Suas latas e garrafas são presença constante em pescarias, caças, caminhadas nas montanhas, trilhas, camping e até em pistas de automobilismo e campos de beisebol. Com raízes na tradição, ingredientes excepcionais e sabor refrescante, a BUSCH BEER é uma das cervejas preferidas de milhões de americanos. Considerada uma cerveja de nicho, voltada aos praticantes de atividade ao ar livre, sua imagem foi cunhada no poder refrescante e no estilo de vida repleto de natureza e ar puro.
A história
Tudo começou dentro da Anheuser-Busch, cervejaria fundada em 1852 e que produzia a popular Budweiser (conheça a história deste ícone americano aqui), primeira cerveja nacionalmente americana. A cervejaria havia passado por períodos difíceis em decorrência da Lei Seca (1920-1933) e da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), e desejava ampliar seu portfólio de produtos para saciar a emergente classe média americana. Em 1955, o então presidente da empresa, August A. Busch Jr., fez uma aparição na televisão para anunciar com sucesso o primeiro grande lançamento de uma nova cerveja depois do período de proibição da década de 1930, surgindo assim à BUSCH BAVARIAN BEER, uma cerveja tipo american lager e acessível (mais barata), inspirada nos Alpes da Baviera. A cerveja extremamente refrescante foi lançada no mercado com o slogan “Clear and bright as Mountain Air” e direcionado a um público de gostava de atividades ao ar livre, inicialmente associada ao esqui. Era tão refrescante quanto um riacho frio da montanha, o que explica as populares montanhas geladas que se tornaram ícone da marca. Nessa época a cerveja era vendida regionalmente nas regiões sul, meio-oeste e meio-atlântico do país.
A BUSCH BAVARIAN passou mais de duas décadas “escondida” no enorme portfólio de cervejas da Anheuser-Busch, sendo mais consumida regionalmente, especialmente no meio-oeste americano. Foi então, que no ano de 1979, a empresa resolveu relançar, agora nacionalmente, a cerveja com um novo nome: BUSCH BEER. A cerveja também apresentou uma nova fórmula, ainda mais leve e refrescante, além de se manter como uma marca mais acessível no segmento. A campanha de relançamento da marca também contou com um novo posicionamento que passou a comunicar a cerveja para amantes e praticantes de atividades ao ar livre, como pesca, caça, camping e trilhas. Com isso surgiu o popular slogan “Head For The Mountains” e a expressão “Buschhhhhh” como o próprio som de refrescância da marca.
Uma década mais tarde, em 1989, a empresa resolveu ampliar a linha de produtos da marca com o lançamento da BUSCH LIGHT DRAFT (a expressão “draft” seria retirada do nome em 1994), uma cerveja com apenas 4.1% de graduação alcoólica, um sabor muito mais leve e menos calorias (95 calorias por lata) e apenas 3.2 gramas de carboidratos, quase a metade da versão original. A nova cerveja rapidamente se tornou um enorme sucesso, sendo uma das mais vendidas da Anheuser-Busch.
A década seguinte foi marcada pela expansão do portfólio da marca. Começou em 1994 com o lançamento da BUSCH BEER NA, primeira cerveja sem álcool da marca. E prosseguiu em 1995 com o lançamento no mercado da BUSCH ICE, uma cerveja que passa por um processo de fabricação completamente diferente, chamado de “Ice-brewing”, no qual a cerveja é levada a temperaturas abaixo de zero e, em seguida, os cristais de gelo são removidos dando a ela maior teor de álcool (5.9%). A nova versão foi apresentada ao público com o slogan “Brave The Cold”.
Nos anos seguintes, a BUSCH BEER foi conquistando cada vez mais o consumidor, alcançando o posto de segunda marca mais vendida da Anheuser-Busch no mercado americano. E isto se deveu em grande parte, ao aumento do consumo de cervejas com baixas calorias e com menos teor alcoólico, tornando a BUSCH LIGHT uma das líderes de mercado em sua categoria. Além disso, a BUSCH BEER iniciou o lançamento de edições limitadas ligadas aos temas natureza, animais e atividades ao ar livre. Como por exemplo, em 2006 quando a marca lançou latas temáticas que estampavam imagens da vida selvagem e da natureza, parte da campanha “The Great Outdoors”.
A cerveja BUSCH LIGHT alcançou um status de ícone cult nos estados do meio-oeste americano. Durante anos, como forma de piada, os consumidores a chamavam de “Busch Latte”. Por isso, em 2019, em alguns estados americanos, a marca resolveu entrar na brincadeira e lançar uma edição limitada de latas com o nome BUSCH LATTE. Junto com o novo nome (por tempo limitado), apresentou o slogan “Brewed for America’s Heartland” (algo como “Feito para o coração da América”). O ano de 2020 se tornou histórico nos 65 anos de história da marca com o lançamento da BUSCH LIGHT APPLE, a primeira inovação de sabor da cerveja. A nova versão, que esteve disponível por tempo limitado, era uma cerveja light feita com sabores naturais de maçã.
Com ingredientes de alta qualidade, uma mistura de lúpulos americanos e importados e uma combinação de grãos finos, além de um preço ligeiramente inferior ao da marca principal Budweiser, a BUSCH BEER é a segunda marca mais popular da cervejaria Anheuser-Busch e se tornou um verdadeiro ícone no segmento para os americanos.
A comunicação
Há décadas a BUSCH BEER tem um posicionamento forte e marcante: The beer brewed for the Great Outdoors (algo como “A cerveja fabricada para as atividades ao ar livre”). Com uma comunicação voltada a um público de 35 anos ou mais e que são amantes de atividades ao ar livre, como pescarias, caça, trilhas, caminhadas e camping, a BUSCH BEER se tornou uma das mais fortes marcas de cerveja do mercado americano. Em 2017, a marca lançou a evolução de sua popular campanha “The Great Outdoors”, que continuou a honrar essas raízes profundas e celebrar aqueles que são apaixonados por atividades ao ar livre a se sentirem à vontade quando cercados pelas florestas, rios e riachos. Essa campanha apresentou, por tempo limitado, latas com cores ousadas e imagens da vida selvagem. E para reforçar esse posicionamento a marca trabalha com a Ducks Unlimited e a National Forrest Foundation para ajudar a conservar pântanos e 200 milhões de acres de florestas. Por isso, todos os anos a marca lança latas de edição limitada com impressão camuflada.
Em 2017, pela primeira vez em sua história, a BUSCH BEER resolveu anunciar no intervalo do Super Bowl, a grande final do futebol americano profissional e que possui os 30 segundos mais caros da TV mundial. O comercial apresentou em primeira mão a mascote da marca: Busch Guy (interpretado pelo ator Gerald Downey) e trouxe uma atualização que aparecia nos antigos anúncios de TV da marca que transformam o abrir de uma lata da cerveja (“Buschhhhhh”) em um som da natureza. Assista ao comercial abaixo (é preciso fazer login para comprovar ser maior de idade).
Como um dos companheiros e melhor amigo dos praticantes de atividades ao ar livre é o cachorro, mais recentemente a BUSCH BEER resolveu colocá-los no centro de sua comunicação, marketing e até no desenvolvimento de produtos específicos para os bichanos. Com isso, em setembro de 2020, a marca lançou no mercado a BUSCH DOG BREW, uma espécie de cerveja (claro que sem álcool e lúpulo), feita com caldo de carne de porco com osso, água, milho integral, aipo, manjericão, hortelã, cúrcuma e gengibre. Segundo a marca, a bebida tem muitos nutrientes e um sabor muito agradável para os cachorros. Tudo para que os amantes da BUSCH BEER possam desfrutar de uma bela cerveja gelada com seu amigo peludo. Uma curiosidade: se quiser brindar junto com seu cãozinho e tomar, está liberado, pois a marca relatou que a bebida não faz mal para os humanos. Com esse novo produto a marca também busca apoiar cachorros que precisam de lares e abrigos, ao reverter parte das vendas para ajudar esses animais em parceria com a Best Friends Animal Society.
Além disso, a BUSCH BEER lançou uma promoção inusitada durante esse período de reclusão por causa da pandemia do COVID-19. A marca ofereceu três meses de cerveja grátis a 500 pessoas que adotassem cães de um abrigo em Minneapolis, no estado americano de Minnesota. E os peludos de quatro patas continuaram fazendo parte da comunicação da marca quando, em abril de 2021, lançou mais uma promoção inusitada que pagava US$ 20 mil, mais benefícios, em busca de um CTO (Chief Tasting Officer) peludo e de quatro patas, cuja principal tarefa será testar e promover nas redes sociais a BUSCH DOG BREW.
A BUSCH BEER também tem uma forte ligação com os esportes americanos, como por exemplo, beisebol e futebol americano universitário, além da NASCAR, principal e mais popular categoria do automobilismo na América, onde a marca é patrocinadora da equipe Stewart-Haas Racing (SHR) e do carro #4 do piloto Kevin Harvick, que ostenta pinturas especiais da cerveja em várias corridas. A marca foi a cerveja oficial da NASCAR entre 1988-1997 e 2019-2021.
A evolução visual
A identidade visual da marca passou por algumas alterações ao longo dos anos. A primeira alteração ocorreu em 1979, quando a cerveja foi renomeada para BUSCH BEER.
Na década de 1980 a marca apresentou um logotipo com nova tipografia de letra e, depois, acrescentou as populares montanhas geladas à sua identidade visual. Depois de passar por uma remodelação acentuada, no ano de 2017 a marca adotou um novo logotipo que apresentava a volta das populares montanhas, com um design moderno, e nova tipografia de letra e cores.
A BUSCH BEER também utiliza um logotipo secundário, que nada mais é que a reprodução de seu rótulo. As montanhas geladas no rótulo e logotipo fazem alusão à afirmação da marca de ser “As crisp and cold as a mountain stream” (em tradução livre “Tão nítido e frio como um riacho de montanha”).
Os slogans
The Sound of Refreshment. (2019)
Brewed for America’s Heartland. (2019)
Crisp. Cold. Buschhhhh. (2017)
Here’s to Earning It. (2014)
You’ve earned it. (2013)
Mountains of Real Beer Taste. (1994)
Head For The Mountains. (1979)
Buschhhhhh. (1979)
Clear and bright as Mountain Air. (1955)
Dados corporativos
● Origem: Estados Unidos
● Lançamento: 1955
● Criador: Anheuser-Busch
● Sede mundial: St. Louis, Missouri, Estados Unidos
● Proprietário da marca: Anheuser-Busch Companies LLC
A BUSCH BEER comercializa suas cervejas nos Estados Unidos e no Canadá, sendo uma das marcas mais populares. No enorme e competitivo mercado americano a marca ocupa as posições de décima e nona mais consumida, respectivamente com as versões original e light. O consumo anual dessas duas versões entre os americanos é superior a 10 milhões de barris. A marca é de propriedade da Anheuser-Busch, maior cervejaria dos Estados Unidos.
As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Exame), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand) e Wikipedia (informações devidamente checadas).
GOOSE ISLAND é mais que uma cervejaria artesanal. É uma cultura de pessoas que exploram e inovam possibilidades. E cuja missão é liderar o ofício da fabricação criando cervejas artesanais premiadas que definem estilos clássicos e inovadores para capturar o coração, a imaginação e o paladar dos consumidores. Amplamente premiada e pioneira em envelhecimento em barris de carvalho, as cervejas da marca americana respeitam à história e cultura cervejeira, bem como a paixão e inovação no processo de fabricação para criar verdadeiras obras-primas do sabor.
A história
A história começou quando o americano John Hall (foto abaixo), durante suas constantes viagens pela Europa, teve a oportunidade de saborear os mais diversos estilos de cervejas de várias regiões, e pensou: “a América merece cervejas tão boas como estas”. Apesar da fabricação de cervejas crafts (artesanais) ainda não ser amplamente conhecida e difundida na década de 1980, ao retornar da Europa John começou a fabricar cervejas artesanais em sua casa, localizada em Chicago, cidade ideal para a produção, pois apresentava gostos em rápida evolução e um dos maiores sistemas de água doce do planeta. Seguindo seu sonho, ele resolveu inaugurar no dia 13 de maio de 1988 um brewpub (bar que produz a própria cerveja) na Clybourn Avenue, região de Lincoln Park. Ele batizou o local de GOOSE ISLAND, em homenagem a uma ilha próxima a região. O nome da marca está relacionado a uma lenda de que barcos derrubariam grãos próximos a uma ilha localizada em Chicago. Esse alimento atrairia gansos, que usavam a ilha como moradia.
Seu filho, Greg, assumiu o cargo de mestre-cervejeiro. Pai e filho queriam oferecer aos habitantes de Chicago a possibilidade de experimentar estilos de cervejas inglesas e belgas. Tudo acompanhado por deliciosos petiscos. Inicialmente o novo estabelecimento produzia seis tipos de cerveja, entre elas a Goose Island Honkers Ale, uma autêntica English Bitter (que até hoje faz parte da linha regular da marca), inspirada nas visitas do fundador a pubs ingleses, que combinava aroma de lúpulo frutado com um rico meio malte para criar uma cerveja perfeitamente equilibrada.
A pequena cervejaria ganharia destaque nacional em 1992, quando Greg teve a ideia de envelhecer cervejas em barris de Bourbon para comemorar o aniversário do milésimo lote de cerveja da GOOSE ISLAND. O resultado pioneiro foi a Goose Bourbon County Stout, uma cerveja no estilo Imperial Stout bastante aclamada pela crítica na época. O sucesso foi tamanho que as cervejas envelhecidas em barril (por 8 a 12 meses) da GOOSE ISLAND se tornaram um ícone, e a partir de 2004 foram lançadas em pequenos lotes limitados todos os anos. Para envelhecer a mundialmente famosa e forte (com 13,9% de teor alcoólico) Bourbon County Stout, a marca usa predominantemente antigos barris de Heaven Hill. Em média, são barris de 12 anos. O processo de envelhecimento ocorre em um espaço não climatizado, permitindo a exposição ao calor e ao frio extremo do clima de Chicago, que contrai e expande a madeira, ajudando assim a passar o caráter do uísque do barril para a cerveja. Atualmente a Bourbon County Stout da GOOSE ISLAND tem um papel estratégico na geração de expectativa do público mais aficionado por cervejas artesanais, gerando diversas campanhas de marketing para destacar a sua chegada sazonal ao mercado, sempre no mês de novembro.
As cervejas de seu brewpub se tornaram tão popular, que para atender a alta demanda, em 1995, John decidiu abrir uma cervejaria maior com sistema de envase em garrafa, o que ajudaria no crescimento da marca GOOSE ISLAND no centro-oeste americano. Em pouco tempo a cervejaria virou referência em Chicago e naturalmente foi conquistando cervejeiros em outros estados americanos. Um segundo brewpub foi inaugurado em Wrigleyville no ano de 1999, localizado a uma quadra ao sul do icônico Wrigley Field, estádio do time de beisebol do Chicago Cubs. Nos anos seguintes a GOOSE ISLAND ampliou sua portfólio com diversas receitas de cervejas, além do lançamento de rótulos sazonais e edições limitadas. Era o surgimento de clássicos da marca como a Goose IPA (2000), cerveja com alto amargor e sabor frutado que utiliza um mix de lúpulos americanos e tradicionais lúpulos ingleses, além de malte Backbone, e cujo método dry hopping realça ainda mais o sabor do lúpulo; a Matilda (2005), inspirada em grandes cervejas trapistas, no estilo complexo Belgian Ale, fermentada com leveduras Brettanomyces selvagens, com aromas de frutas secas e de cravo e um sabor picante de levedura; e a Goose 312 Urban Wheat (2006), cerveja de trigo imensamente refrescante com aroma picante de lúpulo Cascade, seguido por um sabor frutado entregue em um corpo suave e cremoso.
A partir de 2006 as cervejas da marca começaram a ser distribuídas no Reino Unido. No ano de 2007 a GOOSE ISLAND decidiu ampliar o programa de cervejas envelhecidas no barril. Mas desta vez os mestres-cervejeiros utilizaram barris de vinho. A variedade de barris de vinho utilizada resultou em algumas das cervejas mais exclusivas da marca, incluindo a premiada Sofie (uma Belgian Farmhouse Ale com 20% de sua receita refermentada com raspas de laranja em barris de vinho), Juliet, Lolita, Madame Rose, Gillian e Halia. Em novembro de 2008 a GOOSE ISLAND voltou a ser notícia quando um pequeno lote da cerveja Bourbon County Stout tornou-se disponível pela primeira vez em estados do oeste americano. Outro sucesso da marca, Goose Green Line, foi lançado em 2010 como uma cerveja american pale com forte cor de mel, um aroma de lúpulo americano pronunciado e brilhante e sabor cítrico.
O enorme sucesso da GOOSE ISLAND, que vendia suas cervejas em 22 estados americanos e exportava para Inglaterra, Canadá e partes da Escandinávia, chamou a atenção do gigante cervejeiro AB InBev, que adquiriu a cervejaria de Chicago em março de 2011 por US$ 38.8 milhões. Com essa aquisição a GOOSE ISLAND BEER COMPANY passou a ter acesso a uma quantidade invejável de recursos técnicos e físicos, consultoria e uso de recursos das outras plantas, como laboratórios que permitiram um melhor controle de qualidade das cervejas ali produzidas, a uma enorme rede de distribuição e acesso sólido a grandes mercados mundiais. Para se ter a importância dessa aquisição, um ano depois as cervejas da GOOSE ISLAND já estavam sendo produzidas nas cervejarias da Anheuser-Busch localizadas em Fort Collins (Colorado) e Baldwinsville (Nova York), para distribuição nacional.
Em 2015 as cervejas da cultuada GOOSE ISLAND começaram a serem vendidas no Brasil. Com o inconfundível ganso branco impresso nas garrafas, a marca desembarcou em terras tupiniquins com dois rótulos: IPA e Honkers Ale. Nos anos seguintes, como parte de seu plano de expansão internacional, a marca inaugurou unidades da GOOSE ISLAND BREWHOUSE (bares que produzem a própria cerveja) em cidades como Londres, São Paulo e Xangai. Entre os mais recentes lançamentos da marca estão a Goose Midway IPA, a nova Session IPA da marca (leve e refrescante), um dos estilos de cervejas que mais cresce no mundo e a primeira inovação da GOOSE ISLAND produzida fora dos Estados Unidos, sendo desenvolvida especialmente para outros mercados; e a Goose So-Lo, uma IPA de baixa caloria.
Atualmente a GOOSE ISLAND tem um posicionamento claro: liderar o movimento de cervejas artesanais criando produtos premiados que definem estilos clássicos e inovadores. E mesmo depois de mais de 30 anos, a marca americana, cultuada por 10 entre 10 apreciadores de cerveja, ainda carrega seu lema principal: “Não precisamos ser a única cerveja que você bebe. Nós só queremos ser a melhor cerveja que você bebe” (em inglês “We don’t need to be the only beer you drink. We just want to be the best beer you drink”).
As micro-cervejarias do ganso
A marca utiliza como forte ferramenta de marketing e branding a GOOSE ISLAND BREWHOUSE, bares onde as cervejas são produzidas e consumidas. Hoje em dia são 9 nove unidades localizadas nas cidades de Chicago, Filadélfia, Toronto, São Paulo, Londres, Seul, Xangai e Monterrey. A unidade brasileira foi inaugurada no final de 2016 em São Paulo. Localizada no bairro de Pinheiros, oferece a experiência de provar novos rótulos cervejeiros e diferentes sabores gastronômicos. Nos grandes tanques de inox, que podem ser vistos ao fundo logo que se entra no bar, são produzidos até 15.000 litros de cerveja por mês. Tudo para ser consumido na própria casa, através de uma das 30 torneiras (em forma de cabeças de ganso) distribuídas entre os dois andares, que oferecem mais de 10 tipos de chopes, didaticamente listados no cardápio. No local a ideia, de acordo com o mestre-cervejeiro, é sempre produzir novas receitas. Ou seja, acabou o lote, ele vai repensar os sabores e criar algo novo, sempre com atenção à sazonalidade. A primeira receita brasileira sob a tutela da marca americana foi a Goose Brasil, uma american wheat ale, muito fresca e aromática.
O espaço ainda conta com um “barrel room”, uma espécie de adega com 20 barris de carvalho trazidos de Salinas (MG) que serão utilizados para futuros experimentos. Outro ponto alto da casa, além das cervejas, é o enorme terraço no andar de cima, ou “biergarten” já batizado em português, como o jardim da cerveja. O ambiente é totalmente aberto, com vista panorâmica para as praças do Largo da Batata e com um componente extra no fim do dia: o por do sol que pode ser admirado dali, acompanhado por um chope ou um dos pratos do extenso cardápio com pegada americana. O local também tem uma lojinha de souvenires, para quem quiser levar para casa copos, bonés ou camisetas impressas com o ganso da marca, além é claro, das cervejas da marca, incluindo rótulos especiais e sazonais.
A evolução visual
A identidade visual da marca passou por algumas alterações ao longo dos anos, adquirindo uma grafia mais moderna e atraente, mas sempre manteve o ganso branco como símbolo principal. A mais recente modernização de seu logotipo ocorreu em 2014.
Os slogans
Think Big About Beer. (2018)
Here’s To What’s Next. (2013)
Drink local. (2002)
Dados corporativos
● Origem: Estados Unidos
● Fundação: 13 de maio de 1988
● Fundador: John Hall
● Sede mundial: Chicago, Illinois, Estados Unidos
● Proprietário da marca: Goose Island Beer Company
● Capital aberto: Não (subsidiária da Anheuser-Busch InBev SA/NV)
● CEO: Carlos Brito
● Presidente: Todd Ahsmann
● Faturamento: Não divulgado
● Lucro: Não divulgado
● Presença global: 30 países
● Presença no Brasil: Sim
● Segmento: Cervejarias
● Principais produtos: Cervejas artesanais e chopes
● Concorrentes diretos: Sam Adams, Lagunitas, Blue Moon, Leinenkugel, New Belgium, Dogfish Head, Bell’s, Harpoon, Founders e Sierra Nevada
A GOOSE ISLAND BEER oferece mais de 45 tipos de cervejas artesanais (incluindo a linha regular, especiais, edições limitadas e sazonais), está presente em mais de 35 países ao redor do mundo, com forte presença nos Estados Unidos, Canadá e Reino Unido, e possui ainda 9 bares/micro-cervejarias (chamados de Brewhouse). A GOOSE ISLAND BEER COMPANY cultiva mais de 50 diferentes tipos de lúpulos na fazenda Elk Mountain Farms no norte do estado de Idaho. Atualmente a GOOSE ISLAND faz parte do vasto portfólio da AB InBev, sendo reconhecidamente uma das melhores marcas de cerveja do mundo.
Você sabia?
● Desde 1989 as cervejas da GOOSE ISLAND ganharam mais de 110 medalhas no Great American Beer Festival, na Copa do Mundo de Cerveja e em outras competições internacionais.
● A origem da cerveja IPA - sigla de “India Pale Ale” - veio da época que a Índia era colonizada pela Inglaterra. Os ingleses estavam em busca de um método para aumentar a conservação das cervejas durante as viagens de navio para a sua colônia. Para ajudar a suportar a longa viagem desde a Inglaterra, sujeita a variações de temperatura e muito chacoalhar, a bebida era produzida com bastante lúpulo, o que lhe conferia sabor fortemente frutado e maior teor alcoólico. E assim foi criada a cerveja IPA, carregadas de lúpulo e, por isso, bem amargas.
As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, BusinessWeek, Inc.com, Veja, Isto é Dinheiro e Exame), jornais (Estadão, Folha e Meio Mensagem), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand) e Wikipedia (informações devidamente checadas).
A BUD LIGHT é uma das cervejas mais consumidas do enorme e voraz mercado americano. A marca se tornou sinônimo de irreverência, principalmente por suas bem-humoradas campanhas publicitárias, e símbolo para milhões de americanos quando o assunto é acompanhar uma partida esportiva tomando uma cerveja gelada, suave e super refrescante.
A história
Tudo começou no início dos anos de 1980 quando a tradicional cervejaria Anheuser-Busch (conheça essa outra história aqui) estudava aumentar a linha de produtos da marca Budweiser (saiba mais aqui). Nesta época um segmento despontava como uma boa aposta: cervejas light, mais fracas e com menos calorias. Esse segmento tinha enorme potencial de mercado em virtude do crescimento de um público que exigia produtos que se alinhassem com a preocupação com a saúde e o culto ao corpo. Finalmente no mês de março de 1982 a cervejaria lançou em 40 estados americanos a cerveja BUDWEISER LIGHT, versão mais fraca da tradicional Budweiser. A nova cerveja, estilo light lager, era refrescante, tinha baixo teor alcoólico e apenas 110 calorias. Era a tão esperada resposta da maior cervejaria do país à introdução em 1975 da Miller Lite (conheça essa outra história aqui).
A refrescante cerveja conquistou inicialmente o público feminino e se tornaria uma das mais bem-sucedidas extensões de marcas da história do mercado americano. A primeira campanha da marca tinha como slogan “Bring Out Your Best” (algo como “Dê o seu melhor”), sendo focada nos clássicos cavalos Clydesdales, símbolos da cervejaria Anheuser-Busch. No início da década de 1990, já com o nome abreviado apenas para BUD LIGHT (isto aconteceu em 1984), a cerveja ganhou uma rede de distribuição ainda mais ampla pelo território americano. Mesmo tendo concorrentes de peso como a Miller Lite e a Coors Light (conheça essa história aqui), em 1994 a BUD LIGHT se tornaria a cerveja light mais consumida do mercado americano, graças em boa parte á famosas campanhas publicitárias.
Nos anos seguintes a BUD LIGHT continuou investindo pesado em marketing e propaganda, se tornando ainda mais popular entre os americanos. Até que, com o aumento de consumo das cervejas light, em 2001 a BUD LIGHT se tornaria a cerveja mais consumida do país, superando até mesmo sua irmã famosa, a Budweiser original. Ainda que a BUD LIGHT fosse a cerveja mais popular do mercado americano, a versão mais leve da Budweiser não tinha - e nunca teve - o mesmo alcance global que a original, apesar de forte presença também no Canadá. No mês de julho de 2008, a marca BUD LIGHT mudou de mãos, depois da compra da cervejaria Anheuser-Busch pela belga-brasileira InBev por US$ 52 bilhões, passando a integrar o extenso portfólio da AB InBev.
Pouco depois a linha de produtos da marca foi ampliada com lançamentos como a BUD LIGHT CHELADA, que se tornou rapidamente um sucesso entre a comunidade mexicana e latina nos Estados Unidos, por ser uma mistura da fórmula tradicional da cerveja com clamato, um mix de suco de tomate, especiarias e caldo de amêijoas (pequenos moluscos); a BUD LIGHT LIME (introduzida em 2008), com fórmula mais fraca que a original e leve toque de suco natural de limão; e a BUD LIGHT GOLDEN WHEAT (2009), uma cerveja de trigo não filtrada fabricada com malte de trigo, coentro e cascas do citrino, que seria descontinuada em 2012 devido à baixa aceitação por parte dos consumidores da marca.
Em 2012 a marca lançou duas grandes novidades. Primeiro foi a BUD LIGHT PLATINUM, uma versão mais forte que a versão light tradicional, com 6% de graduação alcoólica e triplamente filtrada. Apesar de utilizar a designação light, a cerveja tinha apenas 8 calorias a menos que uma Budweiser original. O destaque da nova cerveja era sua garrafa translúcida na cor azul cobalto. Depois, em mais uma demonstração de ousadia, introduziu a BUD LIGHT LIME MOJITO, uma cerveja light com suco de limão natural e leve sabor de menta.
Pouco depois, a marca ingressou em um novo segmento de mercado com o lançamento da linha BUD LIGHT LIME RITAS, bebidas de malte com delicioso sabor de Margarita e um toque refrescante de BUD LIGHT LIME. A linha que era comercializada em lata contava com quatro sabores: manga, limão, framboesa e morango. Essa nova linha de bebidas prontas, inicialmente para ser uma edição limitada, fez tanto sucesso que passou a integrar a linha de produtos da marca, com vendas superiores a US$ 1 bilhão. Outra inovação mais recente da marca foi a BUD LIGHT APPLE (lançada em 2015), uma cerveja light com mistura de suco de maçã natural. Outra novidade foi a BUD LIGHT MIXXTAIL, uma linha de coquetéis prontos para o consumo, disponível em três sabores (Long Island Iced Tea, Firewalker e Hurricane) misturados com a suavidade e refrescância de BUD LIGHT.
Apesar de todas as novidades, a BUD LIGHT começou a enfrentar um momento delicado nos anos seguintes, pois apesar de ser a líder do mercado americano, com então 17% participação, assistia suas vendas caírem anos após ano e um crescimento acelerado de suas concorrentes. Era preciso acelerar a inovação para atrair um público cada vez mais jovem e investir em marketing para cativar seus fãs. Com isso, a marca lançou novos produtos como: BUD LIGHT ORANGE (2018), cerveja feita com adição de cascas de laranja; BUD LIGHT LEMONADE (2020), cerveja feita com limonada de verdade; a BUD LIGHT SELTZER (2020), uma linha de bebida alcoólica com gás, feita de açúcar de cana e sabores de frutas (cereja preta, lima/limão, morango e manga, com 100 calorias por lata e 5% de teor alcoólico); e a BUD LIGHT NEXT (2022), primeira cerveja sem carboidratos da marca. Apesar das constantes inovações e novidades, a BUD LIGHT não conseguia conter a queda nas vendas e o avanço das marcas concorrentes, apesar de manter o posto de cerveja mais vendida no país desde 2001.
Mas tudo piorou em 2023, como resultado de uma ação de marketing não calculada, especialmente em um país de maioria conservadora como os Estados Unidos. Isto porque, em abril, a influenciadora transgênero Dylan Mulvaney postou um vídeo no Instagram mostrando uma lata BUD LIGHT personalizada que a marca lhe enviou de presente como resultado de uma parceria. As reações raivosas não tardaram, incluindo ataques da mídia de direita e consumidores conservadores - incluindo um boicote - que contou com nomes influentes como o governador da Flórida (Ron DeSantis) e o cantor country Kid Rock (que apareceu em um vídeo arremessando caixas da cerveja, e proferindo palavrões contra a marca). Além disso, grandes varejistas reduziram a quantidade de BUD LIGHT nas prateleiras, temendo reações raivosas por parte dos consumidores. Rapidamente a situação se transformou em uma crise de relações públicas – e fiasco de vendas – para a marca, incluindo afastamento de alto executivos. O resultado: a BUD LIGHT perdeu o posto de cerveja mais vendida nos Estados Unidos (a ex-favorita caiu para o terceiro lugar, atrás da Modelo Especial e da Michelob Ultra). E mesmo em 2024, a posição da BUD LIGHT ainda continua abalada, mais de um ano depois que o boicote virou a indústria cervejeira americana de cabeça para baixo.
A comunicação nonsense
Um dos fatores de sucesso da marca BUD LIGHT é sua linha de comunicação, sempre repleta de bom-humor, nonsense e muitas vezes com pitadas de polêmica. Um anúncio do Super Bowl pode mudar tudo? Sim. E foi isto o que ocorreu com a BUD LIGHT em 1987, através de um comercial de 30 segundos durante o grande jogo da final do futebol americano profissional, que apresentou um bull terrier chamado Spuds MacKenzie - conhecido como “O animal de festa original da Bud Light!” - que se tornaria uma sensação da cultura pop americana estrelando vários comerciais da marca, nos quais andava de skate com óculos escuros, aparecia vestido de Papai Noel ou com trajes de banhos em festas pra lá de picantes e sempre atraía o olhar sedento de mulheres sensuais e, em algumas situações, com biquínis e maios provocantes. A cervejaria resolveu aposentar Spuds em 1989, alegando que a imagem do personagem havia começado a ofuscar o produto e a marca BUD LIGHT. Mas os comerciais (assista à alguns deles aqui) foram uma tacada certeira da BUD LIGHT para atrair jovens bebedores de cerveja. Vale ressaltar que Spuds era interpretado por uma cadela chamada Honey Tree Evil Eye.
Mas uma das campanhas mais emblemáticas da marca foi “Real American Heroes”, lançada em 1998 e criada pela agência DDB de Chicago. Inicialmente criada para o rádio com 12 spots, fez tanto sucesso que virou campanha de TV no outono de 2003, quando foi renomeada para “Real Men of Genius” (em tradução livre “Homens Verdadeiramente Geniais”), a fim de evitar críticas pela associação entre o título e o conteúdo sarcásticos dos comerciais. A campanha apresentava músicas de rock vigorosas, um locutor bombástico, além de sátiras e tributos excêntricos a realizações triviais e heróis anônimos. Vale ressaltar que os comerciais dessa campanha ajudaram a estabelecer um novo padrão mais engraçado para a comunicação da marca BUD LIGHT. Para acompanhar alguns comerciais da histórica campanha clique em https://www.youtube.com/watch?v=lsC3ni7A88M.
Em 2015 a BUD LIGHT se envolveu em uma tremenda polêmica por causa de uma de suas mensagens de propaganda que dizia: “A cerveja perfeita para você tirar o ‘não’ do seu vocabulário nessa noite” (em inglês “The perfect beer for removing ‘no’ from your vocabulary”). A marca foi acusada de incentivar “a cultura do estupro”. Após inúmeros protestos de consumidores nas redes sociais, a cerveja trocou a campanha, tirou os rótulos do mercado e emitiu um comunicado pedindo desculpas pelo ocorrido. Pouco depois, em 2016, a marca apresentou em pleno Super Bowl (final do futebol americano profissional e que possui os 30 segundos mais caros da televisão mundial) um novo slogan, posicionamento, identidade visual e novas latas através de uma campanha bem-humorada que aproveitou a corrida presidencial que ocorria nos Estados Unidos. Para a marca a solução estava em criar o próprio partido, The Bud Light Party, mais descontraído e com os melhores porta-vozes possíveis, os comediantes Amy Schumer e Seth Rogen.
Em 2021 a marca resolveu fazer um tributo à sua histórica comunicação e lançou a campanha “Bud Light Legends”, que trazia de volta personagens icônicos de sua publicidade. A campanha ressuscitou alguns de seus personagens publicitários clássicos, incluindo o cara do “I love you man”, Dr. Galazkiewicz, o cantor de “Real Men of Genius”, além de Cedric the Entertainer (que apareceu pela última vez em um anúncio no Super Bowl em 2005), o cavaleiro Bud Knight e o cantor Post Malone, que apareceu no comercial da cerveja no Super Bowl de 2020.
Os personagens se uniam em um comercial de 60 segundos - veiculado no intervalo do Super Bowl - para ajudar a recuperar cervejas BUD LIGHT de um caminhão capotado, para reabastecer uma prateleira vazia em uma loja de conveniência. Mas isso não acontecia antes de Bud Knight, que foi morto em um anúncio da marca no Super Bowl de 2019, aparentemente encontrar seu algoz mais uma vez. O anúncio nostálgico (assista abaixo) tinha como objetivo atingir consumidores de BUD LIGHT de várias gerações e aproveitava para divulgar um novo programa de fidelidade da marca, chamado Bud Light Legends, que prometia recompensas como música, ingressos para eventos esportivos e produtos exclusivos.
A evolução visual
A identidade visual da marca passou por diversas remodelações ao longo dos anos. Inicialmente chamada de Budweiser Light, pouco depois, em 1984, a marca adotou o nome BUD LIGHT e apresentou um logotipo com formato quadrado. Em 1995 a nova identidade visual já apresentava predominância da cor azul. Pouco depois, em 1998, a marca adotou um logotipo com formas ovais, mais detalhes e nova tipografia de letra. Em 2013 o logotipo se tornou mais impactante e colorido. Porém, em 2016, a BUD LIGHT resolveu voltar às origens com uma identidade visual mais simples, formato quadrado e uma nova tipografia de letra. O logotipo pode ser aplicado também com o nome da marca na horizontal, adquirindo assim um formato mais alongado.
O logotipo da BUD LIGHT também pode ser aplicado dentro de um fundo azul cobalto, como mostra a imagem abaixo.
A tradicional lata da BUD LIGHT também passou por inúmeras mudanças de layout ao longo dos anos. Inicialmente prateada e vermelha, com detalhes azuis, ao longo dos anos, a lata adotou um visual mais moderno e jovial, incluindo a predominância da cor azul, especialmente a partir de 2008. Afinal, azul significa frescor, principal característica da cerveja. A atual lata da BUD LIGHT foi adotada em 2016 e apresentou um design minimalista e mais limpo. O azul voltou a ser cor dominante no novo design. A forma em C também se foi, um design que esteve na embalagem de várias formas na maior parte da década passada.
Os slogans
Easy to Drink. Easy to Enjoy. (2023)
Take Summer by the Coolers. (2021)
There’s a Bud Light There. (2020)
Brewed With No Corn Syrup. (2019)
Here’s To The Friends You Can Always Count On. (2017)
Famous Among Friends. (2017)
Raise one to right now. (2016)
The Perfect Beer for Whatever Happens. (2014)
Up for whatever. (2014)
Here We Go. (2009)
Keeps It Coming. (2008)
The difference is drinkability. (2008)
Always worth it. (2006)
Making your night out a better one. (2005)
Great taste for your great times. (2005)
Fresh. Smooth. Real. It’s all here. (2004)
This calls for a Bud Light. (2001)
How ya doin? (2001)
Be yourself. Make it a Bud Light. (1999)
Labels belong on beer, not people. (1996)
Everything else is just a light. (1985)
Bring Out Your Best. (1982)
Dados corporativos
● Origem: Estados Unidos
● Lançamento: 1982
● Criador: Anheuser-Busch
● Sede mundial: St. Louis, Missouri, Estados Unidos
● Proprietário da marca: Anheuser-Busch Companies LLC
● Capital aberto: Não (subsidiária da AB InBev SA/NV)
Atualmente a BUD LIGHT é comercializada em 15 países, com enorme presença nos Estados Unidos (onde é uma das líderes de mercado e uma das cervejas mais consumidas do país) e Canadá. A BUD LIGHT chega a vender anualmente mais de 45 milhões de hectolitros. Somente no mercado americano a marca tem faturamento estimado em US$ 1.5 bilhões.
Você sabia?
● A BUD LIGHT é patrocinadora oficial da NFL (a poderosa liga profissional de futebol americano) e do UFC (principal organização de Artes Marciais Mistas).
● A BUD LIGHT é fabricada utilizando uma mistura Premium de lúpulo americano e importado, além de uma combinação de maltes de cevada e arroz.
As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Time), jornais (Meio Mensagem), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers).
A BUDWEISER sempre foi a cerveja que os trabalhadores americanos tomam quando param num bar a caminho de casa, depois de um dia exaustivo de trabalho. A marca esteve durante muito tempo associada a macacões, mãos sujas de graxa, trabalho pesado e jogos tradicionais. Vários aspectos contribuíram para seu sucesso. A BUDWEISER tem uma imagem visual muito forte - o mundo simbólico da marca. Isto inclui o rótulo, amplamente reconhecido e tipicamente americano com suas cores vermelho, branco e azul; o logotipo em forma de gravata; a garrafa long-neck, com um poder distintivo comparável ao da Coca-Cola; e poderosos slogans como “O Rei das Cervejas” e “O Produto Genuíno”. Essas razões transformaram a marca BUDWEISER em uma das cervejas mais consumidas do planeta.
A história
Tudo começou quando, reconhecendo a popularidade da cerveja tipo pilsner, e sonhando construir uma marca tipicamente americana com maior volume de vendas no mercado, Adolphus Busch, então proprietário da cervejaria Anhauser-Busch (conheça essa outra história aqui), fundada em 1852 por seu sogro na cidade de St. Louis, estado americano do Missouri, e com a valorosa colaboração de Carl Conrad, introduziu no mercado americano, em 1876, a famosa BUDWEISER LAGER BEER, a primeira cerveja nacionalmente americana, desenvolvida sobre uma receita com ingredientes de alta qualidade e inspirada no estilo da região alemã da Boêmia. Um dos primeiros anúncios da nova cerveja foi um quadro pintado pelo próprio Adolphus Busch. A cervejaria decidiu batizar sua nova criação com o nome “Budweiser”, inspirado em um tipo de cerveja proveniente de um lugar chamado Budweis, em uma região distante do Império Húngaro, da qual a atual República Checa fazia parte.
Em 1883, graças ao processo de pasteurização em sua produção, a cerveja começou a ser engarrafada em larga escala, fato que contribuiu em muito para o aumentou das vendas e popularidade da BUDWEISER em todo o país, já que as cervejas até então eram regionais. Nesta época, a comunicação da marca também se destacava, utilizando campanhas coordenadas, como por exemplo, as “Budweiser Girls”, que consistia em retratos de nove belas mulheres americanas geralmente segurando uma garrafa de BUDWEISER. As primeiras exportações ocorreram pouco depois em 1885. A cerveja rapidamente se tornou um sucesso de vendas e, em 1901, já eram produzidos 1 milhão de barris por ano. Na década de 1920, durante a Lei Seca Americana (período onde era totalmente proibido o comércio de bebidas que contivessem álcool), a cervejaria passou a produzir uma versão da BUDWEISER sem álcool, anunciada como sendo a cerveja tradicional, com mesmo sabor e corpo, só que sem a adição de álcool. Foi a forma encontrada pela empresa de manter a marca ativa no mercado durante este período.
Em 1936, pouco depois da revogação da Lei Seca, a marca introduziu a cerveja em lata (que era inicialmente amarela), uma grande novidade no mercado americano e uma forma de incentivar novamente o consumo da BUDWEISER. Depois da Segunda Guerra Mundial, quando a cervejaria voltou quase toda sua produção para suprir as forças armadas americanas, a BUDWEISER experimentou um momento de grande crescimento e expansão, se tornando a cerveja número 1 do mercado americano em 1957. Nesta década a marca viveu grandes momentos de glória e popularidade ao patrocinar shows de Jackie Gleason, Milton Berle e o imortal Frank Sinatra. A BUDWEISER foi a primeira marca de cerveja americana a ultrapassar os 10 milhões de barris consumidos por ano, isto já no ano de 1966.
Somente em 1981 a Anheuser-Busch formou uma divisão internacional e deu início ao processo de venda em larga escala da cerveja BUDWEISER no mercado mundial. Com isso, em 1985 a BUDWEISER foi lançada na Dinamarca. Chegou à Irlanda em 1987, ao México em 1989 e à China em 1995, sendo lançada posteriormente em muitos outros países ao redor do mundo.
Já em relação a novos produtos, em 1982 a marca introduziu uma enorme novidade no mercado: a cerveja BUDWEISER LIGHT, que adotaria depois apenas o nome BUD LIGHT (conheça essa história completa aqui), uma cerveja com baixo teor alcoólico e apenas 110 calorias, que se tornaria a cerveja light mais vendida dos Estados Unidos em 1994, graças em boa parte a campanha “Make it a Bud Light”. E não foi só, em 2001 a BUD LIGHT se tornaria a cerveja mais consumida do país, superando até mesmo sua irmã famosa, a BUDWEISER original. Ainda que a BUD LIGHT seja a cerveja mais popular do mercado americano, a versão mais leve da BUDWEISER não tem o mesmo alcance global que a original.
Nos anos seguintes, vários tipos de cervejas sob a marca BUDWEISER foram introduzidos no mercado americano, como por exemplo, a primeira cerveja ICE (BUD ICE); uma cerveja com apenas 99 calorias (BUDWEISER SELECT); uma cerveja que misturava guaraná, cafeína e ginseng (BUD EXTRA); BUD CHELADA (cervejas com suco de tomate) e a BUD LIGHT com um toque de limão. Na virada do século 20, ao romper a marca de um bilhão de barris de produção anual, BUDWEISER se tornou conhecida como “King of All Bottled Beers” ou “Rei de todas as Cervejas”, sendo exportada para países na Europa, Ásia, África, América do Sul e América do Norte. No mês de julho de 2008, as marcas BUDWEISER e BUD LIGHT mudaram de mãos, depois da compra da cervejaria Anheuser-Busch, pela belga-brasileira InBev por US$ 52 bilhões, passando a integrar o extenso portfólio da AB InBev. Aos poucos, os novos proprietários promoveram uma profunda reestruturação na empresa, mas sempre respeitando a cultura e a tradição de uma das marcas americanas mais lendárias.
Nos anos seguintes a cervejaria tentou estabilizar a BUDWEISER, que apesar de ser um símbolo americano, assistia suas vendas caírem por 23 anos consecutivos nos Estados Unidos. Para reverter essa situação, o comando da cervejaria, então em mãos de brasileiros, iniciou campanhas que revisitavam o rico passado da marca e da história americana. Um exemplo disso foi um comercial de TV que recriava uma cena de 1933, quando os icônicos cavalos Clydesdale faziam entregas da BUDWEISER no fim da Lei Seca. Já em 2013, para estrear a campanha “Made For Music”, a marca escolheu a cantora Rihanna para estrelar o comercial, gravado todo em preto e branco ao som da música “Right Now”.
Em 2015, a BUDWEISER lançou uma campanha com o novo posicionamento global da marca. Recorreu a sua própria história para valorizar a autenticidade e o orgulho de ser o que é e resgatou o slogan “This Bud’s for you”, que ficou famoso na década de 1970. BUDWEISER tem orgulho de ser o que é e quer inspirar os consumidores a serem livres, autênticos, únicos, a fazerem do seu próprio jeito assim como a marca que usa a mesma fórmula que faz sucesso em todo o mundo há mais de 140 anos. Este era o tema central da nova campanha. Afinal, a BUDWEISER é uma cerveja única porque é feita do jeito difícil. Seu sabor marcante e suave vem do envelhecimento com Beechwood desde 1876.
Apesar da pandemia de COVID-19, em 2002 a marca resolveu apostar em grandes novidades, como por exemplo, o lançamento da BUDWEISER ZERO, cerveja sem álcool, de 50 calorias, criada em colaboração com Dwyane Wade, ex-jogador da NBA e que atuou como embaixador do produto. Com zero grama de açúcar por lata, o produto veio para atender consumidores preocupados com a saúde que gostam do sabor da cerveja, mas não querem lidar com uma ressaca. Outro lançamento foi da BUDWEISER NITRO RESERVE GOLD, uma variedade da cerveja que leva nitrogênio. Para consumi-la o era preciso virar a lata de ponta cabeça por três vezes para infundir as bolhas de nitro e depois despejar com força no meio de um copo para obter um acabamento extra suave com bolhas menores e mais densas.
Cerveja do tipo lager, BUDWEISER tem processo de produção apontado como um dos mais caros do mundo. Em sua elaboração são utilizadas lascas de Beechwood (madeira especial) nos tanques de fermentação e maturação, o que garante um sabor marcante no início e suave no final. Já em sua composição a BUDWEISER utiliza arroz, o que torna seu sabor mais leve e muito menos amargo que o de outras cervejas. Uma dica: o sabor marcante no começo e suave no final de BUDWEISER faz com que ela harmonize bem com hambúrguer, presunto cru e até mix de castanhas ou pistache.
A linha do tempo
1984
● Lançamento da BUD ICE, uma cerveja com alto teor alcoólico (5.5%) e que provocava uma sensação refrescante ao ser ingerida. A cerveja também foi lançada na versão LIGHT (com poucas calorias), descontinuada em 2010. Ganhou grande popularidade na década de 1990 com uma campanha estrelada por simpáticos pinguins e a música “Dooby-dooby-doo”.
1990
● Lançamento da BUD DRY, uma cerveja fabricada usando o processo DryBrew e introduzida depois de um promissor teste de mercado com o slogan “Why ask why? Try Bud Dry”. A cerveja foi descontinuada em 2010.
2005
● Lançamento da BUDWEISER SELECT, uma cerveja de baixa caloria (apenas 99) e carboidratos, inicialmente como teste de mercado. O sucesso da versão foi tão grande que no ano seguinte começou a ser vendida nacionalmente e passou a fazer parte da linha regular da marca. A cerveja utilizava como slogan “Full Flavor, 99 Calories. The Exception to the Rule”.
● Introdução da garrafa de alumínio com um design moderno e atrativo.
● Lançamento da BUD EXTRA, uma cerveja que possuía em sua formulação guaraná, cafeína e até ginseng.
2007
● Lançamento da BUDWEISER CHELADA e BUD LIGHT CHELADA, as tradicionais cervejas da marca misturadas com clamato, um mix de suco de tomates, especiarias e caldo de amêijoas (pequenos moluscos), muito popular entre a comunidade mexicana nos Estados Unidos. Inicialmente disponível em poucos estados americanos, somente em 2008 ganhou distribuição nacional. Essas versões são comercializadas somente em latas.
2008
● Lançamento da BUD LIGHT LIME, cerveja mais fraca que a original com um leve toque de limão. A versão foi introduzida no mercado com o slogan “It’s Amazing What a Little Lime Can Do” (algo como “É impressionante o que pode fazer um pequeno limão”).
● Lançamento da BUDWEISER AMERICAN ALE, disponível na versão Chopp (Draught) e garrafa, como uma cerveja tipo Amber Ale com teor alcoólico de 5.3% e coloração caramelizada.
2009
● Lançamento da BUDWEISER SELECT 55, uma versão da BUDWEISER SELECT com apenas 55 calorias e 2.4% de graduação alcoólica. No ano seguinte a cerveja já estava disponível nacionalmente nos Estados Unidos.
● Lançamento da BUD LIGHT GOLDEN WHEAT, uma cerveja de trigo que possuía sabor mais agradável.
2010
● Lançamento da BUDWEISER 66, uma cerveja levemente gaseificada, suave, com um toque de doçura e 4% de graduação alcoólica, especialmente desenvolvida para o mercado inglês.
2011
● Lançamento no mercado brasileiro da nova lata, sendo a primeira da América do Sul a ter o anel de abertura recortado (cut out tab). O anel vermelho tinha o recorte em formato de coroa, símbolo da marca americana.
2012
● Lançamento da BUD LIGHT PLATINUM, uma cerveja mais suave e doce, porém extremamente forte (6% de graduação alcoólica) que a versão light tradicional. Apesar de utilizar a designação light, a cerveja tem apenas 8 calorias a menos que uma BUDWEISER normal. O destaque da nova cerveja era sua garrafa translúcida na cor azul.
2013
● Lançamento da BUDWEISER BLACK CROWN, uma cerveja tipo Golden Amber Lager com 6% de graduação alcoólica. Produzida com malte caramelo torrado, uma variedade de lúpulos americanos e lascas de Beechwood (uma madeira especial) nos tanques de fermentação, que resulta em uma bebida de qualidade excepcional e sabor único: marcante no início e suave no final, sem deixar amargor residual. A cerveja foi desenvolvida para competir no crescente segmento de craftbrew (microcervejarias) destacando sabores e aromas em produções especiais. A nova cerveja foi escolhida entre seis receitas criadas por mestres cervejeiros da empresa espalhados por todo o país.
2017
● Lançamento da edição especial BUDWEISER REPEAL RESERVE AMBER LAGER, uma cerveja tipo amber lager com teor alcoólico de 6.1%.
2018
● Lançamento da edição especial BUDWEISER RESERVE COPPER LAGER, uma cerveja estilo lager americana envelhecida nas aduelas de barril de bourbon de Jim Beam (conheça essa outra história aqui) e que apresenta notas de baunilha e caramelo.
● Lançamento da edição especial BUDWEISER FREEDOM RESERVE RED LAGER, cerveja inspirada na receita escrita à mão por George Washington em seu diário militar pessoal que remonta a 1757. A cerveja é fabricada com grãos de cevada tostados para um aroma levemente adocicado com um toque de lúpulo.
2019
● Lançamento da edição especial BUDWEISER DISCOVERY RESERVE LAGER, uma cerveja fabricada com malte de cevada Voyager de torra média e que apresenta um leve aroma de lúpulo, um sabor de malte de cevada tostado com um toque de caramelo e um final nítido.
● Lançamento da edição especial BUDWEISER HARVEST RESERVE DEEP GOLDEN LAGER, uma cerveja com 5.4% de teor alcoólico, fabricada com cevada 100% americana, torrada por mais tempo para um sabor mais ousado, e que resulta em um aroma de lúpulo crocante que termina suave.
2022
● Lançamento da BUDWEISER SUPREME, uma cerveja triplamente filtrada e fabricada com malte de mel americano (American Honey Malt).
* Na Arábia Saudita a marca produz uma versão da cerveja sem álcool chamada BUDWEISER NA. Isto porque o álcool é considerado pelos muçulmanos uma droga equivalente ao ópio ou à heroína, e, portanto, totalmente proibido. Nos últimos anos a cerveja ganhou a versão BUDWEISER NA GREEN APPLE (com leve sabor de maçã verde) e BUDWEISER NA TROPICAL FRUITS (frutas tropicais).
Além das cervejas
A Anheuser-Busch conhece bem a força da marca BUDWEISER e sabe explorá-la muito bem além do universo das cervejas. A empresa licencia a marca BUDWEISER para ser estampada em diversos produtos, como por exemplo, bonés, camisetas, moletons, meias, copos, canecas, abridores, toalhas e uma infinidade de produtos para churrasco (que incluem grills, facas, pegadores, aventais, espátulas, coolers, entre outros itens). A BUDWEISER também estampa uma completa linha de molhos e temperos, idealizados a partir de uma parceria entre os mestres cervejeiros da Anheuser-Busch e os executivos da Blue Hops, empresa especializada em pesquisa e desenvolvimento de produtos alimentícios. Os molhos trazem em sua receita especiarias, malte de cevada e lúpulo. No Brasil essa linha é composta por Dry Rubs, temperos secos geralmente usados em churrascos americanos, disponíveis nas versões Chicken, Beef e Pork, e molhos especiais da marca, que trazem uma releitura dos clássicos barbecue, ketchup (incluindo a versão picante), mostarda e pimenta. Como a marca está bastante associado a churrascos, no mercado americano a BUDWEISER estampa sua marca em uma linha de cortes especiais de carnes (com infusão da tradicional cerveja), produzida pela Coleman Natural Foods. Além disso, em 2021 a marca lançou na Índia seu primeiro energético (BUDWEISER BEATS).
Disputa jurídica
Duas cervejas diferentes, o mesmo nome. Confuso? É natural. Trata-se de uma batalha legal que já dura por décadas e os próprios tribunais sentem dificuldades em resolver. De um lado a BUDWEISER, a cerveja americana mais vendida em todo o mundo. Do outro, a BUDWEISER produzida na República Checa pela Budejovicky Budvar. Para entender um pouco essa batalha jurídica é preciso voltar no tempo. A cidade de Ceske Budejovice, na atual República Checa, foi fundada pelo Rei Premsl Otakar II em 1245. Tal como muitas cidades da Boêmia por várias vezes foi dizimada por saques, epidemias de pestes e guerras. Mas como a fênix, renasceu sempre das cinzas. Entre os fatos mais importantes da sua história está a permissão real para produzir cerveja, algo que esta cidade tem feito ininterruptamente desde então. No entanto, a atual cervejaria só foi fundada em 1895, ou seja, quase 20 anos depois da sua rival americana. A marca Budvar floresceu e, para o incômodo da Anheuser-Busch, tem o direito legal de utilizar o nome BUDWEISER em mais de 40 países ao redor do mundo. O embate jurídico entre o gigante americano e a pequena cervejaria checa, tem sido travado desde 1900. A Budvar checa começou a ser importada para os Estados Unidos ainda antes da entrada em vigor da Lei Seca. Em contra partida, a BUD americana começava a sua conquista mundial e expandia-se para a América do Sul, Canadá e Europa. Para evitar futuros problemas, as duas empresas estabeleceram um acordo em 1911 no qual a Anheuser-Busch concordava em não utilizar a designação BUDWEISER na Europa, ao mesmo tempo em que concedia a expressão “Original” à cerveja checa.
Tudo estaria certo se não fosse o grande crescimento da BUD americana e a relativa obscuridade da marca checa, que após a Segunda Guerra Mundial e a posterior inclusão da então Checoslováquia no bloco comunista, impediram o desenvolvimento natural da Budejovicky que, quase por sorte, não desapareceu por completo. Se a cerveja americana podia ser vendida no continente europeu, independentemente das designações que adotasse (BUD ou BUDWEISER) o mesmo não acontecia com a Budvar checa, que estava impedida de ingressar no mercado americano. Ou melhor, estava. Após uma ausência de mais de 62 anos, os executivos da empresa descobriram, em 2001, um subterfúgio para vender a Budvar em solo americano: alteraram o nome de Budvar para Czechvar. No encalço desta mudança, seguiu-se uma forte campanha publicitária, onde foram utilizados slogans como “Only the name has been changed to protect the beer” (“Apenas o nome foi trocado para proteger a cerveja”) ou “It’s really what you think it is” (“É exatamente o que você está pensando”). Mesmo assim, os checos continuam irritados, não dispostos a ceder nem a receber os bilhões de dólares oferecidos pela empresa americana. Recentemente a BUDWEISER americana ganhou algumas disputas jurídicas para utilização do nome em países como a Suécia. Em 27 países da comunidade europeia a empresa tem o direito de utilizar sua marca. A cervejaria belgo-brasileira InBev depois de assumir o controle da Anheuser-Busch, herdou também uma disputa centenária pela marca BUDWEISER. Por outro lado, em países como a Alemanha, Itália e China, que deram ganho de causa aos checos na queixa contra os americanos pela denominação de origem da cerveja, a BUDWEISER americana é vendida com o nome de BUD ou Anheuser-Busch Bud.
Símbolos imponentes
A relação da marca com a raça de cavalos denominada Clydesdale, originária da Escócia, começou no início de 1933, pouco antes da Lei Seca americana ser revogada, quando o filho do fundador da cervejaria, August Busch Jr., presenteou seu pai com seis cavalos desta raça para comemorar a produção das primeiras garrafas de BUDWEISER após o término da proibição. Percebendo o enorme potencial de marketing deste gesto, a cervejaria tratou logo de arranjar uma segunda carroça puxada por mais seis cavalos esplendorosos, que foi enviada para a cidade de Nova York no dia 7 de abril, data oficial do fim da proibição de produção e venda de bebidas alcoólicas no país. Essa carroça, conduzida por Bill Wales, desfilou pelas ruas da cidade em frente a milhões de espectadores, e depois de uma pequena cerimônia, o governador do estado na época, Alfred E. Smith foi presenteado com uma caixa de BUDWEISER por sua luta para derrubar a proibição. Pouco depois, os cavalos foram para a capital Washington, para entregar as primeiras caixas de BUDWEISER para o então Presidente Franklin Delano Roosevelt.
Nos anos seguintes, os majestosos cavalos bretões, admirados por sua força e beleza, apareciam conduzindo elegantes carruagens e carroças em eventos pelo país afora com o objetivo de divulgar a marca BUDWEISER e a cervejaria. Com isso, os cavalos se tornaram símbolo da BUDWEISER, aparecendo inclusive em inúmeras campanhas publicitárias, a primeira em 1956 e com direito a um comercial de televisão. E desde o Super Bowl de 1986, que possui os espaços publicitários mais caros da mídia americana, os Budweiser Clydesdales galopam e brincam pelas telas durante os lendários intervalos comerciais da grande final do futebol americano profissional.
E foi em 2013, que o cavalo símbolo da marca, protagonizou um dos mais emocionantes comerciais da BUDWEISER durante o concorrido intervalo do Super Bowl (evento esportivo de maior audiência dos Estados Unidos). O filme batizado “Brotherhood” mostra o nascimento de um potro da raça Clydesdale e o carinho e amizade que o criador tem com ele, enquanto o animal cresce para se tornar um cavalo forte e ser levado embora pelo pessoal da BUDWEISER. Três anos mais tarde, o treinador fica sabendo que a BUD estará na cidade para um desfile com seus imponentes cavalos. Ele resolve ir até lá, mas o cavalo está com um tapa-olho e nem percebe a presença do velho amigo. A partir daí, o comercial se torna emocionante. Assista abaixo.
Na cervejaria da Anheuser-Busch na cidade de St. Louis, onde há uma criação de cavalos da raça e o tradicional estábulo de tijolos e vidro, construído em 1885, é possível fazer um tour para observar os majestosos cavalos em carruagens meticulosamente preparadas para desfiles, além de poder tirar fotos e guardá-las como recordação. Eles também podem ser vistos nas cervejarias da Anheuser-Busch em Merrimack (New Hempshire) e Ft. Collins (Colorado). Os cavalos, que podem chegar a pesar 1.200 kg, ultrapassando 1.80m de altura até a cernelha (base do pescoço), fazem também cerca de 500 aparições por ano pelo país. A cervejaria possui cerca de 200 cavalos da raça, um dos maiores rebanhos do país, que são criados em dois locais, na famosa fazenda Grant’s Farm em St. Louis, residência da família Busch desde 1903; e na fazenda Warm Springs Ranch próxima a cidade de Boonville, no Missouri. Construído em 2008, Warm Springs Ranch é o centro de reprodução oficial do Budweiser Clydesdales. A propriedade, mais de 300 acres de colinas no coração do Missouri, possui um celeiro para éguas/garanhões e partos, laboratório veterinário e 10 pastagens. Warm Springs Ranch é o lar de mais de 70 Clydesdale, desde potros a garanhões.
Dentre as especificações para que os cavalos façam parte do “elenco” da BUDWEISER é necessário que tenham pelo menos quatro anos, que sejam castrados e tenham um temperamento tranquilo, além da aparência clássica da raça (no mínimo 1.83 metros de altura e 820 kg, pelo marrom-avermelhado, com crina preta, patas e focinho branco). Cada cavalo consome em torno de 20 a 25 litros de cereais integrais, minerais e vitaminas, de 50 a 60 quilos de feno e 30 litros de água por dia. Atualmente eles são transportados pelo país em caminhões monitorados e com suspensão e piso especiais para aliviar o estresse da viagem nos animais. Uma curiosidade: Clydesdale é uma raça de cavalo de tração pesada, desenvolvida no início do século XIX pelos agricultores em Lanarkshire, condado escocês banhado pelo rio Clydesdale, daí a origem do nome.
Os cachorros da raça Dálmata também aparecem constantemente junto com os cavalos e se tornaram outro símbolo da cerveja BUDWEISER. E isto começou no dia 30 de março de 1950, quando em comemoração a inauguração da cervejaria de Newark, os cavalos Clydesdale ganharam uma mascote: um cão Dálmata. E porque um cão desta raça como mascote? Os Dálmatas eram cães de carruagem na Inglaterra, treinados para proteger os cavalos e o conteúdo da carroça, e também para manter outros cães longe dos caminhões de bombeiros puxados por cavalos enquanto atendiam um incêndio. Desde então, os Dálmatas têm servido como amigos e companheiros do plantel de cavalos Clydesdale, sentando-se ao lado do condutor das carroças da BUDWEISER que desfilam pelo país.
Além disso, os Dálmatas já participaram de vários comerciais da marca. Um desses comerciais, exibido durante o intervalo do Super Bowl em 1999, mostrava dois Dálmatas que se separam no nascimento. Um filhote cresce e se torna um cão do quartel de bombeiros. Já o outro se torna um cão da BUDWEISER. Mais tarde, eles se cruzam na estrada, e o cachorro BUDWEISER sentado no engate da carroça mostra a língua para o cachorro no caminhão de bombeiros (assista ao comercial aqui).
Embalagens icônicas
Um dos maiores símbolos de reconhecimento da marca é sua tradicional lata. Adotada a partir de 1936, a primeira lata da BUDWEISER era amarela. Antes disso, a cerveja só estava disponível em barris e garrafas. Mas foi somente em 1956 que a lata passou a ser branca com detalhes em vermelho e texto em azul. Em 1999, houve pequenas alterações, com o nome da marca sendo escrito novamente na vertical. Em agosto de 2011, a marca anunciou uma nova identidade visual de sua tradicional lata, a décima segunda alteração desde quando a cerveja passou a utilizar este tipo de embalagem. A nova imagem visual, que possuía muito mais vermelho do que as versões anteriores, tinha como pela primeira vez destaque a “Bowtie” (gravata borboleta), principal símbolo de identificação da marca e que até aquele momento só aparecia nos rótulos das garrafas. Até então, só houve uma exceção em que a gravata da marca apareceu na versão em lata: em maio de 2011, em uma edição limitada comemorativa ao dia da independência (4 de julho), com a bandeira americana ao fundo.
Em 2013, com o slogan “as latas da Budweiser não têm mais barriga de cerveja”, essa lata ganharia uma edição limitada com formato acinturado e inovador que remetia a tradicional gravata borboleta em seu logotipo. Por causa do formato diferenciado, a lata armazenava um pouco menos de conteúdo – 330 mililitros ao invés de 355 mililitros.
Em 2015, a marca apresentou um novo design para sua lata: mais limpo e minimalista, dando mais destaque ao brasão histórico da Anheuser-Busch, com a cor prata ganhando mais espaço que o vermelho - que ainda aparecia e marcava o visual clássico da BUDWEISER. Além disso, foi a primeira vez que as embalagens foram unificadas globalmente. Antes, existiam variações de design de país para país.
Em 2020, somente para o mercado americano, a marca apresentou um novo design para sua lata. Era uma versão modernizada do design de 1958, incluindo a tipografia de letra mais quadrada.
As latas de BUDWEISER também ganham edições limitadas e comemorativas para as festas de final de ano, datas patrióticas americanas (como 4 de julho, independência dos Estados Unidos) ou para celebrar parcerias, como por exemplo, com a NBA (que simulava uma bola de basquete) e a Copa do Mundo de Futebol, da qual a marca é patrocinadora.
Já a icônica garrafa da BUDWEISER, que se tornou um símbolo da cultura americana, evoluiu de forma sutil a partir de 1933 (como mostra a imagem abaixo), mas sempre manteve uma imagem associada aos Estados Unidos e cultura americana.
Em 2016, como parte da grande remodelação de imagem da marca, a BUDWEISER apresentou sua nova garrafa, que seguiu o design das latas, mais simples e minimalista.
Porém, no final de 2018 a marca apresentou novas garrafas de 330 mililitros e 550 mililitros, que ganharam design exclusivo, com um padrão de linhas mais retas e geométricas. A embalagem ainda levava em alto relevo o logotipo da marca, como se fosse uma estampa, e o ano de sua primeira produção “Since 1876”. Para completar, o rótulo tinha uma textura e um recorte especiais. O Brasil foi escolhido como o primeiro país do mundo a lançar a novidade. A nova embalagem já estava disponível em todo o mundo no fim de 2019.
A ligação com os esportes e a música
A marca sempre teve uma forte ligação com os esportes, principalmente americanos. Isto começou em 1953 quando empresa ampliou sua estratégia de marketing comprando o time profissional de beisebol do St. Louis Cardinals, caracterizando assim o começo do seu envolvimento no universo dos esportes e das ligas profissionais. Durante anos mantendo forte ligação com o UFC (artes marciais mistas), hoje em dia a BUDWEISER é patrocinadora de importantes ligas profissionais, como de futebol americano (NFL, desde 1988), beisebol (MLB, desde 1980) e basquete (NBA, desde 1998), além de ter forte presença na NASCAR, principal categoria do automobilismo americano e ser patrocinadora oficial da Premier League e da Copa do Mundo de Futebol da FIFA (cuja última campanha, batizada de “The Drop” e lançada em agosto de 2022, é estrelada por Neymar Jr., Lionel Messi e pelo inglês Raheem Sterling).
O que uma boa cerveja e uma boa música têm em comum? Ambas despertam sensações incríveis e marcantes na vida das pessoas. Justamente por isso, a BUDWEISER tem uma forte e histórica ligação com a música, estando sempre presente no universo musical apoiando e patrocinando projetos, grandes festivais (como o Lollapalooza Brasil), bandas e artistas. Campanhas globais como “Budweiser makes music” - que transformava objetos brutos em elementos musicais com a ajuda da garrafa da cerveja, “Made for Music” (estrelada por astros como Jay-Z, Justin Timberlake e Rihanna) ou “Tagwords” - que celebrava a história da BUD e sua inserção em diferentes situações importantes na música - a marca sempre está presente no universo musical.
Campanhas que marcaram época
Há mais de um século a marca é presença mais que constante na mídia americana. Isto porque, já em 1902 exibia um enorme outdoor eletrônico em plena Times Square. A marca BUDWEISER, ao longo de sua rica história, realizou inesquecíveis campanhas publicitárias que acabaram fazendo parte da cultura americana em determinadas épocas. Um exemplo disso foi a campanha publicitária que tinha como slogan “This Bud’s for you”, introduzida no final da década de 1970. Porém, talvez o slogan, na verdade um bordão, mais influente da marca tenha sido “Whassup?” (algo como “O que está rolando/acontecendo?” em português), que se transformou em um fenômeno da cultura pop americana. Escrito e dirigido por Charles Stone, o comercial (assista aqui) lançado em dezembro de 1999 se concentra em quatro amigos, falando ao telefone e cumprimentando um ao outro com a frase “Whassup?” de uma maneira cômica. Nos anos seguintes várias outras versões do comercial foram ao ar, estreladas por aliens, judeus (que diziam “Shalom”), velhinhas e até crianças.
Ainda na década de 1990 a marca lançou uma série de comerciais, como uma tentativa de conquistar consumidores mais jovens, nos quais formigas, sapos e lagartos eram os protagonistas em situações extremamente divertidas. A propaganda dos sapos, introduzida em 1995, ficou marcada por três animais em um pântano, onde cada um pronunciava as sílabas BUD...WEIS...ER, imitando coaxados. Após um tempo de cantoria a câmera dá um zoom e aparece do outro lado do pântano um letreiro iluminado escrito BUDWEISER. Clique para assistir inúmeros comerciais criativos da marca em nosso canal no Youtube. Após uma boa aprovação dos primeiros comerciais novas criaturas começam a aparecer no pântano. E isto aconteceu em 1998 quando durante o intervalo do Super Bowl, evento esportivo de maior audiência nos Estados Unidos, a marca introduziu uma dupla hilária de camaleões verdes chamados Frankie (com seu típico sotaque do Brooklin) e Louie, que começa a se irritar com a interminável cantoria dos sapos, que rapidamente se tornaram extremamente populares entre os jovens. Pouco depois, um terceiro animal aparece no pântano, o Furão. Aqui você assiste aos icônicos e hilários comerciais dos sapos e lagartos, incluindo a participação especial de um furão.
Já em 2012, a marca lançou uma campanha estrelada por Anderson Silva, lutador brasileiro de artes marciais mistas (MMA), e pelo ator Steven Seagal. O comercial “The Great Preparation” (“A grande preparação”, em tradução livre) mostra um duelo de estilo western entre personagens que disputam a única garrafa de BUD que restou em um bar. Várias personalidades do esporte participam do filme, entre eles, o juiz Dan Miragliotta (no papel do barman), o narrador oficial do UFC Bruce Buffer e o baiano Lyoto Machita (como o sensei de Anderson Silva). O filme traduzia bem o posicionamento da marca - Great Times Are Coming -, que tinha como principal objetivo “antecipar para os consumidores bons momentos que estão por vir”. Clique no ícone abaixo para assistir ao comercial.
A evolução visual
A identidade visual da marca americana passou por inúmeras remodelações ao longo dos anos. A partir de 1910, o logotipo foi aos poucos adquirindo a tradicional cor vermelha e uma tipografia de letra mais impactante. Ao longo dos próximos anos a identidade visual da marca, identificada pela sua tradicional “gravata borboleta vermelha” (conhecida pelos americanos como Bowtie e que passou a fazer parte do logotipo em 1957), sofreu várias alterações sem perder suas fortes características. Aos poucos o tradicional símbolo foi ganhando um formato mais esticado e uma nova tipografia de letra, adotada a partir da década de 1990. No ano de 1999 o logotipo ganhou uma coroa dourada (afinal, BUD era “O Rei das Cervejas”) acima da tradicional gravata e, em 2011, adotou uma identidade visual mais detalhada e com efeitos 3D. Porém, em 2016, a marca resolveu voltar as suas raízes e apresentou uma nova identidade visual. Perdeu a coroa, os detalhes, e adotou uma nova tipografia de letra (com pequenas mudanças em relação à anterior) e uma tonalidade vermelha mais vívida. Além disso, o logotipo se tornou chapado e mais simples.
Os slogans
America’s Beer. (2022)
King of Beers. (2019)
This Bud’s For a Better Tomorrow. (2019)
This Bud’s for you. (2015)
Rise as One. (2014)
Great Times are Coming. (2011)
Great Times Are Waiting, Grab Some Buds. (2011)
Grab Some Buds. (2010)
The Great American Lager. (2008)
This is Budweiser. This is beer. (2005)
This is real life. (2004)
The Genuine Article. (2003)
Taste matters. (2003)
Think fresh, drink fresh. (2003)
True refreshment. (2003)
Taste the difference freshness makes. (2001)
Budweiser. True. (1999)
Whassup? (1999)
Proud to Be Your Bud. (1993)
Nothing beats a Bud. (1990)
For all you do, this Bud’s for you. (1978)
When you say Budweiser, you’ve said it all. (1970)
That Bud That’s beer! (1964)
Where there’s life, there’s Bud. (1958)
The King of Beers. (1952)
Dados corporativos
● Origem: Estados Unidos
● Lançamento: 1876
● Criador: Adolphus Busch e Carl Conrad
● Sede mundial: St. Louis, Missouri, Estados Unidos
● Proprietário da marca: Anheuser-Busch Companies LLC
● Capital aberto: Não (subsidiária da Anheuser-Busch InBev SA/NV)
● CEO: Michel Doukeris
● Presidente: Brendan Whitworth
● Faturamento: US$ 7 bilhões (estimado)
● Lucro: Não divulgado
● Valor da marca: US$ 15.022 bilhões (2021)
● Presença global: 86 países
● Presença no Brasil: Sim
● Maiores mercados: Estados Unidos, Canadá e Reino Unido
No ano de 1997, em parceria com a Antarctica (conheça essa outra história aqui), a cerveja americana foi introduzida oficialmente no mercado brasileiro, presença que durou pouco em virtude do hábito dos consumidores em beber uma cerveja mais forte, o que não impediu que anos depois, em 2011, a BUDWEISER fosse relançada com enorme campanha de marketing, visando a Copa do Mundo de Futebol de 2014, competição na qual era uma das patrocinadoras oficiais. Mais Nos anos seguintes a marca lançou no mercado outras opções de embalagens, como por exemplo, as latas de 269 ml, 410 ml ou 473 ml, as garrafas de 990 ml, 600 ml e 550 ml, e o BigBud, barril de 5 litros de cerveja introduzido em 2021.
A BUDWEISER conquistou um grande espaço entre os consumidores brasileiros e hoje está no topo do segmento de cervejas premium no país. O motivo desse êxito é a maneira com que a marca encontrou para se comunicar com os novos consumidores. Suas campanhas publicitárias e ações de patrocínio ganham destaque no segmento de cervejas no mercado brasileiro. Como por exemplo, o Your Tour, um projeto que teve sua primeira edição em 2015 e contou com mais de 30 shows que proporcionaram uma experiência única aos ganhadores: ter o prazer de ser um rock star viajando por todo Brasil. Repaginado no ano de 2016 em uma edição dedicada exclusivamente ao rock, a promoção levou consumidores para os shows de dois mitos, Rolling Stones e Iron Maiden. Para participar e viver a experiência, era necessário entrar no site, fazer o cadastro, escolher o show e nomear dois amigos para vivenciar junto essa experiência de uma turnê rumo aos gigantes do rock, com direito, ainda, a viagem, hospedagem especial, transporte VIP, entre outros mimos típicos de um rock star.
O valor
Segundo a consultoria britânica Interbrand, somente a marca BUDWEISER está avaliada em US$ 15.022 bilhões, ocupando a posição de número 37 no ranking das marcas mais valiosas do mundo de 2021.
A marca no mundo
Presente em mais de 85 países, a marca é uma das líderes do competitivo mercado americano, onde é a cerveja mais popular em 23 dos 50 estados do país. Além disso, é a marca de cerveja mais valiosa do mundo e a segunda mais vendida, atrás apenas da chinesa Snow Beer. A BUDWEISER tem como maiores mercados os Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, México, Irlanda e China. Atualmente a cerveja BUDWEISER é engarrafada em mais de 50 cervejarias ao redor do mundo, localizadas em países como Estados Unidos (onde BUD é produzida em 12 cervejarias), Argentina, Brasil, Canadá, Irlanda, Itália, Japão, Rússia, Coréia do Sul, China e Espanha.
Você sabia?
● Nos Estados Unidos a cerveja BUDWEISER possui teor alcoólico de 5%, exceto nos estados americanos de Utah, Minnesota e Oklahoma, que devido às leis locais o teor é de apenas 3.2%. 5% também é o teor alcoólico da cerveja em países como Holanda, Tailândia, Índia, Canadá, Brasil e Colômbia. Já no Reino Unido, Irlanda e Austrália o teor alcoólico de BUDWEISER é de 4.5%, e na China apenas 3.6%.
As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek, Isto é Dinheiro, Época Negócios, Exame e Embalagem Marca), jornais (Valor Econômico, Folha, Estadão e Meio Mensagem), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel, Interbrand e Mundo do Marketing), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers).