29.5.06

INTEL


Dizem que é impossível viver sem computadores e internet atualmente. Que o mundo pararia sem eles. E o “coração” que faz a grande maioria dessas máquinas funcionarem vem com cinco letras impressas: INTEL. Eles são os super poderosos microprocessadores, que tornam nossas vidas mais rápidas, simples e fáceis. Por isso, a INTEL está sempre rompendo os limites da inovação para tornar a vida mais empolgante, gratificante e fácil de gerenciar. 

A história 
A ideia inicial surgiu das brilhantes mentes de Robert Norton Noyce, físico e co-inventor do circuito integrado, e Gordon Earle Moore, químico e físico. Eles queriam fundar uma empresa que desenvolvesse uma alternativa melhor e mais barata para a memória central magnética dos computadores baseada em tecnologia de semicondutores. Como não tinham dinheiro suficiente eles se aproximaram do investidor Arthur Rock, que viria a se tornar o primeiro presidente da empresa, para conseguir um empréstimo. Conseguido um empréstimo de US$ 3 milhões, a empresa foi fundada no dia 18 de julho de 1968 com o nome de NM Electronics (iniciais dos sobrenomes de seus fundadores), que pouco depois passou a chamar INTEL. A palavra, contração das iniciais de Integrated Electronics, foi escolhida depois de uma batalha jurídica com uma rede hoteleira que era detentora dos direitos de utilização do nome. Finalmente a empresa pagou US$ 15 mil para a rede de hotéis Intelco e ficou com o nome. E a empresa somente adotou essa designação, porque felizmente, os fundadores tiveram o bom senso de não adotar o nome “Moore Noyce”, pois soava estranho, algo como “more noise” (muito ruído), o que não era adequado para uma empresa do ramo de eletrônicos, onde ruído geralmente é sinal de defeito. A nova empresa contava com uma equipe de 12 cientistas, trabalhando em um prédio alugado na cidade de Mountain View, estado da Califórnia.


No ano seguinte, a jovem empresa iniciou um percurso espetacular de inovação e desenvolvimento de produtos com a introdução do semicondutor denominado SRAM. Em 1970 criou o primeiro chip de acesso dinâmico aleatório (conhecido como memória DRAM), que dois anos mais tarde, já era o mais vendido do mundo. Um acontecimento definiria de vez o rumo da INTEL. Os engenheiros Ted Hoff, Federico Faggin, Stanley Mazor e Masatoshi Shima inventaram um tipo novo de circuito integrado: o microprocessador. Originalmente desenvolvido para a empresa japonesa Busicom com a finalidade de substituir o Asic’s da linha de calculadoras de alto desempenho, o Intel 4004, um único chip com todas as partes básicas de um processador central e que podia calcular até 92 mil instruções por segundo, ou seja, cada instrução gastava aproximadamente 11 microssegundos, foi introduzido no mercado para produção em massa no dia 15 de novembro 1971.


Foi seguido em 1972 pelo INTEL 8008 (duas vezes mais poderoso que o 4004, com 8 bits, barramento externo de 14 bits e capaz de endereçar 16 KB de memória), entre outros modelos famosos. A partir daí surgem os microcomputadores. Em 1974 foi lançado microprocessador 8080, que pode ser considerado o cérebro do primeiro computador pessoal – o Altair - sendo um sucesso de vendas no mundo. A luta para ser a primeira a lançar as novidades no segmento dos microprocessadores obrigou a INTEL a fortes investimentos, que a colocaram em uma situação financeira pouco confortável. Diante da ameaça de novos concorrentes, foram tomadas diversas decisões estratégicas, já durante a presidência do húngaro Andrew Grove: redução dos preços dos microprocessadores em aproximadamente 35%; campanha de promoção agressiva para o microprocessador 486, um produto exclusivo da INTEL; aumento do investimento em pesquisa e desenvolvimento e, sobretudo, em publicidade. Apesar da situação incômoda, a INTEL alcançaria a liderança mundial de microprocessadores para computadores pessoais em 1992. Outro fato marcante na história da empresa ocorreu em 1980 quando a International Business Machines Corporation (popularmente conhecida como IBM) escolheu o processador INTEL 8088, lançado em 1979, para equipar seus computadores pessoais que iriam ser lançados no mercado, tornando a informática acessível a todos. Com a explosão de consumo por este tipo de máquina, a INTEL deu um grande salto em relação aos seus principais concorrentes. Já em 1983, a INTEL perdeu o interesse no segmento de circuitos integrados. Isto porque, os fabricantes japoneses do setor endureceram a concorrência, passando a praticar preços muito baixos e tornando a fabricação de RAM desinteressante economicamente, isso somado ao fato de que a IBM vinha obtendo sucesso com computadores pessoais, fez com que Andrew Grove, focasse o segmento de microprocessadores. Nesta época a empresa contava com 15 mil funcionários e atingiu a marca de US$ 1 bilhão em faturamento. Deste momento em diante a INTEL iniciaria uma fase gloriosa, lançando inovações e produtos que redefiniriam o mercado de tecnologia e informática.


Durante os anos de 1990, os Laboratórios da Arquitetura Intel (Intel Architecture Labs) eram responsáveis por muitas das inovações da estrutura do computador pessoal, incluindo o barramento PCI, o barramento PCI express (PCIe), o barramento serial universal (Universal Serial Bus - USB), e a arquitetura agora dominante para usuários de multiprocessadores. Em 2006, a Apple anunciou o lançamento do primeiro iMac durante o Macworld Expo, equipado com processador da INTEL. Esta parceria foi considerada histórica, pois durante muitos anos as empresas foram rivais. No entanto, a Apple optou pela mudança quando seus outros fornecedores, IBM e Motorola, fracassaram na oferta de processadores mais velozes.


Uma das mais importantes novidades anunciada pela INTEL nos últimos anos foi a tecnologia de fabricação de 45 nanômetros (unidade de medida usada para coisas muito, muito pequenas), que permitiu aos chips consumirem cinco vezes menos energia. Essa tecnologia garantiu uma melhora significativa na vida útil das baterias e ampliou as oportunidades de criar plataformas menores e mais potentes. Até então, a empresa fabricava microprocessadores com uma camada de silício de apenas 65 nanômetros (milionésimos de milímetro) de espessura. A tecnologia de 45 nanômetros foi adotada em 2007; 32 nanômetros, em 2009; 22 nanômetros, em 2011; e 14 nanômetros, em 2014. Segundo a INTEL a tecnologia de 10 nanômetros deve estrear no mercado em 2017.


Em 2010 a INTEL adquiriu por US$ 7.7 bilhões a McAfee, que desenvolve softwares de segurança e passou a ser uma subsidiária integral da empresa, sendo abrigada pela unidade de software e serviços do grupo. Em 2014, a empresa anunciou o novo produto de segurança: INTEL SECURITY. Com isso, o gigante da tecnologia oficialmente começou a abandonar o peso da marca (e a pronúncia impossível) da empresa fundada pelo polêmico John McAfee. Hoje, apenas o tradicional escudo vermelho com um M estilizado no logotipo da Intel Security é a lembrança de que a marca McAfee existiu. Em 2015, a maior fabricante de chips do mundo, buscando compensar a desaceleração da demanda da indústria de computadores pessoais, anunciou a compra da Altera Corporation por US$ 16.7 bilhões, expandindo assim sua linha de chips de maior margem usados em centrais de dados.


Atualmente a INTEL busca entender como as pessoas usam a tecnologia e direciona o poder da Lei de Moore (criada em 1965 por um dos fundadores da empresa) para entregar capacidades crescentes para que os usuários finais – em casa, no trabalho ou onde quer que estejam – obtenham notáveis benefícios e ampla utilidade da tecnologia. Hoje em dia, a INTEL atual em seis segmentos diferentes de mercado: 
Client Computing Group: plataformas projetadas para notebooks (incluindo o Ultrabook™), desktops, tablets, telefones celulares, conectividade (com e sem fio) e comunicação móvel. 
Data Center Group: plataformas projetadas para empresas que inclui computação em nuvem, infraestrutura de comunicação e computação técnica. 
Internet of Things Group: plataformas projetadas para esse segmento, incluindo varejo, transporte, indústria, construção civil, entre outros. 
Non-Volatile Memory Solutions Group: inclui produtos de memória flash NAND. 
Intel Security Group: softwares de segurança para oferecer soluções inovadoras para computadores, dispositivos móveis e redes. 
Programmable Solutions Group: semicondutores programáveis e produtos relacionados para uma ampla gama de segmentos, entre os quais comunicação, indústria, automotivo e área militar.


A linha do tempo 
1985 
Lançamento do microprocessador Intel 386, que possuía 275 mil transistores, um chip de 32 bits e podia rodar vários programas ao mesmo tempo. 
1989 
Lançamento do microprocessador Intel 486, que além da maior velocidade de processamento não trouxe nenhuma grande inovação. 
1993 
Introdução do primeiro processador Pentium, considerado revolucionário, pois permitia que o computador incorporasse mais facilmente som e imagem, tendo capacidade de executar 100 milhões de instruções por segundo. A nomeação dos microprocessadores INTEL por números (286, 386, 486) começou a ser usada por empresas concorrentes. Para evitar isso a INTEL designou seu novo microprocessador, que deveria ser o 80586, por Pentium, que em latim significa 5, em referência a 80586. 
1994 
Introdução do Pentium MMX, sucessor do Pentium, com alguns novos recursos acrescentados a ele. Dispunha de hardware e software especiais para programas gráficos e comunicação, incluindo 57 novas instruções, o que aumentava o desempenho em aplicações como jogos e multimídia. 
1995
Introdução do primeiro processador Pentium Pro, que utilizava o soquete 8 e exigia uma placa mãe específica. Para uso doméstico não faria muito sentido o uso deste processador, porém em um servidor de rede o cache L2 funcionando na mesma velocidade do processador fazia muita diferença. 
1997 
Lançamento em maio do Pentium II, que ao contrário do que poderia se imaginar, rodando o Windows 95 não apresentava um desempenho muito superior a um MMX, cerca de 20 ou 30% superior apenas, proporcionado em sua maioria pelo cache mais rápido. 
1998 
Introdução no mercado do Intel Celeron, um Pentium II de baixo custo. Hardware e software especiais permitiam o uso extremamente controlado de energia, tornando-o adequado para microcomputadores portáteis. 
Introdução do Intel Xeon, uma linha de processadores especificamente desenvolvida para servidores. Atualmente esta linha de processadores proporciona desempenho aprimorado e consumo eficiente de energia para aplicativos para empresas com uso intenso de dados. 
1999 
O Pentium III chegou ao mercado para otimizar a experiência de navegação na internet, aumentando a qualidade de áudio, vídeo e navegação 3D. 
2000 
Lançamento do Pentium 4, a sétima geração de microprocessadores com arquitetura x86, que se tornou um dos produtos de maior sucesso da empresa. 
2001 
Introdução no mercado do Intel Itanium, voltado para servidores, os computadores principais das redes corporativas. 
2003 
Introdução do Intel Centrino, um microprocessador especificamente desenvolvido para computadores portáteis. 
2006 
Lançamento do Intel Core™ Duo, um processador da nova geração desenvolvido utilizando a tecnologia Napa, sendo composto por dois processadores em um só chip de silício. Este processador, considerado o sucessor do Pentium 4, possuía um grande desempenho em jogos e aplicações populares. Sua chegada ao mercado significou a substituição da marca Pentium, que estava sendo usada desde 1993. 
Apresentação da tecnologia Intel vPro™, um pacote de hardware e software que marca uma grande mudança na expectativa das empresas para seus computadores, oferecendo às equipes de TI níveis sem precedentes de desempenho e um controle mais intenso da segurança e dos custos. 
Apresentação da tecnologia para entretenimento Intel Viiv, que permitia baixar, armazenar, assistir, gerenciar e compartilhar todos os tipos de entretenimento digital e informações em uma ampla gama de dispositivos, tais como TV, PC, laptops e PDAs. 
2008 
Lançamento do Intel Atom, processador especificamente desenvolvido para computadores e dispositivos portáteis com baixo consumo de energia. A plataforma levava a experiência completa do PC, como acesso rápido à internet, vídeos full HD 1080p, gráficos 3-D, videoconferência multiponto e capacidades de voz para os dispositivos móveis. 
Lançamento do Intel Core™ i7, processadores para computadores portáteis que utiliza a tecnologia Intel Turbo Boost 2.0 integrada, que adapta sua velocidade a um maior desempenho quando e onde o usuário precisar. Além disso, o desempenho e o cache maior desses processadores proporcionam agilidade ainda maior para quem executa grande volume de multitarefas. 
2009 
Lançamento do Intel Core™ i5, primeiro modelo da nova geração de processadores que apresenta uma frequência de 2.66ghz, trabalhando com 4 núcleos (Quad Core) e possuindo um cache L3 de 8 MB. Esses processadores também incluem um amplo conjunto de novos recursos integrados, que são projetados para experiências visuais superiores e perfeitas, com PCs sem necessidade de hardware adicional. Além disso, oferece desempenho visivelmente inteligente com mais velocidade incorporada. 
Lançamento do Intel Core™ i3, um processador de menor poder de processamento se comparado aos dessa linha, ideal para tarefas do cotidiano como navegar na internet e usar programas que não exijam do hardware. 
2011 
Lançamento da Thunderbolt, uma nova tecnologia para PC que une transferência de dados de alta velocidade e exibição em alta definição (HD) em um único cabo. Rodando a 10 Gbps, a tecnologia é capaz de transferir um filme de alta definição inteiro em menos de 30 segundos. Essa tecnologia desenvolvida pela INTEL chegou ao mercado por meio de uma colaboração técnica com a Apple, estreando na nova linha de notebooks MacBook Pro. 
2014 
Lançamento do Intel Core™ M, novo processador com arquitetura de apenas 14 nanômetros, criado pensando no atual mercado de computadores conversíveis e cada vez mais finos. O processador reduz o consumo de bateria, melhora o processamento de imagem, torna o computador mais potente e descarta a necessidade do uso de coolers para dissipar o calor. 
2016 
Lançamento do Intel Core™ i7 Extreme Edition, um processador projetado para as necessidades de desempenho extremo. O novo processador, o mais poderosa na história da empresa, oferece até 10 núcleos e 20 threads, e a nova tecnologia Intel Turbo Boost Max 3.0 é capaz de atender as demandas mais exigentes, como desenvolvimento de jogos e produção de conteúdo.


Uma fábrica da INTEL 
Geralmente uma fábrica da INTEL tem quatro andares e aproximadamente 21 metros de altura. Mesmo assim, é em apenas um deles, o Clean Room (conhecido como “Quarto Limpo”), que são produzidos os chips de computador. Neste local o ar é filtrado cerca de dez vezes por minuto para prevenir qualquer acúmulo de poeira ou sujeira. Isto porque, quando se fabrica alguma coisa em escala nanométrica, caso dos chips da INTEL, um grão de poeira sobre ele é o equivalente a jogar uma montanha em cima da construção de uma casa. Por isso, lá os funcionários precisam usar a “Bunny Suit” (foto abaixo), uma roupa super esterilizada que cobre o corpo inteiro e que para vesti-la, coisa que dura aproximadamente dez minutos, é necessário seguir 40 passos distintos à risca. Para se ter uma ideia da limpeza o ambiente onde os processadores são fabricados é dez mil vezes mais limpo do que uma sala de cirurgia e mais de três milhões de vezes mais limpo do que a sala de sua casa. No andar superior ao Clean Room está o Fan Room, responsável por controlar a entrada e saída de ar, temperatura e umidade da sala. Já no andar inferior está localizado o Clean Sub Fab Level, criado para dar suporte ao Clean Room. Nele há bombas, transformadores e canos elétricos por onde passam gases, líquidos e detritos vindos da Clean Room e que vão direto para o Utility Room, onde ficam painéis de controle de energia e compressores que carregam o material que sai das ferramentas usadas na produção dos chips. Com mais de 15 unidades fabris de chips em todo o mundo, os processos de fabricação da INTEL empregam excepcional flexibilidade em uma rede global e virtual. Cerca de três quartos da produção da INTEL ocorre nos Estados Unidos, mas a empresa está ampliando capacidade em outras regiões, incluindo Israel, Vietnã, Irlanda e China.


O museu 
O museu da empresa (INTEL MUSEUM) está localizado dentro de sua enorme sede mundial, composta por prédios branco e azul que se estende por vários quarteirões, localizada no endereço 2200 Mission Blvd, na cidade de Santa Clara, estado da Califórnia. No museu, localizado no prédio principal do complexo (batizado de Robert N. Noyce), com entrada franca o visitante poderá conhecer, com o auxílio de uma monitora, a história da empresa, a empreitada de Moore e Noyce, e outras coisas bem interessantes como a tecnologia empregada nos produtos INTEL, maquete de uma fábrica de processadores, o porquê da escolha do silício como base para fabricação dos processadores, fatos curiosos sobre propagandas feitas ao longo da história e informações sobre a evolução dos logotipos da marca. O início do tour é marcado pela primeira foto oficial da empresa, tirada em 1969, com os aproximadamente 100 funcionários que tinha na época, incluindo os fundadores Gordon Moore e Robert Noyce, este um dos inventores do circuito integrado. A empresa tem montada uma incrível infraestrutura para reuniões e visitas, uma espécie de show-room, com diversos dispositivos que usam chips, e seis salas completamente equipadas para reuniões e vídeo conferências, com espaço para café da manhã, almoço e lanches.


Já na parte central do museu, há uma sala de aula onde professores vestidos com roupas semelhantes as Bunny Suits ensinam noções básicas sobre microprocessadores. As crianças têm a oportunidade de fazer atividades práticas relacionadas ao que aprenderam, instigando o interesse pelo assunto. Uma das coisas interessantes do museu é a revista original de 1965, onde foi publicado o artigo de autoria de Gordon Moore (um dos fundadores da empresa) afirmando que o poder computacional dos microprocessadores iria dobrar a cada 18 meses. Esta previsão vem se confirmando há 50 anos e é conhecida como a Lei de Moore. Há também uma incrível loja que vende produtos da marca como roupas, adesivos, acessórios e bonecos Bunny Suit. Quem não pode ir até o museu tem pela internet acesso ao museu virtual, que entre outras informações (em inglês), apresenta em animação Shockwave e em páginas hipertexto uma sequência de imagens, demonstrando o funcionamento passo a passo de um microprocessador. Uma curiosidade: o museu foi idealizado e fundado por Jean Jones, primeira secretária oficial da INTEL.


Campanhas que fizeram história 
No ano de 1992 a INTEL lançou o famoso comercial, produzido pelo mestre dos efeitos especiais George Lucas e marcado pelo jingle inconfundível de reconhecimento da marca. A letra do famoso jingle é composta por apenas cinco notas: “pam-pam-pam-pam-pam”. Em seu 10º aniversário, o jingle, batizado pela empresa como “the bong”, já era utilizado em 130 países ao redor do mundo, e 20 anos depois, o som é ouvido a cada 5 segundos em algum lugar do planeta. Outras campanhas históricas foram “Bunny People Dancers”, que mostrava personagens dançando vestidos com a tradicional roupa usada nas fábricas da INTEL e uma onde os engenheiros colocavam chips no cérebro do Homer Simpson, e ele se tornava inteligente. Mas a INTEL ficou conhecida mundialmente por seus personagens, um trio de cabeças azuis (conhecidos como Homens Azuis), estrelados pelos artistas performáticos do Blue Man Group, formado por Phil Stanton, Chris Wink e Matt Goldman, figuras carimbadas nos comerciais dos produtos Pentium feitos em 2000, que se tornaram extremamente populares, gerando enorme reconhecimento para a marca. Mais recentemente, em 2014, o ator Jim Parsons, astro do seriado americano The Big Bang Theory foi a grande estrela de uma enorme campanha publicitária, onde ele acabava incorporando o seu personagem, Sheldon Cooper: muito inteligente, nerd, um tanto esquisito e cheio de manias.


A evolução visual 
A identidade visual da marca passou por reformulações ao longo dos anos. Pela primeira vez em sua história, no ano de 2006 a INTEL promoveu uma reformulação visual significativa em seu logotipo. A mudança do logotipo e do slogan marcou a transição da imagem de simples fabricante de chips para uma atuação mais ampla no mercado de consumo. O logotipo original (conhecido como “dropped-e”), com a letra “e” em plano inferior, foi substituído por um símbolo de formato oval em torno do nome da empresa.

Vale lembrar que de 1990 a 2005, paralelamente ao logo original, a marca utilizou em sua comunicação o famoso logotipo com a inscrição INTEL INSIDE.


Os slogans 
Experience What’s Inside. (2015) 
Look Inside. (2013) 
Sponsors of tomorrow. (2009) 
Leap ahead. (2006) 
Intel inside. (1991) 
The Computer Inside. (década de 1980) 
Apaixonados pelo Futuro. (Brasil)


Dados corporativos 
● Origem: Estados Unidos 
● Fundação: 18 de julho de 1968 
● Fundador: Robert Norton Noyce e Gordon Earle Moore 
● Sede mundial: Santa Clara, Califórnia, Estados Unidos  
● Proprietário da marca: Intel Corporation 
● Capital aberto: Sim (1971) 
● Chairman: Andy Bryant 
● CEO: Brian Matthew Krzanich 
● Faturamento: US$ 55.4 bilhões (2015) 
● Lucro: US$ 11.4 bilhões (2015) 
● Valor de mercado: US$ 161.5 bilhões (julho/2016) 
● Valor da marca: US$ 35.415 bilhões (2015) 
● Presença global: 120 países 
● Presença no Brasil: Sim 
● Funcionários: 107.300 
● Segmento: Tecnologia 
● Principais produtos: Processadores, chips gráficos, memórias flash e placas de rede 
● Concorrentes diretos: AMD, Nvidia, Microchip Technology, Texas Instruments, IBM, Cisco, Samsung, Toshiba e Qualcomm 
● Ícones: A tradicional música de seus comerciais e o slogan “Intel Inside” 
● Slogan: Experience What’s Inside. 

O valor 
Segundo a consultoria britânica Interbrand, somente a marca INTEL está avaliada em US$ 35.415 bilhões, ocupando a posição de número 14 no ranking das marcas mais valiosas do mundo. A empresa também ocupa a posição de número 51 no ranking da revista FORTUNE 500 de 2016 (empresas de maior faturamento no mercado americano). 

A marca no mundo 
A empresa tem mais de 107 mil funcionários espalhados em 63 países ao redor do mundo com faturamento superior a US$ 55 bilhões em 2015. Com clientes em mais de 120 países, atualmente a INTEL detém 80% do mercado mundial de microprocessadores. A INTEL fabrica também chips para placas mães (também conhecidos como chipsets) e memórias flash, usadas em dispositivos como tocadores de MP3. A empresa investe muito na qualificação de seus funcionários, dentre os quais estão 43 mil técnicos, 12 mil mestres em ciências, 4 mil PHDs e pouco mais de 4 mil colaboradores com MBA. Em 2015, os maiores clientes da empresa, que representaram 46% de seu faturamento, foram HP (18%), Dell (15%) e Lenovo (13%). 

Você sabia? 
De 2005 a 2015, a INTEL investiu mais de US$ 100 bilhões em pesquisa e desenvolvimento e em novas capacidades de produção. Tais investimentos diferenciam a empresa em seu segmento e representam os alicerces para o crescimento futuro. 
A Intel Capital, braço de investimentos de capital de risco da empresa, investiu, desde o seu lançamento em 1991, mais de US$ 4.5 bilhões em aproximadamente mil empresas em mais de 30 países. Focada no objetivo de fazer crescer a economia da internet e assim apoiar os interesses estratégicos da INTEL, a Intel Capital é um dos programas de investimento mais expressivos do mundo corporativo. 
A Microsoft costuma a referir-se a empresa como “WINTEL”, tamanho o sucesso de seus processadores. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek, Isto é Dinheiro, Época Negócios e Exame), jornais (Valor Econômico, Meio Mensagem, Folha e Estadão), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers). 

Última atualização em 21/7/2016

2 comentários:

Anônimo disse...

Extremamente interessante!

Wity Stiler disse...

legal, ninguêm pode com os processadores deles!