31.10.11

GOLDMAN SACHS


Se existe uma grife poderosa no setor financeiro mundial, ela atende pelo nome de Goldman Sachs, o poderoso banco de investimento americano que através de sua solidez e tradição conquistou clientes importantes como bilionários famosos, grande corporações, altos executivos e governos, e cuja influência é maior que muitas nações do planeta. 

A história 
Tudo começou quando Marcus Goldman (imagem abaixo), um ex-professor e filho de um camponês que negociava gado, chegou da Alemanha em 1848, na primeira grande onda de imigração de judeus para os Estados Unidos, trabalhando inicialmente como mascate e depois como lojista na cidade da Filadélfia. Em 1869, já casado e com cinco filhos, ele se mudou para a cidade de Nova York e colocou uma placa com o nome Marcus Goldman & Co. em Pine Street, Manhattan, estabelecendo-se como corretor de títulos imobiliários em um pequeno e apertado espaço no subsolo próxima a uma carvoaria. Contando apenas com um office boy e um guarda-livros de meio período, que à tarde trabalhava em uma funerária, ele deu início a uma das maiores e mais respeitadas casas bancárias do século XX. Todas as manhãs, vestindo um elegante casaco, ele visitava negociantes atacadistas de diamantes na Maiden Lane e negociantes de peles e couros em um local conhecido como “brejo”, localizado na Beekman Street, para comprar suas notas promissórias. Goldman dava a um comerciante, por exemplo, US$ 4.850 em dinheiro vivo e, em troca, ele assinava uma nota promissória de US$ 5.000 a ser paga ao portador em uma determinada data. Essas promessas de pagamento eram instrumentos ao portador e em suas andanças ele as guardava dentro do forro de seu chapéu para revendê-las no final do dia para bancos, como por exemplo, o Chemical Bank ou o National City Bank. Nesta época, se costumava dizer que o sucesso de Goldman era medido pela altura de seu chapéu, onde ele guardava as promissórias.


Embora bem sucedido, o negócio de Goldman era insignificante, se comparado aos de outros banqueiros judeus de origem alemã da época. Em 1882, ele convidou seu genro, Samuel Sachs, para se tornar sócio do negócio, que passou a se chamar M. Goldman and Sachs. Pouco depois, em 1885, ele convidou seu filho Henry e seu genro, Ludwig Dreifuss, para serem sócios do negócio, que adotou o nome de Goldman & Sachs. Nesta época, bancos fundados por judeus começaram a se beneficiar do anti-semitismo dos grandes financistas americanos. Um dos maiores deles, o J.P. Morgan, não fazia negócios com empresas de donos judeus e as deixava para os bancos “judeus”, como o Goldman Sachs, que deve à religião parte da chance que teve no financiamento de varejistas e produtores de charutos. Um passo importante para o negócio ocorreu em 1896, quando a empresa passou a ser membro da Bolsa de Valores de Nova York, ingressando no promissor mercado de emissões de ações. Através dos esforços desses homens, o Goldman Sachs viria a ser por mais de um século a maior corretora de títulos da dívida americana. Até os primeiros dias do século XX o negócio, que já tinha mudado de local por várias vezes, se fixou em algumas salas do segundo andar do número 43 da Exchange Place, o que era espaço suficiente para acomodar os cinco sócios, dez funcionários e seis mensageiros. Em 1906, a empresa tinha lucros de US$ 1.2 milhões e os negócios tinham se tornados tão grandes e variados que os sócios haviam acumulado capital de US$ 4.5 milhões.


Quando Marcus se aposentou, deixou os negócios nas mãos de seu filho Henry e de seu genro Samuel Sachs. Foi nos anos que antecederam a Primeira Guerra Mundial que as operações de banco de investimento como conhecemos hoje começaram a existir. E o Goldman Sachs não deixou essa oportunidade passar. Neste período expandiu-se rapidamente abrindo filiais em importantes cidades americanas como Chicago, Boston, Filadélfia e St. Louis. No dia 4 de dezembro de 1928 a empresa lançou a Goldman Sachs Trading Corporation, empresa criada para gerir os investimentos feitos pelo banco. Mas o crash da Bolsa de Valores em 1929 fez com que essa empresa se transformasse em um fiasco, afetando a credibilidade do Goldman Sachs, que foi severamente atingido pela crise.


Coube ao filho de um falsificador de bebidas, chamado Sidney Weinberg, a tarefa de reerguer o Goldman Sachs e, ao fim, tornar-se o executivo mais importante de sua história. Como o capital do banco tinha evaporado, ele decidiu se dedicar a relacionamentos com grandes clientes e a ganhar dinheiro assessorando negócios feitos por eles, algo que dispensava o uso de capital. E seu negócio emblemático foi a execução da abertura de capital (conhecido pela sigla em inglês IPO) da montadora Ford em 1956, à época o maior da história. Nesse mesmo ano a divisão de investimento foi criada oficialmente. Sob o comando de Weinberg, o banco se tornou, sobretudo, uma máquina de formar pessoas. Ainda nos anos de 1950, época em que poucos bancos recrutavam profissionais em escolas de administração, o Goldman Sachs foi um dos primeiros a fazê-lo. Na década de 1960 a importância do Goldman Sachs era tamanha, que movimentaria 50% dos títulos da dívida do país, colocando mais de US$ 200 milhões por dia junto a investidores. Apesar de sua presença mundial, o Goldman Sachs só abriu seu primeiro escritório internacional na cidade de Londres em 1970.


Foi nas décadas seguintes sob a liderança dos sucessores de Weinberg (entre eles seu filho John) que o banco passou por sua maior transformação. Ela veio com a decisão de abrir o capital na Bolsa de Valores, em 1999. O IPO foi intensamente debatido por mais de duas décadas, não sem atritos entre os sócios. Foi a partir da abertura de capital que o banco ganhou a cara que tem hoje. Antes era um assessor de empresas em fusões ou emissões de ações, e depois tornou-se essencialmente um investidor que arrisca o próprio capital em apostas no mercado financeiro ou na compra de empresas. Mas a crise de 2008 pôs uma pá de cal no extremamente rentável modelo de negócios do Goldman Sachs. Durante a crise dos subprimes nos Estados Unidos, o Goldman Sachs quase foi à falência, e foi salvo pelo Fed (Banco Central norte-americano), que permitiu que o Goldman Sachs deixasse de ser somente um banco de investimentos para se tornar um banco comercial, abrindo mão de algumas das características que o fizeram a maior máquina de ganhar dinheiro de Wall Street. Dois anos depois, no entanto, a SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos) acusou a instituição de fraude pelas hipotecas subprime (tal processo foi resolvido fora dos tribunais). Para se readequar ao novo cenário, o banco demitiu 10.000 pessoas e teve que conviver com lucro bem menores. Apesar dos problemas enfrentados durante a crise financeira mundial dos últimos anos, o Goldman Sachs conseguiu se recuperar.


Diante das regulamentações impostas após a grave crise de 2008 e de um mercado cada vez mais difícil e competitivo, o Goldman Sachs resolveu apostar em novas fontes de receita. Historicamente focado no mercado corporativo, governos e administrando as fortunas dos ricos e poderosos, em abril de 2016, o tradicional banco surpreendeu o mercado criando o GS BANK, um banco digital para o varejo, que permite abrir novas contas com um depósito mínimo de somente US$ 1 (até então, as contas tradicionais do banco mantinham um valor mínimo de US$ 10 milhões para a abertura). E, pouco depois, anunciou a criação da Marcus by Goldman Sachs, uma plataforma digital para empréstimos sem garantia e contas de poupança de alto rendimento aos consumidores. Com estes novos produtos o Goldman Sachs acredita que o nome e a credibilidade do banco atrairão a população, que talvez se sinta mais confortável trabalhando com um banco habituado a gerir a riqueza dos bem afortunados.


No Brasil o GS começou a atuar em 1995, com enfoque inicial no estabelecimento do seu negócio de consultoria em fusões e aquisições e, a partir de 2008, passou a oferecer serviços de gestão de ativos de renda fixa, ações e multimercados para investidores locais. A subsidiária brasileira lançou seu primeiro fundo de investimento em junho de 2008 e desde então vem complementando a sua gama de produtos destinados a clientes institucionais e aos canais de distribuição para pessoas físicas. Hoje em dia o Goldman Sachs opera em quatro segmentos: Banco de Investimento (projetos de assessoria estratégica com respeito a fusões e aquisições, alienações, atividades de corporate defense, gestão de risco, reestruturações e cisões, e subscrições de dívida e ações em ofertas públicas e colocações privadas); Serviços para Clientes Institucionais (facilita as transações de clientes e atua no mercado nas áreas de renda fixa, ações, câmbio e commodity, principalmente para clientes institucionais como corporações, instituições financeiras, fundos de investimento e governos); Investimentos e Empréstimos (oferece empréstimos geralmente de longo prazo, e investe, direta e indiretamente através dos fundos que gerencia, em títulos de dívida e empréstimos, títulos de capital públicos e privados, imóveis, entidades de investimento consolidadas e instalações de geração de energia); e Administração de Recursos e Securitização.


Poderoso, influente e polêmico 
A história do Goldman Sachs é repleta de solavancos. Flertando com políticos e a nata do empresariado, atravessou estouro de bolhas, recessões, riscos de quebra e processos que tentaram podar a sua ascensão, acusando-o de prejudicar clientes e burlar a concorrência. Mas nada disso, tirou seu poder no mercado financeiro. É comum dizer que é o banco de investimento mais poderoso do planeta; que paga os melhores salários de Wall Stree, sofre o maior índice de divórcios, já que as jornadas de trabalho excedem a capacidade humana; que na crise financeira se deu bem enquanto os demais afundavam; que não há um canto da Terra onde não cheguem seus tentáculos; que nenhum governo o ignora; ou que quem entra ali abraça um sacerdócio. Uma vez “goldmaniano”, “goldmaniano” para sempre. Dizem que o Goldman Sachs governa o mundo. O grande poder na sombra, o titã, a grande lula-vampiro, o guardião de Wall Street. Poucas empresas no mundo têm tantos apelidos - e quase sempre tenebrosos - quanto o Goldman Sachs. É definitivamente o grande símbolo da influência do poder financeiro na política nos Estados Unidos. Além disso, sua importância no setor financeiro durante sua história é tamanha, que alguns de seus ex-funcionários incluem Robert Rubin e Henry Paulson, que serviram como Secretários do Tesouro Americano. O GS teve tantos ex-funcionários importantes, que uma teoria da conspiração se tornou popular: de que o Goldman Sachs controla o governo americano em benefício próprio, chegando a ser ironicamente apelidado de Government Sachs, em uma alusão à sua influência na Casa Branca.


Dados corporativos 
● Origem: Estados Unidos 
● Fundação: 1869 
● Criador: Marcus Goldman 
● Sede mundial: New York City, New York, Estados Unidos 
● Proprietário da marca: The Goldman Sachs Group Inc. 
● Capital aberto: Sim (1999) 
● Chairman & CEO: Lloyd Blankfein 
● Presidente: Harvey Schwartz e David Solomon 
● Faturamento: US$ 37.7 bilhões (2016) 
● Lucro: US$ 7.1 bilhões (2016) 
● Valor de mercado: US$ 98.08 bilhões (dezembro/2017) 
● Valor da marca: US$ 10.864 bilhões (2017) 
● Presença global: 100 países 
● Presença no Brasil: Sim 
● Funcionários: 34.400 
● Segmento: Financeiro 
● Principais produtos: Gestão de ativos e de valores mobiliários, serviços de investimentos e corretagem de ações 
● Concorrentes diretos: Merrill Lynch, Credit Suisse, J.P. Morgan, Morgan Stanley, Deutsche Bank, Citigroup, UBS e Barclays 
● Slogan: Our Client’s Interests Always Come First. 

O valor 
Segundo a consultoria britânica Interbrand, somente a marca Goldman Sachs está avaliada em US$ 10.864 bilhões, ocupando a posição de número 44 no ranking das marcas mais valiosas do mundo de 2017. A empresa também ocupa a posição de número 78 no ranking da revista FORTUNE 500 de 2017 (empresas de maior faturamento no mercado americano). 

A marca no mundo 
Atualmente o Goldman Sachs, um dos líderes globais em investimentos e gestão de ativos, mantém operações em aproximadamente 100 países ao redor do mundo, oferecendo também consultoria sobre fusões e aquisições. Atualmente é também um revendedor primário no mercado de valores mobiliários do Tesouro Americano. Com lucro superior a US$ 7 bilhões em 2016, o banco tem, apenas em sua divisão de investimentos, mais de 8.000 grandes clientes. Com sede principal na cidade de Nova York, a empresa mantém escritórios nos mais importantes centros financeiros mundiais como Londres, Chicago, Los Angeles, Frankfurt, Zurique, Paris, São Paulo, Hong King, Pequim, Sydney, Dubai, Madri, Milão, Tóquio, Moscou, Toronto e Mônaco. 

Você sabia? 
Como banco de investimento, o Goldman Sachs age como conselheiro financeiro para alguns dos mais influentes governos do mundo, outras instituições financeiras, poderosas corporações e as famílias mais ricas do planeta. 
O Goldman Sachs foi a primeira companhia a usar o termo “BRIC”, que significa as iniciais de Brasil, Rússia, Índia e China, cujas economias crescentes possuem a capacidade para se tornarem as mais poderosas do mundo em um futuro muito próximo. 
Tamanho é o prestígio e o poder do Goldman Sachs, que o banco é conhecido como “The Firm” (A Firma) no círculo financeiro. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek, Isto é Dinheiro e Exame), jornais (Folha, Valor Econômico, El País e Estadão), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers). 

Última atualização em 12/12/2017

29.10.11

AÉROPOSTALE


É muito pouco improvável não ver alguém usando roupas da marca AÉROPOSTALE nas grandes cidades americanas. Com uma proposta que alia roupas e acessórios descolados a um preço bastante competitivo, a marca conquistou os adolescentes e jovens americanos com seu estilo despojado, se tornando uma das “vedetes” do segmento de moda casual nos Estados Unidos. Muito em virtude da ambientação e decoração de suas lojas, que são representadas com entusiasmo, modernidade e senso de aventura, criando uma atmosfera energética com móveis arrojados, sinalizações criativas, iluminação clara e música contagiante. 

A história 
Tudo começou no início da década de 1980 quando a tradicional rede de lojas de departamento Macy’s lançou a AÉROPOSTALE como uma marca própria de roupas e acessórios casuais, direcionada para o público masculino jovem. O nome, que em francês significa “correio aéreo”, foi inspirado em uma companhia aérea fundada em 1918, conhecida como Compagnie Générale Aéropostale e pioneira em realizar voos entre a França e a América do Sul. Em poucos anos as vendas da marca cresceram absurdamente, especialmente pela qualidade, variedade, visual e preço acessível. Em uma atitude ousada, a Macy’s resolveu “dar vida própria” para sua marca própria ao inaugurar no dia 14 de agosto de 1987 a primeira loja da AÉROPOSTALE na cidade de Nova York, que ampliou seu conceito e posicionamento vendendo roupas e acessórios para meninos e meninas de 14 a 17 anos. Era o tímido início de uma varejista que faria enorme sucesso no segmento de moda casual nos anos seguintes.


Com um visual “clean”, enorme variedade e peças totalmente usáveis em qualquer ocasião, a marca se destacou entre os adolescentes e jovens americanos. Nos anos seguintes outras lojas foram inauguradas em grandes cidades americanas, especialmente no estado da Califórnia. Em 1994, com a compra da Macy’s pela Federated Department Stores, a AÉROPOSTALE acabou sendo adquirida junto. Pouco depois, em 1998, a marca foi comprada por bancos de investimentos, entre os quais o Bear Stearns, por aproximadamente US$ 15 milhões. Nessa época, a AÉROPOSTALE possuía 119 lojas espalhados pelo país. Em 2002, como forma de levantar dinheiro para sua expansão a empresa abriu seu capital na Bolsa de Valores. Nesta época a AÉROPOSTALE possuía 273 lojas em 33 estados americanos. Com dinheiro em caixa, a empresa expandiu sua linha de produtos, como por exemplo, a introdução de uma linha de roupas íntimas, e inaugurou novas lojas em várias cidades americanas. Em 2005 a marca iniciou seu comércio eletrônico, criando mais um canal de venda para seus consumidores, e no ano seguinte, já atingia mais de 740 lojas em funcionamento.


A AÉROPOSTALE iniciou sua expansão internacional exatamente no dia 3 de agosto de 2007 com a inauguração de uma loja na cidade de London, província de Ontário no Canadá. O sucesso da marca em solo canadense foi tamanho que em pouco mais de três anos a rede atingiu 60 lojas em funcionamento. O passo seguinte foi a inauguração em 2008 de uma loja em Porto Rico. Pouco depois, em maio de 2009, estendeu suas operações ao Oriente Médio com a inauguração de uma loja em Dubai nos Emirados Árabes Unidos. Ainda em 2009, a empresa lançou a P.S. from AÉROPOSTALE, uma linha de roupas e acessórios para crianças entre 5 e 12 anos, cujas primeiras lojas foram inauguradas na área metropolitana de Nova York.


O ano de 2010 foi histórico para a marca. Isto por que a AÉROPOSTALE inaugurou sua mais emblemática, e também maior, loja até então, localizada em plena Times Square, no coração da Big Apple. A inspiração do espaço veio das próprias ruas, trazendo a essência da cidade para dentro da loja. Por isso o metrô foi utilizado para caracterizar o local. Uma entrada para a loja foi instalada na saída da estação que contempla a Times Square, direcionando o cliente com imagens típicas da cidade. Todo o espaço era dividido como se fossem “estações de compra” – cada setor era separado de modo a trazer ao visitante a sensação de estar em uma linha do metrô de NY. Imagens dos pontos turísticos da cidade garantiam que os visitantes ingressassem em uma viajem pela Big Apple, do subúrbio à estação de metrô até os bairros mais chiques. O ponto alto da loja, com certeza, era a varanda localizada no segundo andar, que tinha como vista a agitada Times Square.


No ano de 2011, a empresa anunciou a inauguração de lojas na Malásia, Cingapura e Indonésia. Tudo andava bem até que, em 2014, com dívidas no valor de US$ 390 milhões, a empresa entrou com um pedido de falência na corte especializada de Nova York. O plano de recuperação previa o fechamento de 150 lojas e a venda de ativos em 6 meses para redução dos prejuízos. Especialistas apontaram como causas o avanço das lojas online e o acirramento da competição com outras empresas do segmento fast-fashion, como por exemplo, Forever 21, H&M, Uniqlo e Zara. Em 2016 um grupo, liderado por empresas credoras administradoras dos espaços das lojas restantes, especialmente a Authentic Brands Group, arrematou por US$ 243 milhões os ativos da empresa, encerrando o plano de recuperação e realizando a reabertura de lojas antigas. Aos poucos a marca vem se recuperando, ampliando sua atuação no varejo e no comércio online e, hoje em dia, a AÉROPOSTALE oferece uma grande variedade de peças urbanas e descoladas que fazem a cabeça de um público jovem que busca na marca uma fonte de inspiração para seu dia-a-dia.


A evolução visual 
A identidade visual da marca passou pequenas alterações ao longo dos anos. Durante anos a marca foi reconhecida pelo seu logotipo em azul com um acento estilizado na palavra “aéro”. Em 2017, a marca remodelou sua identidade visual, que adquiriu uma tipografia de letra mais sofisticada.


Dados corporativos 
● Origem: Estados Unidos 
● Lançamento: 14 de agosto de 1987 
● Criador: R.H. Macy & Co. 
● Sede mundial: Lyndhurst, New Jersey, Estados Unidos 
● Proprietário da marca: Aero OpCo LLC 
● Capital aberto: Não (subsidiária da Authentic Brands Group LLC) 
● CEO: Marc Miller 
● Faturamento: US$ 1 bilhão (estimado) 
● Lucro: Não divulgado 
● Lojas: 850 
● Presença global: 20 países 
● Presença no Brasil: Não 
● Funcionários: 10.000 
● Segmento: Moda casual 
● Principais produtos: Camisetas, calças jeans, vestidos, jaquetas, pólos e bolsas 
● Concorrentes diretos: Abercrombie & Fitch, Holister, Old Navy, GAP, Urban Outfitters e American Eagle 
● Slogan: Aéropostale. Clothes gone global. 
● Website: www.aeropostale.com 

A marca no mundo 
Hoje em dia a AÉROPOSTALE, uma das principais marcas de moda casual do mercado americano, possui mais de 500 lojas localizadas nos Estados Unidos e Porto Rico, e por meio de parcerias de licenciamento, mais de 350 unidades são operadas internacionalmente em países como Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Arábia Saudita, Omã, Kuwait, Qatar, Índia, Egito, Grécia, Turquia, Filipinas, México, Panamá, Guatemala e Chile. Além disso, a empresa possui pontos-de-venda em sofisticadas lojas de departamento. Com um rigoroso processo de controle de qualidade em todos os seus produtos, que vão desde calças jeans até acessórios como bonés, meias e inclusive uma linha de roupas íntimas, a marca fatura anualmente estimados US$ 1 bilhão. 

Você sabia? 
A marca utiliza em muitos de seus produtos as iniciais A87 que significa: A de AÉROPOSTALE e 87, os dois últimos dígitos do ano em que a empresa inaugurou sua primeira loja própria (considerada oficialmente sua data de fundação). 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Time), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand) e Wikipedia (informações devidamente checadas). 

Última atualização em 13/8/2019

26.10.11

HAVANA CLUB


O rum é a bebida que associamos aos piratas, além de ser um forte símbolo cultural de Cuba. Para os conhecedores, a Ilha de Fidel produz os melhores entre os melhores runs do mundo. E não existe uma marca que represente melhor a tradição cubana em produzir rum que a HAVANA CLUB. A força de sua origem autêntica, a fidelidade à tradição de elaboração do rum na ilha e sua indiscutível qualidade proporcionam à marca o status de “El Ron de Cuba”

A história 
A ligação entre Cuba e o rum começou em 1493 quando Cristóvão Colombo introduziu a cana de açúcar na ilha caribenha. Rapidamente o clima favorável e o solo fértil fizeram com que a cana-de-açúcar se desenvolvesse bem e também fosse utilizada para fazer uma espécie de suco fermentado e forte chamado “tafia” (antecessor do rum). A partir de 1800 a qualidade desta bebida melhorou sensivelmente com a introdução dos alambiques de cobre e do processo de envelhecimento. Em 1878, com a alta demanda por um rum superior (mais suave ao paladar), especialmente por parte da Corte Espanhola, José Arechabala Aldama, um jovem imigrante espanhol, fundou uma pequena destilaria (chamada La Vizcaya) na cidade de Cárdenas que iniciou a produção de runs de qualidade superior utilizando sobras de melaço da florescente indústria açucareira cubana. Com sabor único, o rum produzido por ele apresentava um aroma leve e delicado, resultado das condições únicas de clima e solo cubano.
   

Após o fim da Lei Seca nos Estados Unidos em 1933, uma nova oportunidade se abriu para a empresa e, no dia 19 de março de 1934, a destilaria iniciou a exportação de seu rum para o mercado americano. Para isso resolveu criar e registrar a marca HAVANA CLUB. Apesar do sucesso nos Estados Unidos e em Cuba, a empresa esteve à beira da falência durante o regime de Fulgêncio Batista e com a Revolução de 1959, co-liderada por Che Guevara e Fidel Castro, o governo nacionalizou grande parte do comércio de açúcar e rum da ilha, incluindo a empresa José Arechabala S.A., então proprietária da marca HAVANA CLUB. Isso fez com que a maioria da família Arechabala fugisse do país logo depois, sem compensação alguma. Mas essa mudança política resultou na imposição de um embargo às exportações cubanas pelos Estados Unidos, cortando assim o mercado que o HAVANA CLUB foi concebido para atender.
  

Para recuperar o HAVANA CLUB como a imagem oficial do rum cubano, o governo de Fidel Castro resolveu relançar a marca na década de 1960 e a registrou em 80 países ao redor do mundo. Mesmo nacionalizada a empresa não deixou de inovar e, no final dos anos de 1960, lançou o HAVANA CLUB 7 AÑOS, um rum superior e cujo processo de envelhecimento possuI uma peculiaridade: uma porção do rum sempre é mantida em barris, em um processo chamado de “envelhecimento contínuo”. Por isso toda garrafa de HAVANA CLUB 7 recebe uma porção desse rum envelhecido por mais de 50 anos.
  

Com o embargo imposto pelos americanos, a antiga União Soviética e a Europa Oriental tornaram-se um mercado-chave para o HAVANA CLUB na década de 1970. A empresa foi considerada uma “joia nacional” pelo governo cubano e, em 1977, a fabricação foi transferida para uma nova e moderna fábrica em Santa Cruz del Norte. Após o colapso da URSS em 1991, o governo cubano foi forçado a buscar novos mercados para os runs da marca. E isto acabou forçando o grande passo para tornar a marca HAVANA CLUB global, quando em novembro de 1993 foi constituída a Havana Club International, uma joint-venture entre o governo cubano (responsável pela distribuição nacional) e a multinacional francesa Pernod-Ricard (responsável pela distribuição internacional). Com isso, nos anos seguintes os excepcionais e lendários runs da marca foram lançados em diversos novos mercados pelo mundo afora, ganhando eficiência na distribuição ao utilizar toda a poderosa estrutura da empresa francesa.
  

Além disso, a Pernod-Ricard também investiu em marketing, como por exemplo, através da criação em 1996 do Havana Club International Cocktail Grand Prix, uma aclamada competição internacional de bartenders, que ajudou sensivelmente a divulgar a marca e o rum cubano pelo mundo. Outro importante fator de crescimento da marca no mundo foi a divulgação maciça de coquetéis tradicionais como mojito e daiquiri, onde utilizar um rum cubano superior faz toda diferença.
   

Mas essa época também foi marcada por batalhas intermináveis nos tribunais contra a Bacardi (conheça essa outra história aqui) pelo uso da marca HAVANA CLUB, especialmente em território americano. Isto porque, em 1995 a Bacardi começou a produzir um rum, originalmente nas Bahamas, sob o nome Havana Club. A última atualização dessa batalha jurídica data de 2022, quando o Escritório de Marcas e Patentes dos Estados Unidos (PTO) reafirmou que a marca HAVANA CLUB é propriedade cubana. A decisão da agência de marcas dos Estados Unidos permitirá que a ilha, outrora de Fidel, traga para território americano o rum produzido em Cuba, assim que o bloqueio seja definitivamente eliminado.
  

Entre as mais recentes novidades da marca estão o Havana Club Verde (2020), o primeiro rum da marca elaborado com vegetais e frutas cítricas, introduzido primeiramente no mercado alemão; o Havana Club Cuban Spiced (2021), inspirado no vasto universo tropical de Cuba, combina o rum duplamente envelhecido com sabores exóticos e especiarias mais picantes, fazendo com que combine perfeitamente com refrigerantes de cola e também sirva de ingrediente para enriquecer coquetéis clássicos, como Spiced Daiquiri ou Spiced Espresso Martini; e o Havana Club Cuban Smoky (2021), utiliza em sua composição runs envelhecidos em barris de uísques de Islay, na Escócia, conferindo-lhe complexidade e notas defumadas, que podem ser totalmente apreciadas com gelo. A marca também vem investindo no segmento de bebidas prontas para consumo em latas com o lançamento de rum misturado com Cola e de rum aromatizado misturado com tônica.
   

Hoje em dia a marca HAVANA CLUB oferece diversas versões de seus excepcionais rum: Havana Club 3 (autêntico rum branco cubano, sendo o mais jovem da linha, envelhecido três anos e ideal para coquetéis), Havana Club Reserva (considerado o rum premium envelhecido mais aromático do mundo), Havana Club Especial (rum envelhecido quatro anos), Havana Club 7 Años (referência mundial em rum, com produção muito limitada e próprio para ser degustado puro com os melhores charutos cubanos), Havana Club 15 Años (um verdadeiro clássico dos runs cubanos), Havana Club Selección de Maestros (rum ultra-premium cuja criação baseia-se na seleção cuidadosa de reservas envelhecidas que se distinguem pelas suas qualidades excepcionais), Havana Club Máximo Extra Añejo (um rum ultra-premium lançado em 2006 e cuja garrafa, de cristal, pode custar mais de US$ 1.700), Havana Club Unión (rum luxuoso desenvolvido para ser perfeitamente harmonizado com os tradicionais charutos cubanos) e Havana Club Tributo (uma série de lançamentos em edição limitada que homenageia a excepcional variedade de runs cubanos e o know-how de seus mestres).
  

A evolução visual 
A identidade visual da marca cubana passou apenas por modernizações ao longo dos anos, mas sempre utilizou como símbolo a Giraldilla, uma estatueta que simboliza a cidade de Havana, além do reconhecível círculo vermelho brilhante com uma borda amarela como fundo. A última remodelação ocorreu em 2015, quando o logotipo apresentou uma nova tipografia de letra.
  

O logotipo da marca HAVANA CLUB também pode ser aplicado todo em preto ou sob um fundo vermelho, como mostra a imagem abaixo.
  

Os slogans 
Cuba Made Me. (2021) 
Nothing compares to Havana. (2015) 
El culto a la vida. (2007) 
El Ron de Cuba. (2003) 
Do it the Hemingway. (1993)
  

Dados corporativos 
● Origem: Cuba 
● Lançamento: 19 de março de 1934 
● Criador: José Arechabala S.A. 
● Sede mundial: Havana, Cuba 
● Proprietário da marca: Havana Club International S.A. 
● Capital aberto: Não 
● CEO: Christian Barré 
● Faturamento: Não divulgado 
● Lucro: Não divulgado 
● Presença global: 124 países 
● Presença no Brasil: Sim 
● Maiores mercados: Cuba, Alemanha, Espanha e França 
● Funcionários: 650 
● Segmento: Bebidas alcoólicas 
● Principais produtos: Runs 
● Concorrentes diretos: Legendario, Bacardi, Captain Morgan, Barceló, Mount Gay, McDowell’s No. 1, Tanduay, Zacapa e Malibu 
● Slogan: El ron de Cuba. 
● Website: www.havana-club.com 

A marca no mundo 
Os mais puros runs cubanos da HAVANA CLUB, terceira mais popular marca do segmento no mundo, são comercializados em mais de 120 países, com vendas anuais superiores a 4.6 milhões de caixas de nove litros. A marca tem como maiores e mais importantes mercados Cuba, Alemanha, Espanha, França, Reino Unido e Grécia, além da Índia. A HAVANA CLUB, que atualmente pertence ao Governo cubano (50%) e a Pernod Ricard (50%), está listada entre as 100 marcas premium mais vendidas no mundo. Os runs da marca são produzidos em duas destilarias em Cuba, localizadas em Santa Cruz del Norte (construída em 1977) e San José de las Lajas (inaugurada em 2007). 


Você sabia? 
Devido ao embargo americano à Ilha de Fidel, os runs da HAVANA CLUB não são comercializados nos Estados Unidos. 
A marca HAVANA CLUB é um ícone de Cuba, assim como os charutos Cohiba (conheça essa outra história aqui). 
A marca mantém o MUSEO DEL RON HAVANA CLUB, localizado junto à Plaza de San Francisco de Asís, em frente ao porto de Havana. No museu, que já recebeu mais de 2 milhões de visitantes, é possível explorar o processo de fabricação do rum, desde a cana-de-açúcar recém-cortada até um surpreendente modelo de fábrica; e conhecer como funciona a destilaria e os armazéns de envelhecimento da marca. É possível ainda desfrutar de coquetéis cubanos contemporâneos em um aconchegante bar e comprar os runs da HAVANA CLUB em uma loja especializada. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Time), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand) e Wikipedia (informações devidamente checadas). 


Última atualização em 3/9/2023 

O MDM também está no Instagram. www.instagram.com/mdm_branding/

23.10.11

LOWE'S


A rede americana LOWE’S é um verdadeiro paraíso para quem necessita reformar, equipar e até mesmo decorar a casa com estilo e eficiência. Com suas lojas amplas e sempre muito bem sinalizadas, que vendem desde ferramentas básicas, materiais de construção até sofisticados eletrodomésticos, a rede se tornou um exemplo bem sucedido dentro do competitivo mercado varejista americano. 

A história 
Tudo começou com Henry Carl Buchan, sócio de uma pequena loja de ferramentas e ferragens chamada Lowe’s North Wilkesboro Hardware, fundada em 1921 pelo seu sogro, Lucius Smith Lowe. Logo após a Segunda Guerra Mundial, em 1946, com a enorme demanda por construções e reformas de casas nos Estados Unidos, ele resolveu transformar a pequena loja localizada na pacata cidade de North Wilkesboro, estado da Carolina do Norte, que com a ajuda de seu cunhado James Lowe como sócio, passou a vender materiais para construção e reformas em geral. Negociando diretamente com os fabricantes, e assim eliminando os intermediários, a dupla podia oferecer sempre preços mais baixos e competitivos.


A segunda loja foi inaugurada em 1949 na cidade de Sparta, também localizada no estado da Carolina do Norte. Em 1952, por divergências em relação ao plano de expansão da pequena rede, Carl Buchan acabou comprando a parte de seu cunhado e se tornou o único proprietário do negócio. E rapidamente começou a expandir a empresa, inaugurando em 1955 outras lojas em cidade do estado, como por exemplo, Asheville, Charlotte e Durham. No final de 1960, quando Carl Buchan morreu repentinamente aos 44 anos vítima de um ataque cardíaco fulminante, seu time de executivos, liderados por Robert Strickland e Leonard Herring, assumiu o comando dos negócios, abriu o capital da empresa na Bolsa de Valores, que já em 1962 contava com 21 lojas e faturava US$ 32 milhões.


Nos anos seguintes a rede continuou a se expandir pela região sudeste do país. Durante este período, os consumidores demonstraram enorme preferência por seus produtos e uma grande lealdade pela marca, impulsionando assustadoramente as vendas da empresa. Além disso, a rede desenvolveu estreito relacionamento com construtores e empreiteiros, que se tornaram clientes extremamente importantes e vitais para seu crescimento. A década de 1980 foi marcada por momentos difíceis para a LOWE’S, especialmente pela feroz concorrência de gigantes do setor, como a The Home Depot, que adotou o formato de grandes lojas (as conhecidas Mega Stores). Por outro lado, a LOWE’S resistia em adotar esse formato, acreditando que como suas lojas estavam localizadas em pequenas e médias cidades as grandes unidades se tornariam inviáveis financeiramente. Porém a partir de 1994, a LOWE’S antecipando-se as necessidades de seus consumidores e focando seus negócios no consumidor doméstico ávido por realizar pequenas reformas, começou a melhorar o ambiente de suas lojas com a adoção do formato Mega Store e oferecer uma ampla e variada seleção de produtos, incluindo uma completa linha de eletrodomésticos, móveis para jardim e piscina, objetos de decoração e louças sanitárias. Nos anos seguintes a rede inaugurou lojas em inúmeros estados americanos a um ritmo frenético, fincando presença em grandes e médias cidades.


A partir da virada do novo milênio, a marca ganhou popularidade devido aos milhões de dólares investidos em patrocínios na NASCAR, categoria mais popular do automobilismo americano, especialmente com o heptacampeão Jimmie Johnson e seu carro de número 48. Lançada em 2001 quando Johnson e o Lowe’s Chevrolet #48 estrearam na série principal com uma programação limitada à três corridas, a relação entre patrocinador-piloto tornou-se uma das mais bem-sucedidas na história da NASCAR (2001 até 2018). Isso serviu para tornar a marca LOWE’S extremamente popular entre os americanos. A expansão internacional da rede começou no dia 10 de dezembro de 2007 com a inauguração de uma loja na cidade canadense de Hamilton, localizada na província de Ontário. Não demorou muito para outras unidades serem inauguradas em solo canadense. No mês de fevereiro de 2010, a rede deu continuidade ao seu agressivo plano de expansão internacional com a inauguração de duas lojas no México, oferecendo assim uma nova opção no segmento de construção e decoração naquele país. Mais recentemente, a varejista de material de construção criou o laboratório Lowe Innovation Lab com objetivo de trazer inovações para o dia a dia das pessoas. Uma dessas criações é o LoweBot, um robô autônomo que ajuda os clientes a encontrar itens na loja e auxilia a empresa no controle do estoque.


As lojas 
Ao longo dos anos, não somente os formatos de suas lojas sofreram modificações, como também as fachadas (acompanhe a evolução na imagem abaixo).


Hoje em dia, cada loja da LOWE’S oferece em média mais de 40.000 produtos, possuí 2.500 m² de área de venda, divididos em 20 seções, que vendem desde ferramentas básicas, tintas, materiais para carpintaria até eletrodomésticos, sendo que este setor é cada vez mais responsável pelo crescimento da empresa. Dentro de suas lojas, a rede aposta na experimentação dos produtos. Entre as ações realizadas estão showroom de ambientes montados por designers ou jardins vivos e ambientes de convivência. Outra ação que auxilia nas vendas são as exposições de materiais específicos, como tipos de piso e diferentes tonalidades de tinta. A rede aposta também em uma força de vendas especializada que visita os clientes em suas casas e realiza atividades que variam da venda de produtos – bem como o oferecimento de serviços para sua instalação – a dicas sobre os utensílios que ficariam mais adequados para a residência de cada um. Além disso, a LOWE’S, como toda grande varejista americana, oferece mais de uma dúzia de marcas próprias, como por exemplo, a allen+roth, de decoração interna; a Kobalt, de ferramentas destinadas a profissionais ou pessoas que querem fazer reformas domésticas; a Garden Treasures, móveis e decorações para jardins e pátios; a Utilitech, de produtos elétricos e utilidades; a Reliabilt, para portas e janelas, entre outras.


A evolução visual 
A identidade visual da marca passou por algumas alterações ao longo dos anos, assumindo uma imagem mais moderna. Inicialmente na cor vermelha, o logotipo adotou uma nova tipografia de letra e a tradicional cor azul em 1965. Somente em 1997 a identidade visual ganhou a silhueta de uma casa. Em 2008 as bordas vermelhas foram retiradas.


Os slogans 
Make Your Home Happy. (2016) 
Never Stop Improving. (2011) 
Let’s Build Something Together. (2006) 
Improving Home Improvement. 
Lowe’s Knows.


Dados corporativos 
● Origem: Estados Unidos 
● Fundação: 1946 
● Fundador: Henry Carl Buchan e James Lowe 
● Sede mundial: Mooresville, North Carolina, Estados Unidos 
● Proprietário da marca: Lowe’s Companies Inc.  
● Capital aberto: Sim (1961) 
● Chairman & CEO: Robert Niblock 
● Faturamento: US$ 65 bilhões (2016/2017) 
● Lucro: US$ 3.06 bilhões (2016/2017) 
● Valor de mercado: US$ 68.3 bilhões (dezembro/2017) 
● Lojas: 2.370 
● Presença global: 3 países 
● Presença no Brasil: Não 
● Funcionários: 290.000 
● Segmento: Varejo (construção) 
● Principais produtos: Ferramentas, eletrodomésticos e materiais para reformas e decoração 
● Concorrentes diretos: The Home Depot, Green Depot, Menards, Ace Hardware, Lumber Liquidators, Ikea e True Value 
● Slogan: Make Your Home Happy. 
● Website: www.lowes.com

A marca no mundo 
Hoje em dia a LOWE’S, segunda maior rede americana no segmento de materiais para reforma, construção e decoração, possui mais de 2.370 lojas nos Estados Unidos, Canadá e México, atendendo semanalmente 17 milhões de consumidores. O site da empresa, que oferece mais de 400 mil produtos, recebe mais de 30 milhões de visitas todos os meses. A LOWE’S ocupa a posição de número 40 no ranking feito pela revista Fortune das 500 maiores empresas americanas (em faturamento) de 2017. 


Você sabia? 
A LOWE’S é bastante conhecida internacionalmente pelo estreito relacionamento com seus fornecedores, que inclusive, participam de 41% dos plano-gramas - produção de mapas de layout das lojas - realizados pela rede varejista. Desde que a empresa começou a mudar a sinalização de suas lojas e a rever o sortimento de produtos, as vendas cresceram em média 18%. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Time), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers). 


Última atualização em 7/12/2017

17.10.11

SCHIN (antiga NOVA SCHIN)


Rejeitada por muitos, mais pelo estigma de cerveja popular, do que propriamente pelo sabor, a verdade é que a outrora SCHINCARIOL, depois NOVA SCHIN e agora apenas SCHIN, é um caso a ser estudado. Apesar da rejeição por parte de alguns consumidores a marca é uma das mais conhecidas e consumidas do competitivo mercado brasileiro, se transformando em um verdadeiro CervejÃO. E mesmo com esta imagem popular, é uma cerveja cuja combinação é perfeita para aqueles dias de calor. E junte a isso ainda uma espuma consistente, cremosa e lúpulos nobres da Alemanha. 

A história 
Tudo começou em 1989 quando a empresa Schincariol, fundada em 1939 por Primo Schincariol, filho de imigrante italiano, na cidade de Itu, interior do estado de São Paulo, e que havia conquistado popularidade com o refrigerante Itubaína, inicialmente produzido em uma pequena fábrica no quintal de sua casa, para comemorar seu cinquentenário resolveu expandir sua linha de produtos e ingressar em uma nova categoria no mercado com o lançamento da CERVEJA SCHINCARIOL. Quando a cerveja começou a cair no gosto popular e abocanhar fatias consideráveis do mercado, especialmente no interior do estado de São Paulo, a empresa não teve dúvidas, expandiu o negócio espalhando fábricas por outras regiões do Brasil. Em treze anos de produção a cerveja SCHINCARIOL já havia atingido 9.8% de participação de mercado, incomodando e muito as marcas líderes, algumas das quais extremamente tradicionais.


Mas a popularidade que levou a esses índices se tornou um problema para quem sempre se acostumou à grandiosidade dos números. A redução drástica no ritmo de crescimento das vendas influenciou negativamente na contabilidade da empresa, que tinha feito investimentos maciços em infraestrutura. Estava aceso o sinal de alerta e tinha chegado a hora de promover mudanças radicais se o grupo, então comandado pelo empresário Adriano Schincariol, ainda quisesse continuar a crescer no competitivo mercado brasileiro de cervejas. Foi então que a empresa contratou uma agência de publicidade que já tinha experiência no ramo. A primeira providência da agência Fischer foi encomendar uma pesquisa de mercado. O estudo revelou que as dificuldades de expansão estavam vinculadas a um grave problema de imagem da marca. Grande parte do público-alvo considerava a SCHINCARIOL uma cerveja para pessoas de baixa renda e com qualidade inferior á outras do mercado, o que gerava um alto índice de rejeição.


Para reverter essa rejeição era preciso criar uma NOVA cerveja. Construir uma NOVA marca. Produzida por uma NOVA empresa. Experimenta! Experimenta! Experimenta! Esse foi o bordão criado pela agência de publicidade para o lançamento no dia 1º de setembro de 2003 da cerveja NOVA SCHIN. A nova fórmula foi desenvolvida em dois anos de trabalho pelos mestres cervejeiros Rubem Froemming e Peter Ehrhardt, com base em pesquisas sobre o sabor que mais agrada ao consumidor brasileiro. Os anúncios da campanha, veiculados de forma maciça em todas as mídias, surpreenderam o mercado publicitário e coroaram toda uma estratégia traçada para reinventar uma cerveja e uma marca. Além da nova fórmula, o rótulo e o logotipo também foram alterados. Houve uma revitalização nas vendas com um trabalho para recuperar a autoestima das equipes responsáveis pela comercialização e distribuição do produto. Afinal, a rejeição da antiga marca era tão forte que essas equipes estavam desmotivadas e acomodadas, acabando, por muitas vezes, utilizar apenas o preço como argumento de venda. Convenções, eventos e programas especiais foram desenvolvidos para valorizar a marca e reforçar o conceito da NOVA cerveja e do NOVO sabor.


As metas de crescimento projetadas para dois anos foram atingidas em apenas quatro meses. A NOVA SCHIN conquistou rapidamente importantes pontos em participação de mercado e trouxe aos cofres da empresa milhões de reais. E não foi só isso. Além das mudanças na linha produtiva, investiu-se em logística, com a aquisição de 80 novos caminhões, o que possibilitou a expansão geográfica da nova marca para outras regiões do país. Em 2004, a marca expandiu seu mix de produto através do lançamento da bebida NS2 (abreviação de NOVA SCHIN 2), uma cerveja aromatizada com uma mistura de limão e tequila. Em 2008 lançou mais um novo produto: NOVA SCHIN ZERO, uma cerveja com 0,0% de teor alcoólico e a primeira deste segmento a ser comercializada em embalagem 600 ml, além das versões long neck e lata. E as novidades não pararam por aí. Nos anos seguintes a marca lançou novas opções de embalagens, como por exemplo, a de um litro (batizada de SCHIN LITRÃO), em 2009; da garrafa de 250 ml, em 2010; da lata de 310 ml, em 2011; além da SCHIN NO GRAU, uma cerveja mais leve desenvolvida para as regiões quentes do Brasil, especialmente nordeste, norte e centro-oeste, introduzida no mercado em 2012.


No início de 2014, a marca mudou tudo de novo. Primeiro passou a ser apenas SCHIN. Depois apresentou uma nova identidade visual, adotou a cor laranja e reformulou suas embalagens. Por último, apresentou seu nova posicionamento através de uma enorme campanha publicitária, batizada de “Porque Sim!”. Na verdade a campanha é um movimento para quem não curte dar explicação para tudo. Agora consumidor pode mostrar tudo que adora, mas sem a parte chata de ficar dando satisfação. A campanha tem o mote: “porque é gostosa, porque é deliciosa, porque sim!”.


A comunicação 
Para construir a marca NOVA SCHIN, em menos de uma década, a empresa investiu pesado, entenda-se milhões de reais, em publicidade e marketing. Começou com a contratação polêmica do cantor Zeca Pagodinho em 2003 para sua campanha de relançamento, que contou ainda com Fernanda Lima, Aline Moraes, Luciano Huck e Thiago Lacerda, que ao lado de mais de 500 figurantes repetiam o bordão: "Experimenta!". Depois, investiu ainda mais no carnaval, em especial os eventos de Salvador e Rio de Janeiro, com o patrocínio de trios, blocos e camarotes; e contratou em 2007 a cantora Ivete Sangalo para estrelar suas campanhas. Outras celebridades também se juntaram a cantora baiana, como por exemplo, Carlinhos Brown, Samuel Rosa e Zeca Baleiro. Criou também a micareta NOVA SCHIN FOLIA (atual SCHIN FOLIA), um carnaval fora de época, realizado em várias cidades do país. Além disso, a SCHIN também investiu pesado no esporte através de patrocínios, entre os quais, a Fórmula 1, onde é a “cerveja oficial” do Grande Prêmio Brasil desde 2004.


A evolução visual 
Em 2003, para o relançamento da cerveja no mercado, a empresa mudou tudo: formulação, comunicação, posicionamento e identidade visual, que apareceu muito mais moderna e com forte personalidade. A inclusão do termo “nova” era decorrente do anúncio de que o produto era comercializado com fórmula renovada. A redução do nome para SCHIN era pronunciada mais facilmente e mais rapidamente, além de soar como um apelido.


Em 2009, o logotipo da marca passou por um facelift, e o nome SCHIN ganhou mais destaque. A alteração agregou dinamismo, uma vez que a palavra SCHIN é mais prática e sonora para os consumidores. A palavra isoladamente facilita o reconhecimento de toda linha de produtos, além de ampliar o campo visual. E foi justamente essa evolução que levou a marca, em 2014, a apresentar uma nova identidade visual: agora apenas com o nome SCHIN.


As embalagens (o exemplo dado aqui é a lata) também passaram por uma atualização, onde é possível visualizar um enorme destaque para a palavra SCHIN. Em 2014, com a mudança de nome da marca, apenas SCHIN, ocorreu também a adoção oficial da cor laranja, muito mais impactante aos olhos do consumidor.


Os slogans 
Porque sim! (2014) 
Um CervejÃO. (2010) 
Pegue leve, Pegue Nova Schin. (2007) 
Nova Schin: ou seja cerveja. (2006) 
Pensou Novo, Nova Schin. (2005) 
Nova Schin. Essa é a nova. (2004) 
Experimenta! (2003)


Dados corporativos 
● Origem: Brasil 
● Lançamento: 1989 
● Criador: Adriano Schincariol 
● Sede mundial: Itu, São Paulo, Brasil 
● Proprietário da marca: Brasil Kirin Indústria de Bebidas S.A. 
● Capital aberto: Não 
● Presidente: Gino Di Domenico 
● Faturamento: Não divulgado 
● Lucro: Não divulgado 
● Fábricas: 13 
● Presença global: Não (presente somente no Brasil) 
● Funcionários: 10.500 
● Segmento: Bebidas alcoólicas 
● Principais produtos: Cervejas 
● Principais concorrentes: Kaiser, Itaipava, Petra, Skol, Brahma e Antarctica 
● Slogan: Porque sim! 
● Website: www.schin.com.br 

A marca no Brasil 
Hoje em dia a marca SCHIN, cujas cervejas são fabricadas em um dos mais modernos parques de produção da América do Sul, com capacidade anual superior a 34 bilhões de litros, é uma das mais consumidas do país, com forte e marcante presença no interior do estado de São Paulo e na região nordeste. Contando com mais de 10.500 mil colaboradores diretos e, aproximadamente 65 mil indiretos, o Grupo trabalha diariamente para que sua linha de cerveja chegue, com qualidade, a mais de 600 mil pontos-de-venda em todo o Brasil. Hoje em dia a SCHIN é encontrada nas versões lata, latão (473 ml), long neck, garrafa de 300 e 600 mililitros, além do litrão. A linha contempla ainda as opções 0% Álcool, Munich e Malzibier, além do chope (claro e escuro). 

Você sabia? 
Em 2011, 50.45% do Grupo Schincariol foi adquirido pela japonesa Kirin Holdings por R$ 3.95 bilhões. A empresa japonesa compraria o restante da cervejaria pouco depois.   


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Isto é Dinheiro, Época Negócios e Exame), jornais (Valor Econômico), sites especializados em Marketing e Branding (Mundo do Marketing) e Wikipedia (informações devidamente checadas). 

Última atualização em 7/4/2014