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6.12.23

ÓTICAS CAROL


Com a visão de enxergar um mundo mais bonito e transformar os óculos no principal acessório de moda, a Óticas Carol se tornou um verdadeiro sucesso no mercado ótico brasileiro. Com mais de duas décadas de uma rica história, a Óticas Carol busca disseminar o acesso à visão para todos. Para isso, conta com um amplo portfólio de produtos por preços justos e oferece facilidade de pagamento, democratizando assim marcas reconhecidas internacionalmente. 

A história 
Tudo começou em meados dos anos de 1990 com o empresário Odilon Santana Filho, então proprietário de uma indústria ótica e que temendo à concorrência das importações asiáticas e dos produtos contrabandeados, resolveu apostar no segmento de varejo. Com a ajuda de seu filho, Odilon Santana Neto, então com apenas 16 anos, e das filhas Ana Paula Santana e Daniela Santana, inaugurou em 1997 duas lojas pilotos no segmento ótico no interior do estado de São Paulo, na cidade de Sorocaba. Essas lojas, que adotavam o conceito de satisfazer todas as necessidades do consumidor no mercado ótico, foram batizadas com o nome de Óticas Carol. A escolha do nome Carol se baseou no fato de ser um nome próprio, fácil de ser pronunciado e lembrado, além da viabilidade de registrá-lo sem ter um concorrente com nome semelhante. A estratégia de crescimento foi iniciada no ano de 2000, com base na implementação do processo de franquias, o que culminou com a inauguração de diversas lojas em outras cidades do interior paulista com mais de 40.000 habitantes.
  

O rápido crescimento da rede, especialmente a partir de 2003, chamou a atenção de grandes investidores. Com isso, em 2005, os proprietários da maior fabricante brasileira de armações para óculos, a Tecnol, compraram 50% da empresa. Foi esse aporte que financiou a chegada da Óticas Carol a cidade de São Paulo, o maior mercado do país, já no ano de 2006 com a inauguração de várias unidades. E para marcar essa entrada e tornar a marca conhecida, contratou a atriz Mariana Ximenes para estrelar uma campanha publicitária, veiculada em horário nobre na Rede Globo (conheça essa outra história aqui) na capital paulista. Já em setembro desse mesmo ano, a Óticas Carol se transformou na maior rede do setor em unidades, num total de 150 lojas, mesmo que presente somente no estado de São Paulo. Ainda este ano, a rede investiu no fortalecimento de marcas próprias.
   

Pouco depois, em 2008, a empresa foi vendida para o empresário Marcos Amaro, filho do comandante Rolim Amaro, fundador da TAM (conheça essa outra história aqui). Sob o novo comando, a Óticas Carol começou a implantar um plano para se consolidar como uma rede nacional, com a inauguração de unidades em outros estados do país. A grande transformação ocorreu na virada de 2009 para 2010, quando a rede foi reposicionada no mercado, indo além do mero segmento ótico. Nesse momento a rede acreditava que os óculos não eram somente objetos de correção visual, mas sim acessórios de moda. E foi o executivo Ronaldo Pereira que apostou na ideia de aumentar significativamente a oferta de óculos de sol. Com isso, a Óticas Carol passou a oferecer uma maior quantidade de marcas com produtos coloridos e com design fashion. Além disso, ao atingir o número de 300 lojas no Brasil, a Óticas Carol foi tornando os óculos um produto cada vez mais acessível - passando a ser vendido em até 10 vezes sem juros e com preços tão competitivos como aqueles que se viam fora do país.
   

A partir desse momento, a marca passou a investir cada vez mais em tecnologia e, ainda em 2010, criou o laboratório digital mais moderno da América Latina, localizado em Barueri (SP), e começou a produzir lentes de altíssima qualidade. Além de reduzir custos, o laboratório abriu a possibilidade para que a empresa produzisse no país as lentes de diversas marcas internacionais. Todas as lentes são produzidas através de processo 100% digital, garantindo mais nitidez, precisão, campo de visão mais amplo, conforto e adaptação imediata. A rede também começou a realizar ações de marketing agressivas, como por exemplo, a promoção “Sua Idade é o Seu Desconto”, que oferece benefícios definidos de acordo com os anos de vida do cliente. Realizada anualmente pela Óticas Carol devido ao enorme sucesso, a iniciativa oferece descontos proporcionais à quantidade de anos de vida do cliente em armações selecionadas por cada loja. Por exemplo, se o consumidor tem 75 anos, o desconto será de 75%.
  

A mudança de foco da Óticas Carol ganhou um novo fôlego em março de 2013, quando Amaro vendeu o controle da empresa para investidores estrangeiros liderados pelo fundo britânico 3i, permitindo continuidade ao agressivo plano de expansão da rede. No ano de 2014, com 682 franquias em todo o Brasil, a Óticas Carol se tornou a maior rede de óticas em número de unidades no país. E não parou por aí. A Óticas Carol fechou 2015 com mais de 900 lojas espalhadas por todas as regiões do Brasil e um laboratório capaz de produzir mais de 2.000 lentes por dia, reafirmando-se como a maior rede de franquias de óticas do mercado brasileiro.
  

Em 2017, a empresa, então com 950 lojas espalhadas pelo território brasileiro, foi adquirida por U$ 117 milhões pela italiana Luxottica (atual EssilorLuxottica, resultado da fusão em 2018 com a fabricante francesa de lentes oftálmicas Essilor - das marcas Varilux e Transitions, clique em ambas para conhecer suas histórias -, o maior grupo óptico do mundo e proprietário de marcas como Ray-Ban (conheça essa outra história aqui) e Oakley (clique aqui para conhecer mais essa história), além de marcas de varejo incluindo Sunglass Hut (conheça essa outra história aqui) e LensCrafters. No ano seguinte, a Óticas Carol lançou com exclusividade no Brasil as famosas lentes de grau Ray-Ban Authentic
  

No ano de 2021, buscando oferecer aos consumidores óculos que tenham a cara do brasileiro, a rede lançou sua marca própria de óculos, batizada de OC. Levando em consideração as necessidades do consumidor e as tendências do setor, a marca OC foi criada com o objetivo de suprir a pluralidade de estilos e de pessoas do país de maneira leve e democrática com produtos de alta qualidade e preços acessíveis. Inicialmente a OC contava com duas linhas, uma de óculos de sol, inspirada em destinos em que o pôr-do-sol faz encher os olhos, e outra de óculos de grau, inspirada em destinos ligados a grandes escritores brasileiros. Ao todo, eram 20 modelos exclusivos confeccionados em fibra de náilon e com lentes de policarbonato.
  

Atualmente a Óticas Carol adota a proposta de ser uma rede fast fashion de óculos, ou seja, que trabalha o luxo acessível: duas tendências fortes no varejo hoje em dia. A Óticas Carol, assim, vai muito além de uma ótica tradicional, atuando como uma rede de lojas de perfil fashion e com itens para cuidados da saúde visual, reunindo grandes grifes nacionais e internacionais a preços e condições de pagamento acessíveis, atendendo a consumidores de todo o Brasil.
   

Fazendo o bem 
Estima-se que 8 em cada 10 crianças e em idade escolar, nunca foram ao oftalmologista. Cerca de 30% dessas crianças tem algum problema de visão passível de correção com uso de óculos. Sabendo dessa realidade a Óticas Carol lançou em 2015 o PROJETO PEQUENOS OLHARES e tornou o programa sua missão social. O projeto nasceu com o objetivo de conceder às crianças do ensino público o direito de enxergar um mundo mais bonito através de uma boa visão. Esse projeto vende a preços subsidiados (R$ 59 em até dez vezes) 2 tamanhos de óculos infantis com 12 cores - antes chamados de “Carolzitos” - para crianças de 4 a 13 anos com certo grau de astigmatismo. Para ter acesso ao programa, as crianças precisam cursar regularmente a escola pública.
  

A evolução visual 
A identidade visual da marca passou por algumas alterações ao longo dos anos. O logotipo original da marca, que já utilizava as cores azul e amarelo e um sol com óculos como símbolo, foi totalmente reformulado em 2010. O novo logotipo perdeu o símbolo e ganhou uma nova tipografia de letra, mais moderna e sofisticada. Além disso, apesar de manter o fundo azul, a identidade visual apresentou o nome da marca escrito na mesma linha com a separação de um delicado traço. Atualmente o logotipo é utilizado também sem o fundo azul e, em algumas situações, a palavra “Carol” pode assumir a cor azul, em detrimento ao tradicional amarelo.
   

Os slogans 
Você Vê na Carol. (2023) 
Óculos Para Todos, é na Carol! (2023) 
Óticas Carol. Há 25 anos evoluindo com você! (2022) 
Enxergar bem muda tudo. (2016) 
Eu uso óculos. (2012) 
Seja Diferente. Seja Você. Escolha Óticas Carol. (2011) 
Especializada em você. (2008)
  

Dados corporativos 
● Origem: Brasil 
● Fundação: 1997 
● Fundador: Odilon Santana Filho e Odilon Santana Neto 
● Sede nacional: Barueri, São Paulo, Brasil 
● Proprietário da marca: EssilorLuxottica S.A. 
● Capital aberto: Não 
● Gerente geral: Silvina Mirabella 
● Faturamento: R$ 1 bilhão (estimado) 
● Lucro: Não divulgado 
● Lojas: 1.450 
● Presença global: Não (presente somente no Brasil) 
● Funcionários: 6.000 (incluindo franqueados) 
● Segmento: Ótico 
● Principais produtos: Óculos, armações e lentes 
● Concorrentes diretos: Óticas Diniz, GrandVision by Fototica, Zeiss, Qóculos, Óticas Wanny e Chilli Beans 
● Slogan: Você Vê na Carol. 
● Website: www.oticascarol.com.br 

A marca no Brasil 
Atualmente a Óticas Carol, maior rede de óticas do mercado brasileiro, possui mais de 1.450 lojas espalhadas por todos os estados do país, que oferecem um amplo portfólio de marcas, com soluções visuais para todas as etapas da vida e óculos para todos os gostos e estilos. O faturamento anual estimado da Óticas Carol é superior a R$ 1 bilhão. 


Você sabia? 
As vitrines das lojas da rede chegam a mudar três vezes por semana para atrair públicos diferentes 
Até 2010, óculos de sol mal significavam 10% do faturamento, e hoje respondem por mais de 35%. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Forbes, Exame, InfoMoney, Época Negócios, PEGN e Isto é Dinheiro), jornais (Meio Mensagem, O Globo, Valor Econômico e Estadão), sites especializados em Marketing e Branding (Mundo do Marketing) e Wikipedia (informações devidamente checadas).  


Última atualização em 6/12/2023 

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12.8.13

CARL ZEISS


Você sabia que nós recebemos 80% de toda a informação através dos olhos? Visão é de longe o nosso sentido mais importante. E justamente por isso há 160 anos a CARL ZEISS tem realizado constantes pesquisas e avanços tecnológicos, contribuindo para a evolução da ciência e a melhoria da qualidade de vida humana, oferecendo produto de alta precisão, tecnologia e conforto. 

A história 
Tudo começou no dia 17 de novembro de 1846 quando Carl Friedrich Zeiss, um mecânico de 30 anos, abriu uma fábrica e uma pequena loja de mecânica de precisão e ótica na cidade de Jena, localizada na Turíngia. Em apenas alguns meses, ele, que não só tinha uma base teórica sólida e uma boa experiência prática, mas também era bem relacionado com cientistas e matemáticos da tradicional Universidade de Jena, já havia formado uma clientela para quem consertava aparelhos científicos e instrumentos ou os produzia de acordo com as especificações de seus clientes. Além disso, o pequeno estabelecimento vendia óculos, escalas químicas, aparelhos de desenho, telescópios, balanças e termômetros. No ano seguinte, o sucesso nos negócios encorajou-o a contratar um assistente e um aprendiz, e a alugar uma oficina maior. No verão deste mesmo ano, seguindo o conselho de seu professor, o botânico Mattias Jacob Schleiden, ele focou sua atenção para montar um microscópio simples. E deu resultado: em setembro produziu o primeiro microscópio simples (só de uma lente). Inicialmente foram vendidas aproximadamente 23 unidades.


No início dos anos de 1850, ocorreu um forte aumento na demanda de instrumentos de observação nas fábricas da empresa, que gozava de uma excelente reputação entre os microscopistas em virtude de seu trabalho meticuloso. Na época, o nível de interesse mostrado pelos cientistas e pelos profissionais médicos em microscópios compostos vinha crescendo, pois esses eram os únicos instrumentos que ofereciam as mais altas ampliações que eles desejavam. Com isso, a competição forçou Carl Zeiss a construir os microscópios compostos da maneira tradicional a partir de 1857.


Não somente a história da empresa, mas também da ciência, começaria a mudar em 1886 com o início da cooperação entre Ernst Abbe (físico da Universidade de Jena) e Carl Zeiss, que resultou na criação de lentes de grande precisão. A partir de 1872 essas começaram a serem preparadas por cálculos de Abbe (índice de dispersão cromática). O sucesso destas lentes objetivas alavancou ainda mais o crescimento da empresa. Além disso, Abbe desenvolveu a teoria da imagem no microscópio, que deu a empresa uma vantagem tecnológica importante: com base em cálculos científicos, alcançando assim propriedades óticas muito melhores. Em 1882, Carl começou a trabalhar com Otto Schott, pai da moderna tecnologia de fundição de vidros, que desenvolveu novos vidros óticos, aumentando assim a qualidade da ótica, e mais tarde os produziu em parceria com Zeiss. Essa associação foi de extrema importância. De 1886 a 1923, surgiram 70 novos tipos de vidros, 59 deles produzidos pela Schott, uma empresa parceira da CARL ZEISS. A descoberta destes materiais deu origem a novos tipos de lentes oftálmicas, objetivas astronômicas e lentes para microscópios.


Em 1888, acometido por graves problemas de saúde, Carl Zeiss faleceu no dia 3 de dezembro na cidade de Jena. Como homenagem ao seu grande amigo e sócio, Ernst Abbe criou a Fundação Carl Zeiss, que estaria voltada para a alta tecnologia e pesquisas no segmento ótico, e pouco depois se tornaria a única proprietária das fábricas da empresa. Em 1893 a empresa abriu seu primeiro escritório de representação em Londres e, em 1906, inaugurou a primeira fábrica fora da cidade de Jena, localizada em Viena na Áustria. Já com uma importância econômica considerável, a CARL ZEISS se torna, durante a primeira metade do século 20, uma das empresas líderes em ótica com atividades no mundo inteiro. A CARL ZEISS enfrentou seus piores momentos durante a Segunda Guerra Mundial, quando a fábrica de Jena foi parcialmente destruída e as tropas americanas levaram 126 executivos e cientistas da empresa para a zona de ocupação. Somente em 1948 a Fundação Carl Zeiss reiniciou as operações no oeste, na cidade de Oberkochen, nordeste do estado de Baden-Württemberg, com o nome CARL ZEISS, enquanto no leste a fábrica de Jena foi nacionalizada e reiniciou a produção com o nome VEB CARL ZEISS JENA, seguindo caminhos separados.


Finalmente em 1990, com a queda definitiva do muro de Berlim e a reunificação da Alemanha, as empresas decidem unir-se sob o nome Fundação Carl Zeiss, que em 1995 adquiriu junto ao estado alemão a empresa CARL ZEISS JENA. Desde então muitos novos produtos foram desenvolvidos: microscópios destinados à medicina e à cirurgia; as lentes oftálmicas HYPAL e CLARLET 1.6 AS; as lentes progressivas GRADAL RD, destinadas à visão em interiores; espelhos especiais para telescópios e câmeras para satélites e binóculos. Além disso, a empresa iniciou um forte período de expansão internacional nos anos seguintes, que culminou com a inauguração de duas fábricas na Hungria, participação em um importante empreendimento na Bielo-Rússia e abertura de novos escritórios no leste europeu. Em 2002, adotou um novo posicionamento amparado pelo slogan “We make it visible” (algo como “Tornamos visível”). Pouco depois, em 2005, a Divisão de Óculos se funde com a empresa americana SOLA OPTICAL para formar a CARL ZEISS VISION, líder global de lentes para óculos.


Em 160 anos de uma rica história as inovações da CARL ZEISS contribuíram para os avanços alcançados em muitas áreas, que ajudaram na melhoria da qualidade de vida de milhões de pessoas. Eis aqui apenas alguns exemplos: sistemas para diagnóstico e terapia em oftalmologia, lentes para óculos, microscópios para pesquisa médica e microcirurgia, tecnologia de medição de alta precisão para as indústrias automotiva e de engenharia mecânica, além de sistemas óticos para um grande volume de produção de microchips.


A linha do tempo 
1857 
Início da fabricação dos microscópios compostos (uma lente objetiva e uma ocular), batizado de STAND I
1878 
Criação das lentes objetivas de imersão homogênea para microscópios, formando assim a poderosa base ótica para pesquisa de doenças infecciosas com a utilização de microscópio. 
1885 
Início da fabricação das lentes objetivas apocromáticas de diferentes tipos, secas e de imersão. 
1890 
Invenção da primeira lente anastigmática e livre de distorções (mais tarde chamada de PROTAR). 
1893 
Criação e desenvolvimento do método de iluminação que permitia o uso de toda a resolução das lentes objetivas desenvolvidas por Abbe. 
1896 
Desenvolvimento do primeiro microscópio 3D. 
1902 
Lançamento da TESSAR, mais famosa lente já criada, que foi popularmente chamada de “o olho de águia de sua câmera”. 
1908 
Lançamento dos óculos telescópicos para usuários com extremo grau de miopia. 
1912 
Lançamento das lentes PUNKTAL, que pela primeira vez permitiam imagens idênticas para um grande campo de visão. 
1924 
Início da produção do primeiro lote de objetivas corrigidas ao infinito, para o microscópio metelográfico LeChatelier. 
Produção do primeiro microscópio cirúrgico. 
1935 
O Dr. Smakula, cientista da CARL ZEISS, descobre um novo processo que aplicado sobre lentes proporcionava maior transparência. A este processo atualmente é dado o nome de tratamento anti-reflexo. Esta descoberta, apesar de ter sido patenteada, foi considerada secreta devido à sua importância militar. 
1936 
● Início da produção das primeiras lentes de contatos. Feita em vidro escleral (maior que as lentes de contato atuais) podia ser usada no máximo por duas horas diárias, pois impedia a passagem de oxigênio. Essas lentes foram criadas por Heinrich Wöhlk, que tinha uma forte hipermetropia e cansou-se de usar lentes grossas e desconfortáveis. Com auxílio do Professor Dr. Heine, diretor chefe da Oftalmologia da Universidade Kiel na Alemanha, ele criou a primeira lente de contato que se tem conhecimento no mundo. 
1938 
Lançamento dos primeiros fotomicroscópios, das primeiras objetivas com correção esférica e do primeiro microscópio de fase. 
1940 
Mais uma vez de forma inovadora a empresa utiliza materiais plásticos para a confecção das suas lentes de contato. 
1943 
Lançamento das lentes anti-reflexo. 
1950 
Lançamento do sistema modular de microscópios Standard, do foto-microscópios com câmara integrada e das lâmpadas de fenda para oftalmologia. 
1955 
Início da produção em escala de tubos de imagem para TV. 
1958 
Lançamento dos binóculos com oculares para portadores de óculos, que permitiam a observação com o uso dos óculos. 
1960 
Fabricação das câmeras fotográficas utilizadas no projeto Apollo. 
1964 
Início da produção de fibras óticas. 
1965 
Lançamento da técnica de contraste de interferência e dos microscópios metalográficos Neophot, que conquistariam renome mundial.
1972 
Lançamento da SONNAR SUPERACHROMAT, primeira lente para câmeras com correção de cores virtualmente perfeita. 
1974 
Lançamento das lentes TITAL, na época as mais finas para míopes. 
1975 
A fabricação de um espelho com 35m de diâmetro, destinado a um telescópio encomendado pelo Instituto de Astronomia Max Planck, resultou no maior projeto jamais realizado por uma fábrica de ótica. 
1983 
Desenvolvimento de uma nova lente oftálmica (a lente progressiva GRADAL HS), que iria revolucionar a oferta de produtos óticos graças à sua nova concepção na formação das imagens, permitindo condições visuais idênticas para os dois olhos, em todas as direções. 
1985 
Lançamento do sistema de controle por voz para microscópios cirúrgicos. 
1986 
Enquanto a VEB CARL ZEISS JENA lançava a série de microscópios com ótica corrigida ao infinito; a CARL ZEISS lançava a série AXIO. Nesta altura eram os dois únicos fabricantes a produzir ótica com correção ao infinito. 
1991 
Lançamento dos microscópios digitais de alta precisão para medicina, cirurgia e oftalmologia. 
2001 
Pela primeira vez as lentes progressivas GRADAL INDIVUDUAL são produzidas levando-se em conta parâmetros pessoais, por exemplo, a distância entre os olhos. Isto oferecia campos de visão maiores e, com isso, maior conforto visual.


Em busca da perfeição 
O segredo do sucesso das lentes CARL ZEISS está em seu processo de fabricação, pautado por uma incansável busca pela perfeição, capacitação técnica e testes precisos e constantes. Cientistas, engenheiros e técnicos em ótica da empresa, sabem que criar lentes é muito mais do que apenas combinar vidro e metal. Durante o processo de fabricação cada lente, uma a uma, é testada mais de 100 vezes, tudo para assegurar sua qualidade e durabilidade, através de um sistema exclusivo chamado MTF (Modulation Transfer Function) que realiza inúmeras medições em tempo real.


Totalmente voltada para pesquisa e desenvolvimento de produtos revolucionários, a empresa é responsável pela grande maioria das inovações na área da optoeletrônica e de produtos para visão. Seus modernos centros de pesquisa produzem o incrível número de quase duas solicitações de registro de novas patentes por dia útil. São aproximadamente 400 solicitações por ano. Esse perfil inovador faz com que dois terços do faturamento da CARL ZEISS seja proveniente de produtos lançados há menos de cinco anos.


A evolução visual 
A identidade visual da CARL ZEISS passou por inúmeras modificações ao longo dos anos, especialmente em virtude das fusões, desapropriações durante os períodos de guerra. A primeira identidade visual como marca registrada surgiu somente em 1906 e, nos anos seguintes, ganhou várias novas versões.


Com o fim da Segunda Guerra Mundial e a consequente divisão em duas empresas independentes, as identidades visuais também foram radicalmente modificadas.


Após a reunificação da Alemanha no início dos anos de 1990, a empresa adotou um novo logotipo, que foi modernizado em 1997, adotando um tom de azul mais escuro.


Os slogans 
We make it visible. (2002) 
Precision for your eyes.


Dados corporativos 
● Origem: Alemanha 
● Fundação: 17 de novembro de 1846 
● Fundador: Carl Zeiss 
● Sede mundial: Oberkochen, Alemanha 
● Proprietário da marca: Carl Zeiss AG 
● Capital aberto: Não 
● Chairman: Theo Spettmann 
● CEO & Presidente: Dr. Michael Kaschke 
● Faturamento: €4.16 bilhões (2012) 
● Lucro: €250 milhões (2012) 
● Fábricas: + 40 unidades 
● Presença global: 100 países 
● Presença no Brasil: Sim 
● Funcionários: 24.000 
● Segmento: Ótico 
● Principais produtos: Microscópios, lentes fotográficas, lentes multifocais e produtos cirúrgicos 
● Concorrentes diretos: Leica, Essilor, Hoya, Nikon e Olympus 
 ● Slogan: We make it visible. 
● Website: www.zeiss.com.br 

A marca no mundo 
A CARL ZEISS, que atua nos segmentos de soluções industriais, soluções em pesquisa, tecnologia médica e ótica para o consumidor, está presente em mais de 100 países, possui mais de 40 unidades fabris e mais de 50 centros de assistência e distribuição, bem como aproximadamente 20 centros de pesquisa e desenvolvimento, emprega 24.000 pessoas e faturou €4.16 bilhões em 2012. Hoje em dia a empresa desenvolve e fabrica planetários, lentes, lentes objetivas fotográficas e cinematográficas, binóculos, bem como soluções para a pesquisa biomédica, tecnologia médica, indústria de semicondutores, automotiva e mecânica. A CARL ZEISS é 100 % de propriedade da Carl-Zeiss-Stiftung (Fundação Carl Zeiss). 

Você sabia? 
A CARL ZEISS está atualmente no processo de concepção dos componentes óticos para o Telescópio Espacial James Webb definido para substituir o Telescópio Espacial Hubble, provavelmente em algum momento de 2014. 
Mais de 100 lentes objetivas da CARL ZEISS estavam entre as ferramentas dos produtores da trilogia “O Senhor dos Anéis”. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Isto é Dinheiro), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers). 

Última atualização em 12/8/2013

25.3.12

TRANSITIONS


A TRANSITIONS é uma marca líder em tecnologia fotossensível que oferece soluções inovadoras que se adaptam ás diversas condições de luminosidade, ajudando a proteger os olhos dos raios solares, proporcionando assim maior conforto visual para milhões de pessoas ao redor do mundo. Sua principal missão é ajudar pessoas a ter uma vida mais rica e vibrante, melhorando a visão e a maneira como percebem a luz. 

A história 
Tudo começou em 1990 quando a PPG, um gigante mundial do setor químico conhecido no meio ótico por ser o criador e deter a patente do CR-39 (resina para a produção das lentes plásticas oftálmicas), e a francesa Essilor, tradicional fabricante de lentes, resolveram unir suas experiência para fundar na pequena cidade de Pinellas Park, na ensolarada Flórida, a TRANSITIONS OPTICAL. Contando inicialmente com apenas 50 funcionários, as primeiras lentes fotossensíveis de plástico do mundo foram lançadas no mercado. O nome “transitions” (“transição” em português), era a perfeita representação do que as lentes fotossensíveis eram capazes de fazer: mudar automaticamente de claras em ambientes internos para uma tonalidade de óculos de sol ao ar livre, adaptando-se continuamente às condições de luz - reduzindo a claridade e o cansaço visual, além de oferecer maior qualidade na visão e conforto visual durante todo dia e noite.


Em uma época em que esse mercado era dominado pelas lentes fotossensíveis em cristal (vidro), a TRANSITIONS apresentou ao mundo um novo conceito: lentes de desempenho fotossensível superior, com proteção UV total, e a inédita vantagem de ter tecnologia aplicável em uma variada gama de materiais orgânicos e desenhos diferentes. Já no ano seguinte a segunda geração de lentes, batizadas de TRANSITIONS PLUS, estreou no mercado com tecnologia aprimorada. Pouco depois, em 1992, a empresa iniciou sua expansão global com a inauguração de uma fábrica na Europa, seguida, pouco depois, por escritórios de vendas na região da Ásia/Pacífico e América do Sul. Além disso, as lentes ficaram disponíveis para um maior tipo de prescrição.


O ano de 1995 foi marcado por duas grandes novidades: lançamento de uma lente com ação ainda mais rápida (TRANSITIONS III); e a realização do primeiro Transitions Academy, evento anual criado para manter profissionais óticos atualizados sobre as tendências de saúde da visão e bem-estar. Em 1996 a marca lançou no mercado a terceira geração de suas lentes que, pela primeira vez, foram disponibilizadas em material policarbonato resistente a impacto. Dando continuidade a sua expansão global, em 1997, a empresa iniciou suas operações com a instalação de uma fábrica e constituição de uma equipe de vendas no Brasil. Aqui no país, o sucesso mundial se repetiu. Por aqui, a marca cresceu 20% ao ano, e a filial local assumiu a condição de segundo maior mercado da marca no mundo, atrás somente dos Estados Unidos. O novo milênio tem início com a expansão da disponibilidade das lentes para mais tipos de prescrição, compatíveis com quase todas as solicitações feitas originalmente para lentes claras.


Em 2001, uma nova geração de lentes, com Trivex (material extremamente resistente a impactos), foi lançada no mercado. Em 2005 a marca introduziu uma tecnologia de lente ainda mais avançada, tornando-as tão claras quanto às lentes claras comuns em ambientes internos e tão escuras quanto os óculos de sol ao ar livre. Já em 2006, a marca lançou no mercado a TRANSITIONS DRIVEWEAR®, a primeira lente solar polarizada, projetada especificamente para melhorar a visão para dirigir. No ano de 2008, introduziu a mais avançada tecnologia fotossensível (Transitions VI) com lentes de transição mais rápida de ambientes claros para ambientes externos a escuros, fazendo a mudança de luz quase imperceptível para a maioria dos usuários. Em 2009 a empresa lançou uma linha de lentes fotossensíveis para o sol, batizadas de TRANSITIONS SOLFX, desenhadas para melhorar o desempenho visual em atividades ao ar livre. Enquanto os óculos de sol tradicionais tinham uma tonalidade fixa essas lentes ajustavam o nível de escuridão e mudavam de cor conforme a intensidade da luz solar. Além disso, ingressou em um novo segmento ao apresentar a primeira viseira fotocrômica comercialmente viável para capacetes de motocicleta. Nos Estados Unidos, em 2010, surgiu a TRANSITIONS XTRActive®, lente mais escura e confortável. Pouco depois, no Brasil, a empresa lançou as lentes na cor marrom.


Nos anos seguintes a marca lançou grandes novidades, como por exemplo, em 2012, com as lentes TRANSITIONS VANTAGE™ (que apresentam polarização variável, o que significa que são praticamente claras em ambientes internos e escurecem e polarizam ao ar livre). Pouco depois, em 2014, a empresa expandiu sua tecnologia para esportes de inverno, anunciando óculos com suas famosas lentes. E lançou novas gerações de lentes como a linha TRANSITIONS SIGNATURE®, que utiliza a exclusiva tecnologia Chromea7™, tornando estas lentes mais rápidas para clarear de ambientes externos para ambientes internos e que se adaptam a todas as condições de luminosidade e temperatura. Já a linha TRANSITIONS STYLE COLOURS oferece vibrantes cores da moda (âmbar, safira, ametista, além de cinza, marrom e verde grafite) que permitem criar a combinação perfeita de lentes e armação. Mais recentemente apresentou a TRANSITIONS SIGNATURE® GEN 8™, a primeira lente fotocrômica inteligente com uma revolucionária tecnologia nano-composta que melhora o desempenho fotocrômico e oferece visão, conforto e proteção ideais durante todo o dia.


Os profissionais de pesquisa e desenvolvimento da TRANSITIONS estão continuamente inovando no segmento de lentes adaptativas diárias, melhorando o escurecimento, a velocidade de desativação, a cor, a capacidade de reação e a claridade em ambientes internos. Por exemplo, as lentes da marca se adaptam automaticamente a diferentes condições de luminosidade. Com a tecnologia Transitions Light Intelligent, os óculos adaptam-se automaticamente às mudanças de condições de luz e ajudam a proteger contra a luz azul nociva, tanto no interior como no exterior. Respondendo à luz existente à nossa volta, mudam de forma inteligente de claro para escuro quando se sai à rua, passando novamente a claro quando se volta para um ambiente interior. Além disso, ajudam a proteger contra os raios UV e a prejudicial luz azul. A empresa continua avançando significativamente na ciência das cores e nos materiais para lentes, criando uma experiência fotocrômica melhor, disponível para mais pessoas. Também expandiu sua linha e atualmente oferece um produto para quem quer mais do que uma simples lente básica. A empresa também está se adaptando a novos mercados por meio de parcerias com marcas como Nike, Oakley e Bell.


A evolução visual 
A identidade visual da marca passou por apenas uma significativa remodelação ao longo da história. Isto aconteceu em março de 2018, quando a marca apresentou um logotipo completamente novo, criado em torno da ideia de capturar a luz e dominá-la, enquanto o uso do espectro de luz expressa melhor seu segmento de atuação e sua gama de produtos fotocromáticos. A nova identidade também apresenta um “O” dividido em “Transições”, com a divisão diagonal repartida em claro e escuro por um raio de luz.


Os slogans 
Light intelligent lenses. (2018) 
Light Under Control. (2018) 
Live the Good Light. (2017) 
Life Well Lit. (2012) 
Healthy sight in every light. (2009) 
 Right in any light. 
Visão saudável em qualquer ambiente.


Dados corporativos 
● Origem: Estados Unidos 
● Fundação: 1990 
● Fundador: PPG Industries e Essilor 
● Sede mundial: Pinellas Park, Flórida, Estados Unidos 
● Proprietário da marca: Transitions Optical Inc. 
● Capital aberto: Não (subsidiária da Essilor International S.A.) 
● Presidente: Chrystel Barranger 
● Faturamento: Não divulgado 
● Lucro: Não divulgado 
● Presença global: 80 países 
● Presença no Brasil: Sim 
● Funcionários: 1.800 
● Segmento: Ótico 
● Principais produtos: Lentes fotossensíveis 
● Concorrentes diretos: Carl Zeiss Vision, NXT, Ciba Vision, Bausch & Lomb, Corning, Sensity, LifeRx e BBGR 
● Slogan: Light intelligent lenses. 

A marca no mundo 
Atualmente a TRANSITIONS, que fabrica e desenvolve tecnologia para as lentes fotossensíveis mais recomendadas do mundo, está presente em mais de 80 países, vendendo a cada segundo um par de lentes. A empresa tem parceria com praticamente uma dúzia de fabricantes de lentes para oferecer mais de 100 opções de lentes aos consumidores. Além de Pinellas Park (Flórida), e da unidade em Sumaré (interior paulista), a empresa possui fábricas na Irlanda, Tailândia e nas Filipinas. 

Você sabia? 
A empresa detém mais de 85 patentes registradas que protegem suas avançadas tecnologias fotossensíveis. Suas lentes foram as primeiras a receber do Conselho Mundial de Optometria (WCO) o Global Seal of Acceptance for Ultraviolet Absorbers and Blockers baseada no protocolo de testes científicos realizado pela instituição. 
De 2009 a 2012 a marca foi parceira global da PGA TOUR (Associação Americana Profissional de Golfe). Dois dos melhores jogadores de golfe da PGA TOUR - Trevor Immelman e Kenny Perry - já foram embaixadores da TRANSITIONS para a visão saudável. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Exame), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand) e Wikipedia (informações devidamente checadas). 

Última atualização em 28/8/2019

26.1.12

LEICA


É justo dizer que cenas pitorescas da história mundial, retratos importantes de fatos que marcaram época, só foram possíveis devido a uma empresa alemã que revolucionou o mercado de câmeras fotográficas no início do século XX. As câmeras da alemã LEICA são sem dúvida uma das mais cobiçadas e caras do mercado. Sua reputação de alta qualidade fez com que grandes fotógrafos do passado, construíssem sua fama com uma câmera LEICA nas mãos, uma verdadeira “extensão do olho”, que criou uma nova escola dentro da fotografia. Para a marca seus produtos têm uma única missão: proporcionar as melhores imagens. 

A história 
As origens da marca LEICA remontam ao ano de 1911 quando o engenheiro Oskar Barnack começou a trabalhar na fábrica de lentes e microscópios Ernst Leitz Optische Werke, fundada em 1869 e localizada na pequena cidade alemã de Weztlar. Ele era apaixonado por fotografia e pela mais recente invenção da época, o cinema. Enquanto fotografava e filmava suas viagens pelas montanhas, Oskar sentia o esforço e a falta de mobilidade, em virtude de sua saúde fraca, de carregar as pesadas câmeras de chapas e estava disposto a deixar de usar essas câmeras de placa de vidro, que ficavam fixas sobre tripés. Depois de muitas pesquisas e estudos, em 1913, ele desenvolveu um protótipo com uma caixa de metal e uma lente semelhante as que eram utilizadas nos microscópios da época, que tinha velocidade única de obturador (1/40s). Além disso, ele colocou um mecanismo para utilizar o filme para cinema, só que ampliou o tamanho do fotograma para 24 x 36 mm, o dobro do utilizado na época, pois acreditava que este formato permitiria ampliações sem perder a qualidade dos detalhes. Pronto, estava criada a primeira máquina fotográfica portátil da história.


Pouco depois, em fevereiro de 1914, o modelo Ur-Leica já fazia fotografias com sucesso. O nome LEICA surgiu de uma combinação das palavras Leitz Camera. Com o início da Primeira Guerra Mundial o projeto teve que ser interrompido e só foi retomado em 1920, quando Oskar após ter fotografado uma enchente em Wetzlar resolveu implantá-lo. No entanto, ele percebeu que alguns ajustes teriam que ser feitos, como por exemplo, procurar um design de lente que fosse mais compatível com o tamanho da película da Ur-Leica. Só assim as imagens poderiam ser ampliadas em até dez vezes sem perder praticamente nada de detalhes. Foi então, que outro projetista da Leitz, o Doutor Max Berek, criou a lente que ele estava procurando. Ela tinha distância focal de 50 mm e abertura f/3.5.


Para começar a ser produzida, a primeira LEICA levou mais 10 anos, e somente em 1924 entrou em linha de produção, após Oskar convencer o dono da fábrica, Ernst Leitz II. Então foram produzidas 30 raríssimas unidades da LEICA 0. Na primavera do ano seguinte foi apresentada oficialmente ao público em uma feira de fotografia na Alemanha com o nome de LEICA I, que se tornou a primeira câmera 35 mm portátil que utilizava padrão de cinema em filme de 35 mm. Durante esse ano mais de 1.000 unidades foram fabricadas, e se tornou um sucesso absoluto entre os fotógrafos alemães. Em 1930 surgiu o primeiro modelo com lentes intercambiáveis, com base em uma rosca de 39 milímetros de diâmetro. Além da lente de 50 mm normal, uma angular de 35 milímetros de largura e uma lente de 135 milímetros teleobjetiva, estavam inicialmente disponíveis. A novidade conquistou imediatamente muitos fotógrafos e fez enorme sucesso no meio jornalístico, trazendo uma nova dimensão para a cobertura dos fatos através das imagens. Pouco depois, em 1932, já era estimado que aproximadamente 90 mil máquinas da marca alemã estavam em uso em toda a Europa. Ainda neste ano a empresa lançou a LEICA II, equipada com um mecanismo de telêmetro acoplado à lente de focalização. Este modelo tinha um visor separado (mostrando uma imagem reduzida) e medidor de distância (“rangefinder”), que dava um panorama de como seria capturada a imagem pelo fotógrafo.


Oskar Barnack faleceu em 1936, a tempo de ver seu projeto de câmera consagrado como o maior sucesso do mercado fotográfico, depois da própria invenção da fotografia. Foi inevitável que grandes fotojornalistas aderissem ao uso da LEICA pela qualidade das imagens e por ser leve e pequena, o que facilitava o trabalho do profissional que precisava estar sempre na rua. Durante os anos 1940 e 1950, com a fundação da agência parisiense de fotojornalismo, a LEICA foi imortalizada como câmera predileta de gênios como o francês Henri Cartier-Bresson, o húngaro Robert Capa e o polonês David Seymour. Um dos modelos da marca alemã que mais fizeram sucesso foi a LEICA M3, lançada em 1954 e que introduziu o sistema M, de encaixe de baioneta para lentes. Em 1961, a empresa computava a quantidade de 1 milhão de máquinas pelo mundo. E pouco depois, em 1965, lançou a LEICAFLEX, primeira câmera SLR da marca (SLR é a sigla para Single Lens Reflex, sistema no qual o fotógrafo vê exatamente a mesma imagem que vai ser exposta ao filme). Em 1984 a empresa lançou uma de suas máquinas de maior sucesso: LEICA M6, que possuía um medidor de luz moderno, fora do obturador, sem partes móveis e setas LED no visor. Em 1986, a empresa Ernst Leitz GmbH mudou seu nome para LEICA, muito em virtude da força e credibilidade que a marca havia conquistado no mundo. Neste momento, a empresa mudou sua fábrica de Wetzlar para a cidade vizinha de Solms. Em 1996, a divisão de câmeras foi separada da empresa e se tornou uma companhia de capital aberto.


Finalmente em 1998, o grupo dividiu-se em duas unidades independentes: Leica Microsystems (detentora da LEICA CÂMERAS) que produzia equipamentos de pesquisa geológica e Leica Geosystems (fabricante de microscópios). Com a chegada do novo milênio a marca alemã resolveu investir no luxo. Em estreita colaboração com a sofisticada francesa Hermès lançou uma máquina em edição limitada em couro e aço polido e um modelo retrô inspirado na clássica M3, dos anos de 1950. A parceria deu tão certo, que nos anos seguintes novos modelos, sempre em edição limitada, foram lançados no mercado, incluindo uma câmera M7 que “vestia” uma capa de pele de vitela ao preço de US$ 24 mil. A empresa chegou à beira da falência em 2004, quando as câmeras digitais se popularizaram no mercado e a LEICA, por sua vez, se mantinha analógica. Mas em 2009, a marca deu a volta por cima e passou a produzir mais de 300 mil câmeras por ano, ingressando assim no mercado de máquinas digitais. Em 2010, a empresa lançou no mercado a LEICA V-LUX 20, uma câmera digital compacta de alta qualidade para toda família, que rapidamente se tornou um sucesso de vendas. Mais recentemente a marca lançou a SOFORT, uma resposta ao fenômeno das máquinas fotográficas instantâneas e cujo nome deriva da palavra alemã para imediato. Hoje em dia a LEICA conta com modelos digitais como o da linha M, a M8, primeira câmera SLR digital desta série, mas sempre mantendo a tradição de qualidade de sistema ótico, e até a LEICA M MONOCHROM, uma câmera de 18 megapixels que tira somente fotos em preto e branco.


A lendária qualidade da marca baseia-se em uma longa tradição de excelência na construção de lentes. E hoje, em combinação com tecnologias inovadoras, os produtos LEICA continuam a garantir as melhores imagens em todas as situações de visualização e percepção. Cada câmera LEICA ainda traz um pouco do espírito daquele homem que, com sua ousadia e genialidade, mudaria para sempre aquilo que conhecemos como fotografia. A qualidade de seus produtos é tamanha, que as lentes LEICA estão presentes nas máquinas digitais LUMIX, produzidas pela japonesa Panasonic.


A superioridade 
A revolução da fotografia em filmes de 35 mm iniciada pela marca alemã há mais de 100 anos fez com que a LEICA estampasse dois slogans: “uma parte integrante do olho” e “uma extensão da mão”, que durante anos definiriam seus produtos na cabeça dos consumidores. Tamanha inovação fez com que a empresa popularizasse o uso da máquina fotográfica, pois era mais barato adquirir uma câmera pequena e mais simples de executar os procedimentos para conseguir um instantâneo. Nas décadas seguintes, a LEICA criou fama de ser a câmera que se adaptava melhor para fotografias à luz natural, tanto que até hoje diversos fotógrafos renomados – tal como o brasileiro Sebastião Salgado – utilizam-na para retratar suas obras de arte.


Diz-se ainda que uma LEICA e suas lentes são eternas se bem cuidadas tamanha a robustez do equipamento. Além disso, a LEICA tem a reputação de possuir as lentes mais claras do mercado. Tamanha clareza permite ao fotógrafo o uso da câmera sem flash em ocasiões de pouca luz, algo que todo profissional valoriza. Em virtude disso suas câmeras são conhecidas por ser uma das poucas que têm permissão para serem operadas dentro de alguns tribunais devido à sua extrema suavidade ao fotografar (muito silenciosa). O estilo de construção das câmeras permanece similar aos modelos clássicos do início do século, o que serve para manter sua mística. Ser discreta, silenciosa, rápida e precisa são os preceitos que a nortearam durante décadas e isso bate com os dogmas do fotojornalismo. Apesar de diversas inovações na fotografia digital nos últimos anos e a crescente concorrência de marcas japonesas e de outras tantas nacionalidades, a LEICA permanece na mente de quem sabe que a fotografia não é apenas um clique, mas uma arte que vai além de capturar as imagens. Afinal, conquistou tudo isso sem deixar de lado a tecnologia de suas câmeras, que chegam a ser submetidas a 60 controles de qualidade nas fábricas de Famalicão, em Portugal, e Wetzlar, na Alemanha.


A evolução visual 
A identidade visual da marca alemã passou por algumas remodelações ao longo da história. Sempre mantendo a mesma arquitetura (a letra L estendida), as mudanças ocorreram em relação á tipografia de letra. O logotipo atual ganhou um fundo circular vermelho.


Os slogans 
Passion for the perfect picture. 
A Thing of Beauty. 
When it has to be right. (2009) 
My point of view. (2001) 
Fascination and precision. (2000) 
The freedom to see. (1994) 
Lifetime investment in perfect photography. (1958) 
Makes better pictures easier. (1952) 
Toda Leica tem alma.


Dados corporativos 
● Origem: Alemanha 
● Lançamento: 1914 
● Criador: Oskar Barnack 
● Sede mundial: Wetzlar, Alemanha 
● Proprietário da marca: Leica Camera AG 
● Capital aberto: Não 
● Chairman: Dr. Andreas Kaufmann 
● CEO: Oliver Kaltner 
● Faturamento: €365 milhões (2015/2016) 
● Lucro: Não divulgado 
● Lojas: 73 
● Presença global: 75 países 
● Presença no Brasil: Sim 
● Funcionários: 1.600 
● Segmento: Ótico 
● Principais produtos: Câmeras, lentes e binóculos 
● Concorrentes diretos: Canon, Nikon, Olympus, Pentax, Sony e Carl-Zeiss 
● Ícones: A qualidade de suas lentes 
● Slogan: Toda Leica tem alma. 
● Website: www.leica-camera.com 

A marca no mundo 
Atualmente os produtos da LEICA, que incluem câmeras fotográficas, lentes, binóculos, lunetas, monóculos para golfistas e até miras para rifles, são comercializados em mais de 75 países ao redor do mundo. A empresa possui ainda 73 lojas próprias (batizadas de LEICA STORES e LEICA BOUTIQUES) localizadas em cidades como Tóquio, Berlim, Paris, Moscou, Beijing, Xangai, Londres, Lisboa, Nova York, entre outras. A empresa, que possui somente duas fábricas no mundo, uma na Alemanha (Wetzlar) e outra em Portugal (Vila Nova de Famalicão), investe todos os anos aproximadamente €12.5 milhões em pesquisa e desenvolvimento de produtos, e possui forte penetração na Alemanha, Europa, Ásia e América do Norte. A marca inda possui 17 unidades da LEICA GALLERY, localizadas em cidades como São Paulo, Boston, Frankfurt, Milão, Los Angeles, Tóquio. É espaço cuja proposta é apoiar artistas, promover workshops e encontros, no intuito de gerar uma relação íntima entre fotografia, espectador e espaço expositivo. 

Você sabia? 
Em 1979 a empresa criou o OSKAR BARNACK AWARDS, concurso que premia as melhores fotografias de cada ano. 
Hoje em dia, outras três empresas utilizam a marca LEICA: Leica Microsystems (microscópios e softwares de análise de imagem), Leica Biosystems (soluções de biópsia para o diagnóstico) e Leica Geosystems (produz e comercializa equipamentos e sistemas para topografia e geomática). 
A LEICA é, hoje, a “Louis Vuitton da fotografia”. Uma câmera da marca alemã pode chegar a somas estratosféricas. Foi o caso de um modelo vintage, criado pela empresa em 1923, leiloado pela bagatela de US$ 2.8 milhões em 2011, o que lhe conferiu o recorde de câmera fotográfica mais cara do mundo. 
As câmeras da marca LEICA sempre estiveram presentes em alguns dos momentos mais marcantes da história, como a Segunda Guerra Mundial ou os ataques de napalm no Vietnã, e captaram através de suas lentes personagens icônicos como Che Guevara ou James Dean. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek, Isto é Dinheiro e Exame), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers). 

Última atualização em 25/3/2017