20.1.09

JONES SODA

A JONES SODA, famosa por criar refrigerantes exóticos, não é um gigante como a Coca-Cola, muito pelo contrário, é uma pequeníssima empresa do segmento. Mas com técnicas e ações agressivas de marketing, locais de vendas inimagináveis e sabores inusitados como presunto, peru com molho, batata doce, panqueca, entre outros, se tornou uma das vedetes do mercado americano de refrigerantes, inclusive se tornando a bebida oficial servida dentro dos aviões da companhia aérea Alaska Airlines.

A história
Tudo começou em 1987 quando Peter Von Stolk fundou uma empresa com o nome de Urban Hand Limited na cidade canadense de Edmonton, para distribuir outras marcas de refrigerantes alternativas como o chá gelado AriZona, os sucos Just Pik’t e a marca de sodas Thomas Kemper, na região oeste do país. Depois de um rápido crescimento e experiência no setor, a empresa resolveu iniciar a produção própria de refrigerantes em 1995. No ano seguinte, em janeiro, a empresa, que havia adotado o nome de Urban Juice & Soda Company, lançou no Canadá (região oeste) e Estados Unidos (inicialmente nos estados do Massachusetts e Washington), uma linha de refrigerantes sem cafeína com a marca JONES SODA, disponível em seis sabores: Orange (laranja), Cherry (cereja), Lemon Lime (lima-limão), Strawberry Lime (morango com limão), Raspberry (framboesa) e Grape (uva). A empresa inovou ao adotar a embalagem Long Neck de vidro para uma linha de refrigerantes, pois esse tipo de embalagem foi originalmente criado para a cerveja.


Um dos diferenciais da JONES SODA, além de suas cores inusitadas, era o fato de utilizar fotografias estampadas nos rótulos das garrafas de 12 onças de sua pequena linha refrigerantes. Esta prática, que tinha como objetivo criar um vínculo emocional com o consumidor, evoluiria, dando a possibilidade de seus fiéis seguidores, através de um upload na página da empresa na Internet, ter uma foto sua estampada nos rótulos das garrafas. A empresa também inovou em sua distribuição, colocando seus produtos para serem vendidos em locais inusitados, mas freqüentados por pessoas jovens e formadoras de opinião, como por exemplo, lojas de roupas, lojas de música, estúdios de tatuagem e piercing, e lojas de equipamentos esportivos. Eventualmente suas sodas podiam ser encontradas em grandes redes de varejo como 7-Eleven (loja de conveniência), Wal-Mart, Safeway (supermercados) e nas lojas da rede de livraria Barnes & Noble.


Em uma tentativa mal sucedida, a empresa lançou, em 1999, a sua linha diet de sodas, que seria substituída, em 2003, pela linha sem adição de açúcar. Em 2000, a sede da empresa foi transferida da cidade de Vancouver no Canadá, para a cidade de Seattle, estado americano de Washington, como tentativa de aumentar as vendas nos Estados Unidos, que neste momento correspondiam por boa parte do faturamento da empresa. Neste momento a empresa trocou seu nome para JONES SODA, principal produto da empresa, e que respondia a 85% de seu faturamento.


Com um novo nome e uma nova casa a marca começou a diversificar sua linha de produtos com a introdução de sucos naturais, e, nos anos seguintes, com a criação de 22 sabores diferentes (entre os quais melancia, maçã verde, tangerina, melão é até de chiclete e chocolate) para sua linha de refrigerantes, além das versões sem açúcar. No ano de 2003 a marca lançou no mercado suas primeiras edições especiais: Jones Hot Wheels Pack, lançada em julho e composta por quatro garrafas de refrigerantes no sabor de laranja com rótulos especiais para comemorar os 35 anos dos famosos carrinhos; e Turkey & Gravy, introduzida em novembro e composta por garrafas de refrigerantes no sabor Peru com Molho de Carne, em comemoração ao feriado de Ações de Graça. O sucesso das edições especiais faria com que elas se tornassem uma tradição da JONES SODA.


A partir de 2004, a JONES SODA iniciou uma forte e agressiva expansão em sua distribuição, assinando contratos para que seus produtos estivessem disponíveis dentro das lojas da Starbucks, nas lojas da Target (enorme rede varejista de desconto) e em mais de 1.000 lojas da rede de supermercado Winn-Dixie. Esses acordos fizeram com que seus refrigerantes passassem a ser conhecidos por uma parcela maior da população americana, resultando em um grande acréscimo das vendas. Em 2006, lançou os sabores “batata doce”, “ervilha” e “peru com molho” como parte das comemorações do Dia de Ação de Graças, um feriado importante no calendário americano. Ao contrário do que se poderia esperar, foi um sucesso absoluto. Suas técnicas de marketing também ficaram mais agressivas e maiores: em 2007, a empresa firmou contrato com o Qwest Field, estádio do time de futebol americano Seattle Seahawks, e para celebrar criou os sabores “transpiração”, “sujeira”, “doce vitória” e “grama natural”. A empresa se nega a dar a composição desses sabores.


Ainda neste ano, criou os kits Christmas (Natal) e Chanukah (festa judaica comemorada em geral na segunda quinzena de dezembro). Como sempre, todos os pacotes eram kosher (produzidos segundo os preceitos da dieta judaica), continham zero % de cafeína e sabores inusitados como Presunto Natalino, Ameixa, Panqueca, Gemada e Moedas de Chocolate. Sua mais recente façanha foi fechar contrato com a companhia aérea Alaska Airlines, uma das maiores do país, para servir suas bebidas dentro das aeronaves durante os vôos. A cada ano que passa a JONES SODA surpreende o mercado e seus consumidores com novidades e ações que a faz ser vista como uma marca única em sua categoria.


A linha do tempo
1999
Lançamento, em outubro, do energético cítrico WhoopAss.
Lançamento de sua segunda marca de energético chamada JONES ENERGY. O produto, vendido em lata, estava disponível em três sabores (Mixed Berry, Lemon Lime e Orange). Também era possível ser encontrado na versão sem açúcar (SUGAR FREE JONES ENERGY).
2001
Lançamento do JONES JUICE, uma linha de sucos naturais nos sabores Limes with Orange (laranja com limão), Berry White, Dave, Black, Purple Carrot (cenoura) e Fu Cran Fu. No ano seguinte a linha adotou oficialmente o nome de JONES NATURALS.
2004
Lançamento de sabores exóticos para a comemoração do Dia de Ação de Graça. Entre eles o Turkey & Gravy (Peru com Molho), que havia sido lançado um ano antes e voltou devido ao enorme sucesso de vendas; Green Bean Casserole (Feijão Verde); Cranberry (uma espécie de fruta vermelha); Mashed Potatoes with Butter (Batatas com Manteiga); e Fruitcake (Bolo de Fruta).
Licenciamento da marca JONES SODA para o lançamento de uma linha, com sabores exóticos, de protetores labiais.
2005
Lançamento do JONES ORGANICS, uma linha de chás orgânicos, disponível em seis sabores baseados em chá verde, branco e vermelho.
Lançamento da edição especial em comemoração ao Dia das Bruxas (Halloween Limited Edition) nos sabores Candy Corn (Milho), Caramel Apple (Maçã Caramelizada), Strawberry Slime e Scary Berry Lemonade (limonada azeda).
Lançamento de outra edição especial para comemorar os aspectos regionais da cidade de Seattle, onde está a sede da empresa, nos inusitados sabores Smoked Salmon Pâté (Patê de Salmão), Corn on the Cob (Milho), Broccoli Casserole (Brócolis) e Pecan Pie (Torta de Nozes).
Licenciamento da marca JONES SODA para o lançamento de uma linha, com sabores das sodas, de chicletes e balas. Atualmente existem seis sabores diferentes no mercado.
2006
Lançamento da JONES 24C, uma linha de bebidas esportivas (água gaseificada com sabores).
Lançamento da primeira edição especial para o Dia dos Namorados (Valentines Pack). O quite era composto por duas garrafas de refrigerante no sabor Love Potion #6” soda, um protetor labial no mesmo sabor, três CDS com músicas singles, um livro de cupons chamado “Love Coupons” e um cupon dando direito a customizar o rótulo de duas garrafas de refrigerantes na página da Internet da empresa.
Lançamento da edição especial em comemoração ao Dia das Bruxas (Halloween Limited Edition) em mini-latas.


Os produtos
Atualmente a JONES SODA possui uma linha de produtos composta por:
JONES PURE CANE SODA (refrigerantes de soda sem adição de glúten), principal linha da marca composta por 12 sabores originais:
● Green Apple (maçã verde)
● Cream (baunilha)
● Root Beer (cerveja)
● Blue Bubble Gum (chiclete)
● Fufu Berry (frutas vermelhas)
● Naranja Mandarina (laranja)
● Berry Lemonade (limonada)
● Strawberry Lime (morango e lima)
● Limon (limão)
● Pure Cane Cola (refrigerante de cola)
● Crema de Pina
● Tutti Frutti
JONES ZILCH (refrigerantes de soda sem adição açúcar e zero caloria), uma linha composta por quatro sabores principais.
WHOOP ASS ENERGY DRINK (energéticos cítricos).


Os rótulos
Os rótulos da linha de refrigerantes JONES SODA sempre foram os principais responsáveis, ao lado dos sabores inusitados, pela eficaz comunicação da marca. Sempre foram responsáveis por boa parte de exposição da marca na mídia. Desde o início a ação diferenciou a marca, e ganhou ainda mais força, quando em 1999, a JONES SODA lançou em sua página da Internet a uma seção chamada myjones, onde o consumidor adquiria um quite de 12 garrafas do refrigerante em seus sabores favoritos, podendo escolher a fotografia ou mensagem a ser estampada nos rótulos. Havia a possibilidade de escolher fotos do arquivo ou enviar outras para serem impressas. Hoje em dia o serviço de personalização do rótulo sai por US$ 29.99 (12 garrafinhas). Atualmente a JONES SODA continua utilizando-se do artifício de trocar constantemente os rótulos (todos em preto e branco) de sua linha de refrigerantes, lançar rótulos temáticos, ou mesmo, deixar o consumidor escolher quais rótulos farão parte de sua linha de produtos.


Dados corporativos
● Origem:
Canadá
● Lançamento:
1996
● Criador:
Peter Van Stolk
● Sede mundial: Seattle, Washington
● Proprietário da marca:
Jones Soda Co.
● Capital aberto:
Sim
● Chairman:
Richard Eiswirth Jr.
● CEO & Presidente:
William Meissner
● Faturamento: US$ 17.5 milhões (2010)
● Lucro: - US$ 6.1 milhões (2010)
● Valor de mercado: US$ 16.1 milhões (novembro/2011)
● Presença global:
5 países
● Presença no Brasil: Não
● Funcionários:
100
● Segmento:
Bebidas não alcoólicas
● Principais produtos:
Refrigerantes e energéticos
● Principais concorrentes:
Coca-Cola, Pepsi-Cola e Dr. Pepper
● Ícones:
O rótulo das garrafas e os sabores inusitados
● Slogan:
Run with the little guy… create some change.
● Website: www.jonessoda.com

A marca no mundo
A JONES SODA desenvolve, produz, licencia e distribui refrigerantes, energéticos, sucos, chás e águas com sabores primeiramente no mercado americano (41 estados) e canadense (8 províncias). Recentemente seus produtos começaram a ser vendidos em outros países, como por exemplo, Irlanda, Inglaterra e Austrália.


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Time), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers).

Última atualização em 20/11/2011

AIG


Apesar da pior crise que a AIG viveu em toda sua história nos últimos anos, esse gigante americano não teve sua importância reduzida no mercado. Por pior que tivesse sido essa crise, a empresa deixou um legado para sempre: foi uma das pioneiras na formação daquilo que hoje se convencionou chamar de “global players”, grandes empresas ou conglomerados que possuem mais influência e poder que muitas nações e que, através do “softpower”, permitiram avanços enormes na globalização. A AIG é um ícone do mercado financeiro mundial e uma das marcas mais conhecidas no segmento de seguros. E continua atendendo a milhões de clientes comerciais, institucionais e individuais pelo mundo afora. 

A história 
Embora possua um nome americano, as raízes da tradicional empresa encontram-se na Ásia. O fundador, Cornelius Vander Starr, um americano de origem holandesa e veterano da Primeira Guerra Mundial, viajou para a Ásia com apenas 300 ienes (menos de US$ 3 nos valores atuais) em seu bolso e abriu uma pequena empresa (composta apenas por duas salas e duas mesas), chamada American Asiatic Underwriters (AAU), na cidade de Xangai, na China, no dia 19 de dezembro de 1919. Com a ajuda de um sócio, começou a vender seguros marítimos e contra incêndios de outras seguradoras americanas, sendo o primeiro estrangeiro a fazer isso na China, e rapidamente expandiu os negócios inaugurando escritórios por todo o país (nem mesmo as convulsões sociais impediram que as portas da empresa estivessem abertas em Pequim e Hong Kong), além de Filipinas, Indonésia e Malásia, contratando agentes e gerentes locais, em uma estratégia de negócio que a empresa usa ainda hoje.


A abertura de um escritório nos Estados Unidos, sob a designação American International Underwriters (AIU), só aconteceu em 1926 na cidade de Nova York, muito em virtude da situação de guerra civil na China e da política expansionista japonesa, que aconselhavam alguma cautela e obrigaram a um abrandamento do crescimento da empresa naquela região. Em 1937 a empresa iniciou operações em seu primeiro mercado latino-americano, Cuba. A proximidade da Segunda Guerra Mundial e a iminente chegada dos comunistas ao poder deram motivos suficientes para que Starr mudasse a sede para os Estados Unidos em 1939, quando a empresa se transferiu para o emblemático edifício Empire State em Nova York. Logo após o término da Segunda Guerra Mundial, em 1946 a empresa abriu escritórios no Japão e na Alemanha para fornecer seguro para os militares americanos. Depois de fusões com outras seguradoras americanas, a empresa passou a se chamar American Home em 1952, e finalmente, em 1967, após mais uma onda de fusões, adotou oficialmente o nome de AIG (abreviação de American International Group).


Maurice Greenberg assumiu o cargo de presidente da empresa, substituindo o visionário Cornelius Starr. O executivo focou a empresa em grandes transações comerciais, aumentando a participação da AIG no ramo dos seguros de vida e outros, que há décadas atrás eram muito incomuns, como por exemplo, seguro contra sequestro e proteção contra ações judiciais movidas por executivos de uma empresa. Aos poucos foi mudando o foco da empresa que passou a atuar fortemente na cobertura corporativa, que possuía uma margem elevada. Já em 1975, Maurice fez uso de suas grandes e importantes relações pessoais, quando a China ainda era um país fechado e marcado pelo suspiro final dos anos da Revolução Cultural, visitando Pequim e estabelecendo laços de amizade com a liderança comunista. Com isso, tornou a AIG a primeira empresa americana de seguros a estabelecer uma relação comercial direta com a República Popular da China.


Além de popularizar os seguros no país, o executivo internacionalizou a empresa, diversificou seus produtos ingressando na área financeira e ganhou invejável influência que o permitia circular na Rússia durante a guerra fria ou até mesmo nas alas mais reservadas da Casa Branca, não importasse quem fosse o presidente americano. Seus funcionários queixavam-se das pressões. Os acionistas o endeusavam. A era Greenberg na AIG foi marcada por ganhos médios de 14% ao ano e, por isso, ele era visto como um herói do capitalismo por Wall Street. O executivo conduziu a AIG por 38 anos, até que no mês de abril de 2005, uma investigação do Procurador-Geral do estado de Nova York, Eliot Spitzer, o fez se afastar do comando, em virtude de negócios de resseguro finito emitidos em favor da AIG pela General Re, entre 2000 e 2001, realizados para aumentar os prêmios líquidos e as reservas do ressegurador. Era o início de uma crise sem precedentes na história da AIG, agravada ainda mais pela grave crise econômica que assolou o mundo a partir de 2008, gerando perdas astronômicas. E apesar dessa conturbada situação, no ano de 2006, a AIG adquiriu a Travel Guard, fornecedora de seguros de viagem e assistências de viagem de emergência.


Nos anos seguintes, a AIG passou por uma enorme reestruturação, que culminou com a troca de seus principais executivos, inúmeras demissões, vendas de muitas subsidiárias mundiais e sua divisão em três blocos de negócios, seguros de ramos elementares, seguros de vida e previdência e outras atividades. Com isso, as duas operações de vida, Alico e AIA, foram negociadas com a MetLife e a Prudential do Reino Unido. Além disso, a AIG recebeu um total de US$ 182 bilhões do governo dos Estados Unidos durante essa enorme crise financeira. No ano de 2012, a AIG repagou integralmente a assistência financeira do governo americano com lucro, restaurou sua reputação e relançou sua marca globalmente. Ainda esse ano, introduziu o CyberEdge, um serviço desenvolvido para proteger contra todo risco potencial de uma violação cibernética, incluindo exposições financeiras, legais, investigativas e de reputação. No final de 2013 a empresa vendeu para a AerCap seu setor de crédito aeronáutico, conhecido como International Lease Finance Corporation (ILFC), que faz leasing de aeronaves para empresas aéreas. Além disso, lançou o seguro de property contra atos terroristas, um produto que se destina a qualquer empresa que queira preservar o patrimônio, entre elas, aeroportos, museus, hotéis, e grandes ícones turísticos, que são os “alvos mais comuns” desse tipo de ato. Em 2015, a AIG recebeu aprovação da FAA para operar drones com o objetivo de conduzir inspeções para avaliação de risco e desenvolveu o seguro de aeronaves não tripuladas. Nesses últimos anos, a empresa começou a dar sinais de recuperação, voltando aos poucos a ser lucrativa.


A pior crise de sua história 
Terremotos, furacões, enchentes, revoluções ou até mesmo uma guerra nuclear. Maurice “Hank” Greenberg construiu a AIG para sobreviver a todo e qualquer desastre. Outrora maior seguradora do mundo – chegou a ter US$ 800 bilhões em ativos –, durante décadas a empresa garantiu cobertura a pessoas e empreendimentos de qualquer magnitude em 130 países, não importando a natureza do risco. O maior de todos eles, porém, acabou com a própria AIG e nem mesmo Greenberg foi capaz de prever. Era difícil imaginar que um gigante como a AIG pudesse ruir. Mas os indícios de que isso poderia acontecer começaram no final de 2007, quando a empresa anunciou perdas de US$ 5.3 bilhões no último trimestre do ano. Nos dois primeiros trimestres de 2008, essas perdas subiram para US$ 13.16 bilhões. A situação começava a ficar dramática: o valor da AIG no mercado despencou. Em março valia US$ 107 bilhões, poucos meses depois, em setembro, chegou ao fundo do poço, perdendo 94.2% de seu valor de mercado. Depois do pedido de concordata do quarto maior banco americano, o Lehman Brothers, no dia 14 de setembro de 2008, a gigante AIG parecia séria candidata a ser a próxima vítima da crise financeira, pois o mercado temia que a empresa fosse obrigada a arcar com outros bilhões de dólares em perdas adicionais uma vez que ofereceu garantia a complexos instrumentos financeiros atrelados a empréstimos para a aquisição de imóveis, cujos valores despencaram. A situação se tornou insustentável, e, no dia 16 de setembro, a empresa sofreu uma grave crise de liquidez, após a queda de sua classificação de risco. Para evitar a quebra da seguradora - e o consequente aprofundamento da crise dos subprimes - o Banco Central dos Estados Unidos (Federal Reserve) anunciou a criação de uma linha de crédito de até US$ 85 bilhões, por um período de 24 meses, a uma taxa 8.5%, tendo como garantia 79.9% das ações da empresa. Foi a maior operação de salvamento de uma empresa privada empreendida pelo governo americano em toda a história. Afinal, se o colosso global entrasse em colapso, as consequências iram superar todas as outras falências. No começo de março de 2009, o governo americano ampliou sua participação na problemática gigante de seguros por meio de uma injeção de US$ 30 bilhões em capital em troca de ações preferenciais. Isto ocorreu poucas horas antes da empresa divulgar um prejuízo de US$ 61.66 bilhões no quarto trimestre de 2008 e uma perda anual de US$ 99.2 bilhões, o maior da história corporativa americana, quebrando o recorde registrado pela Time Warner em 2002.


O apoio aos esportes 
Nos esportes, a AIG patrocinou durante muito tempo o Japan Open Tennis Championships, torneio de tênis que ficou conhecido como AIG Open. No futebol, em 2006, a empresa assinou um contrato de patrocínio de quatro anos com o Manchester United, clube com a maior torcida da Inglaterra. Desde 2012, a equipe de rúgbi mais famosa do planeta, a lendária seleção neozelandesa, conhecida como “All Blacks”, tem um acordo de patrocínio com a AIG.


A evolução visual 
A identidade visual da marca passou por algumas remodelações ao longo dos anos. O primeiro logotipo da marca surgiu em 1973. Ele foi criado através de um concurso aberto a todos os funcionários da empresa ao redor do mundo. Filemon G. “Sam” Samiley, do escritório das Filipinas, criou o conceito vencedor. Somente em 1987 a AIG adotou o tradicional logotipo com um fundo azul. Em 2012 a empresa apresentou sua nova identidade visual, que marcava também uma nova fase depois da enorme e devastadora crise econômica iniciada em 2008. Com nova tipografia de letra, mais leve, o novo logotipo adotou também um azul mais claro como cor e ganhou ares de modernidade. O novo logotipo refletia uma AIG reconstruída e reenergizada; e com olhar para um futuro - contemporâneo, dinâmico, transparente e revitalizada.


Os slogans 
Bring on tomorrow. (2012) 
Strength to be there. (2007) 
We know money. (2003) 
The greatest risk is not taking one. (2002) 
A partner in your future. (2002) 
World leaders in insurance and financial services. (2001) 
Secure your future. (2000) 
Insuring your work, your life, your world. (1997)


Dados corporativos 
● Origem: China 
● Fundação: 19 de dezembro de 1919 
● Fundador: Cornelius Vander Starr 
● Sede mundial: New York City, New York, Estados Unidos 
● Proprietário da marca: American International Group Inc. 
● Capital aberto: Sim (1969) 
● CEO & Presidente: Brian Duperreault 
● Faturamento: US$ 49.5 bilhões (2017) 
● Lucro: - US$ 6.08 bilhões (2017) 
● Valor de mercado: US$ 38.2 bilhões (dezembro/2017) 
● Presença global: 80 países 
● Presença no Brasil: Sim 
● Funcionários: 49.800 
● Segmento: Financeiro 
● Principais produtos: Seguros, resseguros e gestão de investimentos 
● Concorrentes diretos: Allianz, AXA, Mapfre, Zurich, Liberty Mutual, Nationwide, Aflac, ING, Allstate, Generali e Chubb 
● Slogan: Bring on tomorrow. 
● Website: www.aig.com.br 

A marca no mundo 
A AIG vende seus produtos e serviços, que ajudam empresas e pessoas a proteger seus ativos, gerenciar riscos e fornecer segurança de aposentadoria, para milhões de clientes em mais de 80 países ao redor do mundo. Sua atuação global a serviço de mais de 98% das empresas presentes na lista da Forbes 500 permite entender as necessidades dos seus clientes, respeitando as características de suas culturas locais. Com um portfólio diversificado de produtos e serviços, a AIG orgulha-se de ser líder em diversos segmentos e possuir rica experiência em atendimento de sinistros, solidez financeira e ampla expertise em gerenciamento de riscos. A AIG está presente no Brasil desde 1949, atuando em seguros pessoais e empresariais. Com um portfólio diversificado de produtos e serviços, é líder em diversas linhas de negócios e oferece, em parceria com corretores, uma gama de soluções em seguros para pessoas e empresas no país. 

Você sabia? 
Em 1962 a empresa forneceu seguro de acidentes de viagem para a equipe de beisebol do New York Yankees durante a disputa da tradicional World Series. 
Em 1992 a República Popular da China concedeu à AIG uma licença para operar no segmento de seguros de vida e não-vida em Xangai. Em mais de 40 anos, foi a primeira seguradora estrangeira que conseguiu uma licença do governo chinês. 
Em 1995 a empresa lançou o AIG DIRECT, um serviço que ajuda de forma rápida a cotar seguro de vida e informações sobre as melhores opções para proteger o futuro financeiro das famílias. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Time), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers). 

Última atualização em 3/12/2018

CHILI'S GRILL & BAR


Os principais atributos da rede de restaurantes casuais CHILI’S são ambientes com atmosfera descontraída, um variado serviço de bar e um cardápio baseado na Southwestern Cuisine, composto por uma boa e deliciosa gama de petiscos, muitos deles com temperos picantes e saborosos, de olho em um público que gosta de curtir saborosas refeições e o happy hour de uma forma animada. 

A história 
A rede CHILI’S GRILL & BAR foi fundada por Larry Lavine no dia 13 de março de 1975 na cidade de Dallas, estado americano do Texas, como uma típica “hamburgueria” com ênfase em temperos mexicanos. Seu primeiro restaurante, inaugurado em uma reformada agência dos correios na Avenida Greenville esquina com Meadow Road, possuía um ambiente informal, com cardápio diversificado (com ênfase nos hambúrgueres, tacos e batatas-frita, que ao invés de serem servidos em pratos, chegavam às mesas em pequenas cestas), boa cerveja e preços convidativos. O novo restaurante servia comida ao estilo “tex-mex”, a qual utiliza como base a culinária texana com influência da mexicana. O nome CHILI’S (inspirado na “chili pepper”, que significa um tipo de pimenta em espanhol) foi escolhido por uma óbvia razão: o tempero dos pratos do cardápio geralmente era forte e carregado de pimenta. Mas o diferencial do nome estava na apóstrofe, representada por uma pequena pimenta.
   

Como forma de promover o restaurante recém-inaugurado, margaritas eram vendidas a apenas US$ 1.50, um grande chamariz para um público jovem que procurava momentos de relaxamento e muita diversão. O restaurante casual (um conceito que explora a faixa intermediária entre o fast-food e o restaurante tradicional) provou ser um verdadeiro sucesso entre a população local, formada por muitos imigrantes mexicanos, atraindo um público variado, que ia desde adolescentes até famílias inteiras, especialmente em virtude de sua versão picante de hambúrguer, suas generosas porções de batatas-frita, suas jovens e atenciosas garçonetes que vestiam jeans, sua decoração tipicamente texana com chão de madeira, móveis rústicos, iluminação aconchegante e muitos objetos pendurados nas paredes e teto, como placas de trânsito, além de souvenires colocados em estantes.
   

No dia 18 de novembro de 1976 uma segunda unidade foi inaugurada na cidade de Houston, também no estado Texas. No início da década de 1980 já existiam 22 unidades da rede espalhadas pela região. Em 1983, Larry vendeu a CHILI’S GRILL & BAR, então com 23 unidades espalhadas por seis estados americanos, para o executivo Norman Eugene Brinker e sua mulher Nancy. Já no ano seguinte a rede veiculou seu primeiro comercial de televisão para promover o mais novo item de seu cardápio: fajitas, carne grelhada servida com tortillas de milho ou de farinha, geralmente acompanhada por a alface picada, guacamole, salsa, queijo e tomate.
   

Sob o comando do casal, nas duas décadas seguintes, a rede viveu uma fase de forte crescimento dentro dos Estados Unidos, introduziu novidades como o cardápio para crianças, novos pratos como saladas, sanduíches de frango, asinhas de frango fritas e as famosas costelas ao molho barbecue (lançadas em 1986 e famosa pelo jingle “I want my baby back, baby back, I want my baby back, baby back, baby back...Chiiilliiiis baby baaack riiibbs!”), aumentou a variedade de drinques alcoólicos, além de transformar a pimenta, símbolo da marca, em presença constante em seus restaurantes, colocando réplicas gigantes, feitas de fibras de vidro, no lado de fora dos estabelecimentos.
  

Em 1991 a rede inaugurou suas primeiras unidades no Canadá e, no ano seguinte, no mercado mexicano, iniciando assim sua expansão internacional. No restante da década a rede se expandiu para o Oriente Médio, além de inaugurar, em 1994, uma unidade no Egito e, em 1997, na Coréia do Sul. Em 2000, a CHILI’S começou a vender seus tradicionais vale-presentes. A rede inaugurou sua milésima unidade no dia 3 de agosto de 2004 em Dallas, e dois dias depois, abriu seu primeiro restaurante na Europa, localizado na base aérea de Ramstein na Alemanha.
  

Nos anos seguintes a rede inaugurou restaurantes em pequenas cidades, grandes centros comerciais, shoppings, aeroportos e até em uma base militar (aberto no dia 27 de outubro de 2003 na base americana de Kadena no Japão). Além disso, introduziu em alguns restaurantes o sistema de entrega a domicílio, batizado de CHILI’S TO GO. A partir de 2007 a empresa começou a desenvolver sua presença em mercados da América Latina, inaugurando restaurantes no Equador, Peru e Venezuela, além de México, Guatemala e Honduras. Foram 20 inaugurações na América Latina, que atualmente conta com mais de 90 restaurantes da rede. Em 2009, a rede comemorou a inauguração do restaurante internacional de número 200, localizado em Bangalore, na Índia.
   

O apetite da CHILI’S se deve a fatores estruturais e estratégicos. Sem espaço para crescer nos Estados Unidos, a rede apostou suas fichas na internacionalização. Nos cinco anos seguintes, o rede manteve a incrível marca de um restaurante aberto por semana fora dos Estados Unidos. Depois de inaugurar seu primeiro restaurante na Rússia, no mês de setembro de 2011, a rede americana abriu sua primeira unidade no Brasil, localizada no bairro de Moema. Para a versão nacional, o cardápio foi adaptado ao gosto do público brasileiro, com itens de venda exclusiva no país como picanha, caipirinha, salada de frutas, entre outros. Porém, a rede americana fracassou no mercado brasileiro, fechando sua loja no mês de agosto de 2013. Pouco depois, em 2014, a marca ingressou em um novo segmento ao lançar a CHILI’S AT HOME, uma linha de aperitivos e pratos prontos congelados para serem vendidos em grandes varejistas nos Estados Unidos. Atualmente a rede continua apostando nas suas marcas registradas: ingredientes de qualidade, porções generosas e ambiente aconchegante.
  

Como parte de uma longa tradição, cada restaurante da rede possui pelo menos uma fotografia pendurada de ponta cabeça. Além disso, uma loja da rede somente é inaugurada se tiver uma cópia fiel do cardápio original (foto abaixo) da primeira unidade, aberta em 1975 na Avenida Greenville, na cidade do Dallas, estado americano do Texas. O cardápio original continha cinco tipos de hambúrgueres, batatas-frita caseira, tacos, margarita, sangria e cervejas.
  

O cardápio 
O cardápio do CHILI’S GRILL & BAR é composto por mais de 50 itens e tem respeitado as preferências gustativas de cada região ou país se adequando quando necessário. Os itens mais populares são: asinhas de frango fritas (Chicken Crispers®); costela ao molho barbecue (Baby Back Ribs), Fajitas, Quesadillas e Nachos; os tradicionais hambúrgueres (conhecidos como Big Mouth Burgers®, alguns deles com versões apimentadas, introduzidos em 1996); sanduíches variados (de frango e carne desfiada); batatas-frita com queijo, jalapeño, cebola e bacon (Texas Cheese Fries); porções de 4 mini-hambúrgueres com bacon defumado, queijo, cebolas refogadas e molho caseiro (os famosos Big Mouth® Bites); tortillas com recheio de frango, legumes, feijão preto, pimenta e milho (Southwestern Eggrolls); peixes e frutos do mar (como salmão, tilápia e camarão); carnes; sopas e saladas (de camarão, frango desfiado, a tradicional Caesar e muitas outras); além de combos (como por exemplo, o Triple Dipper™, que combina três deliciosos aperitivos com molho em um só prato; ou o Party Platters, combos com porções generosas para muitas pessoas).
   

No cardápio de sobremesas as estrelas são o popular Molten Chocolate Cake (bolo de chocolate servido quente, com cobertura de chocolate e uma bola de sorvete de baunilha no topo) e o Chocolate Chip Paradise Pie (barra de chips de chocolate, nozes e coco, coberta por sorvete de baunilha, caramelo e calda de chocolate quente).
   

A maioria dos restaurantes contém ainda um enorme e decorado bar chamado de MARGARITA BAR, onde os clientes podem saborear muitos drinques, entre eles mais de 10 variedades diferentes de margaritas. Uma de suas bebidas ícones é a Presidente Margarita, criada em 1994, e cuja receita leva tequila, conhaque, licor de laranja e uma rodela de limão.
  

A pimenta do bem 
O programa Chili’s Create-a-Pepper começou em 2002, quando um funcionário da rede da área de Memphis, estado do Tennessee, chamado Dharam Rampersad, estava procurando uma maneira única de retribuir à sua comunidade. Oferecendo lápis de cera e um papel com a imagem da tradicional pimenta da CHILI’S para colorir junto com a doação de US$ 1, ele conseguiu arrecadar US$ 14.000 para o St. Jude Children’s Research Hospital®, líder global em cuidados com pacientes e familiares que enfrentam o câncer infantil. Desde então, o Create-A-Pepper se tornou um programa marcante nos restaurantes da rede que continua a inspirar os membros da equipe e clientes a doarem em prol de uma causa nobre. A empresa, colaboradores e clientes já doaram mais de US$ 100 milhões ao St. Jude Children’s Research Hospital® desde o lançamento do programa.
  

A evolução visual 
O logotipo da marca passou por algumas remodelações ao longo dos anos. A identidade visual original foi rapidamente remodelada por uma composta pelo nome da marca em preto (onde as letras H e L eram interligadas) e uma pimenta (vermelha com o talo verde) que substituía o apóstrofo. Esse logotipo recebeu uma atualização em 1983 e apresentou nova tipografia de letra e uma versão mais moderna para a pimenta, adotou a cor verde-escuro e acrescentou a expressão “Grill & Bar” em uma elipse abaixo do nome. Em 2002 o logotipo passou por mais uma reformulação sendo modernizado: o subtítulo “Grill & Bar” desapareceu, o espaço entre letras aumentou e a pimenta ganhou um novo design. O esquema de cores permaneceu o mesmo, uma combinação de verde e vermelho. Em 2011 a CHILI’S apresentou uma nova identidade visual. A inscrição “Chili” foi substituída pela imagem da tradicional pimenta completamente redesenhada, com o talo, que de forma inteligente, age como o apóstrofo. No final, apenas a letra “s” (em verde) restou da inscrição do nome.
   

A marca possui dois logotipos alternativos: um oval com a marca nominativa (wordmark) e a pimenta em destaque e outro apenas com a marca nominativa, mas em vermelho e com o apóstrofo em verde.
   

Os slogans 
Together we Chili’s. (2019) 
Savor the Moment. (2019) 
Take Your Chili’s to Go Baby Go Baby Go. (2018) 
Chili’s Is Back, Baby Back, Baby Back. (2018) 
Taste the difference. (2016) 
Fresh is Now. (2014) 
More Life happens here. (2011) 
Pepper in some sizzle, pepper in some fun. (2008) 
Pepper in some fun. (2007) 
Live a little. (2006) 
Grills like no place else. (1992) 
Fun. Fresh. Flavourful.
  

Dados corporativos 
● Origem: Estados Unidos 
● Fundação: 13 de março de 1975 
● Fundador: Larry Lavine 
● Sede mundial: Dallas, Texas, Estados Unidos 
● Proprietário da marca: Brinker International Inc. 
● Capital aberto: Não 
● CEO: Kevin Hochman 
● Faturamento: US$ 4 bilhões (estimado) 
● Lucro: Não divulgado 
● Lojas: 1.610 
● Presença global: 30 países 
● Presença no Brasil: Não 
● Funcionários: 100.000 
● Segmento: Restaurantes casuais 
● Principais produtos: Hambúrgueres, aperitivos, costelas, margaritas e sobremesas  
● Concorrentes diretos: Applebee’s, TGI Friday’s, Outback Steakhouse, Hooters, Buffalo Wild Wings, Tony Roma’s, Texas Road House e Ruby Tuesday 
● Ícones: A pimenta 
● Slogan: Together we Chili’s. 
● Website: www.chilis.com 

A marca no mundo 
A rede possui mais de 1.600 restaurantes em 30 países ao redor do mundo, com forte presença nos Estados Unidos (onde está presente nos 50 estados com mais de 1.230 unidades) e Canadá. Os maiores mercados em número de unidades são Texas, Flórida e Califórnia. A rede serve mais de 1 milhão de clientes todos os dias. A CHILI’S é a marca de maior presença mundial da empresa Brinker International, com faturamento de US$ 4 bilhões anualmente. 

Você sabia? 
Cada restaurante CHILI’S gera, em média, 70 postos de trabalho diretos, e fatura US$ 3 milhões anualmente. 
Os funcionários da rede são chamado carinhosamente de ChiliHeads


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Exame), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers). 

Última atualização em 4/4/2024 

O MDM também está no Instagram. www.instagram.com/mdm_branding/

BARNEYS NEW YORK


A BARNEYS é uma verdadeira instituição da cidade de Nova York. Adorada pelo público descolado que não abre mão das marcas de luxo, é uma das mais famosas e fashions lojas de departamento dos Estados Unidos. Famosa por suas impecáveis e ousadas vitrines, além dos toldos vermelhos (utilizados durante décadas e reconhecidos a distância), a rede é conhecida por seu excelente mix de grifes americanas e internacionais, com curadoria e serviços de primeira qualidade. 

A história 
A história da tradicional rede começou em 1923 quando o empresário Barney Pressman, com apenas US$ 500 provenientes da penhora do anel de noivado de sua mulher, Bertha, inaugurou a BARNEY’S CLOTHES, uma pequena loja de roupas masculinas. O modesto espaço de apenas 46m², localizado na esquina da Sétima Avenida com a rua 17th em Manhattan, vendia roupas masculinas de 40 grandes marcas americanas, utilizando o slogan “No Bunk, No Junk, No Imitations”. As peças, vendidas a preços em conta, eram adquiridas em liquidações, queima de estoques e outlets, além de exemplares de mostruários. Para atrair a clientela o perspicaz comerciante oferecia completamente grátis estacionamento e ajustes nas peças de roupas. Com o sucesso e crescimento do negócio, mais três andares foram adicionados a loja em 1934. Desde essa época a BARNEYS passou a ser considerado um ponto de referência quando o assunto era sofisticação.


O visionário comerciante utilizava ações agressivas para época com intuito de atrair novos consumidores: patrocinava programas de rádio exclusivamente voltados para o público masculino com o famoso slogan “Calling All Men to Barney’s”; colocava mulheres vestidas apenas com barris para distribuir caixinhas de fósforos com o nome e endereço da loja; e chegava a alugar barcos para transportar até 2.000 consumidores de Long Island para Manhattan. Até a década de 1960 a loja era conhecida por vender mercadorias masculinas a preços competitivos. Porém, a partir de 1964, a loja começou a oferecer mercadorias de alta qualidade e preços elevados. Era o início da BARNEYS, luxuosa e chique, dos dias de hoje.


Exatamente no dia 8 de setembro de 1970, a empresa lançou a Barneys Warehouse Sale, que encorajava os nova-iorquinos a participarem da primeira grande liquidação de roupas e acessórios masculinos (as roupas femininas seriam acrescidas ao evento em 1991) com generosos descontos. A publicidade para a primeira liquidação focava na necessidade de vender o estoque da temporada passada. A primeira liquidação da BARNEYS vendeu mais de 30.000 unidades de roupas de grife, atendendo aproximadamente 20.000 clientes e gerou mais de US$ 1 milhão em vendas. O enorme sucesso tornou a liquidação um evento anual, ocorrendo todo mês de setembro do outro lado da rua da localização original da loja. A década também foi marcada pela expansão do espaço físico da loja, que se tornou enorme. Além disso, a BARNEYS passou a vender mercadorias de luxo de estilistas europeus como Bill Blass, Pierre Cardin, Christian Dior e Hubert de Givenchy. Também foi a primeira loja americana a oferecer a coleção completa de Giorgio Armani através de um contrato de exclusividade assinado em 1976. Foi também neste ano que a loja começou a oferecer roupas e acessórios de mais de 20 grandes estilistas para o público feminino. No ano seguinte a loja passou a contar com departamentos que vendiam utensílios para casa, joias, cosméticos e presentes em geral. Nesta época, o restaurante interno da loja, chamado The Pub, foi renomeado The Cafe, e passou a oferecer um cardápio mais sofisticado para melhor atender as expectativas de seus exigentes clientes.


Finalmente, em 1986, em um espaço adjacente a loja, o novo departamento feminino com 6.500 m² foi inaugurado, contendo também um salão de beleza, antiquário, seção de presentes e um restaurante. Dois anos depois a empresa inaugurou uma loja masculina de 930 m² no Distrito Financeiro da cidade. Foi nesta época que a BARNEYS começou a inaugurar outras lojas fora de Manhattan, incluindo a primeira unidade internacional, localizada no Japão (que já conta com uma dúzia de unidades com operações licenciadas), em 1990; além de inaugurar unidades regionais com tamanho menor e a rede CO-OP BARNEYS NEW YORK, lojas que vendiam roupas mais descoladas e casuais para um público mais jovem em um ambiente mais descontraído e com preços mais acessíveis. Esse conceito de loja foi encerrado em 2013 e muitas unidades foram fechadas.


A BARNEYS foi comprada em 2004 pelo Jones Apparel Group por aproximadamente US$ 400 milhões, que subsequentemente abriu novas lojas por várias cidades americanas. Em junho de 2007 a rede de lojas de departamento de luxo foi vendida novamente por US$ 942 milhões para Istithmar (que significa investimento, em árabe), uma empresa de investimento privada estabelecida três anos antes, que pertence ao governo de Dubai. Os novos proprietários continuaram aproveitando as oportunidades de crescimento da rede, sem mudanças radicais nas estratégias de negócios da empresa. Desde o início do novo milênio, o mercado de luxo tem se tornado mais importante, assim como o desempenho da marca em si. Depois de passar a ser controlada pelo fundo de investimento Perry Capital em 2012, no início de 2016, um dos ícones do consumo de luxo da cidade de Nova York, voltou às origens e reabriu uma loja no mesmo endereço em que tudo começou: na esquina da Sétima Avenida com a rua 17th, em Lower Manhattan, centro comercial da cidade.


A linha do tempo 
1985 
Lançamento da CO-OP BARNEYS NEW YORK, uma loja que vendia artigos de jovens designers emergentes. 
1990 
Inauguração da BARNEYS NEW YORK em Tóquio no bairro de Shinjuku. 
1992 
Inauguração de uma unidade na cidade de Chicago. 
1993 
Inauguração da BARNEYS NEW YORK em Yokohama no Japão. 
1994 
Inauguração da BARNEYS NEW YORK, com 11.000 m², na badalada Beverly Hills na Califórnia.  
2004 
Inauguração de uma loja na cidade de Boston. 
2005 
Lançamento do comércio online, que transformou o ambiente requintado e diversificado dos produtos de suas lojas em um ambiente digital. 
2006 
Inauguração de uma loja na cidade de Dallas. 
2007 
Inauguração de uma loja na cidade de San Francisco. 
Inauguração da BARNEYS NEW YORK em Tóquio no descolado bairro de Ginza.
2008 
Inauguração de uma unidade na cidade de Las Vegas. 
2011 
Lançamento, através de seu comércio eletrônico, da entrega internacional para 90 países, incluindo Canadá, Coréia do Sul, Reino Unido, Austrália e China. A partir deste momento, os clientes da BARNEYS no exterior podiam ter a mesma experiência de compras online disponível para os consumidores americanos podendo fazer o pagamento na moeda preferida com serviços de transporte e manuseio internacionais.


O templo 
Sua principal e mais conhecida unidade, inaugurada em 1993 e localizada no número 660 da Avenida Madison, região de Upper East Side, em Manhattan, se tornou a única loja de departamentos, que mais parece uma butique, onde se misturam o estilo clássico e o avant garde. Além de representar um dos maiores templos do consumo de luxo, a BARNEYS NEW YOYK é uma instituição que é a cara de Manhattan com suas famosas vitrines e vasta oferta de marcas famosas. A BARNEYS é muito conhecida por ser o ponto de encontro entre os mais clássicos nova-iorquinos do Upper East Side com a elite do mundo fashion do Downtown, exibindo peças de marcas cultuadas como Proenza Schouler, Miu Miu, Marc Jacobs, Comme des Garçons, Balenciaga, Prada, entre muitas outras. São nove andares (totalizando mais de 22.000 m²) que incluem terraço, bar, um sofisticado restaurante (chamado Freds, que possui um cardápio nota 10, além de uma das melhores pizzas da cidade), SPA, seção de cosméticos, acessórios, utensílios para a cozinha e casa, móveis, sapatos e até alianças de casamento, que segundo diz a crítica, são as mais elegantes e inovadores de toda Big Apple. Entre os destaques da loja, é impossível não citar o departamento de sapatos, que impressiona pela sua imensa variedade e por ter vários modelos recém-lançados. Além disso, uma das vantagens da loja é que os grandes lançamentos sempre chegam mais rápido as vitrines, mantendo o compromisso da BARNEYS de oferecer aos consumidores produtos novos e exclusivos.


O luxo com desconto 
Tudo começou no ano de 1995, quando a empresa inaugurou a primeira BARNEYS NEW YORK OUTLET, uma loja que vendia produtos de coleções passadas com enormes descontos. O sucesso deste novo formato foi tamanho que a empresa inaugurou outras unidades em diversas cidades americanas. Depois de lançar em 2013 a versão online para a venda de roupas e acessórios com desconto, as lojas foram renomeadas para BARNEYS NEW YORK WAREHOUSE, para refletir a herança das tradicionais liquidações anuais da rede que foram realizadas até 2014. Hoje em dia, existem mais de 10 lojas nesse conceito, sempre localizadas em centros de compras extremamente movimentados em cidades como Nova York, Camarillo (Califórnia), Rosemont (próxima a Chicago) e Waipahu (Havaí).


A evolução visual 
A identidade visual da marca passou por algumas modificações ao longo de sua história. Inicialmente chamada de BARNEY’S CLOTHES, a marca posteriormente apresentou um novo logotipo e adotou o nome de BARNEY’S NEW YORK, tamanha sua ligação com a cidade em questão. Em 1979 a apóstrofe do nome BARNEYS foi retirada e um novo logotipo criado por Ivan Chermayeff foi adotado em 1981.


Dados corporativos 
● Origem: Estados Unidos 
● Fundação: 1923 
● Fundador: Barney Pressman 
● Sede mundial: New York City, New York, Estados Unidos 
● Proprietário da marca: Barneys New York Inc. 
● Capital aberto: Não (subsidiária) 
● Chairman: Mark Lee 
● CEO: Danielle Vitale 
● Faturamento: US$ 1 bilhão (estimado) 
● Lucro: Não divulgado 
● Lojas: 36 
● Presença global: 2 países 
● Presença no Brasil: Não 
● Funcionários: 2.500 
● Segmento: Lojas de departamento 
● Principais produtos: Roupas, acessórios, cosméticos e móveis 
● Concorrentes diretos: Bergdorf Goodman, Henri Bendel, Saks Fifth Avenue, Neiman Marcus, Nordstrom e Bloomingdale’s 
● Ícones: Os tradicionais toldos vermelhos nas fachadas das lojas 
● Website: www.barneys.com 

A marca no mundo 
Atualmente a empresa, que fatura anualmente mais de US$ 1 bilhão, possui 24 lojas BARNEYS NEW YORK, incluindo flagship stores em cidades como Nova York, Seattle, Chicago, Boston, San Francisco, Las Vegas e Beverly Hills, além de 12 unidades no Japão que operam sob licença da Sumitomo Corporation. 

Você sabia? 
O senso de humor e estilo da marca se manifesta em suas campanhas publicitárias criativas, temas originais de datas comemorativas e vitrines célebres. 
Ponto de referência em elegância e sofisticação, as lojas da BARNEYS já apareceram em diversos filmes e programas de televisão ambientados em Nova York, o que a tornou um ponto turístico da cidade no que diz respeito as compras. Por exemplo, na aclamada série Sex and the City, a personagem central, Carrie Bradshaw (interpretada por Sarah Jessica Parker), fazia visitas constantes e obsessivas a BARNEYS NEW YORK para comparar, principalmente, sapatos. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Time), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers). 

Última atualização em 3/2/2018