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27.3.17

CAMISARIA COLOMBO


Foco em atender as necessidades do homem moderno de forma conveniente, prática e com qualidade. Foi assim que a CAMISARIA COLOMBO se tornou uma das mais tradicionais marcas de moda masculina do país, com 100 anos de atuação no mercado. Em qualquer uma de suas lojas é possível encontrar tudo em moda masculina para quem deseja se vestir bem pagando pouco por isso. 

A história 
Tudo começou com um libanês de origem humilde que chegou ao Brasil com sua família. Seu sonho era construir uma vida nova e digna, no país desconhecido. Foi assim que, no mês de outubro de 1917, Aziz Jabur Maluf abriu as portas de um pequeno comércio de moda masculina. Na modesta loja localizada na esquina das ruas Direita e Líbero Badaró, no centro de São Paulo, o comerciante vendia gravatas italianas, camisas finas e ternos confeccionados com tecidos importados da Inglaterra. A clientela era composta principalmente pela elite paulista, que podia pagar os altos preços dos produtos importados.


Por mais de sete décadas a CAMISARIA COLOMBO teve somente um ponto de venda, mas com seus produtos de alto padrão e qualidade conquistou um enorme público fiel, com clientes como o ex-presidente Jânio Quadros. Tudo começou a mudar quando Álvaro Jabur Maluf Júnior, neto do fundador, assumiu o comando da empresa. Juntamente com seu irmão, Paulo, elaborou todo projeto de expansão, que começou com a inauguração de uma loja no Shopping Ibirapuera, no bairro de Moema, em 1990. Com a abertura de mais dois pontos de venda na capital, os dois resolveram estender as atividades da rede para o interior paulista e, posteriormente, outros estados. Mas para transformar uma grife tradicional em uma das maiores redes de vestuário masculino do mercado brasileiro, os irmãos desenvolveram o conceito de “moda inteligente”, que consiste em oferecer produtos com a qualidade responsável pelo tradicionalismo da marca, a preços justos. Ou seja, até então sinônimo de moda masculina elegante, a COLOMBO fez uma opção preferencial pelos consumidores das classes emergentes. Essa foi a fórmula que popularizou a marca junto às classes B e C, garantindo sucesso ao plano de expansão da empresa. A política do “preço justo” acabou se transformando na plataforma de crescimento da empresa.


Sempre atenta às tendências do mercado, a COLOMBO também foi a primeira rede de vestuário masculino a oferecer kit com preços promocionais – camisa, calça e sapato, por exemplo. Iniciativa que, além de ser copiada pela concorrência, se tornou uma exigência dos consumidores. Também inovou ao, em 2005, se tornar a primeira empresa do Brasil a implantar um sistema de cotas para negros e afros descendentes em seu quadro de funcionários. A partir desse momento, a empresa implantou um agressivo plano de expansão. Até o final de 2007, mais 15 lojas foram inauguradas. A marca também passou a investir em marketing, como por exemplo, ao completar 90 anos, em 2007, com uma campanha publicitária estrelada pelo ator Marcos Pasquim. No final de 2009 a rede já contava com 198 lojas em 23 estados brasileiros.


A partir de 2010, a marca ingressou em outros segmentos da moda, como calçados masculinos, relógios, moda infantil e feminina (COLOMBO WOMAN). E para continuar crescendo, a empresa vendeu 49% de suas ações para a Gávea Investimentos. Com novo aporte financeiro, a COLOMBO continuou seu acelerado processo de expansão, com média de 50 lojas inauguradas por ano. Em 2015 já eram 428 unidades. Além disso, contratou garotos-propaganda de peso como o ator Caio Castro e o apresentador Rodrigo Faro. Mas toda essa expansão e investimento tiveram um alto custo. Após a recompra de 49.9% das ações pelos irmãos Álvaro Jabur Maluf Júnior e Paulo Jabur Maluf, e depois de uma fracassada e conturbada negociação com o empresário paulista Mario Garnero, a COLOMBO se viu em apuros, com dívidas gigantescas. Com isso, a empresa passou por uma enorme reestruturação, pediu recuperação extrajudicial e, somente em 2016, fechou 90 lojas. Tudo para voltar a ser lucrativa.


Sempre preocupada com o bem-estar e em proporcionar melhorias aos seus clientes, a marca inova também com tecnologia têxtil, tecidos novos, cortes mais finos e estruturados, para facilitar o caimento e movimento. Peças básicas, que não saem de moda e que o consumidor vai utilizar no dia-a-dia do trabalho ou do lazer, são encontradas o ano todo nas lojas da rede. Além do básico, a marca também conta com uma linha Premium que traz novidades a cada estação. Um dos pontos fortes da COLOMBO é sua identidade. Ao longo dos anos, tornou-se conhecida como a marca ideal para o homem inteligente.


A evolução visual 
A identidade visual da marca passou por algumas remodelações ao longo dos anos. A principal foi a modernização da tipografia de letra, mas sempre mantendo a coroa como símbolo visual.


Os slogans 
O Brasil veste esta marca. 
O estilo que conquista. 
A moda inteligente. 
O espaço da moda.


Dados corporativos 
● Origem: Brasil 
● Fundação: Outubro de 1917 
● Fundador: Aziz Jabur Maluf 
● Sede mundial: São Paulo, Brasil 
● Proprietário da marca: Q1 Comercial de Roupas S.A. 
● Capital aberto: Não 
● CEO: Warley Pimentel 
● Faturamento: R$ 370 milhões (2016) 
● Lucro: Não divulgado 
● Lojas: 320 
● Presença global: Não (presente somente no Brasil) 
● Funcionários: 2.000 (incluindo franqueados) 
● Segmento: Moda (varejo) 
● Principais produtos: Ternos, camisas, calças, gravatas, calçados e acessórios 
● Concorrentes diretos: Aramis, Dudalina, Brooksfield, Vila Romana, Harry’s, Luigi Bertolli e Cia. do Terno 
● Ícones: A coroa 
● Slogan: O Brasil veste esta marca. 

A marca no Brasil 
Atualmente a COLOMBO, uma das maiores redes de moda masculina do país, conta com 320 lojas espalhadas por 26 estados brasileiros, que oferecem roupas e acessórios para homens, mulheres e crianças. A COLOMBO vende mais de 300.000 ternos por ano. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Isto é Dinheiro, Exame e Época Negócios), jornais (Valor Econômico, Estadão e Folha), portais de notícias (Portal Fator), sites especializados em Marketing e Branding (Mundo do Marketing) e Wikipedia (informações devidamente checadas). 

Última atualização em 27/3/2017

19.3.15

DAFITI


A DAFITI respira moda e tecnologia. Tudo para oferecer aos consumidores através de poucos cliques o melhor da moda de uma maneira inovadora, leve, divertida e descomplicada. São calçados, roupas, bolsas, acessórios, produtos esportivos, de beleza e decoração para todos os gostos. É possível comprar mais de 900 marcas e escolher mais de 100 mil produtos. Nenhuma outra loja tem esta variedade. Nem no mundo físico se consegue. Os consumidores encontram tudo o que precisam e recebem rapidinho em todo o Brasil, com a melhor experiência de compra e atendimento. 

A história 
Tudo começou exatamente no dia 26 de outubro de 2010 quando o empresário alemão Malte Horeyseck desembarcou no Brasil, juntamente com seus três sócios — o também alemão Malte Huffmann, o francês Thibaud Lecuyer e o brasileiro Philipp Povel (que há 20 anos morava na Alemanha) — com a ideia de criar um site de comércio eletrônico que vendesse produtos de moda. Mas por que esses jovens decidiram empreender no Brasil? O alemão Huffman e o brasileiro Povel queriam repetir no país a experiência que tiveram ao lançar em 2009 outra empresa de comércio eletrônico de moda na Alemanha, a MyBrands, vendida um ano depois para a Zalando, líder no varejo online de moda na Europa, que tinha como principal acionista o fundo alemão Rocket Internet, justamente o principal financiador do novo projeto (segundo consta foram investidos aproximadamente R$ 50 milhões para a criação da nova empresa). Logo que chegaram a São Paulo, alugaram um minúsculo escritório de 20 m² na zona sul da cidade, onde ficaram por dois meses dividindo uma única mesa e disparando telefonemas para os maiores fabricantes nacionais de calçados.


No início de 2011, em busca de mais espaço, encontraram um charmoso prédio de quatro andares, na região da Avenida Paulista, o lugar ideal para estruturar e finalmente fazer o negócio deslanchar. Isto feito, porém o mais difícil foi encontrar um nome ideal para a nova empresa. E o que aconteceu foi curioso. O combinado era que todas as sugestões fossem enviadas para o email do primeiro estagiário da empresa, que se chamava Daniel Fittipaldi. Como o endereço eletrônico do rapaz era “danifiti” e nenhuma outra sugestão era aprovada, os sócios optaram por ficar com DAFITI, uma variação do endereço eletrônico do então estagiário. Finalmente no dia 24 de janeiro o site de comércio eletrônico fez sua grande estreia, inicialmente vendendo apenas calçados. Aos poucos, eles descobriram que montar um site de comércio eletrônico de moda no Brasil era um desafio diferente de lançar uma empresa do segmento na Europa. Muitos clientes da DAFITI compraram pela internet pela primeira vez. Essa constatação contribuiu para que a empresa criasse uma espécie de fixação pelo prazo de entrega.


Em pouco mais de seis meses, a DAFITI já contava com mais de 140 marcas em seu catálogo de produtos e, com isso, anteciparam a venda de roupas online no site. No decorrer deste ano ocorreram grandes novidades: o lançamento da DafitiMag (revista de moda da DAFITI), a estreia na televisão do primeiro comercial da marca; além da inauguração da plataforma DAFITI no Chile e na Argentina, iniciando assim uma expansão internacional. No final deste ano, com 3.6 milhões de visitantes únicos e 25.000 produtos à venda, a DAFITI já era a maior varejista online de moda e acessórios do mercado brasileiro. Em um ano, com o rápido crescimento, a empresa muda-se para um escritório maior no bairro paulista da Barra Funda. O sucesso do novo empreendimento podia ser medido nas redes sociais quando a DAFITI alcançou a marca de 1 milhão de fãs no Facebook.


Ainda em 2012 a empresa estreou no México e na Colômbia com a inauguração de sites locais. A empresa também iniciou uma segmentação em sua plataforma de comércio eletrônico. Primeiro criou a DAFITI SPORTS, site especializado na venda de calçados, roupas, acessórios, suplementos e equipamentos esportivos variados para a prática de lutas marciais, escalada, camping. Pouco depois, ingressou no mercado de luxo com o lançamento da loja virtual DAFITI PREMIUM, que oferecia produtos de marcas e designers nacionais e internacionais com média de preço de R$ 500. Como serviços complementares dentro desta plataforma havia dicas sobre o mundo da moda, com conteúdo relacionado às principais tendências, além de um guia de tamanhos para auxiliar os consumidores no momento da escolha. Depois de mais uma rodada de investimentos, a DAFITI ganhou fôlego para se expandir para outros segmentos, passando a vender produtos de beleza (maquiagem, cosméticos, perfumes, entre outros itens) e produtos para o lar (objetos pequenos de decoração, produtos domésticos e itens de cama, mesa e banho).


Desde 2014 a DAFITI tem trabalhado fortemente para se posicionar como autoridade em moda. O site passou por mudanças de posicionamento e identidade visual. A plataforma para celulares e tablets também foi incrementada. E tudo isto resultou, no início de março de 2015, com a inauguração de sua primeira loja física, a DAFITI LIVE, localizada na badalada Rua Oscar Freire, endereço nobre da capital paulista. Em um primeiro momento, será um projeto temporário, funcionando até o fim de junho, mas a empresa não descarta que esse prazo seja prolongado. O espaço de 400 m² é um mix de experiência online e off-line. O consumidor tem acesso a 1.500 produtos – que serão renovados quinzenalmente - e se gostar de algum pode usar o wi-fi da loja para ler o QR code da peça, escolher seu tamanho e se dirigir a um provador, onde o produto o estará esperando. Para efetivar a compra, ele pode ler um código de barra na peça e o item será entregue em sua residência. Mesmo com toda essa tecnologia, quinze funcionários estão ali para trazer um pouco de realidade a essa experiência. Auxiliam os clientes, oferecem dicas de moda e até fazem uma espécie de curadoria das peças expostas.


A empresa aproveitou o momento também para lançar a sua marca própria de moda feminina e masculina, batizada de DAFITI COLLECTION. Para desenhar a coleção, a empresa contou com uma equipe de estilistas e designers com experiência nas grandes lojas de departamento, como por exemplo, C&A e Zara. As tendências de moda europeias e americanas foram importadas e adaptadas para o estilo do consumidor brasileiro. A campanha de lançamento da marca própria contou com rostos famosos como a top Alessandra Ambrósio. Além disso, a DAFITI anunciou que pretende expandir seus negócios para Venezuela e Peru.


A DAFITI possui uma Equipe de Estilo que segue as tendências mundiais, visitando feiras, para manter o site sempre repleto de novidades. A empresa está constantemente aprimorando seus recursos, como a plataforma de visualização de produtos e mesmo as fotografias, tiradas em estúdio próprio, para que a visualização e as cores, por exemplo, sejam bem próximos da realidade, evitando surpresas na hora de receber a compra.


A evolução visual 
A identidade visual da marca passou por apenas uma remodelação. Ocorreu em 2014 quando a marca adotou um novo logotipo com um visual mais limpo. A nova identidade da marca refletia a nova inspiração da DAFITI: mais moda e menos complicação.


A plataforma DAFITI SPORTS também seguiu a identidade visual da marca mãe e passou por alterações em 2014.


Os slogans 
Acesse o melhor da moda! 
A sua loja de moda online.


Dados corporativos 
● Origem: Brasil 
● Fundação: 24 de janeiro de 2011 
● Fundador: Malte Horeyseck, Malte Huffmann, Thibaud Lecuyer e Philipp Povel 
● Sede mundial: São Paulo, Brasil 
● Proprietário da marca: Dafiti LatAm Group 
● Capital aberto: Não 
● CEO: Philipp Povel 
● Faturamento: R$ 1.1 bilhões (estimado) 
● Lucro: Não divulgado 
● Presença global: 5 países 
● Presença no Brasil: Sim 
● Funcionários: 2.200 
● Segmento: Comércio eletrônico 
● Principais produtos: Calçados, roupas, acessórios, equipamentos esportivos e produtos de beleza e para casa 
● Concorrentes diretos: Netshoes, Privalia e Posthaus 
● Slogan: Acesse o melhor da moda! 
● Website: www.dafiti.com.br 

A marca no mundo 
Atualmente a DAFITI é o maior site de comércio eletrônico de moda e estilo de vida da América Latina, conta com mais de 1.700 funcionários e filiais na Argentina, Chile, Colômbia e México. O site oferece um catálogo com mais de 125 mil produtos de duas mil marcas diferentes, entre calçados, roupas, acessórios, produtos de beleza e produtos para casa. Somente no Brasil, são mais de 900 marcas e 100 mil produtos em seis categorias. Os produtos ficam armazenados no enorme Centro de Distribuição, em Jundiaí, com 38.000 m², espaço equivalente a quatro campos de futebol. Por mês, mais de 50 milhões de visitantes buscam produtos através da DAFITI. Atualmente, mais de 50% do faturamento (estimado em R$ 1.1 bilhões) vem da categoria de calçados. Aproximadamente 70% dos consumidores são mulheres. 

Você sabia? 
Pacaraima, no estado de Roraima, é a cidade mais longe onde a DAFITI entrega no Brasil. São 4.800 quilômetros de distância de São Paulo. 
Os funcionários da empresa são conhecidos carinhosamente como “Dafitis”


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Exame, Isto é Dinheiro e Época Negócios), jornais (Valor Econômico e Meio Mensagem), sites especializados em Marketing e Branding (Mundo do Marketing) e Wikipedia (informações devidamente checadas). 

Última atualização em 19/3/2015

16.10.14

MANGO (MNG)


Lojas nas mais badaladas e importantes cidades do mundo. Uma infinidade de roupas e acessórios para mulheres, homens e crianças. Conceito fast-fashion (diversas coleções ao ano que se esgotam rapidamente, em função dos preços acessíveis). Eficiente sistema de distribuição para sua enorme rede de lojas. Imagem da marca associada a grandes celebridades, como por exemplo, a modelo Kate Moss e a atriz Scarlett Johansson. Esses são os segredos do enorme sucesso da rede espanhola MANGO. 

A história 
Tudo começou quando Isak Andic Ermay, nascido na cidade de Istambul na Turquia e ainda um adolescente, imigrou com sua família em 1968 para Barcelona na Espanha. Começou sua trajetória pelo mundo da moda em 1972 ao vender para uma loja da cidade quatro blusas bordadas à mão na Turquia e revendidas pelo dobro do preço. Depois, juntou-se ao irmão mais novo, Nahman, e começou a aceitar encomendas: traziam roupas da Ásia, incluindo casacos bordados no Afeganistão, que vendiam em lojas de Barcelona, Madri e outras cidades espanholas até que, em 1973, resolveu abrir uma acanhada barraca em um pequeno mercado da Rua Balmes, na cidade catalã. O negócio prosperou. Isak comprou o primeiro carro e passou a usar o porta-malas para acomodar o estoque. Ele viajava pela Espanha vendendo suas roupas para lojas multimarcas. Com isso, juntou dinheiro para o passo seguinte: deixar a rua e alugar uma loja. Em dez anos abriu 100 lojas.


Seu futuro, assim como de seus negócios, começou a mudar em 1984 quando ele adotou uma nova visão de como vender moda. Era o surgimento da primeira loja da MANGO, que vendia apenas roupas femininas e estava localizada em Paseo de Gracia na cidade de Barcelona. Um fato curioso sobre o nome da marca. Se Isak não tivesse viajado até às Filipinas, a MANGO poderia chamar-se Bubbles ou Scooter, os dois nomes que já tinha registado. Foi durante uma viagem de férias ao país asiático, no início dos anos de 1980, que pela primeira vez comeu uma manga. E decidiu usar o nome desta fruta tropical em sua nova marca de roupa. A ideia original da nova loja baseava-se na criação de coleções de moda feminina que explorassem uma estética urbana. A ideia foi um verdadeiro sucesso.


No ano seguinte, já contando com cinco lojas em Barcelona, a rede inaugurou uma unidade na cidade de Valencia, iniciando assim sua expansão nacional. Já em 1988, a empresa, então com 13 lojas, melhorou seu sistema de gestão de estoque, produção logística e distribuição, que adotou o conceito Just-In-Time (produção em função da demanda de mercado). Também foram definidos os conceitos de produtos, ambientação das lojas, qualidade, preço e imagem da marca. Em 1992, além de inaugurar sua centésima loja em solo espanhol, a MANGO iniciou sua expansão internacional com a abertura de duas unidades em Portugal e, pouco depois, na França. Nos anos seguintes a empresa iria inaugurar lojas em vários países da Europa. Essa forte expansão fez com que, em 1997, o volume de negócios no exterior superasse pela primeira vez o nacional. Este ano também foi marcado pela inauguração de uma moderna loja-conceito em Paris. Nesta época, o forte crescimento da MANGO, transformou a empresa na segunda maior exportadora espanhola do segmento têxtil, atrás somente da rival Zara.


O ano 2000 teve início com a inauguração de uma loja âncora em plena Oxford Street, na cidade de Londres. A MANGO também expandiu seus negócios ao lançar seu comércio eletrônico de forma pioneira neste setor. Pouco depois, em 2002, com 630 lojas em 70 países, a empresa segue com sua expansão internacional em novos mercados, como por exemplo, Austrália, China, Itália e Tunísia. Além disso, em colaboração com a Puig, a marca lançou no mercado seus primeiros perfumes femininos. Em 2005 inaugurou a primeira loja MANGO TOUCH, que vende exclusivamente acessórios, de sapatos e bolsas até cintos, guarda-chuvas, óculos de sol, chapéus, luvas, cachecóis e porta cartões. No ano seguinte iniciou sua incursão pelo mercado americano com a inauguração de lojas nas cidades de Costa Mesa, Chicago, Dallas, Los Angeles, Orlando e San Francisco. Além disso, celebrou seu primeiro desfile no emblemático edifício Palau de la Música Catalana, em Barcelona, e lançou o El Botón - Mango Fashion Awards, considerado hoje o maior prêmio internacional para estilistas jovens do mundo.


O ano de 2007 foi recheado de acontecimentos marcantes: inauguração do El Hangar Design Center (centro “nervoso” de criação da empresa, onde trabalham atualmente mais de 600 profissionais), abertura de uma loja âncora no badalado bairro nova-iorquino do SoHo e o início da colaboração com outros estilistas e celebridades para a criação de coleções limitadas. Em 2008 a empresa expandiu seus negócios com o lançamento da H.E. by MANGO (onde H.E. é uma abreviação da expressão latina Homini Emerito), lojas especializadas em roupas e acessórios para o público masculino. No ano seguinte, como forma de enfrentar a forte crise econômica mundial, a marca espanhola lançou um novo conceito em suas lojas ao redor do mundo: THINK UP, onde eram oferecidas aproximadamente 90 peças a preços especiais. Em 2011 a MANGO apresentou sua coleção Outono/Inverno pela primeira vez internacionalmente no Centre George Pompidou em Paris. Além disso, como forma de enfrentar a crise econômica na Europa, a empresa se focou na inauguração de muitas lojas em países emergentes, como a China e a Rússia.


Nos últimos anos, além de incrementar sua presença em mercados importantes com a inauguração de muitas lojas e lançar o conceito de megastores, a empresa expandiu seus negócios com o lançamento da MANGO KIDS (linha de roupas e acessórios dirigidos a crianças de 3 a 12 anos de idade, que inclui alguns best-sellers da coleção feminina adaptados às meninas, denominados “mini-me”), lançada em 2013; da linha SPORT & INTIMATES (com roupas femininas esportivas para a prática de ginástica, corridas e ioga, além de lingeries), lançada em 2013; da MANGO PREMIUM (linha feminina com melhor qualidade de tecidos, acabamentos, design e preço mais elevado); da VIOLETA by MANGO (coleção com roupas plus-size nos tamanhos 40 a 52), introduzida em 2014; e de uma linha exclusivamente direcionada para jovens entre 14 e 20 anos. Além disso, em janeiro de 2015 a empresa anunciou o lançamento da MANGO BABY (linha de roupas para bebês até dois anos).


Ao longo desses anos a MANGO disseminou seu estilo particular de confeccionar blusas, vestidos, calças, jaquetas, camisetas, entre outras peças, sempre aliando originalidade nos desenhos e cortes, qualidade no processo produtivo e coerência conceitual, voltando suas produções às mulheres ou homens urbanos e descolados, mas que não abrem mão de ter um estilo diferenciado. Outro fator de sucesso é a constante associação da MANGO com celebridades, quer seja através da criação em conjunta de coleções limitadas ou em suas campanhas de marketing e publicidade. Por exemplo, na Espanha, a marca ficou extremamente associada à imagem da modelo Claudia Schiffer, que estreou campanhas entre 1992 e 1995. Ainda nesta década modelo como Naomi Campbell, Christy Turlington e Eva Herzigova estamparam seus catálogos ou apareceram em campanhas publicitárias. A partir de 2000 a MANGO associou sua imagem à modelos como Maja Latinovic, Inés Sastre, Karolina Kurkova e Milla Jovovich. E mais recentemente celebridades como Elizabeth Hurley, Lauren Hutton, Penélope Cruz, Scarlett Johansson e Kate Moss não somente associaram suas imagens à marca como também colaboraram com a criação de coleções.


A evolução visual 
A identidade visual da marca passou por apenas uma grande modificação ao longo dos anos. A alteração ocorreu em 2011 com a adoção de uma nova tipografia de letra, mais afinada e sofisticada, mas sem deixar de ser moderna.


Dados corporativos 
● Origem: Espanha 
● Fundação: 1984 
● Fundador: Isak e Nahman Andic 
● Sede mundial: Palau de Plegamans, Barcelona, Espanha 
● Proprietário da marca: Mango MNG Holding, S.L. 
● Capital aberto: Não 
● Chairman: Isak Andic Ermay 
● CEO: Enric Casi 
● Faturamento: €1.85 bilhões (2013) 
● Lucro: €120.5 milhões (2013) 
● Lojas: 2.700 
● Presença global: 109 países 
● Presença no Brasil: Sim 
● Funcionários: 11.200 
● Segmento: Moda 
● Principais produtos: Roupas e acessórios 
● Concorrentes diretos: Zara, Desigual, H&M, C&A, Topshop, Forever 21 e GAP 
● Website: www.mango.com 

A marca no mundo 
Atualmente a MANGO possui mais de 2.700 lojas espalhadas por 109 países ao redor do mundo, emprega 11.200 pessoas e, em 2013, faturou €1.85 bilhões. A empresa também vende online para países da Europa, Estados Unidos, Canadá, Turquia, Rússia, China, Japão e Brasil. A MANGO lança anualmente mais de 2.500 itens e vende aproximadamente 150 milhões de peças. Sua rede de lojas é alimentada por centros logísticos que enviam mais de 40 mil peças por hora. Mais de 83% das vendas da empresa são feitas fora da Espanha. 

Você sabia? 
O El Hangar Design Centre é o maior centro de design da Europa, com 14.000 m². Aqui são criados os conceitos, inovações, coleções e os modelos de roupas que vão ser produzidos em grande escala na Ásia ou no norte da África. 
A marca opera em alguns mercados com outros nomes. Por exemplo, nos Estados Unidos a marca é conhecida como MNG by Mango. Já no Brasil, onde a marca chegou a ter três lojas, fechadas em virtude da crise econômica que afetou drasticamente a Espanha, era conhecida apenas como MNG BARCELONA. A partir de 2012, mesmo que de forma tímida, a marca voltou a vender no Brasil através da loja virtual Daifiti. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Isto é Dinheiro), jornais (Valor Econômico), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand) e Wikipedia (informações devidamente checadas). 

Última atualização em 16/10/2014

10.1.14

DESIGUAL


A espanhola DESIGUAL é um dos verdadeiros fenômenos da moda atual com seu estilo “hippie fashion”. Conquistou jovens descolados, moderninhos e celebridades com roupas e acessórios cujo conceito sustentável, cores fortes e estampas diversas, aliados a ousadia, atitude e no diferente, transformou a marca venerada por milhões de consumidores em todos os cantos do planeta. 

A história 
A história começou com um jovem designer suíço chamado Thomas Andreas Meyer (foto abaixo). Era o início da década de 1980, e ele vendia camisetas estampadas com desenhos de grafite e manchas caleidoscópicas em um dos inúmeros mercados na paradisíaca ilha espanhola de Ibiza. Pouco depois, em 1983 o jovem Meyer desejava dar uma resposta à uniformização do vestuário. Não por acaso, a primeira peça criada por ele foi uma jaqueta feita com retalhos de calças jeans usadas. As jaquetas rapidamente se transformaram em um enorme sucesso e o jovem suíço queria achar um nome para lançar uma marca própria. Em 1984, trabalhando em conjunto com Isabel Coixet’s, ele escolheu o nome DESIGUAL, acompanhado pelo slogan “Desigual não é o mesmo”, criado para marcar mais do que um estilo, uma posição política a respeito da ditadura da moda. Com o conceito “Vestimos pessoas, não corpos” (“Vestimos personas, no cuerpos”), a DESIGUAL tentou inovar ao acreditar que as pessoas passariam a vestir-se “de uma maneira diferente”, apostando alto em camisetas, jeans e camisas com enfoque nitidamente urbano, ajudando assim a “gerar sentimentos positivos”. A ideia era que as pessoas usassem roupas confortáveis, coloridas, divertidas e diferentes.


No ano seguinte a marca apresentou sua primeira coleção. Já a primeira loja foi inaugurada em Ibiza no ano de 1986. E expandiu o negócio pela Espanha, iniciando por Barcelona e cidades vizinhas. Apesar do sucesso das roupas, a DESIGUAL sofria com decisões erradas no negócio. Porém, isso deu a oportunidade de repensarem a marca, lançando uma nova coleção, que incluía camisetas, calças, jaquetas, saias e vestidos para um público jovem e que se transformou em um grande sucesso de vendas, além das estamparias exclusivas, ousadas e irreverentes criadas pelo próprio Thomas Meyer. No início da década de 1990 a marca já estava consolidada na Espanha, com suas roupas sendo vendidas em lojas de departamento e multimarcas de grandes cidades, e decidiu exportar para França e Portugal. Porém, a DESIGUAL encontrou muitas dificuldades nesses mercados e resolveu criar uma rede de lojas próprias, inaugurando em 1996 novas lojas em Salou, Lloret de Mar e Platja d’Aro, três destinos turísticos badalados.


Em 1998 a marca inaugurou uma enorme loja em um badalado centro de compras na cidade de Barcelona. Após aumentar sua linha de produtos, a DESIGUAL inaugurou em 2002 a primeira loja fora de Barcelona, na cidade de Valladolid. Pouco depois, em 2004, a marca apresentou sua primeira coleção para crianças e inaugurou mais 24 novas lojas. No mês de outubro de 2006 a DESIGUAL inaugurou uma loja em Cingapura, a primeira fora do território espanhol. E a expansão internacional não parou por aí. Em 2007 uma moderna loja foi inaugurada na badalada Regent Street em Londres. Além disso, a marca lançou o “joya”, uma reinterpretação moderna e ousada do casaco (coat), uma peça que conseguiu transformá-lo popular novamente entre milhares de mulheres do mundo inteiro. 2009 foi um ano de suma importância para a marca: depois de abrir um corner dentro da loja de departamento Macy’s em Nova York, sua roupas começaram a serem vendidas em aproximadamente 500 lojas multimarcas pelos Estados Unidos. Foi também neste ano que as vendas externas superaram as do mercado espanhol. Era um indício de sucesso da globalização da marca espanhola. No ano seguinte a marca inaugurou a maior de suas lojas em uma localização badalada da cidade de Madri, com mais de 2.000 m². Além disso, inaugurou duas modernas lojas âncoras em Paris e San Francisco.
 

Nesse período, a DESIGUAL, além da linha adulta - feminina e masculina – e sua coleção para crianças, lançou peças para bebês, calçados (sapatos, tênis e botas), acessórios (como as descoladas e badaladas bolsas da marca, além de carteiras, lenços, bijuterias e cintos), perfumes e uma linha de artigos de decoração (Desigual Living). Todo esse conjunto apostava nas cores fortes, nas estampas “gritantes” e na irreverência para se diferenciar. A marca também lançou coleções temáticas, como a inspirada no canadense Cirque du Soleil, e investiu em parcerias, por exemplo, com o estilista francês Christian Lacroix. Depois, a DESIGUAL inaugurou uma descolada loja-conceito em plena Quinta Avenida, em Nova York, para marcar a expansão da marca em território americano.


Em novembro de 2013 a DESIGUAL, que já comercializava seus produtos através de algumas selecionadas lojas multimarcas, oficialmente desembarcou no Brasil com a inauguração de uma loja própria no shopping Pátio Higienópolis, em São Paulo, trazendo seu estilo único e espontâneo. A inauguração contou com DJ, distribuição de bolsas, pulseiras, óculos, balões, além de comida e aperitivos. O Brasil foi o 110º país a receber a marca, que estava presente na América Latina desde 2010 (a primeira unidade foi aberta na Colômbia), em mercados como Argentina, Chile, Panamá e Venezuela. Nos últimos anos, com o aumento cada vez maior da concorrência neste setor, perda de faturamento, fechamento de lojas deficitárias em mercados problemáticos (incluindo o Brasil), a DESIGUAL vem reagindo a uma economia hostil em grandes mercados onde está presente. Em 2018, a marca apresentou, em parceria com a Coca-Cola, uma coleção composta por peças originais, frescas e coloridas com o inconfundível logotipo da marca americana. A coleção era composta por uma série de peças com uma impressão vintage, mas absolutamente intemporal, desde camisas com designs simples até casacos de cabedal, onde o vermelho era a cor predominante.


Com roupas alegres e um modelo de negócios parecido com o de suas concorrentes Zara e H&M, a espanhola DESIGUAL conquistou milhões de consumidores em todas as partes do mundo. A marca leva o conceito “fast fashion” a sério: é capaz de entregar às lojas até 140 mil peças em um só dia. Para isso, conta com centros de distribuição em Nova Jersey (EUA), Hong Kong, Gavá e Viladecans. A marca coloca no mercado mais de 2.500 diferentes peças ao ano. Elas são distribuídas em lotes reduzidos, que não chegam exatamente da mesma forma em todas as lojas. Essa enorme agilidade é um ponto forte. A diversidade alta e a distribuição limitada diminuem a probabilidade de duas mulheres se encontrarem em um mesmo lugar com vestidos iguais. Além disso, entre outros aspectos essenciais para sua expansão, a marca adotou uma globalização agressiva e uma logística muito bem estruturada e eficiente.


Marketing ousado 
Um dos fatores apontados para tamanho sucesso da marca espanhola é o seu marketing agressivo. Uma das ações realizadas pela marca que mais chamaram a atenção é a chamada SEMINAKED PARTY, criada em 2005 e cujo mote era “Entre pelado e saia vestido”. Em algumas cidades do mundo, tanto no verão como no inverno, todos os anos, é comum em um determinado dia, pela manhã, centenas de pessoas - a maioria jovem - se aglomeraram diante de uma vitrine da DESIGUAL. Um detalhe chama mais a atenção do que o tamanho da fila: todos vestem somente roupas íntimas, apenas cuecas e lingeries. Isto porque os 100 primeiros podem entrar, vestir-se (com duas peças) e sair sem pagar absolutamente nada. Os demais ganham 50% de desconto. Todos são consumidores comuns que respondem ao anúncio da campanha da DESIGUAL todos os anos.


Outra ação surpreendente da marca, batizada de DESIGUAL KISSTOUR, ocorreu a partir de 2010, nas cidades de Berlim, Londres e Paris, onde centenas de casais se beijavam em belos parques também a convite da DESIGUAL, que aproveitou a paz e o amor para distribuir camisetas e balões com seu logotipo estampado. Com ações assim espalhafatosas, a marca espanhola vem chamando a atenção de milhões de jovens que frequentam lojas onde se encontra de tudo para vestir no dia a dia e se toca música alta, em um ambiente moderno e descolado.


A evolução visual 
O logotipo original da marca foi criado pelo artista catalão Pere Torrent e carregava um detalhe ousado: a letra S invertida. Esse logotipo ficou popular ao ser aplicado em fundos coloridos que mais pareciam pinturas abstratas. No início de 2019, a marca espanhola remodelou seu logotipo de forma radical e ousada. A identidade visual apresentava o nome da marca escrito de trás para frente. Mais uma atitude desigual da marca espanhola.


Com a nova identidade visual adotada em 2019, foi criado um símbolo para aplicação em ambientes digitais e também em produtos, como pode ser visto na imagem abaixo.


Os slogans 
Desigual it’s not the same. 
La vida es chula.


Dados corporativos 
● Origem: Espanha 
● Fundação: 1984 
● Fundador: Thomas Meyer 
● Sede mundial: Barcelona, Espanha 
● Proprietário da marca: Desigual S.L. 
● Capital aberto: Não 
● CEO: Thomas Meyer 
● Faturamento: €655 milhões (2018) 
● Lucro: Não divulgado 
● Lojas: 500 
● Presença global: 90 países 
● Presença no Brasil: Sim 
● Funcionários: 3.700 
● Segmento: Varejo (moda) 
● Principais produtos: Roupas, calçados e acessórios 
● Concorrentes diretos: Zara, H&M, Topshop, C&A, Mango, Uniqlo, Forever 21 e GAP 
● Ícones: As estampas e cores 
● Slogan: Desigual it’s not the same. 
● Website: www.desigual.com 

A marca no mundo 
Com faturamento anual de €655 milhões (dados de 2018), a DESIGUAL vende seus produtos em mais de 90 países através de 500 lojas próprias (com flagship stores em Nova York, Paris, Berlim, Amsterdã, San Francisco, Milão, Barcelona e Madri), 9.000 lojas multimarcas e 2.200 concessões em grandes lojas de departamentos. Além disso, a marca tem mais de 60 pontos de venda dentro dos 35 aeroportos mais movimentados do mundo. Empregando mais de 3.700 pessoas de 100 nacionalidades diferentes, a marca vende mais de 55 milhões de peças anualmente. Os maiores mercados da marca são a Espanha e os Estados Unidos. 

Você sabia? 
A preocupação da DESIGUAL com o bem estar do cliente vai além de uma roupa exclusiva. Até a iluminação dos espaços é pensada para valorizar as peças e criar um clima aconchegante. 
Os turistas brasileiros estão entre os maiores clientes da marca na Europa e nos Estados Unidos. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Exame, BusinessWeek e Isto é Dinheiro), jornais (Meio Mensagem e Estadão), sites especializados em Marketing e Branding (Mundo do Marketing e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers). 

Última atualização em 21/10/2019

9.10.13

HOLLISTER


Você já ouvir falar na marca HOLLISTER? Se ainda não, basta perguntar para seus filhos, adolescentes ou qualquer jovem descolado, que você irá perceber a força desta marca americana. Representada pela silhueta de uma gaivota estilizada, suas roupas foram praticamente transformadas em uma espécie de uniforme por milhões de adolescentes no mundo inteiro. 

A história 
Tudo começou em meados dos anos de 1990 quando a tradicional Abercrombie & Fitch (conheça essa história aqui) identificou que havia espaço no mercado americano para a criação de uma segunda marca que vendesse roupas e acessórios com preços mais acessíveis e para um público mais jovem. Para diferenciar essa nova marca da Abercrombie, a empresa resolveu que as roupas e acessórios teriam um estilo jovem, aventureiro e um visual praiano do sul da Califórnia (conhecido em inglês como SoCal), como por exemplo, camisetas coloridas, jeans com cara de usado, bermudas, roupas de praia, moletons confortáveis e chinelos de dedo. Foi então que surgiu a HOLLISTER COMPANY, também conhecida como HCo. A nova marca, além da diferenciação de preço, foi posicionada tendo como público alvo os consumidores com idades entre 14 a 18 anos.
   

Mas não bastava apenas lançar uma nova marca no competitivo mercado americano. Era preciso utilizar uma estratégia de marketing diferenciada para criar um conceito e uma identidade. E para isso a empresa resolveu criar uma história, mesmo que fictícia, que contasse as origens da HOLLISTER (fato revelado e assumido somente em 2015). E a pseudo-história (chamada na comunicação de storytelling) para justificar sua criação tem início com o personagem John M. Hollister, um jovem aventureiro americano que passou a infância praticando esportes nas pacatas águas do Maine, e se formou na tradicional Universidade de Yale, que após renegar a vida “conservadora” herdada do pai, comprou um veleiro, viajou o mundo e, devido a sua paixão pelo Pacífico Sul, decidiu abrir em 1922 um pequeno negócio na bela praia californiana de Laguna Beach, que inicialmente vendia artesanato e bijuterias locais. John e sua mulher, Meta, tiveram três filhos. Um deles era o ex-surfista profissional John M. Hollister Jr., que ao assumir o pequeno negócio familiar em 1957, adicionou artigos e equipamentos de surfe, fazendo com que, em poucos anos a HOLLISTER se tornasse uma das mais populares marcas do estilo de vida no segmento de casual wear.
  

Com tudo isso minuciosamente arquitetado e uma história romantizada a HOLLISTER inaugurou em 27 de julho de 2000 sua primeira loja, localizada no Easton Town Center no centro da cidade de Columbus, estado de Ohio. O sucesso entre os adolescentes americanos foi quase imediato. Em 2001 a marca lançou suas primeiras fragrâncias no mercado. Em pouco mais de cinco anos, outras lojas da marca foram inauguradas em grandes e médias cidades americanas. Além disso, o sucesso da HOLLISTER entre os turistas fez com que a empresa iniciasse um forte plano de expansão internacional, inaugurando sua primeira unidade no exterior no mês de janeiro de 2006 na cidade de Toronto no Canadá. Foi a partir de 2007, após um investimento superior a US$ 10 milhões, que a marca iniciou a instalação de enormes telões imitando janelas que transmitiam imagens ao vivo da praia de Huntington Beach na Califórnia. Foi uma bem-sucedida tentativa de “encantar” o consumidor, presenteá-lo com uma narrativa bonita e ofertar um conto de fadas coerente com a experiência que a marca propunha.
   

Em 2008 a marca inaugurou sua primeira loja no continente europeu, localizada na cidade de Londres. Além disso, introduziu uma completa linha de produtos para o cuidado do corpo. Em 2009 a marca inaugurou em Nova York sua primeira loja âncora (chamada em inglês de flagship store), localizada no descolado bairro do SoHo, que mais parecia uma casa de praia: toda de madeira por dentro, meio escura, com várias poltronas onde era possível relaxar e observar com calma as “janelas” feitas de telas planas que mostram vários pontos da praia de Huntington Beach ao vivo. Essa loja tinha 6.000m² divididos em 4 andares mais o subsolo.
   

Nos anos seguintes a HOLLISTER inaugurou lojas em Roma, Milão, Berlim, Frankfurt, Hamburgo, Colônia, e depois nas cidades de Barcelona, Madri e Dublin. Em 2011 a marca inaugurou sua primeira unidade em Hong Kong e, no ano seguinte, na Coréia do Sul, ingressando assim oficialmente no enorme mercado asiático.
   

Em poucos anos no mercado a HOLLISTER conseguiu criar uma atmosfera única, descolada, voltado ao público jovem, estilo surfwear, atenta aos detalhes e diferenciada. Bastava entrar em sua loja de dois andares localizada na badalada 5ª Avenida em Nova York, inaugurada no final de 2010, para perceber isso. Dois rapazes bonitos e sarados, de bermudão de praia, óculos de sol e protetor solar, mesmo quando fazia frio na cidade, recepcionavam os clientes já na calçada. Ao invés de vitrines inúmeras televisões de alta definição interligadas formavam um paredão com incríveis imagens das parias californianas, com direito ao barulho das ondas. Mas era ao ingressar na loja que essas características ficavam mais nítidas: arquitetura em estilo vintage, com direito a pranchas de surfe, móveis de madeira e tapetes desgastados, um imenso telão perfeitamente encaixado entre os frisos de madeira imitando uma janela exibiam imagens, algumas ao vivo, da bela praia californiana de Huntington Beach, fazendo com que os clientes literalmente se sentissem exatamente lá. Além é claro, de vendedores malhados com shorts de praia e meninas de biquínis e saída de praia. A música alta (marca registrada do Grupo Abercrombie, da qual a marca faz parte) e as luzes baixinhas do interior da loja criavam ao mesmo tempo uma atmosfera intimista e descontraída. Uma fragrância agradável também completava a ambientação do local.
  

Até 2012, a HOLLISTER comandava o varejo americano de vestuário para adolescentes e chegou até mesmo a superar em popularidade sua marca mãe, a Abercrombie & Fitch. As escolas secundárias americanas estavam repletas de gaivotas. As vendas chegaram a superar US$ 2 bilhões. Eis que, a partir de 2013, as coisas começaram a desandar. Além da agressiva concorrência no setor, o então CEO da empresa, Mike Jeffries, se envolveu em diversas polêmicas. Por exemplo, afirmou que suas marcas, incluindo a HOLLISTER, não eram para ser vestidas por pessoas feias ou acima do peso. Não por acaso, suas lojas eram repletas de modelos ostentando suas barrigas chapadas. Isso, no entanto, criou diversas campanhas contra a marca, que acabou sofrendo rejeição de parte do público. No fim de 2014, com resultados financeiros insatisfatórios e pressão popular, Jeffries foi demitido e uma nova executiva assumiu.
  

Sob novo comando, a HOLLISTER foi reposicionada em 2016 como uma versão alegre e descontraída de sua antiga imagem elitista. Além disso, lojas foram fechadas, e outras ganharam um novo design. Modelos sarados e belas mulheres sumiram da comunicação da marca. Foi lançado também um novo programa de fidelidade e houve uma reformulação em suas roupas (se tornaram menos coloridas e chamativas), que provocaram um impacto tangível no desempenho da HOLLISTER. Camisetas modernas e jeans desgastados chegaram com tudo. A gaivota, que antigamente era um selo de aprovação dos jovens descolados, passou a ter papel bem menor em suas roupas e produtos. A marca passou a investir também em mercados emergentes, onde a HOLLISTER ainda tinha certa aura de exclusividade. Somente na China foram abertas 10 lojas. A HOLLISTER também relançou, em 2017, a Gilly Hicks (criada em 2008), marca de lingeries e roupas íntimas do grupo Abercrombie e Fitch. O resultado dessas inúmeras mudanças: em 2019 a HOLLISTER voltou a ganhar relevância em seu segmento. E apesar da crise vivida nesses últimos anos, a HOLLISTER continua sendo considerada um dos melhores exemplos de lifestyle bem aplicado no ambiente de varejo.
  

A evolução visual 
A identidade visual da marca passou por pequenas alterações ao longo dos anos. A tradicional silhueta de uma Seagull (gaivota) voando, ave geralmente associada ao litoral e ao conceito de liberdade, manteve sua forma e importância como principal símbolo da HOLLISTER. Assim como a cor marrom. A tipografia de letra foi levemente alterada (afinada) e a palavra Califórnia adicionada ao logotipo. Essa identidade visual também pode ser aplicada em outras cores (como azul-marinho) e sem a palavra Califórnia.
    

Dados corporativos 
● Origem: Estados Unidos 
● Lançamento: 27 de julho de 2000 
● Criador: Abercrombie & Fitch 
● Sede mundial: New Albany, Ohio, Estados Unidos 
● Proprietário da marca: Abercrombie & Fitch Co. 
● Capital aberto: Não (subsidiária) 
● CEO: Fran Horowitz 
● Faturamento: US$ 1.5 bilhões (estimado) 
● Lucro: Não divulgado 
● Lojas: 500 
● Presença global: 22 países 
● Presença no Brasil: Não 
● Segmento: Moda casual 
● Principais produtos: Camisetas, camisas polo, bermudas, jeans, moletons, bonés, perfumes e bolsas 
● Concorrentes diretos: Aéropostale, American Eagle, GAP, Old Navy, Jack Wills e H&M 
● Ícones: Gaivota estilizada 
● Website: www.hollisterco.com 

A marca no mundo 
Atualmente a HOLLISTER, marca mais importante da Abercrombie & Fitch Co., possui aproximadamente 500 lojas em 22 países. Além de estar presente nos Estados Unidos (onde tem aproximadamente 350 lojas), a marca possui forte presença de mercado no Reino Unido, Alemanha, França, China e Canadá. O faturamento anual estimado da HOLLISTER é de aproximadamente US$ 1.5 bilhões. 

Você sabia? 
Durante anos a marca utilizou o slogan “Complete lifestyle brand for teens”
Hoje em dia a HOLLISTER está entre as cinco marcas de roupas preferidas pelos adolescentes americanos. 
Uma das poucas claras manifestações sobre a origem fictícia da marca é encontrada no perfume batizado de JAKE, lançado em 2005 e que faz uma homenagem e conta a história do “pseudo-fundador” John Hollister e seu filho. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Isto é Dinheiro), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers). 

Última atualização em 31/3/2021