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7.6.06

GUCCI


Vestidos deslumbrantes. Alguns com decotes provocativos. Perfumes com aromas exóticos e inconfundíveis. Sapatos clássicos com ares modernos. Bolsas que são carregadas por lindas e famosas mulheres nos quatro cantos do mundo. Tudo renomado pela criatividade, inovação e a tradição artesanal italiana. Celebridades, escândalos, enormes fortunas e muito glamour sempre foram associados ao nome GUCCI, marca que mais sintetiza a pura elegância italiana no mercado de luxo. 

A história 
Guccio Gucci nasceu no dia 26 de março de 1881 em Florença, no norte da Itália. Filho de um artesão de origem humilde, ele adquiriu bom gosto e elegância encantando-se com o luxo das malas com brasões das famílias nobres enquanto trabalhava como ascensorista, maleiro e posteriormente maître no famoso e requintado hotel Savoy de Londres na virada do século 19. Em 1921, depois de seu retorno para cidade de Florença, abriu uma pequena loja com suas economias - 30 mil liras na época - cujo intuito era vender acessórios de viagem (malas e valises de luxo), feitos em couro de alta qualidade proveniente da região da Toscana, pelos melhores artesãos, incluindo membros da sua própria família. Sua modesta loja era apenas um reflexo de seu estilo: ele andava sempre bem vestido e impecável pelas ruas de Florença. E não demorou muito para a alta burguesia e a nobreza florentina reconheceram a excelência e originalidade dos produtos e, em pouco tempo, a marca superou os limites da cidade, impondo-se como uma das mais conhecidas e preferidas entre a elite italiana. Com o aumento das vendas, ele conseguiu abrir atrás de sua pequena loja, uma modesta oficina para produzir suas próprias mercadorias.


Necessitando expandir seu negócio a empresa inaugurou uma fábrica maior em Lungarno Guicciardini em 1937. Foi a partir deste ano que estribos e franjas estilizados se tornaram a assinatura equestre da marca italiana. Em poucos anos os produtos da marca, que incluíam malas, baús de viagem, luvas, sapatos e cintos, com um design de inspiração equestre, atraíram uma clientela ainda mais sofisticada e internacional. Com o grande sucesso de seu negócio e clientes famosos, a marca abriu sua primeira grande loja na cidade de Roma em 1938 no sofisticado endereço da Via Condotti. No ano seguinte seus filhos, Aldo, Vasco e Ugo, ingressaram no negócio. Em 1947 a GUCCI lançou no mercado o que viria a se tornar um ícone da marca: a bolsa com alça de bambu japonês, que literalmente seduziu com seu charme e elegância centenas de celebridades pelo mundo afora. A novidade foi uma forma original encontrada por Guccio para lidar com a escassez de materiais causada pela Segunda Guerra Mundial. Pouco tempo depois, em 1951, o estilista inaugurou uma loja na cidade de Milão em plena Via Montenapoleone. Nesta época surgiu a assinatura vermelha e verde, que se tornaria marca registrada da grife.


No dia 2 de janeiro de 1953 morreu Guccio Gucci aos 72 anos, 15 dias antes da inauguração da primeira loja da marca no exterior, localizada no Savoy Plaza Hotel em Nova York, onde as celebradas estrelas de Hollywood contribuíram e muito para que a marca italiana brilhasse nas principais capitais do luxo. Comandada agora pelos filhos do fundador, Aldo e Rodolfo, a GUCCI iniciou um audacioso plano de expansão pelo território americano com a inauguração de lojas em cidades como Filadélfia, San Francisco, Beverly Hills e Palm Beach. Ainda em 1953 a marca lançou outro ícone, o horsebit loafer, calçado estilo mocassim com fivela de metal, além de uma faixa frontal de tecido nas cores verde e vermelha, um dos principais símbolos de identificação da marca no mundo, que se tornou presença garantida no guarda-roupa de homens chiques e modernos. Nesta época, celebridades como Sofia Loren, Ingrid Bergman, John Kennedy e sua então esposa Jacqueline Kennedy eram alguns dos fiéis clientes da marca. Essas celebridades eram constantemente fotografadas portando artigos clássicos da marca, como a bolsa de couro com alça de bambu ou o mocassim com fivela de metal. Isso contribuiu para transformar a GUCCI na marca queridinha nos bastidores de Hollywood. Somente em 1955 surgiu o icônico GG (duas letras G, uma normal e outra invertida, entrelaçadas), que rapidamente se tornou outra marca registrada da GUCCI. O novo logotipo começou aparecer em todas as bolsas, malas e acessórios em couro da marca, dando um ar mais aristocrático aos produtos.


Na década seguinte, após introduzir os tecidos estampados com as duas letras G entrelaçadas e a estampa floral criada especialmente para Grace Kelly, a empresa já vendia seus produtos em lojas próprias nas cidades de Londres (inaugurada em 1967, sendo a primeira na Europa fora da Itália), Paris, Tóquio (1971), Chicago e Hong Kong. Além disso, Grace Kelly, Peter Sellers e Audrey Hepburn contribuíram para que a marca se tornasse sinônimo de bom gosto e sofisticação na badalada Hollywood, ganhando inúmeros adeptos entre as estrelas do cinema mundial. Em 1974, existiam 14 lojas e 46 franquias da GUCCI em todo o mundo, muito graças à expansão que Aldo realizou, especialmente para o mercado japonês. Ele também diversificou a linha de produtos com o lançamento de perfumes, promovendo assim um novo negócio dentro da empresa para que seus filhos, membros da terceira geração, pudessem trabalhar. Já a década de 1980 foi marcada pela criação da coleção prêt-à-porter, lançada com grande pompa em importantes desfiles de moda.


Em 1989, quando a imagem da marca começava a se deteriorar no mercado de luxo, Domenico Del Sole, funcionário de um dos escritórios americanos de advocacia que prestavam serviços à GUCCI, foi indicado para moderar e buscar soluções para as divergências internas da empresa, especialmente entre membros da família. No mesmo período, com a saída de Aldo do comando, a empresa de investimento árabe Investcorp adquiriu 50% do capital da GUCCI. Maurizio, o último membro da família trabalhando na empresa, acabou vendendo sua participação acionária em 1993 por não se entender com o grupo de investidores. Com Maurizio fora de cena, a GUCCI passou a ser liderada por Domenico Del Sole, que transferiu a sede da empresa de Milão para Casellina e nomeou o estilista Tom Ford - que já trabalhava na grife desde 1990 - como diretor de criação. Começava aí a nova fase da GUCCI. Além do relançamento das bolsas com alças de bambu e dos mocassins com bridão, da bolsa Horsebilt Clutch, que se tornou um sucesso entre as estrelas de Hollywood, ele passou a assinar todas as coleções, escolher os fotógrafos, decidir o tema das campanhas publicitárias e até opinar na arquitetura e decorações das lojas. Os rostos nas campanhas também mudaram. Audrey Hepburn e Grace Kelly deram lugar à Madonna e Tina Turner. As coleções cheias de sensualidade eram bem acolhidas pela imprensa especializadas e um investimento milionário em campanhas para lá de provocativas foi realizado.


Em 2000 a empresa pertencia a um grupo de acionistas, entre eles Bernard Arnault (dono do grupo de luxo LVMH) e François Pinault (então dono do grupo PPR). Embora Arnault quisesse aumentar suas ações para ter mais controle sobre a empresa, Del Sole e Tom Ford conseguiram privilegiar Pinault, que através de negociações meio que impostas, foi aumentando seu capital até tornar-se o único proprietário da GUCCI em 2004. No mesmo ano, Del Sole e Ford saíram da empresa e a estilista de ascendência romena Frida Giannini passou a responder pela direção de criação da marca. Com dinheiro em caixa e criatividade de sobra, a GUCCI voltou aos editoriais e às capas de renomadas revistas de moda. Foi a mais retumbante volta por cima da moda internacional, criando uma tendência no mercado do luxo.


No dia 8 de fevereiro de 2008 foi inaugurada a maior loja da grife italiana no mundo. Com uma espaçosa área de 14.020 m², a loja possuía três andares totalmente climatizados e iluminados naturalmente. Expressando todo o requinte da marca italiana, o interior da loja apresentava detalhes decorativos como suportes de vidro e ouro polido. Além disso, o exterior do prédio revestido de vidro brilhante compunha uma visão admirável para aqueles que o viam. A sofisticação da GUCCI foi rigorosamente traduzida nesta nova loja, que, entre outros detalhes de luxo, tinha o piso coberto de mármore branco, com algumas listras de mármore preto, se estendendo pelas paredes e pelo teto. O revestimento das maçanetas das portas se alternava em ouro e vidro com listras. Minuciosos detalhes que proporcionavam uma experiência única aos clientes e admiradores que a visitavam. Projetada por Frida Giannini, diretora criativa da marca e pelo célebre arquiteto James Carpenter, a nova flagship tinha andares extremamente luxuosos e estava localizada em plena 5ª Avenida em Nova York. Para causar expectativa e interação com o público, a marca lançou o site GucciLovesNY na semana da moda na cidade. Os visitantes do site concorriam a uma bolsa exclusiva da marca. Para participar era só enviar uma foto usando algum acessório GUCCI no lugar preferido de Nova York.


A GUCCI inaugurou sua primeira loja no Brasil no final deste mesmo ano, no Shopping Iguatemi em São Paulo. A loja abriu as portas em 30 de novembro contando com 470 m² e seguindo o mesmo projeto da unidade de Nova York. Nas araras, inúmeras peças: do prêt-à-porter aos perfumes, passando pela coleção masculina completa de acessórios, sapatos e lançamentos simultâneos com as principais flagships ao redor do mundo. Nos anos seguintes, o logotipo da grife italiana brilhou nas mãos da estilista Frida Giannini, responsável pelos acessórios e o prêt-à-porter feminino e masculino. A estilista conseguiu equilibrar doses certas de elegância, sensualidade e modernidade, além de inserir a marca no âmbito cultural. Em janeiro de 2015 a marca foi repaginada e ganhou um visual jovem após a promoção do designer romano Alessandro Michele para o cargo de diretor criativo. O jovem talento trouxe para as peças e artigos da marca influências de décadas passadas, principalmente a de 1970, estampas geométricas, superfícies metalizadas, cores da estética vintage, e questões consideradas polêmicas como a quebra do tabu da liberdade de escolha e igualdade de gênero. Em suas campanhas e nas passarelas, esqueça qualquer padrão - há espaço para narigudos, albinos, muitos negros, trans, ruivos, magros e gordos. Idade tampouco é uma questão: as atrizes Vanessa Redgrave e Faye Dunaway, de 81 anos e 77, estrelaram recentes publicidades da marca. Com isso conquistou de vez a clientela millennial, pessoas entre 18 e 35 anos, que passaram a idolatrar a GUCCI.


A linha do tempo 
1925 
Lançamento das malas de viagem feitas com couro maleável. 
1932 
Lançamento dos sapatos tipo mocassim. 
1964 
Lançamento do cinto com fivela contendo as famosas as iniciais de Guccio Gucci. 
1969 
Lançamento da bolsa com alça para o ombro (inicialmente batizada de HOBO), especialmente desenvolvida e criada para Jacqueline Kennedy, que até hoje é conhecida como “Jackie O”. O modelo foi relançado em 1999, vendendo o número recorde de seis mil peças. 
1974 
Lançamento do primeiro perfume da marca italiana. 
1979 
Criação da GUCCI ACCESSORIES COLLECTION (GAC), divisão responsável por produtos como perfumes, canetas, relógios, isqueiros, entre outros acessórios. 
1997 
Lançamento do perfume feminino ENVY com fragrâncias florais. 
1999 
Lançamento do perfume RUSH acondicionado em um frasco moderno e jovial. 
2001 
Lançamento do perfume feminino RUSH 2, feito de uma composição de essências de madeira de palmeira, flor de narciso, lírio do vale, frésia, gardênia, rosa e almiscar, resultando em um aroma refrescante. 
2008 
Lançamento de uma coleção exclusiva chamada GUCCI LOVES NY. Desenhadas por Frida Giannini, as peças desta linha faziam uma homenagem a cidade de Nova York e somente podiam ser adquiridas na loja da 5ª Avenida. Entre elas estavam jaquetas e bolsas de couro, material ícone da marca. 
Lançamento de uma coleção especial com edição limitada, chamada 8-8-2008. Oito exclusivos acessórios que remetiam à esportes de competição foram desenvolvidos por Giannini, como o relógio I-Gucci, equipado com tecnologia digital, pulseira vermelha de couro e detalhes cromados. Porém, a peça mais inusitada desta coleção foi a bicicleta vermelha com listras verdes, equipada com lanterna e duas charmosas bolsas GUCCI sobre a roda traseira. 
Lançamento do perfume GUCCI by GUCCI, com notas de goiaba, mel e florais. Essa cheirosa combinação vinha embalada em um frasco marrom com estilo art déco, contendo o logotipo da marca em letras douradas. A garota-propaganda da fragrância foi a brasileira Raquel Zimmerman. 
2009 
Lançamento do perfume feminino FLORA By GUCCI
2010 
Lançamento de sua primeira linha de roupas e acessórios infantis. A linha possuía duas coleções: uma dedicada às crianças mais crescidinhas e outra para os bebês. Entre as peças da coleção baby, era possível encontrar grandes clássicos da marca, entre eles os famosos trench em dimensões micro, mas também babadores e macaquinhos. Para festejar o lançamento desta nova linha, a marca anunciou a intenção de doar US$ 1 milhão à UNICEF para um programa de construção de escolas na África. 
Lançamento do perfume masculino GUCCI by GUCCI POUR HOMME SPORT, que evoca a liberdade de estar ao ar livre e o desejo pelo esporte. Ao mesmo tempo, doce e refrescante, a criação exclusiva desta fragrância garante que ela também seja bem acabada e complexa. 
Lançamento do perfume GUILTY. O conceito da fragrância dá ênfase na jovialidade e sensualidade urbana, e foi criado para mostrar o lado ousado e sexy da marca. Os rostos da campanha publicitária foram da cantora e atriz Evan Rachel Wood e do ator Chris Evans. 
2011 
Lançamento da coleção 1921, que em homenagem aos 90 anos da GUCCI propunha acessórios de prêt-à-porter masculinos e femininos, fazendo alusão ao universo da marca desde a época de sua criação. Clássicos da marca como bolsas e mocassins foram oferecidos em uma infinidade de cores e materiais. Bambu, pelica e crocodilo apareciam em tons de castanho escuro, rosa, caqui, verde e cereja. Todos os modelos levavam a assinatura G. Gucci Firenze 1921
A então diretora criativa da marca, Frida Giannini, assinou o FIAT 500 by GUCCI. Esta edição especial era uma versão personalizada do conhecido modelo citadino da montadora italiana, em colaboração com Centro de Estilo Fiat. Um dos detalhes mais marcantes deste modelo era uma faixa verde/vermelho/verde, típica da GUCCI, ao longo da carroceria, junto às molduras das janelas. 
2014 
Lançamento de uma linha de maquiagens com embalagens luxuosas, paleta de cores escolhida cuidadosamente e gama completíssima (mais de 200 itens). 
2015 
Lançamento do perfume feminino GUCCI BAMBOO, extremamente poderoso e inspirado na força e elegância do bambu. 
2016 
Lançamento da bolsa GG MARMONT, que rapidamente recebeu o selo de aprovação das fãs, principalmente por suas variações cheias de estilos, que misturam o passado e o presente da identidade GUCCI. Fugindo aos designs convencionais, as bolsas trazem opções com aplicações de patch, veludo, correntes e tudo que a nova imagem da GUCCI representa. 
2017 
Lançamento da GUCCI DÉCOR, primeira linha de decoração de interiores da marca, composta por almofadas, biombos, cadeiras, chaleiras, vasos, bandejas, peças de porcelana, tapetes, castiçais, velas, incensos e vários outros objetos que dialogam com as estampas, desenhos e estética romântica contemporânea da GUCCI. 
2019 
Lançamento do Mémoire d’une Odeur, primeira fragrância sem gênero da marca italiana. 
Lançamento da Globetrotter Suitcase, uma nova mala de viagem estampada com monogramas da grife italiana, alças de apoio e rodinhas 360°.


Uma família polêmica 
O reconhecimento da marca como ícone de sofisticação trouxe fama, dinheiro e, sobretudo, traições e conflitos familiares, especialmente na década de 1980, depois que Aldo Gucci foi citado em um escândalo de fraude fiscal que atingiu a cifra de US$ 7 milhões. Batalhas judiciais, desentendimentos e intrigas entre os membros da família colaboraram para que grife entrasse em um período de inércia criativa, além de problemas financeiros e a frequente citação da palavra “falência”. Nesta época, arremessos de cinzeiros e palavrões eram comuns na sala de reuniões da diretoria. Em 1989, uma empresa de investimentos árabe, a Investcorp, adquiriu aproximadamente 50% do comando da GUCCI. Para completar, na manhã do dia 27 de março de 1995, o último membro da família a dirigir a empresa, Maurizio Gucci, sobrinho de Aldo e neto do fundador da grife, foi assassinado com quatro tiros nas costas quando chegava a seu escritório, na cidade de Milão, a mando de sua ex-mulher, Patrizia Reggiani. Anos depois, Patrizia, conhecida como Viúva Negra pela imprensa italiana e condenada a 26 anos de prisão, pediu permissão à justiça para cumprir a sentença em prisão domiciliar. Misteriosamente, todos os funcionários que trabalhavam na papelada do caso foram acometidos por sintomas como irritação na garganta, pele rachada e enjoos. A doença desconhecida foi apelidada de “a maldição de Maurizio”, pois muitos acreditavam que se tratava de uma manobra sobrenatural do fantasma do executivo para impedir que sua ex-esposa saísse da cadeia. Tal processo foi abandonado, já que todos os funcionários da justiça de Milão se recusaram a mexer nos papéis da apelação. Ela foi colocada em liberdade condicional no mês de setembro de 2013. Tudo isso está detalhadamente narrado no livro “Casa Gucci” que relata os bastidores da saga da marca italiana. Já a ideia de um longa-metragem sobre essa melancólica e polêmica história da família circula em Hollywood há alguns anos. Só resta esperar um filme com esse roteiro.


Eternizando a história 
No dia 26 de setembro de 2011, a marca italiana resolveu eternizar sua história com a inauguração do GUCCI MUSEO na pitoresca cidade de Florença, em plena Piazza della Signoria. O museu ocupava três andares do Palazzo della Mercanzia, um deslumbrante palácio construído em 1337. O aconchegante museu contava em detalhes a trajetória de Guccio Gucci e como sua marca tornou-se uma grife de prestígio internacional. O museu apresentava um grande e valioso acervo de peças antigas, algumas delas verdadeiros clássicos da marca italiana, como as bolsas de bambu usadas por Jackie Onassis e Sofia Loren, acessórios de esportes, as primeiras malas de viagens, coleções prêt-à-porter, um Cadillac Seville com a característica estampa da marca, entre muitos outros itens. Eram bolsas, roupas, sapatos, cintos, malas, chapéus e vestidos de gala que podiam ser vistos em uma linha de evolução que mantinha a originalidade da marca. Além disso, vídeos mostravam como o couro é trabalhado e a maneira como são feitos os exclusivos produtos da marca, a mão, demostrando o cuidado que cada peça demanda. Para completar, o espaço contava ainda com um charmoso café, uma loja (que oferecia produtos exclusivos da marca encontrados somente ali) e uma agradável livraria especializada em moda, arte e fotografia.


Recentemente, no início de 2018, o museu foi reformulado e rebatizado como GUCCI GARDEN, e se transformou em um espaço criativo e colaborativo que reúne arte, moda, gastronomia e história. O primeiro e segundo andares abrigam seis diferentes salas, inclusive um cinema, que exploram a história da grife, sua identidade, a evolução da logomarca e do conceito de suas coleções. Também é possível encontrar uma loja conceito que vende itens exclusivos, de roupas e acessórios a artigos de decoração e revistas. Outra novidade é a Gucci Osteria, restaurante idealizado por Massimo Bottura, chef com 3 estrelas Michelin no currículo.


A evolução visual 
A identidade visual da marca italiana passou por algumas alterações ao longo dos anos. Após adotar, em meados da década de 1950, o tradicional símbolo GG, que continha duas letras G, uma normal e outra invertida, entrelaçadas; há poucos anos atrás a marca apresentou uma nova identidade visual, que além da cor preta ganhou também a versão dourada e com tipografia de letra mais afinada. Apesar disso, o símbolo GG continua sendo utilizado em muitos de seus produtos.


Dados corporativos 
● Origem: Itália 
● Fundação: 1921 
● Fundador: Guccio Gucci 
● Sede mundial: Florença, Itália 
● Proprietário da marca: Guccio Gucci S.p.A. 
● Capital aberto: Não (subsidiária da Kering S.A.) 
● CEO & Presidente: Marco Bizzarri 
● Diretor criativo: Alessandro Michele 
● Faturamento: €8.3 bilhões (2018) 
● Lucro: €3.2 bilhões (2018) 
● Valor da marca: US$ 15.949 bilhões (2019) 
● Lojas: 577 
● Presença global: 120 países 
● Presença no Brasil: Sim 
● Funcionários: 9.500 
● Segmento: Moda de luxo 
● Principais produtos: Roupas, bolsas, calçados, perfumes e acessórios de luxo 
● Ícones: A bolsa com alça de bambu e o mocassim com fivela 
● Website: www.gucci.com 

O valor 
Segundo a consultoria britânica Interbrand, somente a marca GUCCI está avaliada em US$ 15.949 bilhões, ocupando a posição de número 33 no ranking das marcas mais valiosas do mundo de 2019. 

A marca no mundo 
A luxuosa marca italiana tem mais de 575 lojas próprias ao redor do mundo, presença em mais de 120 países e faturamento de €8.3 bilhões (dados de 2018). Além do Chile, o Brasil é o outro país na América do Sul que possui lojas da GUCCI. São ao todo dez lojas: em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Recife e Curitiba. A loja do shopping JK Iguatemi, em São Paulo, é dedicada exclusivamente ao público masculino. Atualmente a marca, controlada pelo grupo Kering (proprietário também das grifes Saint Laurent, Bottega Veneta, Boucheron, Stella McCartney, Balenciaga e Alexander McQueen), produz e vende bolsas, malas de mão e outros acessórios de couro (que representam 59% do total de vendas), sapatos (13%), roupas, gravatas, perfumes e relógios, além de uma linha para decoração. Em relação à participação de mercado para a marca, o maior é a região Ásia-Pacífico (36%), seguido pela Europa (29%), América do Norte (21%) e do Japão (8%). 

Você sabia? 
A marca italiana tem mais de 90 perfumes em sua base de fragrâncias. A edição mais antiga foi criada em 1974 e a mais recente em 2019. 
O sultão de Brunei foi responsável pelo maior pedido que a GUCCI já recebeu: 27 jogos de malas em couro de crocodilo no valor de US$ 2.4 milhões. 
Em 7 de fevereiro de 2019, a marca retirou de todas as suas lojas um suéter que recebeu muitas críticas e acusação de racismo. A peça era preta com gola alta que subia até a altura do nariz, e ao redor da boca havia um recorte simulando lábios vermelhos. Muitos associaram a peça à prática do “blackface” e a um personagem de um livro infantil tido como o mais racista da história, chamado “As aventuras do pequeno Sambo Negro”. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek, Exame e Isto é Dinheiro), jornais (O Globo), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers). 

Última atualização em 26/12/2019

25.3.14

TOM FORD


O badalado Tom Ford viveu uma escalada meteórica, deixando seu rastro na história da moda contemporânea como o homem que ressuscitou a italiana Gucci, reinventou e sacudiu o mercado de luxo e criou a febre da “logomania”. Hoje, com a marca que leva seu nome, não deixou de ser polêmico, realizando desfiles secretos e controlando rigorosamente as imagens que saem na imprensa. Tudo para mexer ainda mais com o desejo de quem adora luxo, e cujos produtos e experiências tem o poder de estabelecer conexões emocionais com consumidores importantes, como Brad Pitt, Michelle Obama, Beyoncé, Julianne Moore, Jennifer Aniston, entre tantos outros formadores de opinião. 

A história 
Thomas Carlyle Ford nasceu no dia 27 de agosto de 1962 na cidade de Austin, no estado do Texas, e passou a maior parte da sua infância em Santa Fé, no Novo México. Começou sua carreira profissional como ator de comerciais, mas acabou desistindo quando uma das exigências para um novo trabalho era raspar a cabeça. Estudou história da arte na Universidade de Nova York e depois arquitetura e moda na Parson School of Design, onde se formou em 1986, após uma breve estadia em Paris e estagiar no departamento de comunicação da grife francesa Chloé, na área de produção de figurino para editoriais.


Em 1992, quando Richard Lambertson saiu da empresa, Tom ficou em seu lugar como diretor criativo geral da marca, supervisionando desde as coleções de prêt-à-porter, acessórios e perfumes, até desfiles, campanhas publicitárias e o design das lojas. Em 1995, ganhou o badalado prêmio do Council of Fashion Designers of America (CFDA), ao mesmo tempo em que aparecia para o mundo da moda como o grande revitalizador da Gucci, quando o herdeiro da marca italiana, Maurizio Gucci, foi assassinado e a família se afastou dos negócios, que ficaram nas mãos de um grupo árabe.


Em poucos anos, Tom Ford transformou-se de um estilista iniciante em empresário de enorme sucesso. Associado ao italiano Domenico De Sole, ele fez da decadente Gucci um negócio bilionário, fazendo com que o duplo “G” (símbolo da marca italiana) voltasse a ser considerado um luxo. Os dois enfrentaram, e venceram, o francês Bernard Arnault, dono do grupo LVMH, e juntos compraram, em 1999, a Yves Saint Laurent. Com a definitiva saída de cena do estilista Yves Saint Laurent, em 2002, Tom Ford tornou-se o comandante chefe absoluto da lendária marca francesa. Um exemplo da controversa e polêmica personalidade do estilista foi a campanha para o clássico perfume Opium da YSL, que mostrava a modelo Sophie Dahl nua em pose de simulação de um orgasmo. A campanha foi banida no Reino Unido por ser considerada muito ousada. Parece uma banalidade nos dias de hoje, mas os anúncios soft porn geraram grande controvérsia e foram responsáveis por um novo patamar criativo nas campanhas de fragrâncias.


Quando deixou o grupo Gucci em 2004, juntamente com o CEO Domenico de Sole, por desacordos contratuais, Tom Ford desenhava 15 coleções por ano para a Gucci e para a YSL, supervisionava as campanhas publicitárias, atuava como empresário ativo nas grifes Balenciaga e Bottega Veneta, e reforçava as parcerias com Alexander McQueen e Stella McCartney, outras marcas adquiridas pela empresa italiana. Além disso, tornou-se o queridinho das editoras de moda das revistas mais influentes e uma lenda no mercado de luxo. O período de afastamento de Tom Ford do universo da moda durou pouco. Isto porque em abril de 2005 ele fundou a TOM FORD INTERNATIONAL. Primeiro lançou produtos de beleza em parceria com a Estée Lauder, que resultou em perfumes como o Black Orchid, desenvolvido de forma ousada para que o cheiro “lembrasse as partes íntimas”, e uma linha de óculos de sol e de grau com o grupo Marcolin, que se tornaram sucesso imediato com suas formas arredondadas, design arrojado e materiais sofisticados.


Depois, em 2006, através de uma parceria com o grupo italiano Ermenegildo Zegna, que iria produzir sua linha masculina. Era a volta de TOM FORD ao mundo da moda. Sua marca ganhou uma sofisticada loja em Nova York, localizada em plena Madison Avenue. Apoiado em sua imagem elegante, sempre vestindo smokings e ternos alinhados, Ford era o nome certo para vestir homens que topavam desembolsar cinco dígitos para frequentar festas trajando o melhor costume do mundo. Hoje em dia, Brad Pitt e Ashton Kutcher fazem parte do seleto grupo que prestigia a marca. Além disso, ele causou comoção no mundo da moda alguns meses depois, ao posar para a capa da revista norte-americana Vanity Fair vestindo suas próprias criações entre duas beldades completamente nuas – as atrizes Keira Knightley e Scarlett Johansson. Três anos mais tarde investiu em uma expansão global com a inauguração de lojas em Milão, Londres, Los Angeles e Havaí.


Mas foi somente em 2010, com a apresentação da primeira coleção feminina na sofisticada loja âncora da Madison Avenue, que Tom Ford regressou com tudo ao mercado e ao segmento de luxo. A coleção foi extremamente bem recebida pela crítica, como por exemplo, a editora Cathy Horyn, que escreveu no The New York Times: “O auge do glamour. Chique e feminina, com um altíssimo senso de moda que se vê cada vez menos nas passarelas hoje em dia”. Em 2011 lançou uma linha masculina de cosméticos. Mais recentemente, em 2013, além de lançar uma sofisticada linha de maquiagens (incluindo coleções de esmaltes), a marca inaugurou sua primeira loja própria em Londres, antes mantinha corners dentro de badaladas lojas de departamento. E o sucesso não parou por aí. O estilista foi convidado por Justin Timberlake para desenhar as roupas de sua última turnê e participou pela primeira vez do London Fashion Week, em clara demonstração que deseja tornar sua marca uma referência internacional em moda de luxo.


Charmoso aos olhos hollywoodianos, Tom Ford, um caipira texano que ousou pisar com as suas rústicas botas de caubói no prêt-à-porter parisiense, caminha a passos largos para se tornar um dos estilistas mais poderosos do século. Entre a fotografia, direção de cinema, campanhas polêmicas e empreendedorismo, desenhar roupas parece ser só mais uma tarefa que ele realiza muito bem. Em seus desfiles secretos, nos looks exibidos no tapete vermelho por estrelas do cinema (quem não se lembra do vestido com capa branca usado por Gwyneth Paltrow no Oscar 2012), nas lojas de sua marca e nas campanhas publicitárias, tudo exala os componentes que alicerçam sua busca pelo sucesso: sexo, poder e determinação.


Dados corporativos 
● Origem: Estados Unidos 
● Fundação: 2005 
● Fundador: Tom Ford e Domenico De Sole 
● Sede mundial: New York City, New York 
● Proprietário da marca: Tom Ford International LLC 
● Capital aberto: Não 
● Chairman: Domenico De Sole 
● CEO: Tom Ford 
● Faturamento: US$ 1 bilhão (estimado) 
● Lucro: Não divulgado 
● Lojas: 100 
● Presença global: 50 países 
● Presença no Brasil: Sim 
● Funcionários: 400 
● Segmento: Moda de luxo 
● Principais produtos: Roupas, acessórios, cosméticos e perfumes 
● Concorrentes diretos: Marc Jacobs, Gucci, Louis Vuitton, Chanel e Prada 
● Ícones: A ousadia 
● Website: www.tomford.com 

A marca no mundo 
Atualmente a TOM FORD comercializa sua linha de produtos, que engloba roupas masculinas e femininas, calçados, acessórios, perfumes e cosméticos, através de 100 lojas próprias. Presente em mais de 50 países ao redor do mundo, seus produtos são encontrados também em sofisticadas lojas de departamento. Segundo estimativas de mercado a marca TOM FORD fatura anualmente cerca de US$ 1 bilhão. E seus óculos contribuem muito para isso: somente em 2013 foram vendidos mais de um milhão de unidades no mundo. 

Você sabia? 
No ano de 2009, Tom Ford dirigiu “A Single Man” (em português, “Direito de Amar”), um filme premiado e aclamado pela crítica e público, baseado no livro homônimo de Christopher Isherwood, com Collin Firth no papel principal. 
O talento do estilista é tamanho que, em 2005, foi escolhido para produzir os ternos e roupas do ator Daniel Craig, no filme de James Bond, Quantum of Solace. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Isto é Dinheiro), jornais (Valor Econômico), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand) e Wikipedia (informações devidamente checadas). 

Última atualização em 25/3/2014

22.11.23

BEST GLOBAL BRANDS 2023


Este é o ranking de 2023 das 100 mais valiosas marcas do mundo criado pela renomada consultoria de marketing/branding Interbrand, empresa fundada na cidade de Londres em 1974. Os valores representam bilhões de dólares. Basta clicar no link de cada marca para acessar ao perfil exclusivo com a história de cada uma preparado pelo MDM. 

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2. Microsoft (Estados Unidos) - US$ 316.659   
3. Amazon (Estados Unidos) - US$ 276.929  
4. Google (Estados Unidos) - US$ 260.260  
5. Samsung (Coréia do Sul) - US$ 91.407  
6. Toyota (Japão) - US$ 64.504 
7. Mercedes-Benz (Alemanha) - US$ 61.414 
8. Coca-Cola (Estados Unidos) - US$ 58.046 
9. Nike (Estados Unidos) - US$ 53.773  
10. BMW (Alemanha) - US$ 51.157 
11. McDonald’s (Estados Unidos) - US$ 50.999 
12. Tesla (Estados Unidos) - US$ 49.937        
13. Disney (Estados Unidos) - US$ 48.258  
14. Louis Vuitton (França) - US$ 46.543  
15. Cisco (Estados Unidos) - US$ 43.345  
16. Instagram (Estados Unidos) - US$ 39.342 
17. Adobe (Estados Unidos) - US$ 34.991  
18. IBM (Estados Unidos) - US$ 34.921 
19. Oracle (Estados Unidos) - US$ 34.622  
20. SAP (Alemanha) - US$ 33.078   
21. Facebook (Estados Unidos) - US$ 31.625 
22. Chanel (França) - US$ 31.007 
23. Hermès (França) - US$ 30.190   
24. Intel (Estados Unidos) - US$ 28.298 
25. YouTube (Estados Unidos) - US$ 26.039      
26. J.P. Morgan (Estados Unidos) - US$25.876 
27. Honda (Japão) - US$ 24.412 
28. American Express (Estados Unidos) - US$ 24.093 
29. Ikea (Suécia) - US$ 22.942 
30. Accenture (Estados Unidos) - US$ 21.320 
31. Allianz (Alemanha) - US$ 20.850 
32. Hyundai (Coréia do Sul) - US$ 20.412   
33. UPS (Estados Unidos) - US$ 20.374 
34. Gucci (Itália) - US$ 19.969  
35. Pepsi (Estados Unidos) - US$ 19.767 
36. Sony (Japão) - US$ 19.065 
37 Visa (Estados Unidos) - US$ 18.611 
38. Salesforce (Estados Unidos) - US$ 18.317 
39. Netflix (Estados Unidos) - US$ 17.916  
40. PayPal (Estados Unidos) - US$ 17.794 
41. Mastercard (Estados Unidos) - US$ 17.133  
42. Adidas (Alemanha) - US$ 16.568 
43. Zara (Espanha) - US$ 16.502 
44. AXA (França) - US$ 16.401 
45. Audi (Alemanha) - US$ 16.352 
46. Airbnb (Estados Unidos) - US$ 16.344  
47. Porsche (Alemanha) - US$ 16.215 
48. Starbucks (Estados Unidos) - US$ 15.409       
49. GE (Estados Unidos) - US$ 15.303 
50. Volkswagen (Alemanha) - US$ 15.140 
51. Ford (Estados Unidos) - US$ 14.867  
52. Nescafé (Suíça) - US$ 14.818  
53. Siemens (Alemanha) - US$ 14.588 
54. Goldman Sachs (Estados Unidos) - US$ 14.215 
55. Pampers (Estados Unidos) - US$ 13.771 
56. H&M (Suécia) - US$ 13.649 
57. L’Oréal (França) - US$ 13.638 
58. Citi (Estados Unidos) - US$ 13.624 
59. Lego (Dinamarca) - US$ 13.069 
60. Red Bull (Áustria) - US$ 12.986          
61. Budweiser (Estados Unidos) - US$ 12.984 
62. Ebay (Estados Unidos) - US$ 12.745 
63. Nissan (Japão) - US$ 12.676  
64. HP (Estados Unidos) - US$ 11.841 
65. HSBC (Reino Unido) - US$ 11.734 
66. Morgan Stanley (Estados Unidos) - US$ 11.372 
67. Nestlé (Suíça) - US$ 11.369     
68. Philips (Holanda) - US$ 11.206 
69. Spotify (Suécia) - US$ 11.114 
70. Ferrari (Itália) - US$ 10.830          
71. Nintendo (Japão) - US$ 10.498  
72. Gillette (Estados Unidos) - US$ 10.444 
73. Colgate (Estados Unidos) - US$ 10.433 
74. Cartier (França) - US$ 9.868   
75. 3M (Estados Unidos) - US$ 9.791 
76. Dior (França) - US$ 9.665 
77. Santander (Espanha) - US$ 9.609   
78. Danone (França) - US$ 9.152 
79. Kellogg’s (Estados Unidos) - US$ 8.861 
80. LinkedIn (Estados Unidos) - US$ 8.595 
81. Corona (México) - US$ 8.082   
82. Fedex (Estados Unidos) - US$ 8.067 
83. Caterpillar (Estados Unidos) - US$ 8.065   
84. DHL (Estados Unidos) - US$ 7.706 
85. Jack Daniel’s (Estados Unidos) - US$ 7.595 
86. Prada (Itália) - US$ 7.321 
87. Xiaomi (China) - US$ 7.266 
88. Kia (Coréia do Sul) - US$ 7.059 
89. Tiffany & Co. (Estados Unidos) - US$ 7.031 
90. Panasonic (Japão) - US$ 6.699  
91. Helwett Packard Enterprise - US$ 6.642  
92. Huawei (China) - US$ 6.512  
93. Hennessy (França) - US$ 6.447 
94. Burberry (Reino Unido) - US$ 6.445 
95. KFC (Estados Unidos) - US$ 6.392      
96. Johnson & Johnson (Estados Unidos) - US$ 6.387 
97. Sephora (Estados Unidos) - US$ 6.329 
98. Nespresso (Suíça) - US$ 6.168  
99. Heineken (Holanda) - US$ 6.062  
100. Canon (Japão) - US$ 6.032     

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12.5.13

OSCAR DE LA RENTA


Um nome latino ecoa com pompa no universo da moda de luxo: Oscar de la Renta. Com estilo único transformou seu nome e sua grife em sinônimos de tapete vermelho, uma alusão aos seus luxuosos e impecáveis vestidos que constantemente desfilam nos corpos de beldades nas mais badaladas premiações de gala ao redor do mundo. Referência no mundo da moda, a grife se tornou muito conhecida por suas cores e elegância únicas, conquistando clientes famosas e influentes como Hillary Clinton, Jacqueline Kennedy, Barbara Walters, Sarah Jessica Parker, Nancy Reagan e Laura Bush. 

A história 
Oscar Aristides de la Renta Fiallo (foto abaixo) nasceu no dia 22 de julho de 1932 na cidade de Santo Domingo, na ensolarada República Dominicana. Filho de mãe dominicana e pai porto-riquenho, ele cresceu em um país cheio de flores e estampas coloridas, e tiraria daí, anos mais tarde, sua inspiração para fazer moda. Deixou sua terra natal ainda jovem, aos 18 anos, para estudar pintura na Real Academia de Belas Artes de San Fernando, em Madri. Enquanto morou na Espanha, ele se interessou pelo mundo da moda e começou a desenhar para as principais grifes do país. Ao desenhar um vestido para a filha do embaixador americano no país, ele se tornaria internacionalmente conhecido: sua criação foi capa da revista Life em 1956. Seu talento rapidamente chamou a atenção de um mestre: Cristóbal Balenciaga, do qual foi aprendiz. Mais tarde, em 1961, Oscar mudou-se para Paris, juntou-se a Antonio Castillo e passou a trabalhar como assistente de costura na renomada Maison Lanvin.


Em 1963, o estilista disse a Diana Vreeland, então poderosa diretora da revista Vogue, que desejava ingressar no segmento “prêt-à-porter”, porque era realmente onde estava o dinheiro no universo da moda. A influente diretora então o aconselhou: “vá trabalhar para Elisabeth Arden, pois assim irá construir sua reputação mais rapidamente”. E ele seguiu o conselho da poderosa diretora. Foi para os Estados Unidos, onde começou a trabalhar como assistente no salão de alta costura e prêt-à-porter para Elisabeth Arden. Neste período, o estilista começou a vestir, ninguém menos, que a então primeira-dama americana Jacqueline Kennedy, conquistando assim projeção internacional. Mais tarde o estilista vestiria outras primeiras-damas americanas, como Betty Ford, Nancy Reagan, Hillary Clinton e Laura Bush.


Em 1965, foi trabalhar para Jane Derby, conhecida por sua linha simples e especial para o tipo feminino mignon. Quando Derby morreu no dia 9 de agosto do mesmo ano, Oscar decidiu dar um novo rumo a sua vida profissional. Em 1966 o estilista, com a ajuda de seu sócio Ben Shaw, comprou a empresa e resolveu iniciar sua carreira independente lançando em Nova York a primeira coleção prêt-à-porter feminina. Era o surgimento oficial da marca OSCAR DE LA RENTA. O sucesso de seu talento foi praticamente instantâneo. E o sucesso fez o estilista conquistar, em 1967 e 1968, o prestigiado Coty Award (o “Oscar” da indústria da moda americana). Nesta época, Oscar alcançou seu primeiro grande êxito ao lançar uma coleção de roupas inspirada nas tradições ciganas e russas. Na década de 1970, já com a América literalmente “aos seus pés”, Oscar resolveu expandir seu talento para outros segmentos da moda de luxo e, em 1977, lançou sua primeira fragrância feminina (batizada de OSCAR), que durante anos foi um verdadeiro sucesso de vendas.


Apesar da marca estar inserida totalmente no universo feminino, em 1980 ocorreu o lançamento do primeiro produto voltado para o público masculino: o perfume Por Lui. Em 1992, Oscar de la Renta se tornou o primeiro estilista latino-americano a ocupar o cargo de diretor criativo de uma marca de luxo francesa, a Balmain, onde permaneceu até 2002. Com a chegada do novo milênio a marca OSCAR DE LA RENTA ingressou em novos segmentos da moda de luxo ao lançar uma linha de acessórios (2001), que incluía bolsas, carteiras, cintos, lenços e sapatos; uma linha de móveis (2002); além de uma sofisticada coleção de óculos e uma linha de roupas mais acessíveis (2004).


Foi somente no ano de 2004 que a marca inaugurou sua primeira loja exclusiva na Madison Avenue, em Manhattan, Nova York. Nos anos seguintes, outras lojas OSCAR DE LA RENTA foram inauguradas em badaladas cidades americanas como Bal Harbour, Costa Mesa, Dallas, Las Vegas e Los Angeles. Em 2006, a marca criou a OSCAR DE LA RENTA BRIDAL, especializada em luxuosos vestidos de noiva. A marca iniciou sua expansão no exterior com a inauguração de lojas em Madri e Atenas, em 2008, além de lançar uma sofisticada linha de joias em colaboração com Loulou de la Falaise, musa da então Yves Saint Laurent. Foi também a partir desse ano que a marca iniciou uma enorme e importante estratégia de reorganização interna, quando decidiu entrar em uma disputa jurídica complexa contra a L’Oréal para reassumir o controle de suas operações de cosméticos e fragrâncias, que haviam mudado de mãos seis vezes nos últimos dez anos e perdido sua identidade e qualidade. E como resultado, ocorreu o lançamento em 2011 do perfume feminino Live in Love.


No ano seguinte a marca ingressou no universo infantil com o lançamento de uma completa linha de roupas e acessórios para crianças (meninas e meninos até 14 anos). Além disso, lançou a coleção Home, composta por porta-retratos, vasos, louças, enfeites, almofadas, lençóis, toalhas, etc. Em 2013, a marca inaugurou sua maior loja própria no mundo, localizada na cidade de Londres. O espaço, situado no badalado bairro de Mayfair, tem três andares, aproximadamente 1.000m² e abriga coleções femininas, moda noiva, decoração, acessórios, beleza e moda infantil.


Outra novidade recente da grife: quase dois anos após se envolver em polêmica por comentários antissemita e ser demitido da Christian Dior, John Galliano retornou à moda fazendo uma espécie de estágio (três semanas) na OSCAR DE LA RENTA, o que alimentou boatos de que o polêmico estilista pudesse ser o sucessor de Oscar. Mas, uma semana antes de sua morte, Oscar nomeou Peter Copping, que havia trabalhado na Nina Ricci, como novo diretor criativo de sua grife. E no dia 20 de outubro de 2014, Oscar de la Renta faleceu aos 82 anos em sua casa na cidade de Kent, estado de Connecticut. Apesar de lutar contra o câncer desde 2006, Oscar foi resiliente. Neste período de quase dez anos, sua marca cresceu aproximadamente 50% e seu nome ficou ligado a celebridades como Amy Adams, Hillary Clinton, Oprah Winfrey, Sarah Jessica Parker e Penélope Cruz. Era o fim de uma trajetória de enorme sucesso que se manterá viva através das suas magníficas criações e do seu legado no mundo da moda. Hoje em dia, a OSCAR DE LA RENTA continua desenvolvendo roupas que até podem ser consideradas extravagantes, mas que jamais deixam de lado o bom gosto e a sofisticação. Sempre adepto de coleções temáticas, o estilista cria modelos de nítida inspiração oriental e também cigana.


A evolução visual 
A identidade visual da marca, composta pela assinatura de Oscar de la Renta, passou por alterações ao longo dos anos. Ganhou uma nova tipografia de letra, mais afinada e sofisticada.


Dados corporativos 
● Origem: Estados Unidos 
● Fundação: 1966 
● Fundador: Oscar de la Renta 
● Sede mundial: New York City, New York, Estados Unidos 
● Proprietário da marca: Oscar de la Renta LLC 
● Capital aberto: Não 
● CEO: Alex Bolen 
● Diretor criativo: Peter Copping 
● Faturamento: US$ 200 milhões (estimado) 
● Lucro: Não divulgado 
● Lojas: 10 
● Presença global: 70 países 
● Presença no Brasil: Sim 
● Funcionários: 200 
● Segmento: Moda de luxo 
● Principais produtos: Roupas, acessórios e perfumes 
● Concorrentes diretos: Carolina Herrera, Valentino, Saint Laurent, Givenchy, Gucci e Chanel 
● Ícones: As flores e estampas coloridas 
● Website: www.oscardelarenta.com 

A marca no mundo 
Considerada uma das principais grifes no segmento de luxo da moda mundial, a OSCAR DE LA RENTA oferece uma completa e sofisticada linha de itens direcionada às mulheres, homens e crianças. Com presença em mais de 70 países ao redor do mundo, a marca comercializa seus produtos, que vão desde alta-costura, noiva e roupas esportivas até bolsas, sapatos, óculos, joias, perfumes, lingeries, lenços, pijamas e uma linha beachwear, através de 10 lojas exclusivas próprias, comércio online e nas mais sofisticadas lojas de departamento do mundo. 

Você sabia? 
O DNA da OSCAR DE LA RENTA é colorido, feminino e sempre sofisticado, admirada por seus vestidos de noite, tanto na linha de alta costura como no prêt-à-porter. 
A grife tornou-se um verdadeiro negócio de família: o CEO é Alex Bolen, a diretora de criação para a divisão de licenciamento Eliza Bolen e o responsável pelo atelier de design Moisés de la Renta, respectivamente, o cunhado, a enteada e o filho adotivo de Oscar de la Renta. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Time), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers). 

Última atualização em 20/1/2016