30.8.08

ORANGE COUNTY CHOPPERS

Motocicletas psicodélicas com guidão alto, tanques finos e pneu lá na frente. O grande diferencial delas é que são temáticas e para poucos: não saem da oficina por menos de US$ 40 mil. A lista de clientes é estrelada. Lance Armstrong, Keanu Reaves, Ewan McGregor, Joe Perry (guitarrista do Aerosmith) e Peter Fonda são alguns dos que possuem uma máquina exclusiva da ORANGE COUNTY CHOPPERS, uma empresa familiar, comandada por Paul Teutul, e sua cara de mau, que fatura milhões de dólares vendendo rebeldia e criatividade sobre duas rodas.

A história
O conceito de moto chopper (motocicletas personalizadas), originado nos Estados Unidos, foi disseminado mundo afora através do filme “Easy Rider” (Sem Destino), lançado em 1969, em que os atores Peter Fonda e Denis Hopper interpretam os dois motociclistas que viajam pela América sobre suas incríveis maquinas. As motos do filme, que tinham nome (chamavam-se: Capitão América e Billy Bike), talvez sejam até hoje as “Choppers” mais famosas do mundo todo. Outro filme famoso da época que trazia as motocicletas choppers em destaque foi “The Wild One” (O Selvagem), interpretado pelo galã Marlon Brando. Com suas motos potentes, os astros de Hollywood inspiraram muitos jovens nas décadas de 60 e 70.


Foi nesse contexto, da febre das motocicletas choppers dos filmes de Hollywood, que o americano Paul Teutul, dono de um inconfundível e grande bigode, braços tatuados e cara de mau, teve o seu amor despertado pelas máquinas de duas rodas. Porém, a origem dos negócios da família Teutul foi outra. Na década de 70, Paul iniciou, em Montgomery, Nova York, uma empresa de montagem de estruturas de aço chamada Orange County Ironworks (conhecida pela sigla OCI). Na época, o endereço da firma era a caçamba da camionete de Paul e fazia desde escadas de prédios a carrocerias de carro. Ao mesmo tempo em que a OCI ia prosperando, o empresário foi desenvolvendo a idéia de usar sua paixão pelas motos para criar um novo negócio. Foi o sucesso da pioneira OCI que permitiu a Paul desenvolver o sonho de montar motocicletas, nas horas de folga, com a ajuda do seu filho, Paul Jr.


Com apenas 12 anos, Paul Jr. passava a maior parte das férias escolares na empresa do pai, aprendendo tudo sobre a utilização de aço, que seria usado mais tarde para a montagem das motocicletas. Quando ainda cursava o ginásio, participou do programa de Serviço Educacional Cooperativo, aperfeiçoando sua habilidade de montagem. Logo após graduar-se, foi trabalhar com o pai na Orange County Ironworks, tornando-se chefe da sessão de trilhos e grades. Em 1999, já com três fábricas próprias, o empresário resolveu transformar seu hobby - a montagem de motocicletas “chopper” – em uma nova empresa localizada em Rock Tavern a 130 quilômetros de Nova York: a OCC (ORANGE COUNTY CHOPPERS). Foi aí que entrou em cena o talento de Paul Jr., que deixou a OCI para ser chefe de design e fabricação da recém-criada empresa. A ORANGE COUNTY CHOPPERS deu o passo inicial no mundo das máquinas personalizadas no festival de motos de Daytona, conhecido como “Biketoberfest”, em 1999, com a apresentação da moto “True Blue”, fabricada no porão da casa da família.


A criação do time, formado por pai e filho, causou um grande interesse nos consumidores. Outras motos temáticas foram surgindo em seguida, como a “Spider Bike” (em tons de vermelho, com pára-lamas imitando teias de aranha), desenhada a partir do personagem em quadrinhos Homem Aranha e comprada pelo músico Wyclef Jean, do The Fugees.


O destino da pequena e familiar empresa iria mudar em 2001, devido ao enorme sucesso dos famosos “reality shows”. Em virtude do grande sucesso dos programas de carros customizados como o “Monster Garage”, Sean Gallagher, diretor de desenvolvimento do canal de televisão Discovery, tinha a intenção de expandir este gênero com um tipo diferente de “reality show”, que retratasse um fabricante de motos com excelente design e talento. Na busca por fabricantes de motocicletas, o diretor encontrou o site da OCC. A família Teutul tinha um talento diferenciado na fabricação de motocicletas sob encomenda. A partir de uma lista composta por mais de 20 lojas de motos que tinha em consideração, o relacionamento entre um pai e seu filho, trabalhando juntos em um negócio familiar de sucesso, atraiu o interesse do produtor e a OCC foi escolhida para fazer o programa. No dia 29 de setembro de 2002, foi ao ar o primeiro capítulo da série AMERICAN CHOPPER, no canal por assinatura People+Arts, da BBC e Discovery Networks, voltado ao gênero estilo de vida.


A grande sacada do programa e da família Teutul para fazer sucesso rapidamente foi explorar o patriotismo americano em um momento delicado de sua história. O programa de TV, que não à toa leva a palavra “American” no início do nome, se tornou extremamente popular quando Paul Jr. inventou uma moto para homenagear os bombeiros mortos no trágico atentado terrorista no dia 11 de setembro. Depois, veio um modelo para os soldados que lutavam no Afeganistão e outro chamado “Air Force One” (como o avião presidencial dos Estados Unidos). Não por acaso, na sede da empresa foi colocada uma placa enviada pelo Pentágono, com os dizeres: “Orange County Choppers – True American Heroes” (“Verdadeiros Heróis Americanos”). A tensão entre os membros do programa e a fascinação do público pelas super máquinas garantiram a audiência do programa.


Aproveitando o sucesso, Paul Teutul fez o que quase todos os astros da mídia americana vinham fazendo: emprestou sua imagem para produtos. Daí surgiram as motos em miniatura, fabricadas pela Matchbox, e até mesmo a colônia pós-barba. A série estabeleceu uma conexão com os telespectadores porque a família Teutul representava o verdadeiro herói da classe trabalhadora americana: vieram do nada, montaram a loja e estão na TV. Impulsionada pelo sucesso na televisão a empresa começou a se destacar mundialmente como referência na fabricação de motos choppers. Em 2002, a OCC foi reconhecida pela revista “American Iron Magazine” como uma das 12 melhores montadoras de motos do mundo; assim como foi citada no livro Haute Motor: The Art of Chopper (novembro de 2003), entre as 19 melhores montadoras. As motos da oficina também foram capas de revistas de renome, como “American Iron Freeway” (França), “Norsk Biker Journal” (Noruega), “Street Chopper” e “V-Twin Motorcycles”.


O sucesso do programa, e conseqüentemente da empresa ORANGE COUNTY CHOPPERS, pode ser medido, quando o faturamento da família Teutul atingiu US$ 360 milhões. Desse total, apenas cerca de pouco mais de 10% vieram das motos customizadas. O restante veio do contrato com a Discovery e da venda dos produtos licenciados com a marca OCC. Nesta época, o fenômeno já havia tomado conta do mundo. Tanto que a loja de produtos licenciados recebe encomendas do Japão, da Rússia, da Coréia do Sul, da Nigéria e até mesmo do Brasil. Entre outros modelos famosos construídos e criados pela empresa estão a “The Comanche” (que tem como referência o helicóptero Bell RAH 66, usado pelo exército americano); a futurista “I Robot” (inspirada no filme “Eu, Robô” e encomendada pelo ator Will Smith), duas das mais famosas máquinas, cujas construções foram exibidas em episódios de grande audiência do programa; e a “The Original”, moto preta e prata, com detalhes em azul e motor S&S (Smith and Smith) de 1638 cilindradas. Além disso, em 2009, a OCC apresentou a SMART CHOPPER, sua primeira moto elétrica, construída em parceria com a Siemens, que forneceu a tecnologia das baterias, motor e sistema de recarga. A motocicleta foi a leilão em 2010 para levantar fundos para um projeto de caridade.


A lista de clientes da empresa traz diversos nomes famosos. Com um custo entre US$ 35 mil e US$ 150 mil (uma Harley-Davidson tradicional custa em média, sem modificações, US$ 20 mil), as “choppers” fabricadas pela empresa já foram vendidas para estrelas como o ciclista Lance Armstrong, o roqueiro Tommy Lee, o ator Will Smith e o apresentador Jay Leno.


O Reality Show
A idéia inicial do programa (visto em mais de 170 países) era centralizar as ações na criação e na montagem das motocicletas, que quase foi deixada em segundo plano quando se observou o que estava acontecendo na tela da televisão. Os membros da família possuíam um intenso e explosivo relacionamento e isso saltou aos olhos dos diretores do programa. O AMERICAN CHOPPER passou a ser menos sobre as motos e mais sobre a dinâmica por trás da fabricação delas. Na relação entre Paul Teutul e Paul Jr., seus estilos de trabalho são contrastantes (estavam sempre brigando por problemas na construção das motos ou até mesmo por pequenos motivos, como uma broca perdida ou pela sujeira na oficina), mas nota-se uma série interessante de “conversas” entre pai e filho, enquanto se esforçam para cumprir, com prazos de entrega aparentemente impossíveis de realizar, um trabalho de alta qualidade que represente a OCC. A cada semana, eles criavam um novo modelo e apresentavam ao longo programa todo o processo de elaboração das motos. Os desenhos temáticos são marcas registradas da família. Além de Paul Teutul e Paul Jr., Michael Teutul (o “Mikey”) também era destaque no enredo do programa. Nos Estados Unidos, cada episódio do programa chegou a atrair em média quatro milhões de espectadores. No Brasil, a atração também foi um estrondoso sucesso de audiência da televisão paga. No Orkut, existem mais de 70 comunidades brasileiras dedicadas ao programa e seus personagens. Em 2010, o programa acabou de forma precoce em fevereiro, resultado da briga final entre o pai, Paul Sr. e o filho, Paul Jr., ter sido levada para os tribunais do Estado de Nova York. O continuou com a OCC e o filho abriu sua própria empresa. Pois bem, não demorou muito os dois voltaram a trabalhar em um mesmo programa, só que com gravações separadas. O programa, batizado de “Paul Senior vs. Paul Junior”, foi gravado com duas equipes de produção, independentes e sem nenhuma forma de comunicação entre si, onde pai e filho entraram em uma disputa construindo motocicletas diferentes, que competem entre si.


A sede
Até poucos meses atrás, se você perguntasse a qualquer fanático por motos onde ficava a cidade de Montgomery, a resposta viria de forma invertida: fica onde está a oficina ORANGE COUNTY CHOPPERS (OCC). Porém, a partir de 24 de abril de 2008, os fãs do bigodudo Paul S e de seus filhos Paul Junior e Michael tem na memória o nome de outra cidade nas redondezas de Nova York, além de Montgomery: a cidade de Newburgh, onde foi inaugurada a enorme e belíssima sede da empresa. Ás margens de uma rodovia interestadual e de frente para o luxuoso Hotel Hilton, um gigantesco galpão de fachada de vidro medindo 30 mil m2 e lembrando mais um shopping center do que uma oficina mecânica, é a nova casa da OCC. A nova sede abriga, além da linha de produção de motos, a central de serviços, uma loja da marca OCC, escritórios, showrooms, e uma enorme área dedicada a produção e filmagem do programa American Chopper. Apesar da nova sede, a antiga, que estava localizada desde 2004 em Montgomery, deixará saudades.


A evolução visual
A identidade visual da marca passou por pequenas modificações ao longo de sua história.


Dados corporativos
● Origem:
Estados Unidos
● Fundação: 1999
● Fundador:
Paul Teutul e Paul Teutul Jr.
● Sede mundial: Newburgh, New York
● Proprietário da marca:
Orange County Choppers, Inc.
● Capital aberto: Não
● CEO: Paul Teutul
● Chefe de design:
Jason Pohl
● Faturamento: US$ 50 milhões (estimado)
● Lucro: Não divulgado
● Lojas: 2 (+ 1 quiosque)
● Concessionárias autorizadas: 13
● Presença global:
2 países
● Funcionários: 100
● Segmento: Motociclístico
● Principais produtos:
Motocicletas personalizadas e produtos licenciados
● Ícones: O programa American Chopper
● Slogan:
Premier builder of distinctive custom bikes.
● Website: www.orangecountychoppers.com

A marca no mundo
O reality show American Chopper transformou a pequena oficina de motos do empresário Paul Teutul em um negócio capaz de gerar pelo menos US$ 360 milhões, dos quais US$ 50 milhões provenientes da venda das máquinas customizadas. O restante é proveniente do contrato com a Discovery e da venda de produtos da marca, como camisetas, jaquetas, bonés, brinquedos, óculos, canecas de cerveja, DVDs, jogos eletrônicos, perfumes e até bonecos de seus protagonistas, pacatos habitantes de uma cidadezinha interiorana no estado de Nova York. A empresa tem uma pequena rede de concessionárias em cidades como San Antonio e Houston, Texas; Jackson, Michigan; Fort Lauderdale, Flórida; Newburgh, Nova York; Las Vegas, Nevada; e Tulsa, Oklahoma. A OCC ainda possui duas lojas, uma localizada em sua sede e outra no Palisades Center Mall em West Nyack, além de um quiosque sazonal no Woodbury Commons Outlet Mall em Central Valley, Nova York. Hoje a empresa é uma das mais importantes fabricantes de motos customizadas do mundo.

Você sabia?
A ORANGE COUNTY CHOPPERS, desde sua fundação, já fabricou mais de mil motocicletas exclusivas e personalizadas.


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Time), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers).

Última atualização em 14/6/2011

DIÁRIO LANCE!

O futebol sempre foi a paixão número um do brasileiro no esporte. Há pouco mais de dez anos, o leitor jovem (quer seja palmeirense, Corintiano, tricolor, rubro-negro ou santista) que jamais teve o hábito de ir a uma banca comprar jornal ganhou um motivo para sair de casa atrás das principais notícias sobre o seu time do coração: o Diário Esportivo Lance!, que em uma década se transformou num sucesso editorial.
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A história
Tudo começou quando Walter de Mattos Júnior resolveu passear pelo mundo para conhecer os fenômenos dos diários esportivos estrangeiros. La Gazzetta dello Sport, da Itália, fundada em 1927; o tablóide dos esportes de Madrid, O Marca; na França, o Léquipe; em Portugal, A Bola; e na Argentina, o Olé. Queria criar um veículo semelhante no Brasil e que, sem dúvida, faria muito sucesso. No dia 14 de agosto de 1997, o diário esportivo Lance! estava com sua equipe formada. Com Lédio Carmona, veterano de duas Copas do Mundo por Placar e Jornal do Brasil; Leão Serva, diretor de redação na Folha de S. Paulo e do Jornal da Tarde, e César Seabra, editor de Esportes de O Globo. Depois de montada surgiram os problemas: Qual o público-alvo? Walter já tinha tudo planejado. Queria que fossem vendidas por assinaturas. Mas não imaginava que as classes desfavorecidas e os jovens seriam os principais leitores. O jornal circulou pela primeira vez no dia 26 de outubro de 1997 no Rio de Janeiro, uma semana depois do portal esportivo LANCENET estar disponível na Internet.
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Uma semana depois, no dia 2 de novembro, sairia a edição paulista. Em formato tablóide, não usual no país, o jornal foi o primeiro em cores no Brasil e de leitura curta. O lançamento contou com diversas promoções e um forte investimento em comunicação para o jovem leitor a fim de tirá-lo de casa para comprar o Lance!. O planejamento da campanha de lançamento do diário estimava a venda de 80 mil exemplares por mês. O jornal exibia edições diferentes para Rio e São Paulo e sua distribuição começou terceirizada. Apesar da novidade, o lançamento do jornal acarretou em um fracasso fabuloso, onde a expectativa de venda foi frustrante devido ao grande investimento feito com capitais de risco. Um ano após a chegada do jornal nas bancas veio a Copa do Mundo de 1998. A expectativa de todos os colaboradores envolvidos com o tablóide era a melhor possível. Ano de Copa do Mundo significava busca por mais informação por parte do leitor e, conseqüentemente, uma grande oportunidade de atingir a expectativa de vendas. E foi novamente criado um leque de promoções baseada no conceito esportivo com fascículos, bola, camisa, entre outros. Com todos os olhos dos leitores voltados para o maior evento de futebol do mundo, o que era oportunidade virou guerra.
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Assim como o Lance! foi criado para veicular notícias somente sobre esportes outros jornais tiveram a mesma visão do “negócio” futebol e passaram a ser – mesmo que momentaneamente - jornais de esportes. Assim como a Copa do Mundo daquele ano foi uma catástrofe para todos os brasileiros, para o Lance! não foi diferente. Mesmo com uma redação instalada em Paris e jornais impressos na França, a venda do diário não passou de 6 mil exemplares. Depois da decepção dupla em apenas um mês – a perda da Copa e o fracasso nas vendas – a decisão tomada pela cúpula do tablóide foi de descaracterizar o projeto. Entre as idéias sugeridas estava a de não usar mais cores na publicação, reduzindo o custo da impressão. Após as dificuldades encontradas desde o início do jornal, Afonso Cunha, diretor executivo do Lance!, tomou uma decisão que talvez tenha sido a mais importante da história do diário. “Se é para fracassar, que seja com convicção”.
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Diante do fracasso iminente, foi decidido que o projeto seria mantido, porém com alguns ajustes operacionais, oferecendo conteúdo de qualidade. O ano seguinte, 1999, foi o período em que as notícias passaram a ser agradáveis. Após um enxugamento na estrutura do jornal com foco no Rio de Janeiro, o Lance! ganhou terreno e relevância para o leitor a partir da Internet. Com o crescimento das vendas, o jornal viu a marca Lance! ser consolidada ano após ano, com mudanças em sua apresentação. Com a marca reconhecida e o público-alvo reagindo às campanhas e ações promocionais, a empresa passou a adotar uma visão minimalista, apresentando a letra “L” como marca, remetendo a um posicionamento jovem e diferente.
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Já com cinco anos de existência, o Lance! encontrou novas dificuldades com a mudança de governo em 2003, uma vez que o preço do Dólar chegou a R$ 4,00, o que se transformou em tragédia para os veículos impressos. Assim como uma bola cruzada pelo alto na área, o jornal fez, mais uma vez, novos cortes. Através de uma reforma capital e societária, o jornal perdeu alguns sócios mas readmitiu outros profissionais que conheciam o ritmo e o perfil do diário. Desde então, desenvolveu novas marcas, ampliou sua plataforma e venceu o preconceito sobre os diários esportivos. Com investimento em marketing através de ações promocionais foi possível contornar mais uma dificuldade usando três vertentes: ações promocionais (oferecendo mochilas, camisas e outros produtos para o leitor), desenvolvimento da marca através da comunicação e o trade marketing. Em novembro de 2004, a edição Minas Gerais chegou ao mercado. No dia 29 de janeiro de 2006, o jornal publicou sua 3000ª edição. Contrariando prognósticos pessimistas, a maior inovação do jornalismo esportivo, nos anos 90, veio para se consolidar como expressão de uma imprensa combativa e inteligente.
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Outros produtos
Hoje, além do diário e do portal, o grupo Lance! tem também outros produtos na área de comunicação: a revista A+, lançada em 2000, que originalmente circulava com o jornal todos os sábados e passou a ser mensal em outubro de 2007; a agência de notícias LancePress; a Lance! Editorial; a Rádio Lance! (lançada em 2004); a TV Lance! (com exibições pela Internet); o LanceClic (sistema de assinatura da versão eletrônica do diário); e o LanceMobile (serviço que distribui conteúdo esportivo pelo celular, lançado em 2005).
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O sucesso
Concorrente da veterana Gazeta Esportiva, que em 1980 destacava manchetes de forma picante, o jornal veio para tentar, e conseguiu, o que a Gazeta não. Lance! arriscou “fazer jornalismo esportivo como nunca se viu”. O jornal cativou o público com suas páginas coloridas, formato tablóide, notícias diárias sobre os times, jogadores, além de bate-bola com os atletas, novidades diárias e estatísticas para as próximas rodadas. Matérias sobre os mais variados esportes são tratadas, mesmo sendo curtas como notícias all news. Ao final, traz os resultados dos campeonatos e pôsteres dos campeões. Ponto também para os excelentes especiais que a Lance faz antes dos principais campeonatos de futebol, e para sua revista Lance A+. A sessão mais interativa é a tabelinha, na penúltima página, com pequenos textos de leitores que enviam suas broncas, pedidos e “zoam dos adversários” via e-mail ou carta. Já na última aparece a programação da TV para o leitor não perder nenhum jogo. Os colunistas renomados como Juca Kfouri, Paulo Vinícius Coelho, Paulo César Vasconcelos, Benjamim Back e Roberto Assaf dão enfoque principalmente para o futebol, sempre mostrando o lado cômico da notícia, sem falar nas mais variadas formas de promoção que atraem ainda mais os leitores. Diversão, seriedade, honestidade e prêmios são os ingredientes dessa receita esportiva que é o diário Lance!.
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Jornalismo transparente
Gostem ou não gostem, uma coisa ninguém pode negar: o Lance! não tem se furtado à boa luta. Tão investigativo como preciso na análise dos seus comentaristas, combateu a CBF e os desmandos de seu presidente. Mostrou, em textos inteligíveis para o leitor, majoritariamente situado na faixa de 15 a 24 anos, o caráter escravocrata da Lei do Passe. Apoiou todas as iniciativas que visavam a estabelecer um calendário viável para o futebol brasileiro. Colidiu com interesses políticos regionais ao defender o fim dos falidos torneios estaduais. Deu amplo espaço às Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) que foram instaladas para apurar irregularidades envolvendo dirigentes esportivos em negociatas lesivas ao patrimônio dos clubes. Vislumbrou no Clube dos 13 a possibilidade de ruptura com modelos organizacionais ultrapassados e lamentou sua domesticação pela CBF. Sem descuidar de uma inteligente formulação gráfica, que contempla desde o desenho tático ao retrospecto de cada equipe em múltiplas competições, o jornal já pode ser considerado a maior vitória da imprensa esportiva. Seu objetivo foi alcançado de forma inquestionável. Elevou o esporte à dimensão política e, ao fazê-lo, inscreveu a ética como elemento propulsor do sucesso esportivo. Seus leitores ludicamente adquirem consciência crítica. Sem dúvida, um golaço.
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A evolução visual
Em 2007, para comemorar o décimo aniversário do jornal, foi criada uma campanha, com a presença do Rei Pelé, e que continha o slogan “LANCE! 10 anos. O LANCE! também é dez”. O Diário aproveitou também para modernizar seu logotipo.
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Dados corporativos
● Origem: Brasil
● Lançamento:
1997
● Fundador:
Walter de Mattos Júnior
● Sede mundial:
Rio de Janeiro, Brasil
● Proprietário da marca: Grupo Lance!
● Capital aberto:
Não
● Presidente:
Walter de Mattos Júnior
● Diretor executivo:
Afonso Cunha
● Faturamento:
Não divulgado
● Lucro:
Não divulgado
● Leitores:
1.5 milhões
● Presença global: Não (presente somente no Brasil)
● Maiores mercados:
São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais
● Funcionários:
500
● Segmento:
Mídia
● Principais produtos: Jornal e portal esportivo
● Ícones: O formato tablóide do jornal

● Slogan: O diário dos esportes.
● Website:
www.lancenet.com
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A marca no Brasil
O jornal tem versões regionais para outros estados, e com isso, alcance nacional, sendo lido por mais de 1.5 milhões de pessoas (sendo 87% homens) com tiragem diária superior a 135.000 exemplares. Atualmente, o jornal tem três redações: em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, com edições também em Manaus e Curitiba. O site Lancenet, com uma equipe formada por mais de 100 jornalistas e fotógrafos no Brasil e no exterior, fornece um conteúdo ágil, em tempo real, do mundo esportivo. O site recebe mensalmente quase 700 mil visitantes.
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As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Iso é, Época, Veja e Isto é Dinheiro), sites especializados em esportes e marketing esportivo, e Wikipedia (informações devidamente checadas).
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Última atualização em 30/3/2009

22.8.08

CAMPER


O que dizer de uma marca de sapatos que, nos anos de 1980, alcançou a fama ao criar um par formado por estampas diferentes em cada pé? 40% de identidade, 10% de ironia, 50% de imaginação, 100% de satisfação, além de ser independente, autêntica e não seguir tendências. Esta é, quem sabe, a fórmula de sucesso da marca espanhola CAMPER, que se autodefine em três palavras: liberdade, conforto e criatividade. 

A história 
A história da marca é antes de tudo a saga de uma família que dedicou mais de um século no aperfeiçoamento do setor de calçados na Europa. Tudo começou em 1877, quando o sapateiro Antonio Fluxá partiu da paradisíaca ilha de Mallorca na Espanha tendo como destino a Inglaterra, com apenas uma ideia na cabeça: aprender tudo sobre os métodos industriais para a fabricação de calçados. O que ele aprendeu lá colocou em ação imediatamente, depois de seu retorno a Espanha. Ele reuniu um grupo de artesões, da comarca de Inca (Mallorca), e introduziu as primeiras máquinas de fazer calçados. Para época, essa atitude representava um espírito inovador na fabricação de calçados, que seria transmitido para outras gerações da família.


Muito tempo depois, na década de 1970, as transformações por quais passavam a Espanha refletiam novos estilos de vida e novos conceitos. Com a tradição centenária e suporte da família no segmento de calçados, o neto de Antonio, Lorenzo Fluxá Rosselló, juntamente com Carlos Rolando e Joaquín Lorente, os primeiros colaboradores da nova empresa, modernizou a forma de desenhar sapatos, refletindo um novo estilo, com um conceito baseado na liberdade, conforto e criatividade, ao fundar no dia 2 de março de 1975 a CAMPER SHOES. O nome “camper” (que significa “Campesino” em catalão) retratava todo o espírito rural e mediterrâneo da nova marca.


Com o conhecimento de duas gerações de artesãos, o sapateiro combinou os métodos tradicionais com novas ideias estéticas para desenhar produtos baseados na criatividade e funcionalidade. Inicialmente a nova empresa fabricava e vendia seus calçados para outros varejistas, inovando na disposição dos produtos nas lojas com a utilização de mostradores. O primeiro modelo produzido pela CAMPER, chamado Camaléon, baseado em um calçado criado em 1928 para ser utilizado no duro trabalho no campo, introduziu o conceito casual no segmento de calçados. E foi um verdadeiro sucesso.


A primeira loja própria da CAMPER foi inaugurada somente em 1981 na cidade de Barcelona, com projeto assinado pelo arquiteto Fernando Amat, e que revolucionou o mercado tradicional de varejo de calçados ao incorporar elementos gráficos na decoração e também em sacolas, caixas diferenciadas, pôsteres com mensagens irônicas, catálogos e mostradores funcionais para expor os sapatos por tamanhos, que se tornariam parte do universo da marca; e expor todos os calçados e tamanhos para que o público pudesse tocá-los e experimentá-los.


A inauguração de sua primeira loja aconteceu, pois a empresa identificou, depois de seis anos vendendo apenas para varejistas, que seus produtos necessitavam de um outro ambiente que permitiria ao público interagir com eles e com a própria marca. Na década de 1990 a marca deu início a uma forte expansão internacional, começando em 1992 com a abertura de lojas em centros tradicionais da moda na Europa como Londres, Paris e Milão. Em 1996 foi a vez do continente Asiático (Hong Kong, Taiwan e Japão) conhecer a marca CAMPER; e três anos depois, iniciou a distribuição de seus calçados nos Estados Unidos, onde inaugurou, neste mesmo ano, uma loja no descolado bairro do SoHo em Nova York; culminando, em 2002, com seu ingresso no mercado australiano, através da abertura de uma loja na cidade de Sydney.


A chegada da CAMPER, venerada por celebridades como Julia Roberts e Jennifer Aniston, no Brasil aconteceu no ano de 2006 com a inauguração de uma loja no Shopping Iguatemi em São Paulo, trazendo sapatos que chegavam a custar R$ 855. O sucesso foi tanto, que pouco depois, a marca espanhola inaugurou mais uma loja no país. Depois de sair do mercado brasileiro, a CAMPER voltou recentemente com a inauguração de duas lojas na cidade de São Paulo (Rua Oscar Freire e Iguatemi JK). Mais recentemente foi lançado o CAMPER TOGETHER, um modelo de colaboração entre a marca espanhola e os principais designers mundiais para criar produtos exclusivos e lojas fantásticas. Foi uma resposta a uma nova realidade internacional que exige a capacidade de integrar por meio do design, culturas diferentes e conhecimento criativo juntos em um único projeto e organização capaz de se comunicar e distribuir iniciativas únicas para um seleto mercado global. A primeira loja desse modelo colaborativo foi inaugurada em 2014 na cidade de Milão, com projeto assinado pelo arquiteto japonês Kengo Kuma. Em 2015, o Design Museum em Londres fez a primeira exposição dedicada a CAMPER, uma homenagem ao 40º aniversário da marca, que também lançou o livro “The Walking Society”, publicado por Lars Müller Publishers e que descreve a jornada e conceito criativo de seus calçados.


A CAMPER se tornou uma potência global de design no segmento de calçados, com ambientes inovadores de varejo, campanhas publicitárias ousadas e colaborações de grandes nomes do universo do design. Nendo, Shigeru Ban, Kengo Kuma, os Irmãos Campana e Hella Jongerius trabalharam em parceria com a marca espanhola, quer seja para criar o ambiente de lojas ou emprestar suas sensibilidades criativas para o desenvolvimento de um par de calçados.


A linha do tempo 
1982 
Lançamento do BACHELOR, calçado que revolucionou o mercado de “sapatos com cadarço” ao acrescentar sola de borracha. 
1984 
Lançamento do RUNNER, um sapato urbano por excelência em relação à estética com o conforto de um calçados esportivo. 
Lançamento da KENBOOT, botas mais pesadas e rudes. 
1985 
Lançamento dos calçados modernos PALMERA e SPIRAL, que rapidamente caíram no gosto dos jovens. 
1988 
Lançamento do TWINS, calçados pouco convencionais, onde o desenho de um pé era ligeiramente diferente do outro. 
1989 
Lançamento da INDUSTRIAL, uma bota moderna que se tornou um sucesso. 
1992 
Lançamento do BROTHERS, calçados versáteis e fiéis ao estilo de contra-cultura. 
1993 
Lançamento do TERRA, um calçado com estilo rural, que ilustrava as origens da marca. 
1995 
Lançamento do PELOTAS, calçados esportivos com estilo retro, que se tornou um verdadeiro sucesso da marca. O design do calçado foi baseado nos antigos tênis de treinamentos americanos, e seu nome significa “bolas” em espanhol, uma referência as 87 bolas que possui na sola. 
1996 
Lançamento do MIX, calçados futuristas e com aparência high-tech. 
2000 
Lançamento do WABI, um calçado rústico e simples, desenvolvido para ser usado no interior de ambientes e que se transformou em um dos ícones da marca espanhola.


Um conceito diferenciado 
O conceito WALK IN PROGRESS foi criado no ano de 2000 pela CAMPER e o designer catalão Martí Guixé, um dos antigos colaboradores da marca. Esse conceito surgiu, pois a CAMPER, com sua política de lojas e internacionalização de seus produtos, enfrentava um grande problema: depois de escolhido o lugar para instalação da nova loja, a empresa tinha uma enorme dificuldade em recuperar o investimento e torná-lo rentável, ao manter a loja fechada durante o processo de decoração e acabamento. Foi então que surgiu a filosofia das lojas temporárias com o conceito WALK IN PROGRESS.


A ideia é simples: fazer um design provisório (com um aviso bem-humorado “Pedimos sua compreensão, a decoração vem aí, mas os nossos fantásticos sapatos já estão aqui”) e interativo (as paredes brancas com a frase “Imagine um mundo melhor”, convidam os clientes a escrever seus pensamentos, mensagens e ideias) com móveis feitos de materiais recicláveis (uma mesa feita de caixas de papelão que expõe os calçados da marca), que permitiria abrir a loja antes mesmo que o design e decoração (que utiliza madeira reciclada, corda e papelão) definitiva estivessem prontos (a inauguração oficial se dá entre nove e doze meses depois de aberta a loja). A realização deste conceito permite à CAMPER colocar a loja em funcionamento de uma forma mais rápida, simples e com baixo custo. A primeira loja aberta com este conceito foi a de Milão em março de 2000, com inauguração oficial em fevereiro do ano seguinte. Nascida no mediterrâneo a marca transpira sua região de origem, e as lojas são a melhor forma de sentir e viver um pouco a cultura da CAMPER.


O diferencial 
A marca espanhola faz sucesso no mundo com um conceito oposto ao da Zara, uma das marcas mais festejadas da Espanha. Enquanto a varejista de vestuário revolucionou o mercado com seu modelo de negócio “fast fashion” (moda rápida) - ela captura as tendências e consegue confeccionar e levar os novos modelos às lojas em poucos dias - a CAMPER valoriza os atributos inversos. A começar por seu slogan, que aconselha: caminhe, não corra (Walk. Don’t run). A empresa só produz calçados que sejam confortáveis, simples e duráveis, sem se importar com o que está na moda. Não espere encontrar em suas lojas saltos agulhas ou bicos finos. São sapatos de feitio rústico, mas de talhe e acabamento ousados, que viraram mania entre a juventude descolada. A CAMPER é completamente diferente de tudo.


Uma filosofia forte 
A convicção em sua filosofia é tão forte que a CAMPER ergueu um hotel aconchegante (chamado CASA CAMPER) com mais de 40 quartos e um restaurante e um bar, no centro da cidade de Barcelona, que seguem todos os conceitos da grife espanhola. Todos os quartos dispõem de um lounge separado, e há um bufê gratuito 24 horas. Os quartos têm vista para um tranquilo jardim vertical ou para a cidade. Os lounges são equipados com uma TV de tela plana, um sofá e uma mesa.


O hotel, inaugurado em 2005 e que se destaca não somente pela simplicidade e sobriedade dos espaços como igualmente pela perfeita interação gerada entre a história do local e a modernidade do acolhedor interior, foi projetado para afastar o hóspede da agitação da cidade; e o restaurante (chamado Dos Palillos) oferece pratos balanceados para ressaltar as qualidades de bem-estar. É uma maneira de agradar aos clientes, posicionar a marca e estar um passo à frente no imaginário dos consumidores. Uma segunda unidade do hotel (com 51 quartos) foi inaugurada na cidade de Berlim na Alemanha.


A comunicação 
A comunicação sempre foi um dos pilares do sucesso da marca. Não somente com o único objetivo de vender calçados, mas também comunicar mensagens, que iam da ironia à reflexão. Como garotos-propaganda, a marca sempre preferiu fotografar pessoas comuns, pobres, idosos, meninas de rua ou até a velha guarda de uma escola de samba, que estampou suas campanhas pouco tempo atrás. Quando a CAMPER lançou sua campanha de Primavera/Verão de 2001 não estava pensando em uma ferramenta de marketing para comunicar um produto, mas sim para estabelecer uma nova forma de se comunicar com uma plataforma conceitual que refletia o espírito da marca. A campanha THE WALKING SOCIETY (algo como “a sociedade do caminhar”), era uma declaração cultural, que comunicava que a CAMPER não era simplesmente um calçado ou um estilo de vida, mas sim uma forma de pensar. A campanha enxergava a região do Mar Mediterrâneo como uma rede cultural de pessoas e lugares, comunicando assim hábitos e costumes de povos das regiões de Mallorca, Marrocos, Grécia e Itália.


A evolução visual 
A identidade visual da marca passou por apenas uma grande e acentuada remodelação em sua história. Isto aconteceu no início da década de 1980, quando a CAMPER inaugurou sua primeira loja própria. E foi justamente neste momento que ocorreu uma enorme modificação em sua identidade visual, antes com tipografia preta, com a introdução do tradicional logotipo com caixa vermelha e tipografia branca. A modificação foi necessária, pois o logotipo original não havia sido criado para ser aplicado nas partes externas das lojas.


Os slogans 
Lifelovers Welcome. 
Imagination Walks. 
Walk. Don’t run. (2001)


Dados corporativos 
● Origem: Espanha 
● Fundação: 2 de março de 1975 
● Fundador: Lorenzo Fluxá Rosselló 
● Sede mundial: Inca, Palma de Mallorca, Espanha 
● Proprietário da marca: Coflusa S.A.U. 
● Capital aberto: Não 
● CEO: Miquel Fluxà 
● Faturamento: €300 milhões (estimado) 
● Lucro: Não divulgado 
● Lojas: 300 
● Presença global: 50 países 
● Presença no Brasil: Sim 
● Funcionários: 1.000 
● Segmento: Calçados 
● Principais produtos: Sapatos, botas e sandálias 
● Ícones: Os sapatos Twins 
● Concorrentes diretos: Toms Shoes, Simple Shoes, Hush Puppies e Perky Shoes 
● Slogan: Walk. Don’t run. 
● Website: www.camper.com 

A marca no mundo 
A marca possui mais de 300 lojas próprias localizadas em mais de 50 países e espalhadas por cidades como Nova York, Madri, Milão, Roma, Berlim, Londres e São Paulo, além de estar presente em mais de 4.000 pontos de venda como lojas multimarcas e de calçados, com faturamento estimado em mais de €300 milhões e 3.8 milhões de pares vendidos anualmente. A maioria de suas lojas está localizada no continente europeu, onde os principais mercado são Espanha, Itália e França. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, BusinessWeek, Exame e Isto é Dinheiro), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers). 

Última atualização em 27/2/2016

18.8.08

GYMBOREE

Os centros de recreações GYMBOREE sabem que as relações e as experiências que ocorrem nos primeiros anos de vida têm um grande impacto no futuro da criança. De fato, o cérebro está mais ativo nos primeiros três anos, nos quais crescerá até 80% do seu tamanho. É, assim, fundamental que pais e educadores promovam o desenvolvimento da criança durante esta fase. O programa de aprendizagem do GYMBOREE é um meio para apoiar este desenvolvimento, onde amizade e interação são os objetivos principais.

A história
A história começou em 1976 quando uma jovem mãe, Joan Barnes, do condado californiano de Marin, região próxima a San Francisco, ao não encontrar locais seguros e divertidos onde levar sua filha pequena resolveu criar, juntamente com seu marido Bill, o primeiro centro de recreação GYMBOREE PLAY & MUSIC, com o objetivo de promover o rápido desenvolvimento do corpo e da mente da criança, ao mesmo tempo em que começava a prepará-la para a vida. A filosofia do novo negócio era baseada em um conceito muito forte: a aprendizagem e a brincadeira estavam totalmente interligadas. Por apenas alguns dólares, crianças podiam brincar à vontade. Assim, milhares de crianças passaram a fazer amizades fora do ciclo familiar.


A partir de 1978 a empresa iniciou o sistema de franquia. O sucesso do empreendimento foi tanto, que em 1984, a rede já operava 125 unidades localizadas em 20 estados americanos, e alcançava mais de US$ 1 milhão em faturamento. As franquias eram operadas tipicamente por mulheres, muitas das quais com treinamento em terapia ocupacional e educação. Os pais pagavam, dependendo do programa, entre US$ 4 à US$ 8 por uma sessão de 45 minutos em salas divididas por idades. As franquias abusavam das cores vibrantes e principalmente de equipamentos desenvolvidos especialmente para os primeiros aprendizados dos nenês. As salas onde aconteciam as atividades contavam com equipamentos que primavam pela segurança. E nenhuma aula estava completa, ou era encerrada, sem a visita da mascote da marca: um simpático e colorido palhaço chamado GYMBO. O sucesso dos centros aumentou ainda mais.


Foi então que, em 1986, a empresa resolveu inaugurar a primeira loja da marca para vender roupas e acessórios para crianças, utilizando seus centros de recreação para atrair clientes. A decoração da loja contava com monitores de televisão que passavam aulas e atividades realizadas nos centros, móveis coloridos e a presença da enorme mascote da marca. Era o início da construção de uma rede de lojas de varejo que faria muito sucesso. No ano seguinte mais 15 lojas foram inauguradas pelo país. No final da década a GYMBOREE já era uma das maiores especialista no segmento de desenvolvimento infantil, com 350 centros de recreação e 32 lojas (em sua grande maioria, localizadas dentro de shopping centers).


Em meados da década de 90 a empresa iniciou um forte processo de expansão internacional, inaugurando centros de recreações em Taiwan, México e outros oito países. Outras novidades foram o lançamento das vendas de seus produtos por catálogo; a introdução em suas lojas de uma linha de móveis infantis; e o lançamento do formato de super lojas em algumas de suas unidades. No final da década, uma nova onda de expansão permitiu a GYMBOREE ingressar nos mercados inglês, irlandês e porto-riquenho. A primeira unidade no Brasil foi inaugurada em 2001 no Shopping Portal do Morumbi, em São Paulo. A empresa chegou a ter 3 unidades de seus centros de recreação no Brasil, mas devido à resultados decepcionantes, acabou fechando suas unidades, para retornar em 2011 com a inauguração de uma unidade no Rio de Janeiro, localizada no Shopping Downtown, na Barra da Tijuca.


Em 2005 a empresa lançou um novo formato de loja no varejo: inaugurou suas primeiras unidades no conceito outlets (ponta de estoque), que vendiam produtos da marca com preços mais baixos que nas lojas tradicionais da rede. Recentemente, em 2010, a empresa foi adquirida por US$ 1.8 bilhões pelo fundo de investimento Bain Capital Partners.


Os negócios
A GYMBOREE opera cinco formatos de unidades:
GYMBOREE PLAY & MUSIC: Centros de recreações infantis que proporcionam um completo programa de desenvolvimento para crianças recém-nascidas e até cinco anos de idade, com acompanhamento dos pais, através de atividades como música, arte e brincadeiras. Existem mais de 690 centros de recreação GYMBOREE espalhados por 37 países ao redor do mundo.


GYMBOREE RETAIL STORES: Rede de lojas da marca que vendem roupas e acessórios paras crianças recém-nascidas e até 12 anos de idade. A rede possui mais de 600 lojas localizadas somente nos Estados Unidos e Canadá.
GYMBOREE OUTLET: São aproximadamente 150 unidades no formato ponta de estoque, que vendem produtos com a marca GYMBOREE à preços bastante baixos e convidativos.
CRAZY 8: Rede de lojas, inaugurada em agosto de 2007, que vende roupas e acessórios modernos para crianças de 0 à 14 anos. Atualmente existem cerca de 167 unidades da rede.
JANIE and JACK SHOPS: Rede de lojas que oferece roupas e acessórios para crianças com até 6 anos de idade. Existem aproximadamente 123 unidades da rede localizada nos Estados Unidos.


O programa
O programa GYMBOREE foi concebido por especialistas em desenvolvimento infantil, e é composto por seis níveis, cada um deles desenvolvido para promover uma capacidade essencial que a criança irá aprender, passando pela exploração sensorial para os bebês, causa e efeito; comunicação bilateral, coordenação motora, jogos de faz de conta até às primeiras competências auditivas e lingüísticas. Cada nível do programa integra atividades essenciais que ajudam a criança a desenvolver as competências cognitivas, sociais e motoras.
ARTS
Nada estimula mais a imaginação do que arte. É por este motivo que a criança sai das aulas de arte do GYMBOREE com muito mais do que um projeto terminado. As crianças saem das aulas com um espírito mais criativo, e com maior facilidade de auto-expressão. As aulas estimulam a imaginação da criança através de um mundo de trabalhos manuais por meio da pintura, escultura, colagem, músicas, máscaras e outras atividades criativas.
MOMMY and BABY FITNESS
É um programa baseado em exercícios de ioga concebido para que as recém mamães recuperem a forma e o bem-estar enquanto se relacionam com seus bebês. Através de uma série de exercícios simples e técnicas de respiração, as mães podem experimentar um sentimento de bem-estar enquanto fortalecem e tonificam a região abdominal, as pernas e as nádegas, além de aprendem a relaxar o pescoço e os ombros. Esta aula destina-se a mães a partir das seis semanas após o parto, e a bebês que ainda não andem.
MUSIC
O GYMBOREE propõe uma abordagem dinâmica para a aprendizagem de música que introduz a criança a uma variedade de estilos musicais. Através do canto, dança, jogos de movimento e instrumentos musicais, a criança aprende conceitos básicos da formação musical, tais como: ritmo, compasso, andamento e melodia, que irão promover o contínuo desenvolvimento das suas competências musicais. Estas atividades proporcionam ferramentas essenciais ao desenvolvimento e têm um grande impacto no desenvolvimento motor, social, emocional e intelectual da criança.
DANÇA PARA CRIANÇAS
Destinada a crianças entre os três e os cinco anos de idade, esta atividade vai ao encontro do grau de maturidade da estrutura bio-psico-sócio-motora da criança, proporcionando uma variedade e qualidade de experiências práticas realizadas à percepção e expressão pelo movimento.
MOVIMENTO CRIATIVO
Destinada a crianças entre os cinco e os sete anos, esta atividade consiste num programa de exercícios que estimulam a criatividade que, potencialmente, existe dentro de cada criança, proporcionando a exploração do seu próprio movimento. Deste modo, os conhecimentos que a criança adquire com a descoberta de novos pontos de equilíbrio, de energia e de respiração potencializam a flexibilidade na sua vivência pessoal. Esta exploração do corpo através da improvisação e estimulação do imaginário desenvolve instintivamente nas crianças uma grande sensibilidade, compreensão estética e gosto artístico.
PREGNANT GYM
Destinada a mulheres grávidas, a atividade consiste num programa de exercícios ideais para serem praticados durante a gravidez, pois ajudam a fortalecer os ossos e os músculos e vão ao encontro das necessidades fisiológicas da futura mamãe. Nestes exercícios serão trabalhados os músculos que assumirão uma atividade particular no momento do parto e também no período pós-parto. Outros benefícios resultantes da prática desta atividade na gravidez são a redução das dores de costas, a prevenção ou tratamento da diabetes gestacional, o ganho de energia e ajuda para dormir melhor.


O sucesso obtido no modelo de negócio da empresa se deve em grande parte aos especialistas que trabalham nos centros GYMBOREE de desenvolvimento infantil, que desenvolvem, há mais de 30 anos, o programa que se concentra na criança como um todo, com o objetivo de ajudá-las a adquirir capacidades motoras, sociais e auto-estima, para se tornarem adultos confiantes, alegres e bem sucedidos. Mas a empresa sabe que o sucesso da GYMBOREE também depende dos pais, que são potencialmente os principais impulsionadores do desenvolvimento e da aprendizagem das crianças. É por esse motivo que, nos centros de recreação, mãe e pai desempenham um importante papel no decorrer das atividades, que pretendem ser mais do que uma ocupação dos tempos livres. São oportunidades únicas das crianças crescerem em um contexto acolhedor e seguro. Uma das principais filosofias da marca é “aprender através da brincadeira”.


Dados corporativos
● Origem:
Estados Unidos
● Fundação: 1976
● Fundador: Joan e Bill Barnes
● Sede mundial: San Francisco, Califórnia
● Proprietário da marca: Gymboree Corporation
● Capital aberto: Não
● Chairman & CEO: Matthew K. McCauley
● Presidente: Kip Garcia
● Faturamento: US$ 1.1 bilhões (2010)
● Lucro: US$ 237 milhões (2010)
● Lojas: 634 (+ 150 outlets)
● Centros de recreação: 697
● Presença global: 37 países
● Presença no Brasil: Sim
● Funcionários: 12.400
● Segmento:
Aprendizado infantil
● Principais produtos: Roupas e brinquedos para crianças, centros de recreação
● Principais concorrentes: The Children’s Place, GAP e The Little Gym
● Mascote: O palhaço GYMBO
● Slogan:
Growing Young Minds.
● Website: www.gymboree.com

A marca no mundo
A rede americana GYMBOREE, um centro de estimulação infantil para bebês e crianças de até 5 anos, possui mais de 697 unidades em 37 países ao redor do mundo. Além disso, a rede possui 634 lojas e 150 outles, que vendem roupas e brinquedos infantis, localizadas nos Estados Unidos, Porto Rico, Canadá e Austrália. A rede encontra-se ainda fortemente implantada em países como México, Coréia do Sul, Reino Unido e China, onde conta com uma média de 50 estabelecimentos.

Você sabia?
Os equipamentos dos centros de recreação foram projetados por Jay Beckwith, um respeitado designer de playground, com mais de 30 anos da experiência, que criou cada estrutura pensando nas necessidades das crianças.
A música ouvida durante as aulas e brincadeiras é, com freqüência, a da banda Parachute Express.


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Time), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers).

Última atualização em 1/8/2011

14.8.08

ECKO UNLTD.


Se você for uma pessoa descolada, ou tem amigos mais moderninhos, já deve ter ouvido o nome Eckō Unltd. Caso você não seja tão descolado assim, certamente já viu bonés, camisetas, mochilas ou moletons estampado com o logotipo de um rinoceronte vermelho, ícone de destaque no mercado da moda urbana no mundo inteiro. Com fortes raízes na cultura jovem e unindo com sucesso design, street, música, vídeo games e esportes radicais, a marca americana Eckō Unltd. conquistou milhões de fãs com sua moda despojada, irreverente e até transgressora. 

A história 
Os apaixonados por moda, com certeza, já ouviram falar em Marc Ecko. Ele é o empreendedor que a partir da confusão de tendências da jovem arte do grafite criou a grife Eckō Unltd. Nascido como Marc Louis Milecofsky nos subúrbios de Nova Jersey, ele, que era neto de alfaiate e cursava farmácia na Rutgers University para, munido apenas com um aerógrafo e muita criatividade, tingir camisetas na garagem da casa de seus pais no Brooklyn para vender aos colegas de faculdade. Logo, artistas como o diretor de cinema Spike Lee e Chuck D (músico do grupo de rap Public Enemy), ouviram falar de suas criações e passaram a vesti-las. O grafiteiro, então com apenas 20 anos, abandonou a faculdade e resolveu transformar sua arte em moda fundando, no dia 29 de junho de 1993, junto com sua irmã gêmea Marci Tapper e o amigo Seth Gerszberg, a marca de moda urbana *Eckō Unltd. (escrita inicialmente em letra minúscula e com asterisco mesmo) que contava apenas com uma linha composta por seis modelos de camisetas com estampas diferenciadas e alusões ao hip-hop. O nome da marca já demonstrava que suas criações no mundo da moda não teriam limites (“unltd.” é abreviação de ilimitado).


Em 1996, a marca lançou sua primeira coleção completa e o sucesso foi imediato. Com uma forte raiz na cultura jovem e hip-hop, a marca se transformou em um ícone para as novas gerações, sem fronteiras. Foi muito bem aceita a fusão de design, rua, vídeo game e esportes radicais. Em menos de uma década, as visões do agora designer Marc Ecko posicionaram com sucesso a Eckō Unltd., uma das marcas mais inovadoras e bem sucedidas no segmento urbanwear do mundo, que em 2002 ultrapassou os US$ 300 milhões em faturamento. Com o sucesso novos produtos surgiram como jaquetas de couro, roupas esportivas, tênis, mochilas, joias, óculos, relógios e a coleção de roupas infantis (lançada no outono de 2003).



A marca desembarcou no Brasil em meados de 2004. Uma das estratégias da marca para ampliar seu mercado no Brasil foi o investimento em ações de marketing. Além de um trabalho intenso em mídia impressa, focado em veículos de moda, a marca ainda contou espontaneamente com a preferência de muitos artistas e formadores de opinião em geral, o que ajudou a fortalecer ainda mais sua imagem no mercado. Ainda em 2004, a empresa lançou a MARC ECKO CUT & SEW, uma mistura de alfaiataria com a ousadia que sempre caracterizou a marca, que nasceu para atender as aspirações do consumidor com idade entre 20 e 35 anos, oferecendo produtos como blazers, camisas em tecidos nobres, calças sociais, coletes e acessórios. A Eckō Unltd. se tornou ainda mais conhecida nos anos seguintes após ser adotada por grandes nomes americanos, de rappers (como Usher, Sean “Diddy” Combs, Jay-Z e 50-cent) a jogadores de basquete. Com isso, ganhou um ar cool, e começou a fazer parte das marcas mais desejadas pela elite descolada.


Apesar disso, a empresa sentiu a forte crise que assolou o mercado americano a partir de 2008, obrigando Marc Ecko a vender, em 2009, 51% da marca para o grupo Iconix Brand, mesmo ano em que lançou sua primeira fragrância masculina. Com isso, a Eckō Unltd. e suas outras marcas receberam uma injeção de capital e passaram por uma enorme reestruturação, que incluiu o reposicionamento de cada uma delas, cujo portfólio foi ampliado para outras categorias de produtos. Em abril de 2011, a marca foi parar nas manchetes com uma estratégia de marketing inovadora. A Eckō Unltd. ofereceu 20% de desconto por toda a vida em qualquer mercadoria da marca a qualquer um que tatuasse um dos dois logotipos da marca (o rinoceronte ou o logotipo da Marc Ecko Cut & Sew, um par de tesouras que parecem com uma caveira humana) em qualquer lugar do corpo. Pouco depois, no mês de maio de 2013, o grupo Iconix Brand (proprietário de marcas como Joe Boxer, Pony, Umbro e Ocean Pacific) adquiriu o restante da empresa.



Um estilo de vida 
Acreditando no poder da diversificação e segmentação, a marca assinalou isto através da sua habilidade em atrair uma base de clientes muito versáteis. Nos últimos 10 anos, a Eckō Unltd. evoluiu de uma simples marca para uma empresa de estilo de vida, abrangendo uma linha completa de produtos masculino, feminino, infantil, artigos em couro, relógios, óculos, mochilas, malas e acessórios, calçados (masculinos, femininos e infantis) e fragrâncias. A marca conta com um número variado de peças, com destaque para a linha de jeanswear e a de bonés, uma das mais amplas do mercado com mais de 40 modelos. Há ainda camisetas, polos, moletons, malharia, acessórios e até roupa íntima. Os carros chefe são as camisetas masculinas e os jeans.



O ícone 
O logotipo do rinoceronte não apareceu durante o início da marca. Na verdade, só surgiu depois que a marca participou do primeiro M.A.G.I.C. Show (Evento da indústria fashion realizado na cidade de Las Vegas). Naquele momento Marc Ecko percebeu que sua grife precisava ter um logotipo, afinal a Eckō Unltd. utilizava apenas seu nome como identidade visual. Com uma visão agressiva e ousada, percebeu que todos os seus competidores tinham uma mesma linha de linguagem muito similar ao logotipo original da Eckō Unltd.: apenas o nome escrito em letras à mão de grafiteiros (denominadas “tag”). Foi então que surgiu a história do rinoceronte, baseada em uma pequena estátua de madeira em forma de rinoceronte que seu pai tinha. Então pensou: rinocerontes são meio pré-históricos, até meio que mitológicos. Apesar de grande e desajeitado, é um animal muito ágil quando corre - muito parecido com a empresa dele. Além disso, o rinoceronte é um sobrevivente, é um animal muito leal, forte e único. Mas, o mais importante sobre ele: é o único animal de quatro patas que não se move para trás, somente caminha e olha pra frente. Pronto, surgia um ícone do mundo da moda urbana. O rinoceronte representava tudo o que Marc Ecko queria transmitir com a sua marca: fortaleza, lealdade, inteligência e originalidade. Mas, acima de tudo, uma visão voltada para o futuro. A partir deste momento o RHINO virou um ícone da marca, aplicado em diversos estilos, cores e tamanhos nos produtos, cartazes, luminosos, catálogos e até em intervenções na cidade e nos mais diversos espaços urbanos, além de festas e eventos musicais, que fizeram do rinoceronte um ícone na comunicação da marca.


A evolução visual 
O logotipo da marca americana passou por algumas remodelações ao longo dos anos. Há poucos anos atrás a marca alterou sensivelmente sua identidade visual. O novo logotipo manteve o símbolo do rinoceronte, porém menor, aboliu o asterisco no início do nome (que passou a ser escrito em letras maiúsculas) e ganhou uma nova tipografia de letra. Mais recentemente a identidade visual foi alterada novamente: o nome voltou a ser escrito em letras minúsculas com uma nova tipografia e tudo na cor vermelha.



Dados corporativos 
● Origem: Estados Unidos 
● Fundação: 29 de junho de 1993 
● Fundador: Marc Ecko, Seth Gerszberg e Marci Tapper 
● Sede mundial: South River, New Jersey, Estados Unidos 
● Proprietário da marca: IP Holdings Unltd. LLC 
● Capital aberto: Não (subsidiária do Iconix Brand Group Inc.) 
● CEO: Robert Galvin 
● Estilista: Marc Ecko 
● Faturamento: US$ 1 bilhão (estimado) 
● Lucro: Não divulgado 
● Lojas: 100 
● Presença global: 60 países 
● Presença no Brasil: Sim 
● Funcionários: 300 
● Segmento: Moda urbana 
● Principais produtos: Camisetas, bonés, calças jeans, mochilas e relógios 
● Concorrentes diretos: Everlast, DC Shoes, Vans, Element, No Fear, Red Nose, New Era e Von Dutch 
● Ícones: O rinoceronte vermelho 
● Slogan: We are Unlimited. 
● Website: www.ecko.com

A marca no mundo 
Os produtos Eckō Unltd. estão disponíveis em aproximadamente 100 lojas próprias espalhadas pelos Estados Unidos e outros países, além de cinco mil pontos de vendas como grandes varejistas e lojas de departamento. A linha de produtos está disponível internacionalmente através de vários distribuidores e lojas multimarcas em regiões como Canadá, Brasil, Europa Ocidental, Inglaterra, Austrália, Coréia do Sul, México, Oriente Médio, Hong Kong e Japão. 

Você sabia? 
A simpatia por rinoceronte é tamanha que Marc Ecko, durante anos, ajudou a manter gastos do zoológico de San Diego onde “patrocinava” um rinoceronte indiano órfão nomeado por ele como Baby Ecko. Além disso, doava quantias significativas para a organização não governamental International Rhino Foundation, que trabalha para salvar espécies de rinocerontes em risco de extinção. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Newsweek, BusinessWeek, Exame, Época Negócios e Isto é Dinheiro), sites de moda (Pure Trend), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Mundo do Marketing) e Wikipedia (informações devidamente checadas). 

Última atualização em 9/11/2018