28.9.20

CREDIT SUISSE


Tradição e solidez quando o assunto é “cuidar do dinheiro de milhões de pessoas e empresas”. Foi assim que o Credit Suisse se transformou no banco preferencial de grandes empresários, empresas e investidores e o assessor de confiança de pessoas físicas e investidores institucionais, além de oferecer uma linha completa de soluções financeiras feitas sob medida, de acordo com as necessidades de cada um de seus clientes. A principal estratégia do Credit Suisse consiste em ser um dos líderes globais em gestão de fortunas com excelentes capacidades de Investment Banking. 

A história 
O banco antecessor do Credit Suisse, o Schweizerische Kreditanstalt (em português “Instituição de Crédito Suíço”), conhecido também pela abreviação SKA, foi fundado no dia 16 de julho de 1856 na cidade de Zurique por Alfred Escher, reconhecido por seu trabalho em confrontar a ideia de um sistema ferroviário estatal na Suíça em favor da privatização. O propósito inicial do novo banco era justamente financiar a expansão da rede ferroviária e a industrialização na Suíça. Principalmente fornecer financiamento interno aos projetos ferroviários, evitando assim que bancos franceses exercessem influência sobre o sistema ferroviário suíço. Em apenas três dias, as ações emitidas por um valor máximo de três milhões de francos atingiram o valor de 221 milhões de francos. No primeiro ano de operação, 25% das receitas do banco vieram da Swiss Northeastern Railway, que estava sendo construída por uma empresa de Alfred Escher.
   

Além do projeto ferroviário, o novo banco começou logo a investir em diversas outras áreas da indústria. Com isso, nos anos seguintes o banco concedeu empréstimos que ajudaram a criar a rede elétrica suíça, grandes empresas e o sistema ferroviário europeu, incluindo a ferrovia Gotthard, que conectaria a Suíça ao sistema ferroviário europeu em 1882. Além disso, em 1857, Alfred Escher fundou o primeiro programa de pensões da Suíça, garantido por fundos do SKA. Em 1863, ele lançou as bases financeiras para a cobertura de uma nova resseguradora. Essas duas instituições, Swiss Life e Swiss Re, bem como o Credit Suisse, são até hoje embaixadores mundiais da experiência suíça em seguros e finanças. O banco também ajudou a financiar o esforço para desarmar e aprisionar as tropas francesas que cruzaram as fronteiras suíças na Guerra Franco-Prussiana de 1870, mesmo ano em que inaugurou um escritório de representação na cidade de Nova York. Ao final da guerra, o SKA se tornou o maior banco da Suíça. O banco teve seu primeiro ano não lucrativo em 1886, muito devido a perdas na agricultura, investimentos de risco, commodities e comércio internacional.
   

Na virada do século, em resposta à elevação da classe média e à concorrência de outros bancos suíços, como UBS e Julius Bär, o SKA começou a atender os consumidores oferecendo serviços de depósitos, câmbio e contas de poupança. Com isso, em 1905, o banco inaugurou sua primeira agência fora de Zurique, localizada na Basileia, após a aquisição do Oberrheinische Bank. Em 1910 inaugurou um escritório representativo em Paris para atender clientes internacionais. Anos depois, o banco teve um papel importante ao ajudar empresas afetadas pela reestruturação da Primeira Guerra Mundial e conceder empréstimos para esforços de reconstrução. Em 1939 o SKA resolveu fundar uma pequena subsidiária com sede em Nova York focada em subscrição e em outras atividades, incluindo consultoria para investimentos. Com isso, pouco depois, em 1940, abriu sua primeira agência fora da Suíça, localizada na cidade de Nova York. Em 1964, com licença de banco de serviço completo, o SKA passou a aceitar depósitos e fazer todos os outros tipos de atividades bancárias nos Estados Unidos.
   

Em 1976 o SKA e o Schweizerische Bodenkredit-Anstalt realizaram uma fusão, marcando assim o primeiro grande passo em direção ao crescimento em negócios de massa e representando uma expansão importante de sua rede de vendas e base de clientes. Foi neste ano que o bano adotou o nome Credit Suisse. Pouco depois, em 1978, formou uma joint venture com o First Boston, fundado em 1932 e um dos primeiros, maiores e mais respeitados bancos de investimento. O banco suíço controlava 60% da joint venture. Com sede em Londres essa joint venture realizava atividades de investimento na Europa. Uma década mais tarde, em 1988, se tornou Credit Suisse First Boston, quando o banco suíço adquiriu o controle do First Boston e foi promovido a primeiro banco global de investimentos, operando com sedes em Nova York, Londres e Tóquio. O desenvolvimento do Credit Suisse nos anos seguintes somente foi alcançado por meio de um forte crescimento orgânico, complementado por uma série de fusões e aquisições significativas, como por exemplo, do Bank Leu em 1990, considerado o banco mais antigo da Suíça; e do quinto maior banco suíço - Schweizerische Volksbank (Banco Popular Suíço) - em 1993.
  

Pouco depois, em 1997, o banco foi reestruturado como Credit Suisse Group com quatro divisões: Credit Suisse Volksbank (posteriormente chamado de Credit Suisse Bank) para bancos domésticos, Credit Suisse Private Banking, Credit Suisse Asset Management e Credit Suisse First Boston para bancos corporativos e de investimento. Finalmente em 2006 o banco abreviou seu nome apenas para Credit Suisse, eliminando assim o First Boston de sua designação e logotipo. Todo esse movimento, fez com que o Credit Suisse passasse a operar como um banco universal integrado e globalmente ativo, fornecendo soluções abrangentes aos seus clientes em Private Banking (gestão de fortunas, negócios corporativos e institucionais), Investment Banking (inclui a venda, operação e execução de transações globais com valores mobiliários, prime brokerage, pesquisas de investimento, serviços de captação de recursos e assessoria e aquisição de capital) e Asset Management (investimentos alternativos, imóveis, ações, renda variável e renda fixa ou investimentos alternativos). O Credit Suisse sobreviveu à grave crise de crédito em 2008 melhor do que muitos concorrentes, muito em virtude de sua solidez e sem precisar de auxílio do governo. Após a crise, o Credit Suisse cortou mais de um trilhão em ativos e reduziu sua divisão de banco de investimento. Com isso, passou a dar mais ênfase nas áreas de banco privado e gestão de fortunas. Tudo amparado por um garoto-propaganda de peso: o tenista Roger Federer.
   

No ano de 2013, o Credit Suisse adquiriu os negócios de gestão de patrimônio do Morgan Stanley na Europa, Oriente Médio e África. Em 2017 o banco suíço criou o departamento Aconselhamento sobre Impacto e Finanças (IAF) para estimular investimentos socialmente responsáveis, no mais recente esforço de um grande banco para atender à crescente demanda pelos chamados investimentos de impacto. Pouco depois, em 2019, o Credit Suisse anunciou a formação de uma nova unidade de negócios de “banco direto” sob sua divisão na Suíça (Swiss Universal Bank, SUB), com foco em produtos de varejo digital. A etapa foi vista como uma reação ao surgimento de concorrentes e deve ajudar a atrair mais clientes jovens.
   

Se há uma constante na história do Credit Suisse, é um histórico de inovação contínua. Ao longo do último século e meio, em um estilo pioneiro, o banco moldou algumas das incontáveis inovações para atingir variados mercados financeiros. Por exemplo, foi o primeiro grande banco suíço a estabelecer uma conexão direta de telex com Nova York em 1951; foi pioneiro no mercado suíço ao inaugurar o primeiro banco drive-in (1962); lançar o primeiro serviço bancário por telefone (1993) e a primeira plataforma de internet banking (1997). O que começou como um banco de investimento suíço se tornou uma história de sucesso ao longo de mais de 150 anos, com o Credit Suisse gradualmente evoluindo para um provedor líder global de serviços financeiros.
  

Já sua trajetória no Brasil começou 1959 com a abertura de um pequeno escritório de representações do então SKA. Mas foi somente em 1990 que o banco suíço estabeleceu sua presença no país. Em 1998, com a aquisição do Banco Garantia (fundado em 1971), passou a ser um dos maiores bancos de investimentos do Brasil. Posteriormente, em 2007, o Credit Suisse adquiriu a Hedging-Griffo (uma das mais reconhecidas e competentes gestoras de recursos do país), criando assim a Credit Suisse Hedging-Griffo (“CSHG”). Mais recentemente, em 2020, anunciou a compra do Modalmais, banco e corretora digital bastante popular no país. Atualmente, o Credit Suisse Brasil oferece uma completa linha de produtos e serviços financeiros por meio de suas divisões locais de Wealth Management, Investment Banking & Capital Markets e Global Markets.
  

A evolução visual 
A identidade visual da marca passou por muitas alterações ao longo dos anos. O logotipo original era composto apenas pelas iniciais do nome do banco (SKA). A primeira modificação ocorreu em 1930 quando o logotipo assumiu uma forma redonda, que representava uma moeda. Um novo logotipo foi apresentado em 1940 com a inauguração da primeira agência estrangeira em Nova York: pela primeira vez as iniciais CS (Credit Suisse) apareceram como parte da identidade visual. Porém, em 1952, o banco alterou novamente seu logotipo, que pela primeira vez ostentou o nome por extenso (Schweizerische Kreditanstalt) e um símbolo (a âncora), para dar impacto visual à reivindicação “Firmemente ancorado na confiança”.
  

Em 1968 o logotipo apresentou pela primeira vez a famosa cruz de Wermelinger (“Wermelinger Kreuz”). Finalmente em 1976 o famoso logotipo nas cores azul e vermelha com o nome Credit Suisse foi adotado. Em 1997 o logotipo perdeu a cruz e ganhou uma nova tipografia de letra e disposição do nome.
   

O logotipo atual simboliza a transformação do Credit Suisse em um banco global integrado em 2006, quando as áreas de Private Banking & Wealth Management e Investment Banking foram combinadas sob um único teto. O símbolo em forma de vela ecoa o espírito pioneiro de todo o banco e a herança de seu negócio. Esse logotipo passou por uma modernização em 2014.
  

Os slogans 
More is More. (2014) 
Thinking new perspectives. (2006) 
Credit Suisse. 360° Finance. (2003) 
It’s time for an expert. (2002) 
Whatever makes you happy.
   

Dados corporativos 
● Origem: Suíça 
● Fundação: 16 de julho de 1856 
● Fundador: Alfred Escher 
● Sede mundial: Zurique, Suíça 
● Proprietário da marca: Credit Suisse Group AG 
● Capital aberto: Sim 
● Chairman: Urs Rohner 
● CEO: Thomas Gottstein 
● Faturamento: US$ 22.7 bilhões (2019) 
● Lucro: US$ 3.3 bilhões (2019) 
● Valor de mercado: US$ 23.7 bilhões (setembro/2020) 
● Presença global: 50 países 
● Presença no Brasil: Sim 
● Funcionários: 48.800 
● Segmento: Financeiro 
● Principais produtos: Investimentos, gestão patrimonial e serviços financeiros 
● Concorrentes diretos: UBS, BNP Paribas, Goldman Sachs, Morgan Stanley, J.P. Morgan, Merrill Lynch, Julius Bär, RBS, Barclays e HSBC 
● Slogan: Thinking new perspectives. 
● Website: www.cshg.com.br 

A marca no mundo 
Atualmente o Credit Suisse tem operações em mais de 50 países ao redor do mundo, emprega mais de 48 mil pessoas e obteve faturamento superior a US$ 22 bilhões em 2019. Além disso, possui 145 agências na Suíça e US$ 1.4 trilhões sob gestão (no Brasil, são R$ 230 bilhões sob administração de grandes fortunas, o chamado “private banking”). O Credit Suisse oferece serviços de consultoria e gestão de investimentos (que incluem dívidas e subscrição de ações de ofertas de títulos públicos e colocações privadas), banco privado e gestão de ativos para clientes individuais, institucionais e governamentais. 

Você sabia? 
Desde 2009 o tenista Roger Federer é o embaixador global e garoto-propaganda da marca Credit Suisse. 
O Credit Suisse é conhecido por suas rigorosas práticas de sigilo bancário. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek, Isto é Dinheiro e Exame), jornais (Valor Econômico, Estadão e Folha), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers). 

Última atualização em 28/9/2020

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