Uma pequena sigla composta por apenas duas letras, há mais de 170 anos é sinônimo de solidez, credibilidade e poder quando o assunto é notícias. Foi a primeira a informar o mundo sobre muitos dos momentos mais importantes da história, desde o assassinato de Abraham Lincoln e o bombardeio de Pearl Harbor até a queda do Xá do Irã e a morte do papa João Paulo II. Tudo isso e muito mais foi relatado por profissionais da ASSOCIATED PRESS, conhecida popularmente como AP, que transformaram esses acontecimentos em notícias para o mundo inteiro. Tendo que se reinventar para sobreviver nos dias atuais, a rede de notícias global entrega informação rápida e imparcial de todas as partes do mundo, para todas as plataformas de mídia e formatos.
A história
Tudo começou oficialmente no dia 22 de maio de 1846 quando cinco jornais norte-americanos da cidade de Nova York se uniram com o objetivo de baratear os custos de cobertura da guerra, na qual o México perdeu o atual estado do Texas para os Estados Unidos. Na época, as notícias eram levadas por mensageiros que utilizavam telégrafo, barcos, cavalos e até carruagens até chegar à Nova York, quase uma semana depois. A ideia era trazer informações mais rapidamente do que os Correios dos Estados Unidos. Pouco depois, no dia 13 de maio de 1848, reunidos no escritório do jornal Sun, os principais editores de influentes jornais, Henry Raymond, do Courier and Enquirer; Greeley, do Tribune; Moses Yale Beach, do próprio Sun e principal articulador do negócio; Erastus e James Brooks, do Express; e Hale e Hallock, do Journal of Commerce, fundaram a HARBOR NEWS ASSOCIATION e assinaram um acordo que tinha como objetivo facilitar o transporte das notícias no território americano, pelo qual se comprometiam a pagar US$ 100 dólares por 3.000 palavras de notícias telegráficas que seriam retransmitidas para os jornais afiliados. O Dr. Alexander Jones tornou-se o superintendente do serviço. Já em 1849 abriu a primeira agência de notícias fora dos Estados Unidos em Halifax, no Canadá, para atender navios que navegavam da Europa antes de chegarem ao cais em Nova York. O sucesso inicial da nova associação em levar as notícias mais rapidamente até as redações dos jornais filiados despertou o interesse de dois outros jornais em 1850, o Philadelphia Public Ledger e o Baltimore Sun, que começaram a pagar para receber as notícias sem serem membros da cooperativa. No ano seguinte, o tradicional jornal Times se tornou membro da associação que passou a chamar NEW YORK ASSOCIATED PRESS (literalmente “Imprensa Associada de Nova York”) e estabeleceu um rígido controle na transmissão de notícias telegráficas em forma de cooperativa, vendendo seus serviços também a outros jornais.
Em 1899, a AP utilizou o telégrafo sem fio para cobrir a tradicional competição de iatismo America’s Cup, testando pela primeira vez essa nova tecnologia. Apenas na virada deste século foi que a ASSOCIATED PRESS, depois da fusão de todas as associações regionais se tornou uma cooperativa sem fins lucrativos. No ano de 1914, começou a utilizar continuamente o teleprinter, um sistema que transmitia as notícias diretamente para as redações dos jornais afiliados através do telégrafo sem fio. Somente no ano de 1919, a AP se tornou uma agência de notícias internacional, prestando seus primeiros serviços para jornais europeus. Em 1935, a instituição iniciou a prestação de um novo serviço: a transmissão de fotografias para os jornais afiliados. A primeira fotografia a ser transmitida pela rede mostrava um acidente de avião em Morehouse, Nova York, no dia de Ano Novo de 1935. Em 1941, expandiu suas atividades além da imprensa escrita, prestando serviço de notícias para estações de rádios, o que levaria a AP a criar sua própria estação de rádio em 1974. A década de 1960 foi marcada pela primeira transmissão de fotografias via satélite no ano de 1967 entre as cidades de Honolulu e Londres. No início da próxima década, em 1972, aos poucos, os computadores começaram a serem instalados nos escritórios da AP, facilitando assim o envio de notícias.
Em 1985 a agência modificou sua estrutura de pacotes de notícias e começou a cobrar dos jornais associados (membros) com base em suas tiragens, em vez da população de suas áreas. Depois de dominar o cenário jornalístico mundial durante mais de um século, nas décadas seguintes a AP começou a travar uma batalha feroz e desesperada contra o avanço da modernidade. Isto porque, o modelo de negócios da AP, desenvolvido na era da informação escassa, já não funcionava mais quando o acesso às notícias se tornou tão fácil e comum que seu preço caiu a praticamente zero. Em virtude disto, ficou insustentável manter uma estrutura com 240 escritórios e quase mil correspondentes espalhados em até 121 países. Neste período difícil, apesar de relutar constantemente contra novas tecnologias, a AP aderiu a elas como elemento vital para sua sobrevivência. Em setembro de 2005, lançou um projeto-piloto batizado “asap” (uma abreviação de “as soon as possible”, ou seja, “o mais rápido possível” em português), um serviço de notícias destinado aos mais jovens, com uma variedade de conteúdo multimídia, como clipes de áudio e vídeo. Em março, a empresa se uniu ao MSN, da Microsoft, para dar início ao banco de dados digital da AP, criado para acomodar todo seu vasto conteúdo que permitiu entregar notícias instantaneamente e em vários formatos para todas as partes do mundo e para todas as plataformas. Tanto é que a divisão de vídeo da AP é a principal agência de notícias de vídeo do mundo. Além disso, introduziu um pacote de notícias econômicas, chamado Money & Markets.
Pouco depois, em 2008, lançou o serviço AP MOBILE, um aplicativo que agrega as notícias de todo o mundo através de celulares e dispositivos móveis. A aplicação pode ser personalizada de acordo com a preferência de cada usuário, por exemplo, é possível escolher as notícias dos jornais da sua região e juntá-los com as imagens e vídeos da AP nacionais e internacionais. Além disso, a AP renovou o seu contrato com a Liga Nacional de Futebol Americano (NFL) para ser a fornecedora exclusiva de fotos para fins comerciais. Os resultados dessas novas ações é o assombroso aumento anual de acessos em sua página na internet, onde a AP passou a oferecer mais conteúdo em vídeo para seus jornais filiados. Nos últimos anos a AP foi capaz de se adaptar às constantes inovações tecnológicas e atualmente emprega modernas técnicas para coletar e distribuir informações, seja por textos escritos para ser claramente entendido ou acompanhada de imagens de alta qualidade e através dos mais completos serviços de conteúdo multimídia.
A evolução visual
A identidade visual da ASSOCIATED PRESS passou por sete significativas modificações no decorrer dos anos. A mais recente ocorreu em 2012 quando um novo logotipo foi adotado: as iniciais AP (com nova fonte de letra) e um traço vermelho abaixo. O objetivo era conseguir uma nova marca adaptada à era digital e unificar todos os produtos e serviços da AP.
Já o logotipo com o nome da marca por extenso, ganhou uma nova tipografia de letra.
Dados corporativos
● Origem: Estados Unidos
● Fundação: 22 de maio de 1846
● Fundador: Moses Yale Beach
● Sede mundial: New York City, New York, Estados Unidos
● Proprietário da marca: The Associated Press
● Capital aberto: Não
● Chairman: Steven Swartz
● CEO & Presidente: Gary Pruitt
● Faturamento: US$ 504 milhões (2017)
● Lucro: US$ 5.89 milhões (2017)
● Escritórios: 263
● Presença global: 120 países
● Presença no Brasil: Sim
● Funcionários: 3.200
● Segmento: Comunicação
● Principais produtos: Notícias, fotografias e vídeos
● Concorrentes diretos: Reuters, Frech-Presse, Bloomberg, BBC, Effe, United Press International e All Headline News
● Slogan: The essential global news network.
● Website: www.ap.org/en-us/
A marca no mundo
Atualmente a ASSOCIATED PRESS, uma cooperativa formada por jornais, rádios e televisões americanas, conta com 263 escritórios em 106 países, fazendo jornalismo por vídeos, imagens e textos ao transmitir notícias de última hora, cobrir guerras e conflitos e produzir relatórios empresariais que contam histórias pelo mundo. Como uma cooperativa sem fins lucrativos, as notícias e conteúdo da AP são utilizados por 1.300 jornais e mais de 5.000 estações de rádio e televisão. Apesar do destino da AP estar extremamente relacionado ao dos jornais, a cooperativa – gera 2/3 de seu lucro de outras fontes, como a rádio AP, a AP Television News (fornece a muitas das emissoras do mundo um feed contínuo de notícias, esportes, entretenimento e conteúdo de vídeo em destaque 24 horas por dia), vendas online e internacionais e outros serviços.
Você sabia?
● Hoje em dia, a AP é proprietária de um acervo enorme e único em matéria de dados e informações, possuindo os direitos autorais de mais de 10 milhões de imagens.
● Mais da metade da população mundial têm acesso diário às notícias da AP.
● Em 1876, Mark Kellogg foi o primeiro correspondente de notícias da AP a ser morto enquanto reportava as notícias, na Batalha de Little Bighorn.
● A AP já conquistou 52 prêmios Pulitzer (incluindo 31 de fotografia), considerado o mais importante do jornalismo mundial.
As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Time), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers).
Última atualização em 17/7/2018
Nenhum comentário:
Postar um comentário