30.4.07

LIFE CEREAL


Você não precisa ser criança para se apaixonar pela doçura e crocância dos tradicionais cereais LIFE, presença constante na infância de milhões de americanos e canadenses. Cada caixa do cereal é uma excelente fonte de energia, cálcio e vitaminas, sendo uma escolha perfeita para pessoas de todas as idades. 

A história 
A famosa marca LIFE foi introduzida no mercado americano em 1961 pela tradicional empresa Quaker Oats como um cereal de aveia de grão inteiro, cuja principal característica era ser uma enorme fonte de proteínas. O produto inicialmente era direcionado para o público infantil e tinha como slogan “Would help kids grow strong” (algo como “Ajuda as crianças a cresceram fortes”). Não demorou muito para as mamães americanas adotarem o produto no café da manhã de seus filhos. E as crianças adoraram. No início da década de 1970 o produto se tornou muito popular entre a molecada graças ao personagem Mikey, um pequeno menino de quatro anos (chamado John Gilchrist na vida real) que odiava á tudo, mas amava comer, principalmente os cereais LIFE. O famoso personagem estrelou os comerciais do cereal na televisão entre 1972 á 1986, que imortalizaram a frase “He likes it! Hey Mikey!”.


No ano de 1978 a marca introduziu no mercado sua primeira variação, o CINNAMON LIFE, um cereal com sabor de canela, que não demorou muito para se tornar outro verdadeiro sucesso entre as crianças americanas. Hoje em dia, cerca de 1/3 das vendas da marca são do sabor canela. Pouco depois, uma nova variedade foi introduzida no mercado: RAISIN LIFE (o cereal tradicional com pequenos pedaços de uvas-passa). Esta nova variedade não conseguiu se tornar popular entre os consumidores e foi retirada do mercado poucos anos depois. Na década seguinte a marca LIFE começou a utilizar fotografias de crianças reais em suas embalagens.


No ano de 1997 teve início o concurso “Next Mikey”, para representar a nova geração de comedores do cereal LIFE. Mais de 35 mil crianças com idades entre 3 e 12 anos se inscreveram. A vencedora foi Brianna Hughes, uma garotinha de apenas cinco anos do estado da Flórida. Pouco depois, em 1999, um novo concurso batizado de “Are You a Real Life Kid?” foi lançado com enorme sucesso. No ano seguinte a marca resolveu trazer de volta o personagem Mikey e seu comercial famoso dos anos de 1970. No ano de 2001 foi introduzida a campanha com o slogan “Life is Full of Susrprises” (“A vida é cheia de surpresas”). A campanha era composta por comerciais onde crianças escolhiam o cereal ao invés de guloseimas como balas, chocolates, bolachas e donuts, indicando a preocupação da marca com uma alimentação mais saudável.


Três anos mais tarde, depois de 25 anos sem lançar um novo produto, a marca introduziu no mercado o HONEY GRAHAM LIFE, um delicioso e nutritivo cereal com acentuado sabor de mel. Nos anos seguintes a LIFE introduziu vários novos sabores como Baked Apple (2005), Vanilla Yogurt Crunch (2005) e Chocolate Oat Crunch (2006), todos descontinuados pouco tempo depois. Em 2008 a marca introduziu a versão Maple & Brown Sugar, cereal com maple e açúcar marrom, que teve grande aceitação principalmente no Canadá. Além disso, a marca introduziu a versão pronta para o consumo em embalagens individuais (pequenos pontinhos). Originalmente feito de grão de aveia integral, após inúmeras mudanças em sua formulação ao longo dos anos, o cereal é feito atualmente de grãos de milho, de trigo integral e de arroz.


A evolução visual 
Desde seu lançamento no mercado há mais de cinco décadas, o cereal LIFE sempre foi reconhecido pelo seu inconfundível logotipo colorido. O logotipo original tinha as cores: L (azul), I (laranja), F (verde) e E (vermelho). Na primeira modificação ocorrida, foi adotada uma nova tipografia e as cores das letras foram alteradas: L (azul), I (verde), F (laranja) e E (vermelho). Até 2011 o tradicional logotipo sofreu algumas alterações apenas para ganhar ares mais modernos. Em 2012 a marca apresentou sua nova identidade visual, que além de adotar uma nova tipografia, alterou as cores das letras: L (azul mais escuro), I (vermelho), F (amarelo) e E (verde). Além disso, o logotipo da Quaker Oats passou integrar a identidade visual da marca.


Os slogans 
Life is full of surprises. (2001) 
Would help kids grow strong. (1961) 
Life has the most useful protein - ever in a ready-to-eat cereal! (1961)


Dados corporativos 
● Origem: Estados Unidos 
● Lançamento: 1961 
● Criador: Quaker Oats 
● Sede mundial: Chicago, Illinois 
● Proprietário da marca: The Quaker Oats Company 
● Capital aberto: Não 
● Presidente: Jose Luis Prado 
● Faturamento: US$ 500 milhões (estimado) 
● Lucro: Não divulgado 
● Presença global: 2 países 
● Presença no Brasil: Não 
● Segmento: Alimentos 
● Principais produtos: Cereais matinais 
● Concorrentes diretos: Cheerios, Wheaties, All-Bran, Corn Flakes, Lucky Charms e Cap’n Crunch 
● Slogan: Life is full of surprises. 

A marca no mundo 
Atualmente a marca LIFE vende mais de 40 milhões de caixas de cereais por ano no mercado americano e canadense, tendo como público fiel não somente as crianças, mas também muitos adultos. O faturamento anual estimado da marca é de US$ 500 milhões. 

Você sabia? 
Originalmente o cereal tinha uma mascote chamada Useful Proteins (em português, proteínas úteis), um bonequinho gorducho com chapéu e que tinha um coração em seu quadril. A mascote que representava uma proteína aparecia sempre dançando, jogando tênis e brincando. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Time), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand) e Wikipedia (informações devidamente checadas). 

Última atualização em 5/8/2014

ROLLING STONE MAGAZINE


Verdadeira Bíblia da música mundial em letras garrafais. Referência para o Rock’n’Roll e música Pop. Porta-voz de movimentos culturais e tendências sociais. Formadora de opinião junto ao público jovem e moderno. Assim pode-se definir um dos maiores ícones da imprensa mundial: a revista ROLLING STONE. Que muito mais que música, traz entretenimento de qualidade. 

A história 
A revista ROLLING STONE, um ícone da imprensa americana, foi fundada no ano de 1967 por Jann Wenner, um jovem de vinte anos que havia abandonado a Universidade de Berkeley, e pelo crítico musical Ralph J. Gleason, na efervescente cidade de San Francisco, estado da Califórnia, graças a um empréstimo de US$ 7.500 adquiridos junto a amigos e familiares, como uma das primeiras publicações dedicadas exclusivamente à música, especialmente o Rock and Roll e o Pop, e ao comportamento jovem, mostrando que a política, a música e a contracultura podiam andar juntas. Lançada oficialmente no dia 9 de novembro, impressa em preto-e-branco em papel jornal, trazia em sua primeira capa uma foto de John Lennon vestido como um soldado britânico da Primeira Guerra Mundial. Embora se tratasse de uma fotografia promocional do filme antibelicista “How I Won The War”, do qual participava os Beatles, a foto mostrava claramente os caminhos culturais e políticos que acabaram definindo a ROLLING STONE. Além disso, o próprio Wenner escreveu “não é só sobre música, mas sobre as coisas e atitudes que a música envolve”, expressão que se tornaria um lema para a revista.


Quem também saiu na capa em seu primeiro ano de publicação foi a cantora Tina Turner, Eric Clapton, Jimi Hendrix e os Beatles. E foi já em seu oitavo número que a RS deixou o formato de jornal e adotou o formato de revista. A ROLLING STONE nascia justamente no fervor da contracultura hippie dos anos de 1960, época em que as principais publicações em circulação desprezavam a cena musical que surgia, e tinha como proposta reportagens mais longas e profundas, além de entrevistas que ultrapassavam os limites da carreira dos artistas e os mostravam na intimidade, conquistando fãs e inimigos. Logo se tornou conhecida por permitir a livre expressão tanto do artista quanto de seus jornalistas, fazendo história com artigos pungentes sobre sexo, drogas, comportamento e política. A ROLLING STONE foi uma revista muito popular durante o final da década de 1960 e na década seguinte, principalmente devido à sua influência na cultura hippie e sua ascensão à fama foi junto a bandas, como por exemplo, Grateful Dead. A revista era tão popular durante este tempo, sua circulação chegava a 600 mil exemplares, que foi feita uma canção pelo grupo Dr. Hook and the Medicine Show, chamada “Cover of the Rolling Stone” (Capa da ROLLING STONE), que se tornou um verdadeiro sucesso.


Em 1977 a revista mudou seus escritórios para a cidade de Nova Iorque, ficando mais próxima das agências de propaganda e geradoras de grandes receitas para a publicação. Muitos afirmam que sua mudança de cultura começou neste exato momento, pois a revista passou a tratar mais do mundo das celebridades. A década de 1990 foi marcada pelo lançamento de várias edições locais da revista. Na América Latina, desde 1998, a revista circula com edição local na Argentina, no Chile e no México, além de uma edição única distribuída na Colômbia, Venezuela e Equador. No início do novo milênio, perdendo dinheiro de anunciantes e lucro devido ao sucesso de revistas masculinas como Maxim e FHM, a ROLLING STONE reinventou-se, focando-se em uma faixa etária mais jovem e oferecendo conteúdo mais orientado para cada sexo. Na ocasião muitos de seus leitores fiéis protestaram, dizendo que a revista tinha deixado de lado sua qualidade musical e observadora da contracultura para se transformar em um tabloide superficial, com mais ênfases no estilo do que na substância. Afinal, a política foi um de seus assuntos preferidos, já que a revista chegou a entrevistar Bill Clinton e Al Gore, e há fazer duras críticas ao governo de George Bush, incluindo uma capa que continha o título “O Pior Presidente da História?”.


Em 2003, a revista introduziu suas primeiras edições especiais, em forma de ranking, como por exemplo, “Os 100 Maiores Guitarristas de Todos os Tempos” (The 100 Greatest Guitarists of All Time) e “Os 500 Melhores Álbuns de Todos os Tempos” (The 500 Greatest Albums of All Time). As edições especiais fizeram tanto sucesso que nos anos seguintes outras versões foram lançadas como “As 500 Melhores Músicas de Todos os Tempos” (The 500 Greatest Songs of All Time) e “The Rolling Stone Immortals” (que listava os 50 maiores artistas de todos os tempos). Em 2006, lançou sua milésima edição trazendo a capa mais cara da história, que custou cerca de US$ 1 milhão. A capa brilhante e em três dimensões, era uma homenagem à capa do disco dos The Beatles chamada Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band com um mosaico dos personagens que se sobressaíram nos campos da música, da televisão e da literatura. No final deste ano o Brasil ganhou sua edição nacional, que trazia na capa em seu número inaugural a modelo Gisele Bündchen. No mês de novembro de 2012, a revista publicou sua primeira capa em espanhol, uma homenagem à influência dos artistas latinos na cultura americana. Além disso, a RS também investiu no conteúdo digital lançando a revista para vários meios de comunicação móvel.


Em mais de quatro décadas de existência, a ROLLING STONE sempre mostrou uma enorme capacidade de evoluir e se renovar a cada mudança cultural, mantendo, no entanto, a incansável busca pela cobertura inteligente e profunda da música enquanto agente de mudança política, social e cultural. Por isso, a revista se tornou um verdadeiro ícone da mídia americana.


As capas 
As capas da revista ROLLING STONE, que já chocaram alguns e já maravilharam tantos outros milhões, são um capítulo a parte em sua história. Aparecer nelas é um marco na carreira de qualquer artista, especialmente músicos e suas bandas.


E muito dessa importância se deve a chegada da magistral e badalada fotógrafa Annie Leibovitz à revista em 1970. “Com ela, as capas da ROLLING STONE passaram a ser espontâneas e particularmente artesanais”, lembra o fundador da revista. Uma das capas mais emblemáticas da revista, edição de janeiro de 1981, trazia John Lennon nu e em posição fetal abraçado á sua musa Yoko Ono na cama. Esta foto serviu de trampolim para a famosa fotógrafa Annie Leibovitz, que capturou a imagem no dia da morte de John Lennon. Suas capas já mostraram artistas como Tina Turner, Jimi Hendrix, Jim Morrsion, Janis Joplin, Paul McCartney, Eric Clapton, entre outros mitos da música. Somente os Beatles apareceram mais de 30 vezes na capa da revista.


A evolução visual 
A identidade visual da marca passou por pequenas alterações ao longo dos anos, mas há muitos anos mantém sua tradicional tipografia de letra.


Dados corporativos 
● Origem: Estados Unidos 
● Lançamento: 9 de novembro 1967 
● Criadorr: Jann Wenner e Ralph J. Gleason 
● Sede mundial: New York City, New York 
● Proprietário da marca: Wenner Media LLC 
● Capital aberto: Não 
● Presidente e editor: Jann Wenner 
● Faturamento: Não divulgado 
● Lucro: Não divulgado 
● Circulação mensal: 1.46 milhões/cópias 
● Presença global: + 30 países 
● Presença no Brasil: Sim 
● Funcionários: 300 
● Segmento: Entretenimento 
 ● Principais produtos: Revistas 
● Concorrentes diretos: Billboard e Spin 
● Ícones: O formato da revista 
● Website: www.rollingstone.com 

A marca no mundo 
A revista quinzenal vende aproximadamente 1.46 milhões de exemplares por mês somente nos Estados Unidos. Á exemplo das edições locais publicadas na Inglaterra, Austrália (1972), Alemanha (1994), Argentina (1998), Espanha (1999), França (2002), Indonésia (2005), Rússia (2004), Turquia (2006), China (2006), Itália (2003), Japão (2007), Índia (2008), África do Sul (2011) e Oriente Médio, a ROLLING STONE brasileira, introduzida em 2006, tem metade do conteúdo traduzido de sua matriz americana e outra metade produzida pela redação local. Não é a primeira vez que a ROLLING STONE circula com uma edição brasileira. Durante um ano, em 1972, a revista foi editada no Rio de Janeiro e teve em sua redação os jornalistas Ana Maria Bahiana e Okky de Souza, entre outros profissionais. A revista está presente em mais de 30 países ao redor do mundo e atinge mais de 20 milhões de leitores. 

Você sabia? 
Alguns dos melhores escritores americanos passaram pelas páginas da revista. O jornalista Hunter S. Thompson, criador do “gonzo journalism” (matérias subjetivas, narradas em primeira pessoa, que misturam ficção e realidade) e Tom Wolfe que escreveu “Fogueira das Vaidades”, além de Lester Bangs, suposto criador do termo “punk” para música, são alguns dos exemplos. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Isto é Dinheiro), jornais (Meio Mensagem), sites especializados em Marketing e Branding (Mundo Marketing) e Wikipedia (informações devidamente checadas). 

Última atualização em 26/8/2013

JIMMY CHOO


Seus sapatos são como joias, enquanto os outros todos são bijuterias. Os materiais são de primeira e há sandálias de seda, outras com couro de crocodilo, com detalhes surpreendentes como laços de veludo e fivelas de repletas Swarovski. Queridinha das celebridades, suas criações são presença obrigatória nos tapetes vermelhos e virou referência pop em filmes como “O Diabo Veste Prada” e até em uma música de Beyoncé. Essa é a descrição mais fiel da bem sucedida marca de luxo JIMMY CHOO, cujos produtos revelam exuberância através do trabalho artesanal. 

A história 
O sino-malásio Jimmy Choo Yeang Keat (foto abaixo), filho de um sapateiro chinês que lhe ensinou seu ofício e que aos 11 anos já desenhava calçados para a mãe, fez história produzindo sapatos sob encomenda para uma pequena clientela em seu ateliê no East End, em Londres, cidade na qual chegara para estudar design de calçados no Cordwainers Technical College. Fazia à mão lindos sapatos forrados com tecidos acetinados. O discreto artesão tinha uma cliente ilustre: a princesa Diana. Para ela, fazia sob medida peças preciosas que combinavam impecavelmente com suas roupas. Suas criações eram ousadas e levavam pedras, cristais e outros materiais nobres. Em 1988, a tradicional revista Vogue fez um editorial mostrando o sofisticado design e a qualidade excepcional de seus sapatos. A partir daí, Jimmy passou a ser o responsável pelos calçados de celebridades e socialites internacionais. Uma das mais famosas admiradoras de seu trabalho foi a Rainha Margareth II, da Dinamarca, além é claro da princesa Diana.


Em 1996, o artesão foi definitivamente descoberto pela editora de acessórios da revista Vogue britânica, Tamara Mellon (filha da modelo Anne Davies, que foi o rosto do perfume Chanel n°5 nos anos de 1960), que se tornou sócia no negócio de Choo por ₤150 mil, dinheiro emprestado do pai, o empresário Tom Yeardye, fundador da gigante de produtos para cabelos Vidal Sassoon. O que parecia apenas um gesto de vaidade virou um império. Com isso foi criada oficialmente a marca JIMMY CHOO para vender calçados comercialmente. Depois abriu uma fábrica e um escritório na Itália para produzir os sapatos, e apresentou seus trabalhos para os principais jornalistas de moda da Europa e dos Estados Unidos. Sucesso imediato perante um público que podia pagar muito.


Pouco tempo depois, em 1997, a primeira loja da marca era inaugurada, em Knightsbridge, uma das zonas comerciais mais sofisticadas de Londres. Na sequência, inaugurou outras quatro lojas na capital inglesa: New Bond Street, Draycott Avenue, e dentro das lojas de departamento Harvey Nichols e Selfridges. Em 1998, a marca anunciou pela primeira vez nas páginas da revista Vogue. Nos anos seguintes, Tamara transformou a marca JIMMY CHOO em ícone mundial de luxo no segmento de calçados e acessórios. A consagração foi decretada pela personagem Carrie Bradshaw, interpretada por Sarah Jessica Parker no seriado “Sex and the City”, que foi responsável por levar seu nome (e o fascínio por seus sapatos) ao mundo todo. Mais sucesso veio com a abertura da primeira loja americana, em Beverly Hills, e com o talento da jovem Sandra Choi, atual designer da marca e ex-assistente de Choo (do qual é sobrinha), que passou a produzir coleções mais abusadas e jovens, sem esquecer a qualidade e o perfeccionismo do estilista, sabendo aplicar a essência de seu trabalho nos calçados feitos em larga escala, trazendo para os modelos combinações inovadoras com elementos clássicos, criando um estilo muito próprio que é imediatamente reconhecido.


Em 2001, a JIMMY CHOO ampliou sua linha de calçados com o lançamento da primeira coleção de botas. O sucesso no mercado americano levou a inauguração de outras lojas em cidades como Nova York, Las Vegas e Los Angeles. Depois, desembarcou em Madri, Tóquio, Bangkok e Dubai. Além disso, em 2003, a marca lançou no mercado sua primeira coleção de bolsas, ampliando assim seu portfólio de produtos. O sucesso se consolidou em 2005, com a inauguração de uma loja no número 34 da Avenue Montaigne, em Paris, uma das mais chiques e sofisticadas ruas de moda no mundo. A loja de 50 m², um pequeno boudoir inspirado no glamour dos anos de 1940, refletia a delicadeza e a feminilidade dos sapatos e bolsas produzidos pela marca. Todas as outras butiques da grife seguiam as mesmas características: pequenas, charmosas e lindas.


Apesar do sucesso a trajetória da JIMMY CHOO no mundo dos negócios é rara. Desde sua fundação ela já foi vendida três vezes. Em 2001, o próprio artesão Jimmy Choo saiu da empresa e embolsou ₤20 milhões. Os novos administradores, comandados por Robert Bensoussan, começaram então uma forte expansão da marca, inaugurando em apenas três anos mais 26 lojas, que se juntaram as quatro existentes. Em 2004, foi a vez do fundo de investimento Phoenix Equity Partners comprar grande parte das ações da marca. Poucos anos depois, em fevereiro de 2007, a grife foi vendida novamente, só que desta vez para o fundo inglês Tower Group Capital, por ₤185 milhões. Os novos e ambiciosos planos da marca foram então colocados em prática durante este período. Além dos sapatos femininos e bolsas, a JIMMY CHOO passou a vender acessórios em couro como carteiras e cintos, introduzidos em 2006; lançou sua primeira coleção de óculos em 2007; e, em 2010, apresentou sua primeira coleção de tênis casuais para mulheres. Dentre os calçados, a famosa linha 24:7 (lançada em 2010), que traz sapatos com o conceito de 24 horas por dia, sete dias por semana, é a grande estrela da marca britânica. Outro grande sucesso é a coleção de sapatos para noivas. Além disso, reinaugurou sua loja da Madison Avenue, que passou por uma ampliação para se transformar na maior unidade da JIMMY CHOO no mundo.


Nos últimos anos, enquanto muitas marcas se debateram para driblar a crise mundial, o principal desafio da JIMMY CHOO foi conseguir atender uma demanda crescente de aficionados pela marca e aumentar sua linha de produtos, como por exemplo, em 2011, quando lançou a primeira coleção de sapatos masculinos, e sua primeira linha de perfumes. Além disso, inaugurou uma segunda loja em Paris na Rue Saint-Honoré. A loja de Paris possuía todos os elementos da marca JIMMY CHOO: uma ala VIP, mais espaço para exibir os produtos e uma localização privilegiada, ao lado de marcas como a Colette e hotéis como o The Ritz Carlton. A França é atualmente o segundo maior mercado da marca inglesa, depois do Reino Unido. Fora da Europa, a JIMMY CHOO inaugurou lojas em Macau, Pequim, Tóquio e Los Angeles. Além disso, outras unidades foram inauguradas na Arábia Saudita, Dubai e Hong Kong. Mais recentemente, em 2014, além de abrir capital na Bolsa de Valores para ampliar sua expansão global, com o objetivo de melhorar o posicionamento de luxo da marca e criar uma oferta mais personalizada para seus clientes, foi lançado o serviço Made to Order, que oferece a possibilidade de customizar alguns modelos de sapatos. O exclusivo serviço oferece sapatos customizáveis com diferentes cores, materiais (cetim, camurça, lantejoulas ou peles exóticas) e até altura de salto. O toque final deste serviço inédito: cada par de sapatos pode ser decorado com um monograma com as iniciais à escolha de cada cliente. Este ano também foi marcado pelo lançamento do primeiro perfume masculino da marca.


O segredo para manter o luxo e a exclusividade dos produtos JIMMY CHOO está na distribuição limitada dos calçados, bolsas e acessórios aos pontos de venda selecionados e na escolha das localizações mais exclusivas do mundo para abrir suas lojas próprias, ao lado de grandes nomes da moda como Dior, Armani e Prada. Os sofisticados calçados podem ser encontrados em butiques instaladas em endereços como a Avenida Montaigne (Paris), 5° Avenida (Nova York) e Sloane Street (Londres). Seus produtos, sobretudo os sapatos, que começam custando US$ 450 e podem chegar facilmente ultrapassar US$ 2 mil, encantam estrelas como Madonna, Cameron Diaz, Catherine Zeta-Jones e Sarah Jessica Parker. A JIMMY CHOO atualmente é conhecida internacionalmente como a marca de acessórios preferida de estilistas, celebridades e mulheres cosmopolitas que seguem a moda de luxo. Os sapatos, as bolsas e os pequenos artigos de couro (como carteiras e cintos) são inovadores e exclusivos, mas mantêm a elegância clássica, a beleza e a sensualidade das quais o nome JIMMY CHOO é sinônimo.


A evolução visual 
A identidade visual da marca passou por apenas uma remodelação em sua história. O logotipo atual ganhou uma tipografia de letra mais fina e sofisticada.


Dados corporativos 
● Origem: Inglaterra 
● Fundação: 1996 
● Fundador: Jimmy Choo e Tamara Mellon 
● Sede mundial: Londres, Inglaterra 
● Proprietário da marca: Jimmy Choo Plc 
● Capital aberto: Sim (2014) 
● Chairman: Peter Harf 
● CEO: Pierre Denis 
● Diretor criativo: Sandra Choi 
● Faturamento: ₤364 milhões (2016) 
● Lucro: ₤42.5 milhões (2016) 
● Lucro: ₤802.8 milhões (junho/2017) 
● Lojas: 214 
● Presença global: 50 países 
● Presença no Brasil: Sim 
● Funcionários: 1.278 
● Segmento: Moda de Luxo 
● Principais produtos: Sapatos, bolsas, perfumes e acessórios 
● Concorrentes diretos: Manolo Blahnik, Salvatore Ferragamo, Christian Louboutin, Roger Vivier, Christian Dior, Chanel e Walter Steiger 
● Ícones: A qualidade dos sapatos 
● Website: www.jimmychoo.com 

A marca no mundo 
Atualmente a marca JIMMY CHOO possui mais de 210 lojas espalhadas por mais de 45 países ao redor do mundo. Os produtos da marca, incluindo calçados, bolsas, perfumes e acessórios, podem ser encontrados também nas melhores lojas de departamento do mundo. No Brasil, a marca tem uma butique no luxuoso shopping Cidade Jardim em São Paulo, inaugurada em 2010. Os calçados representam 75% do faturamento da marca, que em 2016 atingiu ₤364 milhões. A marca possui oito coleções anuais e uma revista bimestral que coincide com o lançamento das coleções principais. 

Você sabia? 
Em 2011 quando a marca completou 15 anos, foi lançada uma coleção de 15 sapatos ícones da marca, trazendo de volta calçados que marcaram a história da JIMMY CHOO. Entre os favoritos estão o sapato Feather, que Carrie perde em um episódio de “Sex and the City” e ajudou a consolidar a marca; e a sandália Macy, um modelo mais clássico e discreto, mais sem perder a essência moderna da marca. 
Pioneira na arte de vestir celebridades, a marca foi uma das primeiras a trazer sapatos e bolsas para o red carpet, especialmente nas premiações do Oscar. 
Hoje a popularidade da marca é tanta que nas salas de bingo da Inglaterra o número 32 (thirty-two) é cantado com a rima JIMMY CHOO. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek, Exame e Isto é Dinheiro), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers). 

Última atualização em 19/6/2017

LAMY


A marca alemã LAMY é sinônimo de qualidade, inovação e design moderno quando o assunto é escrita, orgulhosamente mantendo sua produção em seu país de origem, o que garante o seu slogan: “MADE IN GERMANY”. Graças à sua tecnologia de altíssima qualidade, os instrumentos de escrita produzidos pela marca são objetos extremamente desejados por pessoas que possuem paixão em escrever. 

A história 
A história começou em 1930 na cidade de Heidelberg com Carl Josef Lamy, então representante de vendas das canetas americanas Parker na Alemanha, quando este resolveu comprar a fabricante de canetas Orthos Füllfederhalter-Fabrik, para produzir e comercializar canetas tinteiros de alta qualidade. As primeiras canetas eram muito similares as americanas da Parker. Em 1939 a empresa já alcançava produção de 200.000 canetas anualmente. Somente depois da Segunda Guerra Mundial a empresa resolveu lançar uma linha de canetas de luxo sob a marca ARTUS, utilizando de forma pioneira, plástico sintético em sua fabricação. Era o início de uma inovadora história que utilizava materiais diversos em instrumentos de escrita. Em 1948, a empresa adotou oficialmente o nome de C. Josef Lamy GmbH. Porém, as primeiras canetas a conter a marca LAMY só seriam lançadas no mercado em 1952 com a introdução da linha de canetas tinteiros LAMY 27, compostas por modelos clássicos para concorrer com marcas famosas como Montblanc e Pelikan, e que possuíam avançado sistema de recarga, além de proporcionarem uma escrita mais suave e macia.


Em 1964, com o lançamento da LAMYexact, primeira caneta esferográfica do país, e que possuía grande capacidade de tinta e corpo em aço inoxidável, a marca alemã se firmou como uma produtora de instrumentos de escrita de alta qualidade. A tradição de criatividade e design moderno da marca teve início de 1966 com o lançamento da inovadora LAMY 2000, desenvolvida em cooperação com o designer Gerd Alfred Müller, e fabricada utilizando uma combinação de Macrolon (fibra de vidro fabricado pela Bayer) e aço inoxidável com acabamento escovado, e pena em ouro. Esta linha de caneta, que ganhou algumas variações, além da versão tinteiro, surgiram a esferográfica, roller, lapiseira 0,5 e 0,7 mm e multi-color (4 cores) no sistema de pêndulo, vem sendo produzida desde então com poucas modificações em relação ao modelo original. Com sua forma funcional determinada exclusivamente pela viabilidade, a combinação de materiais resistentes e detalhes técnicos inovadores, incluindo um grampo suspenso, este revolucionário instrumento de escrita definiu novos padrões para o segmento.


A partir deste momento, a marca alemã adotou uma filosofia única: “Um instrumento de escrita LAMY não tinha o propósito de servir ao exibicionismo do designer, engenheiro ou técnico. Suas características técnicas e design focavam nos requerimentos daqueles que as iriam usar, assim como nos critérios básicos que a marca estabelecia para seus produtos”. Nos anos seguintes, o design buscava aumentar o valor prático dos produtos da marca alemã, tornando-os mais inteligentes na forma em que desempenhavam suas funções. Conforto e ergonomia se tornaram prioridade com características de suas canetas. A década de 1980 tem início com o lançamento das famosas canetas LAMY SAFARI, que nos anos seguintes eram comumente vistas nos bolsos das camisas de estudantes e professores de design.


Em 1982, com o slogan “White is nice”, a LAMY WHITE, uma caneta com corpo inteiramente branco, se tornou uma boa opção para o mercado corporativo. Isto porque, a possibilidade de estampar logotipos e nome da empresa, tornou essa linha excelente para ser utilizada como instrumento de comunicação. Pouco depois, em 1984, a empresa lançou outros dois produtos que fariam enorme sucesso: LAMYunic, uma caneta de corpo cilíndrico e estética técnica, com detalhes inovadores; e a LAMY twin, que continha caneta e lapiseira em um mesmo instrumento. Ainda neste ano a empresa viveu uma fase de grande expansão internacional, com suas exportações aumentando em 33%. A partir deste momento, as canetas LAMY podiam ser vistas em abundância em países como Estados Unidos, Austrália e Japão. Em 1987 a marca lançou a LAMYabc, uma caneta-tinteiro para iniciantes, feita de madeira e plástico.


Em 1996 foi lançada a LAMY 2000 na versão comemorativa dos 30 anos com acabamento em madeira resinada especial e detalhes em prata. Com a chegada do novo milênio, a caneta mais famosa da marca alemã ganhou uma edição com acabamento em aço escovado e pena em ouro 18 K. Nos anos seguintes a marca alemã continuou inovando ao lançar, em 2001, a LAMYpico, uma pequena caneta esferográfica de bolso medindo apenas 9 cm, que através de um mecanismo de expansão se torna um instrumento de escrita de tamanho normal (de 12 cm); em 2003, a LAMY dialog 1, uma caneta esferográfica de corpo futurista, triangular e com as extremidades afuniladas, que se tornou um ícone do design; ou em 2007 com a LAMY 2000 com corpo de titânio sólido. Além disso, a LAMY surpreendeu o mercado em 2010 ao lançar uma nova linha de lápis coloridos de alta qualidade para crianças a partir de três anos. Todos os anos a marca alemã lança uma cor especial. Os modelos mais populares da marca, como Safari e Al Star, têm então uma edição especial daquela cor, que depois não irá mais figurar no catálogo da marca. E para 2017 a cor foi petrol.


Atualmente a fama e o enorme sucesso das canetas LAMY são baseados no design, procurando constantemente acompanhar, renovando a cada dia, a tendência de acabamentos com a utilização de materiais modernos e inovadores. Por isso, os instrumentos de escrita da marca alemã podem ser vistos na Bolsa de Valores de Nova York, em conferências em Tóquio ou nas salas de aula de grandes cidades mundiais.


A evolução visual 
A identidade visual da marca alemã passou por apenas uma grande remodelação em sua história. Isto aconteceu em 1983 quando foi apresentado o atual logotipo, criado por Wolfgang Fabian.


Os slogans 
Not just a pen. (2016) 
Design. Made in Germany. (2011) 
My LAMY. (2004)


Dados corporativos 
● Origem: Alemanha 
● Lançamento: 1952 
● Criador: Carl Josef Lamy 
● Sede mundial: Heidelberg, Alemanha 
● Proprietário da marca: C. Josef Lamy GmbH 
● Capital aberto: Não 
● CEO & Presidente: Bernhard Rösner 
● Faturamento: €110 milhões (2016) 
● Lucro: Não divulgado 
● Presença global: 80 países 
● Presença no Brasil: Sim 
● Funcionários: 400 
● Segmento: Instrumentos de escrita 
● Principais produtos: Canetas e lapiseiras 
● Concorrentes diretos: Parker, Pelikan, Sheaffer, Cross, Waterman, Omas, Aurora, Pilot e Faber-Castell 
● Ícones: O design de suas canetas 
● Slogan: Design. Made in Germany. 

A marca no mundo 
Com produção anual acima de 8 milhões de unidades, a empresa alemã fatura mais de €110 milhões (dados de 2016) comercializando seus produtos (que incluem canetas tinteiro, canetas roller, canetas esferográficas e lapiseiras) em mais de 80 países ao redor do mundo, tendo na Europa seu maior mercado, fazendo enorme sucesso também nos Estados Unidos e Japão. 

Você sabia? 
A LAMY, marca de caneta mais premiada do mundo, oferece garantia por tempo indeterminado para problemas ou defeitos de mecanismos. E para conseguir oferecer tal garantia, desenvolveu um complexo processo de controle de qualidade. 
Por tradição, as canetas LAMY incorporam o princípio Bauhaus de design funcional: “a forma segue a função”. Esta abordagem torna os produtos ícones, com estilo inconfundível e o nome LAMY uma marca por excelência. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Time), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers). 

Última atualização em 23/2/2018

CHICK-FIL-A


É possível uma rede de alimentação rápida que vende refeições a base de frango fazer sucesso tendo como garotas-propagandas animadas e dissimuladas vaquinhas e não abrindo seus restaurantes aos domingos? A resposta é uma só: não somente é possível como o sucesso é enorme, isto no mercado mais competitivo do mundo. Estou me referindo a uma das redes de restaurantes que mais cresce nos Estados Unidos: a Chick-fil-A. 

A história 
Suas origens começam no dia 23 de maio de 1946 quando o empresário Samuel Truett Cathy (foto abaixo) e seu irmão Ben inauguraram o restaurante Dwarf Grill (pouco depois renomeado para Dwarf House) em um subúrbio da cidade de Atlanta chamado Hapeville. O restaurante funcionava 24 horas e continha apenas quatro mesas e dez bancos. Somente em 1967 o empresário inaugurou o primeiro Chick-fil-A (contração da frase “chicken in fillet”, que em português significa “Filé de frango”, sendo que a letra A representa a qualidade da comida) no Greenbriar Mall na própria cidade de Atlanta, sendo pioneiro neste tipo de restaurante dentro de shopping centers. O restaurante vendia refeições rápidas à base de frango, ideia inspirada em sua filha Gaynel Ricketts, que tinha adoração por este tipo de alimentação.


O sanduíche de frango temperado e empanado com duas fatias de picles, principal item do cardápio, tem sua invenção creditada ao fundador da empresa, que o introduziu em 1964 na indústria da alimentação rápida, depois de criá-lo em 1961 como uma alternativa ao domínio do hambúrguer nas refeições rápidas. Mas outro fato chamava atenção: o novo restaurante fechava aos domingos (tradicional dia do descanso cristão) para dar aos seus empregados um dia de folga para que pudessem estar com suas famílias e irem à igreja, já que seu fundador era um devoto fervoroso da Igreja Batista. E ainda hoje acontece o mesmo em todos os restaurantes da rede. Quando alguém o questionava por não trabalhar no dia de maior rendimento, ele respondia que o ato era uma prova da fé que tinha em Deus. Se ainda assim alguém duvidasse, ele mostrava os números do crescimento dos últimos 45 anos, todos positivos. Até hoje, os restaurantes da rede também não abrem no Dia de Ação de Graça e no Natal.


A década de 1970 foi marcada pela introdução de novos itens no cardápio, como por exemplo, a tradicional limonada fresca (inserida em 1977), feita diariamente e usando suco de limão de verdade. Por ano a rede espreme mais de 297 milhões de limões para fazer a refrescante bebida. Em 1982, a Chick-fil-A foi a primeira rede de alimentação rápida dos Estados Unidos a comercializar os famosos nuggets de frango nacionalmente. Isto antes mesmo do McDonald’s. O primeiro restaurante com serviço completo (contendo garçons e um cardápio mais amplo) foi inaugurado em 1985 na cidade de Jonesboro no estado da Geórgia, com o nome de Chick-fil-A Dwarf House (hoje a maioria das 13 unidades deste modelo, instaladas na área metropolitana de Atlanta, chama-se Truett’s Grill). Ainda neste mesmo ano, um item que se tornaria extremamente popular em seu cardápio foi introduzido: a batata frita em formato de waffle. Somente no ano seguinte a rede inaugurou o primeiro restaurante localizado fora de um shopping center, também na cidade de Atlanta, passando a oferecer a partir de então o primeiro item do cardápio de café da manhã (o Chicken Biscuit, um delicioso peito desossado de frango, temperado com perfeição, empanado à mão, e servido em um pão de leite coalhado assado e fresco). Em 1987, mais uma novidade: o Kid’s Meal, um kit direcionado especialmente para o público infantil, contendo um refrigerante, batata frita e um sanduíche ou nuggets. E as novidades não pararam por aí: em 1989 foi a vez de um sanduíche de peito de frango grelhado estrear no cardápio da rede.


Em 1992 a empresa foi pioneira ao licenciar sua marca em campus de universidades americanas. As primeiras a receberem unidades dos restaurantes Chick-fil-A foram a Georgia Tech e a Clemson University. No ano seguinte inovou mais uma vez ao introduzir a primeira unidade exclusiva de Drive-Thru no McAlister Square Mall em Greenville, no estado da Carolina do Sul, e a primeira unidade dentro de um complexo hospitalar, localizada dentro do Georgia Baptist Medical Center (agora chamado de Atlanta Medical Center) em Atlanta. Nos anos seguintes expandiu-se de forma coesa inaugurando restaurantes em inúmeras cidades americanas; e atingindo marcas consideráveis como a inauguração do primeiro restaurante dentro de um aeroporto, no Hartsfield-Jackson International Airport em Atlanta no ano de 1996; a introdução de um novo design para seus restaurantes (1997); ao ultrapassar US$ 1 bilhão em vendas no ano de 2000; ao inaugurar sua milésima unidade na cidade de Lithonia, estado da Geórgia, em 2001; e ao introduzir inúmeros produtos inovadores em seu segmento, como por exemplo, o wrap de peito de frango desfiado e salada (1997), uma linha de saladas, a salada de frutas em copinhos (2004), novos itens no cardápio de café da manhã, uma linha de café premium (2005) e outra de milk-shakes (2006), disponível em quatro sabores.


Após superar US$ 3 bilhões em faturamento no ano de 2010, a rede introduziu no ano seguinte um novo sanduíche: Spicy Chicken Sandwich, composto pelo tradicional peito de frango frito com uma combinação de pimentas e pão artesanal. Ainda neste ano a rede inaugurou sua unidade de número 1.500, localizada na cidade de Los Angeles na Califórnia. Nos anos seguintes a rede expandiu suas unidades exclusivas no sistema de Drive-Thru (atualmente são mais de 35), eliminou completamente a gordura trans dos itens de seu cardápio e introduziu um novo cookie com gotas de chocolate em seu menu de sobremesas. Inaugurado no ano de 2013, na cidade de Phoenix, estado do Arizona, o primeiro restaurante da rede projetado para criar a melhor experiência para os clientes, sendo um dos primeiros a apresentar uma janela de vidro na cozinha, permitindo assim que os clientes observem a preparação dos alimentos. Em maio de 2014, a rede inaugurou sua primeira unidade fora dos Estados Unidos, localizada no Aeroporto Internacional de Calgary, no Canadá.


As mascotes 
Uma das campanhas de maior sucesso na história da publicidade americana foi criada para a rede Chick-fil-A. A campanha chamada “Eat Mor Chikin” (em português “Coma mais frango”), escrito de forma errônea propositalmente, afinal a frase era escrita por “animais irracionais”, foi introduzida em 1995 na cidade de Atlanta através de outdoors, tendo como personagens principais simpáticas e dissimuladas vaquinhas que incentivavam o consumo de frango. A ideia era basear o marketing da marca na história das vaquinhas que queriam autopreservar-se e estimulavam o consumo da carne de frango nos sanduíches e pratos, salvando assim a sua pele. Uma ideia genial, um conceito forte e carregado de muito humor. A campanha se tornou tão famosa que as vaquinhas ganharam status de porta-vozes de uma rede de alimentação rápida que vende alimentos à base de frango, substituindo a antiga mascote da marca, o carismático galinho Doodles.


A estratégia de marketing foi tão bem executada que a história contada no site da empresa era a seguinte: há muito tempo atrás, um pequeno rebanho de vacas renegadas teve uma ideia revolucionária de como salvar suas próprias peles. Se conseguissem convencer as pessoas a comerem frango ao invés de hambúrguer de vaca, então elas viveriam por muito mais tempo. Depois de escaparem do pasto, o rebanho começou a pichar outdoors com a seguinte mensagem: EAT MOR CHIKIN. Então, mais vacas se juntaram ao grupo e ajudaram a espalhar o recado. As simpáticas vacas foram criadas pela agência de publicidade The Richards Group, da cidade de Dallas. Em 1996 elas estrelaram o primeiro comercial de rádio e, no ano seguinte, as dissimuladas mascotes apareceram pela primeira vez em um comercial de televisão. No ano seguinte, devido ao enorme sucesso e popularidade dos personagens, a Chick-fil-A resolveu vender em seus restaurantes calendários temáticos das vaquinhas. Hoje em dia, esses calendários tornaram-se uma tradição anual da empresa, tendo suas vendas anuais aumentadas de 337 mil cópias no ano inaugural para mais de 2.6 milhões de cópias nos dias atuais. E a popularidade das personagens também foi estendida a uma enorme linha de produtos como canecas, roupas, bonés, toalhas, malas, apetrechos para cozinha, brinquedos (principalmente bichos de pelúcia, lançados em 1998) e outra infinidade de itens.


No dia 15 de julho de 2005 a rede realizou pela primeira vez o “Cow Appreciation Day”, onde em um dia determinado os clientes que entrassem em seus restaurantes devidamente vestidos de vaca (com fantasias, camisetas, máscaras ou adereços) não pagariam pela refeição. O evento se tornou um sucesso e já virou uma tradição da rede, onde comparecem aproximadamente 300.000 clientes fantasiados todos os anos. As vaquinhas fazem tanto sucesso que sua Fan Page no Facebook possui mais de 735.000 fãs (www.facebook.com/EatMorChikin).


A evolução visual 
A forte identidade visual da marca, um verdadeiro ícone cultural na região sudeste americana, passou por algumas alterações ao longo dos anos. O logotipo original era composto por uma cabeça de frango no lado esquerdo do nome da marca (no qual a letra A era vermelha). Já em 1970, a letra C do nome da marca adotou a forma de um frango, com direito a bico e crista, além de uma nova tipografia de letra. Esse logotipo passou por uma pequena atualização em 1985.


Um novo logotipo foi apresentado em 1999, todo na cor vermelha. A atual identidade visual da marca foi adotada em 2012, apresentando uma cor vermelha mais vibrante e o bico do frango fechado.


Em suas lojas mais novas, a marca utiliza como identificação o logotipo abaixo.


Os slogans 
We didn’t invent the chicken, just the chicken sandwich. 
Eat Mor Chikin. (1995) 
Any occasion. Anywhere. 
Deliciously Different. (1967)


Dados corporativos 
● Origem: Estados Unidos 
● Fundação: 1967 
● Fundador: Samuel Truett Cathy 
● Sede mundial: Atlanta, Geórgia, Estados Unidos 
● Proprietário da marca: Chick-fil-A Inc. 
● Capital aberto: Não 
● CEO: Dan T. Cathy 
● Faturamento: US$ 9 bilhões (2017) 
● Lucro: Não divulgado 
● Lojas: 2.200 
● Presença global: 2 países 
● Presença no Brasil: Não 
● Funcionários: 50.000 
● Segmento: Alimentação rápida 
● Principais produtos: Sanduíches e alimentos a base de frango 
● Concorrentes diretos: KFC, Popeyes, Church’s Chicken, Chester’s, El Pollo Loco, Arby’s, Subway, McDonald’s e Pollo Campero 
● Ícones: As hilariantes vaquinhas que são mascotes da marca 
● Slogan: We Didn’t Invent The Chicken, Just The Chicken Sandwich. 
● Website: www.chick-fil-a.com 

A marca no mundo 
Atualmente, a terceira maior rede americana de refeições rápidas a base de frango dos Estados Unidos, atrás somente do KFC e da Popeyes, conta com mais de 2.200 restaurantes (aproximadamente 380 dentro de shopping centers) espalhados em 47 estados americanos, além do Canadá, e um faturamento anual de US$ 9 bilhões. Os estados que possuem mais restaurantes da rede são Texas, Geórgia, Flórida, Carolina do Norte e Virginia. Anualmente a rede vende mais de 270 milhões de seu tradicional sanduíche de frango e 2 bilhões de nuggets. 

Você sabia? 
A Chick-fil-A é uma das redes de alimentação rápida com maior faturamento por loja do mercado americano. 
Samuel Truett Cathy, que se tornou um bilionário como o fundador da Chick-fil-A, faleceu aos 93 anos no dia 8 de setembro de 2014. 
A Chick-fil-A é a maior compradora de óleo de amendoim (no qual seus frangos empanados são fritos) do mercado americano. 
Em toda inauguração de uma nova loja da rede, a empresa promove que os cem primeiros clientes recebam um tradicional sanduíche de frango por semana durante um ano (equivalente a 52 refeições).  

As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Time), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers). 

Última atualização em 4/4/2018