Muitos dos carros da CHEVROLET tornaram-se ícones da cultura americana. Afinal, quem nunca andou em um Opala? Sonhou em ter um Corvette? Assistiu na televisão perseguições a bordo de um Camaro? Presenciou uma S-10 carregar quilos de carga? Desejou comprar um Cruze? Ou não conhece um Vectra? Veículos que conquistaram reputação pelo desempenho, durabilidade, valor e inovação tecnológica. Durante mais de um século a CHEVROLET (também conhecida pela abreviação CHEVY, entre os americanos) se tornou uma marca reconhecida mundialmente, não somente por fabricar automóveis de alta qualidade, mas por lançar sonhos e construir mitos.
A história
A história de uma das mais tradicionais marcas americanas de automóveis começou em 1909, quando William Crapo Durant, um bem sucedido produtor de peças automotivas e carruagens, e um dos fundadores da General Motors (GM), pediu ajuda para produzir uma linha de automóveis populares a Louis-Joseph Chevrolet (de bigode a direita na foto abaixo), um mecânico e engenheiro suíço famoso por suas habilidades de pilotagem, ele chegou a estabelecer um recorde de velocidade em terra, em 1905, atingindo 111 mph. Isto ocorreu porque Durant havia saído da General Motors por divergências com banqueiros que investiam na empresa. A parceria entre os dois, e outros dois investidores, William Little (fabricante do automóvel Little) e Dr. Edwin R. Campbell (genro de Durant), resultou na fundação da CHEVROLET MOTOR COMPANY of MICHIGAN no dia 3 de novembro de 1911 na cidade de Detroit, ingressando no turbulento mercado de automóveis da época. O nome da empresa foi escolhido porque William Durant gostava de como a palavra CHEVROLET soava aos ouvidos, além der ser o sobrenome de seu designer e sócio, Louis Chevrolet, que era um nome proeminente no mundo automobilístico, o que atrairia publicidade para a nova marca.
No ano seguinte a CHEVROLET põe nas ruas seu primeiro modelo, chamado Series C Classic Six, um automóvel bastante confortável e espaçoso com capacidade para cinco passageiros. Seu motor de seis cilindros produzia 40 cavalos de potência e permitia uma velocidade máxima de aproximadamente 65 milhas por hora. O modelo, vendido por US$ 2.150, oferecia também um motor de partida elétrico e faróis elétricos em uma época em que esses itens eram raridade até mesmo entre os automóveis de luxo. Apesar de seu alto preço, esse modelo era bem visto pelo seu estilo, precisão e conforto. Durant também estava produzindo um carro menor e mais acessível chamado Little. As vendas de ambos foram fortes, e Durant reconheceu a força neste mercado e conduziu sua empresa nessa direção. Vale lembrar que desde o início, a CHEVROLET trouxe para a sua linha de automóveis e caminhões mais acessíveis a tecnologia e os dispositivos tipicamente reservados a veículos mais caros. O Chevrolet Series C e o Little foram produzidos até 1913. No ano seguinte, a plataforma básica pouco foi refeita com o lançamento do Chevrolet Modelo L, e mais tarde naquele ano com o Modelo H. A renovada linha CHEVROLET teve sucesso imediato, graças a um preço orientado por valores e um motor de quatro cilindros que provou ser muito durável. Apesar do sucesso inicial da empresa, Durant e Chevrolet divergiam sobre a filosofia de produtos. O abismo entre eles resultou em Durant comprar a participação de Louis Chevrolet na empresa em 1915.
E foi ainda em 1915, que a empresa resolveu bater de frente com a Ford, ao lançar no mercado o modelo 490, custando apenas US$ 490, para concorrer com o popular Model T. O sucesso do carro foi imediato, vendendo aproximadamente 110 mil unidades em menos de três anos. Em 1916 a CHEVROLET já possuía capital suficiente para permitir a William Durant comprar a maioria das ações da General Motors. Após concretizar o negócio, ele passou a ser o novo presidente da empresa, levando a CHEVROLET, em 1917, a inserir-se na GM como uma divisão autônoma. O primeiro utilitário CHEVROLET teve a produção iniciada em 1918, utilizando a plataforma do automóvel modelo 490. Denominado 490 Light Delivery (entrega leve), era oferecido ao comprador apenas com chassi, mecânica, painel e a parte frontal da carroceria: a cabine e a parte traseira deveriam ser fornecidas por empresas especializadas ou construídas sob medida para as necessidades do cliente. Não demorou e outras montadoras no país, como também no resto do mundo, descobriram o enorme filão que esses úteis veículos conquistariam. Neste mesmo ano, com o objetivo de aumentar sua capacidade de produção, a empresa inaugurou uma fábrica no Canadá, criando assim oficialmente a Chevrolet Motor Car Company of Canada.
No ano de 1924 a marca CHEVROLET começou a ser comercializada na Europa. Nesse mesmo ano a empresa começou a oferecer rádios como equipamentos opcionais para seus veículos. Pouco depois, em 1927, a CHEVROLET conseguiu pela primeira vez ultrapassar em vendas a grande rival Ford. Em 1929, foi lançado um novo motor de seis cilindros com válvulas no cabeçote. Os seus salientes parafusos conferiram ao motor o apelido de “Stovebolt” (pois esses parafusos da tampa de válvulas pareciam os usados em fogões), um nome que simboliza a rigidez e a durabilidade CHEVROLET. A empresa atingiu a marca de 7 milhões de veículos produzidos já em 1930. Era um crescimento e tanto para uma montadora relativamente nova. A primeira picape propriamente dita da CHEVROLET, com caçamba instalada de fábrica, foi lançada ainda em 1930. No ano seguinte, a cabine passava a ser construída em aço, abandonando a madeira e, em 1932, o câmbio de três marchas ganhava segunda e terceira marchas sincronizadas, o que dispensava o processo de dupla-embreagem. Um ano depois já havia um milhão deles rodando pelos Estados Unidos. Outra inovação ocorreu em 1935 com o lançamento da suspensão dianteira independente.
Durante a Segunda Guerra Mundial, assim como as demais montadoras americanas, a CHEVROLET voltou-se para a produção bélica, como por exemplo, o desenvolvendo de veículos, fuzis e até bombas. Ao final da guerra os americanos estavam mais do que ansiosos por novos veículos. Apesar do período propício, o modelo CHEVROLET lançado em 1947 não tinha nada de revolucionário, mas graças ao motor Blue Flame Six, considerado por muitos o melhor seis cilindros em linha já projetado, os automóveis da marca caíram nas graças dos chefes das famílias americanas, devido a sua economia e confiabilidade. Ainda nesta década ocorreu um dos lançamentos ícones da montadora americana: em 1949 surgia o CHEVROLET BEL AIR, que parecia ter nascido destinado ao sucesso. Com sua bela carroceria de duas portas, sem coluna, projetada para lembrar um conversível e sua chamativa pintura de dois tons contrastantes – o famoso “saia e blusa” - o modelo tornou-se o maior símbolo da era de ouro da CHEVROLET e um dos automóveis de maior sucesso da indústria automotiva, tanto que foi produzido até 1981.
A década de 1950 foi repleta de novidades: em 1953, surgia um dos maiores ícones da indústria automobilística americana, o CORVETTE, primeiro carro esportivo a ser produzido em série com chassi reforçado com fibra de vidro; em 1955 com a edição especial do CHOVROLET CAMEO, que introduziu pára-lamas traseiros lisos pela primeira vez em uma picape de produção em escala, ou as aletas aerodinâmicas do Chevy Bel Air, que representaram a “Era do Jato”; em 1958 foi a vez dos modelos CHEVROLET EL CAMINO, uma mini picape que aliava o conforto de um carro a eficácia de um utilitário, e do luxuoso CHEVROLET IMPALA, um dos modelos de maior sucesso da empresa; e, em 1959, o CORVAIR, primeiro carro com suspensão totalmente independente. Em relação a tecnologia, a grande novidade da década foi o motor V8 de diferentes cilindradas, estando o mais potente deles acoplado a uma caixa manual de três velocidades, e que abriu uma nova era no segmento de alta performance. Outra inovação ocorreu em 1957, quando a injeção de combustível foi oferecida pela primeira vez.
A década seguinte foi marcada pelo lançamento de grandes sucessos de vendas como o carro compacto CHEVY II (1962); o modelo MALIBU (1964); o CHEVROLET CAMARO, um ícone da indústria automobilística americana, introduzido em 1966; e a CHEVROLET BLAZER (1968), uma perua conversível, com teto rígido removível ou capota de lona. Nesta década a marca CHEVROLET era a mais popular dos Estados Unidos, como confirma os dados do ano de 1963, onde um em cada dez carros vendidos no país era da marca. No ano de 1972, o modelo IMPALA alcançou a impressionante marca dos 10 milhões de unidades vendidas desde seu lançamento, tornando-se o carro popular mais comercializado da história até então.
Nos anos seguintes a CHEVROLET continuou lançando no mercado modelos inovadores e de grande sucesso, como por exemplo, o pequeno CHEVETTE em 1973; a CHEVROLET S-10 BLAZER em 1982; o CHEVROLET CAVALIER, que se tornou o carro mais vendido do país entre os anos de 1984 e 1985; as linhas de carros pequenos e compactos como o GEO METRO, o SPECTRUM e o TRACKER, entre os anos de 1988 e 1989; o CHEVROLET LUMINA em 1990; e a caminhonete SILVERADO no final da década de 1990, que se tornou em enorme sucesso de vendas. Em 2003, a marca foi oficialmente lançada no enorme mercado indiano e na Malásia. Pouco depois, em 2006, foram vendidos mais de quatro milhões de veículos CHEVROLET em mais de 120 países, confirmando a enorme e vital importância da marca para a GM.
Mesmo com a grave crise enfrentada pela GM nos últimos anos, a CHEVROLET continua a ser sua marca mais importante e a sétima mais vendida no mundo. Em 2011, a marca completou 100 anos de glórias, marcados principalmente pela inovação. E foi neste mesmo ano que a marca DAEWOO, adquirida pela GM em 2001, foi substituída pela CHEVROLET na Coréia do Sul e em outros países asiáticos. Mais recentemente, em 2017, com a venda das marcas Opel e Vauxhall para a francesa PSA, proprietário da Peugeot e da Citroën, a CHEVROLET deverá ganhar enorme importância dentro da GM no continente europeu nos próximos anos, já que hoje atua somente com os modelos Camaro e Corvette. Atualmente, o modelo VOLT guia a CHEVROLET ao futuro e redefine o que um automóvel significa. Ele é o primeiro veículo elétrico produzido em série no mundo, com alcance estendido movido à gasolina, oferecendo até 610 km de autonomia. Isso significa que o VOLT fornece os benefícios de um veículo elétrico sem as limitações de alcance associadas a outros veículos elétricos no mercado, expandindo os limites do desempenho e eficiência.
A linha do tempo
1935
● Lançamento do CHEVROLET SUBURBAN, uma Station Wagon com amplo espaço para carga, três fileiras de bancos e capacidade para oito passageiros. Na década de 1950 o modelo se tornou o preferido das famílias americanas. A última geração do modelo, lançada em 2015, é capaz de carregar mais passageiros e carga do que qualquer outro veículo da categoria e possui um sistema de segurança de 360 graus de proteção dos passageiros e tecnologia de prevenção de acidentes, que o tornam um dos veículos mais seguros da indústria. É o modelo mais antigo da CHEVROLET ainda em produção. O seu conceito de proporcionar maior capacidade de passageiros e de carga se mantém fiel há mais de 80 anos.
1955
● Lançamento do CHEVROLET APACHE, picape de enorme sucesso no mercado americano devido ao seu design robusto e corpulento.
1958
● Lançamento do CHEVROLET IMPALA, um sedã de porte grande com design sóbrio, que até 1965 era o automóvel mais caro produzido pela montadora. Este sedã ingressou na década de 1960 como o automóvel mais vendido dos Estados Unidos e, em 1965, bateu o recorde da indústria automobilística americana, com um milhão de unidades vendidas. Entre 1960 e 1969, vendeu 7.8 milhões de unidades. Até 1996, quando teve sua produção encerrada, o IMPALA vendeu mais de 13 milhões de unidades, se tornando o carro mais vendido da história em sua categoria. A nova geração do modelo foi reintroduzida no ano de 2000 como um sedã de porte grande e luxuoso. O modelo é atualmente um dos carros mais vendidos do mercado americano.
1964
● Lançamento do CHEVROLET MALIBU, um sedã de porte médio da linha Chevelle que possuía uma combinação de estilo esportivo, acabamento aprimorado e equipamentos de nível superior. Depois de ter a produção encerrada em 1983, o modelo foi relançado em 1997. A nona geração do modelo foi apresentada em 2016 como um luxuoso sedã de grande porte, que ganhou um design bem mais fluído e aerodinâmico, com grades, faróis e vincos mais afilados.
1966
● Lançamento em 29 de setembro do CHEVROLET CAMARO, modelo que teve um impacto imediato perante o público, alcançando 200 mil unidades em seu primeiro ano de venda. Oferecendo uma ampla gama de opcionais de personalização, bem como motores de alto desempenho, imediatamente se estabeleceu como um “muscle car” para competição. O projeto do modelo foi o primeiro a utilizar ampla assistência do computador no seu desenvolvimento a fim de garantir fluidez mecânica e de linhas. A segunda geração do modelo foi a que mais durou (11 anos) e a de maior sucesso (em termos de vendas), mesmo em meio à crise de petróleo na década de 1970 e controle de emissões mais rígidos, que fizeram a potência de todos os automóveis despencarem. Depois de um hiato de oito anos, em 2010 o modelo renasceu em grande estilo. Ele trazia linhas inspiradas na primeira geração e o estilo retrô, com grande capô, grade com os faróis integrados e as quatro lanternas retangulares. E mais recentemente, em 2015, foi lançada a sexta geração deste verdadeiro ícone, que até hoje é um símbolo da cultura norte-americana.
1970
● Lançamento do CHEVROLET MONTE CARLO, um sedã de grande porte. O modelo, sempre produzido com duas portas, teve seis gerações e sua produção foi encerrada em 2007. Curiosidade: um modelo de 1970 aparece no início do filme “Velozes e Furiosos Desafio em Tóquio”, sendo dirigido por Sean Boswell.
1981
● Lançamento da nova geração de picapes, com carroceria retilínea e, pela primeira vez, o arranjo de faróis sobrepostos com uma barra cortando a grade em dois segmentos, que nunca mais abandonaria esses utilitários.
● Lançamento do CHEVROLET CAVALIER, um sedã compacto que se tornou um dos carros mais populares dos Estados Unidos e Canadá. A linha ainda continha as versões cupê, conversível, hatchback e perua. Sua produção foi encerrada em 2005.
1982
● Lançamento da CHEVROLET S-10, uma picape compacta de grande sucesso. No mercado americano a produção foi encerrada em 2004. Já no Brasil é a campeã de vendas na categoria desde 1996.
1988
● Lançamento da CHEVROLET TRACKER, um veículo utilitário esportivo de pequeno porte.
1995
● Lançamento do CHEVROLET TAHOE, utilitário esportivo de porte grande e um dos veículos mais populares da marca americana. A quarta geração do modelo foi apresentada em 2015.
1996
● Lançamento da CHEVROLET EXPRESS, uma enorme van comercial.
1999
● Lançamento da CHEVROLET SILVERADO, uma picape de grande porte. Até 2007 era a segunda maior picape em volume de vendas do mercado americano. Já em 2016 foi o veículo mais vendido da CHEVROLET.
2001
● Lançamento do CHEVROLET TRAILBLAZER, utilitário esportivo de médio-grande porte luxuoso.
● Lançamento do CHEVROLET AVALANCHE, uma caminhonete de porte grande (quatro portas) com capacidade para cinco ou seis passageiros. A produção foi encerrada em 2013.
2002
● Lançamento do CHEVROLET AVEO (em alguns mercados também conhecido como SONIC), um veículo compacto com visual marcado pela traseira com lanternas triangulares e friso cromado na tampa do porta-malas. O modelo chegou a ser comercializado em mais de 120 países.
2003
● Lançamento do CHEVROLET SSR (sigla para Super Sport Roadster), uma picape roadster de pequeno porte conversível com motor V-8 de tração traseira e teto retrátil elétrico exclusivo. O modelo não fez o sucesso esperado e sua produção foi encerrada em 2006.
● Lançamento da linha de picapes médias CHEVROLET COLORADO, oferecidas nas configurações de cabines simples, duplas e estendida, com espaço real para 5 passageiros, visando as famílias que viajam com muita bagagem. A linha foi lançada para substituir a famosa CHEVROLET S-10 no mercado americano.
2004
● Lançamento do CHEVROLET COBALT, um sedã compacto que substituiu o modelo CAVALIER. Em 2010 sua produção foi encerrada.
● Lançamento do CHEVROLET EQUINOX, utilitário esportivo compacto com equilíbrio perfeito de estilo, conforto e recursos de um SUV. O modelo foi desenvolvido especificamente para o mercado americano para substituir o modelo Tracker. Em 2008 foi lançada a versão esportiva do modelo.
2005
● Lançamento do CHEVROLET UPLANDER, que adicionou novas dimensões de estilo e versatilidade à categoria de vans de tamanho compacto. O modelo oferecia o ousado estilo de um utilitário esportivo, o espaço para passageiro e interior versátil de uma van e o movimento suave de um sedã. Em 2008 sua produção foi encerrada devido ao fracasso nas vendas.
● Lançamento do CHEVROLET HHR, um veículo retrô, lembrando o teto alto e as linhas arredondadas de uma CHEVROLET SUBURBAN 49, que combinava estilo e um interior que se adaptava aos mais diversos estilos de vida. Até o nome do modelo era uma homenagem ao passado. HHR é a sigla em inglês para “high heritage roof” (em uma tradução livre, teto de nobre linhagem), referência à capota alta das caminhonetes americanas clássicas. Foi descontinuado em 2011.
2006
● Lançamento do CHEVROLET CAPTIVA, utilitário esportivo compacto (capacidade para sete pessoas) com design agressivo e robusto, aliando esportividade com conforto, inicialmente desenvolvido especificamente para o mercado europeu. Foi o primeiro carro da CHVEROLET neste segmento lançado com motor diesel.
2008
● Apresentação oficial no Salão do Automóvel de Detroit do CHEVROLET VOLT, primeiro carro híbrido produzido em grande escala que passou a ser fabricado e comercializado em 2010. O compacto, com espaço para quatro pessoas, tinha potência de 124 kw/h, ou seja, compatível ao motor do CHEVROLET CAPTIVA de seis cilindros. A autonomia da bateria era de 64 km e, caso houvesse a necessidade de um percurso maior, automaticamente era acionado um motor de combustão interna, que podia ser abastecido com E85 (mistura de 15% de gasolina e 85% de etanol), ou por célula de combustível, que utiliza hidrogênio. A diferença para qualquer modelo híbrido era que ele possuía apenas um motor principal, o elétrico, e o motor de combustão interna era menor, somente para auxílio. O carro marcou a comemoração de 100 anos da empresa, por ser a grande aposta de sobrevivência em um mercado cada vez mais exigente.
● Lançamento do CHEVROLET TRAVERSE, um veículo utilitário esportivo crossover de grande porte, cuja configuração pode variar entre sete ou oito lugares.
2009
● Lançamento do CHEVROLET CRUZE, um sedã compacto de quatro portas que se tornou um sucesso mundial de vendas. Pouco depois foi disponibilizada a versão cinco portas hatchback. Em 2010 já era o segundo modelo da marca mais vendido no mundo. O modelo está em sua segunda geração, sendo o segundo veículo mais vendido da marca no mundo.
2011
● Lançamento do CHEVROLET SONIC (conhecido na Europa como AVEO), que chegou ao mercado americano mostrando que um compacto barato podia sim oferecer um nível de equipamentos de segurança só presentes nos carros mais caros. O modelo tinha, além das 10 bolsas infláveis (Airbags), ESP, TCS, sistema OnStar de resposta a acidentes e freios ABS. O veículo compacto estava inicialmente disponível nas versões sedã e hatch.
2012
● Lançamento no mercado americano do CHEVROLET SPARK, um compacto ágil e rápido na cidade, firme e com capacidade de resposta em estrada aberta, e simplesmente divertido de conduzir. O modelo era resultado de um grande esforço global da GM, uma colaboração incomparável de talento de design de todo o mundo, que trouxe o espírito CHEVROLET a um novo segmento crescente de veículos menores, altamente eficientes, mas que oferecem grande prazer em dirigir.
2013
● Lançamento do CHEVROLET SS, o primeiro sedã que combina tração traseira e motor V8 desde 1996, quando o Impala SS saiu de linha. O modelo é equipado com uma variação do motor do Camaro. Trata-se de um 6.2 V8, de 421 cavalos, acoplado a uma transmissão automática de seis marchas com opção de trocas manuais.
● Lançamento do CHEVROLET TRAX, um utilitário crossover compacto. O modelo foi rebatizado de Tracker no Brasil.
2016
● Lançamento do CHEVROLET BOLT EV, que representa a visão da marca sobre como deve ser um veículo totalmente elétrico moderno: funcional, com grande autonomia e acessível ao consumidor. O modelo pode percorrer mais de 320 quilômetros com uma carga completa da bateria e conta com tecnologia avançada de conectividade capaz de proporcionar uma nova experiência de dirigir. O carro totalmente elétrico tem proporções únicas, com um entre-eixos de aproximadamente 260 cm, capô curto, grande área envidraçada e aparência de crossover. As baterias ficam posicionadas sob o assoalho da cabine, que é plano.
● Lançamento do novo CHEVROLET CAMARO ZL1, uma versão mais radical do muscle car da gravata borboleta, com mais potência e tecnologia de pista, como amortecedores magnéticos, além de aerodinâmica especial. O nervoso bólido tem 649 cv e uma caixa automática de dez marchas, com opções de trocas manuais. Mais leve que o antecessor, a nova plataforma permitiu uma economia de 90 kg, o que, combinado ao motor mais potente, corrobora para a melhoria no desempenho da máquina.
O mito
Quantos carros podem completar mais de 60 anos de vida, ao longo dos quais, sempre despertando paixão em uma incrível e fiel legião de fãs? No máximo meia dúzia e, mesmo assim teríamos que nos esforçar para listar quais os possíveis candidatos. Mas esta façanha tem sido alcançada com certa facilidade por um mito americano que atende pelo nome de CHEVROLET CORVETTE, cujos anos ao invés de envelhecê-lo, têm produzido em sua essência o mesmo efeito dos bons vinhos, que devem ser apreciados com pompa e circunstância.
Até o início dos anos de 1950 os executivos da GM assistiam os americanos comprarem carros esportivos importados da Europa, sem poder lhes oferecer nada que pudesse fazer concorrência. Foi então que Tom Keating, então executivo geral da CHEVROLET, resolveu mudar esse panorama. A história deste verdadeiro mito americano começou no dia 17 de janeiro de 1953, quando a neve do rigoroso inverno de Nova York que caía sobre o prédio do suntuoso Hotel Waldorf Astoria, serviu de pano de fundo para a apresentação do novo modelo Corvette, grafia inglesa para a corveta, uma pequena e veloz embarcação de escolta da Marinha Britânica. O novo carro obteve um sucesso inusitado, pois o público presente ao evento, entre eles artistas, designers, empresários e jornalistas, nunca haviam visto nada parecido, produzido na América. Afinal, era um carro diferente dos padrões americanos: pequeno, baixo, com visual limpo e esportivo, com a traseira ao estilo Cadillac, com lanternas na ponta do pequeno rabo de peixe. Fruto de um projeto inovador, o EX-122 teve como responsáveis: Ed Cole (engenheiro de motores), Maurice Olley (engenheiro de chassis) e Harley Earl (chefe do departamento de estilo). A aceitação ao Corvette foi tamanha que a empresa viu o sinal verde para colocá-lo em produção. Os primeiros anos do Corvette foram marcados pela inovadora carroceria de fibra de vidro (fiberglass), mais leve e imune à ferrugem. Feito à mão, o modelo de 1953 estava disponível apenas com carroceria branca e interior vermelho. Com linhas harmoniosas, mas longe de transmitir a esportividade que viria a aflorar anos mais tarde, o esportivo era anunciado como um carro de sonho que se tornou real. No primeiro ano apenas 300 carros foram produzidos, o que a princípio parece um número insignificante para um mercado como o americano, mas deve-se levar em conta que era um automóvel fora dos padrões da época, custava o dobro de um sedã convencional e tinha apenas dois lugares.
Mas os que esperavam “voar” sobre rodas ficaram desapontados. O motor 6-cilindros de 3.9 litros não empolgava. Outro “empecilho” era o câmbio automático de duas marchas. Algo deveria ser feito para o carro fazer jus ao título de esportivo. Dois anos depois de ter sido lançado, o Corvette ganhava motor V8 4.4 de 195 cv e opção de câmbio manual de três marchas, graças ao engenheiro Zora Arkus-Duntov, um belga filho de russos que trabalhou com competições automobilísticas na Europa, e que assumiu a responsabilidade de transformar o modelo no campeão que a CHEVROLET anunciava. Dito e feito. Assim que recebeu a nova motorização, o carro bateu o recorde de velocidade na pista de Daytona: 240 km/h. Com fôlego renovado, o carro passou pela primeira mudança estética em 1956, com a eliminação do “rabo de peixe” e a adoção de faróis mais planos. A carroceria estava mais esguia e o modelo adotava a pintura em dois tons. Além disso, eram oferecidos modelos cupê e conversível.
Um ano depois, a cilindrada do motor V8 aumentava para 4.6 e a potência chegava a 283 cv, com direito a injeção de combustível no lugar dos carburadores. Para aproveitar tanta força, o câmbio passou a ser manual de quatro marchas. Com o mesmo motor, o Corvette mudou o visual em 1958, quando ganhou frente de quatro faróis (dois refletores para facho alto e dois para baixo), para-choques cromados, entradas de ar nos para-lamas dianteiros e um par de vincos salientes no capô. Neste mesmo ano, o modelo se tornou o primeiro carro americano a sair de fábrica com cinto de segurança. Em 1960 as vendas já superavam 10 mil unidades. No ano seguinte, o carro ganhava uma traseira nova, apelidada de “rabo de pato”, e passou a ter um conjunto duplo de lanternas traseiras, detalhe que se tornou um ícone do modelo por muitos anos. O ano de 1962 foi marcado pela chegada do motor V8 5.3 que gerava mais de 360 cv de potência. Mas o melhor viria um ano depois: a versão STING RAY. Foi a primeira vez que o Corvette passou a ser oferecido com capota rígida. E que capota. Afunilava-se a partir da coluna traseira e vinha com vidro traseiro bipartido. O estilo ainda trazia novidades como faróis duplos escamoteáveis, grelhas laterais, linha de cintura alta, para-lamas elevados e para-choques bipartidos. Para coroar o bem sucedido desenho, a CHEVROLET passou a equipá-lo com um motor V8 de 425 cv. Ainda em 1963, nasceria o Corvette Grand Sport, versão de competição que foi desenvolvida a partir de materiais leves e embalada pela potência de um motor V8 de bloco pequeno de 377 cv. Apenas cinco protótipos foram criados e todos os cinco modelos originais existem até hoje. Atualmente a versão Corvette Grand Sport é vendida como um superesportivo da linha.
A próxima reformulação no visual aconteceria em 1968. O longo capô, (que chegava a esconder os limpadores de pára-brisa) e a capota removível da versão “targa” eram as alterações mais marcantes e durariam 15 anos. Enquanto retomava a designação Stingray - agora grafada como uma só palavra -, a linha de 1969 trazia um motor que se tornaria clássico: o V8 de 350 pol³ (5.75 litros) de bloco pequeno, que fornecia 300 ou 350 cv. Começava na década de 1970 a era dos enormes motores V8. O mais conhecido foi o 454 pol³ (7.4 litros), capaz de gerar 390 cv. Até que veio a crise do petróleo. Os motores ficaram menores e a versão conversível deixou de ser produzida, em 1975, para voltar apenas 11 anos mais tarde. Novidades em conforto chegavam para 1977, quando o revestimento interno em couro e direção assistida tornavam-se itens de série. A década de 1980 começou com um novo Corvette, rebaixado e com um spoiler integrado, deixando-o com um aspecto mais agressivo. Em meados dessa década, o Corvette passou a incorporar itens eletrônicos, como freios (ABS) nas quatro rodas (em 1986), injeção eletrônica multiponto e sistema antifurto. Em 1988 surgia a versão ZR-1, equipada com motor LT-5 V8, com 32 válvulas e 375 cv, desenvolvido em parceria com a inglesa Lotus, capaz de acelerar de 0 a 96 km/h em 4.9 segundos. Mas foi a partir do ano de 1989 que o mítico carro alcançaria um nível de sofisticação considerável. A suspensão era regulável eletronicamente, o câmbio tinha seis marchas, o painel de instrumentos era analógico, além de airbag para o motorista. Os anos de 1990 foram marcados pelo emprego de uma série de dispositivos e equipamentos eletrônicos: controle de tração (ASR), sistema de abertura das portas por controle remoto e duplo airbag, entre outros.
Em 1992, alcançou um marco histórico: 1 milhão de unidades do modelo produzidas. A potência dos motores V8 não foi deixada de lado. No modelo ZR-1, o motor LT-5 gerava 405 cv, em 1993, ano em que o modelo comemorava seu 40º aniversário. Outro fato histórico do Corvette foi o lançamento da nova versão Z06, a mais veloz e sofisticada de todos os tempos. Atualmente é equipado com motor V8 (6.2 litros) de 605 cv, o carro acelera de 0 a 60 km/h em meros 2.9 segundos, atingindo mais de 280 km/h. Em 2013 foi apresentada a sétima geração (conhecida como C7), que ganhava o sufixo Stingray para homenagear algumas de suas gerações mais marcantes. As formas angulosas mostravam evoluções, caso das tradicionais quatro lanternas traseiras, agora paralelogramos. A carroceria adotava fibra de carbono no capô e no teto removível, enquanto o chassi era de alumínio. Montado na traseira em um transeixo, o câmbio era manual de sete marchas, pela primeira vez em um carro norte-americano, ou automático de oito marchas.
Em 2017, o Corvette Grand Sport (foto abaixo) foi o carro-madrinha oficial da 101ª edição da lendária 500 Milhas de Indianápolis. O poderoso superesportivo é movido por um motor V8, de 466 cv, com injeção direta de combustível e câmbio automático de oito velocidades. Essa foi a 14ª vez que um Corvette conduziu os carros da Fórmula Indy até a luz verde da largada na tradicional prova dos Estados Unidos. A primeira vez foi em 1978. Mostrando a evolução de mais de meio século, o esportivo norte-americano combina a sofisticação dos tempos atuais com a nostalgia de um verdadeiro sexagenário em plena forma. O modelo já vendeu mais de 1.5 milhões de unidades desde seu histórico lançamento. Somente nos Estados Unidos em 2016, o modelo vendeu 29.995 unidades.
Mas não foi somente o carro que durante os anos passou por remodelações acentuadas. O tradicional logotipo do CORVETTE também mudou ao longo da história. No entanto, os elementos primários foram mantidos. O logotipo é composto por duas bandeiras, a quadriculada da esquerda é uma referência às corridas de automóveis. A gravata-borboleta é a mesma presente na identidade visual da CHEVROLET. Já a flor-de-lis, como forte símbolo francês, remete à origem da família de Louis Chevrolet, que apesar de ter nascido na Suíça tinha pais franceses. O logotipo e sua simbologia indicam que desde o princípio a CHEVROLET desejou atrelar ao Corvette a imagem de carro de performance (entenda-se esportivo de alto desempenho).
A herança esportiva
Desde o início a CHEVROLET sempre teve uma ligação forte com as competições automobilísticas, em particular as americanas. Mas um fato consolidou sua posição nas competições. Ocorreu em 1955 com o lançamento do motor V-8, cujas características de desempenho ajudaram a estabelecer a CHEVROLET como uma força no automobilismo mundial. Carros de corrida equipados com motor V8 CHEVROLET seriam presença garantida no mundo da velocidade nos anos seguintes, e em pouco tempo dominaram as maiores competições ao redor do mundo. Entre todas as marcas, a CHEVROLET é a que conquistou mais vitórias na Nascar (categoria de automobilismo mais popular dos Estados Unidos) e nas competições da NHRA Pro Stock (arrancada). Um dos mais importantes resultados da marca em competições automobilísticas aconteceu em 1994, quando o Jeff Gordon venceu a corrida inaugural Brickyard 400 NASCAR em Indianápolis, dirigindo um Chevrolet Monte Carlo.
Atualmente a CHEVROLET está presente na Nascar com grandes equipes correndo com o modelo Chevy SS. Além disso, é fornecedora de motores para equipes da IndyCar, como a tradicional Penske. Aliás, a CHEVROLET tem uma história longa com o Indianapolis Motor Speedway. A marca foi fundada em 1911, justamente o mesmo ano da primeira corrida de 500 Milhas do centenário circuito. Além disso, o co-fundador, Louis Chevrolet, bem como seus irmãos Arthur e Gaston, chegaram a disputar a prova. Arthur competiu na corrida de 1911 e Gaston correu e venceu as 500 Milhas de Indianápolis, em 1920. Outra curiosidade: o primeiro carro-madrinha da CHEVROLET a participar da Indy 500 foi um modelo Fleetmaster Six conversível, em 1948.
O famoso jingle e campanhas inesquecíveis
Quando os americanos pensam na marca CHEVROLET, pensam em carro tipicamente americano. Isto em virtude da famosa campanha, lançada em 1949, com o jingle “See the USA in your Chevrolet” (em tradução livre algo como “Veja os Estados Unidos dentro de seu Chevrolet”). Nas duas décadas seguintes, esse forte posicionamento fez com que a marca CHEVROLET se tornasse através de gerações, sinônimo de carro americano de qualidade, confiável para viagens e para o dia-a-dia. A letra do famoso jingle convidava os americanos à literalmente “desbravarem” as belezas naturais do país dentro de um CHEVROLET.
See the USA in your Chevrolet
America is asking you to call
Drive your Chevrolet through the USA
America’s the greatest land of all
On a highway, or a road along the levy
Performance is sweeter, nothing can beat her
Life is completer in a Chevy
So make a date today to see the USA
And see it in your Chevrolet
Traveling East, Traveling West
Wherever you go Chevy service is best
Southward or North, near place or far
There’s a Chevrolet dealer for your Chevrolet car
So make a date today to see the USA
And see it in your Chevrolet.
Outras campanhas publicitárias criadas para a marca se tornaram ícones culturais americanos. Uma delas foi lançada em 1975 para combater os automóveis japoneses e alemães que estavam cada vez mais populares e ganhavam mercado rapidamente. E uma das campanhas publicitárias de maior sucesso dos Estados Unidos, apelava ao patriotismo, cujo mote era “Baseball, Hot Dogs, Apple Pie and Chevrolet” (em português, “Beisebol, Cachorro Quente, Torta de Maçã e Chevrolet”). Esse mote na verdade era uma resposta ao que os americanos mais gostavam ou tinham como ícones de sua cultura. Outra campanha clássica, batizada de “Like A Rock”, foi lançada em 1991 para a linha de picapes da marca. Com a canção de Bob Seger com o mesmo nome utilizado como sua base, a campanha foi mantida até 2004 e considerada como uma das mais bem sucedidas da indústria automotiva.
A evolução visual
A identidade visual da marca passou por muitas remodelações ao longo dos anos. O primeiro logotipo da marca era apenas uma assinatura de Louis-Joseph Chevrolet. O famoso logotipo da CHEVROLET, conhecido como “BOWTIE” (Gravata Borboleta, em inglês) apareceu pela primeira vez nos carros da montadora em 1914 na cor azul-clara, apesar de ter sido criado um ano antes. Conta à lenda que a forma do logotipo foi vista por William Durant em 1908 em um papel de parede em um hotel de Paris. Ele arrancou uma pequena amostra do papel e o guardou em sua carteira para um dia utilizá-lo. Outros – incluindo sua mulher (Catherine) – afirmam que o logotipo nasceu inspirado em uma figura impressa em um suplemento de um jornal dominical. E, por fim, resta uma teoria também bastante plausível que fugiria um pouco das histórias de Durant. A última versão dessa história diz que o desenho seria na realidade uma versão estilizada da bandeira suíça, homenagem a Louis Chevrolet, que nasceu no país, em La Chaux-de-Fonds, distrito de Neuchâtel, de pais franceses, no Natal de 1878.
Em 1934 o logotipo se tornou preto e, em 1940, voltou a adotar a cor azul, mas com bordas amarelas. Já em 1950, o tradicional símbolo foi inserido em um fundo oval vermelho. Na década seguinte, em 1965, o logotipo se tornou minimalista, somente com a borda em preto. Em 1976 voltou a adotar a cor azul-clara, mas com o nome da marca escrito em letras pequenas pela primeira vez, ao invés de preencher toda a extensão do símbolo.
Em 1988 ocorreu a mudança mais radical: pela primeira vez o nome da marca era escrito na cor vermelha abaixo da tradicional gravata borboleta, que passou a ser representada somente por bordas azuis (sem preenchimento interno). Em 1994, nova mudança: o símbolo ganha bordas prateadas e preenchimento azul com efeitos. Em 2001, o logotipo adota apenas bordas vermelhas. Vale ressaltar, que entre os anos de 1970 a 2000, a marca utilizou uma série de cores e tipos em seu tradicional símbolo para, estrategicamente, classificar suas famílias de veículos: Azul sólido (para veículos de passeio, exceto o modelo Cavalier, cujo logotipo era vazado com a borda azul); Borda vermelha (para veículos de alto desempenho, nasceu na Fórmula Indy); e Ouro sólido, contrastando com a borda preta, para caminhões, picapes e utilitários esportivos.
No início do novo milênio, em 2002, a CHVEROLET começou uma renovação visual no famoso símbolo, que passou a adotar a cor dourada ao invés da tradicional azul e bordas prateadas. A primeira geração da gravata dourada já seguia o padrão de “efeito joia”, dando uma aparência de maior brilho ao logotipo, que remetia à imagem de valor, qualidade e robustez a toda uma família de veículos. Além disso, o logotipo poderia ser aplicado com o nome da marca abaixo, escrito em azul. Em 2010 esse logotipo foi atualizado, cuja principal mudança foi o esticamento da gravata borboleta. O atual logotipo da marca foi adotado em 2013. Hoje, a imponente gravata dourada da CHEVROLET estampa a grade frontal de todos os veículos da marca. A CHEVROLET e sua conhecida gravata evoluíram com o passar dos anos, mas sempre mantiveram a imagem de tecnologia e modernidade.
Os slogans
Find New Roads. (2013)
Live Better. (2012)
Chevy Runs Deep. (2010)
Excellence for Everyone. (2010)
May the Best Car Win. (2009)
For All Life’s Roads. (2004, Canadá)
Chevrolet. An American Revolution. (2003)
Always with you. (2003)
We got a bowtie with your name on it. (2003)
We’ll be there. (2002)
The cars more Americans trust. (1996)
Genuine Chevrolet. (1994)
Eye it - try it - buy it! (1991)
Like a rock. (1991, Chevy Trucks)
The heartbeat of America is winning. (1991, Corvette)
The Heartbeat of America. (1990)
Taking charge. (1984)
See what’s new today in a Chevrolet. (1978)
Chevrolet makes sense for America. (1975)
The way it looks is the way it goes. (1974, Camaro)
Building a better way to see the USA. (1973)
More people buy Chevrolet than any other car! (1952)
See the USA in your Chevrolet. (1949)
Bigger is Better. (1941)
The product of experience. (1914)
Conte Comigo. (2000, Brasil)
Andando na frente. (década de 1990, Brasil)
Tome uma atitude Chevrolet. (1970, Brasil)
Dados corporativos
● Origem: Estados Unidos
● Fundação: 3 de novembro de 1911
● Fundador: Louis Chevrolet e William C. Durant
● Sede mundial: Detroit, Michigan, Estados Unidos
● Proprietário da marca: General Motors Company
● Capital aberto: Não (Subsidiária)
● Chairman & CEO: Mary Barra
● Presidente: Dan Ammann
● Faturamento: Não divulgado
● Lucro: Não divulgado
● Vendas globais: 3.819.147 unidades (2016)
● Presença global: 130 países
● Presença no Brasil: Sim
● Maiores mercados: China, Estados Unidos e Brasil
● Segmento: Automobilístico
● Principais produtos: Automóveis, utilitários esportivos e picapes
● Concorrentes diretos: Ford, Chrysler, Dodge, Jeep, Volkswagen, Fiat, KIA, Toyota, Honda, Nissan, Peugeot, Renault, Citroën e Hyundai
● Ícones: O logotipo gravata borboleta e o esportivo Corvette
● Slogan: Find New Roads.
● Website: www.chevrolet.com.br
A marca no Brasil
A história da marca CHEVROLET no Brasil tem início com a chegada da GM no país no dia 25 de janeiro de 1925. Instalada em galpões alugados no histórico bairro do Ipiranga, em São Paulo, inicialmente suas as atividades consistiam na montagem de veículos importados dos Estados Unidos. Mas só em setembro o Brasil conheceu o primeiro CHEVROLET montado no país: um furgão de entregas urbanas. O ritmo de produção crescia e, em setembro de 1927, a marca montava o veículo de número 25.000. No dia 12 de agosto de 1930, a General Motors do Brasil inaugurava oficialmente sua primeira fábrica, localizada em São Caetano do Sul na região paulista do ABC. Em novembro de 1948 foi conhecida a primeira carroceria inteiramente metálica, com 100% de matéria-prima nacional. No ano de 1958, saíram da linha de montagem da fábrica de São Caetano do Sul, os primeiros veículos genuinamente nacionais da marca: os caminhões Chevrolet Brasil e a picape modelo 3100, para cargas leves. Em 10 de março de 1959 foi inaugurada a segunda fábrica da GM, em São José dos Campos, interior de São Paulo. Na época, produzia somente motores e peças para os caminhões Chevrolet Brasil, picapes e caminhonetes Chevrolet Amazonas. Em outubro de 1964 estreava a perua C-1416 (depois rebatizada de Veraneio), desenhada por Luther Stier, inspirada na Chevrolet Suburban americana, com molas helicoidais na suspensão traseira e dianteira.
Somente em novembro de 1968, decidida a ampliar sua linha de produtos, a GM lançou o primeiro automóvel da marca CHEVROLET no país, o Opala (com quatro portas), que encerrou seu ciclo de vida 23 anos depois, com mais de 1 milhão de unidades vendidas. Desde então, não parou mais de desenvolver e fabricar sucessos de vendas. Em 1973 lançou o Chevette, que acumulou vendas superiores a 1.6 milhões de unidades, até ser substituído pelo modelo Corsa em 1994, primeiro veículo popular com injeção eletrônica de combustível. Nos anos seguintes a marca continuou ampliando sua linha com os lançamentos em 1974 da Caravan (versão perua do Opala) e do Comodoro (versão luxuosa do Opala, que trazia diferenciais como o interior com apliques de jacarandá, meio teto de vinil e um filete pintado na linha de cintura da carroceria); com a Marajó e o Diplomata (versão top de linha do Opala, que tinha um pacote de itens de luxo como ar-condicionado, direção hidráulica, rádio com toca-fitas e estava disponível nas versões cupê e sedã) em 1980; em 1982 com o Monza, eleito várias vezes o carro do ano, além de ter sido líder em vendas durante 3 anos; em 1988, com a introdução do câmbio automático de quatro marchas na linha Opala; em 1989 com o Kadett; em 1990 com o Monza Classic SE 500 EF com injeção eletrônica de combustível; em 1992 com o Omega, automóvel mais moderno e sofisticado do país na época, com o Kadett GSi conversível e com o Chevette Júnior, equipado com motor 1.0, sendo uma opção da marca para ingressar no segmento dos carros ditos populares; em 1993 com o Vectra, com duas inéditas peruas, a Suprema e a Ipanema, ambas de quatro portas, e com o primeiro carro movido a gás natural dotado de injeção eletrônica com sistema multiponto; em 1995 com a S-10, primeira picape do segmento compacto produzida no Brasil, com a picape Corsa e com o utilitário esportivo Blazer e a picape S10 cabine estendida; em 1996 com a S10 cabine dupla; e, em 1998, com a Blazer 4x4 e com o novo Astra hatchback de 3 portas.
Em julho de 2000 a montadora inaugurou o Complexo Industrial de Gravataí, no Rio Grande do Sul, uma das fábricas mais modernas do mundo, onde era produzida a linha Celta (lançada neste mesmo ano) e, que recebia visita de especialistas em manufatura de veículos de todo o mundo, que queriam conhecer o sistema de montagem do modelo, feito com a parceria dos fornecedores de sistemas, instalados dentro do complexo industrial. O Celta também foi pioneiro no mercado brasileiro na área de comércio eletrônico, tornando-se o modelo mais vendido do mundo pela internet. Nos anos seguintes foram lançados os modelos Tracker (2001); Zafira (2001), único monovolume em sua categoria com sete lugares; Meriva (2002); Montana 1.8 Flexpower (2003), o primeiro veículo vendido exclusivamente com motorização multicombustível do mercado; Omega importado da Austrália (2005); Prisma (2006), sedã 100% desenvolvido pela engenharia da GM do Brasil; Montana Combo (2007), um furgão compacto; Captiva (2008), modelo importado para o segmento dos utilitários esportivos; Agile (2009); Camaro (2010) e Classic (2010), que era conhecido até 2004 pelo nome de Corsa. A CHEVROLET foi a primeira marca do país a oferecer ao consumidor toda sua linha nacional de veículos equipada com a tecnologia Flexpower, que permite a utilização tanto de gasolina como álcool.
Em 11 de setembro de 2011 ocorreu o lançamento do Cruze sedã, veículo global da CHEVROLET que inovava com o motor Ecotec6, a opção de transmissão automática de seis marchas e os três anos de garantia sem limite de quilometragem. Ainda em 2011, a marca mais uma vez inovou em tecnologia e lançou o Agile Wi-Fi, primeiro carro nacional com internet a bordo. No ano seguinte, muitas novidades: Sonic nas versões hatchback e sedã, que marcou a entrada da CHEVROLET no segmento dos compactos premium; Spin, um MVP com opção de cinco ou sete bancos, além de um amplo espaço para bagagem; Onix, modelo hatchback desenvolvido no Brasil com design único e arrojado; e Trailblazer, utilitário esportivo de sete lugares derivado da S10. Em 2015, a CHEVROLET comemorou 90 anos de Brasil com uma história repleta de conquistas e descobertas: são 90 anos em busca de novos caminhos em solo brasileiro. E foi neste mesmo ano que a marca lançou no Brasil o OnStar, um sistema de telemática avançado que oferece ao motorista serviços de emergência, segurança, navegação e conectividade, com 7 milhões de usuários no mundo. Em 2016, a CHEVROLET desbancou a Fiat e se tornou a marca que mais emplacou automóveis e comerciais leves (picapes e furgões) no Brasil. Impulsionada pelo Onix, o modelo zero quilômetro mais vendido no país pelo 2º ano seguido, e que representa 44% de suas vendas, a marca emplacou 345.874 carros no ano.
A GM, que produz os veículos da marca, conta com três complexos industriais – São Caetano do Sul e São José dos Campos, no estado de São Paulo, e, Gravataí, no Rio Grande do Sul – e unidades em Mogi das Cruzes (fábrica de componentes estampados), Joinville (motores e cabeçotes), Sorocaba (centro distribuidor de peças) e Indaiatuba (Campo de Provas da Cruz Alta), além de um moderno Centro Tecnológico de Engenharia e Design, em São Caetano do Sul, com capacidade para desenvolvimento completo de novos veículos. A subsidiária brasileira é um dos cinco centros mundiais na criação e desenvolvimento de veículos, nos campos da engenharia, design e manufatura. Atualmente a marca, que disponibiliza aproximadamente 20 modelos de veículos (entre automóveis, utilitários esportivos, picapes e esportivos), possui mais de 600 concessionárias espalhadas pelo país. A picape S10 é o veículo com maior número de configurações: são 133 combinações, entre versões de acabamento, tipo de carroceria, motorização e cor externa. O Brasil é o terceiro maior mercado da CHEVROLET no mundo.
A marca no mundo
Atualmente a CHEVROLET, que comercializa mais de 30 modelos de automóveis em diferentes segmentos (entre os quais veículos de passeio, peruas, esportivos, picapes e utilitários esportivos), está presente em mais de 130 países ao redor do mundo. A CHEVROLET é a marca de maior faturamento e valor dentro da GM, também proprietária da Buick, Cadillac, GMC e Holden. Em 2016, a marca vendeu mais de 3.8 milhões de automóveis (uma unidade comercializada a cada 8.3 segundos no mundo), o que faz da CHEVROLET a sétima maior marca do mundo no segmento automotivo. Os modelos mais vendidos foram a Silverado (633.995 unidades) e o Cruze (489.885). Além de Estados Unidos e Canadá, China, Brasil, Rússia e Índia, são importantes mercados para a marca americana.
Você sabia?
● Em janeiro de 1992 foi lançado no Brasil o famoso serviço de assistência ao proprietário chamado CHEVROLET ROAD SERVICE. Durante 24 horas, sete dias por semana, 365 dias por ano (inclusive sábados, domingos e feriados), o cliente passa a contar com atendimento exclusivo em casos de pane ou acidente. E não importa onde ocorreu o imprevisto – Brasil, Argentina, Uruguai ou Paraguai.
● A partir da temporada 2014/2015 a CHEVROLET assinou um contrato de patrocínio para estampar sua marca na camisa do Manchester United. O valor foi de US$ 559 milhões por sete anos de acordo.
● Louis Chevrolet morreu no dia 6 de junho de 1941, em Detroit, e foi enterrado no cemitério Holy Cross and Saint Joseph, na cidade de Indianápolis. Em sua homenagem, um busto foi colocado na entrada do museu do Indianápolis Motor Speedway.
As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek, Isto é Dinheiro, Auto Esporte, Quatro Rodas e Exame), jornais (Valor Econômico, Folha, O Globo e Estadão), portais (Best Cars), sites especializados em Marketing e Branding (Mundo do Marketing, BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers).
Última atualização em 14/6/2017
7 comentários:
Qual a relaçao completa em GMC e Chevrolet?
É no silencio de um Chevrolet... que o meu coração bate mais alto.
Pouco se falou do Belair, que praticamente dominou o mercado, com seu apogeu nos modelos 1955, 1956 e 1957. Reinou de 1949 a 1975 com modelos absolutamente inovadores.
sou proprietario de um monza 96,seu unico defeito e não ter como opcional uma redoma, pois morro de ciumes dele !!!
Procuro concessionárias multimarcas sp. Achei essa daqui bem interessante. parabéns!!!
Tenho um opala diplomata 83 estou restaurado ele
hoje 18-03-19 tenho um monza bege metálico 1.8 a álcool ele é show de bola quem quer ter um carro desse tem que gostar de conforto e não se preocupar com combustível.
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