28.7.06

THE WALL STREET JOURNAL


O WSJ, abreviatura que designa o THE WALL STREET JOURNAL, considerado com razão “a bíblia dos homens de negócios”, não é somente o mais completo jornal especializado em política, economia e finanças do mundo, mas também o mais influente entre os poderosos que tomam as decisões mais importantes do planeta. Afinal, se a verdade é sempre essencial para o jornalismo objetivo, ela está no DNA do THE WALL STREET JOURNAL mais do que em qualquer outro jornal americano. 

A história 
O famoso e conceituado jornal THE WALL STREET JOURNAL foi criado no ano de 1889 pelos três jovens repórteres Charles Henry Dow, Edward Davis Jones e Charles Milford Bergstresser, também fundadores, em 1882, da empresa Dow & Jones Company, que na época entregava boletins financeiros para clientes da região de Manhattan. A primeira edição do jornal, que tinha seu nome derivado da Rua Wall Street, considerada o coração financeiro de Manhattan e dos Estados Unidos, circulou no dia 18 de julho contendo apenas quatro páginas ao preço de 2 centavos de dólar, oferecendo notícias do mercado financeiro e preços das ações a investidores individuais. No ano de 1898 a edição matinal do jornal foi introduzida, contando agora com 6 páginas. No ano seguinte adotou o formato de cinco colunas por página. Outro grande fato que ocorreu neste ano foi o início da publicação da coluna de opinião Review & Outlook, que existe até hoje, escrita na época pelo próprio Charles Dow.


No início do próximo século, em 1902, o jornalista e seu correspondente em Boston, Clarence Barron, comprou a empresa por US$ 130 mil. Nesta época a circulação diária do jornal era de aproximadamente 7.000 cópias. No ano seguinte, o THE WALL STREET JOURNAL, introduziu o slogan “The Newspaper for the Investor” (em português “O jornal para o investidor”), deixando bastante claro o público que queria atingir. A primeira edição da Costa Pacífica foi lançada em 21 de outubro de 1929, apenas oito dias antes do famigerado Crash da Bolsa de Valores de Nova York, que desencadeou a mais devastadora crise econômica da história dos Estados Unidos, considerando-se a abrangência e a duração dos seus efeitos. Nesta época a circulação diária havia atingido 50 mil cópias.


No início da década de 1940, o THE WALL STREET JOURNAL perdera metade de sua circulação, pois sua informação básica estava amplamente disseminada por uma nova mídia, o rádio, que dava informações sobre o mercado financeiro em tempo real. Foi então, que o lendário editor Bernard (Barney) Kilgore, percebeu que o jornal necessitava de mudanças para não sumir. O jornal então passou também a dar notícias políticas e internacionais, além de analisar os acontecimentos. Um exemplo disso acorreu no chamado “Day After” ao ataque japonês a base naval de Pearl Harbor no dia 7 de dezembro de 1941. Enquanto os outros jornais relataram os fatos amplamente conhecidos naquele domingo, graças ao rádio, a primeira página do jornal em 8 de dezembro foi um marco do jornalismo. O texto começou com a frase “Guerra com o Japão significa revolução industrial nos Estados Unidos”. O artigo delineou as implicações do conflito para a economia e os mercados financeiros. Era o material que o leitor do THE WALL STREET JOURNAL mais precisava naquele momento.


Após a Segunda Guerra Mundial, em 1947, o jornal introduziu em suas páginas uma famosa coluna que fazia uma avaliação política escrita por William Henry Grimes. Foi neste ano que o jornal ganhou seu primeiro prêmio Pulitzer, o mais importante do jornalismo mundial. Até hoje, o WSJ foi agraciado com 40 prêmios Pulitzer, além de aproximadamente duas mil premiações por reportagens sobre economia. Também nesta época, para ampliar sua cobertura além do mundo das bolsas, o WSJ passou a investir em jornalismo investigativo, que não poupou os podres das grandes corporações americanas. A coragem e a isenção da redação passaram a incomodar os poderosos de plantão. No ano de 1966, o jornal atingiu a marca de mais de 1 milhão de cópias diárias, se tornando um dos mais importantes no cenário e cotidiano dos americanos. Na década seguinte, em 1976, surgiu a versão asiática do tradicional jornal, chamada de The Asian Wall Street Journal, inicialmente impressa em Hong Kong. No final desta década, em 1979, o THE WALL STREET JOURNAL se tornou o jornal pago de maior circulação dos Estados Unidos.


A partir de 1980, o jornal começou a publicar vários cadernos especiais que tratavam de assuntos específicos. O ano de 1983 foi marcado pela estreia da edição europeia, editada na cidade de Bruxelas na Bélgica. Na década de 1990, com o início da mudança de hábitos da população e o surgimento de várias novas mídias, o WSJ, como o jornal é popularmente conhecido, introduziu sua edição eletrônica em 1996 (paga), e que constantemente renovada, praticamente compete com as agências de informação econômica de forma contínua. No final de 2004, o tradicional jornal passou a disponibilizar seu conteúdo também via celular. Pouco depois, em agosto de 2007 a empresa News Corporation, pertencente ao magnata das comunicações, o australiano Rupert Murdoch, anunciou a compra da Dow Jones & Company por US$ 5.6 bilhões, e com isso passou a ser proprietária do THE WALL STREET JOURNAL, que acompanhou durante mais de um século o desenvolvimento das finanças americanas, tornando-se seu porta-voz inevitável.


A linha do tempo 
1980 
Lançamento no dia 23 de junho do caderno Marketplace, que circula de segunda à sexta-feira abordando assuntos como saúde, tecnologia, mídia e marketing. 
1988 
Lançamento no dia 3 de outubro do caderno Money and Investing, com cobertura e análises dos principais mercados financeiros internacionais. 
1998 
Lançamento no dia 20 de março do caderno Weekend Journal, publicado as sextas-feiras abordando assuntos de interesse dos leitores como mercado imobiliário, viagens e esportes. 
2002 
Lançamento no dia 9 de abril do caderno Personal Journal, com circulação de terça à quinta-feira abordando assuntos como investimentos pessoais, carreira e culturas corporativas. 
2005 
Lançamento no dia 17 de setembro do caderno Pursuits abordando assuntos como gastronomia, bebidas, restaurantes, entretenimento, cultura, compras e livros. 
Lançamento, em setembro, da edição de fim de semana para todos os assinantes, que marcou o retorno da edição de sábado depois de um lapso de 50 anos. 
2006 
Propagandas aparecem na primeira página pela primeira vez na história do jornal. 
2008 
Lançamento da revista WSJ, que abrange arte, moda, entretenimento, design, gastronomia, arquitetura, viagens e muito mais. Inicialmente trimestral, a revista cresceu para 12 edições por ano. 
2010 
Lançamento no dia 25 de setembro das colunas Off Duty, que aborda assuntos como moda, gastronomia, design e viagens, e Review, com foco em ensaios, comentários, opiniões e ideias. 
2011 
Lançamento do WSJ Live, um aplicativo com programas ao vivo sobre notícias. 
2012 
Lançamento no dia 5 de outubro da coluna Mansion, focada no mercado imobiliário de luxo.


O poder e a influência do WSJ 
Considerado poderoso e influente, o WSJ é leitura obrigatória para os principais homens de negócios e estadistas do mundo. Mas, afinal, porque tanta influência? Em primeiro lugar pelo o alto padrão de suas reportagens, que estão longe de se restringir somente ao universo da atividade produtiva e do dinheiro. As suas matérias sobre política nacional e assuntos internacionais competem rotineiramente com as do The New York Times – ainda a referência planetária do jornalismo de qualidade –, embora as deste sejam mais numerosas e variadas. Segundo, pelo seu padrão de rigorosa distinção entre informação e juízo de valor. Ela complementa a proverbial barreira – própria das publicações preocupadas com a ética e o respeito ao público – entre “Estado” (os interesses negociais das empresas editoras e os de seus anunciantes) e “Igreja” (os critérios estritamente jornalísticos na abordagem dos fatos).


O layout do jornal 
Ao longo dos anos o design do WSJ mudou significativamente: mudou de tamanho, ganhou cores e até anúncios na primeira página. A última modificação significativa ocorreu no ano de 2007. As edições internacionais, asiática e europeia, são mais compactas e menores.


Os slogans 
Live in the know. (2010) 
The Daily Diary of the American Dream. (1985) 
Business. And The Business of Life. 
The Newspaper for the Investor. (1903)


Dados corporativos 
● Origem: Estados Unidos 
● Lançamento: 8 de julho de 1889 
● Criador: Charles Henry Dow, Edward Davis Jones e Charles Milford Bergstresser 
● Sede mundial: New York City, New York, Estados Unidos 
● Proprietário da marca: Dow Jones & Company Inc. 
● Capital aberto: Não (subsidiária da News Corp.) 
● Chairman: Rupert Murdoch 
● CEO: William Lewis 
● Editor chefe: Gerard Baker 
● Faturamento: Não divulgado 
● Lucro: Não divulgado 
● Circulação diária: 3.8 milhões de cópias 
● Presença global: 100 países 
● Presença no Brasil: Sim 
● Funcionários: 2.000 
● Segmento: Comunicação 
● Principais produtos: Jornais, cadernos especiais e sites de notícias 
● Concorrentes diretos: The New York Times, Financial Times, The Washington Post, The Huffington Post, Reuters e Bloomberg 
● Slogan: Live in the know. 
● Website: www.wsj.com 

A marca no mundo 
Atualmente o WSJ tem circulação diária superior a 2.5 milhões de cópias (incluindo 1 milhão de assinaturas online) somente nos Estados Unidos, sendo um dos maiores e mais respeitados jornais de negócios do mundo, comercializado em quase 100 países com 3.8 milhões de cópias diárias. O jornal tem um staff de 2.000 jornalistas e correspondentes em 85 escritórios espalhados por 51 países. O WSJ também possui edições na Europa e Ásia. Cada edição norte-americana tem uma média de 96 páginas. O jornal não é editado no domingo. 

Você sabia? 
Apesar de ser um dos jornais mais respeitados do mundo, houve uma época em que os jornalistas do WSJ utilizavam o espaço que tinham no jornal para orientar as notícias de acordo com seus interesses, já que eram também grandes negociantes de ações na Bolsa de Valores. 
O WSJ, conhecido simplesmente como “O Jornal” nos Estados Unidos, é considerado uma das fontes mais confiáveis de informação econômica. Mas também é conhecido, e às vezes criticado, por seus editoriais ultra-conservadores. 
O WSJ tinha uma edição online em português. Mas, a partir de 17 de fevereiro de 2017, deixou de publicar conteúdo em português e a edição WSJ BRASIL foi encerrada. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Time), portais (G1), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers). 

Última atualização em 4/5/2017

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