo cuidado deve ser tomado ao servi-la na taça, deixando a levedura na garrafa com um pouco da cerveja. Este ritual serve para deixar a cerveja límpida e transparente. A formação de espuma impressiona pela densidade. Em 2007, a marca deixou o ritual ainda mais divertido ao lançar a DUVEL COLLECTION, uma incrível coleção de taças customizadas por artistas de segmentos variados.


Dados corporativos 
● Origem: Bélgica 
● Lançamento: 1923 
● Criador: Albert e Victor Moortgat 
● Sede mundial: Puurs, Bélgica 
● Proprietário da marca: Duvel Moortgat Brewery S.A. 
● Capital aberto: Não 
● CEO: Michel Moortgat 
● Faturamento: Não divulgado 
● Lucro: Não divulgado 
● Presença global: + 60 países 
● Presença no Brasil: Sim 
● Segmento: Cervejarias 
● Principais produtos: Cervejas 
● Concorrentes diretos: Delirium Tremens, Stella Artois, Leffe e Hoegaarden 
● Ícones: A distinta garrafa bojuda 
● Slogan: Different for a reason. 
● Website: www.duvel.com 

A marca no mundo 
Atualmente a DUVEL é exportada para mais de 60 países, sendo a marca mais importante do grupo cervejeiro Duvel Moortgat. A produção anual da DUVEL é de superior a 265.000 hectolitros. Hoje em dia a DUVEL pode ser encontrada em garrafas de 330 ml e 750 ml, além da Magnum, (garrafa de 1.5 litros) e Jeroboam (garrafa de 3 litros), vendidas sazonalmente. 

Você sabia? 
Devido à alta utilização do CO2 em sua formulação, a DUVEL não é comercializada em barris e não é pasteurizada; além disso, sua validade é de três anos. 
A propaganda mais famosa da marca é uma grande fotografia de sua icônica taça cheia até a borda com a espetacular cerveja dourada. Para a marca, a taça é uma ferramenta de marketing e um forte elo de ligação com o consumidor. Afinal, muitos deles somente bebem DUVEL se for nessa taça. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Isto é Dinheiro), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand) e Wikipedia (informações devidamente checadas). 

Última atualização em 4/9/2013

23.9.09

LEITE DE ROSAS


A tradicional Leite de Rosas, presença marcante e obrigatória nas prateleiras das lojas e em milhões de casas pelo Brasil afora, se transformou em categoria e com uma deliciosa fragrância de rosa permeou laços de afetividade de muitas famílias. Leite de Rosas, construiu sua boa reputação - líder de vendas em muitos estados brasileiros - aprimorando continuamente suas linhas de desodorantes, adstringentes, sabonetes e hidratantes. Cada produto possui qualidades reais e reconhecíveis, que transcendem gerações e criam profundos vínculos de família, de afeto e de cuidado entre as pessoas. 

A história 
Tudo começou na década de 1920 quando Francisco Olympio de Oliveira, nascido na serra cearense e um ex-seringalista do Amazonas, se mudou para o Rio de Janeiro aos 52 anos, com a esposa e uma ideia na cabeça: percebendo a importância da cosmética e das fórmulas de higiene e beleza, criar um produto que pudesse exaltar os traços marcantes da mulher brasileira. Um amigo farmacêutico ajudou-o no aprimoramento da fórmula de uma loção branca perfumada à base de álcool e cânfora que se tornaria um ícone da beleza feminina. Era uma loção desodorante com ação adstringente, indicada para a limpeza da pele, principalmente do rosto. Tinha como seu princípio ativo o extrato botânico de rosas brancas - daí ser batizada de Leite de Rosas - que garantia ação adstringente para a pele. Em em um modesto quarto de uma pesão, no Bairro de Laranjeiras, zona sul da cidade, Francisco e a esposa - Maria de Lourdes - produziram e embalaram as primeiras unidades do novo produto. Para não incomodar a vizinhança, ele fechou as caixas de madeira usadas para despachar a mercadoria, martelando-as somente na hora em que o bonde passava. A empresa - F. O. de Oliveira Ltda. - foi registrada em 29 de julho de 1929 para produzir e comercializar o Leite de Rosas.
  

Cinco anos mais tarde, a família se mudou para o Jardim Botânico e instalou a empresa na garagem da casa, contratando então seu primeiro funcionário. Francisco, um visionário com grande talento para o marketing (quando ninguém usava este termo), passou a divulgar o Leite de Rosas, através de meios de comunicação até então pouco explorados: colou cartazes de propaganda nos postes das ruas do Rio de Janeiro durante as madrugadas, apesar da proibição existente; usou o rádio - um poderoso meio de comunicação que acabara de surgir - para anunciar o produto, patrocinando astros como Orlando Silva e Elza Marzulo; e marcou presença constante nas revistas mais famosas da época, como Carioca, Fon-Fon, Jornal das Moças e Vitrina. A primeira garota-propaganda da marca foi Maria Olenewa, primeira-bailarina do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Profissionais clínicos elogiavam também o Leite de Rosas, assim como as consumidoras, inaugurando no Brasil a divulgação baseada em depoimentos - o famoso boca-a-boca.
  

Na vanguarda do seu tempo, Leite de Rosas foi o primeiro anunciante a mostrar mulheres de biquíni em suas peças de publicidade. Como patrocinador de grandes eventos que marcaram época, Leite de Rosas trouxe para o Brasil a orquestra de Tommy Dorsey - equiparável hoje, à vinda dos Rolling Stones. Introduzindo o conceito de grandes promoções, “Escreva uma carta para Judy Garland” alcançou enorme repercussão entre os consumidores. Já o slogan “O preparado que dá it”, entrou em todas as casas brasileiras, transformando o Leite de Rosas no produto mais desejado da época. A marca Leite de Rosas se solidificou como sinônimo de glamour e sucesso. Na década de 1940, a fábrica de São Cristóvão, zona norte do Rio, foi construída para atender a demanda pelos produtos da marca. Assis Chateaubriand, o poderoso chefe dos Diários Associados, convidou Francisco Olympio para patrocinar, com a marca Leite de Rosas, o famoso concurso de Miss Brasil na televisão (que estava apenas engatinhando no Brasil). Nesta ação publicitária foi estabelecida a ligação entre Leite de Rosas e as musas da época: até Carmem Miranda e sua irmã Aurora, passaram a ser garotas-propaganda do produto. Além disso, Leite de Rosas foi pioneira ao utilizar anúncios coloridos e a ter homens como protagonistas de suas peças publicitárias.
   

O produto, inicialmente concebido para o embelezamento feminino, passou a ser reconhecido também por suas outras formas eficazes de utilização, atendendo às necessidades de toda a família: era agradável como loção após-barba, eficiente como desodorante e excelente removedor de maquiagem, além de continuar se mantendo como um fantástico produto para a limpeza da pele. Em 1961, Henrique Ribas, genro e sucessor de Francisco, assumiu o comando da empresa após o falecimento do seu fundador. Grande empreendedor, Henrique adotou medidas estratégicas que multiplicaram o potencial do Leite de Rosas, tornando-o acessível à novos consumidores. Se até então o Leite de Rosas era para a população com maior poder aquisitivo, que podia arcar com os custos dos frágeis frascos de vidro, os anos de 1960 assistiram à introdução da nova embalagem plástica rosa, hoje clássica e inconfundível, que se destacava nas prateleiras.
  

Em 1976 a empresa lançaria no mercado outro sucesso: o Talco Barla. Na década de 1980, calcado nas mudanças estratégicas ocorridas, Leite de Rosas investiu em novos mercados, mais especificamente norte e nordeste, e região do grande Rio, tornando-se líder nestas áreas, como marca mais vendida na categoria desodorante. Com comunicação e política de vendas mais agressivas e direcionadas para as classes de menor poder aquisitivo, Leite de Rosas conquistou enorme espaço fora dos grandes centros e, mais uma vez, multiplicou suas vendas. Uma retomada ao investimento publicitário, com forte presença na mídia - destacando-se revistas e televisão - foi fator decisivo na evolução da marca, ocorrida nesta época. A década seguinte foi marcada por uma aposta de sucesso: Leite de Rosas em embalagem econômica de 310 ml. A aceitação foi imediata e, com isso, a marca atingiu não só as grandes redes atacadistas, como também o varejo de médio e pequeno portes. Em 1997, 85% da população adulta urbana brasileira já tinha ouvido falar do Leite de Rosas, da qual mais da metade, mulheres. Isto culminou, em 1999, com a conquista do prêmio Top de Marketing, graças ao seu novo posicionamento na publicidade, que conseguiu rejuvenescer a imagem do produto.
   

Com a chegada do novo milênio, o resultado de um extenso trabalho na busca por inovações cosméticas e, com o objetivo de atender as expectativas dos consumidores, a Leite de Rosas iniciou sua extensão de marca com o lançamento de sabonetes (2002), com fórmula hidratante e perfume floral suave, acondicionados em caixinhas de papel cartão com formato oval de 90 gramas; uma linha de hidratantes corporal e facial (2003), com fórmula contendo extrato de Rosas Brancas - acalma, refresca e restaura as células - e vitamina E - nutre e protege a pele da ação dos radicais livres; e uma linha de desodorantes (2003) em aerosol, spray e roll-on.
  

O Leite de Rosas era líder de vendas nas regiões norte e nordeste e, para consolidar sua presença nesses mercados, a empresa inaugurou, em 2006, uma nova fábrica em Aracaju (SE) para conseguir atender a alta demanda. Além disso, em 2007, lançou duas novas fragrâncias do tradicional produto: FRESH (unissex com notas florais frescas, causando uma sensação de leveza e suavidade) e PÉTALAS (feminina, apresentava um aroma de rosas, porém mais suave que a tradicional, passando assim uma sensação de limpeza como se tivesse saído do banho). Pouco depois, em 2008, lançou novos desodorantes desenvolvidos com base na fórmula exclusiva do Leite de Rosas, que possuíam um revolucionário Complexo Biorregulador da Transpiração - uma composição natural que protegia contra o suor excessivo e seus odores, além de extratos botânicos de Rosas Brancas e Citrus Nobilis, que acalmava, refrescava e restaurava as células. Nos anos seguintes, Leite de Rosas continuou ampliando sua linha de produtos, como por exemplo, com o sabonete líquido, que com fórmula nutritiva delicadamente perfumada, deixa uma agradável sensação sedosa na pele.
   

Atualmente, de maneira discreta e eficiente, a marca ocupa quase todos os estabelecimentos comerciais de produtos de beleza e é presença garantida no banheiro da vovó e também da netinha. A marca Leite de Rosas, com mais de 90 anos de uma rica história, continua sendo confiável e ainda cheia de vida para milhões de consumidores brasileiros.
   

O ícone rosa 
Inicialmente concebido como uma loção para as mulheres, até o seu frasco, na época de vidro, lembrava as formas do corpo feminino, com “cintura afinada”. A primeira modificação ocorreu em 1950, quando o frasco aumentou de tamanho (160 ml) e ganhou formas ainda mais curvas. Em 1967, Leite de Rosas deixou definitivamente a sua famosa embalagem de vidro (de alto custo, que encarecia o produto e quebrava com facilidade) e passou a ser comercializado em frascos plásticos. Com esse novo frasco, o Leite de Rosas, até então um produto acessível apenas às mulheres de maior poder aquisitivo, chegava mais facilmente às camadas populares, ampliando consideravelmente o leque de consumidores. No ano seguinte uma nova mudança: a nova embalagem plástica já tinha a combinação de cores atual, porém o frasco era branco e o texto rosa.
   

Pouco depois, em 1970, invertendo-se o jogo de cores (o frasco passou a ser rosa e o texto, branco) criando-se assim uma forte identidade da marca, consolidada até hoje. A intenção era destacar a embalagem de Leite de Rosas nas prateleiras ocupadas, em grande maioria, pelos comuns e sem graça frascos brancos. Em 1974 ocorreu mais uma modificação, desta vez em sua forma, que pouco depois, em 1976, seria alterada novamente. A última modificação significativa ocorreu em 1985. Nos anos seguintes a embalagem passou apenas por atualizações, sendo a última em 2015, quando apresentou um design mais longilíneo.
  

A evolução visual 
A identidade visual da marca passou por algumas remodelações ao longo dos anos. Inicialmente escrito em dourado, foi somente no final da década de 1960 que o logotipo adotou a cor rosa e, na década de 1970, apresentou uma nova tipografia de letra. Em 1978, o logotipo apresentou nova tipografia de letra, que mostrava o traço da letra R menor. A última remodelação ocorreu em 2014, quando a marca optou por uma mudança, que marcasse o reposicionamento no mercado e não agredisse os fiéis consumidores da marca.
  

A identidade visual da marca Leite de Rosas também pode ser aplicada sob um fundo rosa com a tipografia de letra em branco.
  

Os slogans 
Certos amores são para sempre. (2019) 
Pense rosa. (2014) 
Vai bem com todo mundo. (2008) 
É único. 
Quem usa, adora. (1997) 
O preparado que dá it. (anos de 1930)


Dados corporativos 
● Origem: Brasil 
● Lançamento: 29 de julho de 1929 
● Criador: Francisco Olympio de Oliveira 
● Sede mundial: Rio de Janeiro, Brasil 
● Proprietário da marca: L.R. Nordeste S.A. 
● Capital aberto: Não 
● CEO: Mauro Ribas 
● Faturamento: R$ 250 milhões (estimado) 
● Lucro: Não divulgado 
● Presença global: Não (presente somente no Brasil) 
● Funcionários: 350 
● Segmento: Cuidados pessoais 
● Principais produtos: Loções, hidratantes, desodorantes e sabonetes 
● Concorrentes diretos: Leite de Colônia, Granado, Phebo, Monange, Vasenol, Dove e Nivea 
● Ícones: O tradicional frasco rosa 
● Slogan: Certos amores são para sempre. 

A marca no Brasil 
Atualmente a linha de produtos Leite de Rosas - que inclui loções, desodorantes, hidratantes e sabonetes - é comercializada em todo território brasileiro. Todos os anos são produzidos e comercializados mais de 80 milhões de frascos rosas, somente do produto original. Quatro em cada cinco brasileiros conhecem a marca e dois terços da população associam a cor rosa à embalagem de Leite de Rosas. O norte e o nordeste respondem por mais da metade das vendas da marca. 


Você sabia? 
Apesar de estar classificado como desodorante, muitos consumidores também usam Leite de Rosas como produto para limpar a pele e remover a maquiagem, combater acnes e espinhas, proteger e perfumar a pele. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Isto é Dinheiro, Época Negócios, Exame, Embalagem Marca e Veja), jornais (Valor Econômico, Estadão, O Globo e Meio Mensagem), sites especializados em Marketing e Branding (Mundo do Marketing) e Wikipedia (informações devidamente checadas). 


Última atualização em 12/4/2024 

O MDM também está no Instagram. www.instagram.com/mdm_branding/

17.9.09

CATUPIRY®


Dificilmente alguém não conhece o saboroso e cremoso requeijão Catupiry®, presente como recheio do pãozinho no café da manhã, no prato principal do almoço, na cobertura da pizza de domingo ou naquele toque especial da sobremesa. A receita é um segredo. O sabor inconfundível. A embalagem famosa. E a qualidade está na boca de todo mundo. Tradicional, confiável, seguro e saudável, Catupiry® se tornou tão famoso que acabou virando sinônimo de uma categoria de produto. Afinal, Catupiry® é marca e não um tipo de queijo. 

A história 
A história da empresa e do requeijão Catupiry® começou pelas mãos do casal de imigrantes italianos Mário e Isaíra Silvestrini, no dia 11 de novembro de 1911, na estância hidromineral de Lambari no estado de Minas Gerais, quando eles iniciaram o processo industrial do produto, considerado o primeiro requeijão cremoso do Brasil. Na língua indígena brasileira (tupi-guarani) o nome “Catupiry” significa “excelente”. E era essa excelência que o pequeno Laticínios Catupiry® desejava proporcionar aos consumidores com seu produto. A célebre caixinha redonda, feita com uma fina folha de madeira, era confeccionada artesanalmente uma a uma, com rótulo nas cores vermelho, azul e branco. Sua forma está associada aos queijos, mas seu acondicionamento primário, em celofane, foi feito sob medida, para envolver o requeijão pela base e lateral, tendo no topo uma tampa do mesmo material.
  

Em 1922, já industrializado na cidade de São Lourenço, o requeijão Catupiry® ganhou seu primeiro prêmio: medalha de ouro na Exposição Internacional de Alimentos do Rio de Janeiro. Inicialmente era consumido puro ou com pães, torradas e sobremesas. Mas, por ser um produto versátil e ter baixo teor de acidez, rapidamente se tornou um ingrediente indispensável para inúmeros pratos como massas, peixes, aves, e despertou a criatividade das donas de casa e chefs brasileiros, gerando uma infinidade de receitas culinárias, como por exemplo, “Camarão ao Catupiry®”, “Filé ao Catupiry®”, pão de queijo recheado com Catupiry®, coxinha com Catupiry®, suflê de goiabada com calda de Catupiry®, para citar alguns. Dessa maneira, surgiu a expressão “ao Catupiry®” nos grandes restaurantes. Em agosto de 1936, a marca foi registrada sob o número 47449. A industrialização do produto, que havia começado em São Lourenço, Minas Gerais, passou a ser feita em São Paulo somente em 1949, o que impulsionou definitivamente os negócios.
  

Da cozinha doméstica à cozinha profissional e industrial foi um pulo. A empresa concedeu, para alguns fabricantes de congelados o direito de imprimir o logotipo da marca nos rótulos das embalagens, como garantia de qualidade. O rigor que sempre acompanhou o processo produtivo ajudou a segurar a empresa em momentos de instabilidade financeira. A década de 1970 foi um deles. Para fugir da crise financeira, a empresa investiu na divulgação do produto desenvolvendo parcerias com inúmeras pizzarias. E o responsável por isso foi o Sr. Armando Alba, então funcionário do departamento de vendas da empresa, que ofereceu o Catupiry®, inicialmente de graça, para a pizzaria Livorno na Avenida Ibirapuera no final desta década. Ao literalmente invadir a tradição italiana no Brasil, o produto deu origem à famosa Pizza de Catupiry®, a terceira mais consumida pelos brasileiros. Com isso o consumo do Catupiry® explodiu no país. Tamanha popularidade também trouxe concorrentes. Muitos restaurantes e pizzarias passaram a usar produtos semelhantes e a exibir, nos cardápios, a marca Catupiry®.
   

O copo de requeijão chegou ao mercado em 1985, criando assim mais uma opção de consumo para os consumidores. Nesta época a tradicional embalagem de madeira já havia se tornado uma de suas marcas mais fortes junto ao seu público consumidor. Já na década de 1990 essa embalagem de madeira passou a ser de plástico (polipropileno) e apareceram as bisnagas, sacos de 10 quilos e baldes (3.6 quilos), especialmente desenvolvidos para serem vendidos às pizzarias e outros estabelecimentos comerciais. Catupiry® recebeu, em 1999, mais um título da consagração pública de sua inigualável qualidade, através do reconhecimento oficial de Marca Notória pelo INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial). Isso quer dizer que não pode ser reproduzida ou imitada e, tampouco ser usada em qualquer atividade industrial, comercial ou de serviços, sem que haja uma autorização expressa da empresa. O requeijão Catupiry®, sempre pioneiro no seu segmento, atravessou fronteiras e iniciou suas exportações em 2005 para mercados reconhecidamente exigentes como Estados Unidos e Japão. Nos anos seguintes, visando atender a demanda do produto, a empresa diversificou suas embalagens para consumo doméstico, comercial e industrial, com a introdução do cone de plástico que facilita a aplicação do produto nas pizzas.
  

Além disso, a Catupiry® ampliou seu portfólio com o lançamento de uma linha de petiscos congelados (pão de queijo, bolinhos de camarão e de queijo) recheados com o seu famoso requeijão, e uma versão light e com fibras do seu copo de requeijão. Em 2009, o que era bom, ficou “magro”, quando a CATUPIRY colocou nos refrigeradores dos supermercados o Requeijão Catupiry® Light. Uma colher de sopa (30 g) do produto possui apenas 50 calorias. Comparado aos requeijões normais, possui aproximadamente 43% menos gordura e 36% menos calorias a cada 250 gramas.
   

Em 2011, ano da comemoração de seu centenário, a marca Catupiry®, que pertence ao exclusivíssimo grupo daquelas que chegam a um século de existência desfrutando do prestígio de quem se tornou sinônimo do produto que fabrica, renovou suas embalagens, incluindo latas comemorativas, e adotou fórmulas diferenciadas. Além disso, ampliou seu portfólio de produtos com o lançamento da linha Sabores, requeijões gourmet nas versões tomate seco, ervas finas, cheddar e azeitonas pretas. Também neste ano, tendo como objetivo capturar a “geração fast food”, a empresa fechou acordo com o McDonald’s dando origem ao lanche “Frango com Catupiry®”, vendido durante o mês de junho como edição especial.
  

Percebendo o potencial de expansão de seu portfólio, em 2015 resolveu ser reconhecida como uma marca de alimentos e não apenas de requeijão cremoso, com o lançamento da linha Quitutes com Catupiry®, composta por delícias congeladas como tortinhas, empanadas e quiches. O ano também foi marcado pelo lançamento do cream cheese da marca, ampliando assim sua atuação no segmento de queijos cremosos. Em 2017, mais uma grande novidade: Catupiry® LactoZero, requeijão cremoso sem lactose e incrementado com vitaminas A, D e K.
  

O ano de 2018 começou de forma positiva e agressiva em termos de crescimento e visibilidade da marca. A Catupiry® adotou uma nova estratégia para fortalecer o posicionamento como uma empresa de alimentos, por meio de lançamento de novos produtos, nova comunicação, novas embalagens e ativações nos pontos de vendas. Para reforçar esse novo posicionamento, a marca lançou 18 novos produtos como mini salgados (coxinha, quibe, bolinho de 4 queijo, bolinho de calabresa, esfiha de frango e esfiha integral de alho poró com palmito), pães de queijo recheados (calabresa & Catupiry®, goiabada & Catupiry® e o multigrãos peito de peru & Catupiry®), massas artesanais congeladas (feitas a mão, com ingredientes naturais, selecionados e com muito recheio de Catupiry® original), queijos fatiados (mussarela e queijo prato, fresco, em fatias, embalados em bandejas de 180g, prontas para consumo) e fondues (Emmental, Gruyère e Catupiry® Original).
  

Além disso, em 2018 foram registrados recordes de vendas e faturamento. E dois produtos se destacaram: a bisnaga original, carro chefe no segmento food service; e o Catupiry® tradicional no varejo. A empresa também fortaleceu a presença no mercado externo com o início das exportações para o Canadá e a expansão no mercado americano. No ano seguinte, a marca lançou no mercado uma nova linha de pizzas artesanais e congeladas, com inspiração na tradicional gastronomia italiana, e que possuem bordas altas, molho artesanal e natural, além, é claro, de contar com Catupiry®. Os sabores, que contam com assinatura do chef Rodrigo Baeta, são: Frango com Catupiry®, Lombo com Catupiry®, Pepperoni com Catupiry®, Muçarela com Catupiry®, Calabresa com Catupiry® e Grainata (3 queijos), sendo esta uma criação da rede 1900 Pizzeria.
  

O processo de produção 
A qualidade das matérias-primas e o rigor dos processos industriais fizeram da Catupiry® um ícone de sabor e excelência. A técnica de fabricação é mantida em segredo desde 1911. Leite fresco selecionado e analisado, creme de leite, fermento lácteo, massa coalhada e sal compõem a base da receita do Requeijão Catupiry®. O tempo de cozimento, a temperatura durante o processo de fabricação, a dosagem e a alta qualidade dos ingredientes utilizados também fazem parte da receita, e suas embalagens são hermeticamente seladas. Atualmente, a matriz da Catupiry® está localizada na cidade de São Paulo e tem quatro unidades espalhadas pelo interior do Brasil, com 1.500 produtores exclusivos de matéria-prima (leite in natura). A captação diária é de mais de 200 mil litros, sendo a granel na sua totalidade. O leite a granel se caracteriza pelo acondicionamento a 5ºC em tanques refrigerados, pois sua coleta é feita por caminhões isotérmicos, mantendo assim a temperatura desde a coleta até o laticínio.
   

Antes de ser processado nas fábricas, o leite é submetido a um rígido controle de qualidade. Uma análise técnica do produto é feita no próprio local de ordenha, repetindo-se os exames na fábrica: são feitas análises físico-químicas e microbiológicas em toda matéria-prima e em todo lote produzido. Esses e outros cuidados são constantes na Catupiry®, que se empenha no desenvolvimento de logística, novas técnicas de produção, envasamento e controle de qualidade. Não existe contato manual nem durante o processo produtivo nem no envase dos produtos, tudo é automatizado. Até no transporte do produto final, o contato humano é mínimo, pois as embalagens são protegidas por material apropriado e são transportadas em paletes até os caminhões. Para manter o segredo da receita, nenhuma das quatro fábricas produz o requeijão do começo ao fim; cada uma é responsável por uma fase da produção. Apesar da fórmula do produto permanecer em sigilo, o sucesso da marca não é mais segredo para ninguém.
  

Um empório delicioso
No final de 2018, a marca inaugurou o Empório Catupiry®, loja-conceito localizada no bairro do Bom Retiro, em São Paulo. O espaço, situado onde antes era uma loja Delícias Catupiry® (cuja primeira unidade foi inaugurada em 2002), recebeu um novo conceito, mais moderno e aconchegante, com o objetivo de atender o cliente em todas as ocasiões de consumo do dia. A loja com 146 m² e capacidade para 69 lugares, oferece aos clientes café da manhã e almoço. Em todas as refeições são servidos salgados, doces e congelados para consumo no local ou para levar. As opções são diversas e o cardápio inclui doces (como brigadeiro, tiramisu e pudins) e salgados (empadinhas, esfihas, quibes e coxinhas). Todos feitos com Catupiry®. No local o cliente também pode comprar os produtos da marca e encontrar alguns itens exclusivos, que só são vendidos ali, como ecobags, canecas, aventais, porta-copos, bolsas térmicas, entre outros.
  

A evolução visual 
O logotipo da marca foi apenas modernizado no decorrer dos anos. A primeira modernização significativa aconteceu em 2011 para comemorar seu centenário. A nova identidade visual manteve a essência gráfica e cromática, com os elementos decorativos, estilizados e simétricos típicos do início do século 20. As cores vermelha, azul e branca, com detalhes dourados acrescentaram um estilo elegante, charmoso e requintado. O selo dourado de 100 anos seria retirado pouco depois da identidade visual, mas continuou aparecendo nos rótulos dos produtos. Em 2017 aconteceu um redesign sutil e delicado de seu logotipo, que perdeu os outlines, ganhando, assim, maior legibilidade e modernidade. Além disso, o nome da marca passou a ser escrito em branco.
  

As embalagens do tradicional Catupiry® também evoluíram no decorrer dos anos. Na última remodelação, em 2017, tanto a tradicional caixinha oval como o copo ganharam um visual mais limpo, o que tornou as embalagens mais modernas, impactantes e reconhecíveis no ponto de venda.
  


Os slogans 
Vai bem de todo jeito. (2020)
Sabor que tem história. (2018) 
Porque é de Catupiry® que agente gosta. 
Só Catupiry® é Catupiry®.
Inigualável.
  

Dados corporativos 
● Origem: Brasil 
● Lançamento: 11 de novembro de 1911 
● Criador: Mário e Isaíra Silvestrini 
● Sede mundial: São Paulo, Brasil 
● Proprietário da marca: Laticínios Catupiry Ltda. 
● Capital aberto: Não 
● CEO: Sérgio Mobaier 
● Faturamento: R$ 600 milhões (estimado) 
● Lucro: Não divulgado 
● Presença global: 5 países 
● Presença no Brasil: Sim 
● Funcionários: 650 
● Segmento: Alimentos 
● Principais produtos: Queijos, requeijões e alimentos congelados 
● Concorrentes diretos: Vigor, Batavo, Poços de Calda, Polenghi, Philadelphia, Paulista, Tirolez, Nestlé, Danone e Forno de Minas 
● Ícones: A embalagem oval 
● Slogan: Vai bem de todo jeito. 
● Website: www.catupiry.com.br 

A marca no mundo 
Atualmente os produtos com a marca Catupiry®, com forte presença no território brasileiro, são exportados também para outros países como Estados Unidos, Canadá e Japão. Restaurantes, pizzarias e supermercados respondem por 50% das vendas (estimadas em mais de R$ 600 milhões por ano). A outra metade é comercializada pelo varejo. Para se ter uma ideia da força da marca CATUPIRY, das mais de 6.000 pizzarias de São Paulo, a empresa fornece para 5.500. Uma estimativa aponta que os produtos da marca sejam consumidos por mais de 30 milhões de consumidores no mercado brasileiro. Hoje, a empresa possui quatro fábricas localizadas nas cidades de Bebedouro e Santa Fé (ambas em São Paulo), Doverlância (GO) e em Santa Vitória (MG). A Catupiry® utiliza diariamente mais de 220 mil litros de leite para produzir em torno de 50 toneladas de laticínios. 

Você sabia? 
Em 1973 Catupiry® se destacou como “o requeijão do Brasil” no tradicional Dicionário Internacional de Queijos, Les Fromages, editado pela Les Editions Larousse. 
A caixinha de madeira original continua sendo um ícone da marca. Hoje, ela só é fabricada em edições especiais. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Isto é Dinheiro, Exame, Época Negócios, Veja e Embalagem Marca), jornais (Meio Mensagem, Folha e Estadão), sites especializados em Marketing e Branding (Mundo do Marketing) e Wikipedia (informações devidamente checadas). 

Última atualização em 2/3/2021

15.9.09

CLIF BAR


Em um passeio de bicicleta de 15 milhas, em uma corrida de vários quilômetros, em uma escalada ou na exploração de uma nova trilha, a CLIF BAR é a companheira ideal para acompanhar a aventura. Afinal, essas barras energéticas, com seus sabores inovadores, gosto delicioso e ingredientes orgânicos, se transformaram nas preferidas de atletas e praticantes de atividades ao ar livre. 

A história 
Tudo começou em 1986 quando Gary Erickson resolveu montar uma pequena confeitaria chamada Kali’s Sweets & Savories na cidade californiana de Emeryville para a produção de tradicionais calzones e biscoitos. A ideia de ingressar no segmento de barras energéticas surgiu em 1990 quando Gary, amante e praticante de esportes ao livre, estava participando de uma prova de ciclismo de 175 milhas. Ao longo do penoso percurso ele consumia barras energéticas e reclamava do horrível sabor e do gosto deixado por elas na boca. Foi então que decidiu desenvolver e fabricar barras energéticas que possuíssem um sabor agradável. Depois de muitas pesquisas e tentativas na cozinha de sua mãe, ele chegou a uma barra energética feita com ingredientes totalmente naturais, sem colesterol, com poucas gramas de gordura e que tinha um sabor delicioso.


Em 1992, começou a vender as barras com a marca CLIF BAR em seu pequeno estabelecimento. O nome do novo produto foi escolhido como uma homenagem à seu pai que se chamava Clifford, com quem frequentemente ele praticava escaladas quando era criança nas montanhas de Sierra Nevada. E foi por isso que as embalagens continham um desenho em quadrinhos de um alpinista em um penhasco contra um fundo de montanhas vermelhas na hora do crepúsculo. Rapidamente as barras energéticas começaram a ser distribuídas para lojas que vendiam equipamentos para esportes ao ar livre e pequenas lojas de produtos naturais. O novo produto fez enorme sucesso com atletas, principalmente ciclistas e alpinistas, por seu gosto apetitoso, ingredientes naturais e sabores inovadores, atingindo faturamento de US$ 1 milhão já no ano seguinte. O sucesso do produto foi tanto, que, em 1997, ele mudou o nome da empresa para CLIF BAR Inc.


Nesta época, as vendas dispararam e atingiram um faturamento de US$ 22 milhões, muito em virtude da ampliação dos canais de distribuição como lojas de conveniências, academias, spas e supermercados, além do início das exportações para alguns países da Europa. Além disso, um novo produto foi introduzido no mercado: CLIF SHOT (gel eletrolítico). Pouco depois, no mês de março de 1999, a empresa introduziu no mercado outra novidade: as primeiras barras energéticas especificamente desenvolvidas e direcionadas para mulheres, inicialmente comercializada em quatro sabores. O novo produto fez tanto sucesso, que rapidamente ultrapassou em vendas as tradicionais barras energéticas originais da empresa. Deste momento em diante, a CLIF BAR foi apontada como uma das empresas privadas de mais rápido crescimento do país.


Em 2002, a empresa introduziu mais um novo produto: MOJO BAR, primeira barra energética salgada com propriedades nutricionais do mercado. Em 2003, a CLIF BAR se tornou a primeira barra energética feita com ingredientes orgânicos, obtendo o certificado da USDA. Nos anos seguintes, a empresa introduziu no mercado novas linhas de produtos, como por exemplo, barras energéticas orgânicas de frutas e amêndoas, barras energéticas orgânicas com baixo índice de carboidratos, barras de proteínas, barras energéticas orgânicas para crianças, bebida isotônica e eletrolítica, chicletes orgânicos energéticos, bebida esportiva para repor sais e minerais, e até pedacinhos de proteínas.


Atualmente a linha regular de barras energéticas da CLIF BAR pode ser encontrada em 24 sabores como damasco, bolo de cenoura, banana com amêndoas, menta com chocolate, chocolate branco com macadamia, coco com chocolate, gengibre, manteiga de amendoim crocante, entre outros. Além disso, existem três sabores sazonais. As barras energéticas, uma mistura de carboidratos, proteínas e fibras, são feitas com ingredientes 70% orgânicos, sem gordura trans e com 23 vitaminas e sais minerais.


Os sucessos de seus produtos e da marca CLIF BAR também foram construídos com responsabilidade social e sustentabilidade, amparados por uma filosofia: Sustaining our Business (sustentando nosso negócio), Sustaining our Brands (sustentando nossas marcas), Sustaining our People (sustentando nossas pessoas), Sustaining our Community (sustentando nossa comunidade) e Sustaining the Planet (sustentando o planeta).


Um exemplo prático disso é que a empresa confere pontos a funcionários pelos dias em que vão trabalhar a pé, de bicicleta, de carona ou usam transporte público. Os pontos são convertidos em massagens no local de trabalho, produtos da marca, vales-compra para uma rede de supermercados ou uma cafeteria e passes para o transporte público. Para dobrar sua satisfação, eles podem usar os pontos para comprar créditos de carbono de várias organizações que investem esse dinheiro em pesquisas de energia renovável, tecnologia de conservação de energia e reflorestamento, entre outros itens. A empresa também lançou o “Incentivo da Bicicleta Bacana” de até US$ 500 para quem adquirisse ou reformasse uma bicicleta usada para o trajeto de casa-trabalho.


A linha do tempo 
1999 
Lançamento da LUNA, primeira barra energética especificamente desenvolvida e direcionada para mulheres. 
2002 
Lançamento da MOJO, primeira barra energética salgada com propriedades nutricionais do mercado. 
2004 
Lançamento da CLIF BUILDER, primeira barra de proteína totalmente feita com ingredientes naturais. 
Lançamento da CLIF KID ZBAR, barras energéticas orgânicas especialmente desenvolvidas para crianças. 
2005 
Lançamento da CLIF NECTAR, barras energéticas 100% orgânicas de frutas e amêndoas. 
Lançamento do CLIF SHOT BLOK, chicletes orgânicos energéticos. 
2006 
Lançamento da LUNA TEA CAKES, primeira barra nutricional para mulheres a incorporar as ações anti-oxidantes do chá verde. 
Lançamento da LUNA SUNRISE, barra nutricional orgânica para ser consumida no café da manhã, especificamente desenvolvida para mulheres. 
2007 
Lançamento da LUNA SPORT, primeira barra energética esportiva orgânica desenvolvida especialmente para mulheres. O produto também está disponível na versão em pó para ser tomado com água ou leite. 
Lançamento da CLIF SHOT DRINK, bebida isotônica e eletrolítica. 
2008 
Lançamento do CLIF SHOT ROKS, pequenas bolinhas de proteínas, criando mais uma opção prática para atletas e praticantes de atividades físicas. 
2009 
Lançamento do CLIF QUENCH, uma linha de bebidas esportivas feita com 88% de ingredientes orgânicos para uma boa hidratação. 
Lançamento do LUNA COOKIE, pequenos biscoitos de grãos ricos em fibras e Omega-3 direcionados para mulheres.


A evolução visual 
A identidade visual da marca passou por uma única alteração ao longo dos anos. O logotipo foi simplificado (apenas o nome da marca). Apesar disso, o tradicional desenho de um homem escalando uma montanha continua a ser utilizado nas embalagens da linha original de barras energéticas.


A empresa também utiliza um logotipo corporativo: a identidade visual original com CLIF BAR & COMPANY escrito acima.


Dados corporativos 
● Origem: Estados Unidos 
● Lançamento: 1992 
● Criador: Gary Erickson 
● Sede mundial: Emeryville, Califórnia 
● Proprietário da marca: Clif Bar & Company 
● Capital aberto: Não 
● CEO: Kevin Cleary 
● Faturamento: US$ 400 milhões (estimado) 
● Lucro: Não divulgado 
● Presença global: 10 países 
● Presença no Brasil: Não 
● Funcionários: 450 
● Segmento: Alimentos e suplementos 
● Principais produtos: Barras energéticas e gel energético 
● Concorrentes diretos: PowerBar, Balance Bar, Nutribar, Zone Perfect, Pure Protein e Kind 
● Website: www.clifbar.com 

A marca no mundo 
Atualmente a enorme linha de produtos orgânicos da CLIF BAR, que inclui barras energéticas e nutricionais, além de bebidas isotônicas, é comercializada em aproximadamente 10 países ao redor do mudo, incluindo Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Japão, Alemanha e Austrália. A marca é líder absoluta em sua categoria no enorme mercado americano (uma em cada quatro barras energéticas vendidas é CLIF BAR). A empresa é controlada por Gary Erickson e sua mulher Kit Crawford, que atuam também no desenvolvimento de novos produtos. 

Você sabia? 
Segundo a empresa, as barras são feitas com todos os ingredientes naturais, orgânicos, incluindo frutas de verdade, aveia e nozes. 
Em 2001, logo após os ataques terroristas de 11 de setembro, a CLIF BAR doou barras energéticas paras a equipes de resgate, US$ 6.000 para a Cruz Vermelha e mais de US$ 100.000 para as vítimas e seus familiares. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Time), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand) e Wikipedia (informações devidamente checadas). 

Última atualização em 16/8/2014