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9.6.06

CITROËN


O nome CITROËN com seu incomparável logotipo tem sido sinônimo de inovação, design, aventura e prazer por quase um século. Sua história está recheada de inúmeros fatos que deixaram sua marca registrada na indústria automotiva europeia e mundial. Afinal, desde 1919 a CITROËN coloca criatividade e tecnologia em seu DNA. 

A história 
Quando o engenheiro André Citroën começou a vender carros com o seu sobrenome em 1919, ele já era um especialista em métodos de produção em massa e em tecnologia automotiva. Fundou sua primeira empresa em 1902 depois de completar o serviço militar. Registrou a patente de uma técnica de corte de engrenagens que havia descoberto na Polônia, cuja principal característica era o formato dos dentes em “V”. Em 1907, ele descobriu a indústria automobilística quando concordou em ajudar a Mors, uma problemática fábrica de carros sediada em Paris, mas famosa por bater recordes de velocidade no início do século. Aceitou o desafio de recuperar a empresa e começou a trabalhar duro, reorganizando as oficinas e definindo novos modelos. Em poucos anos, os carros Mors atraíam cada vez mais consumidores, a situação financeira melhorou e a empresa voltou a ter lucros. Em 1912, a Citroën-Hinstin se transformou em uma sociedade anônima das engrenagens. No mesmo ano, em uma viagem aos Estados Unidos, ele visitou as fábricas de Henry Ford e se familiarizou com os princípios de organização do trabalho nas oficinas. Como Henry Ford, ele decidiu produzir um modelo simples de automóvel com forte apelo popular. Ele revolucionou o mercado ao fundar em 1919 a Automobiles André Citroën S.A. e apresentar ao público Type A 10CV, um veículo que atingia velocidade máxima de 65 km/h. O preço de lançamento foi de 7.950 francos, excepcionalmente baixo para a época.


Fabricado já com técnicas de produção em série, o Type A foi lançado com carroceria completa incluindo quatro rodas de metal estampada com pneus, estepe, dois faróis e um motor elétrico de partida. No intervalo de apenas um ano, a CITROËN vendeu 10.000 veículos. Sempre um passo a frente, André apresentou uma série de placas sinalizadoras esmaltadas em 20 de fevereiro de 1921, tudo para ajudar os franceses a se orientarem nas estradas. Pouco depois, em 12 de julho, foi lançado o segundo modelo de seu acervo: o B2, uma versão mais potente e avançada do Type A. Foi neste mesmo ano que a empresa começou a conquistar outros mercados, exportando 3 mil carros, em grande parte para países europeus. Já o 5CV, apresentado no Salão de Paris de 1922 e logo apelidado de “Trèfle” (“trevo”, em português), foi o primeiro automóvel realmente popular produzido em série na Europa. Em 1923 sua primeira subsidiária foi inaugurada na Inglaterra. Ainda neste ano, mais uma ação ousada de marketing: André Citroën começou a fabricar carros de brinquedo (miniaturas dos modelos reais, que venderam mais de 30.000 unidades nos primeiros dez anos). Ainda este ano, a marca apresentou o B10, o primeiro carro com a carroceria inteira de aço, substituindo as combinações de madeira/metal.


Convencida que o mundo cada vez mais necessitaria de automóveis, a empresa inaugurou em 1924 uma rede de subsidiárias em Bruxelas, Amsterdã, Colônia, Milão, Genebra e Copenhagen para escoar aproximadamente 17 mil carros exportados. Em 1925, em mais uma atitude inovadora, a CITROËN publicou seu primeiro manual de reparação com um catálogo de reposição de peças para distribuidores. Ainda nesse ano, a rede de concessionárias dentro do território francês atingia o número de 5 mil unidades. O sucesso era tamanho, que em 1926, quase um terço dos veículos que rodavam nas rodovias francesas era produzido pela empresa. E as novidades não pararam: apresentou o B14, um carro popular com recursos de luxo; e o B15, primeiro carro comercial francês com a cabine fechada. Apenas 10 anos depois de sua fundação, a Automobiles André Citroën S.A. já era a quarta maior fabricante de automóveis no mundo e a líder absoluta na Europa, muito à frente de suas rivais francesas Renault e Peugeot. André Citroën se tornara um homem rico e festejado, frequentando os ambientes mais exclusivos e privado da aristocracia, chefes de estado e celebridades internacionais.


Em 1929, demonstrando novamente seu impulso pioneiro, André Citroën abriu as portas da fábrica ao público, durante o Paris Motor Show. André estava à frente de seu tempo no uso da comunicação moderna e da propaganda. Entre 1919 e 1934, usou diversas formas de comunicação à disposição para divulgar a marca e seus produtos. Alguns exemplos incluem caligrafar o nome da empresa nos céus de Paris com um rastro de fumaça deixado por um pequeno avião, sinais de estrada, a iluminação da Torre Eiffel com a palavra CITROËN, a maior loja da Europa em Paris, além de patrocinar expedições à Ásia e África, com a intenção de demonstrar o potencial de seus carros equipados com sistemas de tração Kegresse para regiões de climas hostis. As expedições foram um sucesso de publicidade. Além disso, André era um especialista em criar fatos e foi pioneiro na arte do vazamento controlado. Deixava “escapulir” pequenas informações sobre seus futuros lançamentos, e os meios de comunicação e o público se encarregavam de transformar aquilo no assunto do momento. Mas as inovações de marketing de André não se limitavam à comunicação. Além de oferecer garantia e seguro, peças de reposição, em suas concessionárias era possível fazer um test drive e até mesmo comprar um carro a prazo - até então, ninguém havia pensado nessas coisas.


A invenção do motor flutuante, que ao ser colocado sobre lâminas de borracha evitava que vibrações fossem transmitidas ao carro, desenvolvido em 1932, conquistou a imaginação de André Citroën, que comprou a licença exclusiva de sua utilização na Europa. No início os carros tornaram-se um sucesso. Mas logo os competidores, que ainda usavam madeira na estrutura de seus veículos, passaram a adotar o novo design. André não teve oportunidade para redesenhar a estrutura de seus veículos e estes passaram a ser vistos como retrógrados. A CITROËN vendeu grandes quantidades apesar do visual retro de seus automóveis, pois o baixo custo e a leveza dos modelos eram seus pontos mais fortes. Isto encorajou André a desenvolver o Traction Avant, um carro tão inovador que não haveria concorrentes à altura em competições automobilísticas. O modelo tinha três características revolucionárias: a estrutura monobloco, suspensão independente nos pneus dianteiros e a direção frontal. O modelo foi lançado em 1934, e revolucionou a indústria automobilística, sendo o primeiro com tração dianteira a ser produzido em grande escala. Fabricado por 23 anos, de maio de 1934 a julho de 1957, seu modelo original atingiu rapidamente a marca de 300 veículos comercializados por dia.


Mesmo o lançamento do Traction Avant não resolveu as sérias dificuldades econômicas da empresa, que não conseguia cumprir com seus compromissos financeiros. Nesta época a CITROËN era a líder em fabricação de veículos na França e na Europa, e a segunda maior do mundo. O governo francês pediu então a Pierre Michelin (sim, o sobrenome é dos pneus), o maior credor, para assumir a empresa e colocá-la novamente em base sólida. No mês de julho de 1935, em virtude de uma grave doença morreu André Citroën. No ano seguinte, a empresa apresentou o 11MI diesel, primeiro automóvel de passageiros do mundo a utilizar um motor diesel. Durante a ocupação alemã da França na Segunda Guerra Mundial, a empresa continuou com seu trabalho, desenvolvendo conceitos que mais tarde chegariam ao mercado, como o modelo DS (carinhosamente apelidado por boca-de-sapo). Esses modelos foram largamente criticados pelos jornalistas contemporâneos como radicais e até mesmo como soluções avant garde para o design de automóvel. Isto iniciou um estranho período de lealdade à CITROËN, normalmente visto apenas em marcas como Porsche e Ferrari, gerando uma espécie de desejo pelos automóveis por parte dos “Citroënistas”, que duraria quase duas décadas.


Durante o período da guerra a produção de veículos caiu drasticamente de 100.000 unidades para aproximadamente 9.000. Com o término do conflito a montadora lançou o novo modelo do 5CV, um automóvel que surpreendeu a Europa e se transformou em sinônimo de carro popular na França. Nesta época, percebendo a necessidade da popularização do automóvel, Pierre Michelin, então proprietário da montadora, ordenou um estudo para desenvolvimento de um automóvel pequeno e com custo baixo de produção, sendo assim acessível a quem não poderia comprar um meio de transporte individual. O resultado foi o lançamento em 1948 do CITROËN 2CV, um veículo destinado a operários e agricultores. Era a popularização do automóvel através de um carro barato, leve e de carroceria simples. Produzido até 1990, o modelo vendeu mais de 5.1 milhões de unidades em suas 30 versões lançadas no decorrer dos anos e rapidamente se tornou um item de colecionador.


O prestígio da montadora era tamanho que, em 1951, o CITROËN 15V se tornou o carro oficial do governo francês. Ainda este ano a montadora começou a produção do 2CV Van, com mais de 1.200.000 unidades comercializadas até março de 1978. Para atender as solicitações dos consumidores, a CITROËN incrementou em 1952 os veículos Traction Avant adicionando extensão traseira, que dobrou o espaço de carga. Em 1954, a CITROËN estreou a suspensão traseira hidropneumática de altura constante que iria modificar a concepção mundial de veículos. Ainda neste ano, lançou seu primeiro caminhão com tração nas quatro rodas, o 46 CDU, equipado com motor de 95cv, seis cilindros e movido à diesel com capacidade de carga de 5.000kg. No dia 6 de outubro de 1955, o Paris Motor Show abriu cena para uma revolução de tecnologia e design. A montadora apresentou o CITROËN DS, um carro que parecia ter vindo da ficção científica. Aparência original, design interior futurista, suspensão hidropneumática e assistência hidráulica. Foram 750 vendas em 45 minutos e 12.000 em um só dia. Aproximadamente 80.000 unidades vendidas até o fim do evento. Pouco depois, em 1957, a marca encerrou a produção do Traction Avant, foram vendidas mais de 750.000 unidades desde seu lançamento.


Em 1960, no Paris Motor Show, a marca apresentou o DS 19 Cabriolet (conversível), com a carroceria feita por Henri Chapron. Uma vasta gama de opções customizadas estava disponível: 76 combinações de cores, 13 cores de carroceria e 11 tons para o acabamento de couro e estofamentos. A década de 1960 também foi marcada pelo estilo e linhas contemporâneas da montadora. A suspensão hidropneumática de carga constante, lançada inicialmente no eixo traseiro do último modelo 15 Six, criou novos padrões de conforto e eficiência. Em 22 de agosto de 1962, esse sistema salvou a vida do general Charles de Gaulle durante um atentado em Petit-Clamart. Os pneus do DS onde estava o presidente foram perfurados por balas, mas o carro permaneceu na estrada sem nenhum outro dano. No final desta década, em 1969, a CITROËN deixou seus concorrentes para trás mais uma vez com o lançamento do DS 21, o primeiro veículo de produção francesa a ter injeção eletrônica. Em 1970 foi lançado pela empresa, um carro como nenhum outro, com a participação da italiana Maserati: o modelo SM com motor V6, 170 cavalos de potência e sistema “Diravi” de direção hidráulica com assistência elétrica. As suas qualidades dinâmicas atraíram uma base de clientes e admiradores na França e na Europa, bem com nos Estados Unidos.


Em meados desta década, a montadora francesa, que sofria grandes perdas financeiras, muito em virtude do fracasso do motor rotativo Comotor, estava debilitada e incapaz de lutar contra a queda do mercado automobilístico que acompanhou o embargo do petróleo em 1973. Este era um sinal ameaçador do que ainda estaria por vir, e, em menos de um ano a montadora estava à beira da falência. O Governo Francês, receoso com demissões em massa, coordenou as negociações que resultaram, em dezembro de 1974, na fusão entre a Automobiles Citroën e a Automobiles Peugeot, formando assim uma única empresa chamada PSA PEUGEOT CITROËN (atualmente chamada PSA Groupe). A fusão bem sucedida foi a salvação para ambas as montadoras. Ainda este ano foi lançado o CITROËN CX, que apresentava os avanços tecnológicos mais recentes da marca, como por exemplo, o conjunto do motor e caixa de câmbio transversal dianteira, suspensão hidropneumática e rodas independentes (mantendo o veículo em altura constante), vidro traseiro côncavo e um painel de instrumentos futurista. Em 1981, James Bond, pilotou um 5CV no filme “007 somente para meus olhos”, proporcionando grande visibilidade para marca francesa no mundo inteiro. No final desta década, em 1987, mais uma inovação: todos os veículos CITROËN passam a vir com garantia anti-corrosão de 5 anos.


Em 1991 a montadora inaugurou fábrica na China, ingressando assim em um enorme mercado consumidor, e pouco depois, lançou o modelo XANTIA, um carro que aliava conforto e modernidade. Nos anos seguintes a empresa lançou inúmeros modelos de sucesso como o BERLINGO; o XSARA, que se beneficiava de uma estética bem sucedida, tornando-se o precursor em seu segmento; o popular compacto C3; a perua XSARA PICASSO, um sedã monovolume que foi introduzido com um maravilhoso comercial denominado “Robot”; o C5, que foi lançado com muita pompa, destacando, principalmente, os recursos tecnológicos e conforto do veículo; e o moderno C8, última geração de vans de alta tecnologia posicionada no topo da linha de veículos de uso múltiplo e aplicação essencialmente familiar. Outra inovação da marca foi a criação em 2010 da divisão de luxo DS (que recentemente passou a ser uma marca independente da CITROËN), que fazia até então uma releitura dos principais modelos da marca francesa com uma pegada mais descolada ou mesmo luxuosa. Com inovações tecnológicas e muito design, em 2015 a CITROËN, apesar da forte concorrência, alcançou seu melhor nível de vendas desde 2012 na Europa, seu principal mercado. Esses resultados decorreram do sucesso dos modelos C4 Cactus (repleto de inovações, que constitui uma alternativa ao segmento de crossovers compactos), Novo C1, C4 Picasso e o Novo Berlingo, líder do seu segmento.


A linha do tempo 
1930 
Lançamento da versão comercial do C4. Modular e funcional, tinha assento traseiro removível e porta traseira em duas partes. A versão família do C4 diminuiu 7 cm, ganhou novo carburador, caixa de câmbio, tornando-se o C4-F. 
1939 
Lançamento do veículo comercial TUB (Transport Utilitaire série B), uma van com design moderno, tração dianteira e porta de correr lateral. Este modelo e o Type H, produzido entre 1948 e 1981, anteciparam os modernos veículos utilitários leves com tração nas rodas dianteiras, carroceria monobloco de aço, assoalho liso e baixo para facilitar o serviço de carga, porta lateral deslizante, fácil acesso e posição avançada para o motorista. 
1949 
Lançamento do TYPE HZ, uma van compacta com limite de carga de 850 kg e velocidade máxima de 88 km/h. 
1953 
lançamento do veículo comercial TYPE 55, equipado com motor de 76cv e movido a diesel, com capacidade de carga de 5.000 kg. A montadora também produziu uma versão de ônibus, o 55 UADI, com motor de 6 cilindros movido a diesel e capacidade para 29 assentos. 
1961 
Lançamento do AMI 6 para preencher o segmento intermediário entre o popular 2CV e o luxuoso DS, ampliando consideravelmente sua faixa de clientes. Seu principal diferencial era o estilo ousado. O vidro traseiro invertido, além de contribuir para o design, era uma solução para satisfazer a exigência da diretoria da montadora que considerava que todo sedã deveria ter um porta-malas, tarefa difícil em um carro de apenas 3.86m de comprimento. Desta forma Flaumino Bertoni (que projetou o carro pessoalmente) conseguiu atender a diretoria e ainda criar um design inovador, firmado pelos faróis retangulares, capô baixo e portas. Em 1964 seria apresentada a versão perua, que oferecia cintos de segurança opcionais em todos os seus veículos. 
1968 
Expande sua linha de veículos de dois cilindros com o lançamento do MÉHARI, um veículo original e versátil, cuja carroceria de plástico prevenia corrosão e resistia a pequenos impactos. 
1976 
Lançamento do LN, resultado de uma parceria entre a Peugeot e a CITROËN. O modelo nada mais era que o Peugeot 104 com duas portas, motor herdado do CITROËN 2CV e o tradicional logotipo da marca na grade dianteira. A imprensa e o público não perdoaram a falta de originalidade da CITROËN, que até então surpreendia com modelos revolucionários e atraentes. 
1980 
Lançamento do 2CV CHARLSTON, com carroceria pintada em dois tons de cores e faróis arredondados. Originalmente planejado como uma série especial de 8.000 exemplares foi um sucesso tão grande que se tornou um modelo produzido em série em 1981. 
1982 
Lançamento do BX com três versões de motorização. O modelo era um automóvel de linhas retas, com cinco portas e a traseira com um leve caimento. Em dezembro de 1993 a produção do BX foi encerrada, com o modelo alcançando a marca de 34 versões introduzidas no decorrer dos anos. 
1989
Lançamento do XM, primeiro carro de produção do mundo a contar com um sistema de suspensão que combina a inteligência da eletrônica com o poder e a flexibilidade do sistema hidráulico.
1991 
● Lançamento da linha ZX composta por quatro modelos de automóveis de porte médio, cada qual com características e identidade próprias. Os modelos Reflex, Avantage, Aura e Volcane foram desenvolvidos para quatro diferentes tipos de consumidores, cada um com um motor de quatro cilindros a gasolina, que se adaptavam facilmente a diversos tipos de terreno, em diferentes países. Também foi o primeiro automóvel europeu a ser vendido com um banco traseiro deslizante com encostos de inclinação ajustáveis. No mesmo ano no Salão de Frankfurt foi lançado o ZX Diesel. 
1993 
Lançamento do XANTIA, um sedã de cinco portas com design externo que enfatizava a personalidade de elegância e refinamento: capô com três nervuras, grade destacando o famoso “Chevron” (logotipo da CITROËN) e faróis alongados no sentido horizontal. Os pára-choques, volumosos e arredondados, receberam pintura na cor da carroceria que reforçava sua aparência de robustez e forte personalidade. O modelo teve sua produção encerrada em 2001, com vendas superiores a 1.2 milhões de unidades, tornando-se um dos maiores sucessos da montadora francesa. 
1994 
Lançamento da JUMPER, uma van de tamanho grande, especialmente desenvolvida para atividades comerciais. 
1995 
● Lançamento do JUMPY, um furgão compacto para atender ao mercado de veículos comerciais leves. Funcional e versátil tinha capacidade de carga útil de 815 kg. 
Apresentação do SAXO, carro de porte pequeno e urbano, baseado no PEUGEOT 106. O carro não agradou aos consumidores e foi retirado do mercado em 2003. 
1996 
Lançamento do BERLINGO, que trazia um design inovador e diversos equipamentos de segurança nada comuns em utilitários comerciais. Robusto e prático tinha tração dianteira e quatro rodas independentes. A nova geração do modelo foi lançada em 2008, consolidando sua liderança incontestável de mercado na Europa (17 países), com mais de 1.800.000 unidades vendidas desde seu lançamento. 
1997 
Lançamento do XSARA, um carro de médio porte nas versões de 3 e 5 portas. O modelo foi produzido até 2004.
1999 
Lançamento do XSARA PICASSO, uma minivan compacta. Com linhas dianteiras fluidas, pára-choque dianteiro alongado, capô ligeiramente arredondado e faróis marcantes o modelo tinha um design único. O sucesso entre os consumidores transformou o modelo em um fenômeno de vendas. 
2001 
Lançamento oficial do CITROËN C5, um veículo que além de incorporar todas as vantagens de um sedã, representava um passo adiante na direção de um projeto estrutural novo e no uso racional do amplo espaço interno. Também foi lançada a versão perua (station wagon). A nova geração do modelo, lançada em 2008, fez lembrar os tempos de André Citroën, que graças ao seu espírito criativo conseguia sempre surpreender tudo e todos com as inovações tecnológicas que cada modelo apresentava. 
2002 
Lançamento do CITROËN C8, uma van com sete lugares e 4.7 metros (o comprimento da S10 cabine dupla), que esbanjava luxo, conforto e praticidade. Em apenas dois anos o veículo já havia vendido quase 80.000 unidades. 
Lançamento do CITROËN C3, um compacto que se tornou um dos mais bem sucedidos modelos da montadora francesa. Trata-se de um carro de personalidade jovem e marcante, desenvolvido para quem valoriza o bom gosto. Além disso, era o único modelo do segmento a oferecer equipamentos como direção elétrica progressiva, que proporciona maior segurança, economia de combustível e prazer ao dirigir. Em 2016 foi lançada a terceira geração do modelo. 
2003 
Lançamento do CITROËN C2, um automóvel compacto de três portas, prático e confortável. 
Lançamento do CITROËN C2 VTS, versão esportiva do modelo original. 
Lançamento do CITROËN C3 PLURIEL, sinônimo de dinamismo e sedução. Desde que foi lançado, o modelo foi utilizado pela CITROËN como atrativo para novos clientes: um automóvel (com uma capota multifuncional que pode ser montada de várias maneiras diferentes) de formas nada comuns e uma variação do C3 com linhas diferentes daquelas utilizadas no hatch compacto. O modelo é um três portas que podia assumir quatro configurações: sedã panorâmico, com ampla área de teto aberta; Cabriolet, um targa; Spider, um conversível de quatro lugares; e Spider Pickup, em que a área de bagagem faz as vezes de caçamba. 
2004 
Lançamento do CITROËN C4, com estilo forte e inovador, acessórios que garantem conforto e segurança e um motor potente. Seus traços retos e linhas elegantes são responsáveis não só por sua aparência forte e dinâmica, mas também por seu excelente resultado aerodinâmico (Cx 0,28), recorde em seu segmento. O modelo traz um curioso vidro traseiro dividido em dois. Em 2010 foi apresentada a segunda geração do modelo. 
2005 
Lançamento do CITROËN C1, um compacto de preço atrativo para completar a gama de modelos da montadora. O menor modelo da marca possui apenas 3.43 metros de comprimento e tem capacidade para quatro pessoas, incluindo o motorista. Mas apesar de seu tamanho, dispõe de um espaço interno generoso, estabilidade e segurança. 
Lançamento do luxuoso sedã CITROËN C6. Sendo comparado com clássicos como o Mercedes-Benz E 350, BMW 535i, Audi A6, Jaguar S-Type e Volvo S80, o C6 não deixava nada a desejar. 
2006 
Lançamento do CITROËN GRAND C4 PICASSO, uma minivan com os mais altos níveis de conforto interno e equipamentos de segurança, inclusive para os seis passageiros que comporta. Com uma excepcional entrada de luz pelo pára-brisa, estilo único, cabine modular e grande dirigibilidade o modelo é garantia de conforto e de uma experiência única. Com um impressionante ângulo de visão de 70º (geralmente os veículos possuem 35º) e com barras laterais muito finas, a visibilidade do modelo é um de seus pontos fortes. A luz externa irradia dando uma sensação de liberdade reforçada pelo teto panorâmico (opcional) e as janelas laterais extensas. 
2007 
Lançamento do CITROËN C4 PALLAS, versão sedã do famoso modelo, introduzido no mercado com direito ao astro Kiefer Sutherland – o Jack Bauer do seriado “24 Horas” – como garoto-propaganda. O modelo tem o nome inspirado na deusa da mitologia grega, Pallas Atena, que simboliza a verdade e a sabedoria. Com estilo marcante e inovador, cinco versões de acabamento e garantia de três anos o modelo fazia jus a seu nome de Deusa. 
Lançamento do CITROËN C CROSSOVER, primeira SUV (veículo utilitário esportivo) da marca capaz de transportar até 7 pessoas em qualquer tipo de terreno. Com um design de linhas fortes e elegantes, tração nas quatro rodas e freios de alto desempenho, o modelo combina competência, dinâmica de padrão elevado e conforto. 
Lançamento do CITROËN NEMO, automóvel comercial inspirado no peixe Nemo, do filme da Disney “Procurando Nemo”, com design compacto, porém robusto, sendo perfeito para escapar de situações de trânsito complicado, com um bom volume interno. A versão COMBI, lançada em 2008, é destinada ao transporte de passageiros. 
2008 
Lançamento do CITROËN C3 PICASSO, menor automóvel desta linha de sucesso (na verdade uma minivan compacta), cujo conceito inovador se destacava por seu estilo arrojado, arquitetura inovadora e engenhosa concepção. 
2010 
Aderindo à atual tendência mundial da indústria automobilística que investe em carros com propulsão alternativa, deixando de lado os combustíveis poluentes, a montadora lançou no Salão de Automóvel de Paris em outubro o seu modelo totalmente movido a energia elétrica, o C-ZERO. Mecanicamente seu motor pode render 64CV de potência com suas baterias de Ion Litio que possuem autonomia de 150 quilômetros e tempo de recarga completa de seis horas. Os equipamentos de série são os mesmos de outros modelos como: freios ABS, controles de tração e estabilidade, ar condicionado automático, seis airbags e luzes noturnas. 
Lançamento do CITROËN DS-3, um automóvel super mini que mescla características da linha DS de 1950 com as do C3. Além disso, existem 38 combinações de cores, 12 modelos diferentes de rodas e três configurações de equipamentos. 
Lançamento do C3 AIRCROSS, versão esportiva do modelo C3 PICASSO. 
2011 
Lançamento do CITROËN DS-4, uma variante do C4 só que com mais esportividade e luxo, como os assentos, portas e a parte superior do painel revestido em couro. Traz ainda sistema de áudio com tratamento sonoro e massageadores com regulagem lombar elétrica nos assentos da frente. 
2012 
Lançamento do C4 AIRCROSS, ingressando assim em um segmento de rápida expansão, com um modelo que combina ao design robusto de um SUV muita inovação tecnológica. 
Lançamento dos modelos C4 SEDAN e C-ELYSÉE, dois sedãs destinados principalmente a mercados emergentes, como a Bacia do Mediterrâneo, a China e a Rússia. 
Apresentação do DS3 CABRIO, uma versão com teto conversível, que combina todas as qualidades do original (estilo, sensações de direção e espaço) com o prazer de dirigir ao ar livre. O teto conversível pode ser aberto a velocidades de até 120 quilômetros por hora. 
2014 
Lançamento do C4 CACTUS, um crossover compacto que inovou ao utilizar as Airbump®, que são pequenas bolsas de ar emborrachadas presas às laterais e aos para-choques com o objetivo de evitar pequenos danos causados à pintura. Estes dispositivos estão disponíveis em quatro cores diferentes (preto, cinza, areia e chocolate), multiplicando as possibilidades de personalização em associação com as 10 cores da carroceria disponíveis e os 3 universos interiores.


As inovações 
A CITROËN lançou ao longo de sua história inovações que revolucionaram o setor automobilístico mundial: 
Corte de engrenagens em forma de chevron (engrenagens helicoidais) 
Em uma viagem realizada à Polônia, André Citroën descobre por acidente o corte de engrenagens em forma de chevron. Compra a patente e aplica-a ao aço. As engrenagens helicoidais têm dentes em forma de “V”. O contato progressivo entre os dentes das engrenagens helicoidais proporciona um funcionamento muito mais suave e silencioso do que o das engrenagens de dentes retos. Atualmente a maioria dos automóveis ainda utiliza as engrenagens helicoidais em suas transmissões. 
Primeiro automóvel vendido completo 
Em 1919 André Citroën vende o primeiro automóvel completo da história. Nessa época, peças que hoje são indissociáveis de um automóvel como a ignição, os faróis elétricos e pneu sobresselente, eram vendidos como itens extras. O Modelo A foi o primeiro automóvel a sair de fábrica com estas peças montadas de origem. 
O primeiro automóvel europeu a ser construído em série 
O Modelo A, produzido entre 1919 e 1921, foi o primeiro automóvel a ser construído em grande série na Europa. 
Carroceria toda em metal 
Em 1924, André Citroën constrói o primeiro Modelo B “Todo em Metal”. Esta técnica, que dava os primeiros passos nos Estados Unidos, unia por solda elétrica a estrutura das carrocerias com as chapas metálicas. As carrocerias “Todo em Metal” eram mais rígidas que as de madeira e ofereciam mais e melhor proteção aos ocupantes. 
Motores refrigerados a bomba d’água 
Em 1928, com o lançamento dos modelos C4 e C6, também estreia a refrigeração do motor por bomba de água. 
Carroceria feita de uma só peça 
Em 1932, os modelos 8, 10 e 15 recebem a primeira grande evolução da estrutura “Tudo Metal”. Esta nova carroceria era feita de painéis laterais ligados aos outros elementos por solda elétrica automatizada, tornando-a uma peça única. Esta evolução aumentava ainda mais a rigidez das carrocerias tornando-as mais seguras. 
Tração dianteira 
Quando em 1934 a CITROËN introduziu um veículo de tração dianteira com carroceria de uma só peça, a montadora francesa estava lançando futuro do automóvel. Com esta inovação, a montadora transformou todos os veículos da concorrência em automóveis obsoletos. As soluções até então encontradas não permitiam um eficaz aproveitamento do motor, sobretudo devido ao seu posicionamento. Foi graças a uma engenhosa disposição da transmissão concebida por André Lefèbvre, que o motor da CITROËN era montado na posição perfeita que lhe permitia ser mais eficaz. Mais de 70 anos depois, a grande maioria dos automóveis fabricados atualmente possui tração dianteira e carroceria feita em uma única peça. 
Suspensão hidropneumática 
Essa suspensão foi apresentada em 1955, provando que a CITROËN estava na linha da frente no que diz respeito às inovações tecnológicas do segmento. 
Freio à disco 
O CITROËN DS lançado em 1955 foi o primeiro automóvel a ser construído em série com freios à disco frontais. 
Tecnologia HDI 
A CITROËN aposta muito na proteção e respeito pelo meio ambiente. E a prova disso é o motor Diesel com tecnologia HDI, que consegue reduzir em aproximadamente 20% o consumo de combustível e a emissão de CO2. Este dispositivo eletrônico permite um controle da dosagem da mistura combustível/ar de forma muito mais eficaz. 
Método de produção e distribuição 
A CITROËN foi a primeira marca a ter uma rede de concessionárias, um serviço de pós-venda com garantia de um ano e oferta da revisão após a rodagem. Ainda sob a direção de André Citroën, a marca esteve também ligada à criação da primeira empresa de crédito para industriais e à primeira sociedade europeia de crédito ao consumo. Foi também André Citroën que lançou o primeiro catálogo de venda de peças separadas e que mandou construir os primeiros semáforos rodoviários. 
Tecnologia FAP (Filtro de Partículas) 
A tecnologia FAP consiste na utilização de um filtro que retém as partículas não queimadas pelo motor e que assegura a sua combustão. O motor HDi devido à utilização da tecnologia de injeção direta através de “Common Rail” tem um baixo índice de emissão de partículas. Esta combinação de tecnologias permite níveis de emissão de CO2 muito inferiores às futuras normas ambientais da União Europeia. 
Tecnologia Hybrid Air 
Essa tecnologia une um motor térmico (gasolina) com um sistema hidráulico acionado por ar comprimido. Única no mundo e desenvolvida em colaboração com a Bosch, segue os objetivos de atender os desafios mundiais referentes às emissões de gases de efeito estufa e a redução de poluentes. Além disso, oferece aos clientes carros equipados com uma tecnologia híbrida completamente nova e acessível para a grande maioria em termos de preço e desempenho.


A criação de uma marca premium 
No mês de março de 2010 a CITROËN apresentou oficialmente a DS, uma divisão para atuar no segmento premium (luxo), oferecendo veículos com opções de design mais audaciosos. Inspirada no melhor do know-how francês, a DS perpetua os valores de inovação e de distinção herdados do icônico modelo DS de 1955. Ou seja, criar projetos mais atraentes e requintados a partir dos modelos da CITROËN. Foi assim com o DS3, baseado no compacto C3; e o DS4, inspirado no hatch C4. Concebida para uma clientela à procura de expressão pessoal, a linha DS compreende atualmente os modelos DS 3, DS 3 CABRIO, DS 4, DS 4 CROSSBACK, DS 5 e DS 6. A marca propõe carros que se destacam pelo estilo marcante, requinte nos mínimos detalhes, materiais nobres e tecnologia. A DS é também para seus clientes uma experiência de marca que se estende além dos produtos, com uma oferta de serviços premium exclusivos. A marca confirma seu sucesso comercial em todo o mundo, com mais de 550.000 veículos já comercializados desde o seu lançamento. Em 2014, ganhou a condição de marca completamente independente da CITROËN. Uma das primeiras mudanças promovidas foi a extinção, em toda a linha, do emblema do duplo Chevron nos modelos vendidos no mercado. Recentemente, em 2015, anunciou a criação de sua divisão de automobilismo: DS Performance, que traz à equipe DS Virgin Racing o know how na pesquisa e no desenvolvimento em Fórmula E. O slogan da DS é “Spirit of avant-garde”.


As competições esportivas 
A CITROËN possui uma longa tradição de participação em ralis ao redor do mundo. Disputando desde os anos de 1930 com sua linha de Rosalies, também teve participação com os modelos 2CV, DS, SM, CX e até mesmo o Mehári foi o veículo médico oficial do Rali Paris Dacar por muitos anos. O DS competiu no rali de Monte Carlo de 1959 a 1965, além de participar de competições no Marrocos e Rali da África. Em 1977 o CX 2400 ganhou os cinco primeiros lugares no rali do Senegal. A montadora francesa esteve presente também no WRC (World Rally Championship), mais importante campeonato de rali de velocidade no mundo, em 1973 com um DS 21 e dois DS 23, e terminou a prova em sétimo lugar. Até 2002 a participação da equipe CITROËN não foi constante no campeonato. Em 2003 um jovem de 29 anos chamado Sébastien Loeb trouxe para a Citroën Racing o primeiro título na categoria montadora pilotando um modelo XSARA. Na classificação de pilotos, o francês conquistou o segundo lugar. Em 2007 o piloto trocou o XSARA WRC pelo C4 WRC, assim como o companheiro de equipe o espanhol Daniel Sordo, conquistando o título de Pilotos, o quarto de sua carreira no WRC.


A CITROËN encerrou a temporada de 2008 do WRC em grande estilo: depois da dupla Sébastien Loeb/Daniel Elena conquistar o pentacampeonato no Mundial de Pilotos com uma prova de antecedência, no Japão, a marca francesa sagrou-se tetracampeã do Mundial de Construtores na 15ª e última etapa da temporada, na Grã-Bretanha. Em 2010, a vitória de Sébastien Loeb/Daniel Elena no Rali da Grã-Bretanha, disputado no País de Gales, teve grande significado para a equipe CITROËN. Além de fechar dignamente uma temporada que rendeu os títulos mundiais de pilotos e de fabricantes, a montadora francesa viu o modelo C4 encerrar sua carreira com 36 vitórias em 56 ralis disputados e entrar para a galeria dos automóveis lendários da modalidade. Em 2012, dez anos após sua primeira vitória no WRC, a dupla Sébastien Loeb e Daniel Elena quebrou o recorde atual em motorsports ao conquistarem seu nono título em Alsace, França. Ao mesmo tempo, a CITROËN conquista seu oitavo título mundial no campeonato de fabricantes. Atualmente a Citroën Racing participa das categorias WTCC, WCR e WCR Júnior. Todos os dias, na sede da Citroën Racing em Versailles Satory, 196 colaboradores do departamento de automobilismo da CITROËN e DS trabalham para fazer do automobilismo um verdadeiro campo de provas que utiliza tecnologia criativa.


O resgate de uma tradição 
Não é um museu, e nem estava aberto à visitação pública há pouco tempo atrás, mas o Conservatório Citroën (Conservatoire Citroën) abriga de forma brilhante a história de uma marca ícone da França. São mais de 400 veículos (modelos históricos, modelos de corrida e carros-conceito) e 1.400 metros lineares de arquivos, junto com uma enorme quantidade de peças e elementos ligados à história da CITROËN. Assim é o Conservatório Citroën, um santuário da marca francesa inaugurado no dia 28 de novembro de 2001 e situado em Aulnay-sous-Bois, entre o centro de Paris e o Aeroporto Charles de Gaulle. Um enorme galpão de 5.000 m² para os carros, mais 1.000 m² para sua manutenção e 500 m² para arquivos. Na sala de recepção, motores que a CITROËN não chegou a usar em modelos de produção, incluindo um V8. Entre modelos mais comuns e carros-conceito, um P17 de esteiras, usado pelo exército polonês, e o helicóptero RE2 com motor rotativo CITROËN. O começo da marca está muito bem representado nessa parte, dedicada aos modelos produzidos nos anos de 1920.


O agrupamento dos elementos do local exigiu uma ampla operação logística que levou mais de um ano. Antes, tudo estava espalhado em vários locais diferentes, principalmente em Paris, no centro de testes da Ferté Vidame e no centro de estilo de Vélizi. O trabalho de transferência para Aulnay durou de junho de 2000 a setembro de 2001. Parte importante do patrimônio da CITROËN constitui-se de desenhos e ilustrações, registros, dados econômicos e documentação. Há os croquis e os desenhos dos departamentos de engenharia, inclusive desenhos originais de estilo com a assinatura de Flaminio Bertoni, o estilista responsável contratado para desenhar o 11 Traction Avant e que chegou a projetar o DS. Tudo testemunha a fecundidade da marca em questão de estilo e aerodinâmica. Há também os registros, ainda escritos à mão, que contêm os números de chassi dos veículos que permitem localizar a data e o tipo exato dos produtos, bem como o volume de cada modelo produzido. O mais incrível é serem registros desde a inauguração da empresa em 1919. Os veículos estão expostos e organizados por décadas e por categorias: esporte, aventura, veículos comerciais, veículos raros, carros conceitos e protótipos. Junto com estes, há uma enorme quantidade de dados industriais, históricos, econômicos e sociais. Ver todos aqueles automóveis repousando em casa é mesmo uma formidável sensação, para quem gosta de carros e valoriza o empenho de um fabricante em conservá-los.


Passar diante de um Type A Torpedo 1919, o primeiro CITROËN produzido, chega a dar certa emoção. Foi o primeiro carro europeu fabricado em grande escala e o primeiro daquele continente a trazer motor de partida elétrico. Com o Type A chegavam também aos europeus à iluminação elétrica e o estepe. E aparecia o emblema da dupla insígnia, que ficaria conhecido no mundo todo. Uma coisa é certa: o Conservatório Citroën não é mesmo lugar para se passar algumas horas. Seriam necessários vários dias, na verdade muitos, para mergulhar em tanta e rica história.


Um lugar chamado C42 
A abertura do C42 no dia 27 de setembro de 2007 foi uma etapa importante e simbólica para CITROËN. Em apenas seis meses, este endereço emblemático recebeu um milhão de visitantes. Reativando seu endereço mítico, na mais bela avenida do mundo, a montadora reforçava suas raízes históricas e consolidava a dinâmica iniciada há mais de dez anos com a renovação completa de sua linha. O C42 é também portador do projeto de uma grande montadora generalista para os próximos anos, notadamente em termos de qualidade, de produtos e de serviços. O objetivo deste local excepcional, verdadeira proeza arquitetônica em plena Avenida Champs-Élysées, é permitir aos mais variados públicos descobrir, ver e entender o automóvel de acordo com a CITROËN. Desta forma, o C42 corresponde à imagem de ambição da marca: surpreender o mundo. Entrar no C42 é descobrir a imagem forte das criações CITROËN e compartilhar os valores de prazer, de audácia e de inovação da marca. A história, às vezes, se perpetua.


Na CITROËN, a história remete a um lugar, inaugurado em 1927 e que nunca termina de renascer, com um estilo arquitetônico inovador, decididamente contemporâneo e com uma identidade visual reconhecível, qualquer que seja a época. Símbolo da ligação estreita entre a marca e a prestigiosa avenida, o nome C42 foi escolhido naturalmente: C de CITROËN e 42 pelo endereço (em francês, “42, avenue des Champs-Elysées”). Um endereço escolhido na época pelo prestígio que ele inspirava, e um reconhecimento mundial: o C42 cria verdadeiramente raízes neste local. No coração de Paris, num dos locais turísticos mais visitados do mundo, a CITROËN criou uma vitrine para sua imagem, sempre moderna e prestigiosa, através de um projeto arquitetônico ambicioso. O local mítico foi reinventado com uma obra de vidro, cuja fachada hexagonal apresenta o duplo Chevron sobre toda sua altura. Realizado por Manuelle Gautrand, o C-42 exibe decididamente o espírito de criatividade e de inovação que acompanha desde o início o destino da marca. O C42 põe em cena o universo automobilístico de maneira espetacular: uma coluna de carros, verdadeira escultura composta por oito plataformas giratórias, sobrepostas e sobrepujadas de espelhos, subindo no centro do edifício.


O visitante, recebido por um dos últimos carros conceito da montadora francesa, exposto no térreo, é então convidado para um passeio original de cima para baixo, no tempo e no espaço. Um elevador panorâmico leva o visitante ao átrio banhado de luz do último pavimento, debaixo da cúpula de vidro, de onde ele pode ter uma visão incrível da capital francesa: a torre Eiffel, a cúpula do Grand Palais, a torre Montparnasse, a Praça da Concorde, os Champs-Élysées como ele nunca os viu. Descendo a pé, nível após nível e ao redor da coluna de carros, o visitante descobre então a exposição, dos modelos mais antigos aos mais modernos. Ele pode também consultar as telas táteis, verdadeiros suportes pedagógicos associados a cada veículo, e aproximar-se assim o mais perto possível dos modelos.


No subsolo, ao redor de um segundo carro conceito, o visitante prossegue sua imersão no universo CITROËN com a difusão de filmes dedicados à temática da exposição e a diversas atualidades da marca. O local também abriga exposições fantásticas relacionadas aos automóveis. No fim de seu percurso, o visitante chega ao térreo onde está uma enorme loja. Dedicada à venda dos produtos C42, esta loja propõe alguns objetos inéditos evocando a inovação e o lado estético do lugar, recordações do momento passado na CITROËN. Mais de dez milhões de pessoas já visitaram este único, inovador e educacional espaço conceito desde sua inauguração. C42, Avenida dos Champs-Elysées: mais que um lugar, uma história.


O gênio por trás da marca 
Quando um sobrenome se torna uma marca, definitivamente entra para a história. A notoriedade é o fruto do seu reconhecimento, sendo a perenidade o reflexo da sua adaptação. CITROËN entrou para a história a partir de 1919. Há mais de 90 anos que a marca francesa acompanha os grandes movimentos da sociedade, nas suas mais diversas correntes, nos mais cotidianos acontecimentos, nos seus mais loucos sonhos. André Citroën, visionário dos métodos revolucionários, é sem contestação uma das grandes personalidades do início do século XX. Audacioso, intuitivo, sempre à frente do seu tempo, dotado de um sentido surpreendente para a comunicação, este homem fora do normal, apaixonado pela ação e pela aventura, estava no lugar certo e na hora certa. Filho de um joalheiro holandês, Lévie Citroën, e de uma judia polonesa, Macha Kleinan, André-Gustave Citroën nasceu no dia 5 de fevereiro de 1878 na cidade de Paris. Órfão de pai aos seis anos, ele foi criado pela mãe que retoma o negócio de diamantes e de pérolas finas. No dia 1 de outubro de 1885, entra para o 9º Curso no liceu Condorcet. Quando se matricula, adiciona um trema ao “e” de seu sobrenome. Aos dez anos descobre Jules Verne, do qual se torna um leitor assíduo. Retirou de sua obra os grandes princípios que seriam seguidos ao longo de toda a sua vida: o espírito da descoberta, o sentido de concorrência, a maravilha científica e a procura permanente da evolução. A edificação da Torre Eiffel para a exposição universal de 1889 é o segundo acontecimento que decidiu a orientação do jovem adolescente. Ele ia ser um engenheiro. Em 1898, entrou para a prestigiosa Escola Politécnica. Terminou o curso em 1900. Seu primeiro emprego foi em uma fábrica de rodas, propriedade de amigos da família.


Com vinte e dois anos de idade, em uma viagem à Polônia, descobre casualmente um processo de corte das engrenagens em forma de Chevron. Compreende de imediato que esse processo, transposto para o aço, poderia trazer-lhe oportunidades e compra a patente. A história daqui em diante é o início de uma das mais bem sucedidas empresas automobilísticas de todos os tempos. E para ele, o progresso industrial devia ser acompanhado de avanços sociais: na fábrica de Javel, cria instalações sanitárias e sociais (integrando salas de estar, de jogos, de ginástica, de costura, refeitório, etc.) sem precedentes para os operários; concede a cada operária grávida um prêmio mensal, um prêmio pelo nascimento da criança e um mês de folga pago; é o primeiro à pagar um mês extra a seus funcionários; transforma a enfermaria em um verdadeiro hospital, e os cuidados eram gratuitos; e pela primeira vez na Europa, organiza grupos de trabalho especiais para pessoas portadoras de deficiências. André-Gustave Citroën morreu no dia 3 de julho de 1935 aos 57 anos, em virtude de um câncer de estômago. Muito mais que construir automóveis, André Citroën formava cidadãos.


A evolução visual 
Os dois “V” invertidos, conhecidos na França como “Deux Chevron”, simbolizam a engrenagem bi-helicoidal, criada pelo engenheiro André Citroën, fundador da marca francesa. Adotado como símbolo principal do logotipo da marca em 1919, ao longo dos anos foi evoluindo, como mostra a imagem abaixo.


Em 1985 ocorreu uma remodelação mais radical: trocou a tradicional cor amarela e azul pela vermelha, representada por um fundo com o símbolo Deux Chevron dentro. Em fevereiro de 2009 a montadora francesa apresentou seu novo logotipo, com o duplo “Chevron” característico da marca agora em três dimensões, ganhando relevo em força e matéria. O nome “Citroën” vinha grafado com uma nova fonte de letra. Utilizando essa nova identidade visual, a CITRÖEN desejava se reinventar completamente, mantendo a dinâmica gerada pelo sucesso de novos produtos lançados nos últimos dez anos para dar à marca um maior valor agregado, conduzindo e mantendo a gama de produtos modernos. A mudança fez parte das comemorações de 90 anos da marca.


Os slogans 
Créative Technologie. (2009) 
Discover what Citroën can do for you. (1993) 
Just imagine what Citroën can do for you. 
Nothing moves you like a Citroën. (década de 1990) 
Intenso como você. (Citroën C3) 
Incomparável. (Citroën C5) 
Você não imagina tudo o que a Citroën pode fazer por você. (Brasil)


Dados corporativos 
● Origem: França 
● Fundação: 1919 
● Fundador: André Citroën 
● Sede mundial: Paris, França 
● Proprietário da marca: Peugeot Citroën Automobiles S.A. 
● Capital aberto: Não (subsidiária da PSA Groupe) 
● Chairman: Carlos Tavares 
● CEO: Linda Jackson 
● Faturamento: €20 bilhões (estimado) 
● Lucro: Não divulgado 
● Vendas globais: 1.185.234 unidades (2015) 
● Presença global: 90 países 
● Presença no Brasil: Sim 
● Funcionários: 184.100 (PSA Groupe) 
● Segmento: Automobilístico 
● Principais produtos: Automóveis e utilitários 
● Concorrentes diretos: Renault, Volkswagen, Fiat, Ford, Chevrolet, Nissan, Honda, Kia, Hyundai e Toyota 
● Ícones: O logotipo “Deux Chevron” 
● Slogan: Créative Technologie. 
● Website: www.citroen.com.br 

A marca no Brasil 
Presente no Brasil desde 1991 com a importação independente de veículos, como os modelos XM, XANTIA e XSARA, que eram distribuídos para 21 concessionárias nos principais mercados regionais do país, somente em agosto de 2000 foi inaugurado no Rio de Janeiro o complexo industrial de Porto Real trazendo os mais altos padrões de sofisticação, acabamento, durabilidade, confiabilidade, conforto, desempenho e segurança. Com capacidade inicial para produzir até 100 mil veículos por ano e gerando mais de 2.500 empregos na região, o parque industrial montado em Porto Real, envolveu um investimento de aproximadamente US$ 1 bilhão. Em pouco tempo a região se tornou um importante pólo automotivo. O primeiro veículo a inaugurar a linha de montagem foi o XSARA PICASSO, dando início ao processo de consolidação da presença no mercado brasileiro da marca francesa. Sucesso de vendas, dois anos mais tarde foi lançado no mercado a edição especial com DVD. O XSARA PICASSO foi o primeiro veículo nacional a possuir o sistema de série. O equipamento ficava posicionado de forma que os passageiros traseiros pudessem assistir filmes ou jogar vídeo game sem atrapalhar o motorista graças aos três pares de fones de ouvido individuais. Este sistema não interferia no sistema de som do rádio permitindo que o motorista e o passageiro dianteiro ouvissem música ao mesmo tempo em que os ocupantes traseiros usufruíam do sistema de DVD.


Em 2003 o C3 também passou a ser fabricado no Brasil. Em 2006 uma edição especial chamada de C3 MUSIQUE possuía seis auto-falantes, subwoofer de 10 polegadas instalado sob o banco do passageiro, CD player com controle remoto e iPod. Pela primeira vez um carro fabricado no Brasil oferecia som de fábrica integrado a um iPod. Em 2010 foi a vez do lançamento do CITROËN AIRCROSS. Desde então, a marca vem ampliando seu portfólio de produtos nacionais e importados, que são oferecidos por uma rede de concessionárias que não para de crescer. Atualmente a fabrica também produz motores e veículos Flex para exportação para os países do Mercosul e da Europa.


A marca no mundo 
A CITROËN, uma das maiores e mais fortes marcas de automóveis da Europa, está presente em mais de 90 países com mais de 8 mil pontos de vendas, destinando 70% do seu volume de produção para fora do mercado francês. Com 13 fábricas principais, somente em 2015 a montadora vendeu mais de 1.18 milhões de veículos. 

Você sabia? 
Entre 1925 e 1934, a CITROËN exibiu um espetacular anúncio na Torre Eiffel, expondo seu nome em letras iluminadas de 30m de altura (250.000 lâmpadas e 600 km de fiação). Charles Lindbergh usou o sinal para guiá-lo na aterrissagem quando veio voando através do Atlântico. 
Os automóveis com a marca CITROËN não são vendidos nos Estados Unidos, Canadá e México, três grandes mercados consumidores. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, BusinessWeek, Isto é Dinheiro, Época Negócios, Exame e Quatro Rodas), jornais (Valor Econômico, Meio Mensagem, Folha e Estadão), sites automobilísticos (Best Cars), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers). 

Última atualização em 25/8/2016

6.6.06

PEUGEOT


Durabilidade, visual moderno, linhas arrojadas, desempenho e inovação. Essas cinco qualidades estão sempre presentes em automóveis representados por três ou quatro dígitos, como 206, 308, 407, 508 ou 4008, e que levam um pequeno leão como símbolo na grade frontal. Esses automóveis oferecem uma experiência de direção fantástica, com sensações fortes de condução e grandes emoções. Esses fatos transformaram a montadora PEUGEOT em um respeitado gigante mundial no setor automobilístico mundial. 

A história 
Nascido em 1734, Jean-Pierre Peugeot está na origem da orientação industrial da família. Atuou na indústria da tecelagem, e deixou aos seus herdeiros uma tinturaria, uma fábrica de óleos e um moinho de cereais. A história da tradicional montadora remonta a 1810, quando Jean-Pierre II e Jean-Frédéric Peugeot converteram o antigo moinho de cereais herdado de seu pai em uma fábrica de aço laminado a frio. Esta primeira fábrica produzia chapas de serra laminadas e molas de relojoaria, destinados à indústria do Franco-Condado. Em 1818 a PEUGEOT FRÉRES, como era chamada na época, iniciou a produção de ferramentas e acessórios para usos diversos. Além do famoso moinho de café criado em 1840, a família Peugeot inovou e desenvolveu suas atividades industriais, produzindo serras de fita, molas e armações para guarda-chuvas. Por volta de 1850 apareceu a marca do leão, utilizada para designar as ferramentas feitas com aço de alta qualidade (utilizado na fabricação de lâminas de serra). Oito anos mais tarde, no dia 20 de novembro de 1858, Émile Peugeot registrou a marca do leão no Conservatório Imperial de Artes e Ofícios.


A empresa crescia e a diversificação na linha de produtos era inevitável: as primeiras bicicletas feitas sob a marca PEUGEOT foram produzidas em 1882. O conhecimento adquirido na produção de bicicletas e sua posterior motorização colaboraram para o desenvolvimento dos primeiros triciclos e quadriciclos automotores comercializados pela empresa. Isto aconteceu em 1889, quando impulsionada pelo visionário Armand Peugeot, a empresa apresentou o primeiro veículo com a sua marca: o Serpollet-Peugeot, triciclo a vapor construído em colaboração com Léon Serpollet. Em seguida, no ano de 1890, Armand abandonou o vapor para adotar o petróleo e produziu o primeiro quadriciclo a gasolina: o Type 2, equipado com motor de 2 cilindros em V na parte traseira da marca alemã Daimler e que desenvolvia potência de 1cv. Foi então que, no dia 2 de abril de 1896, Armand Peugeot fundou a Société Anonyme des Automobiles Peugeot na cidade de Audincourt, tendo como endereço a cidade de Paris, e uma subsidiária em Marselha. A nova empresa tinha como objetivo produzir veículos de passeio e caminhões. Já no ano seguinte foi fabricado o primeiro automóvel chamado modelo 15, equipado com motor 100% produzido pela empresa. Os números aumentaram de forma constante, graças às muitas inovações, tais como a suspensão de três pontos e as primeiras rodas com pneus de borracha, que a PEUGEOT foi a primeira a empregar na produção de automóveis. No final do século, em 1899, o portfólio da empresa já compreendia 15 modelos, oferecendo automóveis de 2 a 12 lugares. Um ano depois a PEUGEOT alcançava a marca de 500 unidades produzidas. Do vapor à gasolina, do guidão ao volante, da roda ao pneu. Através de uma lógica de parceria industrial com Serpollet, Daimler e Michelin, Armand Peugeot não deixou passar nenhuma das inovações tecnológicas do seu tempo.


Em 1901, ao acrescentar um motor de 1.5cv a uma bicicleta foi criada a primeira motocicleta sob a marca francesa: a Motobicyclette. No ano seguinte foi lançado o modelo 306, primeiro carro a ter o motor na parte frontal, capô e volante. Pouco depois, em 1905, foi lançado o carro popular que ficou conhecido como “Bébé Peugeot”, um verdadeiro sucesso de venda. Pesando apenas 350 kg e tendo 2.7 metros de comprimento permitiam que seu pequeno motor pudesse levá-lo a velocidades pouco além de 40 km/h, um excelente desempenho para a época. Em 1912, Robert Peugeot sucedeu Armand e inaugurou uma nova fábrica na cidade de Sochaux. O desenvolvimento industrial e comercial teve apoio com o ingresso nas competições automobilísticas dos célebres automóveis da montadora francesa com motor de quatro cilindros, que ganharam inúmeras corridas. O período entre 1914 á 1918 foi dedicado quase por completo a suprir as necessidades do exército francês (ônibus, motores de avião, caminhões e 63.000 bicicletas) durante a Primeira Guerra Mundial. Somente em 1920, com o fim do conflito, a PEUGEOT deu um novo impulso em seu desenvolvimento com o lançamento de um pequeno modelo, o Quadrilette 161. Incluído na categoria de ciclomotores, este veículo de dois lugares, que atingia “incríveis” 60 km/h, teve uma grande aceitação entre os clientes da marca. Nesta época, a empresa foi separada em duas partes: divisão de motocicletas e bicicletas e a divisão automóvel.


Nos anos seguintes um plano de racionalização muito importante e a adoção de meios de produção em massa na fábrica de Sochaux permitiram que a empresa lançasse o primeiro modelo realmente de série: o 201, introduzido no mercado em 1929. O modelo de 6 cv revolucionou a história da montadora, afinal, foi a partir dele que a tradicional nomenclatura de três dígitos (com um zero no meio) da marca francesa começou a ser definitivamente adotada. Desde a sua origem, as denominações dos modelos não seguiam uma lógica que permitisse aos clientes identificá-los com facilidade. Então foi criada a famosa nomenclatura: com o primeiro algarismo representando o tamanho do carro, o terceiro a cronologia, e o número zero no meio representando a articulação entre os dois elementos. A PEUGEOT patenteou todos os números de 101 a 909, motivo pelo qual a Porsche, em 1963, foi obrigada a alterar o nome do modelo 901 para 911. O sucesso do modelo 201 serviu de ponto de partida para a criação da primeira linha de veículos novos da PEUGEOT, como por exemplo, o modelo 301 lançado em 1932, o 401 e o 601, estes comercializados em 1934. Inclusive os modelos 401 e 601 na versão Eclipse foram comercializados com um teto metálico retrátil, fruto da imaginação do designer Georges Paulin. Com isso, a PEUGEOT foi a primeira montadora a propor versões cupê conversível em série.


Em 1939, todos estes esforços de crescimento foram interrompidos, pois, mais uma vez, a empresa sofreu as consequências de uma guerra mundial: ocupação, bombardeios e saques de suas fábricas. Somente em 1948, no período pós-guerra, a montadora apresentou um novo modelo no Salão do Automóvel de Paris: era o PEUGEOT 203. Depois de três anos de reconstrução e reativação da produção, Jean-Pierre Peugeot, que presidia a empresa na época, viu seus esforços recompensados com o sucesso alcançado por este modelo entre uma clientela que se mantivera durante uma década órfã de novidades. O design deste modelo, de linhas arredondadas, inspirava-se nos veículos americanos e rompia com a habitual linha sisuda dos modelos 402, lançados em 1934. O modelo foi lançado no mercado em outubro, a versão berlina com quatro portas foi adaptada pelos taxistas de vários países, e também duas versões conversível, com 2 e 4 portas, assim como os modelos picape e furgão. Do modelo 203 fabricaram-se aproximadamente 70.000 exemplares entre 1948 e 1960.


O modelo 403 foi lançado em 1955, equipado com pára-brisa convexo e pedais suspensos. Quatro anos depois foi lançada a versão a diesel deste modelo, tornando-se o primeiro automóvel de passeio movido a este tipo de combustível. Em 1962 foi introduzido no mercado o modelo 404 desenhado pelo renomado estúdio italiano Pininfarina, que vendeu mais de 1.4 milhões de unidades. A versão conversível do modelo 404 foi um dos mais bonitos automóveis da década, sendo ainda hoje muito procurada pelos colecionadores. O modelo 204 foi lançado em abril de 1965. Este carro se destacou por sua modernidade: além de tração dianteira e um motor transversal, tinha freios a disco dianteiros e suspensão independente nas quatro rodas. Foi também o primeiro veículo da marca desenvolvido como um projeto, tal como os modelos que vieram depois. Neste momento, a PEUGEOT finalmente alcançava o sucesso. A década de 1970 foi repleta de novidades, primeiro, em 1972, com o lançamento do modelo 104, considerado na época o menor sedã quatro portas do mundo; segundo em 1974, quando ocorreu a fusão com a montadora Citröen, que se encontrava em apuros financeiros, criando assim o grupo PSA Peugeot Citröen (atual PSA Groupe), cujo objetivo era manter a identidade de ambas as marcas separadas, partilhando apenas os mesmos recursos técnicos; e por fim com o lançamento dos modelos 604 (1975) e 305 (1977), sendo que o primeiro entrou para a história como o primeiro veículo europeu equipado com um motor turbo diesel.


Nas décadas seguintes a montadora PEUGEOT se estabeleceu como uma das gigantes europeias, amparada por lançamentos de sucesso mundial como os modelos 206, 307 e 607, que venderam milhões de unidades e arrebataram outros milhares de fãs. Além disso, a montadora inaugurou fábricas em países estratégicos, como por exemplo, a China (1995), o Brasil (2001) e a Argentina, se tornando uma empresa verdadeiramente global. Em junho de 2008, a PEUGEOT, evidenciou o pioneirismo e comemorou a marca de 50 milhões de veículos produzidos em um total de mais de 160 modelos e 34 famílias de produtos, desde o modelo 201 ao 308, com estilo e características mundialmente reconhecidas. Em 2010, a Peugeot Motocycles mudou de nome para Peugeot Scooters, que em 2011 continuou revolucionando a mobilidade urbana com o lançamento da scooter e-Vivacity (100% elétrica) e a apresentação, em estreia mundial, no âmbito do 69º Salão Internacional de Motocicletas de Milão, da sua futura scooter de 3 rodas, denominada Peugeot Metropolis Project 400i.


Passados mais de 200 anos, a marca PEUGEOT ainda é sinônimo de inovação e diversidade. Inovação na área de automóveis elétricos e dos motores híbridos com a comercialização, na Europa, do PEUGEOT iOn, em 2010, e do 3008 HYbrid4 (primeiro veículo híbrido a diesel do mundo, que propunha uma oferta inédita em matéria de prestações ambientais e sensações de condução), em 2012. Além disso, lançou o selo Blue Lion, identificando os melhores modelos de sua gama que melhor conjugam desempenho e respeito ao meio ambiente, cuja redução das emissões de CO2 se traduz em uma oferta de produtos que ostentam este símbolo.


A linha do tempo 
1953 
Lançamento da primeira scooter da marca francesa, denominada S 55
1983 
Lançamento do PEUGEOT 205, um automóvel de pequeno porte apresentado em duas versões, Turbo e GTI, e oferecido a diesel ou gasolina. Foram produzidas mais de 5.3 milhões de unidades do modelo até 1998. 
1987 
Lançamento do PEUGEOT 405, um automóvel de porte médio-grande, com tração dianteira. 
1989 
Lançamento do PEUGEOT 605, um automóvel executivo de porte médio-grande produzido até 1999.
1991 
Lançamento do PEUGEOT 106, um automóvel super pequeno, sendo uma alternativa ideal para o transporte urbano, cidades lotadas e trânsito caótico. Foi inicialmente vendido apenas na versão hatch de 3 portas, e apenas no início de 1992 a versão hatch de 5 portas foi disponibilizada. Sua produção foi encerrada em 2003 com aproximadamente 2.8 milhões de unidades vendidas. 
1993 
Lançamento do PEUGEOT 306, um automóvel compacto. Este modelo foi produzido até 2002 com mais de 2.8 milhões de unidades vendidas em todas as suas versões.  
1994 
Lançamento do PEUGEOT BOXER, uma van utilitária que se tornou um sucesso no mercado mundial. Foi uma tentativa bem sucedida de revitalizar sua linha de veículos utilitários. O modelo já passou por algumas revitalizações e continua como carro chefe dos veículos comerciais da marca. 
1995 
Lançamento do PEUGEOT 406, automóvel de porte médio-grande. Este modelo foi produzido até 2004. 
1998 
Lançamento do PEUGEOT 206, um grande sucesso mundial conquistado pelo design moderno e as linhas esportivas. O modelo de pequeno porte era ágil e adequado para o dia a dia das grandes cidades, e se tornou o maior sucesso comercial da marca francesa. O modelo, que parou de ser fabricado em 2012, vendeu mais de 9 milhões de unidades. 
1999 
Lançamento do PEUGEOT 607, automóvel de porte grande de quatro portas. A grande novidade estava no motor HDi equipado com filtro de partículas (FAP), um dispositivo de auto limpeza que reduzia em 99.9% as emissões de partículas de fuligem emitidas pelos motores diesel. A produção do modelo foi encerrada em 2010. 
2001 
Lançamento do PEUGEOT 307, um compacto médio oferecido nas versões hatch, perua, cupê (conversível) e sedã (esta última apenas na América do Sul e na China). 
2002 
Lançamento do PEUGEOT 807, um monovolume top de linha para sete passageiros com portas corrediças em ambos os lados, acionadas eletricamente, que virou um sucesso de venda. O modelo foi redesenhado em 2008 e teve a produção encerrada em 2014. 
Lançamento da ELYSTAR, primeira scooter com freios ABS. 
2004 
Lançamento do PEUGEOT 407, um automóvel de porte grande oferecido nas versões sedã, perua e cupê. O modelo era montado sobre a mesma plataforma do Citroën C5. A PEUGEOT também mostrou grande preocupação com o visual. O acabamento interno era primoroso e o painel e o quadro de instrumentos eram de fácil adaptação e manuseio. Foi produzido até 2010. 
2005 
Lançamento do PEUGEOT 107, menor automóvel produzido pela montadora até então e cuja produção foi encerrada em 2014. 
Lançamento do PEUGEOT 1007, uma minivan que possuía como destaque suas duas portas pantográficas (deslizam por um trilho fixado na lateral do carro). A produção foi encerrada em 2009 depois de um fracasso histórico nas vendas que causou enorme prejuízo. 
2006 
Lançamento do PEUGEOT 207, um carro mais robusto e seguro que o antecessor 206, com mais de 1.250 kg e 4 metros de comprimento. Apresentava-se em duas versões: Sport e Classic. A produção foi encerrada em 2014 com mais de 4.1 milhões de unidades vendidas. 
2007 
Lançamento do PEUGEOT 308, um compacto de porte médio. O modelo tinha seis opções de motor, três a gasolina e três a diesel. Sem contar a versão esportiva, denominada RC, equipada com motor de 210 cv. 
Lançamento do PEUGEOT 4007, um utilitário esportivo de médio porte, sendo a primeira experiência da montadora francesa neste segmento. O modelo era feito sob a plataforma do Mitsubishi Outlander, tendo as mesmas medidas: 4,64 metros de comprimento, 1,81 metros de altura e distância entre eixos de 2,67 metros. A produção foi encerrada em 2012 com apenas 49 mil unidades vendidas. 
2009 
Apresentação no Salão do Automóvel de Genebra do PEUGEOT 3008, um crossover para cinco passageiros que procurava conciliar as conveniências e o conforto de um veículo utilitário esportivo com a dirigibilidade de um automóvel normal. O modelo oferecia alguns sistemas valiosos de auxílio ao motorista, como o Head Up Display (que projeta informações em um visor de policarbonato transparente, situado à frente do pára-brisa), alerta de distância em relação ao veículo da frente, freio de estacionamento com acionamento automático e um sistema de assistência para sair da imobilidade em ladeiras. Seu porta-malas era generoso: 432 litros com os bancos em posição normal, e 1.241 litros com os encostos rebatidos. 
Lançamento do PEUGEOT 5008, uma minivan extremamente versátil, que pode acomodar cinco ou sete passageiros com muito conforto. 
2010 
Lançamento do PEUGEOT RCZ, um cupê esportivo com linhas agressivas para dois passageiros, que se tornou o primeiro carro da marca a não utilizar a tradicional nomenclatura numérica. O modelo vendeu mais de 67 mil unidades. 
Lançamento do PEUGEOT 408, um sedã compacto que se tornou uma das maiores apostas da montadora. Até 2012 o modelo já tinha vendido mais de 200 mil unidades. 
Lançamento do PEUGEOT iOn, um pequeno carro urbano 100% elétrico. 
2011 
Lançamento do PEUGEOT 508, um sedã grande e luxuoso, equipado com as mais avançadas tecnologias. O modelo também disponibiliza a versão SW (perua). 
2012 
Lançamento do PEUGEOT 301, um novo sedã compacto, especificamente desenvolvido para países emergentes. 
Lançamento do PEUGEOT 208, um subcompacto oferecido nas versões 3 e 5 portas. Existe também a versão super esportiva, lançada em 2016 e chamada GTi by Peugeot Sport. É o mítico GTi em uma versão ainda mais radical desenvolvida pela divisão Peugeot Sport. 
2013 
Lançamento do PEUGEOT 2008, um crossover compacto que se tornou um enorme sucesso. 
2014 
Lançamento do PEUGEOT 108, novo compacto da marca que traz equipamentos como partida por botão e ar-condicionado automático. O modelo dá um salto evolutivo em relação ao antecessor, o 107. Agora, há uma inédita versão de quatro portas, chamada de Top!, que traz, de série, teto solar retrátil de tecido. 
2016 
Lançamento do PEUGEOT TRAVELLER, uma van luxuosa de passageiros que pode ser configurada para carregar cinco, sete, oito ou até nove pessoas e aposta em equipamentos de segurança e no consumo eficiente. O modelo ainda aposta na versão TRAVELLER i-Lab, que incorpora ao seu interior um escritório de luxo, sendo apropriada no período de deslocamento entre o aeroporto e o escritório, e até em uma situação de retorno de viagem de negócios.


A tecnologia e design interior 
A marca francesa deseja que seus clientes tenham uma experiência diferenciada no interior dos seus carros. Isso começou em 2012 quando a marca apresentou o PEUGEOT i-Cockpit® no modelo 208, que tornou as sensações ao volante ainda mais dinâmicas, aumentando o prazer do condutor. A partir daí, o estilo de design interno foi adotado para outros modelos e, em 2016, a marca revelou sua mais recente atualização. O painel ficou extremamente futurista. Mas o que mais chama atenção é o painel de instrumentos totalmente digital com tela de 12,3 polegadas. Há ainda outra tela central de 8 polegadas, sensível ao toque e que traz funções de entretenimento, ar-condicionado, telefonia, entre outras. Já o exclusivo volante Sportdrive de dimensões reduzida, revestimento em couro e aplique cromado conferem um toque sofisticado e maior agilidade, enquanto seu tamanho reduzido garante melhor visibilidade do painel elevado. Isso permite ao motorista ficar atento às informações do veículo, ao mesmo tempo em que mantém os olhos na pista. O console central recebeu mudanças significativas. Há uma moldura em aço que começa nos botões centrais e vai descendo, criando uma espécie de proteção para o local onde fica situada a alavanca de câmbio, botões Sport e Start/Stop e o freio de estacionamento. Seu desenvolvimento baseou-se na experiência de 2.2 milhões de utilizadores da primeira geração do PEUGEOT i-Cockpit®.


A tradição no esporte 
Através dos tempos, a PEUGEOT firmou-se como uma marca genuína de forte ligação com o automobilismo. Desde o início a empresa francesa entendeu que os esportes automobilísticos eram uma base sólida para avaliar e promover seus modelos. Foi pioneira ao participar, em 1894, com cinco automóveis do Rali Paris-Rouen. Um dos pilotos chegou em segundo lugar com um PEUGEOT. Era um começo de uma ligação vitoriosa com o automobilismo através da divisão PEUGEOT SPORT que rendeu muitas glórias: 5 títulos de construtores no Campeonato Mundial de Rali (1985, 1986, 2000, 2001 e 2002); 3 vitórias na tradicional prova 24 horas de Le Mans (1992, 1993 e 2009); 2 vitórias nas tradicionais 500 Milhas de Indianápolis (1913 e 1916); 5 vitórias no Rali Paris-Dakar (1987, 1988, 1989, 1990 e 2016), além de participações honrosas na Fórmula 1. Hoje a competição e os valores a ela relacionados estão solidificados em seu DNA. Essa característica contribui de forma efetiva para o desenvolvimento de novas tecnologias, agindo favoravelmente para o fortalecimento da imagem de seus produtos. Fundamentada nesta tradição esportiva, a montadora francesa elegeu 2007 como o ano do retorno às 24 Horas de Le Mans, uma das mais prestigiadas provas de resistência do mundo. Para tanto, projetou um carro à altura deste ambicioso desafio: o PEUGEOT 908 HDi FAP, que venceria a tradicional prova em 2009.


Além disso, a marca francesa também esteve sempre muito presente no ciclismo. A PEUGEOT construiu sua primeira bicicleta em 1882, mas foi com o modelo Grand Bi, em 1896, e a produção em série de bicicletas com transmissão por corrente, que permitiu a marca ingressar nas competições de ciclismo. Em 1905, a marca venceu a sua primeira Tour de France com Louis Trousselier, marcando presença com sucesso em uma das mais simbólicas provas esportivas do mundo. Em 1977, a PEUGEOT venceu a sua 10ª e última Tour de France com Bernard Thévenet. Este recorde de vitórias, não igualado até hoje, confere à marca francesa o status de lenda no mundo do ciclismo.


O museu 
A história para a concepção do museu começou em 1982 quando Pierre Peugeot, então presidente do grupo PSA Peugeot-Citröen, criou a PEUGEOT ADVENTURE ASSOCIATION, que tinha como proposta coletar e organizar a rica história da tradicional montadora. Depois de quase seis anos de pesquisas e recuperação de dados e carros históricos, o MUSÉE de L’AVENTURE PEUGEOT foi inaugurado em 1988 na cidade de Sochaux, localizada à 400 quilômetros a leste de Paris, onde fica a uma das mais importantes sedes da montadora e não muito distante da fronteira com a Suíça. Em 2000, o museu já estava três vezes maior que seu projeto original, cobrindo 45.000 m², dos quais 10.000 m² abertos ao público.


O passeio tem início em uma área dedicada aos produtos resultantes das primeiras atividades da PEUGEOT, ainda antes mesmo de se tornar um fabricante de automóvel. Aí é possível encontrar artigos laminados, lâminas radiais ou mesmo a Gran-Bi, a emblemática bicicleta com uma enorme roda dianteira e uma pequena roda traseira. Segue-se a parte dedicada aos primórdios do automóvel, que abrange o período entre 1891 e 1904, onde é possível encontrar veículos pioneiros, ou seja, alguns dos automóveis mais antigos do mundo – incluindo o “vis-a-vis” de 1891, o primeiro automóvel da história equipado por um motor a gasolina. De 1905 a 1918 destaca-se o célebre “Bébé Peugeot”, um dos pioneiros da produção industrial e dos quais foram produzidos 3.000 exemplares, enquanto o Quadrilette 161 é uma das grandes estrelas do período entre 1919 e 1935. Os excessivos anos de 1920 também influenciaram o mundo automobilístico. Um exemplo é o Landualet 184, um autêntico blindado, exposto lado a lado com os primeiros modelos da PEUGEOT que adotaram a ainda hoje utilizam a tradicional nomenclatura dos três dígitos. Em outra área é retratado o período entre 1950 e 1980, que acabaria ficando conhecido como os “Trinta Anos de Glória” da marca francesa. O museu ainda apresenta inúmeros veículos comerciais produzidos entre 1894 e 1990, destinados aos mais diversos usos, como por exemplo, transporte de bens e pessoas, ambulâncias e veículos militares. As duas rodas têm igualmente lugar na história da marca francesa: da Gran-Bi de 1896 à scooter ST de 1987, passando pela bicicleta com que Bernard Thevent venceu a Tour de France em 1977, e por diversos modelos de automóveis de competição, que conquistaram inúmeras glórias nas pistas.


O acervo do museu conta hoje em dia com mais de 450 automóveis, dos quais 120 em exibição (entre eles a McLaren Peugeot que pertenceu a Mika Hakkinen e o Peugeot 908 HDI, que venceu a tradicional prova de Le Mans); 300 motocicletas; mais de 3.000 objetos que levam a marca PEUGEOT e cinco mil quilômetros de arquivos, que contam a rica e maravilhosa história da marca francesa. No fundo do terreno, há um pequeno ateliê de restauração. O museu oferece ainda peças para quem estiver restaurando automóveis antigos, entre os modelos 203 e 504, além de arquivos de referência para colecionadores. Mais de 2 milhões de pessoas visitaram o museu desde sua inauguração.


O estúdio de design 
Fundado em 2012, o PEUGEOT DESIGN LAB, é um estúdio de design aberto a clientes fora da indústria automobilística, cujo objetivo é desenvolver estratégias de marca fortes e coerentes, de modo a reforçar os valores, os códigos e a identidade do cliente. Sua principal missão é a concepção de produtos, serviços e experiências para uma clientela externa de todos os setores do mercado. Uma equipe dedicada à criação de produtos, que não sejam veículos PEUGEOT, foi criada com o objetivo de desenvolver essa área de atividade. Essa ambição tornou-se rapidamente uma realidade em função das solicitações que surgiram de outras empresas. O estúdio já projetou e desenvolveu projetos para iates, helicópteros, brinquedos, relógios, pianos, utensílios de cozinha, entre outros itens.


Outros produtos 
A tradicional montadora francesa é também conhecida pela excelente linha de bicicletas, produzidas pela primeira vez no longínquo ano de 1882, relançada no final dos anos de 1990 e cujo maior mercado é a Europa. Hoje em dia, a marca francesa oferece uma completa linha de bicicletas com aproximadamente 50 modelos, desde as urbanas, passando pelas elétricas, infantis e até mountain bikes e modelos para competição. Mais recentemente a marca apresentou a bicicleta DL121 como uma edição limitada que promete atingir novos níveis no quesito design. Fabricada em alumínio e carbono, e com detalhes em cobre, o modelo foi projetado pensando no ciclismo urbano moderno, e possui uma pedaleira de 18 dentes e apenas uma velocidade, além de uma espécie de bolsa instalada no quadro para guardar objetos como tablets.


A marca também oferece mais de 20 modelos de scooters, de 50cc a 200cc. As mais recentes novidades da tradicional marca do leão, neste segmento são: os scooters Kisbee e Tweet e o Hybrid3 Evolution, protótipo de três rodas (duas rodas na dianteira), que pode gerar 49 cv de potência máxima. O modelo está equipado com tecnologia híbrida, na qual o veículo pode rodar com propulsão elétrica, a gasolina ou com ambas funcionando ao mesmo tempo. A PEUGEOT é a quarta montadora europeia e mais antiga marca no segmento dos veículos motorizados de duas rodas, além de ser pioneira no segmento de scooter elétrica.


O que poucos sabem é que a PEUGEOT começou sua trajetória fazendo moedores de pimenta, muito antes de produzir seu primeiro automóvel. A marca francesa fez seu primeiro moedor de café em 1842 e o de pimenta em 1874. Hoje em dia a PEUGEOT continua fabricando moedores de café, pimenta e sal que são um sucesso internacional, objetos indispensáveis nas mesas de todos os gourmets e pessoas sofisticadas do mundo. Estes moedores contam com um sistema patenteado, chamado u’Select, que possibilita uma regulagem exata na espessura da moagem dos grãos, com 6 níveis, a escolha do usuário. A qualidade é indiscutível e as engrenagens são de aço inox, o que evita a corrosão, e possuem garantia vitalícia diretamente com o fabricante. A linha de utensílios ainda oferece moedor de noz-moscada, canivete saca-rolhas, decanter (vinho) e champanheira.


A mobilidade urbana sob uma nova perspectiva 
Trata-se do projeto MU by Peugeot, e sinceramente, é uma proposta incrível. A ideia é simples, deixar de fornecer um produto e passar a oferecer um serviço. Não, a PEUGEOT não deixará de vender automóveis. Pelo menos em um futuro próximo. O projeto funciona assim: uma pessoa (que não precisa ser proprietário de um automóvel, e caso seja, não precisa ser da marca PEUGEOT) adquire um cartão pré-pago em um site próprio na internet que dá direito a uma gama de serviços oferecidos pela empresa. Existem duas maneiras de gastar os créditos do cartão: alugando produtos e acessórios oferecidos pela PEUGEOT (como por exemplo, alugar uma scooter durante o mês para uma melhor mobilidade urbana; um veículo comercial para uma mudança ou traslado de um grupo grande de pessoas; ou mesmo, apenas um GPS por um determinado período, cadeirinha infantil e porta-bagagens de teto, dentre outros acessórios), ou adquirindo serviços de uma empresa parceira (como programar uma viagem reservando passagens aéreas, hotel e um transporte para os traslados). Inicialmente o projeto fechou acordo com aproximadamente 20 mil parceiros e foi lançado apenas na França, com expansão para outros países da Europa como Alemanha, Espanha e Reino Unido.


Campanhas que fizeram história 
A PEUGEOT é responsável por campanhas marcantes no setor automobilístico. Algumas delas ficaram marcadas na mente do consumidor e colocaram a marca entre as mais criativas e emblemáticas quando a assunto é comunicação. A campanha intitulada “The Cars”, criada em 2004 pela agência BETC Euro RSCG de Paris para o lançamento do novo modelo PEUGEOT 407, carro que iria substituir o modelo 406 da fabricante francesa, foi uma verdadeira aula de comunicação. O novo modelo iria competir diretamente com modelos alemães, como o VW Passat, Audi A4 e BMW 3, que predominavam absolutos nesse segmento. Seguindo o sucesso traçado pelo modelo anterior, o 406, a campanha posicionou o veículo como uma referência de qualidade e design, tal qual acontece com os concorrentes alemães. O jeito escolhido pelos criativos foi mostrar o novo 407 como um carro com corpo latino e alma germânica, como uma nova geração nessa categoria de automóveis. Para tanto, os anúncios faziam brincadeiras com carrinhos de brinquedo em uma excelente aventura visual.

   

A campanha era composta por um comercial de televisão, intitulado “The Toys” (clique no ícone acima para assistir), com 60 segundos de duração, embalado pela trilha sonora “Can You Trust Me?”. Todos os carros mostrados no filme eram brinquedos, exceto o novo PEUGEOT 407, que desfilava imponente nas ruas de uma cidade. Apareciam todos os tipos de carros e situações comuns aos motoristas, como uma loja de automóveis de brinquedos, um motorista guardando seu carro dentro da caixa (garagem), um policial multando e um proprietário chutando seu carro de brinquedo que quebrou. No final, entrava o título: “Playtime is Over” (em português “A brincadeira acabou”), seguido da assinatura do PEUGEOT 407. Uma excelente sacada e também uma forma sutil de mostrar a superioridade do novo modelo sobre seus tradicionais concorrentes alemães.


Porém, o comercial mais famoso e premiado da marca foi criado pela agência Euro RSCG da Itália em 2002 para o modelo PEUGEOT 206. O filme, que se passa na Índia, tem início com batidas de um carro contra a parede, seguidas de marretadas e até a ajuda de um elefante para amassar o capô. Tudo isso para “transformar” um velho sedã sem atrativos visuais em um PEUGEOT 206 e estar na moda. Com o slogan “Peugeot 206, Irresistível”, o filme chamado “Sculptor” criou um enorme impacto diante dos consumidores do mundo todo, conquistando inúmeros prêmios publicitários. Clique no ícone abaixo para assistir ao comercial. 

   

A evolução visual 
O logotipo da PEUGEOT marca sofreu inúmeras remodelações no decorrer dos anos. O surgimento do tradicional LEÃO aconteceu em 1850 quando a PEUGEOT FRÉRES, para classificar as ferramentas que fabricava, registrou publicamente três símbolos: 

- um leão com ou sem flecha para 1º unidade 
- uma lua crescente para 2ª qualidade 
- uma mão para a 3ª qualidade 

Em 1858 o tradicional leão foi oficialmente registrado como marca. Em 1925, uma primeira modificação significativa no grafismo do leão foi feita para atender às necessidades de propaganda e publicidade da época. Quatro anos depois os automóveis ganharam o escudo com cabeça do leão. Em 1939, as bicicletas passaram a utilizar o leão combatente. A partir do período de pós-guerra foi adotado o leão símbolo da região de Franche-Comté que corresponde também ao Montbéliard, região de origem do clã PEUGEOT. Em 1980 uma nova modificação realçou o estilo do leão com uma linha reforçada (Lion Fil) e logotipo que formaram um conjunto “Bloco Marca” inconfundível em todo mundo. A antepenúltima identidade visual da PEUGEOT (Lion Plein) foi introduzida em 1998, e refletia a fidelidade e raízes da marca, com sentido de modernidade e coerência acompanhando a evolução de produtos. Em 2002, o logotipo da PEUGEOT evoluiu a partir da marca do leão, agregando elementos para garantir maior impacto visual, solidez e flexibilidade de aplicação. Valorizou-se a imagem de uma empresa dinâmica, porém sem deixar de lado a tradição de um nome sempre ligado ao pioneirismo. Em janeiro de 2010, a PEUGEOT anunciou uma nova identidade visual. O tradicional leão também mudou. Criado pela equipe de designers da própria empresa, o novo ícone é mais simples e dinâmico em termos de movimento, além de apresentar aspecto metalizado. O leão se libertou da bandeira azul para, segundo a marca, melhor exprimir sua força. O tom de azul que simboliza a PEUGEOT se tornou mais profundo. O primeiro veículo a ostentar o novo logotipo da marca foi o modelo PEUGEOT RCZ.


Os slogans 
Motion & Emotion. (2010) 
Don’t dream. Drive. (2006) 
The drive of your life. (2004) 
Good cars cost less at Peugeot. (2000) 
The lion goes from strength to strength. (1997) 
Beyond the obvious. (1991) 
What a feeling. (1984) 
A new sensation on the roads. (1983) 
Take pride in precision. (1981) 
It’s tougher than it has to be. (1979) 
Live the pleasure. 
Movimento e emoção. (Brasil) 
Emoção em movimento. (Brasil) 
Dirija este prazer. (Brasil)


Dados corporativos 
● Origem: França 
● Fundação: 1810 (empresa) e 2 de abril de 1896 (montadora)  
● Fundador: Jean-Pierre II e Jean-Frédéric Peugeot (empresa) e Armand Peugeot (montadora) 
● Sede mundial: Paris, França 
● Proprietário da marca: PSA Groupe 
● Capital aberto: Não (subsidiária) 
● Chairman: Carlos Tavares 
● CEO: Jean-Philippe Imparato 
● Faturamento: €28 bilhões (estimado) 
● Lucro: Não Divulgado 
● Vendas globais: 1.920.000 veículos (2016) 
● Presença global: 160 países 
● Presença no Brasil: Sim 
● Funcionários: 170.000 (PSA Groupe) 
● Segmento: Automobilístico 
● Principais produtos: Automóveis e utilitários 
● Concorrentes diretos: Renault, Volkswagen, Citröen, Chevrolet, Ford, Fiat, Kia, Hyundai, Honda e Toyota 
● Ícones: O leão de seu logotipo 
● Slogan: Motion & Emotion. 
● Website: carros.peugeot.com.br 

A marca no Brasil 
A trajetória de sucesso da PEUGEOT com o Brasil começou em 1898, quando Santos Dumont trouxe o primeiro carro da marca para o país. No entanto, a chegada oficial aconteceu em 1992, como importadora de veículos, lançando no ano seguinte o modelo 306, seguido pelo modelo 406 em 1995. A montadora começou a consolidar sua história em solo nacional com a comercialização, em 1999, do modelo 206, um case de sucesso no mundo todo. Então importado da França e Argentina, o veículo chegou a liderar o segmento de modelos compactos 1.6, superando marcas tradicionais no país. A PEUGEOT foi uma das últimas das grandes montadoras a construir uma fábrica em uma onda de investimentos que começou no final dos anos de 1990. A fábrica foi inaugurada no dia 1 de fevereiro de 2001 em Porto Real no estado do Rio de Janeiro como um dos centros de produção mais modernos do grupo no mundo. O primeiro modelo produzido foi o PEUGEOT 206. Atualmente são produzidos automóveis que abastecem países como Argentina, Costa Rica, Venezuela, Chile, Peru, Equador, México, Uruguai, Colômbia, Cuba e, claro, Brasil. E em 15 anos de operação, essa fábrica já produziu mais de 1.3 milhões de veículos e 1.8 milhões de motores.


Em 2008 a montadora iniciou oficialmente à produção do primeiro veículo da marca totalmente desenvolvido no Brasil: o PEUGEOT 207 Brasil, fruto do trabalho de uma equipe formada principalmente por brasileiros. O automóvel era um modelo 206 apenas reestilizado no Brasil com dianteira e painel de instrumentos inspirados no 207 vendido na Europa. Depois de convencer a matriz francesa de que a PEUGEOT precisava investir em uma picape compacta, a primeira em 110 anos de história da marca como fabricante de automóveis, a montadora lançou no mercado em 2010 a PEUGEOT HOGGAR amparada em dois fortes argumentos: dirigibilidade e capacidade de carga. O modelo foi desenvolvido exclusivamente para o mercado brasileiro. A PEUGEOT dispõe atualmente de mais de 170 pontos de venda espalhados pelo território nacional. A montadora francesa vende em média mais de 100 mil veículos no mercado brasileiro anualmente.


A marca no mundo 
Os veículos da PEUGEOT são vendidos em aproximadamente 160 países através de uma rede de 10 mil concessionárias. Atualmente, a montadora francesa possui 24 fábricas distribuídas por todo o mundo. As vendas da montadora francesa, sempre muito fortes na Europa, ganham destaque em países como China, Rússia e América Latina, especialmente o Brasil. Em 2016, a marca comercializou 1.92 milhões de veículos ao redor do mundo. A marca PEUGEOT tem aproximadamente 60% de sua produção vendida no continente europeu. A PEUGEOT pertence ao PSA Groupe, também proprietário de marcas como Citröen, Opel e Vauxhall. 

Você sabia? 
No início de sua história, a PEUGEOT já fabricou crinolinas, aquelas molduras de arame que ficavam por baixo dos vestidos das mulheres no século XIX. 
A marca já fabricou bicicletas no Brasil. Isto aconteceu entre 1977 e 1982. Na verdade quem fabricava era uma empresa chamada Almec, da cidade de Montes Claros, estado de Minas Gerais, que tinha 40% de seu capital pertencente à Cycles Peugeot. A bike era a Peugeot 10, modelo baseado nas bicicletas de competição que concorria diretamente com a emblemática Caloi 10. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek, Isto é Dinheiro, Época Negócios e Exame), jornais (Valor Econômico, Meio Mensagem, Folha e Estadão), sites especializados em Marketing e Branding (, Mundo do Marketing, BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers). 

Última atualização em 5/6/2017