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16.10.14

MANGO (MNG)


Lojas nas mais badaladas e importantes cidades do mundo. Uma infinidade de roupas e acessórios para mulheres, homens e crianças. Conceito fast-fashion (diversas coleções ao ano que se esgotam rapidamente, em função dos preços acessíveis). Eficiente sistema de distribuição para sua enorme rede de lojas. Imagem da marca associada a grandes celebridades, como por exemplo, a modelo Kate Moss e a atriz Scarlett Johansson. Esses são os segredos do enorme sucesso da rede espanhola MANGO. 

A história 
Tudo começou quando Isak Andic Ermay, nascido na cidade de Istambul na Turquia e ainda um adolescente, imigrou com sua família em 1968 para Barcelona na Espanha. Começou sua trajetória pelo mundo da moda em 1972 ao vender para uma loja da cidade quatro blusas bordadas à mão na Turquia e revendidas pelo dobro do preço. Depois, juntou-se ao irmão mais novo, Nahman, e começou a aceitar encomendas: traziam roupas da Ásia, incluindo casacos bordados no Afeganistão, que vendiam em lojas de Barcelona, Madri e outras cidades espanholas até que, em 1973, resolveu abrir uma acanhada barraca em um pequeno mercado da Rua Balmes, na cidade catalã. O negócio prosperou. Isak comprou o primeiro carro e passou a usar o porta-malas para acomodar o estoque. Ele viajava pela Espanha vendendo suas roupas para lojas multimarcas. Com isso, juntou dinheiro para o passo seguinte: deixar a rua e alugar uma loja. Em dez anos abriu 100 lojas.


Seu futuro, assim como de seus negócios, começou a mudar em 1984 quando ele adotou uma nova visão de como vender moda. Era o surgimento da primeira loja da MANGO, que vendia apenas roupas femininas e estava localizada em Paseo de Gracia na cidade de Barcelona. Um fato curioso sobre o nome da marca. Se Isak não tivesse viajado até às Filipinas, a MANGO poderia chamar-se Bubbles ou Scooter, os dois nomes que já tinha registado. Foi durante uma viagem de férias ao país asiático, no início dos anos de 1980, que pela primeira vez comeu uma manga. E decidiu usar o nome desta fruta tropical em sua nova marca de roupa. A ideia original da nova loja baseava-se na criação de coleções de moda feminina que explorassem uma estética urbana. A ideia foi um verdadeiro sucesso.


No ano seguinte, já contando com cinco lojas em Barcelona, a rede inaugurou uma unidade na cidade de Valencia, iniciando assim sua expansão nacional. Já em 1988, a empresa, então com 13 lojas, melhorou seu sistema de gestão de estoque, produção logística e distribuição, que adotou o conceito Just-In-Time (produção em função da demanda de mercado). Também foram definidos os conceitos de produtos, ambientação das lojas, qualidade, preço e imagem da marca. Em 1992, além de inaugurar sua centésima loja em solo espanhol, a MANGO iniciou sua expansão internacional com a abertura de duas unidades em Portugal e, pouco depois, na França. Nos anos seguintes a empresa iria inaugurar lojas em vários países da Europa. Essa forte expansão fez com que, em 1997, o volume de negócios no exterior superasse pela primeira vez o nacional. Este ano também foi marcado pela inauguração de uma moderna loja-conceito em Paris. Nesta época, o forte crescimento da MANGO, transformou a empresa na segunda maior exportadora espanhola do segmento têxtil, atrás somente da rival Zara.


O ano 2000 teve início com a inauguração de uma loja âncora em plena Oxford Street, na cidade de Londres. A MANGO também expandiu seus negócios ao lançar seu comércio eletrônico de forma pioneira neste setor. Pouco depois, em 2002, com 630 lojas em 70 países, a empresa segue com sua expansão internacional em novos mercados, como por exemplo, Austrália, China, Itália e Tunísia. Além disso, em colaboração com a Puig, a marca lançou no mercado seus primeiros perfumes femininos. Em 2005 inaugurou a primeira loja MANGO TOUCH, que vende exclusivamente acessórios, de sapatos e bolsas até cintos, guarda-chuvas, óculos de sol, chapéus, luvas, cachecóis e porta cartões. No ano seguinte iniciou sua incursão pelo mercado americano com a inauguração de lojas nas cidades de Costa Mesa, Chicago, Dallas, Los Angeles, Orlando e San Francisco. Além disso, celebrou seu primeiro desfile no emblemático edifício Palau de la Música Catalana, em Barcelona, e lançou o El Botón - Mango Fashion Awards, considerado hoje o maior prêmio internacional para estilistas jovens do mundo.


O ano de 2007 foi recheado de acontecimentos marcantes: inauguração do El Hangar Design Center (centro “nervoso” de criação da empresa, onde trabalham atualmente mais de 600 profissionais), abertura de uma loja âncora no badalado bairro nova-iorquino do SoHo e o início da colaboração com outros estilistas e celebridades para a criação de coleções limitadas. Em 2008 a empresa expandiu seus negócios com o lançamento da H.E. by MANGO (onde H.E. é uma abreviação da expressão latina Homini Emerito), lojas especializadas em roupas e acessórios para o público masculino. No ano seguinte, como forma de enfrentar a forte crise econômica mundial, a marca espanhola lançou um novo conceito em suas lojas ao redor do mundo: THINK UP, onde eram oferecidas aproximadamente 90 peças a preços especiais. Em 2011 a MANGO apresentou sua coleção Outono/Inverno pela primeira vez internacionalmente no Centre George Pompidou em Paris. Além disso, como forma de enfrentar a crise econômica na Europa, a empresa se focou na inauguração de muitas lojas em países emergentes, como a China e a Rússia.


Nos últimos anos, além de incrementar sua presença em mercados importantes com a inauguração de muitas lojas e lançar o conceito de megastores, a empresa expandiu seus negócios com o lançamento da MANGO KIDS (linha de roupas e acessórios dirigidos a crianças de 3 a 12 anos de idade, que inclui alguns best-sellers da coleção feminina adaptados às meninas, denominados “mini-me”), lançada em 2013; da linha SPORT & INTIMATES (com roupas femininas esportivas para a prática de ginástica, corridas e ioga, além de lingeries), lançada em 2013; da MANGO PREMIUM (linha feminina com melhor qualidade de tecidos, acabamentos, design e preço mais elevado); da VIOLETA by MANGO (coleção com roupas plus-size nos tamanhos 40 a 52), introduzida em 2014; e de uma linha exclusivamente direcionada para jovens entre 14 e 20 anos. Além disso, em janeiro de 2015 a empresa anunciou o lançamento da MANGO BABY (linha de roupas para bebês até dois anos).


Ao longo desses anos a MANGO disseminou seu estilo particular de confeccionar blusas, vestidos, calças, jaquetas, camisetas, entre outras peças, sempre aliando originalidade nos desenhos e cortes, qualidade no processo produtivo e coerência conceitual, voltando suas produções às mulheres ou homens urbanos e descolados, mas que não abrem mão de ter um estilo diferenciado. Outro fator de sucesso é a constante associação da MANGO com celebridades, quer seja através da criação em conjunta de coleções limitadas ou em suas campanhas de marketing e publicidade. Por exemplo, na Espanha, a marca ficou extremamente associada à imagem da modelo Claudia Schiffer, que estreou campanhas entre 1992 e 1995. Ainda nesta década modelo como Naomi Campbell, Christy Turlington e Eva Herzigova estamparam seus catálogos ou apareceram em campanhas publicitárias. A partir de 2000 a MANGO associou sua imagem à modelos como Maja Latinovic, Inés Sastre, Karolina Kurkova e Milla Jovovich. E mais recentemente celebridades como Elizabeth Hurley, Lauren Hutton, Penélope Cruz, Scarlett Johansson e Kate Moss não somente associaram suas imagens à marca como também colaboraram com a criação de coleções.


A evolução visual 
A identidade visual da marca passou por apenas uma grande modificação ao longo dos anos. A alteração ocorreu em 2011 com a adoção de uma nova tipografia de letra, mais afinada e sofisticada, mas sem deixar de ser moderna.


Dados corporativos 
● Origem: Espanha 
● Fundação: 1984 
● Fundador: Isak e Nahman Andic 
● Sede mundial: Palau de Plegamans, Barcelona, Espanha 
● Proprietário da marca: Mango MNG Holding, S.L. 
● Capital aberto: Não 
● Chairman: Isak Andic Ermay 
● CEO: Enric Casi 
● Faturamento: €1.85 bilhões (2013) 
● Lucro: €120.5 milhões (2013) 
● Lojas: 2.700 
● Presença global: 109 países 
● Presença no Brasil: Sim 
● Funcionários: 11.200 
● Segmento: Moda 
● Principais produtos: Roupas e acessórios 
● Concorrentes diretos: Zara, Desigual, H&M, C&A, Topshop, Forever 21 e GAP 
● Website: www.mango.com 

A marca no mundo 
Atualmente a MANGO possui mais de 2.700 lojas espalhadas por 109 países ao redor do mundo, emprega 11.200 pessoas e, em 2013, faturou €1.85 bilhões. A empresa também vende online para países da Europa, Estados Unidos, Canadá, Turquia, Rússia, China, Japão e Brasil. A MANGO lança anualmente mais de 2.500 itens e vende aproximadamente 150 milhões de peças. Sua rede de lojas é alimentada por centros logísticos que enviam mais de 40 mil peças por hora. Mais de 83% das vendas da empresa são feitas fora da Espanha. 

Você sabia? 
O El Hangar Design Centre é o maior centro de design da Europa, com 14.000 m². Aqui são criados os conceitos, inovações, coleções e os modelos de roupas que vão ser produzidos em grande escala na Ásia ou no norte da África. 
A marca opera em alguns mercados com outros nomes. Por exemplo, nos Estados Unidos a marca é conhecida como MNG by Mango. Já no Brasil, onde a marca chegou a ter três lojas, fechadas em virtude da crise econômica que afetou drasticamente a Espanha, era conhecida apenas como MNG BARCELONA. A partir de 2012, mesmo que de forma tímida, a marca voltou a vender no Brasil através da loja virtual Daifiti. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Isto é Dinheiro), jornais (Valor Econômico), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand) e Wikipedia (informações devidamente checadas). 

Última atualização em 16/10/2014

10.1.14

DESIGUAL


A espanhola DESIGUAL é um dos verdadeiros fenômenos da moda atual com seu estilo “hippie fashion”. Conquistou jovens descolados, moderninhos e celebridades com roupas e acessórios cujo conceito sustentável, cores fortes e estampas diversas, aliados a ousadia, atitude e no diferente, transformou a marca venerada por milhões de consumidores em todos os cantos do planeta. 

A história 
A história começou com um jovem designer suíço chamado Thomas Andreas Meyer (foto abaixo). Era o início da década de 1980, e ele vendia camisetas estampadas com desenhos de grafite e manchas caleidoscópicas em um dos inúmeros mercados na paradisíaca ilha espanhola de Ibiza. Pouco depois, em 1983 o jovem Meyer desejava dar uma resposta à uniformização do vestuário. Não por acaso, a primeira peça criada por ele foi uma jaqueta feita com retalhos de calças jeans usadas. As jaquetas rapidamente se transformaram em um enorme sucesso e o jovem suíço queria achar um nome para lançar uma marca própria. Em 1984, trabalhando em conjunto com Isabel Coixet’s, ele escolheu o nome DESIGUAL, acompanhado pelo slogan “Desigual não é o mesmo”, criado para marcar mais do que um estilo, uma posição política a respeito da ditadura da moda. Com o conceito “Vestimos pessoas, não corpos” (“Vestimos personas, no cuerpos”), a DESIGUAL tentou inovar ao acreditar que as pessoas passariam a vestir-se “de uma maneira diferente”, apostando alto em camisetas, jeans e camisas com enfoque nitidamente urbano, ajudando assim a “gerar sentimentos positivos”. A ideia era que as pessoas usassem roupas confortáveis, coloridas, divertidas e diferentes.


No ano seguinte a marca apresentou sua primeira coleção. Já a primeira loja foi inaugurada em Ibiza no ano de 1986. E expandiu o negócio pela Espanha, iniciando por Barcelona e cidades vizinhas. Apesar do sucesso das roupas, a DESIGUAL sofria com decisões erradas no negócio. Porém, isso deu a oportunidade de repensarem a marca, lançando uma nova coleção, que incluía camisetas, calças, jaquetas, saias e vestidos para um público jovem e que se transformou em um grande sucesso de vendas, além das estamparias exclusivas, ousadas e irreverentes criadas pelo próprio Thomas Meyer. No início da década de 1990 a marca já estava consolidada na Espanha, com suas roupas sendo vendidas em lojas de departamento e multimarcas de grandes cidades, e decidiu exportar para França e Portugal. Porém, a DESIGUAL encontrou muitas dificuldades nesses mercados e resolveu criar uma rede de lojas próprias, inaugurando em 1996 novas lojas em Salou, Lloret de Mar e Platja d’Aro, três destinos turísticos badalados.


Em 1998 a marca inaugurou uma enorme loja em um badalado centro de compras na cidade de Barcelona. Após aumentar sua linha de produtos, a DESIGUAL inaugurou em 2002 a primeira loja fora de Barcelona, na cidade de Valladolid. Pouco depois, em 2004, a marca apresentou sua primeira coleção para crianças e inaugurou mais 24 novas lojas. No mês de outubro de 2006 a DESIGUAL inaugurou uma loja em Cingapura, a primeira fora do território espanhol. E a expansão internacional não parou por aí. Em 2007 uma moderna loja foi inaugurada na badalada Regent Street em Londres. Além disso, a marca lançou o “joya”, uma reinterpretação moderna e ousada do casaco (coat), uma peça que conseguiu transformá-lo popular novamente entre milhares de mulheres do mundo inteiro. 2009 foi um ano de suma importância para a marca: depois de abrir um corner dentro da loja de departamento Macy’s em Nova York, sua roupas começaram a serem vendidas em aproximadamente 500 lojas multimarcas pelos Estados Unidos. Foi também neste ano que as vendas externas superaram as do mercado espanhol. Era um indício de sucesso da globalização da marca espanhola. No ano seguinte a marca inaugurou a maior de suas lojas em uma localização badalada da cidade de Madri, com mais de 2.000 m². Além disso, inaugurou duas modernas lojas âncoras em Paris e San Francisco.
 

Nesse período, a DESIGUAL, além da linha adulta - feminina e masculina – e sua coleção para crianças, lançou peças para bebês, calçados (sapatos, tênis e botas), acessórios (como as descoladas e badaladas bolsas da marca, além de carteiras, lenços, bijuterias e cintos), perfumes e uma linha de artigos de decoração (Desigual Living). Todo esse conjunto apostava nas cores fortes, nas estampas “gritantes” e na irreverência para se diferenciar. A marca também lançou coleções temáticas, como a inspirada no canadense Cirque du Soleil, e investiu em parcerias, por exemplo, com o estilista francês Christian Lacroix. Depois, a DESIGUAL inaugurou uma descolada loja-conceito em plena Quinta Avenida, em Nova York, para marcar a expansão da marca em território americano.


Em novembro de 2013 a DESIGUAL, que já comercializava seus produtos através de algumas selecionadas lojas multimarcas, oficialmente desembarcou no Brasil com a inauguração de uma loja própria no shopping Pátio Higienópolis, em São Paulo, trazendo seu estilo único e espontâneo. A inauguração contou com DJ, distribuição de bolsas, pulseiras, óculos, balões, além de comida e aperitivos. O Brasil foi o 110º país a receber a marca, que estava presente na América Latina desde 2010 (a primeira unidade foi aberta na Colômbia), em mercados como Argentina, Chile, Panamá e Venezuela. Nos últimos anos, com o aumento cada vez maior da concorrência neste setor, perda de faturamento, fechamento de lojas deficitárias em mercados problemáticos (incluindo o Brasil), a DESIGUAL vem reagindo a uma economia hostil em grandes mercados onde está presente. Em 2018, a marca apresentou, em parceria com a Coca-Cola, uma coleção composta por peças originais, frescas e coloridas com o inconfundível logotipo da marca americana. A coleção era composta por uma série de peças com uma impressão vintage, mas absolutamente intemporal, desde camisas com designs simples até casacos de cabedal, onde o vermelho era a cor predominante.


Com roupas alegres e um modelo de negócios parecido com o de suas concorrentes Zara e H&M, a espanhola DESIGUAL conquistou milhões de consumidores em todas as partes do mundo. A marca leva o conceito “fast fashion” a sério: é capaz de entregar às lojas até 140 mil peças em um só dia. Para isso, conta com centros de distribuição em Nova Jersey (EUA), Hong Kong, Gavá e Viladecans. A marca coloca no mercado mais de 2.500 diferentes peças ao ano. Elas são distribuídas em lotes reduzidos, que não chegam exatamente da mesma forma em todas as lojas. Essa enorme agilidade é um ponto forte. A diversidade alta e a distribuição limitada diminuem a probabilidade de duas mulheres se encontrarem em um mesmo lugar com vestidos iguais. Além disso, entre outros aspectos essenciais para sua expansão, a marca adotou uma globalização agressiva e uma logística muito bem estruturada e eficiente.


Marketing ousado 
Um dos fatores apontados para tamanho sucesso da marca espanhola é o seu marketing agressivo. Uma das ações realizadas pela marca que mais chamaram a atenção é a chamada SEMINAKED PARTY, criada em 2005 e cujo mote era “Entre pelado e saia vestido”. Em algumas cidades do mundo, tanto no verão como no inverno, todos os anos, é comum em um determinado dia, pela manhã, centenas de pessoas - a maioria jovem - se aglomeraram diante de uma vitrine da DESIGUAL. Um detalhe chama mais a atenção do que o tamanho da fila: todos vestem somente roupas íntimas, apenas cuecas e lingeries. Isto porque os 100 primeiros podem entrar, vestir-se (com duas peças) e sair sem pagar absolutamente nada. Os demais ganham 50% de desconto. Todos são consumidores comuns que respondem ao anúncio da campanha da DESIGUAL todos os anos.


Outra ação surpreendente da marca, batizada de DESIGUAL KISSTOUR, ocorreu a partir de 2010, nas cidades de Berlim, Londres e Paris, onde centenas de casais se beijavam em belos parques também a convite da DESIGUAL, que aproveitou a paz e o amor para distribuir camisetas e balões com seu logotipo estampado. Com ações assim espalhafatosas, a marca espanhola vem chamando a atenção de milhões de jovens que frequentam lojas onde se encontra de tudo para vestir no dia a dia e se toca música alta, em um ambiente moderno e descolado.


A evolução visual 
O logotipo original da marca foi criado pelo artista catalão Pere Torrent e carregava um detalhe ousado: a letra S invertida. Esse logotipo ficou popular ao ser aplicado em fundos coloridos que mais pareciam pinturas abstratas. No início de 2019, a marca espanhola remodelou seu logotipo de forma radical e ousada. A identidade visual apresentava o nome da marca escrito de trás para frente. Mais uma atitude desigual da marca espanhola.


Com a nova identidade visual adotada em 2019, foi criado um símbolo para aplicação em ambientes digitais e também em produtos, como pode ser visto na imagem abaixo.


Os slogans 
Desigual it’s not the same. 
La vida es chula.


Dados corporativos 
● Origem: Espanha 
● Fundação: 1984 
● Fundador: Thomas Meyer 
● Sede mundial: Barcelona, Espanha 
● Proprietário da marca: Desigual S.L. 
● Capital aberto: Não 
● CEO: Thomas Meyer 
● Faturamento: €655 milhões (2018) 
● Lucro: Não divulgado 
● Lojas: 500 
● Presença global: 90 países 
● Presença no Brasil: Sim 
● Funcionários: 3.700 
● Segmento: Varejo (moda) 
● Principais produtos: Roupas, calçados e acessórios 
● Concorrentes diretos: Zara, H&M, Topshop, C&A, Mango, Uniqlo, Forever 21 e GAP 
● Ícones: As estampas e cores 
● Slogan: Desigual it’s not the same. 
● Website: www.desigual.com 

A marca no mundo 
Com faturamento anual de €655 milhões (dados de 2018), a DESIGUAL vende seus produtos em mais de 90 países através de 500 lojas próprias (com flagship stores em Nova York, Paris, Berlim, Amsterdã, San Francisco, Milão, Barcelona e Madri), 9.000 lojas multimarcas e 2.200 concessões em grandes lojas de departamentos. Além disso, a marca tem mais de 60 pontos de venda dentro dos 35 aeroportos mais movimentados do mundo. Empregando mais de 3.700 pessoas de 100 nacionalidades diferentes, a marca vende mais de 55 milhões de peças anualmente. Os maiores mercados da marca são a Espanha e os Estados Unidos. 

Você sabia? 
A preocupação da DESIGUAL com o bem estar do cliente vai além de uma roupa exclusiva. Até a iluminação dos espaços é pensada para valorizar as peças e criar um clima aconchegante. 
Os turistas brasileiros estão entre os maiores clientes da marca na Europa e nos Estados Unidos. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Exame, BusinessWeek e Isto é Dinheiro), jornais (Meio Mensagem e Estadão), sites especializados em Marketing e Branding (Mundo do Marketing e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers). 

Última atualização em 21/10/2019

5.6.12

UNIQLO


Filas enormes em Tóquio. Uma febre no Japão, que já se espalhou para o resto da Ásia, Europa e Estados Unidos. Esse fenômeno capaz de arrastar multidões para suas lojas atende pelo nome de UNIQLO, que se tornou o maior caso de sucesso empresarial do Japão nas últimas décadas. Mas afinal, qual o segredo para tanto sucesso? Roupas de ótima qualidade, com preços inacreditáveis, algumas, inclusive, assinadas por estilistas famosos, apresentadas em uma infinidade de cores e dispostas em lojas com ambientes modernos e descolados. Por isso, quem procura uma marca ousada e que, ao mesmo tempo, disponha de produtos tradicionais, mas com um ar de contemporaneidade, encontra na UNIQLO a opção perfeita para o seu armário. A rede japonesa não se considera uma fast-fashion, mas sim uma marca de lifewear com uma mistura entre moda, contemporaneidade e inovação tecnológica. 

A história 
Tudo começou com um jovem visionário chamado Tadashi Yanai, descendente de uma família com alguma tradição no ramo da moda. Seu pai, Hitoshi, fundou em 1949 a Ogori Shoji, uma pequena loja especializada em alfaiataria masculina, especialmente ternos, em Yamaguchi. Naquela época, um supermercado e uma construtora também faziam parte dos negócios da família. Tadashi resolveu ajudá-lo ao completar 23 anos e após receber o diploma de economia e ciências políticas pela prestigiosa Universidade Waseda, em Tóquio. Uma de suas primeiras ações foi viajar para os Estados Unidos, onde conheceu as principais redes de varejo especializadas em moda, como por exemplo, a sofisticada Barneys, em Nova York. Originalmente voltada apenas para o público masculino, a Barneys iniciava na época a diversificação de seu catálogo para se tornar uma rede completa de moda. O jovem ficou impressionado com o modelo e resolveu levá-lo para o Japão. No início dos anos de 1970, quando já estava à frente dos negócios da família, livrou-se do supermercado e da construtora para se concentrar na moda, lançando as sementes do que seria depois o grupo Fast Retailing.


A história do grupo começou a mudar quando ele resolveu inaugurar no dia 2 de junho de 1984, no subúrbio de Hiroshima, a Unique Clothing Warehouse (foto acima), uma loja de roupas casuais amparada pela filosofia “Made for All”, ou seja, oferecer roupas de qualidade à preços acessíveis, que possam ser utilizadas em todas as estações do ano e para todas as pessoas, independente de idade, etnia, profissão ou sexo. Pouco depois, como o nome era muito longo foi abreviado para UNICLO, uma contração para “roupa única” em português. Isto porque, a nova marca oferecia uma coleção unissex de peças básicas. Porém, quando a marca foi registrada em Hong Kong, o C foi escrito como Q por engano e uma marca valiosa nascia: UNIQLO (Unique Clothing). A marca teve um crescimento meteórico no Japão nos anos de 1990 vendendo o conceito cheap chic (o tradicional “chique barato”), que alia qualidade e design à preços acessíveis. Em 1994 já eram 100 lojas espalhadas pelo país do sol nascente. Nos anos seguintes, centenas e centenas de novas lojas foram inauguradas em lugares até então inimagináveis para uma rede varejista. Hoje é possível encontrar uma lojinha da UNIQLO em pequenos vilarejos e estações de trem, e até debaixo da ponte, como em Yurakucho, a poucas quadras do sofisticado bairro de Ginza em Tóquio.


Ainda nesta década, em 1997, a rede adotou a estratégia SPA (Speciality-store/retailer of Private-label Apparel), que consiste em produzir suas próprias roupas e vendê-las exclusivamente. Apesar do enorme sucesso em pequenas e médias cidades japonesas, a rede somente inaugurou sua primeira loja na capital Tóquio no final de 1998. Pouco tempo depois lançou o produto que transformaria a UNIQLO em um nome familiar: uma jaqueta de fleece de US$ 20, produzida em todas as cores do arco-íris. Desde então, o fleece deixou de ser um tecido caro e tecnológico usado por alpinistas e esquiadores para ser utilizado na rua, no trabalho, na faculdade, em casa. Dois anos depois, em mais uma mostra de ousadia, inaugurou sua loja online. Finalmente em 2001, com a marca completamente estabelecida no Japão, eram mais de 500 lojas espalhadas pelo país, a UNIQLO inaugurou suas primeiras unidades fora do país, na cidade de Londres. Porém as vendas não decolaram de início e a estratégia foi repensada anos depois. A expansão continuou nos anos seguintes com inaugurações de lojas na China (2002), Coréia do Sul e Hong Kong, ambas em 2005. Nesse período a marca também introduziu novidades, como uma linha de lingeries e a inauguração de uma loja exclusivamente para a venda de roupas infantis, fechada anos mais tarde. Apesar de ter alcançado enorme popularidade no Japão, a UNIQLO realmente ganhou fama internacional somente em novembro de 2006, quando abriu sua primeira loja em Nova York, no badalado bairro do Soho.


A expansão internacional se acentuou nos anos seguintes com a inauguração de lojas em Paris (2007), Cingapura (2009), Moscou (2010), Kuala Lumpur (2010) e Bangkok (2011), além de uma moderníssima flagship store na Quinta Avenida em Nova York. Nos anos seguintes, o número de lojas da UNIQLO fora do Japão cresceu rapidamente, à medida que a empresa se expandiu para cidades menores na China. Como resultado desta estratégia, em 2018, o faturamento das operações internacionais superou a japonesa pela primeira vez, mostrando a força da UNIQLO como uma marca global. A empresa, apesar de possuir a maior rede de lojas de roupas da Ásia, ainda encontra resistências na Europa e principalmente nos Estados Unidos. O comércio eletrônico é outro complicador, já que cresce forte no mercado americano, frente ao fechamento de lojas físicas. Mas a UNIQLO investe em treinamento e está experimentando as vendas com a presença física em novos formatos no mercado americano. Por exemplo, recentemente inaugurou uma loja na estação central de trem de Washington, além de disponibilizar máquinas de auto-atendimento instaladas em aeroportos americanos para atender o cliente que esqueceu itens de viagem, em especial roupas. A UNIQLO continua a abrir lojas de grande porte em algumas das cidades e locais mais importantes do mundo como parte de seus esforços contínuos para solidificar seu status como uma marca verdadeiramente global.


Uma das estratégias da rede, adotada nos últimos anos, é fazer parcerias com estilistas famosos para assinar coleções limitadas, como por exemplo, Jill Sander, Lulu Guinness, Alexander Wang e Tomas Maier. O resultado: um verdadeiro alvoroço em suas lojas, onde consumidores praticamente disputam à tapas suas peças de roupas. Além disso, a rede está sempre inovando na disposição de seus produtos nas lojas. Por exemplo, na cidade de Xangai, manequins flutuam e giram em 360 graus através de uma espécie de tubo pelos andares da loja como em um carrossel, permitindo que o cliente tenha uma melhor visão da peça que está sendo exibida. Em um esforço para melhorar sua imagem no país natal, onde é vista como uma rede de roupas populares, diferente do status “cool” construído no Ocidente, a UNIQLO inaugurou no dia 16 de março de 2012 na cidade de Tóquio sua maior loja no mundo. O prédio de 12 andares fica localizado em Ginza, bairro mais sofisticado da cidade japonesa, que abriga as principais marcas de luxo do mundo. Os números eram gigantescos: 5.000 m² divididos em doze andares, 100 provadores, 50 caixas e atendimento em quatro línguas, por todos os funcionários.


A marca explora com grande inteligência as redes sociais e aplicativos para dispositivos móveis. Por exemplo, a marca japonesa inovou ao lançar uma nova funcionalidade associada ao Facebook: o Uniqlooks. O site consiste basicamente na criação de uma comunidade de moda que convida os membros a compartilhar seu estilo pessoal. Basta fazer upload de uma fotografia que revele o look criado com peças da UNIQLO e esperar por comentários, dicas e feedback oferecido por estilistas profissionais. Outro sucesso é o aplicativo Wake Up, cujo objetivo é tornar o despertar o mais prazeroso possível, oferecendo uma música criada automaticamente, de acordo com o dia da semana, horário e o clima que está lá fora. O aplicativo também oferece a opção da pessoa compartilhar em redes sociais a hora exata, a temperatura e o clima ao despertar.


Tecnologia em tecidos inovadores 
A marca japonesa também ficou extremamente popular por uma linha de roupas chamada HEATTECH, lançada em 2003 e feita a partir de uma fibra sintética mesclada a uma proteína do leite. As roupas são leves, macias e confortáveis. O tecido transforma o vapor emitido pelo corpo em calor enquanto que as bolsas de ar existentes entre as suas fibras o retêm. O tecido ainda possui características antibacterianas que diminuem os odores desagradáveis causados pelo uso prolongado da roupa. Além disso, a marca tem como destaque a tecnologia nas roupas, que desmistifica o conceito de que é necessário roupas pesadas e caríssimas para não passar frio no inverno. Ao contrário, as jaquetas da UNIQLO são leves, à prova d’água, com proteção contra o vento e com valores muito acessíveis. Hoje em dia a UNIQLO possui três modernos centros de pesquisa e desenvolvimento ao redor do mundo, onde cientistas têxteis estão trabalhando continuamente, por exemplo, para tornar o jeans “não processado” mais confortável e para tentar imprimir em 3D a lã de caxemira e de cordeiro. O resultado de tanta pesquisa e investimento é traduzido em tecidos como o Ultra light down (um isolador de luz usado nos casacos produzidos desde 2009) e AIRism (blusas no estilo “segunda pele” projetadas para afastar suor, lançadas em 2013).


Comunicação 
Para reforçar o apelo da UNIQLO em tempos de incertezas e crise, a marca multiplicou o investimento em publicidade nos últimos anos, veiculando anúncios na televisão japonesa com celebridades locais e internacionais, como Orlando Bloom, Charlize Theron e a bela Susan Sarandon. Porém, a maior amostra de que a UNIQLO queria se tornar uma marca global influente foi dada em maio de 2012, quando anunciou a escolha do tenista sérvio Novak Djokovic como embaixador internacional da marca. A parceria de cinco anos promoveu a marca e as roupas UNIQLO em todo o mundo. Além disso, o tenista participou dos grandes torneios de tênis com roupas de jogo desenvolvidas pela marca japonesa. Em 2018, a marca japonesa assinou um dos maiores patrocínios de todos os tempos com Roger Federer, ícone do tênis mundial, em uma estratégia de visibilidade para ser a líder mundial no varejo de roupas. A empresa tirou da Nike o tenista suíço que passou a estampar a marca japonesa no seu uniforme. Estima-se que o valor do contrato atinja US$ 300 milhões, quantia que Federer deverá receber nos próximos 10 anos.


O gênio por trás da marca 
Jaspion e Jiraya são exemplos de como os japoneses gostam de batizar os super-heróis nacionais com nomes exóticos e que tenham boa sonoridade. O mais recente exemplar dessa estirpe é Hitorigachi, palavra que significa “o único vencedor” na tradução para o português. Nos últimos tempos, esse passou a ser o codinome adotado pela imprensa local para se referir a Tadashi Yanai (foto abaixo), um senhor de 70 anos. Mas afinal, que poderes sobrenaturais e façanhas ele protagonizou para ser chamado assim? Ele é um vencedor em meio a uma economia estagnada. Seu grupo de moda, o Fast Retailing, dono de seis marcas de roupas, cresce velozmente vendendo para consumidores que, assustados pela crise mundial e pela recessão japonesa, hoje parecem dispostos a não comprar nada. Capitaneado pela UNIQLO, o grupo de moda deste pacato senhor, considerado o homem mais rico do Japão, cresce a uma velocidade impressionante, assim como seu faturamento e lucro. Este verdadeiro milagre em tempos de estagnação, incertezas e crises tem uma receita básica: uma combinação de preço baixo, marketing agressivo com inovação no design e investimentos em desenvolvimento de tecnologia dos tecidos.


Desde 1991, ele baseia seu modelo de negócios de “baixo custo” na compra de lotes enormes de roupas de fornecedores chineses. Os descontos obtidos com essa operação são repassados quase integralmente aos clientes de suas lojas. Aproximadamente 90% das roupas da UNIQLO, responsável pela maior parte do faturamento do grupo, são “Made in China”. Resultado: camisetas vendidas a US$ 19 e jeans que custam meros US$ 49. Num país conhecido pelo alto custo de vida, as roupas da marca são vistas como verdadeiras pechinchas e ganharam a preferência de milhões de consumidores que desejam qualidade a preços praticamente imbatíveis. E a ambição deste senhor parece não ter limite: em um curto espaço de tempo, ele planeja tornar a UNIQLO na maior rede de moda casual do mundo, abrir uma média de 300 lojas por ano e chegar a produção de 5 bilhões de peças. O foco principal deve ser a região asiática, especialmente aumentar presença na China e Coréia do Sul. Á exemplo da maioria de outros executivos japoneses, o homem mais rico do Japão, com fortuna avaliada em US$ 24.9 bilhões, tem um perfil muito discreto. De sua vida pessoal, sabe-se apenas que é casado, tem dois filhos e que nas horas vagas costuma jogar golfe, como todo bom asiático. No estilo de gestão dos negócios é reconhecido pela persistência e ambição. Nada mal para um jovem que transformou uma pequena rede de alfaiataria que herdou do pai nos anos de 1970 em uma marca global e dominante no varejo de vestuário.


A evolução visual 
A identidade visual da marca passou por pequenas alterações desde sua criação. Em 2006, o logotipo ganhou um tom de vermelho mais forte e vivo e uma nova tipografia de letra.


É muito comum, especialmente no Japão e outros países asiáticos as fachadas das lojas, materiais de comunicação e sacolas de compras estamparem o nome UNIQLO também escrito em japonês.


Os slogans 
LifeWear. (2013) 
Made for All. 
Simple made better.


Dados corporativos 
● Origem: Japão 
● Fundação: 2 de junho de 1984 
● Fundador: Tadashi Yanai 
● Sede mundial: Tóquio, Japão 
● Proprietário da marca: UNIQLO Co. Ltd. 
● Capital aberto: Não (subsidiária da Fast Retailing Co.) 
● CEO & Presidente: Tadashi Yanai 
● Faturamento: US$ 15.9 bilhões (2018) 
● Lucro: Não divulgado 
● Lojas: 2.068 
● Presença global: 23 países 
● Presença no Brasil: Não 
● Funcionários: 53.500 
● Segmento: Varejo (moda) 
● Principais produtos: Roupas e acessórios 
● Concorrentes diretos: H&M, Zara, Topshop, GAP, Mango, C&A, Desigual e Forever 21 
● Ícones: As roupas básicas 
● Slogan: LifeWear. 
● Website: www.uniqlo.co.jp 

A marca no mundo 
A varejista de moda UNIQLO, terceira maior do mundo em seu segmento, que pertence ao Grupo Fast Retailing, possui atualmente mais de 2.000 lojas localizadas em 23 países ao redor do mundo, especialmente na região asiática. A rede está fortemente presente no Japão (onde estão localizadas mais de 820 de suas lojas), além de possuir unidades nos Estados Unidos, Reino Unido, Austrália, Alemanha, França, Rússia, Índia, China, Hong Kong, Taiwan, Singapura, Malásia, Tailândia, Coréia do Sul, entre outros. A rede oferece vestuário feminino, masculino e infantil até acessórios de moda como calçados, bolsas e mochilas, além de chapéus, bonés, cachecóis e lenços. Em 2018, o faturamento da UNIQLO ultrapassou US$ 15 bilhões. E pensar que todo esse dinheiro surgiu a partir da venda de camisetas básicas de US$ 19.50. 

Você sabia? 
No dia 7 de julho de 2017, a empresa inaugurou sua nova sede próxima da futura vila dos atletas dos Jogos Olímpicos de Verão de 2020. Batizada de Uniqlo City Tokyo possui 16.500 m² de área e abriga mais de 1.000 empregados de 20 nacionalidades, além de espaços decorados com os embaixadores globais da marca: o golfista Adam Scott e os tenistas Kei Nishikori e Roger Federer. 
A loja da rede localizada no badalado bairro do Soho, em Nova York, recebe mais de 25 mil consumidores em um sábado regular. 
A UNIQLO foi responsável pela confecção e fornecimento dos uniformes da equipe olímpica japonesa nas Olimpíadas de 1998 e 2002. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek, Isto é Dinheiro e Exame), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers). 

Última atualização em 18/9/2019

2.3.12

TOPSHOP


Sucesso entre o público feminino e rival de redes como a espanhola Zara e a sueca H&M, a britânica TOPSHOP se especializou no segmento fast fashion, roupas modernas e atuais vendidas em grande escala a preços extremamente acessíveis, em alguns casos com coleções assinadas por badalados estilistas e celebridades. O resultado foi que a TOPSHOP se transformou em um fenômeno de vendas, cujas roupas são cobiçadas por mulheres ligadas em moda e novas tendências. 

A história 
A TOPSHOP surgiu em 1964 na cidade inglesa de Sheffield como uma marca própria de moda feminina no subsolo da pequena rede de lojas de departamento Peter Robinson. A nova marca foi criada pelo filho de um imigrante lituano, Raymond Montague Burton, cujo pai era proprietário da rede, para atender a nova cultura de moda que eclodia no país, direcionada para um público mais jovem. Inicialmente com o nome de Peter Robinson’s Top Shop, a marca fez grande sucesso entre as jovens mulheres inglesas ávidas por novidades. O grande sucesso no segmento feminino levou a empresa a criar pouco depois, em 1970, a TOPMAN, uma marca voltada para o público masculino, que hoje em dia, em algumas lojas, divide espaço com a TOPSHOP. A marca de moda feminina ganhou tamanha importância que se tornou independente em 1974 quando foi inaugurada a primeira loja própria da TOPSHOP. Nos anos seguintes, além de inaugurar novas lojas pelo Reino Unido, se distinguiu por lançar, de forma constante e consistente, coleções de roupas bem modernas que se destacavam pela inovação, originalidade e exclusividade. Apesar do sucesso no Reino Unido foi apenas em 2002 que a TOPSHOP começou a mudar de rumo e deu um grande salto. Foi quando o bilionário britânico Philip Green, conhecido por seu faro apurado para bons negócios e dono de uma fortuna comprou o grupo Arcadia, controlador da rede de lojas.


Desde então, além de inaugurar inúmeras lojas em vários países, a TOPSHOP investiu em parcerias bem-sucedidas com estilistas renomados, como o escocês Christopher Kane, a britânica Stella McCartney e Alexander McQueen, que criaram coleções modernas e descoladas à preços mais acessíveis. A marca também fez trabalhos em conjunto com artistas, designers e celebridades, entre eles a inglesa Stella Vine. A parceria mais famosa até hoje, no entanto, foi com a polêmica modelo Kate Moss, que desenhou e foi garota-propaganda para as coleções da TOPSHOP entre 2007 (ano em que a varejista ingressou no mercado americano) e 2011. Sua primeira coleção causou tanto impacto que as pessoas acamparam na frente da TOPSHOP localizada na Oxford Circus, em Londres, quase um dia antes do lançamento. Resultado: em menos de uma hora 90% da coleção assinada pela modelo já estava vendida. Através dessas parcerias a marca britânica fez enorme sucesso entre as adolescentes e as mulheres modernas, que não têm medo de ousar e criar visuais modernos, versáteis e muito fashion. Estas coleções de roupas femininas exclusivas são sempre garantia de enorme sucesso de vendas e uma importante ferramenta de marketing para a marca.


Em 2010, a marca inovou mais uma vez ao lançar uma linha de cosméticos, que no ano seguinte ganhou a companhia de uma diversificada linha de esmaltes cintilantes. No ano seguinte inaugurou suas primeiras lojas na Austrália. Pouco depois, em 2012, seguindo as tendências de mercado, a marca lançou uma linha de roupas sustentáveis, a Reclaim. A rede britânica abriu suas portas no Brasil em 2012, com a inauguração de uma loja no shopping JK Iguatemi, em São Paulo. Depois de inaugurar mais duas unidades na capital paulista, a rede britânica não suportou a concorrência e fechou suas lojas no país em 2017. Nos anos seguintes, a TOPSHOP enfrentou a forte e canibal concorrência deste setor e assistiu seu rendimento despencar, além da gravíssima acusação de um caso de assédio sexual contra Philip Green, então presidente do Arcadia Group, que controla a marca TOPSHOP. Essa acusação gerou um boicote nas redes sociais em relação à marca e, em 2018, a cantora Beyoncé não quis lançar a sua coleção de roupa Ivy Park em parceria com a rede. Com esta enorme crise, financeira e de imagem, a TOPSHOP anunciou em 2019 o fechamento de todas as 11 lojas nos Estados Unidos. No entanto, a marca continuará a vender suas mercadorias exclusivamente nas lojas de departamento Nordstrom. Além disso, várias unidades deficitárias no Reino Unido também foram fechadas.


A sofisticada região londrina de Oxford Circus abriga a maior unidade da rede, inaugurada em 1994, com 8.400 m² distribuídos em cinco andares e que recebe aproximadamente 30 mil visitantes por dia. Essa unidade é uma meca do consumo e lifestyle, vendendo desde cupcakes, sorvetes, roupas, acessórios, além de itens para cachorro, oferecendo ainda serviços de sobrancelha, cabelo, unha e reparo de roupas. A rede possui ainda enormes lojas âncoras em cidades, como por exemplo, Liverpool (5.600 m²), Belfast (3.700 m²) e Leeds (2.900 m²). Nessas lojas a rede oferece o serviço de Personal Shopping, onde consultoras acompanham os clientes traçando o perfil e as necessidades de cada pessoa, permitindo que as compras sejam exatamente aquilo que se busca.


Dedicando-se à comercialização de roupas e acessórios para o segmento feminino, masculino e infantil, a marca rapidamente saltou fronteiras e é atualmente uma grife muito procurada mundialmente por jovens que adoram seguir as mais recentes tendências de moda, sem que para tal tenham de gastar muito dinheiro. As linhas Premium da rede incluem Boutique (peças contemporâneas e luxuosas) e Topshop Unique (única coleção projetada por um varejista a ser exibida na tradicional London Fashion Week). A TOPSHOP é o clássico caso de propaganda e marketing que deu certo: parcerias estratégicas, celebridades desfilando com suas peças e lojas suntuosas e estrategicamente localizadas.


A evolução visual 
O logotipo da marca britânica passou por pequenas alterações ao longo dos anos. Na década de 1990 o nome da marca ganhou uma nova tipografia de letra e passou a ser escrito na horizontal. Em 2005 o logotipo adotou uma tipografia de letra mais afinada e sofisticada. Mais recentemente, em 2018, a marca apresentou um novo logotipo, onde as letras ganharam maior espaçamento e o efeito bold.


Dados corporativos 
● Origem: Inglaterra 
● Fundação: 1964 
● Fundador: Raymond Montague Burton 
● Sede mundial: Londres, Inglaterra 
● Proprietário da marca: Topshop/Topman Limited 
● Capital aberto: Não (subsidiária da Arcadia Group Limited) 
● CEO: Ian Grabiner 
● Faturamento: Não divulgado 
● Lucro: Não divulgado 
● Lojas: 500 
● Presença global: 38 países 
● Presença no Brasil: Não 
● Maiores mercados: Reino Unido, Canadá, Emirados Árabes Unidos e Irlanda 
● Funcionários: 6.000 
● Segmento: Varejo (moda) 
● Principais produtos: Roupas, calçados, bolsas, cosméticos e acessórios 
● Concorrentes diretos: Zara, C&A, GAP, H&M, Uniqlo, Mango, Desigual, Forever 21, Primark e Asos 
● Website: www.topshop.com 

A marca no mundo 
Atualmente a TOPSHOP, especializada em moda (feminina, masculina e infantil), além de cosméticos e acessórios, possui mais de 320 lojas no Reino Unido e outras 180 em mais de 37 países, entre os quais Canadá, Irlanda, França, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Israel, Kuwait, Tailândia, Chile, África do Sul e Filipinas. Além disso, a marca tem forte presença na internet, onde seu comércio online entrega para 110 países e cuja página recebe mais de 4.5 milhões de visitas semanalmente. A marca vende um par de calças jeans a cada 5 segundos. A TOPSHOP pertence ao Arcadia Group, proprietário de marcas como Burton, Dorothy Perkins e Miss Selfridge. 

Você sabia? 
A TOPSHOP é conhecida por apresentar algumas das melhores ofertas na internet, através da apresentação constante de diversas promoções e descontos imperdíveis. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Exame, BusinessWeek e Isto é Dinheiro), portais (BBC), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand) e Wikipedia (informações devidamente checadas). 

Última atualização em 13/10/2019