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27.7.06

ALFA ROMEO


A ALFA ROMEO é uma marca que encantou, e continua deslumbrando, a muitos pelo mundo afora. Existem características que sempre fizeram parte de uma imagem coletiva global da marca: o seu “cuore sportivo” (como diriam os italianos) ou coração desportivo (para nós brasileiros), vitalidade indomável, o som do motor, a elegância das formas e o design puramente italiano. Histórias contam que Henry Ford costumava tirar o seu chapéu cada vez que via um ALFA ROMEO passar, e que no dia que venceu a escuderia italiana, Enzo Ferrari chorou como um bebê. A marca atravessou mais de um século de uma mítica saga e muitas das suas páginas memoráveis contribuíram para a história dos automóveis e das glórias nas pistas. 

A história 
A empresa teve origem em 1906 quando Cavaliere Ugo Stella, um aristocrata de Milão, e Alexandre Darracq, um fabricante de carros francês, fundaram a empresa “Societá Italiana Automobili Darracq”, que começou a produzir automóveis com a marca Darracq na cidade de Nápoles. Com o fim da parceria em 1910, Stella, com o financiamento de outros investidores italianos, mudou a linha de produção para uma fábrica desativada em Portello, subúrbio industrial na região noroeste de Milão, alterando, no dia 24 de junho, o nome da empresa para A.L.F.A., abreviatura de Anonima Lombarda Fabbrica Automobili. O primeiro carro produzido inteiramente pela nova montadora foi o modelo 24 HP, tendo este nome devido à potência gerada por seu motor (de 4 cilindros e que atingia velocidade máxima de 100 km por hora) e desenhado por Giuseppe Merosi. Com trezentas unidades produzidas, o modelo apresentava características modernas para a época, incluindo motor monobloco e transmissão de junta única, distinguindo-se pela excelente recuperação e por peças mecânicas cuidadosamente construídas. Posteriormente, Merosi participou do desenvolvimento de novos carros da ALFA, com motores mais potentes, de 40 a 60 HP. A ALFA também se aventurou nas competições automobilísticas, com o piloto Nino Franchini participando da Targa Florio de 1911 pilotando um modelo 24 HP.


Em 1915, passando por graves problemas financeiros, o engenheiro napolitano Nicola Romeo assumiu sua direção, trocou seu nome para ALFA ROMEO e a converteu em uma fábrica bélica para atender as necessidades da Itália e seus aliados durante a Primeira Guerra Mundial. Munição, motores e peças para aviões, geradores e compressores baseados nos motores de carros anteriormente produzidos e até locomotivas foram fabricados pela empresa durante o tempo que durou o conflito mundial. Com o fim da guerra, Nicola Romeo assumiu definitivamente o controle total da empresa e a fabricação de carros foi retomada de forma tímida em 1919. No ano seguinte, o Torpedo 20-20HP foi o primeiro carro fabricado sob a nova marca ALFA ROMEO. Giuseppe Merosi continuou como designer-chefe e a empresa prosseguiu fabricando bons automóveis de rua e carros de corrida de sucesso (dentre os quais se destacaram os modelos 40-60 HP e RL Targa Florio). Ainda em 1920, Enzo Ferrari se juntou à ALFA ROMEO e com um automóvel 40-60HP, conquistou de imediato um glorioso segundo lugar na corrida Targa Florio.


Em 1923, o então piloto da equipe ALFA ROMEO, Enzo Ferrari, convenceu o projetista Vittorio Jano a abandonar a FIAT e substituir Giuseppe Merosi na equipe de design da escuderia. O primeiro modelo concebido sob a supervisão de Jano foi o P2 Grand Prix, que deu à escuderia italiana o título mundial de 1925. Para carros de rua, Jano desenvolveu uma série de motores pequenos e médios de 4, 6 e 8 cilindros em linha baseados no motor do P2 que estabeleceram a arquitetura clássica de motores da ALFA ROMEO: construção em liga leve, câmaras de combustão hemisféricas, velas em posição central, duas válvulas em linha por cilindro e câmara de combustão dupla. Tal arquitetura provou-se durável e potente.


Em 1928, os tumultos financeiros da época e o mercado específico e pequeno do fabricante fizeram com que Nicola Romeo fosse afastado da empresa, que acabou sendo comprada por um consórcio de bancos. Em 1933 a ALFA ROMEO sofreu uma intervenção do governo fascista italiano, que passou a ter o controle da empresa. Neste momento a empresa, agora uma estatal, abandonou as competições, surgindo então a Scuderia Ferrari, inicialmente como o braço de competições da ALFA ROMEO (Enzo Ferrari pilotou para a ALFA antes de assumir a chefia da equipe, e logo a seguir passou a produzir seus próprios carros). Foi a equipe de Enzo que humilhou as equipes alemãs (Auto-Union e Mercedes-Benz), vencendo de forma sensacional o Grande Prêmio da Alemanha em 1935. Nesta época a rivalidade ia muito além das pistas, e a ALFA ROMEO, controlada pelo governo de Benito Mussolini, tinha que rivalizar e se mostrar superior que os Nazistas alemães. Com o governo no comando, a montadora passou a produzir em massa servindo os interesses e ambições do fascismo. A Segunda Guerra Mundial gerou outra grave crise para a montadora italiana, destruindo boa parte de suas instalações e praticamente paralisando a produção de veículos.


A empresa teve que recomeçar praticamente do zero e com a Itália bastante destruída, resolveu remodelar sua produção, diminuindo a fabricação de carros luxuosos, e dedicando-se à produção em massa de carros populares. Mas também estabeleceu um novo padrão: além dos carros de produção, iniciou a fabricação de edições limitadas ou modelos exclusivos criados por projetistas famosos. Em 1947, a montadora começou a lançar novos modelos que dispunham dos mais modernos conceitos aerodinâmicos da época. Um desses modelos foi o esportivo Freccia D’Oro (Flecha de Ouro, em português). A ALFA ROMEO, que sempre havia feito carros de alto desempenho e esportivos, teve que se readaptar à nova situação europeia e lançou o modelo 1900 em 1950, desenhado por Orazio Satta e com motor 4 cilindros. Esse novo carro conseguia atender a uma clientela muito exigente, como a classe média, e ao mesmo tempo era muito econômico e belo. Rapidamente se tornou conhecido como “O carro de família que vence corridas”. Foi o marco divisório entre a produção artesanal e a produção em série.


Nesta década, o sucesso da montadora nas pistas pode ser traduzido nas conquistas dos campeonatos de Formula 1 com Nino Farina em 1950, que venceu pilotando uma ALFA ROMEO 158 com compressor; e em 1951, com Juan Manuel Fangio pilotando uma Alfetta 159 (uma evolução do modelo 158, com um compressor de dois estágios). Apesar do sucesso nas competições, a montadora passava por dificuldades financeiras e para continuar disputando a Formula 1, haveria a necessidade da construção de um novo carro, pois os atuais tinham chegado ao máximo de sua evolução. Neste contexto, a ALFA ROMEO retirou-se das pistas. Esta década também foi marcada pelo sucesso do modelo 1900, que graças às excepcionais características mecânicas e ao desempenho notável, tornou-se o automóvel oficial da Polícia Italiana, sendo apelidado de Pantera devido à agressiva pintura preta. Outro sucesso desse período foi o primeiro automóvel com nome próprio e feminino: GIULIETTA. Apresentado ao público em 1954 em versão Coupé Sprint, tinha como principais atributos as dimensões compactas, a agilidade e o bom desempenho. Com esses sucessos, surgiu a Alfamania, que tornou o desejo de ter um ALFA ROMEO irresistível, contagiando também as estrelas de Hollywood.


A década de 1960 começou com a construção de uma nova fábrica em Arese, que seria inaugurada três anos mais tarde, em 1963. O primeiro carro produzido foi o Giulia, que vendeu mais de um milhão de unidades, nas suas várias versões. Em 1963 foi criada a Autodelta, sob a direção de Carlo Chiti, responsável pelo desenvolvimento de automóveis de corrida baseados nos modelos dos carros de produção ou desenvolvimento de novos modelos. Estes foram anos importantes para a ALFA ROMEO, que consolidou tanto sua imagem como sua posição comercial. Nesta década a ALFA ROMEO tornou-se famosa por seus carros pequenos e modelos desenhados especialmente para a polícia italiana (Pantere e Carabinieri), dentre eles o glorioso Giulia Super, ou o 2600 Sprint GT, que recebeu o apelido expressivo de “Inseguimento” (por ter sido confundido com o automóvel utilizado pelo famoso agente de polícia, e inigualável motorista, Armandino Spadafora na perseguição a ladrões por uma escada em 1960). Em 1967 o famoso filme “A Primeira Noite de um Homem”, protagonizado por Dustin Hoffman deu status de celebridade à Alfa Romeo Spider (também conhecida por suas designações italianas “Duetto” ou “Osso di Seppia”).


Na década de 1970 a ALFA ROMEO novamente entrou em crise financeira. O governo então privatizou a montadora. Apesar disso, a montadora criou automóveis que se tornaram ícones, como o MONTREAL, que assinalou o regresso do motor de 8 cilindros aos carros de passeio, e oferecia desempenho esportivo e características técnicas e mecânicas adaptadas à utilização no dia a dia; e o ALFETTA 2000 TD (1979), o primeiro Turbo Diesel italiano. Os anos de 1980 foram marcados pelo declínio na participação esportiva da ALFA ROMEO. Mesmo continuando a participar da Formula 1, tornou-se uma equipe sem brilho na competição, contrariando seus feitos no passado. Mesmo assim, continuou na categoria máxima do automobilismo até o fim da temporada de 1985. E depois (até 1987) como fornecedora de motores.


Nesta época, em 1986, a ALFA ROMEO foi adquirida pela FIAT, em uma manobra para evitar que a americana Ford comprasse o que era considerado um legado italiano. Foi então criado um novo grupo empresarial - Alfa Lancia S.p.A. - que se dedicou desde então à fabricação de carros ALFA ROMEO e LANCIA. Antes de ser comprada pela FIAT, a ALFA ROMEO sempre manteve uma postura ousada no mercado, experimentando novas soluções nas pistas e utilizando-as na produção em série, mesmo com o risco de perdas comerciais. A ALFA ROMEO sempre se caracterizou também pelo estilo controverso e pouco ortodoxo, que por inúmeras vezes levantaram discussões sobre estilo. Sob o comando da FIAT, já no ano seguinte, um dos modelos de maior sucesso da montadora foi introduzido no mercado: a ALFA 164 foi apresentada oficialmente no Salão do Automóvel de Frankfurt, tendo seu projeto de design assinado pelo renomado estúdio Pininfarina, conferindo ao carro um visual distinto, e ao mesmo tempo agressivo e potente. O modelo conseguiu a proeza de se tornar um sucesso também no mercado americano.


Em 1994 a linha ficou completa com o lançamento do modelo 164 Quadrifoglio 4, que combinava o motor 3.0 V6 24v com um sistema sofisticado de tração nas quatro rodas, com controle de tração eletrônico e uma caixa de 6 velocidades. O novo milênio tem início com um recorde de vendas em 2001, quando a ALFA ROMEO comercializou 213.638 unidades no mundo inteiro. Em janeiro de 2003, a montadora introduziu no mercado a campanha “A beleza não basta”, um conceito das entrelinhas da nova estratégia comercial da marca, e expressada na importância da substância além da forma. Afinal, a ALFA ROMEO sempre fora sinônimo de estilo e elegância, mas também de inovação técnica. Nos anos seguintes a montadora introduziu no mercado uma linha de veículos ousados e modernos como o esportivo GT, o cupê BRERA, o conversível SPYDER, o sedã 159, o exclusivo esportivo 8C COMPETIZIONE e mais recentemente o compacto esportivo MiTo.


Em 2010 a mítica marca, verdadeiro orgulho italiano, cuja tecnologia e esportividade foram os principais fatores para seu sucesso, completou 100 anos. E para celebrar seu centenário, a ALFA ROMEO organizou em Milão, cidade do norte da Itália onde tudo começou, diversos eventos: voltas na pista do autódromo de Monza, visitas ao Museu Histórico Alfa Romeo (reaberto temporariamente), exposição de antigos modelos em vários lugares da capital econômica da Itália e um grande desfile nas ruas da cidade com milhares de amantes da marca. Mesmo com a celebração e os novos lançamentos, as vendas da marca nos anos seguintes continuaram em forte declínio.


A reviravolta parece ter começado em 2015, quando a ALFA ROMEO, completou 105 anos de uma rica herança. A data comemorativa contou com um emocionante show do tenor Andrea Bocelli, reinauguração do museu da empresa em Milão e apresentação de um carro completamente novo e desenvolvido para marcar justamente seu renascimento. Seu nome já é conhecido pelos fãs da marca: Giulia (mesmo nome de um esportivo de sucesso dos anos de 1960 e 1970). Além disso, a ALFA ROMEO traçou um plano de reestruturação que tem meta definida até 2018: encarar de igual para igual Audi, Mercedes-Benz e BMW no segmento de esportivos de luxo. Este relançamento da marca, como foi batizado, custou aproximadamente €5 bilhões e envolve grandes mercados como os Estados Unidos, China e, claro, Brasil (onde a marca deve ser relançada em um futuro próximo), além de reconquistar a Europa. A montadora italiana pretende, nesse período, lançar oito novos modelos de automóveis. Hoje em dia são cinco os elementos que tornaram a ALFA ROMEO uma das marcas de automóveis mais cobiçadas do mundo: design italiano diferenciado, tecnologia de ponta e motores inovadores, perfeita distribuição de peso de 50/50, soluções técnicas exclusivas e a melhor relação peso-potência. Estes são os ingredientes indispensáveis para a criação de um autêntico ALFA ROMEO.


A linha do tempo 
1992 
Lançamento da ALFA ROMEO 155, primeiro sedã com tração nas rodas dianteiras, que contava com um design agressivo e carismático como descendente da linhagem. O modelo ficou conhecido como o “Quinto filho” por ser construído sob a mesma plataforma do Lancia Dedra, Tipo, Tempra e Tempra SW, todos pertencentes ao Grupo FIAT. O modelo 155 foi produzido até 1997, sendo o principal responsável pela volta da ALFA ROMEO às pistas de competição. 
1995 
Lançamento da ALFA ROMEO 145, primeiro carro da montadora criado no “Centro Stile” sob a direção de Walter de Silva. Com frente inclinada, grade do radiador proeminente (uma continuação das duas curvas do capô), e um ângulo inclinado no vidro traseiro, o modelo era uma inovação em termos de design. Em 1995, usando a mesma plataforma de design do modelo, foi criada uma versão de cinco portas, batizada de ALFA ROMEO 146
1996 
Lançamento da ALFA GTV e da ALFA SPIDER, que fizeram suas estreias no Salão do Automóvel de Genebra. Desde o início, os desenhos desenvolvidos paralelamente, com duas abordagens diferentes, resultaram em dois modelos distintos: um cupê (GTV) e um conversível (SPIDER). Criados com a colaboração entre o “Centro Stile” da ALFA ROMEO e o estúdio Pininfarina, o ALFA GTV apresentava uma elegância agressiva, mantendo a melhor tradição da marca. Já na versão SPIDER, alguns elementos eram claras referências ao passado, tais como a traseira inclinada, que lembrava o lendário Duetto. Ambos os modelos, ofereciam motores dos automóveis 155 Twin Spark, com 6 cilindros da gama 164, e suspensão de rodas independente. 
1997 
Lançamento da ALFA ROMEO 156, modelo chave para o reposicionamento da marca no mercado europeu. O ALFA 156 era um carro completamente original. Tinha um estilo marcante, robusto e grande desempenho na estrada. Materiais especiais eram utilizados na sua construção, tais como ligas de magnésio e alumínio, além de ser equipado com um potente motor de alta performance, sistemas de suspensão e muitos equipamentos de segurança ativa e passiva. O modelo conquistou o título de carro do ano em 1998. 
1998 
Lançamento da ALFA ROMEO 166, um sedã de grande porte com estilo agressivo, onde a semelhança com o modelo 156 era clara em determinados elementos: a imponência lateral, a junção que permitia que o limpa-brisa traseiro ficasse alinhado com as estruturas das janelas, além da localização horizontal das luzes traseiras. 
1999 
Lançamento da ALFA ROMEO SPORTWAGON, versão perua do tradicional modelo 156, que tinha como características principais a esportividade e o enorme espaço interno. Como item opcional o carro oferecia a suspensão Nivomat, capaz de compensar em tempo real, quaisquer variações provocadas pela carga. 
2000 
Lançamento da ALFA ROMEO 147, um automóvel compacto (4.16 metros de comprimento e 1.70 metros de largura), com avançados sistemas de segurança, equipamento e conforto esperados nos modelos de categorias superiores. 
2001 
● Lançamento da ALFA ROMEO 147 na versão cinco portas. Esteticamente, a versão adotou uma solução exclusiva: puxador da porta traseira em preto, embutido na estrutura da janela. Esta estratégia significava que o foco visual permanecia no puxador frontal, dando uma imagem de cupê esportivo. 
2002 
Lançamento da linha ALFA ROMEO 156 GTA e ALFA ROMEO SPORTWAGON GTA, versões esportivas dos tradicionais modelos. As formas marcantes e robustas, e o estilo agressivo da carroçaria formavam o caráter esportivo único desta linha. Mas a verdadeira emoção destes carros estava no seu conteúdo técnico: novo motor de 3.2 litros, proporcionando uma potência ainda maior. 
2003 
Lançamento da ALFA ROMEO GT, um modelo hatch esportivo com curvas elegantes e muito conforto. 
2004 
Apresentação da ALFA ROMEO CROSSWAGON, primeiro utilitário esportivo da montadora italiana. Na verdade, o modelo não mais era que uma 156 Sportwagon com altura em relação ao solo elevada e um sistema de tração integral (Q4), que já não era visto em um ALFA ROMEO desde 1992. 
2005 
Apresentação da ALFA ROMEO BRERA, um cupê esportivo com design altamente conceituado, criado pela Italdesign, dirigida por Giorgetto Giugiaro, que trabalhou em alguns dos famosos carros da ALFA ROMEO, incluindo o Giulia Sprint GT nos anos de 1960 e o Alfetta GT nos anos de 1970. 
Lançamento da ALFA ROMEO 159, um sedã de médio porte disponível em quatro versões de motores à gasolina e três à diesel. O modelo também contava com a versão perua. 
2006 
Lançamento da ALFA ROMEO SPIDER, um esportivo conversível extremamente ousado, tanto em design como em desempenho. 
2007 
Lançamento da ALFA ROMEO 8C COMPETIZIONE, um carro super esportivo de dois lugares equipado com motor Ferrari/Maserati V8 de 4.7l V8, e produzido em edição limitada. Sua carroceria era feita, em sua maioria, de fibra de carbono. As siglas 8C representam as utilizadas nos anos de 1930 para os carros equipados com o famoso motor de “8 cilindros” criado por Vittorio Jano. Competizione, por outro lado, é um tributo ao 6C 2500 Competizione, um sedã esportivo conduzido em 1950 pela lendária dupla Fangio-Zanardi na famosa corrida Mille Miglia. 
2008 
Lançamento da ALFA ROMEO MiTo, um compacto esportivo de três portas com design arrojado e equipado com motor 1.4 16V de 95 cavalos. Esse modelo se tornou um verdadeiro sucesso. A mais recente versão foi apresentada em 2016. O novo MiTo é mais agressivo graças às rodas de 16 polegadas, às maçanetas das portas e aos espelhos retrovisores que são pintados em um tom cinza contrastando com a cor da carroceria. No interior a sensação de esportividade é ainda maior pelos bancos revestidos em tecido preto e com o logotipo da marca gravado nos apoios de cabeças, além do volante multifuncional. 
2010 
Lançamento da ALFA ROMEO GIULIETTA, um hatch de 4.35 metros e carroceria de cinco portas. O visual do carro seguia o traço arrojado da marca nos últimos anos: faróis arredondados com a tradicional grade frontal triangular que abriga o logotipo. O novo modelo era o substituto do ALFA ROMEO 147. 
2013 
Lançamento do ALFA ROMEO 4C, um esportivo de dois lugares, em configuração cupê e spider (conversível), com chassis de fibra de carbono, motor 1.7 turbinado de 240 cv, câmbio de dupla embreagem e seis marchas e que faz de 0-100 km/h em 4.1 segundos. 
2015 
Apresentação oficial do ALFA ROMEO GIULIA, um sedã esportivo que incorpora 105 anos de excelência no estilo e tecnologia italiana. O modelo tem tecnologia de última geração (como a Torque Vectoring, para um excelente controle de estabilidade) e motor inovador (turbo de seis cilindros com 510 cv, inspirado na tecnologia Ferrari). O desempenho é impressionante: de 0 a 100 km/h em apenas 3.9 segundos. O automóvel ainda combina o desempenho extraordinário do motor e o amplo uso de materiais ultraleves, como fibra de carbono, alumínio e composto de alumínio e plástico, para obter a melhor relação peso-potência. O nome do novo modelo foi inspirado em um sedã compacto lançado em 1962 e que foi produzido até 1978.


Um design distinto 
O design dos carros da ALFA ROMEO é clássico e inconfundível. E se dizem que um carro se reconhece pela frente, a marca italiana é imbatível neste quesito. Sua grade frontal em forma de V (chamada de “Trilobo”) é um dos principais símbolos de reconhecimento mundial da ALFA ROMEO. A tradicional e clássica grande frontal dos automóveis da ALFA ROMEO também evoluiu seu design ao longo dos anos, como mostra a imagem abaixo.


O museu 
O museu da ALFA ROMEO (La Macchina del Tempo – Museo Storico Alfa Romeo), situado em Arese, local simbólico para a história da empresa, foi inaugurado no mês de dezembro de 1976. Fechado em 2009 e reinaugurado em 30 de junho de 2015, ocupa uma área de 4800 m². É um verdadeiro paraíso para os fanáticos pela marca italiana, oferecendo exposição cronológica (equipada com painéis, fotografias e textos explicativos) de vários modelos clássicos que fizeram o sucesso da montadora, tanto nas ruas como nas pistas de competição. O museu possui aproximadamente 70 históricos exemplares, todos funcionando em perfeitas condições. Entre as diversas atrações, há o Alfa Bimotore (modelo com um motor dianteiro e um traseiro), que teve apenas duas unidades produzidas, e o Alfa Gp Tipo A, com dois motores frontais paralelos, um para cada roda. No museu, a essência da marca foi condensada em três princípios: Linha do Tempo, que representa a continuidade industrial; Beleza, que agrega estilo e design; Velocidade, juntando tecnologia e peso leve. Para cada princípio é dedicado um andar do Museu.


A Linha do Tempo ocupa o primeiro andar, com uma seleção de 19 automóveis que melhor representam o desenvolvimento da marca, com direito a um painel de informação multimídia. A exposição é composta ainda por uma “memória interativa”, uma estação inteligente onde os visitantes podem acessar um sistema interativo para obter mais detalhes sobre a história de cada modelo. A instalação intitulada “Quelli dell’Alfa Romeo” narra como uma lenda foi formada há mais de 100 anos, graças ao trabalho de milhares de homens que contribuíram para o crescimento da ALFA ROMEO. A segunda parte da exposição, no piso térreo, é batizada de Beleza e dispõe de várias áreas temáticas. O layout foi desenhado com linhas dinâmicas e suaves que lembram o estilo das principais fabricantes de carrocerias italianas: a partir do “I maestri dello stile” (os mestres do estilo), que combina os nove principais exemplos de design de cada época, até a “La scuola italiana” (a escola italiana). No centro encontra-se “Alfa Romeo nel cinema”. Tudo isso é seguido por “Il Fenomeno Giulietta” (o Fenômeno Giulietta) e “Giulia: disegnata dal vento” (Giulia: desenhado pelo vento), com modelos que acompanham o crescimento da economia e do gosto italiano nos anos 1950 e 1960. A terceira parte é dedicada à Velocidade e se estende por todo o subsolo. Esta é a área mais emocionante, onde os entusiastas da marca italiana podem conhecer as estrelas de grandes vitórias da marca nas pistas, desde “Nasce la leggenda” (nasce uma lenda), um espetacular espaço multimídia que agrupa as estrelas das competições épicas na época das duas guerras mundiais. Em seguida, os visitantes entram no “Tempio delle Vittorie” (Templo das Vitórias), outro espaço onde um show de imagens, sons e filmagens antigas apresenta os 10 maiores triunfos na história da ALFA ROMEO. A viagem termina com um final divertido e espetacular: as “Bolle emozionali” (bolhas emocionais) dedicadas à experiência do mundo ALFA ROMEO, com um show em realidade virtual filmado em 360°, e uma sala de imersão total, onde os visitantes se sentam em poltronas interativas para assistir filmes em 4D dedicados aos sucessos lendários da marca. O complexo do museu ainda possui ao lado de uma pista de test-drive, além de show-room para entregas, livraria, cafeteria e um centro de documentação. O museu é uma rara oportunidade de reviver as emoções dos modelos que ajudaram a moldar a história do design da marca italiana. Na verdade é o verdadeiro “centro da marca”, uma ligação perfeita entre o passado, o presente e futuro da ALFA ROMEO.


Um símbolo de sorte 
A ALFA ROMEO tem sua marca intimamente associada ao trevo de quatro folhas (em italiano, “Quadrifoglio”). Tudo começou em 1923 quando o piloto Ugo Sivocci, que tinha fama de azarado, decidiu incluir um amuleto de sorte em seu carro de competição, o ALFA ROMEO RL TF: um trevo de quatro folhas verde dentro de um quadrado branco. Cada um dos lados do quadrado representava um dos pilotos da equipe (entre os quais Enzo Ferrari, Alberto Ascari e Giuseppe Campari) e estava localizado perto do radiador. Ugo finalmente conseguiu vencer uma corrida naquele ano. Apesar da sorte do Quadrifoglio, Ugo morreria neste mesmo ano, durante a sessão de testes de um novo carro no circuito de Monza. Mesmo com a tragédia, a ALFA ROMEO, como uma homenagem a Ugo Sivocci, continuou usando o símbolo do Quadrifolglio nos anos seguintes, porém sobre um triângulo branco. O trevo de quatro folhas verde se tornou tão emblemático que seria utilizado para batizar modelos da marca italiana.


A evolução visual 
O logotipo da ALFA ROMEO teve sua origem no brasão de armas de Milão, cidade onde a empresa foi fundada. Do lado esquerdo possuía uma cruz vermelha que representava o heróico desempenho de Giovanni da Rho nas primeiras cruzadas do século 11. No lado direito possuía a imagem de uma serpente gigante em homenagem a Ottone Visconti, fundador da tradicional família milanesa Visconti (ideia de um jovem designer do departamento técnico que reparou na serpente na torre de Filarete). Em 1915, Nicola Romeo comprou a empresa e seu sobrenome apareceu no logotipo da montadora italiana (no anel exterior). Outra alteração ocorreu quando os famosos carros P2 Grand Prix ganharam o primeiro campeonato do mundo em 1925, e o emblema foi enriquecido com um círculo prateado exterior em forma de coroa de louros. Em 1946, com a queda da monarquia na Itália o escudo da dinastia Savoy foi substituído por dois traços grossos. Em 1972, com a abertura da fábrica de Alfa Sud, perto de Nápoles, a palavra Milano desapareceu, mantendo-se, contudo, a cruz e a serpente, os emblemas originais Milaneses.


Em 1982 o logotipo foi alterado novamente: as cores ganharam tons mais fortes, a serpente passou a ser verde-clara, o contorno de coroa de louros (prateado) foi substituído pela cor amarela e uma nova tipografia de letra foi adotada. Em 2015 a marca apresentou uma nova identidade visual, totalmente remodelada, apesar de manter o desenho geral. Primeiro ocorreu o abandono dos contornos dourados, substituídos por uma tonalidade prateada. O novo logotipo parece mais refinado, abandonando os tons em amarelo e ouro em favor do acabamento branco e cromado. Já a linha que dividia a cruz vermelha da serpente também desapareceu e o fundo foi alterado, agora com mais profundidade. A coroa ganhou visual mais minimalista. O tamanho das letras foi igualmente reduzido e adotado uma nova tipografia.


A identidade visual com o nome da marca abaixo do logotipo também foi atualizada em 2015.


Os slogans 
La meccanica delle emozioni. (2015) 
Without heart we would be mere machines. (2010) 
Cuore Sportivo. (2006) 
La Bellezza Non Basta. (2003) 
Beauty is not enough. (2003) 
A beleza não basta. (Brasil, 2003) 
Driven by passion. 
Power for your control. 
The family car that wins races. (década de 1950)


Dados corporativos 
● Origem: Itália 
● Fundação: 24 de junho de 1910 
● Fundador: Cavaliere Ugo Stella e Nicola Romeo 
● Sede mundial: Milão, Itália 
● Proprietário da marca: Alfa Romeo Automobiles S.p.A. 
● Capital aberto: Não (subsidiária da Fiat Chrysler Automobiles N.V.) 
● CEO: Harald Wester 
● Faturamento: Não divulgado 
● Lucro: Não divulgado 
● Vendas globais: 56.688 (2015) 
● Presença global: 100 países 
● Presença no Brasil: Não 
● Funcionários: 4.000 
● Segmento: Automobilístico 
● Principais produtos: Automóveis de passeio e esportivos 
● Concorrentes diretos: Subaru, Mini, BMW, Audi e Mercedes-Benz 
● Ícones: O logotipo e a cor vermelha 
● Slogan: La meccanica delle emozioni. 
● Website: www.alfaromeo.com 

A marca no mundo 
Atualmente a ALFA ROMEO comercializa sua linha de veículos em mais de 100 países ao redor do mundo através de concessionárias próprias ou do Grupo FIAT Chrysler. Em 2015, a montadora que possui três fábricas (todas localizadas na Itália), vendeu aproximadamente 57 mil carros no mundo inteiro. 

Você sabia? 
Na Itália, a venda de carros da marca sempre teve relação direta com as corridas e competições esportivas. A reputação obtida por um carro nas pistas determina o quão rápido ele deixará o show room de cada concessionária. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek, Isto é Dinheiro, Exame e Quatro Rodas), jornais (Valor Econômico e Estadão), sites de automobilismo (Sport Motor), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers). 

Última atualização em 9/4/2016

20.6.06

MASERATI


Uma história italiana. Um ícone global. Seus carros, ou melhor, bólidos são a mais pura representação da exclusividade, elegância, estilo e prestígio. A vida a bordo deles é das melhores para quem gosta de automóveis esportivos, garante quem já teve a oportunidade de dirigi-los. Todos os modelos possuem o longo capô com sua grande e proeminente grade de radiador onde paira o famoso tridente da marca italiana MASERATI. 

A história 
A tradicional montadora foi fundada exatamente no dia 1 de dezembro de 1914 na cidade italiana de Bologna com o nome de Societá Anonima Officine Alfieri Maserati por Alfieri Maserati, com a ajuda de seus irmãos, Ettore, Ernesto, Mario e Bindo. No começo a empresa comercializava carros da marca Isotta Fraschini, desenvolvia especialmente motores, além de produzir velas de ignição. Interrompida a produção da fábrica em virtude da Primeira Guerra Mundial, os quatro irmãos reabriram a montadora, agora em lugar maior e mais espaçoso, e somente em 1926 produziram o modelo para competição Tipo 26 (montado sobre o chassi do Isotta Fraschini), primeiro carro conhecido como MASERATI e também primeiro a levar a marca registrada do tridente, ideia do irmão e artista plástico Mario, inspirada na estátua de Netuno fincada em uma praça da cidade de Bolonha. Era um modelo bastante avançado para a época: oito cilindros em linha com capacidade de apenas 1.500 cm3 de cc, mas ampliada por um sistema chamado volumetric charger, que aumentava a potência para aproximadamente 130 cv. Com esse carro, em 13 de junho de 1926, a MASERATI conseguiu sua primeira vitória geral em uma prova. A corrida era uma competição de velocidade em quilômetro realizada em Bolonha e ao volante estava o mais novo dos irmãos, Ernesto. Três anos mais tarde, o piloto Baconin Borzacchini, conduzindo uma MASERATI, estabeleceu o recorde mundial de velocidade atingindo impressionantes 246.029 km/h. Era a publicidade que a montadora italiana precisava na época para se tornar conhecida.


Em 1937, os irmãos venderam a empresa para Adolfo Orsi, um homem de negócios de Modena, que mudou sua sede para esta cidade. Apesar da venda, os irmãos Maserati continuaram como chefes de engenharia da empresa até 1944, quando Alfieri faleceu. Em 30 de maio de 1939 um carro MASERATI, pilotado por Wilbur Shaw, venceu as 500 milhas de Indianápolis, fato que se repetiria no ano seguinte. Essas vitórias provaram a competência da marca italiana em competições de nível internacional. Durante a Segunda Guerra Mundial a empresa interrompeu sua produção de automóveis para fabricar componentes para a indústria bélica, retornando após o término do conflito com o lançamento em 1948 do novo GT, o A6 (a letra A em honra à Alfieri e o número 6 indicando o número de cilindros do motor). Nos anos seguinte, fabricou dois modelos projetados para a nova categoria do automobilismo mundial, a Fórmula 1, além de inéditos modelos de rua que rivalizariam com a Ferrari. Com isso, em 1957, a MASERATI se sagrou campeã mundial de automobilismo com o modelo 250F (equipado com motor de 6 cilindros em linha) pilotado pela lenda argentina Juan Manuel Fangio. Porém, apesar das glórias, nesse mesmo ano a montadora foi forçada a abandonar as competições esportivas em virtude da delicada situação financeira por qual passava.


Voltada exclusivamente para a criação e produção de automóveis comerciais, a montadora lançou o primeiro modelo sem fins de competição, chamado MASERATI 3500 GT, seguido pelo modelo MISTRAL em 1963 (primeiro carro da marca a ser identificado com o nome de um vento famoso) e a série QUATTROPORTE, que como o nome sugeria, era um automóvel de quatro portas de grande porte, com cinco metros de comprimento e motor V8 de 4,1 litros e 260 cv, apto a alcançar 230 km/h. Um dos grandes sucessos dessa década foi o SEBRING, uma evolução do modelo 3500 GT, que iniciou em 1965 uma longa relação entre a MASERATI e o grande tenor Luciano Pavarotti. Além disso, a montadora lançou em 1966 o modelo GHIBLI, um esportivo de 2+2 lugares que foi o carro mais veloz de sua época: 280 km/h na versão SS, que extraía 335 cv do motor V8 de 4,95 litros. Na década de 1970, a empresa passou a ter um suporte de desenvolvimento da montadora francesa Citröen. Com o suporte financeiro da montadora francesa, a MASERATI lançou o BORA no Salão do Automóvel de Genebra em 1971, um esportivo com motor central-traseiro V8 de 4,7 litros, e cujos 330 cv lançavam o bólido a 280 km/h de velocidade final.


Uma década depois, em março de 1981, a montadora italiana apresentava no Salão do Automóvel de Genebra, o BITURBO, uma ampla linha de cupês, sedãs e conversíveis com linhas equilibradas e imponentes, que levavam esse nome em alusão aos dois turbos compressores aplicados ao compacto motor V6 de 2.0 litros. Os europeus, e em particular os italianos, receberam bem a novidade. Logo se formaram enormes filas de espera e as unidades iniciais foram comercializadas com ágio. No entanto, problemas de qualidade e confiabilidade esfriaram o interesse pelo novo MASERATI. Enquanto buscava aprimorar esses aspectos, a marca investia na ampliação de sua linha. O automóvel de quatro portas, chamado 420, adicionou classe, mas retirou esportividade do design. Dois anos mais tarde foi a vez da estreia do modelo Spyder, como o italianos costumam chamar seus conversíveis. Nos anos seguintes, inúmeros modelos foram introduzidos, mas a marca já não possuía mais o glamour de antigamente.


Em 1997, a tradicional Ferrari comprou 50% da MASERATI e assumiu o controle operacional da montadora. Teve então início a renovação da fábrica, sob o comando de Luca di Montezemolo, de onde saíram o Quattroporte Evoluzione, uma nova versão do sedã de luxo Quattroporte, e o 3200 GT Coupé, o primeiro automóvel da marca MASERATI em sua nova fase. Em 1999 a Ferrari assumiu totalmente o controle da MASERATI e partiu para uma revolucionária inovação da fábrica, não só em termos operacionais, tais como prédios, departamentos, maquinários, tecnologia, infraestrutura, mas também em termos pessoais, buscando formar uma equipe motivada de profissionais altamente competentes, investindo em tecnologia, engenharia, design, marketing, vendas, pós-vendas e principalmente inovando seus produtos. Tudo para resgatar o prestígio que a MASERATI havia perdido.


O primeiro passo foi consolidar a marca e os produtos MASERATI nos mercados europeu, asiático e latino americano, onde iniciou um árduo trabalho de reposicionamento da marca, que mesmo sendo tradicional, havia caído no esquecimento e se desgastado com o tempo devido aos períodos conturbados de sua história. Vencida esta primeira batalha, no ano de 2000, a MASERATI partiu para a conquista do mercado norte-americano, um desafio emocionante, visto que a marca havia se retirado deste potencial mercado há cerca de dez anos. Sob o comando e experiência de Luca di Montezemolo, a MASERATI iniciou a retomada do mercado americano fazendo uma verdadeira revolução em seus conceitos: a criação da subsidiária americana, com novo posicionamento da marca, jovialidade da equipe, altos investimentos em marketing e comunicação, tecnologia, design e releitura de seus produtos, especialmente voltados para atingir com precisão o público alvo e sob medida para o exigente consumidor norte-americano. Desse desafio nasceram da fábrica de Modena, dois novos modelos absolutamente exuberantes, brindando o mundo dos esportivos com as novas MASERATI nas versões conversível e cupê, com motor em alumínio e câmbio tipo F1, trazendo toda tecnologia e conhecimento da escuderia vermelha ao conforto luxuoso das novas máquinas.


Nos últimos anos a marca italiana renovou sua gama de veículos, com a apresentação de um sedã de médio porte, (MASERATI GHIBLI), que representou o começo de uma nova era para a montadora, já que este carro é um grande passo adiante no futuro do segmento de sedãs dentro da empresa. Além disso, ingressou em novos segmentos com o lançamento de seu primeiro veículo utilitário esportivo, batizado de MASERATI LEVANTE. Esses lançamentos fizeram com que a MASERATI batesse seu recorde histórico de vendas em 2016, com 42.100 comercializadas em todo o mundo. A montadora italiana também deve ingressar no segmento de carros elétricos, com o desenvolvimento de um modelo cuja estréia está prevista até 2020.


A linha do tempo 
1973 
Lançamento do MASERATI KHAMSIN, que apesar de ser apresentado no início da crise do petróleo, foi produzido por dez anos. O grande esportivo usava um motor V8 de 4,95 litros e 280 cv, oferecia câmbio automático e alcançava 270 km/h. 
1998 
Lançamento da MASERATI 3200 GT, primeiro modelo desenvolvido após a montadora ser adquirida pela Ferrari. O superesportivo, lembrado pelas esguias lanternas traseiras, era equipado com motor V8, de 3.2 litros, e 370 cv de potência, acelerando de 0 km a 100 km em apenas 5.12 segundos e atingindo a velocidade máxima de 280 km/h. Seu desempenho estava aliado ao conforto, pois oferecia amplo espaço para quatro pessoas, confortavelmente instaladas em bancos de couro inglês. Inicialmente, o nome deste “torpedo luxuoso” era para ser Mistral, mas, como outro fabricante já possuía esta marca registrada, a MASERATI optou pela denominação de 3200 GT, relembrando o antigo 3500 GT, lançado em 1957.
Lançamento da MASERATI EVOLUZIONE (“evolução” em italiano), luxuoso sedã de quatro portas que acelerava de 0 a 100 km/h em 5.8 segundos e atingia velocidade máxima de 270 km/h, tudo equipado com um motor biturbo V8, de 3200 cc e potência de 335 cv. 
2002 
Lançamento da MASERATI SPYDER, modelo especialmente desenvolvido para o mercado norte-americano. O conversível foi desenvolvido durante três anos e apresentava detalhes requintados: a capota de lona era totalmente eletrônica e levava poucos segundos para ser recolhida, não ocupando sequer um litro da capacidade do porta-malas. Durante o projeto foram tomadas providências para que o consumo de combustível fosse reduzido, além de atingir um nível de segurança surpreendente: além do tradicional Santo Antonio, comum em conversíveis, contava com um controle elétrico e preciso na tração e na frenagem, além de quatro airbags. O motor era feito de alumínio e dotado de recursos como os comandos de válvulas variáveis, que mantêm os cilindros sempre cheios em qualquer rotação. Eram impressionantes 390 cavalos de potência. 
2003 
Lançamento da MASERATI QUATTROPORTE V, que imediatamente conquistou a atenção da mídia e dos entusiastas por carros esportivos em razão de sua sofisticação e do design elegante, além de sua motorização – um 4.2 V8 (oito cilindros em “V”) de 400 cavalos. Dados da montadora indicavam aceleração de 0 a 100 km/h em 5.6 segundos e velocidade máxima de 270 km/h. Seu design levava a assinatura do Studio Pininfarina, que proporcionou a suas formas musculares e elegantes, um interior com senso de harmonia e personalidade, por meio do uso inteligente do estilo mais famoso da marca: o longo capô com sua grande e proeminente grade de radiador e atraentes faróis. O modelo recebeu 29 prêmios da imprensa internacional especializada, um sinal de popularidade na indústria e de público. 
2004 
Lançamento da MASERATI MC12, um carro que a montadora desenvolveu para disputar corridas de turismo, como o campeonato FIA GT, e competições de prestígio como a 24 Horas de Le Mans e a série americana ALMS (American Le Mans Series). O nome MC12 vem das iniciais de MASERATI CORSE (“corridas” em italiano) e 12 é o número de cilindros do motor. Feito em parceria com a Ferrari, o superesportivo tinha traços que lembravam vagamente os da “irmã” Ferrari Enzo, assinado pelo renomado estúdio chefiado por Giorgio Giugiaro, além de potência e sofisticação de sobra e a vantagem de vir com vidros elétricos. Como um legítimo targa, o MC12 podia ter a capota removida sem prejudicar a rigidez de torção da estrutura, feita de fibra de carbono, Nomex (material leve e resistente) e sub-chassi de alumínio. A montadora usou o chamado “efeito solo”, que aproveita a pressão do ar em movimento para manter o carro firme nas curvas, afinal o motor com 12 cilindros em V a 65º tinha seis litros, sendo capaz de gerar 630 cavalos com aceleração de 0 a 100 km/h em justos 3.8 segundos. Para atender ao regulamento da FIA, a fábrica precisou construir e vender 50 unidades homologadas para as ruas, batizadas MASERATI STRADALE. Entre 2004 e 2005, foram produzidos exatos 50 modelos, vendidos a US$ 800 mil cada um. O MC12 era vendido apenas nas cores oficiais da MASERATI: branco perolizado na parte superior e azul na inferior, enquanto a versão de corrida era toda azul. 
2005 
Lançamento da MASERATI QUATTROPORTE EXECUTIVE GT, versão executiva e luxuosa da famosa linha com apliques de madeira de lei no interior, grade dianteira e saídas de ar laterais cromadas, rodas de 19 polegadas e volante em couro e madeira. 
Lançamento da MASERATI QUATTROPORTE SPORT GT, versão esportiva e luxuosa da famosa linha equipada com rodas de 20 polegadas, acabamento interno no padrão titânio, volante esportivo e pedais de alumínio. 
2007 
Lançamento da MASERATI GRANTURISMO, um cupê superesportivo para quatro pessoas com conforto de sedã de luxo desenvolvido em parceria com a Ferrari. O esportivo italiano remete ao A6 GranTurismo, lançado em 1947, dando origem a uma linhagem de grande sucesso nos anos de 1950. O modelo também leva assinatura do estúdio Pininfarina. Seu motor era um Ferrari 4.2 V8 de 405 cv, acoplado a câmbio automático ZF de seis marchas, com opção de trocas manuais por aletas atrás do volante. A tração é traseira. Quanto à aceleração: de 0 a 100 km/h em 5.2 segundos, com velocidade final de 285 km/h. 
Lançamento da MASERATI QUATTROPORTE AUTOMATICA, equipado com um motor V8 de 4.2 litros com 400 cavalos de potência e uma velocidade máxima de 270 km/h, acelerando de 0 a 100 km/h em 5.6 segundos. Sua principal inovação é a caixa de transmissão hidráulica de seis velocidades com a sexta marcha alongada para reduzir consumo e ruído. 
2008 
Apresentação da MASERATI QUATTROPORTE COLLEZIONE CENTO, que como o próprio nome já indica, era uma série limitada a 100 unidades. A versão trazia uma cor marfim diferenciada, interior de couro com nova tonalidade e sistema multimídia de entretenimento. A bordo desta obra-prima era possível desfrutar de acesso à internet e filmes em DVD, exibidos em uma tela de 10 polegadas com comando por meio de toques. Além disso, havia as “básicas” entradas USB e auxiliar (para iPod e iPhone). 
2009 
Lançamento da MASERATI GRANCABRIO, primeiro conversível de quatro lugares da marca italiana. O modelo era equipado com um motor de 4.7 litros V8 que rendia 440 cavalos de potência, que conseguia atingir de 0 a 100 km/h em apenas 5,4 segundos, chegando a 283 km/h de velocidade final. 
2013 
Lançamento da MASERATI GHIBLI, um sedã médio de quatro portas que para manter a tradição, possui uma grade dianteira que ostenta uma dezena de barras. No modelo são 13, incluindo a central, que leva a insígnia da marca do tridente. Uma das novidades que este novo sedã apresentou foi o motor a diesel, o primeiro na história da marca. O carro foi concebido para ser o modelo de entrada da marca italiana. 
2016 
Lançamento da MASERATI LEVANTE, primeiro veículo utilitário esportivo de luxo de médio porte na história da montadora. Basta uma rápida olhada no exterior do modelo para ter certeza de que se trata de um puro MASERATI. A natureza de um veículo utilitário esportivo não prejudica em nada a adoção da forte identidade visual da montadora italiana. O interior exala luxo, conforto e alta tecnologia. O acabamento de alta qualidade, mesclando couro, fibra de carbono, alumínio e madeira de alta qualidade passam um requinte impressionante. Inicialmente o modelo foi oferecido em duas versões, Sport e Luxury. O utilitário de luxo oferecia suspensão eletrônica com diferentes níveis de ajuste, tração integral nas 4 rodas, transmissão automática de 8 velocidades e opção a diesel.


O futuro revelado 
No ano de 2014, em comemoração ao centenário da marca italiana, foi revelado um protótipo que será o futuro de seus carros, através de uma obra-prima que honra um dos mais proeminentes irmãos fundadores da montadora. Batizado de MASERATI ALFIERI, o protótipo (um cupê esportivo) é uma prova, uma vez mais, de que a montadora italiana é, na sua essência, uma marca de automóveis esportivos, e definiria o caminho para a continuação do legado em competições automobilísticas. O modelo é uma redução da complexidade, mais compacto e agressivo, que assume uma interpretação moderna do espírito da marca e recria algo completamente novo. Com visual moderno, imponente e harmonioso, o modelo se destaca, na dianteira, pela ampla entrada de ar central e faróis estreitos bi-xenon compostos por LEDs com formato semelhante aos mais recentes lançamentos da montadora. Na lateral, além das rodas de liga leve de 20 polegadas na dianteira e 21 polegadas na traseira, a alta linha de cintura somada ao extenso capô e aos sutis vincos faz do cupê um carro fluído e harmônico. Por fim, a traseira traz lanternas com layout semelhante aos novos carros da marca, saliências laterais que deixam o veículo com aspecto musculoso e uma caída acentuada do teto, típico de carros cupê. Em 2016, a marca revelou que o modelo entrará em produção em um futuro próximo e será idêntico à versão conceito.


As competições 
As competições sempre foram muito importantes na história da MASERATI. Entre 1926 e 1957, a montadora teve intensa participação em competições automobilísticas de prestígio. Neste período foram conquistados 23 títulos em diferentes campeonatos; entre os quais 32 grandes prêmios de Fórmula 1 e duas vitórias consecutivas nas 500 Milhas de Indianápolis. Em 1957, o piloto Juan Manuel Fangio conquistou o título do Campeonato Mundial de Fórmula 1 guiando uma MASERATI 250F (imagem abaixo), ao vencer o Grande Prêmio da Alemanha, disputado no autódromo de Nürburgring, no dia 4 de agosto. Mas também foi o ano em que a montadora retirou-se das pistas por problemas financeiros. Na última corrida uma faixa segurada por mecânicos e pilotos em Monza dizia: “Grazie per tutti, Maserati!”.


Embora a MASERATI tivesse abandonado as pistas de corrida, o desejo de competir permaneceu nas suas veias. Foi na década de 1960 que o engenheiro chefe da montadora Giulio Alfieri criou o lendário Tipo 60. Conhecido pela sua alcunha Birdcage (com suas cores azul e branca), não participou em competições oficiais sob o nome da MASERATI, embora tenha sido utilizado pelas mais prestigiadas equipes e tenha vencido corridas importantes, caso das suas duas vitórias consecutivas, em 1960 e 1961, nos 1.000 km de Nürburgring, assim como de outras vitórias ainda mais importantes nos Estados Unidos. Em 2004, a marca italiana regressou também às vitórias nas competições internacionais com o seu extraordinário modelo de corrida, o MC12, que conseguiu acumular uma impressionante série de troféus. A participação da marca no FIA GT, de 2005 a 2010, foi coroada com catorze títulos (e dezanove vitórias): dois títulos de construtores (2005 e 2007), cinco campeonatos de pilotos; seis campeonatos de equipes; uma Citation Cup em 2007, conquistada pelo piloto Ben Aucott, da equipa JMB Racing; e ainda três vitórias absolutas nas 24 Horas de Spa (2005, 2006 e 2008). Nos últimos anos, como parte do plano de rejuvenescimento da marca, a MASERATI voltou as competições automobilísticas com o modelo Squadre Clienti Maserati na classe GT4.


Marketing de velocidade 
Uma das principais ferramentas de marketing da montadora italiana durante nãos foi o MASERATI TROFEO, um campeonato monomarca da MASERATI. Antes do lançamento oficial da competição e do carro, foi constituída a Ufficio Maserati Corse, sob o comando de Claudio Berro e Giorgio Ascanelli, ambos com larga experiência em F-1, responsável pela idealização e coordenação do campeonato. Ainda no primeiro semestre de 2002 foram iniciados exaustivos testes com o Maserati Trofeo, um carro de competição derivado do modelo Maserati Coupè Cambiocorsa, com o mesmo motor V8, aspirado, de 4.2 litros, mas com 413 cavalos de potência, mais leve (1.370 kg contra 1.580 kg) e com introdução de kits de sistema aerodinâmico, de frenagem, de segurança e de suspensão. A velocidade final chegava a 285 Km/h.


O primeiro teste, aliás, foi feito pelo piloto brasileiro Luciano Burti, em Fiorano. Seguiram-se as avaliações de pilotos como Luca Badoer, Fabrizio Giovanardi, Fábio Babini, Rubens Barrichello, Michael Schumacher e Felipe Massa, em circuitos como Ímola, Mugello, Vallelunga, Nürburgring e Varano de Mellegari. O primeiro campeonato aconteceu em 2003, com a participação de 26 carros e pilotos, também conhecidos como Gentlemen Drivers (chamados assim porque eles não são proprietários dos carros, participam por meio do sistema de aquisição de cotas - três temporadas custam US$ 155 mil, mais R$ 32 mil por prova a título de manutenção dos carros), nos circuitos mais famosos de Itália, do Reino Unido, Alemanha, França e Espanha. Em 2004 a competição ganhou a versão brasileira, seguindo os mesmos fundamentos da competição europeia, ou seja, proporcionar aos pilotos a comodidade de possuir toda infra-estrutura esportiva, técnica e de logística, pelo simples prazer de guiar. A competição teve sua última edição em 2015 com a etapa em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos.


A fábrica 
Uma visita à fábrica da montadora (batizada carinhosamente de Casa do Tridente) é uma oportunidade única para ver o tradicional e o moderno em completa harmonia. A montadora disponibiliza aos visitantes uma experiência única para conhecer sua fábrica através de uma visita monitorada ao complexo operacional, situado na via Ciro Menotti, em Modena, local onde a MASERATI está instalada desde 1937. O tour passa pelas linhas de produção e por todas as outras áreas onde a tradição, a paixão pela construção artesanal e a tecnologia de precisão estão combinadas para produzir automóveis realmente excepcionais. Ainda hoje os modelos são montados um a um manualmente. As ferramentas eletrônicas só servem para ajudar o trabalho de 300 operários. Aliás, os sortudos operários que trabalham na linha de montagem têm várias características diferenciadas se comparadas com outras plantas de montagem. São jovens com média entre 20 a 30 anos e totalmente apaixonados pelo que fazem. São quatro linhas de produção com quatro funcionários em cada estação. O carro fica por exatos 25 minutos em cada uma delas. São 14 operações deste tipo para que o carro saia totalmente montado. Todos os modelos fabricados são testados um a um. Além dos testes de qualidade na fábrica, os bólidos rodam aproximadamente de 80 quilômetros. Só então depois desse processo, seguem para as mãos do comprador.


A evolução visual 
Ao longo dos anos a identidade visual da MASERATI passou por inúmeras modificações, mas sempre manteve o tradicional TRIDENTE como símbolo principal. O primeiro logotipo com a marca do tridente apareceu em 1926, desenhado por Mario Maserati (imagem abaixo) e inspirado na famosa estátua de Netuno (em italiano, La Fontana del Nettuno), localizada no centro da cidade de Bolonha, na famosa Piazza Maggiore. Para compor o emblema, Mario escolheu o tridente do deus romano dos mares, um símbolo forte, ideal para uma fabricante de automóveis.


Em 1943 ocorreu a primeira modificação com a adoção da cor azul e o tridente se tornou vermelho. Pouco depois, em 1951, o logotipo adotou o tradicional formato oval, que durante anos estaria associado à marca italiana. Três anos depois o logotipo passou por uma pequena remodelação, adotando uma tonalidade de azul mais escura. Em 1983 o tradicional logotipo oval passou por sua remodelação mais radical: o tridente ganhou a cor azul-clara e um novo design.


Porém, a mudança radical durou pouco e, em 1985, um novo logotipo baseado no anterior foi adotado pela marca. Em 1997 o logotipo ganhou um visual mais afinado. Quase uma década mais tarde, em 2006, o tradicional logotipo adotou efeitos visuais como reflexos e 3D, além de uma nova tipografia de letra. E ainda neste ano, um segundo logotipo sem o fundo oval, apenas com o tridente e o nome da marca também foi adotado. Este logotipo é utilizado atualmente pela marca.


Os slogans 
Luxury, sports and style cast in exclusive cars. (2014) 
The absolute opposite of ordinary. (2014) 
Excellence through passion. (2008) 
Move in different circles. (2003) 
The legend continues. (1998) 
You only live once. Do it in a Maserati. (1991) 
The Italian tradition. (1984)


Dados corporativos 
● Origem: Itália 
● Fundação: 1 de dezembro de 1914 
● Fundador: Alfieri Maserati 
● Sede mundial: Modena, Itália 
● Proprietário da marca: Maserati S.p.A. 
● Capital aberto: Não (subsidiária da Fiat Chrysler Automobiles NV) 
● Chairman: Sergio Marchione 
● CEO: Reid Bigland 
● Faturamento: €3.47 bilhões (2016) 
● Lucro: €339 milhões (2016) 
● Vendas globais: 42.100 unidades (2016) 
● Presença global: 75 países 
● Presença no Brasil: Sim 
● Funcionários: 1.100 
● Segmento: Automobilístico 
● Principais produtos: Automóveis esportivos 
● Concorrentes diretos: Lamborghini, Ferrari, Porsche, Aston Martin, Jaguar, BMW, Mercedes-Benz, Audi e Bugatti 
● Ícones: O tridente 
● Slogan: Luxury, sports and style cast in exclusive cars. 
● Website: www.maserati.com 

A marca no mundo 
A MASERATI, que atualmente pertence a Fiat Chrysler Automobiles, é uma das marcas de automóveis mais exclusivas do mundo, produzindo carros esportivos luxuosos para poucos que podem pagar os altos preços de seus bólidos. A montadora italiana, tradicionalmente instalada na cidade italiana de Modena, vendeu 42.100 veículos em 2016 nos mais de 75 países onde está presente. O mercado que mais comprou carros da marca foi o americano, seguido pelo chinês, italiano, britânico e alemão. A MASERATI através de parcerias com marcas de luxo como Ermenegildo Zegna, Bulgari e La Martina oferece uma completa coleção que incluí relógios, calçados, roupas, gravatas, bolsas, bicicletas e até brinquedos que levam a marca do tridente. 

Você sabia? 
As cores oficiais da tradicional montadora são o azul e o branco. Essa combinação tradicional foi usada desde o início da marca, também símbolos da cidade, que fazem que o tridente pareça emergir das águas. 
Conduzir automóveis exclusivos sob a orientação e a competência de um piloto profissional. É esta a finalidade do MASTER MASERATI: cursos de condução seguros e esportivos, concebidos para proporcionar aos participantes a oportunidade de testarem a fundo o desempenho de toda a linha de veículos da marca, e em total segurança. 
Em 1978, Sandro Pertini, o resistente italiano dos tempos de guerra que havia se tornado Chefe de Estado Italiano, escolheu o MASERATI QUATTROPORTE ROYALE como carrro oficial. Foi utilizado até 1985. Já o carro oficial do ex-primeiro ministro italiano Silvio Berlusconi era um MASERATI QUATTROPORTE, sedã de luxo da marca do tridente. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek, Isto é Dinheiro, Quatro Rodas e Exame), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers). 

Última atualização em 2/7/2017