26.6.20

ITUBAÍNA


Imagine uma popular marca de refrigerante que para muitos consumidores remete à infância. Que não tenha a tradicional embalagem vermelha e branca. Mas cujo refrigerante é reconhecido pelo seu sabor inconfundível de tutti-frutti. Essa é a Itubaína, há mais de 65 anos levando sabor e momentos de alegria para milhões de famílias brasileiras. Por isso, Itubaína pode ser considerada uma verdadeira “fórmula do sucesso” em um segmento altamente competitivo. 

A história 
Tudo começou em 1939 quando Arthur Primo Schincariol, filho de imigrante italiano, na cidade de Itu, interior do estado de São Paulo, começou a produzir aguardente, licor de cacau, vinho quinado, anisete, groselha e refrigerantes com sabores de frutas em uma pequena fábrica no quintal de sua casa. Praticamente tudo era feito manualmente e, por essa razão, não havia um padrão nos sabores das bebidas produzidas. O próprio Primo Schincariol entregava toda a produção, em cima de uma carroça puxada por uma mula, aos poucos bares que a cidade possuía no início dos anos de 1940. Com o crescimento da empresa, então denominada Schincariol, em 1954 ele resolveu aproveitar a popularidade das tubaínas (refrigerantes adocicados, feitos geralmente com guaraná e aromatizante com sabor de frutas) para lançar no mercado um refrigerante com sabor de tutti-frutti, distribuído em garrafas de vidro 600 ml no interior de São Paulo. O nome Itubaina (inicialmente escrito sem acento) foi uma singela homenagem a cidade de Itu, onde estava localizada a planta industrial da empresa.


Nas décadas seguintes, o consumo de Itubaína se espalhou pelo interior do estado de São Paulo. Em 1975 a empresa resolveu lançar um novo sabor do refrigerante: maçã. Com isso a marca ofereceu mais uma novidade para o mercado e para a mesa de milhões de brasileiros. Nos anos seguintes Itubaína se tornou popular também na capital paulista e litoral, onde era amplamente distribuída em bairros da classe mais pobre da população. Já em 2000, após ouvir os pedidos e apelos dos consumidores, a marca lançou no mercado a primeira garrafa pet de 2 litros, oferecendo mais uma opção prática para dividir com família e amigos.


Em 2008, aproveitando a “onda de nostalgia” que inundava o mercado, foi lançada a Itubaína Retrô, uma edição especial de embalagens que aliavam um ar nostálgico a um conceito divertido, disponível nas novidades lata (350 ml) e long neck (355 ml), nos sabores tradicional e zero açúcar. As embalagens resgatavam imagens estilizadas da década de 1950 em três diferentes rótulos colecionáveis. Para marcar seu diferencial no mercado de refrigerantes, Itubaína Retrô foi comercializada com exclusividade em bares e restaurantes conceituados, que atraíam o público jovem, descolado e aberto às novidades. A marca não imaginava que uma simples mudança na roupagem das embalagens faria tanto sucesso, a ponto de reconquistar os consumidores entre 25 e 35 anos por conta da lembrança da infância, e atrair novos fãs mais jovens por causa do design moderno.
 

Em 2011 a japonesa Kirin adquiriu o Grupo Schincariol, que também fabricava cerveja desde 1989, e consquentemente a marca Itubaína. Pouco depois, empolgada com o sucesso da versão retrô, a partir da qual a marca assumiu um posicionamento emocional, a Itubaína lançou duas novas embalagens para sua linha regular: a garrafinha, em 2012, e a lata, em 2013, aumentando ainda mais seu portfólio. Em 2014 Itubaína foi lançada no estado da Bahia, onde rapidamente se tornou popular. Em 2015 a Itubaína, em uma ação de co-branding com a Sorvetes Rochinha, lançou o picolé sabor Itubaína, em edição limitada. Foi a primeira vez que o sabor do tradicional refrigerante poderia ser provado em outro produto. No ano de 2016, em mais uma criativa ação de marketing, a Itubaína anunciou uma parceria com a Estrela (sim, aquela mesma que fabrica brinquedos), que resultou em uma coleção de latas especiais para comemorar o dia das crianças. As latinhas foram ilustradas com grandes clássicos da Estrela, como os brinquedos Autorama, Aquaplay, Banco Imobiliário e Genius. Mais uma vez a marca apelava para o lado emocional e afetivo do consumidor: infância misturada com sabor de tutti-frutti. Além disso, a marca iniciou a expansão em 50% de seus pontos de venda, de 650 mil para 1 milhão, nos dois anos seguintes, principalmente nas regiões sul e sudeste.


Em 2017, com a compra da Brasil Kirin pela Heineken Brasil, a marca Itubaína passou a fazer parte do portfólio da cervejaria holandesa. Ainda neste ano a marca ampliou sua linha de embalagens ao lançar o tradicional refrigerante em garrafas de 500 mililitros. Além disso, lançou o novo sabor groselha em edição limitada em homenagem ao aniversário da cidade de São Paulo. Apesar de ter feito enorme sucesso à época, o sabor não está mais disponível no portfólio da marca. A marca também investiu em ações de marketing com o lançamento de uma edição limitada com 10 latas que traziam desenhos e gravuras de super heróis e os poderes que aspirávamos em ter na infância. As latas faziam parte da campanha “A imaginação é seu maior poder”.


E na comunicação, contratou Palmirinha, famosa pela sua simpatia e por seu programa de culinária na TV, para ser a nova “vovó propaganda” da marca, que brilhou nas redes sociais e no comercial em que revelava a fórmula secreta da Itubaína, feita de sonhos de infância e boas recordações com ingredientes como pecinhas de Lego, ioiô, palitinho, videogame, entre outras coisas que marcaram a vida de muitas pessoas.


Depois de mais de quatro décadas sem lançar um novo sabor fixo em seu portfólio, em 2018, a Itubaína decidiu apresentar ao mercado uma novidade: Itubaína Guaraná. A novidade era resultado do posicionamento da marca, de resgatar a memória afetiva dos seus consumidores e estimular momentos de diversão. O novo refrigerante é produzido com 100% de sementes da Amazônia, preservando o sabor marcante do guaraná e a originalidade de Itubaína. A bebida chegou ao mercado nos sabores regular - formulada com redução de 30% de açúcar em relação a outros sabores da marca - e zero açúcar. O novo sabor foi um enorme sucesso, aumentando as vendas da marca, atraindo uma nova geração de fãs e, claro, incomodando um gigante chamado Guaraná Antarctica.


A evolução visual 
A identidade visual da marca passou por algumas alterações ao longo dos anos, adquirindo uma grafia mais moderna e atraente. Durante muitos anos a marca utilizou uma identidade visual com a cor azul. Mas foi em 2015 que aconteceu uma modificação radical em sua identidade visual: uma versão retrô (que já era adotada desde 2008 para a versão lata e long neck) com traços modernos e detalhes que remetem à sua longa e feliz história. Com esse novo logotipo a marca reafirmava seu posicionamento de resgatar boas memórias e celebrar bons tempos, além de usar a memória afetiva dos seus consumidores para estreitar o relacionamento. Em 2020, uma das mais icônicas marcas de refrigerantes do mercado brasileiro, apresentou sua nova identidade visual (incluindo uma nova tipografia de letra), cujo principal objetivo foi rejuvenescer a marca, mantendo sua essência autêntica.
 

Os slogans 
O delicioso gosto do sabor saboroso. (2018) 
Gostoso como ser criança. (2016) 
A imaginação é seu maior poder. (2015)
O sabor que fica na lembrança. 


Dados corporativos 
● Origem: Brasil 
● Lançamento: 1954 
● Criador: Arthur Primo Schincariol 
● Sede nacional: São Paulo, Brasil 
● Proprietário da marca: Heineken Brasil 
● Capital aberto: Não 
● Presidente: Maurício Giamellaro 
● Faturamento: Não divulgado 
● Lucro: Não divulgado 
● Presença global: Não (presente somente no Brasil) 
● Segmento: Refrigerantes 
● Principais produtos: Refrigerantes a base de tutti-frutti, maçã e guaraná 
● Concorrentes diretos: Turbaína, Xereta, Guaraná Antarctica, Dolly, Kuat, Baré, Fanta e Guaraná Jesus 
● Ícones: O sabor tutti-frutti 
● Slogan: O sabor que fica na lembrança. 
● Website: www.itubaina.com.br 

A marca no Brasil 
Os refrigerantes da marca Itubaína, que traz em seu DNA o saudosismo da infância, tem forte presença na capital paulista (seu maior mercado) e cidades do interior, distribuído também no Rio de Janeiro, Minas Gerais, estados do sul, centro-oeste e em parte das regiões norte e nordeste. O refrigerante pode ser encontrado na tradicional embalagem de vidro de 600 ml (mais comum em padarias, bares e restaurantes), long neck de 355 ml e em PETs de 237 ml, 1 litro e 2 litros, além da lata de 350 ml. 

Você sabia? 
Os fervorosos fãs do refrigerante são chamados popularmente de Itubaína Lovers
As tubaínas são refrigerantes adocicados, feitos geralmente com guaraná e aromatizante com sabor de frutas. Há diferentes versões para sua origem. Uma delas aponta que o inventor foi José Miguel de Andrade, proprietário da fábrica de licores e vinagres Andrade, fundada em 1890, em Piracicaba. Uma segunda versão afirma que o refrigerante foi criado com o nome Etubaína na fábrica de refrigerantes Orlando, na década de 1930, também em Piracicaba. O refrigerante era produzido com banana, pêssego, pera e morango. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Exame, Veja, Embalagem Marca e Isto é Dinheiro), jornais (Meio Mensagem, Folha e Estadão), sites de notícias (UOL e IG), sites especializados em Marketing e Branding (Mundo do Marketing) e Wikipedia (informações devidamente checadas). 

Última atualização em 26/6/2020

14.6.20

BAIDU


Possui o motor de busca na internet mais popular da China. Tem seu próprio aplicativo de mapas. Opera no setor de armazenamento na nuvem e, de quebra, vem desenvolvendo seu próprio carro autônomo. Se você pensou naquele logotipo colorido, errou feio. É o BAIDU, popularmente conhecido como “Google chinês” e uma das maiores companhias de internet do mundo, cuja missão é descomplicar a vida através de inovadoras tecnologias. 

A história 
A história do BAIDU remonta a uma época em que o Google ainda estava em desenvolvimento. Em 1994, Robin Li (nascido como Li Yanhong), trabalhando para a Down Jones and Company, começou a pesquisar algoritmos para mecanismos de busca na internet. Ele desenvolveu o RankDex em 1996, um algoritmo que classificava páginas da web. Com patente concedida nos Estados Unidos, o RankDex foi o primeiro mecanismo de pesquisa que utilizava hiperlinks para medir a qualidade dos sites indexados. Após trabalhar por quase dois anos para a Infoseek, empresa pioneira em mecanismos de busca na internet, Robin retornou para a China em 1999 com o intuito de criar um novo negócio no então promissor mercado. Naquela época, o uso da internet estava apenas começando e era uma terra de enormes possibilidades. Robin (foto abaixo) e o ex-colega de classe Eric Xu, iniciaram a construção na web chinesa de um “crawler”, nome técnico para um servidor que varre, lê e organizava sites de acordo com palavras-chave. Era embrião da nova empresa que a dupla registraria pouco depois. Inicialmente eles lançaram um serviço de pesquisa paga para grandes corporações. Porém após menos de um ano, descartaram essa ideia e lançaram no dia 18 de janeiro de 2000 o BAIDU como um serviço de buscas na internet.


O nome do novo empreendimento originou-se de uma citação da última linha do poema clássico de Xin Qiji - “Green Jade Table in The Lantern Festival” - escrito durante a Dinastia Song (que governou a China de 960 a 1279) e que fala sobre a busca incerta pelo amor. BAIDU, cujo significado literal pode ser traduzido como “centena de vezes” (“Bai” significa centena e “du” vezes), representava uma busca persistente pelo ideal. Até hoje, as salas de reunião na sede da empresa em Pequim têm nomes de poemas chineses.


O primeiro escritório da empresa estava localizado em um quarto de hotel, perto da Universidade de Pequim, onde Robin se formou em gerenciamento de informações (também fez mestrado em ciência da computação na State University of New York, na cidade de Buffalo). Em um período de apenas um ano, o índice de páginas pesquisáveis atingia quase o dobro do tamanho de seu concorrente mais próximo na China. Em 2001 o BAIDU disponibilizou um sistema de leilões que permitia aos clientes fazerem lances para o posicionamento prioritário de links de anúncios, em busca de palavras-chave específicas dos usuários da plataforma, e pagassem toda vez que houvesse um clique no anúncio. Foi uma inovação utilizada antes mesmo da abordagem do Google à publicidade online. Em 2002 lançou o BAIDU MP3 SERACH, mecanismo de busca de músicas em formato MP3 e suas listas abrangentes de música popular chinesa, como o Baidu 500, com base nos números de downloads.


Pouco depois, em 2003, o BAIDU lançou um mecanismo de busca de notícias e de imagens, adotando uma tecnologia especial capaz de identificar e agrupar os artigos. Além disso, nesse mesmo ano lançou o BAIDU TIEBA, uma comunidade online onde os usuários podem procurar ou criar um tópico (fórum), digitando uma palavra-chave. E, nos dois anos subsequentes, lançou novos produtos e serviços, como por exemplo, o BAIDU MAPS (2005), aplicativo de mapas digitais que hoje em dia possui mais de 350 milhões de usuários ativos no mundo; e o BAIDU KNOWS (2005), fornece aos usuários uma comunidade baseada em consulta para compartilhar conhecimento e experiência. Nesta época o boom digital chinês lançou na web centenas de milhões de internautas que variavam entre os serviços para fazer suas buscas. Em meio à feroz competição, a velocidade e a precisão dos resultados do BAIDU o tornou o líder local em buscas. O dia 5 de agosto de 2005 foi histórico para o BAIDU, pois marcou sua abertura de capital na Bolsa de Valores NASDAQ, sendo uma das primeiras companhias chinesas listadas. Dois anos mais tarde se tornaria a primeira empresa chinesa a ser incluída no índice NASDAQ-100.


Em 2006 a empresa lançou mais novidades: a rede social BAIDU SPACE e a BAIDU BAIKE (enciclopédia colaborativa online, uma espécie de Wikipedia chinesa), que hoje conta com mais de 16 milhões de artigos e 6.9 milhões de editores. Em 2008, além de iniciar seu serviço de busca no idioma japonês (BAIDU JAPAN), o primeiro serviço regular da empresa fora da China; lançou o Baidu Safety Center, que oferece aos usuários varredura de vírus gratuita, reparo do sistema e avaliações de segurança online; e o BAIDU YOUA, uma plataforma de comércio eletrônico através da qual as empresas podiam vender seus produtos e serviços em lojas registradas no BAIDU. No início de 2010, executivos do Google na China fizeram acusações veladas contra autoridades do governo chinês, o que resultou na transferência de seus servidores para Hong Kong. A consequência imediata foi o bloqueio, por parte das autoridades de Pequim, de todos os serviços do Google no país. A saída do Google beneficiou muito o BAIDU em termos de faturamento e participação de mercado. Mas até hoje a empresa precisa lidar com a desconfiança de que foi ela quem pressionou o governo chinês para expulsar seu concorrente do país. E desde então, o BAIDU é constantemente acusado de ter se tornado mais passivo que o necessário, removendo qualquer resultado que critique Pequim ou o Partido Comunista Chinês.


Com seu buscador dominando o mercado chinês e vários serviços populares, o BAIDU resolveu se aventurar em outras áreas da tecnologia com o lançamento em 2010 do serviço de streaming de vídeo iQiyi (hoje o mais utilizado na China com mais de 400 milhões de usuários ativos) e; em 2011 com um sistema operacional para dispositivos móveis (batizado de BAIDU YUN). A aventura da empresa nesse segmento não teve vida longa e, quatro anos depois, o sistema operacional foi suspenso. E ainda em 2011 foi lançado em versão beta o navegador BAIDU BROWSER, cuja interface era similar ao Google Chrome, baseado no WebKit capaz de executar torrents, e cuja versão mais atual (batizada de SPARK e lançada em 2016) é capaz de baixar vídeos de streaming (sim, como o YouTube), receber comandos por gestos e fazer capturas de tela sem necessidade de plugins; e um serviço de busca de música, que permitia aos usuários transmitirem, baixarem e criarem acervos de músicas licenciadas.


Pouco depois, em 2012, foi lançado o BAIDU WANGPAN (também conhecido como BAIDU CLOUD), serviço de armazenamento de dados em nuvem (hoje oferece 2 TB de espaço livre gratuitamente), ingressando assim em um segmento bilionário da tecnologia. Neste mesmo ano a empresa chinesa também apresentou um aplicativo para pesquisas em dispositivos móveis. A empresa lançou seu antivírus (gratuito) para PCs em 2013. Com mais de 10 milhões de usuários baixando o software (BAIDU ANTIVIRUS) somente nos primeiros três meses, muitos ficaram chocados ao descobrir que era quase impossível desinstalar o programa de seus dispositivos, e que outros produtos do BAIDU precisavam ser baixados também para manter o sistema antivírus funcionando.


Entre as grandes companhias de internet da China, o BAIDU foi certamente o que mais ousou em esforços de internacionalização, abrindo escritórios no Oriente Médio, Tailândia, Índia, Indonésia e Japão. Em quase todos, fracassou. Por exemplo, no Brasil a empresa lançou seu serviço de buscas (em português) no mês de julho de 2014. Durante a sua curta estadia em território nacional, a empresa chinesa empenhou seus esforços para a popularização de seu antivírus, navegador de internet, aplicativos e de seu buscador. Além disso, chegou até a adquirir fatia majoritária no Peixe Urbano, uma plataforma de e-commerce local que disponibiliza milhares de ofertas em vários segmentos. A empresa chinesa permaneceu no mercado brasileiro até 2018. Sua saída deveu-se em boa parte pela péssima imagem e alta rejeição no país, prejudicada pela instalação involuntária de seus programas, como antivírus e navegador de internet. A empresa chinesa apostou em algumas estratégias arriscadas de difusão de seus serviços que basicamente forçou sua entrada em computadores brasileiros. E se deu mal.


Ainda em 2014 a empresa inaugurou um moderno Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Sunnyvale, estado da Califórnia. Outros produtos e serviços lançados pela empresa neste período foram: BAIDU WALLET (2014); um aplicativo de pagamento que oferecia transferências interbancárias gratuitas e permitia pagar compras online e contas de serviços públicos; e o DUER (2015), um assistente de inteligência artificial ativado por voz e projetado para sugerir recomendações e realizar pedidos online. Entre outros produtos populares da empresa estão o BAIDU DICTIONARY (fornece aos usuários tradução de texto entre os idiomas chinês e inglês) e o aplicativo BAIDU (200 milhões de usuários diários), fortemente baseado em inteligência artificial e que oferece funções como: motor de busca, feed de notícias, comando de voz, reconhecimento de imagem (objetos e tradução, por exemplo) e modo infantil.


No início de 2017, o BAIDU iniciou atuação no segmento de Inteligência Artificial e Machine Learning. O primeiro produto comercial bem-sucedido desta nova estratégia foi uma solução de reconhecimento de voz e rosto, que permite a faculdades e prédios comerciais a autorizar ou negar o acesso de pessoas. Além disso, como a empresa chinesa pode usufruir de um extenso conjunto de dados, seu assistente de voz, chamado Duer, acumulou mais conjuntos de habilidades baseadas em conversas do que Alexa, Siri ou Cortana. Logo depois surgiu o RAVEN H, seu primeiro alto-falante inteligente que se destaca pelo design: parece uma pilha de quadrados de plástico, cuja parte superior é sensível ao toque e pode ser levantada. Outro fruto dessa estratégia de investimento em Inteligência Artificial ocorreu no começo de 2018, quando o BAIDU recebeu aprovação para começar a realizar testes de carros autônomos nas ruas de Pequim. Por meio do Programa Apollo (plataforma que permite transformar carros e ônibus em veículos autônomos), as tecnologias de Inteligência Artificial do BAIDU são disponibilizadas gratuitamente às montadoras como um cérebro para seus veículos. Em troca, a empresa obtém acesso aos dados para tornar seus algoritmos mais inteligentes. Ainda na área da Inteligência Artificial o BAIDU desenvolveu uma solução para prever se as células são normais ou cancerígenas. Os resultados de usar os algoritmos dessa maneira são promissores – um número menor de falsos positivos, por exemplo.


Apesar de todo o sucesso, a empresa tem sua parcela de críticas (e que são muitas). O BAIDU foi acusado de censura e de promover downloads ilegais de músicas. Sua imagem sempre sofreu porque os resultados da pesquisa seriam inundados com anúncios patrocinados, dificultando a identificação orgânica pelos usuários. Porém, nos últimos anos, o BAIDU está tomando cada vez mais medidas para tornar a experiência mais centrada no usuário - uma maneira melhor de exibir anúncios, semelhante à forma como o Google.


A evolução visual 
O logotipo da marca é composto por uma pata azul (isso pode ser interpretado como uma pata de cachorro, animal conhecido por suas excelentes capacidades de busca através do faro apurado) e pelo nome da marca (incluindo a escrita em chinês 百度). Essa identidade visual passou por apenas uma discreta remodelação. A principal alteração ocorreu em relação à tipografia de letra, que se tornou mais afinada.


Dados corporativos 
● Origem: China 
● Fundação: 18 de janeiro de 2000 
● Fundador: Robin Li e Eric Xu 
● Sede mundial: Pequim, China 
● Proprietário da marca: Baidu Inc. 
● Capital aberto: Sim (2005) 
● CEO: Robin Li 
● Faturamento: US$ 15.4 bilhões (2019) 
● Lucro: US$ 906 milhões (2019) 
● Valor de mercado: US$ 40 bilhões (junho/2020) 
● Presença global: 10 países 
● Presença no Brasil: Não 
● Funcionários: 46.000 
● Segmento: Tecnologia 
● Principais produtos: Mecanismo de busca, antivírus e computação em nuvem 
● Concorrentes diretos: Google, Yahoo!, Microsoft, Alibaba, Tencent, Qihoo 360, ByteDance e Sohu  
● Slogan: Behind your e-success. 
● Website: www.baidu.com 

A marca no mundo 
Uma das maiores empresas de tecnologia do mundo, o BAIDU é um gigante robusto em termos de números: fatura mais de US$ 15 bilhões (dados de 2019), tem 700 milhões de usuários em seus vários serviços (somente um de seus aplicativos são 200 milhões de usuários por dia), é o segundo maior mecanismo de busca da internet no mundo, está entre os seis sites mais acessados do mundo e emprega mais de 46 mil pessoas. Atualmente seu principal serviço é o motor de buscas, mas a empresa também conta com diferentes produtos, incluindo plataforma de mapas, imagens, vídeos, notícias, antivírus, navegadores, marketing e publicidade online. Além disso, mais recentemente passou a investir em Inteligência Artificial, sistemas autônomos, hardware, software e serviços de computação em nuvem. Boa parte de seu faturamento provém da plataforma de pagamento por desempenho (P4P), que utiliza a tecnologia PPC (pagamento por clique). 

Você sabia? 
Em conformidade com a política chinesa de controle, o motor de busca da BAIDU filtra material controverso dos seus resultados de pesquisa. Isto não se aplica ao portal da BAIDU no Japão, que desvia 60% do seu tráfego antes de chegar à China continental. 
Um dos temas que mais incomoda os “Baiduers”, como são chamados os funcionários do BAIDU, é de que sua empresa é uma cópia de tecnologias do Google. 
O logotipo da BAIDU também adquire várias formas e design em datas comemorativas, igualmente ao seu principal concorrente. 
No início de 2020 o BAIDU lançou a sua blockchain própria com uma criptomoeda chamada Xuperchain


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, BusinessWeek, Isto é Dinheiro, Veja e Exame), sites de tecnologia (Startse e Tech Mundo), portais (UOL), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers). 

Última atualização em 14/6/2020

2.6.20

CANAL TERRAVIVA


Leilões de gado e cavalo. Noticiários sobre o agronegócio brasileiro. Cotações e análises do mercado agropecuário. Programas sobre tecnologia no campo. Práticas de manejo sustentável. Ecologia. Culturas e hábitos do homem do campo. Tudo isso e muito mais na tela do TERRAVIVA, o canal especializado em agronegócios que se transformou em uma marca forte e reconhecida ao levar ao telespectador, do campo e da cidade, informações completas e debates essenciais. 

A história 
Tudo começou no início dos anos de 2000 quando o Grupo Bandeirantes iniciou uma diversificação com o lançamento de canais de TV a cabo segmentado, como por exemplo, o Band News (notícias) e o Band Sports (esportes). Johnny Saad, filho do fundador da Rede Bandeirantes e que também era criador de gado, se uniu ao pecuarista Jovelino Carvalho Mineiro Filho para lançar no dia 23 de março de 2005 o canal TERRAVIVA, voltado para os interesses e defesa do setor de agronegócios brasileiro. O novo canal surgiu com o firme propósito de prestar serviço, levar informação ao produtor e colher suas necessidades, anseios e problemas. Com um investimento inicial de US$ 3 milhões, o canal iniciou suas operações com cinco horas de transmissão ao vivo, que englobava telejornais, programas de entrevistas, debates com técnicos e especialistas de diversas áreas do agronegócio, reportagens especiais, dicas, cotações e previsão do tempo mais detalhadas. Na linha do entretenimento, o canal apresentou programas de música sertaneja, shows country (importados dos Estados Unidos), rodeios e atrações que mostravam o passo a passo de receitas da “culinária caipira”.
 

Voltado a assuntos dentro do universo do agronegócio, o canal tinha uma programação dedicada também à cobertura de eventos agropecuários, como feiras técnicas e leilões ao vivo, presenciais e virtuais. Para inovar, o TERRAVIVA apostou em um estúdio móvel acoplado a um caminhão (carreta), que percorria as principais feiras de agronegócios do país. Era um canal dedicado “a quem planta e cria”, como dizia seu slogan. Mesmo sendo oferecido de graça às operadoras, o canal TERRAVIVA foi inicialmente rejeitado e só não se tornou inviável porque estava na chamada banda C, faixa de frequências via satélite captada por antenas parabólicas comuns (na época 16 milhões de parabólicas em todo o país), sem custo ao telespectador, especialmente aos que viviam em áreas rurais. Poucos meses depois o canal chegou a TV paga sendo inserido nas operadoras, o que resultou em um enorme aumento em sua audiência e pessoas impactadas.


Nos anos seguintes, com o crescimento exponencial do agronegócio, que se transformou na principal locomotiva da economia brasileira, o canal TERRAVIVA ampliou sua base de telespectadores e aumentou sua influência levando ao telespectador, quer seja do campo ou da cidade, informações de qualidade e debates essenciais sobre a agropecuária brasileira. Além disso, o canal TERRAVIVA passou a gerar conteúdo do setor agropecuário para os demais canais do Grupo Bandeirantes de Comunicação. Em 2015, como comemoração de dez anos de vida, o canal resolveu investir em uma remodelação de sua grade de programação com a estreia de três programas diários: o jornal “Primeira Prosa” (informações da primeira hora do dia sobre meteorologia, mercado, política, agroeconomia e dicas técnicas sobre lavouras e rebanhos), a revista de variedades “Bem da Terra” (comportamento, dicas de saúde, gestão, entretenimento e notícias) e o caderno de serviços “Direito & Certo” (explicava de forma didática a legislação ambiental e esclarecia dúvidas dos produtores rurais sobre o assunto).


Em 2018 estreou o programa “Agro Forte, Brasil Forte”, que mostrava a força e a modernidade do principal produto da economia brasileira em uma revista dinâmica e completa (da inovação tecnológica em máquinas e serviços, às mais recentes técnicas de manejo e cultivo). Entre o final de 2018 e início de 2019, o sinal do canal TERRAVIVA passou a ser exibido em alta definição (HD) pelas antenas parabólicas de todo o Brasil. Mais recentemente, em 2020, o canal estreou o programa “Nosso Agro”, cujo objetivo é divulgar o trabalho dos produtores rurais e mostrar a importância da agropecuária à sociedade brasileira.


Face à evolução constante do agronegócio e o avanço da tecnologia na pecuária e na agricultura, o TERRAVIVA investe constantemente em seu desenvolvimento como veículo de comunicação. Dessa forma, está sempre pronto para acompanhar o ritmo acelerado do setor que mais cresce no país. A maior estrutura de geração de conteúdo do agronegócio. Uma rede de distribuição que integra TV aberta via satélite, TV por assinatura, internet e aplicativos. Por tudo isso, através de uma programação diversificada o canal TERRAVIVA leva diariamente informação qualificada e com pautas de real interesse do homem do campo e da cidade.


Os slogans 
O canal que planta e cria o futuro. (2019) 
O canal de quem planta e cria. (2005)


Dados corporativos 
● Origem: Brasil 
● Fundação: 23 de março de 2005 
● Fundador: Johnny Saad e Jovelino Mineiro 
● Sede mundial: São Paulo, Brasil 
● Proprietário da marca: Companhia Rio Bonito de Comunicações S.A. 
● Capital aberto: Não (subsidiária da Rádio e Televisão Bandeirantes S/A) 
● Presidente: Johnny Saad 
● Diretora executiva: Maria Cristina Bertelli 
● Faturamento: Não divulgado 
● Lucro: Não divulgado 
● Presença global: Não (presente somente no Brasil) 
● Segmento: Comunicação 
● Principais produtos: Noticiários, leilões e programas sobre agronegócio 
● Concorrentes diretos: Canal Rural, AgroCanal, Canal do Boi e AgroBrasil TV 
● Slogan: O canal que planta e cria o futuro. 

A marca no Brasil 
Atualmente o TERRAVIVA, um dos principais veículos de comunicação do setor agropecuário no país, com sua atuação multitela, o que o torna um dos únicos canais do segmento a integrar TV paga, internet e aplicativos, está disponível em mais de 20 milhões de domicílios brasileiros, atingindo mais de 64 milhões de telespectadores. O diversificado conteúdo do canal (como jornais, reportagens e programas) também está disponível dentro da Band Internacional. Além de noticiários, programas e documentários, o canal transmite via satélite, por suas unidades móveis, leilões virtuais e presenciais de norte a sul do país. É justamente os leilões a fonte de maior receita do canal. 

Você sabia? 
O programa mais popular do canal é o Jornal Terra Viva, principal telejornal do agronegócio brasileiro que apresenta os principais fatos do dia do setor agropecuário, as notícias atualizadas, a previsão do tempo, boletins ao vivo dos principais eventos e leilões que acontecem no país. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Exame, Veja e Isto é Dinheiro), jornais (Estadão), sites de mídia (Band), sites especializados em Marketing e Branding (Mundo do Marketing) e Wikipedia (informações devidamente checadas). 

Última atualização em 2/6/2020