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22.9.19

HARRY WINSTON


O poder para encantar em qualquer ocasião. Surpreender e fascinar com seu brilho intenso mulheres no mundo todo. E a capacidade para tornar romântico o mais simples momento. Assim é o diamante e sua simbologia. E se for esculpido pelas mãos da renomada joalheria HARRY WINSTON não tem preço. Ou melhor, tem. Mas poucos podem pagar. De um pedaço de mármore, Michelangelo criou David. E de simples diamantes, Harry Winston criou arte e beleza. Hoje o seu legado perdura no tempo e as novas coleções de joias da marca continuam fascinando pela sua incomparável beleza e esplendor. 

A história 
Tudo começou com o cidadão ucraniano Harry Winston, nascido no dia 1 de março de 1896, no seio de uma família humilde, e que ainda jovem imigrou para a cidade de Nova York, onde o seu pai possuía uma modesta joalheria. Desde muito cedo aprendeu que a sua vocação seriam as pedras preciosas. Com apenas 12 anos, ele vislumbrou na vitrine de uma casa de penhores da cidade uma mistura de anéis, pulseiras e brincos, mas entre todas essas pechinchas, observou um anel em particular. Vasculhando nos seus bolsos, pôde comprovar que dispunha dos 25 centavos de dólar que o balconista pedia. Saiu da loja sabendo que realmente havia comprado uma esmeralda. Levou apenas dois dias para transformar esse investimento em US$ 800, uma enorme fortuna para a época. Foi assim que começou a comprar joias em liquidações de bens por preços baixos por serem consideradas fora de moda e as reformava e transformava em belíssimas peças para venda. Além disso, ficou popular por comprar a coleção de joias de Rebecca Darlington Stoddard em 1925, a coleção de Arabella Huntington no ano seguinte e a Coleção Baldwin em 1932, que incluía um diamante em corte esmeralda de 39 quilates, e redesenhá-las em peças com estilos mais contemporâneos, mostrando assim sua habilidade única na fabricação de joias.


Ainda em 1932 ele, que então já era um gemologista e perspicaz homem de negócios, fundou a Harry H. Winston Jewels em Manhattan. Seu foco inicial era transformar as pedras preciosas que adquiria em peças belas, minimalistas e atemporais. Suas joias deslumbrantes, luxuosas e construídas com grande maestria se tornaram rapidamente um grande sucesso. Em 1935, o Sr. Winston compraria seu primeiro diamante bruto importante - o Jonker - de 726 quilates. Esse fato se tornou manchete em todo o mundo. A lapidação do Jonker resultou em doze pedras individuais, com a maior - um corte de esmeralda - pesando um total de 125.35 quilates. Pouco depois, em 1936, sua joalheria foi renomeada apenas para HARRY WINSTON. No início da década de 1940, inspirada na geometria da natureza, a joalheria e seus designers foram pioneiros na inovadora técnica de agrupamento, na qual os diamantes individuais, e não as configurações de metal, ditariam o desenho das joias, maximizando assim o brilho de cada pedra preciosa. O icônico design do Winston Cluster continuaria inspirando os designers da alta joalheria nos próximos anos. Além disso, HARRY WINSTON revolucionou o design em joias ao criar peças de platina flexíveis e artesanais que conseguiram uma leveza, dimensão e brilho inimagináveis.


A HARRY WINSTON começou uma nova tendência no mundo da alta joalheira, em 1944, ao ser a primeira marca do segmento a emprestar joias extraordinárias para celebridades usarem nos tapetes vermelhos. Neste ano, a joalheria emprestou diamantes para a atriz Jennifer Jones usar na premiação do Oscar, onde ganhou o prêmio de melhor atriz. Desde então, a marca empresta peças magníficas para atrizes, o que transformou o Sr. Harry Winston no “Joalheiro das estrelas” (em inglês “Jeweler to the Stars”). Em 1948 Winston conheceu o duque e a duquesa de Windsor pela primeira vez. Encantados por suas peças, eles comprariam joias da HARRY WINSTON para sua coleção pessoal, incluindo o famoso McLean Diamond. No final desta década, em 1949, a paixão latente do Sr. Winston o fez adquirir a coleção completa de joias da socialite americana Evalyn Walsh McLean, incluindo a Estrela do Oriente de 94.80 quilates e o famoso Hope Diamond, um deslumbrante diamante azul raro de 45.52 quilates, que pertenceu a Louis XIV, Marie Antoinette e Lord Henry Hope. Winston resolveria posteriormente, em 1958, doar o Hope Diamond para o Smithsonian Institution em Washington, como um presente para o mundo, e ajudou a estabelecer a Coleção Nacional de Gemas do museu. Em 1950, inspirados pela simetria e beleza de uma das flores mais majestosas da natureza, o girassol, os designers da joalheria criaram estonteantes joias neste formato pela primeira vez.


Em 1952, a joalheria ganhou ainda mais atenção mundial, quando a revista Life divulgou que a HARRY WINSTON possuía a segunda maior coleção de joias históricas do mundo, ficando atrás somente da família real britânica. Em 1955, a fama internacional era tamanha, que a joalheria resolveu inaugurar sua primeira loja internacional na cidade de Genebra, na Suíça, seguida por uma segunda unidade em Paris, no ano de 1957. Pouco depois, em 1960, a joalheria mudou sua loja para o icônico endereço da Quinta Avenida 718, que até hoje, não só abriga sua principal loja, como também o estúdio de design e arquivos históricos da marca. Em 1966, a HARRY WINSTON adquiriu um diamante bruto de 241 quilates, que ela cortou em um diamante que foi lapidado em uma impecável peça em forma de pêra de 69.42 quilates. Essa preciosidade foi comparada pelo ator Richard Burton para sua esposa, a então atriz Elizabeth Taylor, e renomeada como Taylor-Burton Diamond. No dia 28 de dezembro de 1978 Harry Winston, que ficou conhecido como “Rei dos Diamantes”, faleceu aos 82 anos de idade. Seus dois filhos, Ronald e Bruce, entraram então em uma batalha pelo controle da empresa, que duraria mais de uma década e culminaria com a venda da empresa para a canadense Aber Diamond Corporation.


Em 1988 a joalheria inaugurou sua primeira loja na cidade japonesa de Tóquio, ingressando assim em um mercado apaixonado por joias e pedras preciosas. No ano seguinte, a HARRY WINSTON estreou no segmento da alta relojoaria com o lançamento de peças incríveis, que mostravam o tempo de forma única e criativa. Hoje, de todas as coleções de alta relojoaria da marca, uma em particular continua a desafiar as expectativas, criando antecipação no segmento: a linha Opus, uma coleção de relógios excepcionais, desenvolvida em parceria com alguns dos mais talentosos mestres relojoeiros e lançada em 2001. Pouco depois, em 2004, apresentou o primeiro relógio do mundo fabricado em Zalium, uma liga inovadora e ultraleve à base de zircônio. Em 2007, a HARRY WINSTON inaugurou uma moderna fábrica de relógios em Genebra, a capital mundial da relojoaria. Por tudo isso, de acordo com o Luxury Institute, ainda em 2007, HARRY WINSTON foi considerada a marca de joias mais luxuosa, ficando em primeiro lugar entre as 20 mais luxuosas joalherias.


No ano de 2008, em uma atitude ousada a joalheria lançou uma loja online para o mercado americano. Em 2010, inspirada no compromisso do Sr. Winston com a filantropia, a empresa criou a Harry Winston Brilliant Futures® Charitable, que apóia organizações líderes em todas as comunidades onde suas lojas estão localizadas. Além disso, lançou a coleção Lily Cluster, uma interpretação contemporânea do icônico motivo Winston Cluster, inspirada na forma refinada dos lírios em flor. Pouco depois, em 2011, apresentou a Ultimate Adornments, uma coleção excepcional de alta joalheria feita à mão em diamantes e platina. Além disso, em 2012, lançou a Water by Harry Winston, uma coleção de joias que explora as maravilhas extraordinárias dos elementos mais preciosos do mundo - pedras raras e água. Em 2013 a HARRY WINSTON foi adquirida pelo Grupo Swatch, proprietário de marcas como Omega, Longines, Tissot e Swatch, e desde então aumentou sua oferta no segmento da alta relojoaria.


Até hoje a marca é reconhecida por ser uma das melhores e mais luxuosas joalherias do mundo com suas peças exuberantes, belas e feitas com maestria. Além de suas peças, a HARRY WINSTON é conhecida por sua vasta e deslumbrante coleção de pedras preciosas. Marilyn Monroe, Elizabeth Taylor ou mais recentemente Madonna, Gwyneth Paltrow, Jennifer Lopez, Natali Portman englobam assim uma longa lista de clientes que têm exibido estas preciosidades tão sofisticadas e especiais. Isto sem incluir princesas, rainhas e mulheres com fortunas incalculáveis. Para a HARRY WINSTON a criação de joias com diamantes é uma arte em si e a chave de seu sucesso está na combinação de técnicas excepcionais, produto de décadas de tradição e experiência, com a inovação em desenhos que desafiam a imaginação. Isto resulta em joias que se transformam em verdadeiras obras de arte.


Preciosidades 
A joalheria também é muito reconhecida pelas peças da Harry Winston Bridal Collection (para noivas), em geral, confeccionadas sob encomenda, em um meticuloso processo artesanal, que faz com que nenhum anel seja igual a outro. Ou seja, cada anel de noivado criado pela HARRY WINSTON é único. O primeiro processo para a construção desta obra-prima é a escolha dos diamantes, levando em conta formato, tamanho e preciosidade que deve ser feita com a ajuda de um consultor. Entre o tipo de lapidação, os joalheiros da HARRY WINSTON oferecem desde os cortes mais tradicionais, como brilhantes, esmeraldas e baguettes, até formatos menos usuais, como oval, coração e cushion-cut. Os cortes personalizados também podem ser solicitados diretamente aos artesãos e ourives da joalheria, como o exclusivo e clássico corte Asscher, quadrado e com extremidades bem pronunciadas. Cada criação começa com um esboço feito à mão em detalhes meticulosos. Isso permite que o designer transmita aos artesãos a fluidez e a harmonia geral do design que realçam a beleza coletiva do cenário e da pedra.


Seguindo a classificação 4C para a seleção dos melhores diamantes, e baseado no tamanho e na lapidação escolhidos pelo cliente, os joalheiros selecionam as melhores pedras preciosas, levando em conta sua cor e pureza. Em seguida, é preciso definir o tipo de anel que irá receber os diamantes personalizados. As alianças e frames da Harry Winston Bridal Collection contam com a etérea e delicada combinação entre diamantes e platina. Os dois nobres materiais parecem ter sido criados um para o outro, e formam maravilhosas associações, graças à sua pureza, brilho e acabamento polido inigualável. Trabalhada artesanalmente, a platina é apresentada em frames que combinam a resistência e leveza do metal, com a preciosidade e o brilho dos diamantes, em solitários que valorizam a beleza atemporal das peças e todo o glamour que elas representam. Entre os extravagantes anéis da coleção Harry Winston Bridal Collection, o Classic Winston, com diamante central oval de 5.02 quilates e dois diamantes baguette laterais, que totalizam 0.73 quilates, em frame de platina, é certamente o que mais se destaca pelo tamanho de sua pedra principal.


A evolução visual 
A identidade visual da marca passou por algumas alterações ao longo dos anos, adquirindo uma grafia mais moderna e atraente, além da incorporação do tradicional símbolo com as iniciais HW.


Os slogans 
Live the Moment. (2010) 
Rare jewels of the world. 
Only the exceptional.


Dados corporativos 
● Origem: Estados Unidos 
● Fundação: 1932 
● Fundador: Harry Winston 
● Sede mundial: New York City, New York, Estados Unidos 
● Proprietário da marca: Harry Winston Inc. 
● Capital aberto: Não (subsidiária do The Swatch Group Ltd.) 
● CEO: Nayla Hayek 
● Faturamento: US$ 350 milhões (estimado) 
● Lucro: Não divulgado 
● Lojas: 42 
● Presença global: 50 países 
● Presença no Brasil: Não 
● Funcionários: 900 
● Segmento: Joalherias 
● Principais produtos: Joias e relógios 
● Concorrentes diretos: Tiffany & Co., Cartier, Bulgari, Boucheron, Van Cleef & Arpels, De Beers, Chopard e Buccellati 
● Ícones: Os diamantes 
● Slogan: Live the Moment. 
● Website: www.harrywinston.com 

A marca no mundo 
Atualmente a HARRY WINSTON oferece sua única e exclusiva linha de joias (colares, brincos, pulseiras anéis, pingentes e relógios) através de 42 sofisticadas lojas próprias localizadas em cidades como Londres, Nova York, Miami, Las Vegas, Mônaco, Roma, Moscou, Paris, Beijing, Tóquio e Dubai, entre outras. Além disso, a marca vende suas obras de arte, especialmente com diamantes, em mais de outras 100 exclusivas joalherias em mais de 50 países ao redor do mundo. 

Você sabia? 
A HARRY WINSTON possui mais de setenta dos trezentos maiores diamantes do mundo. Não existe nenhum estado, reino ou entidade privada no mundo que disponha de um catálogo semelhante. Mais recentemente, em 2014, adquiriu um raro diamante azul de 13.22 quilates, sem falhas, sofisticado e vívido, que foi batizado de “Winston Blue”. Comprado no leilão da tradicional Christie’s, a magnífica pedra em forma de pêra tem sido descrita por especialistas como a maior do tipo. 
Os diamantes da HARRY WINSTON atendem aos critérios de avaliação de diamantes que são 4Cs (peso em quilates, cor, corte e clareza). Os 4Cs quantificam a qualidade da pedra usando as tabelas e escalas que atendem aos padrões de todas as pedras preciosas. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Exame), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand) e Wikipedia (informações devidamente checadas). 

Última atualização em 22/9/2019

11.10.17

OFFICINE PANERAI


O artista Damien Hirst, o ex-presidente Bill Clinton e a modelo Heidi Klum usam. E, para carregá-lo no pulso, realmente é preciso ter personalidade e muito dinheiro. Muito mais que relógios de luxo, as peças produzidas pela OFFICINE PANERAI figuram entre os grandes exemplos do melhor design italiano. Cada relógio PANERAI é tão especial como a tradição que o envolve. Afinal, relógios marcantes e de notáveis proporções constituem a assinatura de marca da manufatura de luxo da cidade de Florença. 

A história 
Tudo começou em 1860 quando o empresário e inovador artesão Giovanni Panerai inaugurou uma pequena oficina relojoeira em Ponte alle Grazie (mais tarde se mudaria para o Palazzo Arcivescovile, na Piazza San Giovanni, onde se encontram agora as suas instalações) na cidade italiana de Florença, com o apoio de alguns dos grandes mestres suíços da relojoaria e que incluía também uma escola de relojoaria. Após a morte de Giovanni Panerai em 1897, foi o seu filho Leon Francesco quem o sucedeu. Muito embora os documentos originais desta época tenham desaparecido nas enchentes de 1966, o que torna a história da empresa familiar difícil de reconstruir, é sabido que, no início do século XX, a empresa tinha o nome de Orologeria Svizzera. No início, importava componentes de relógios suíços, que eram depois montados e regulados na oficina de Florença, um trabalho que era feito pelos relojoeiros formados na própria escola da empresa. Entre os clientes da empresa constavam figuras proeminentes da sociedade de Florença e até mesmo a família real italiana. A partir de 1910, a empresa começou a produzir instrumentos técnicos de elevada precisão para a Regia Marina Italiana (Real Marinha Italiana). Uma carta de Giuseppe Panerai ao capitão Carlo Ronconi, parente da família Panerai, atesta o início da colaboração oficial neste ano, que se prolongaria de forma muito intensa durante toda a época dos conflitos mundiais. Iniciam-se, então, as primeiras experiências com materiais luminescentes, para permitir a legibilidade dos instrumentos em ambientes sem luz, até se descobrir um novo tipo de material baseado em fluído de zinco ativado com rádio, batizado de Radiomir (que mais tarde nomearia o primeiro relógio produzido pela marca). Na sequência desta descoberta, foram feitas várias encomendas, assim como pedidos de patente, que datam de 1916. O nome “Radiomir” deriva das palavras italianas “rádio” e “mira”.


O grande salto para a notoriedade da marca aconteceu nos anos de 1930, durante a militarização italiana da era fascista: a PANERAI passou a fornecer bússolas, relógios e lanternas de mergulho para as unidades submarinas de elite da Marinha Italiana, os célebres homens-rã. Finalmente em 1936, a então Guido Panerai & Figlio tornou-se oficialmente OFFICINE PANERAI, criando o primeiro protótipo de um relógio com uma concepção inteiramente nova, projetado para uma unidade militar especial secreta da Marinha Italiana. Esta produção, de uma natureza altamente especializada, já havia criado uma firme ligação entre o nome PANERAI e o mundo naval, com medidas de tempo e espaço e o desenvolvimento de padrões de qualidade e segurança superiores às normas, uma vez que ela era reservada exclusivamente para atender aos militares. Medidores de distância mecânicos, luminosos para lançamento de torpedos, dispositivos de mira, profundimetros, bússolas, temporizadores para minas - foi graças à tecnologia anteriormente desenvolvida neste setor que a marca foi capaz de criar um relógio militar especializado para uso subaquático. Era o surgimento do primeiro relógio militar para mergulho à prova d’água, o Radiomir, com uma grande caixa em forma de almofada em aço, com 47 milímetros de diâmetro, movimento Rolex e coroa rosqueada. Já o mostrador híbrido combinava os algarismos romanos e árabes com um triângulo posicionado às 12 horas.


Depois de passar por pequenas melhorias, em 1938, os relógios Panerai Radiomir passaram a fazer parte do equipamento oficial dos mergulhadores de combate, bem visíveis no pulso dos homens da divisão Gama, os quais a bordo de seus torpedos de baixa velocidade ou em nado livre executaram audaciosos ataques a navios inimigos durante a Segunda Guerra Mundial. Ao final do conflito, os relógios Radiomir rapidamente atraíram a atenção de colecionadores pelo mundo afora. As três centenas de peças produzidas tornaram-se raridades altamente cobiçadas. Um fato interessante: o mostrador do relógio caracterizava-se por uma excepcional luminosidade, obtida por marcadores de horas e ponteiros com uma tinta especial composta de uma mistura de sulfeto de zinco, brometo de rádio e mesotélio. A alta luminosidade da tinta permitia a utilização dos instrumentos na total escuridão sem a necessidade de iluminação auxiliar, o que poderia oferecer risco de identificação pelos inimigos.


Em 1942 a PANERAI desenvolveu aquela que é até hoje a sua imagem de marca: a famosa ponte com alavanca de bloqueio que protege a coroa do relógio. Em 1943 a marca criou outro relógio, também desenvolvido para uso da Marinha Italiana, mas reservado para os oficiais de convés. Era o Panerai Mare Nostrum, um cronógrafo com caixa a prova d’água, que não passou do estágio de protótipo devido à participação da Itália na guerra. A partir de 1950, o Panerai Luminor se juntaria ao Radiomir, e viria inclusive a substituí-lo. Este novo modelo manteve o formato da caixa e o mostrador do relógio histórico, mas introduziu importantes características. A resistência à água foi ampliada graças à adoção de uma ponte especial com alavanca para comprimir a coroa contra a caixa, enquanto o movimento utilizado era um calibre Angelus com 8 dias de reserva de marcha, que reduzia consideravelmente a frequência de carregamento do relógio e portanto a possibilidade de entrada de água pela coroa, o ponto mais vulnerável em relógios dentro da água. Outra importante inovação dizia respeito ao mostrador, cuja luminescência era obtida com base em trítio, e não mais em rádio. O relógio Panerai Luminor, fornecido a unidades especiais da Marinha Italiana, rapidamente tornou-se um item lendário, altamente procurado por colecionadores e entusiastas de todo o mundo.


Em 1956, foi criado um modelo Panerai Radiomir encomendado pela Marinha Egípcia. A sua diferença com relação às versões anteriores estava na presença de um aro rotatório com marcadores de intervalos de 5 minutos. No mesmo ano, a PANERAI criou um protótipo para mergulho em titânio, capaz de resistir a uma profundidade de 1.000 metros. Mas foi somente no ano de 1993, que pela primeira vez, a marca criou uma série limitada e numerada de relógios para venda para o público em geral - o Panerai Luminor Marina e o Mare Nostrum. Eram modelos inspirados nos relógios produzidos para as operações militares da Segunda Guerra Mundial. Dois anos mais tarde, por solicitação do ator Sylvester Stallone, a PANERAI criou uma série especial limitada do Panerai Luminor e Mare Nostrum, chamada Slytech. Todos os modelos traziam a assinatura do ator gravada no fundo.


Em 1997 a OFFICINE PANERAI foi adquirida pelo conglomerado de luxo Richemont, proprietário de marcas consagradas como IWC, Cartier e Montblanc. Até este momento a PANERAI era uma marca de nicho, cujos relógios eram difíceis de encontrar. A integração da marca ao grupo Richemont permitiu a sua evolução, tanto em termos técnicos como de desenvolvimento de imagem. A partir de então, ao valorizar os feitos históricos relacionados à Marinha Italiana e ao destacar a perfeição tecnológica e a preocupação estética dos relógios, o novo CEO da marca, Angelo Bonati, catapultou rapidamente a marca para o sucesso internacional. Primeiro ele optou por manter o DNA dos relógios militares, com caixas de 44 mm e de design limpo e simples. Esta decisão mostrou o caminho: preservar a integridade da história da marca. Ele também acertou ao posicionar seus produtos no mercado mundial de luxo. Ao mesmo tempo, do ponto de vista da comunicação e da visibilidade, conseguiu ligar a imagem dos relógios PANERAI às grandes regatas internacionais, bem como a eventos relevantes no setor do design. Por exemplo, desde 2005 a marca italiana patrocina a Panerai Classic Yachts Challenge, o maior circuito internacional de regatas reservadas a veleiros antigos e clássicos.


O ano de 2001 foi um grande marco na história da marca: a loja Bottega Panerai em Florença reabre na Piazza San Giovanni 16r. Esta era a loja inaugurada pela família Panerai no início do século anterior sob o nome Orologeria Svizzera. Em setembro de 2002, a empresa inaugurou uma moderna fábrica na cidade de Neuchâtel, na Suíça. A PANERAI alcançou o cobiçado status de manufatura em 2005, ano em que passou a desenvolver integralmente os seus próprios movimentos relojoeiros. Até esse ano, a sua produção era baseada nos calibres da ETA, empresa que pertence ao Grupo Swatch. O calibre P.2002 marcou um ponto de virada para a OFFICINE PANERAI. Afinal, tratava-se do primeiro movimento de manufatura inteiramente desenvolvido pela empresa em suas instalações, em Neuchâtel. O calibre mecânico compunha-se de um total de 247 componentes e tinha uma dimensão de 31 mm de diâmetro por 6.6 mm de espessura. Três tambores ligados em série asseguravam uma excepcional autonomia de 8 dias, sendo a indicação da reserva de marcha feita em uma janela no fundo.


Nos anos seguintes a marca iniciou a inauguração de sofisticadas lojas próprias em grandes cidades munais. Finalmente, no mês de julho de 2012, a PANERAI inaugurou sua primeira loja no Brasil, localizada no Shopping JK Iguatemi, em São Paulo. A unidade brasileira foi projetada no clássico estilo italiano e inspirada no universo náutico e passou a conquistar clientes que buscavam autenticidade ao invés do glamour. Em 2015, apresentou o primeiro relógio em carbotech, um material composto com base em fibra de carvão utilizado para a caixa do Luminor Submersible 1950 Carbotech 3 Days Automatic. Outro sucesso recente da marca é a parceria com a Ferrari, fazendo da PANERAI a marca oficial de relógios da montadora italiana. Subdividida em duas coleções – Granturismo e Scuderia – trata-se de modelos fisicamente semelhantes ao Luminator, mas com um visual mais agressivo, em consonância com a forte personalidade da Ferrari. Além disso, a maioria dos relógios das quatro linhas básicas da marca é feita em produção limitada (normalmente, de 500, 1.000, 2.000 ou 4.000 unidades), e vêm devidamente numeradas. Com isto, a marca consegue manter o status de exclusividade de seus inconfundíveis relógios. Durante sua rica história, das guerras mundiais às colinas de Hollywood, passando pelas forças navais italianas, pelo mundo do mergulho profissional e pela mítica Ferrari, a história da OFFICINE PANERAI é marcada pelo grande impacto que causou nos mais variados ambientes.


A evolução visual 
A identidade visual da marca italiana passou por algumas remodelações ao longo dos anos.


Os slogans 
Laboratorio di idee. 
Where ideas come to life. 
L’ora della leggenda.


Dados corporativos 
● Origem: Itália 
● Fundação: 1860 
● Fundador: Giovanni Panerai 
● Sede mundial: Milão, Itália 
● Proprietário da marca: Compagnie Financière Richemont S.A. 
● Capital aberto: Não 
● CEO: Angelo Bonati 
● Faturamento: Não divulgado  
● Lucro: Não divulgado 
● Lojas: 65 
● Presença global: 50 países 
● Presença no Brasil: Sim 
● Funcionários: 600 
● Segmento: Relojoaria de luxo 
● Principais produtos: Relógios 
● Concorrentes diretos: Richard Mille, Rolex, IWC, TAG Heuer, Hublot, Omega e Girard-Perregaux 
● Ícones: Os modelos Radiomir e Luminor 
● Slogan: Laboratorio di idee. 
● Website: www.panerai.com 

A marca no mundo 
A marca italiana vende suas preciosidades através de 65 lojas, incluindo a histórica butique em Florença, que funciona simultaneamente como museu, e selecionados pontos de venda em mais de 50 países ao redor do mundo. Hoje a marca italiana emprega 600 funcionários, 300 dos quais cuidam da produção na moderna fábrica em Neuchâtel, na Suíça. 

Você sabia? 
Produzidos na Suíça, em Neuchâtel, o relógios são desenhados por não mais do que dez designers no escritório da empresa em Milão. Afinal, manter o Made in Italy é fundamental na filosofia de sucesso da marca. 
Os relógios da marca custam entre R$ 20 mil e R$ 560 mil (o modelo Turbillion). 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Time), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers). 

Última atualização em 11/10/2017

16.5.17

AUDEMARS PIGUET


Sinônimo de sofisticação, tradicionalismo e inovação no segmento da alta relojoaria. Para a AUDEMARS PIGUET um relógio é muito mais do que apenas um objeto ou um instrumento de medição de tempo. É uma peça de arte, um investimento, um legado. É uma peça emocional. É a arte familiar repassada de geração em geração. 

A história 
Para entender a tradicional marca suíça é preciso retroceder no tempo e voltar à união do estudante de tecnologia Jules-Louis Audemars e do estudante de economia Edward-Auguste Piguet, dois jovens com então 23 e 21 anos respectivamente. A dupla, que se conheceu em 1873 na cidade de Le Brassus, no Vallée de Joux, um dos berços da alta relojoaria, mudaria daquele momento em diante o mercado de relógios não só da Suíça como também do mundo. Os dois se uniram em 1875 para desenvolver e fabricar relógios equipados com mecanismos complexos. Dividindo as obrigações, Audemars ficou responsável pela parte mais técnica, no que se referia ao processo de produção das peças. Já Piguet era responsável pelas vendas e o marketing, ficando em suas mãos a missão de viajar por cidades e, depois, continentes para estabelecer contatos que não muito tempo depois seriam essenciais para estabelecer a marca, principalmente na Europa. Exatamente no dia 17 de dezembro de 1881 eles fundaram a Audemars Piguet et Cie. Nesta época os relógios fabricados pela AUDEMARS PIGUET destacavam-se pelo seu funcionamento preciso e elevada qualidade. Em 1889, a AP (como ficou conhecida) inaugurou sua primeira oficina em Genebra e rapidamente começou a crescer e prosperar. Com seus 70 trabalhadores, a empresa tornou-se um dos maiores empregadores na área de Vaud. Neste mesmo ano a empresa apresentou seus relógios pela primeira vez na Exposição Universal de Paris.


Em uma época em que os relógios de pulso estavam começando a cair no gosto dos consumidores e se tornar populares, mais precisamente em 1892, a AUDEMARS PIGUET desenvolveu o primeiro modelo desta categoria com repetidor de minutos. Nas décadas seguintes o sucesso da marca só cresceu, ultrapassando os limites do continente europeu até chegar à América. Em 1915, mais uma vez chamou a atenção do setor ao fabricar o menor calibre feito com repetição de cinco minutos, com um diâmetro de apenas 15,80 milímetros. Além disso, apresentou um de seus primeiros relógios de alta complexidade, com 400 peças. Pouco depois, em 1920, a empresa produziu um sofisticado relógio composto de 16 complicações (turbilhão, carrilhão grande e pequeno, indicador de equação de tempo, calendário perpétuo, indicador de tempo sideral e um mostrador de esmalte azul gravado com 315 estrelas que reproduziam o céu noturno de Londres). Ao longo dos próximos anos, a marca surpreendeu o mundo por diversas vezes com seus designs inovadores. Como por exemplo, em 1928, quando apresentou o primeiro relógio que mostrava seus mecanismos, visíveis através do vidro.


Já consolidada, a grife suíça superou até mesmo o período da Grande Depressão, em 1929, quando inspirada pela art deco lançou um relógio de bolso feito de platina cravejado de diamantes para um público feminino. Em 1934 a marca apresentou seu primeiro relógio modelo Skeleton, permitindo que as partes móveis do calibre fossem vistas na parte posterior do mostrador. Depois de atravessar os difíceis períodos da Segunda Guerra Mundial, em 1946 a marca apresentou o relógio de pulso mais fino do mundo (1.64 mm). Neste período a empresa se focou na produção de relógios inovadores e continuou a criar peças tradicionais de alta qualidade. Em 1957, a marca suíça lançou um modelo de pulso com calendário perpétuo, capaz de prever a irregularidade dos meses e até mesmo os anos bissextos. Para a época, o avanço era inquestionável, ainda mais quando o mecanismo foi adotado por um modelo de tamanho reduzido.


Uma década mais tarde, fabricou o calibre automático mais fino do mundo com rotor central (2,45 mm). A crise do setor relojoeiro dos anos de 1970 também pouco abalou a grife suíça, ainda mais quando em 1972 a marca lançou no mercado o lendário Royal Oak, primeiro relógio esportivo top de linha feito em aço inoxidável. Desenhado pelo designer Gérald Genta, este modelo derrubou os padrões até então existentes, que diziam que para ser relógio de luxo era preciso ser fabricado com metais preciosos. E o pioneirismo não parou por aí. Em 1978 lançou o primeiro relógio de pulso automático ultrafino com calendário perpétuo e rotor central.


Outra grande inovação da marca foi apresentada em 1990: Dual Time, mostrando mais uma vez o pioneirismo da marca ao fabricar o primeiro relógio de pulso que exibia outro fuso horário com um movimento automático. Pouco depois, em 1992, foi lançado o Royal Oak Offshore, a versão mais esportiva do relógio ícone da marca suíça. Em 1996 foi apresentada a coleção Millenary, relógios com caixas ovais, arquitetura tridimensional e uma excelência relojoeira inquestionável. Três anos mais tarde, foi lançada a coleção Jules Audemars, cujos relógios clássicos podem ser imediatamente reconhecidos pela sua elegância atemporal e clareza dos seus mostradores. Era uma obra-prima de alta relojoaria que apresentava um repetidor de minutos, um tourbillon e uma complicação de cronógrafo de segundo. Em 2005 a marca lançou o relógio Edward Piguet Moss Agate Tourbillon, primeiro feito com a pedra preciosa Ágata Musgo. No ano seguinte, lançou o primeiro modelo com equação de tempo, nascer e por do sol e calendário perpétuo. Além disso, a marca lançou o Real Oak Off-shore Rubens Barrichello, mesclando o mundo da alta velocidade com o da relojoaria. Dois anos depois, quando Barrichello rompeu a barreira de maior número de corridas disputadas na Fórmula 1, a grife suíça ofereceu um modelo especialmente criado para a ocasião, que indicava, inclusive, o recorde histórico. Neste mesmo ano, lançou o primeiro relógio fabricado com caixa e movimento de carbono.


Com uma rica história na produção de relógios de calendário perpétuo de alta complexidade, a AUDEMARS PIGUET lançou em 2015 a coleção Royal Oak Perpetual Calendar, que consistia em quatro novos modelos: aço ou ouro rosa, ambos com mostrador branco ou azul. Os novos modelos vinham em uma caixa com 41 mm de diâmetro, que abrigavam o novo movimento 5134. Além disso, este novo tamanho oferecia mais espaço no mostrador para melhorar a legibilidade e adicionar uma nova função: um contador de semanas. Isto significa que a peça realiza as indicações tradicionais de dia, dia da semana, mês, indicação de ano bissexto, indicação de fases da lua e ainda há um ponteiro central para a contagem de semanas, que são numeradas e impressas na região periférica do dial.


Os valores defendidos pelos pioneiros são os mesmos que norteiam os herdeiros (seus bisnetos) até os dias de hoje: respeito, integridade, exclusividade, inspiração, paixão e sofisticação. Mas nem só o design faz com que uma peça da AUDEMARS PIGUET se diferencie de outras marcas: seus relógios também se destacam pela utilização de materiais e técnicas de alta qualidade. Por exemplo, a empresa pode utilizar cerâmica preta, em vez de aço inoxidável, com acabamento simultaneamente mecânico e manual para conseguir um acabamento polido ou de escovado acetinado. A utilização de parafusos de ouro branco mostra que a perfeição se encontra muitas vezes até mesmo nos detalhes. Visto que estes padrões de qualidade também contribuem para o funcionamento, comprar um AUDEMARS PIGUET significa que o felizardo poderá apreciar um relógio da marca durante muitos anos. Desde o lendário Royal Oak, que revolucionou a perspectiva dos relógios esportivos, aos modelos clássicos como o Millenary ou modelos femininos como Devas e Danae, onde os diamantes são abundantes, os relógios da marca suíça sempre fizeram parte dos melhores da alta relojoaria.


O ícone 
Pensar na marca AUDEMARS PIGUET é pensar no emblemático relógio Royal Oak. Desde que este relógio de design arrojado e radical foi lançado em 1972, o modelo entrou no imaginário coletivo como um dos mais importantes da história. O Royal Oak foi uma novidade sem precedentes e revolucionou não somente a estética relojoeira como também o conceito de relógio esportivo. Coube ao designer suíço Charles Gérald Genta em apenas 24 horas criar um relógio não convencional adequado a todas as ocasiões. De alguma forma ele conseguiu, inspirando-se nas tradicionais escotilhas de navios. Supostamente ele teria pensado que se os parafusos dessas escotilhas eram suficientemente fortes para impedir a entrada de água, o mesmo se poderia aplicar a um relógio. Conta a história, que a inspiração para a criação da caixa do relógio teria vindo das bocas octogonais dos canhões de um navio de guerra lançado em 1862 pela Marinha Real Britânica e denominado HMS Royal Oak, de onde foi retirado o nome para batizar o novo modelo.


O modelo chamava a atenção pelo seu tamanho e pela sua concepção original: considerado na época um relógio de tamanho grande, com um diâmetro de 39 mm, tinha uma luneta octogonal fixada à caixa por 8 parafusos, a coroa do mesmo protejo e, pela primeira vez, a pulseira integrada com a caixa, que até então, era uma novidade. Além disso, em uma atitude ousada, utilizava o aço inoxidável como matéria-prima. Na época, muitos críticos cravaram que o modelo seria um verdadeiro fracasso comercial. Mas o resultado prático foi o oposto: com um mecanismo automático de excelente qualidade e de visual extremamente robusto, o Royal Oak conheceu um sucesso tal que deu origem à criação de uma enorme coleção que não pára de crescer até os dias de hoje. O primeiro modelo feminino Royal Oak foi apresentado em 1976, em parceria com a designer Jacqueline Dimier, que fez uma reinterpretação deste verdadeiro ícone para os pulsos femininos. Em 1997 a coleção lançou seu primeiro cronógrafo. Já em 2000 a marca vendeu o Royal Oak de número 100 mil. E atualmente, a linha Royal Oak representa quase 50% do faturamento da empresa suíça. Os relógios antigos dessa linha continuam a ser muito procurados por colecionadores. E valem muito, mas muito, dinheiro.


O museu 
O primeiro museu da AUDEMARS PIGUET foi inaugurado em 1992, dentro da antiga casa da família Audemars, que tem sua construção datada de 1868, na pitoresca cidade suíça de Le Brassus. Mais tarde, em 2004, o museu foi expandido e passou a ocupar a casa toda. Sua coleção inclui mais de 1.300 relógios que fazem parte da herança da marca e explicam seus mais 140 anos de uma rica e pioneira história.


Em 2016 a empresa anunciou o início das obras de ampliação de seu museu, na cidade de Le Brassus. O projeto, batizado de “Maison des Fondateurs” (casa dos fundadores, em português), é resultado de um concurso realizado em 2014 em que o projeto vencedor foi do escritório dinamarquês Bjarke Ingels Group. A ideia é transformar o museu em uma engrenagem gigante, semelhante as que fazem relógios de luxo funcionarem perfeitamente. Ele consiste em uma espiral que emerge do solo com paredes inteiramente feitas de vidro curvo, ligando-se diretamente ao mais antigo prédio da empresa, a casa original da família Audemars. O projeto deve adicionar 2.800 m² de espaços para exposições – onde aproximadamente 400 relógios estarão dispostos – assim como áreas para workshops e recepções, e uma área para manutenção de arquivos. A inauguração está prevista para o primeiro semestre de 2019.


A evolução visual 
A identidade visual da marca passou por algumas remodelações ao longo dos anos. O atual logotipo ganhou uma imagem mais moderna e pode ser aplicado na cor preta ou dourada.


Os slogans 
There are exceptions to every rule. (2014) 
To break the rules, you must first master them. (2012) 
Breaking all rules. 
Le maître de l’horlogerie depuis 1875. (2010) 
The master watchmaker. 
La plus prestigieuse des signatures.


Dados corporativos 
● Origem: Suíça 
● Fundação: 1875 
● Fundador: Jules-Louis Audemars e Edward-Auguste Piguet 
● Sede mundial: Le Brassus, Suíça 
● Proprietário da marca: Audemars Piguet Holding S.A. 
● Capital aberto: Não 
● CEO: François-Henry Bennahmias 
● Faturamento: US$ 903 milhões (2016) 
● Lucro: Não divulgado 
● Lojas: 41 
● Presença global: 88 países 
● Presença no Brasil: Sim 
● Funcionários: 1.450 
● Segmento: Relojoeiro 
● Principais produtos: Relógios de luxo 
● Concorrentes diretos: Patek Philippe, Roger Dubbuis, Richard Mille, Vacheron Constantin, Jaeger-LeCoultre, Chopard, Piaget e Breguet 
● Ícones: A linha de relógios Royal Oak 
● Slogan: There are exceptions to every rule. 
● Website: www.audemarspiguet.com 

A marca no mundo 
A marca suíça, que ainda detém o título de mais antiga manufatura de relógios do mundo a permanecer nas mãos das famílias fundadoras, está presente em 88 países e fatura mais de US$ 900 milhões por ano (dados de 2016). Seus luxuosos relógios são comercializados através de uma rede própria de 41 lojas, além de joalheiras selecionadas. Com produção anual restrita a pouco mais de 40 mil relógios, a marca preza muito mais pela qualidade do que pela quantidade. Tanto isso faz sentido que o modelo Jules Audemars, que apresenta 443 peças, pode demorar até oito semanas para ficar pronto. 

Você sabia? 
Uma das marcas registradas da AUDEMARS PIGUET é o padrão Grande Tapisserie dos mostradores, que consiste em uma trama feita de quadrados tridimensionais. 
A empresa AUDEMARS PIGUET incorpora todos os campos de atividades envolvidas na manufatura, desde a produção dos movimentos e caixas em Le Brassus e suas filiais em Le Locle e Genebra, até a distribuição por seus escritórios regionais e a venda através de suas butiques próprias. 
A AUDEMARS PIGUET fez algumas edições limitadas de relógios em parceria com celebridades e atletas, como Jarno Trulli, Quincy Jones, Arnold Schwarzenegger, Shaquille O’Neal, Lionel Messi, Jay-Z e Rubens Barrichello. Atualmente a marca tem como embaixadores globais os tenistas Stanislas Wawrinka e Serena Willians, além de ser parceira do teatro Bolshoi na Rússia. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek, Isto é Dinheiro, Época Negócios e Exame), jornais (Valor Econômico, Folha e Estadão), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers). 

Última atualização em 16/5/2017

21.12.15

CHOPARD


Não é sem motivos, e muitos deles cravejados de diamantes, que a suíça CHOPARD se transformou em uma das marcas de luxo preferidas das estrelas de Hollywood. Com mais de 155 anos de história e tradição, a marca se tornou referência máxima quando o assunto são joias, relógios e acessórios de luxo, o que lhe garante os holofotes tão almejados do mundo das celebridades. É por isso que nos dias de hoje, em qualquer premiação artística badalada, CHOPARD é o que não falta. Oscar e Cannes que o digam. 

A história 
A história começou na região suíça do Vallée de Joux, que ficava isolada das planícies durante os rigorosos meses de inverno em virtude da enorme quantidade de neve. Os fazendeiros, então, impossibilitados de fazer os trabalhos rurais, dedicavam-se à arte da relojoaria. Inclinados sobre as suas mesas de trabalho instaladas debaixo de janelas, as mãos habilidosas meticulosamente cortavam as rodas dentadas e as pequenas espirais para os precisos relógios de bolso suíços. Foi neste cenário que um dos moradores dessa região, um jovem de 24 anos chamado Louis-Ulysse Chopard, iniciou em 1860 seu próprio negócio no pequeno vilarejo de Sonvilier. Inicialmente, a relojoaria do jovem Chopard tinha a intenção de produzir apenas cronógrafos e relógios de bolso. Porém, com o passar do tempo, a oficina L.U.C. (as iniciais de seu nome) começou a se destacar pela precisão e qualidade dos seus relógios. Como os pequenos relojoeiros encontravam dificuldades para acompanhar o desenvolvimento desta indústria, foi nesta lacuna que Chopard começou a fazer sucesso, já que ele estava convicto de que haveria uma clientela para seus relógios precisos e confiáveis, produzidos artesanalmente.


Visionário, ele decidiu tentar sua sorte na Europa Oriental. Foi então, que em 1912, ele colocou seus mais finos relógios em dois baús de viagem marrons e iniciou uma longa jornada através da Polônia, Hungria, países bálticos e Rússia. O ambicioso ato teve enorme sucesso. Isto porque, em seu retorno a Sonvilier, os baús estavam vazios e Louis tinha a satisfação de saber que seus cronômetros marcavam os dias e as horas na corte do Czar Nicolau II. Com os negócios evoluindo, a empresa mudou sua sede para a cidade de Genebra, em 1937. E esta atitude foi tomada, pois a cidade de Genebra se solidificava cada vez mais como a capital mundial da relojoaria, facilitando assim os contatos internacionais e as vendas da CHOPARD, sem a necessidade de exaustivas e longas viagens. Enquanto para muitos relojoeiros o período entre as duas grandes guerras mundiais foi de enorme crise, desemprego e reestruturação, ele foi benéfico para os precisos cronômetros feitos pela “Le Fils de L.U.Chopard”, como a empresa era conhecida. Naquela época, o filho de Louis-Ulysse já havia assumido a empresa, que então empregava 150 pessoas.


Em 1963, Paul-André Chopard, neto do fundador e aos 65 anos de idade, tomou uma decisão fundamental que iria mudar a história da marca. Percebendo que seus filhos não tinham interesse em assumir a empresa, uma nova estratégia precisava ser tomada. Foi então que Karl Scheufele III, herdeiro de uma tradicional relojoaria alemã, assumiu o controle da CHOPARD. O negócio se mostrava interessante: a CHOPARD necessitava de um sucessor financeiramente sólido e confiável para perpetuar sua marca, já Karl Scheufele procurava a independência de fabricantes de movimentos com a aquisição de sua própria manufatura. O resultado deste negócio fez com que a CHOPARD, enfim, se transformasse em referência no mercado de luxo nos anos seguintes. Em 1974, a fábrica da CHOPARD foi transferida do centro de Genebra para Meyrin (nos arredores da cidade), iniciando assim uma nova fase na empresa com a produção de relógios femininos e suntuosas joias. Pouco depois, em 1976, ocorreu o lançamento da coleção de relógios Happy Diamonds, onde diamantes móveis flutuam livremente entre dois cristais de safira. Uma verdadeira obra-prima da relojoaria de luxo que conquistaria os mais exigentes consumidores pelo mundo afora.


Em 1980, a marca lançou no mercado seus primeiros relógios esportivos com pulseiras de couro, batizados de St. Moritz. Em 1985, Karl-Friedrich Scheufele e Caroline são nomeados vice-presidente da empresa. Caroline Scheufele também assumiu o cargo de diretora criativa e criou um palhaço com pernas articuladas e reforçadas por diamantes coloridos e pedras no ventre. O palhaço se tornou emblema da CHOPARD e encarnou a primeira linha de joias de alto luxo da marca. Além disso, nesta década a CHOPARD inaugurou suas primeiras lojas próprias em Hong Kong (1983), Genebra (1986) e Viena (1989). Em 1992 a marca lançou no mercado sua primeira fragrância (chamada Casmir) e nos anos seguintes ampliou sua oferta de produtos com a introdução de óculos, instrumentos de escrita, artigos de couro e bolsas. Com isso, a marca levou seu luxo a outras categorias de produtos. Para ter ideia, os óculos Jewel (joia, em inglês) estão na lista dos mais caros do mundo. O preço, US$ 408 mil, é justificado não apenas pelo requinte de sua fabricante, mas por sua composição, que leva 60 gramas de ouro 24 quilates e diamantes incrustados no logotipo da CHOPARD. O sucesso no segmento de perfumes foi tamanho que a CHOPARD ampliou a oferta de sua linha de fragrâncias em frascos que lembram uma pedra preciosa (Wish, por exemplo, lançado em 1999). Além disso, o lançamento de fragrâncias passaram à coincidir com coleções de relógios ou joias.


A CHOPARD pertence a um seleto círculo de marcas de relógios suíças, que podem legitimamente reclamar o título de Manufaturas. Isto significa que a empresa é capaz de fabricar os seus próprios relógios mecânicos, graças às habilidades e talentos de seus relojoeiros, de engenheiros projetistas a ajustadores de precisão. Para atingir tais altas demandas, a CHOPARD estabeleceu novas oficinas, nos anos de 1990, na região do Jura, mais especificamente em Fleurier, no coração do Val-de-Travers. Esta escolha de local, simbolizando um retorno às raízes, foi tudo menos acidental, constituindo ao invés disso em uma deliberada, lógica e justificada decisão. O primeiro relógio com o novo movimento automático L.U.C 1.96, que recebeu como nome as iniciais do fundador da marca (L.U.C 1860), foi apresentado oficialmente em 1997 e foi eleito “Relógio do Ano” na Suíça. A CHOPARD estava definitivamente solidificada no topo da alta relojoaria suíça.


Em 1998, a CHOPARD, através de uma grande jogada de marketing fechou um badalado acordo de patrocínio com o tradicional Festival de Cinema de Cannes para produzir anualmente a Palma de Ouro (Palme d’Or) da premiação. Caroline Gruosi-Scheufele, então co-presidente e diretora artística da marca, foi quem encarou o desafio de renovar artesanalmente a peça na ocasião, apresentada oficialmente no dia 24 de maio. Até hoje a CHOPARD é responsável pela produção da cobiçada Palma de Ouro. Com a chegada do novo milênio, a marca lançou o relógio Chopard L.U.C Quattro, dotado por um calibre altamente técnico, equipado com quatro barris, o que proporciona uma reserva de nove dias. No ano de 2001, o primeiro movimento não circular com micro-rotor foi criado para um magnífico modelo em formato de tonel (batizado de L.U.C Tonneau). Já em 2005, a marca apresentou ao mercado a coleção Copacabana, uma linha de joias (brincos, colares e pulseiras) inspirada no Rio de Janeiro. Em 2007 a marca suíça comemorou a inauguração de sua centésima loja própria, localizada na sofisticada Avenida Madison em Nova York.


Dando prosseguimento à parceria firmada com o Festival de Cannes, em 2008 a marca lançou uma coleção batizada “Red Carpet”, inspirada no famoso festival e composta por 61 peças de elegância e beleza únicas. Em 2010, a CHOPARD celebrou seu 150º aniversário com a apresentação de suas coleções em edição limitada, entre as quais, Mundo Animal, composta por 150 peças de alta joalharia inspirada no exclusivo universo dos animais. Em 2012, a CHOPARD em parceria com a tradicional loja de departamento Harrod’s lançou uma coleção de joias com 10 peças inspiradas no mundo mágico das princesas mais famosas do mundo, como Cinderela, Branca de Neve, Rapunzel, Bela, Mulan, Pocahontas, entre outras. A Disney Princess Collection contava com pedras como safiras, rubis, diamantes e esmeraldas, transformando a ficção em um sonho tangível.


Ao longo dessa rica e inovadora história, é possível entender por que a CHOPARD, uma das marcas líder no segmento de relógios e joalharia de luxo, está para os tapetes vermelhos assim como as celebridades estão para os holofotes. Afinal, seus relógios chegam a custar mais de US$ 50 mil. Alguns dos colares alcançam US$ 70 mil. E mesmo suas fragrâncias, são um luxo estonteante. Quem compra CHOPARD, compra status.


O ícone 
Para contar a história de um dos ícones da marca CHOPARD é preciso falar da Mille Miglia, uma lendária corrida de automóvel que se realizou entre os anos de 1927 e 1957, ligando as cidades italianas de Roma e Brescia, em um percurso que totalizava, como indica o nome, mil milhas (cerca de 1.600 km). Circunstâncias variadas, incluindo trágicos acidentes, levaram ao cancelamento da corrida, mas desde 1977 o evento foi recuperado, já não tanto como uma competição de velocidade, mas como um desfilar (na verdade um rali) de carros clássicos, em um dos mais belos e clássicos eventos do gênero: apenas participam automóveis datados de 1927 a 1957, precisamente os anos em que se realizou a competição. Desde 1988, a CHOPARD patrocina a histórica corrida. E foi neste ano que a marca criou uma coleção sob a designação Chopard Mille Miglia, com o logotipo da célebre Freccia Rossa (Flecha Vermelha), símbolo da corrida. Os relógios são oferecidos aos participantes e cada edição da prova é comemorada com um novo modelo, que depois é comercializado ao público, mas sempre em produção restrita, cujas peças são muito procuradas por colecionadores.


Um dos grandes clássicos da CHOPARD o modelo Mille Miglia ganhou novas versões para o ano de 2015. Os novos modelos foram apresentados durante a Baselworld, que aconteceu em meados de março, na cidade de Basiléia. As novas peças apresentam as iniciais GTS, para Grand Turismo Sport, e uma delas apresenta indicação de reserva de energia, o modelo Mille Miglia GTS Power Control. Com uma caixa de 43 mm de diâmetro em aço ou ouro rosa 18 quilates, o relógio é equipado com o calibre automático Chopard 01.08-C, que proporciona 60 horas de reserva de energia e operação a 28.800 vph. É possível apreciar o movimento por meio de uma abertura em cristal de safira no verso da caixa. O relógio ainda proporciona 100 metros de resistência à água e é finalizado por uma pulseira de borracha com traços inspirados em pneus de corrida Dunlop dos anos de 1960. A versão em aço também está disponível com pulseira de aço. Até hoje a marca suíça mantém uma relação intrínseca entre os automóveis e os relógios – os brinquedos e as joias culturalmente aceites para serem exibidas pelo homem.


A evolução visual 
A identidade visual da marca passou por pequenas alterações ao longo dos anos, como mostrado na imagem abaixo.


Dados corporativos 
● Origem: Suíça 
● Fundação: 1860 
● Fundador: Louis-Ulysse Chopard 
● Sede mundial: Meyrin, Suíça 
● Proprietário da marca: Le Petit-Fils de L.-U. Chopard & Cie S.A. 
● Capital aberto: Não 
● CEO: Karl Freidrich Scheufele 
● Presidente: Caroline Gruosi Scheufele 
● Faturamento: US$ 800 milhões (estimado) 
● Lucro: Não divulgado 
● Lojas: 149 
● Presença global: 130 países 
● Presença no Brasil: Sim 
● Funcionários: 1.000 
● Segmento: Relojoaria e joalheria de luxo 
● Principais produtos: Relógios, joias e acessórios de luxo 
● Concorrentes diretos: Cartier, Boucheron, Montblanc, Audemars Piguet, Patek Philippe, Jaeger Le Coultre, Piaget e Vacheron Constantin 
● Ícones: O relógio Mille Miglia 
● Slogan: The passion for excellence. 
● Website: www.chopard.com 

A marca no mundo 
A CHOPARD vende sua luxuosa linha de produtos, que inclui relógios, joias, instrumentos de escrita, artigos de couro, bolsas, perfumes e óculos, em 130 países ao redor do mundo através de renomadas joalherias. Além disso, a marca suíça possui 149 sofisticadas lojas próprias em países como China, Suíça, França, Alemanha, Itália, Índia, Estados Unidos, Jordânia, Irã, Macau, Hong Kong, entre outros. No Brasil os produtos da marca são vendidos nas redes de joalherias Frattina e Sara Joias. O faturamento estimado da marca é superior a US$ 800 milhões anualmente. A CHOPARD tem oficinas em Meyrin e Fleurier na Suíça e Pforzheim na Alemanha, onde ocorrem a fabricação de joias, relógios, movimentos e outros componentes. Por exemplo, em Meyrin a marca fabrica suas ligas e pulseiras de ouro; em Pforzheim são confeccionadas principalmente as joias; e em Fleurier produz modelos de alta relojoaria. 

Você sabia? 
A produção anual da CHOPARD é de aproximadamente 80.000 relógios. Os modelos básicos da marca custam entre US$ 4.000 e US$ 12.000, enquanto as edições especiais e os modelos top de linha superam facilmente US$ 90.000. 
O mais antigo relógio da marca está em exibição no Museu Chopard, inaugurado na cidade de Genebra em 2006. A assinatura “Chopard à Sonvilier” está pintada de maneira ornamental na superfície esmaltada do mostrador ligeiramente curvo. 
A marca já produziu peças lendárias para a indústria cinematográfica. Em 2002, no filme Femme Fatale, a atriz Rebecca Romijn-Stamos interpretou uma ladra que rouba um bustiê de ouro avaliado em US$ 10 milhões, confeccionado pela CHOPARD. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, BusinessWeek, Isto é Dinheiro e Exame), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers). 

Última atualização em 21/12/2015