BACARDI

Quando pensamos em rum, logo o que vem em nossas mentes são imagens de piratas. Uma associação muito explorada em histórias, desenhos e filmes. Agora, quando pensamos em marca de rum, a BACARDÍ é a mais famosa e proeminente do mundo. Não importa onde o rum seja feito, com que ingrediente é misturado, quando a marca do morcego está presente, todos sabem que é BACARDÍ, cujo sabor exclusivo inspirou os pioneiros da coquetelaria a inventar alguns dos drinques mais famosos do mundo, entre os quais o Mojito, o Daiquiri e a Cuba Libre. 

A história 

Facundo Bacardí Massó nasceu em Sitges (próximo à Barcelona) no ano de 1814. Ainda adolescente, em 1830, ele imigrou para Cuba, onde prosperou como importador de vinhos e outras mercadorias. Em meados do século XIX, o catalão conheceu um especialista francês em vinhos que decidiria a sua vida frente ao rum mais popular até então: o jamaicano. Este “vinho de açúcar”, como também era chamada a bebida obtida pela fermentação e destilação do melaço ou da trituração de cana de açúcar fresca, possuía características refinadas e aroma suave, capaz de curar doenças e exorcizar até os “demônios” do corpo. Porém, o paladar agressivo do rum, uma bebida de péssima qualidade na época, causava muita dor de cabeça e desconforto no dia seguinte. Era a conhecida ressaca. Foi então que Facundo criou uma fórmula secreta de um rum encorpado, porém mais suave e muito agradável ao paladar. Primeiramente começou a produzir para o seu próprio consumo um rum refinado graças às técnicas apuradas de filtragem, para as quais utilizava carvão com o objetivo de reter as impurezas e conseguir assim um sabor agradável, que melhorava muito o paladar da bebida, deixando-a não tão forte.

   

Seus amigos começaram a experimentar a nova bebida e logo fizeram a fama de Don Facundo, que começou a distribuir cada vez mais o rum entre seus conhecidos. Esta pequena distribuição entre familiares e conhecidos deu origem a ideia de estabelecer um pequeno comércio para então colocar à venda a bebida. Foi então que no dia 4 de fevereiro de 1862, Don Facundo Bacardí comprou por 3.500 pesos uma pequena e modesta destilaria em Santiago de Cuba fundando assim a empresa Rum Bacardí y Compañia. A destilaria, com telhados de zinco, possuía velhos alambiques feitos de cobre e ferro para destilar rum, barris de envelhecimento, tanques de fermentação, além de uma colônia de morcegos que vivia nas vigas da velha casa, o que explica a presença da figura do animal nas garrafas do tradicional rum. Nesse dia, um ato muito simbólico ocorreu. O filho de Don Facundo, Facundo Bacardí Moreau, plantou uma palmeira/coqueiro em frente à destilaria para simbolizar o nascimento de seu rum. Carinhosamente conhecida como “El Coco”, a palmeira tornou-se um símbolo de força e resiliência da família e da empresa, resistindo a um incêndio na destilaria, cinco terremotos e incontáveis furacões. Eventualmente, uma profecia local cresceu em torno da palmeira: “A empresa Bacardí irá sobreviver em Cuba enquanto a palmeira viver”.

   

Don Facundo experimentou insistentemente diversas formas de melhorar a destilação e filtragem do seu rum, armazenou-o em barris de carvalho, trazidos dos Estados Unidos e do Canadá, e finalmente encontrou a “Fórmula Bacardí”. Era o surgimento do BACARDÍ CARTA BLANCA, um rum que ao longo de sua história conquistaria centenas de prêmios internacionais por sua qualidade e sabor; e do BACARDÍ CARTA ORO, rum de aroma intenso e defumado, robusto, amadurecido em barris de carvalho americano queimado, muito utilizado para fazer Cuba Libre. Durante anos, a empresa se esforçou para sobreviver em meio à guerra da independência de Cuba e cresceu em torno da palmeira plantada por Don Facundo. Mesmo assim, em 1876, o rum conquistou a medalha de ouro na Exposição da Filadélfia. No ano seguinte, Don Facundo aposentou-se, passando o comando da destilaria para seu filho Emilio e o segredo de seu rum para seu outro filho, Facundo M. O primeiro seguiu o caminho da política e das artes e coube a Facundo M. dar continuidade ao grande negócio que seu pai havia criado.

   

Em 1888, a popularidade e a reputação do rum BACARDÍ pela alta qualidade se espalha rapidamente. E com isso, a empresa conquistou uma medalha de ouro na Exposición Universal de Barcelona e foi nomeada “Fornecedora da Casa Real Espanhola”. Nesta época, BACARDÍ se firma como o rum preferido dos ricos e famosos. Em meados de 1890, seu terceiro filho, José, abriu um escritório de vendas na cidade de Havana. Em 1898, após a derrota da Espanha na guerra hispano-americana, a popularidade da empresa cresceu com a invenção de dois novos drinques: o Daiquiri, criado em 1898 pelo americano e engenheiro de mineração Jennings Stockton Cox que misturou rum, suco de limão, raspas de gelo e açúcar; e a Cuba Libre, uma mistura de rum e Coca-Cola (conheça a história deste ícone americano aqui), que surgiu em 1900 quando um grupo de soldados americanos que estava de folga em Havana pediu BACARDÍ com Coca-Cola, gelo e limão, e logo depois de experimentarem o drinque, um deles sugeriu que brindassem à “Cuba Libre” (“À Liberdade de Cuba”), surgindo assim o nome do famoso drinque.

   

Em 1910, o rum BACARDÍ foi engarrafado pela primeira vez fora de Cuba, em uma recém-inaugurada fábrica na cidade espanhola de Barcelona, o que deu início a uma larga expansão internacional, transformando a empresa na primeira corporação cubana multinacional. Nos anos seguintes, Emilio expandiu a empresa para os Estados Unidos e construiu uma nova destilaria em Santiago de Cuba. Após sua morte, com o início da lei-seca nos Estados Unidos, proibindo a fabricação e venda de álcool, seu cunhado, Henri Schueg, terminou a construção do edifício da BACARDÍ, em estilo Art Deco, na cidade de Havana. E transformou a adversidade imposta pela lei-seca nos Estados Unidos em uma oportunidade de sucesso com o lançamento de uma campanha que promovia Cuba como um refúgio tropical para os americanos consumirem BACARDÍ. O edifício recém-construído então atraiu um enorme número de turistas americanos que se reuniam para consumir coquetéis da BACARDÍ, como por exemplo, Piña Colada e Mojito. Nesta época, a empresa iniciou a internacionalização sua produção. Com isso, em 1931, inaugurou uma fábrica no México e passou a produzir rum fora de Cuba pela primeira vez. Hoje em dia, quando se pede um Bacardí Piña Colada, ou qualquer outro coquetel com BACARDÍ no nome, por lei, deve ser servido apenas com rum BACARDÍ. Isto porque, em um caso histórico no tribunal de direitos do consumidor, em 1936, a Suprema Corte de Nova York declarou: “UM BACARDÍ COCKTAIL DEVE SER FEITO EXCLUSIVAMENTE COM RUM BACARDÍ”.

  

Após o término da Segunda Guerra Mundial, a empresa constituiu um escritório na cidade de Nova York para atender exclusivamente o crescente mercado americano, além de construir, em 1958, uma fábrica em Porto Rico, conhecida como “A Catedral do Rum”, considerada atualmente a maior do mundo. Tudo ia bem até que, o jovem advogado Fidel Castro, que estabelecera um núcleo guerrilheiro em Cedera Maestria, derrubou o regime de Fulgencio Batista em 1958, e assumiu o controle da ilha em 1959, confiscando ilegalmente e sem compensação os ativos da BACARDÍ, então estimados em US$ 76 milhões, obrigando a família a exilar-se nos Estados Unidos e Porto Rico. Em 1960, a profecia de “El Coco” se torna realidade quando, 98 anos desde que foi plantada pela primeira vez pela família fora da destilaria em 1862, a amada palmeira murcha e morre. Nessa época o crescimento da empresa não era nada satisfatório e com o novo regime de esquerda na ilha caribenha a família construiu novas instalações nas Bahamas, Estados Unidos e Espanha, tendo Porto Rico como sua base. Além disso, passou a produzir seu rum em novas instalações no Brasil em 1961. Apesar disso, Fidel Castro tentou vender o rum, pois achava que havia se apoderado da marca. Porém a BACARDÍ ganhou todos os casos e processos nas cortes da Inglaterra, França, Israel e Japão, onde ele tentou vender o produto.

   

No ano de 1965, a empresa resolveu transferir sua sede administrativa para as paradisíacas Ilhas das Bermudas, um território ultramarino britânico com governo próprio, em um movimento estratégico que criou uma ponte entre a Europa, onde a marca BACARDÍ tinha grande potencial de crescimento, e os Estados Unidos, onde já estava bem estabelecida. Em meados da década de 1970, o rum da BACARDÍ tinha se transformado no maior sucesso de vendas nos Estados Unidos e consequentemente no mundo. Isto ficou evidente em 1979, quando o rum BACARDÍ CARTA BLANCA se transformou no mais vendido do mundo, com 16 milhões de caixas (de 9 litros) comercializadas. O consumo da bebida era tamanho, que já em 1983 foram vendidas aproximadamente 200 milhões de caixas. Foi ainda nesta década, em 1987, que a empresa realizou um de seus primeiros grandes lançamentos: BACARDÍ BREEZER, uma bebida alcoólica com 4 a 5% de rum e sabores variados de frutas como limão, abacaxi, laranja, melancia, entre outros, inicialmente desenvolvida para o mercado americano.

   

Na década de 1990, a empresa iniciou a diversificação de sua gama de produtos com lançamentos de diversas versões do rum misturadas aos mais infindáveis sabores de frutas, além de, em 1993, adquirir a tradicional Martini (conheça essa história aqui), empresa italiana fabricante do legítimo vermute. E com isso, em 1995, surgiu o BACARDÍ LIMÓN, uma combinação perfeita do tradicional rum Carta Blanca com frutas cítricas como limão e lima, resultando em uma acidez agradável e uso bastante versátil, especialmente na preparação de drinques. O produto foi um dos maiores sucessos da história do segmento de bebidas alcoólicas. A marca também introduziu uma linha de famosos drinques, como Daiquiri, Piña Colada e Margarita, misturados ao rum BACARDÍ e sucos de frutas prontos para o consumo, cuja intenção era ampliar seu público alvo. Essa diversificação em sua linha de produtos transformou a marca popular entre os jovens, especialmente através dos runs com sabores.

   

Em 2008, aderindo à tendência já seguida por grandes marcas a BACARDÍ inaugurou uma loja conceito em Nassau, nas Bahamas, onde eram vendidos os produtos das várias marcas do portfólio da empresa, além de acessórios que não tinham exatamente a ver com bebidas, como camisas e bonés, além de itens e lembranças exclusivas. Pouco depois, em 2009, no lançamento mundial das novas embalagens da linha de runs com sabores, com o objetivo de agregar os conceitos de estilo e sofisticação a marca, novos sabores para a bebida também foram anunciados. Eram sete as opções de sabores para o rum: limão, laranja, framboesa, maça, pêssego, melancia e coco.

   

Em 2012, como forma de homenagear os 150 anos de experiência e arte na produção do rum, oito Maestros de Ron (Misturadores Mestres), todos membros da família Bacardí, combinaram seus talentos extraordinários para criar uma edição limitada muito especial, batizada de RON BACARDÍ DE MAESTROS DE RON, VINTAGE, MMXII®. Uma mistura dos mais finos runs que repousaram em barris de carvalho nos últimos 20 anos e foram finalizados em barris antigos de conhaque de 60 anos. A mistura de última qualidade era apresentada em um decânter de cristal soprado a mão de 500 ml em um estojo de couro e com preço de US$ 2.000. Realmente limitados, pois apenas 400 decânteres foram disponibilizados para compra em aeroportos internacionais selecionados e estabelecimentos de varejo de primeira linha em todo o mundo.

  

Em 2021, a BACARDÍ avançou na luta contra a mudança climática e a poluição plástica ao revelar planos de, até 2023, disponibilizar uma garrafa de bebida alcoólica sustentável. O novo material, 100% biodegradável, substituirá 80 milhões de garrafas plásticas produzidas pela empresa a cada ano. Além de lançar a nova embalagem de biopolímero, a empresa também se comprometeu a eliminar todo o plástico não essencial e de uso único, incluindo materiais para caixas de presente e pontos de venda, nos próximos três anos. O rum BACARDÍ será a primeira bebida da marca disponível na nova embalagem, antes que o material vegetal substitua o plástico de uso único de todas as marcas e rótulos da empresa.

   

Depois de quase 160 anos de tradição, mais de 800 importantes prêmios internacionais, não é estranho que o rum BACARDÍ seja o mais popular e vendido do mundo. E qual a fórmula para tanta longevidade? Simples, a empresa guarda com zelo a fórmula da bebida, que passou de geração para geração. O segredo do rum é a cepa de fermento isolada, de alta qualidade, usada por Don Facundo Bacardí, assim como a seleção de melaço residual de cana de açúcar, a filtragem e o desenvolvimento da arte da mistura. Além é claro, da presença do místico morcego em toda sua linha de comunicação.

  

A linha do tempo 

1963 

● Lançamento do BACARDÍ 151, rum de cor ligeiramente acastanhada e altíssimo teor alcoólico, aproximadamente 75.5%, que foi vendido nos mercados americano e canadense até 2016. Em função de ser altamente inflamável, devidos aos altos valores de álcool presente na bebida, sua garrafa possuía um anel de segurança a prova de fogo. 

1993 

● Lançamento de uma bebida em lata que misturava o rum BACARDÍ com Coca-Cola. Uma espécie de Cuba Libre pronta para beber. 

1996 

● Lançamento do BACARDÍ SPICE, rum com 40% de graduação alcoólica derivado de uma combinação de nove tipos de runs e especiarias como gengibre e canela, envelhecido por dois anos em barris de carvalho. 

2001 

● Lançamento do BACARDÍ O, um rum extremamente saboroso feito com misturas de laranja, tangerina e mandarim. Nos primeiros quatros meses de mercado foram vendidas 230 mil caixas do produto. 

2002 

● Lançamento do BACARDÍ SILVER, bebida pronta para beber que misturava rum a sabores cítricos. 

2003 

● Lançamento do BACARDÍ COCONUT, uma bebida composta pela mistura do rum com a essência do coco. 

● Lançamento do BACARDÍ RAZZ, rum cuidadosamente produzido, trazendo essências de framboesas e cerejas doces e escuras. 

2006 

● Lançamento do BACARDÍ BIG APPLE, elaborado através das melhores e mais saborosas maçãs verdes, como Fuji, Golden Delicious e Granny Smith, que combinadas ao rum resultam em um incrível e único sabor. O produto se tornou um dos mais importantes e vendidos da marca no mundo. 

● Lançamento do BACARDÍ MOJITO, uma bebida pronta para beber com rum, limão e hortelã. 

● Lançamento do BACARDÍ GRAND MÉLON, uma mistura de rum com suco de melancia. 

2007 

● Lançamento do BACARDÍ SILVER RAZ, uma mistura exótica de rum com framboesa. 

● Lançamento BACARDÍ PEACH RED, uma mistura de rum com pêssego. 

2009 

● Lançamento do BACARDÍ DRAGONBERRY, uma mistura exótica de rum, suco de morango e “Dragon Fruit”, uma fruta conhecida no Brasil como Pitaya. 

2010 

● Lançamento do BACARDÍ TORCHED CHERRY, uma mistura de rum, cerejas de Barbados e uma planta africana chamada Torched Aloe. 

2011 

● Lançamento do BACARDÍ ARCTIC GRAPE, uma mistura de rum com uvas brancas. 

● Lançamento do BACARDÍ OAKHEART, um rum com especiarias cujo sabor robusto é resultado de seu envelhecimento em barris de madeira de carvalho queimada, em seguida, moldado através de uma mistura de carvão e finalizado com a adição de uma mistura secreta de especiarias. Foi relançado em 2020 com o nome de BACARDÍ SPICED. 

2012 

● Lançamento das versões BACARDÍ WOLF BERRY (rum com sabores do blueberry, conhecido como mirtilho, e do exótico wolfberry) e BACARDÍ BLACK RAZZ (rum misturado com sapote negro mexicano e framboesa). 

● Lançamento das variações BACARDÍ MOJITO e BACARDÍ PIÑA COLADA nas versões light, com calorias reduzidas. 

2013 

● Lançamento do BACARDÍ BIG PINEAPPLE, um rum com sabor de abacaxi. 

● Lançamento do BACARDÍ PINEAPPLE INFUSION, um rum com a mistura de abacaxi e coco. 

2014 

● Lançamento do BACARDÍ MANGO, rum com uma mistura do sabor maduro da manga com um toque reconhecível de laranja. 

2016 

● Lançamento do BACARDÍ RASPBERRY, rum com infusão de framboesas vermelhas; e do BACARDÍ GRAPEFRUIT, rum com infusão de toranjas. 

2018 

● Lançamento do BACARDÍ AÑEJO CUATRO, um rum dourado premium envelhecido sob o sol do Caribe por no mínimo quatro anos em barris de carvalho americano antes utilizados na produção de bourbon whiskey. 

2020 

● Lançamento da BACARDÍ REAL RUM COCKTAIL, uma nova linha de coquetéis prontos em lata, composta por: Lime & Soda (rum com aromas de raspas de limão e água com gás), Limon & Lemonade (rum com mistura de limão, toranja e limonada doce e azeda) e Rum Punch (rum com mistura de abacaxi fresco, laranja doce e manga madura com um toque de maracujá). 

2021 

● Lançamento da edição limitada BACARDÍ TROPICAL, rum com uma mistura perfeita de abacaxi, coco e goiaba. 

● Lançamento de três novos drinques em lata prontos para beber: Bahama Mama (rum com notas frutadas de laranja, frutas vermelhas e abacaxi), Mojito (rum com limão e hortelã) e Sunset Punch (rum com mistura de laranja, limão e gengibre).

A marca oferece ainda outras derivações de rum como o BACARDÍ RESERVA OCHO, originalmente uma bebida particular da família Bacardí desde 1862, é um dos runs mais sofisticados e complexos da marca, amadurecido por mais de oito anos em barris de carvalho cuidadosamente selecionados; BACARDÍ GRAN RESERVA DIEZ, um rum especial premium, resultado da mistura de runs envelhecidos por no mínimo dez anos sob o sol do Caribe, em Porto Rico, cuja maturação acontece em barris de carvalho americano antes utilizados na produção de bourbon whiskey, depois filtrado em carvão, onde adquire o seu final suave com aromas de baunilha caramelizada e carvalho, além de notas frutadas de banana, pera e melão; BACARDÍ RESERVA LIMITADA, feito de runs amadurecidos 12 anos em tonéis de carvalho branco americano ligeiramente queimados e somente disponível no Centro de Visitantes da Casa Bacardí (em Cataño, Porto Rico), na loja da marca em Nassau ou em lojas refinadas em seletas ilhas do Caribe; BACARDI CARTA NEGRA, rum preto de corpo médio, habilmente misturados por até 3 anos usando rum desenvolvido em barris de carvalho fortemente carbonizados e então moldado através de uma mistura secreta de carvão; e BACARDÍ SOLERA 1873, envelhecido em barris de carvalho por três anos em barris de carvalho recém carbonizados e cuidadosamente selecionados, e que utiliza o sistema de solera (onde barris são empilhados, sendo que a bebida armazenada há mais tempo fica nos barris debaixo).

  

A casa do morcego 

Instalada em Porto Rico desde 1958 (apesar de ser engarrafado desde 1936), a fábrica da BACARDÍ, batizada de “Catedral do Rum”, mantém a disposição dos turistas um fantástico centro de visitantes desde 1961. Localizada a 15 minutos da cidade de San Juan, na região de Cataño, a CASA BACARDÍ, uma versão moderna do centro de visitantes inaugurada em 2003, possui sete salas que abrigam desde a história da família fundadora até dados sobre a fabricação do rum. Além disso, existem espaços interativos em que o turista pode apreciar os diferentes aromas e sabores das variações da bebida, além de conhecer um pouco mais sobre seu processo de fabricação. Destaque para a reprodução da antiga fábrica da BACARDÍ, em Santiago de Cuba, onde tudo começou, com móveis, fotografias e documentos originais.

   

Ainda é possível aprender a preparar coquetéis como mojito ou daiquiri em um tour de mixologia. No final da visita acontece uma degustação de drinques e um agradável convite às compras em uma loja conceito da marca, onde é possível encher uma garrafa personalizada com Rum Reserva Especial da BACARDÍ diretamente de um dos barris, para levá-la como lembrança. O local ainda abriga um restaurante, onde chefs preparam pratos clássicos do Caribe e uma variedade de especialidades de frutos do mar.

    

Até março de 2021, existia outra unidade da CASA BACARDÍ, inaugurada em julho de 2010 e localizada em Sitges, um pequeno vilarejo litorâneo a 35 km ao sul de Barcelona na Espanha e onde nasceu o fundador da marca. Esta unidade contava com o Bacardí Bar Lounge, que recebia os visitantes para desfrutar e aprender, com a ajuda de mãos profissionais, um pouco do universo fascinante da coquetelaria criativa com rum BACARDÍ.

  

O marketing 

Uma das principais ferramentas de marketing da marca é o BACARDÍ LEGACY, uma das maiores e mais importantes competições internacionais de mixologia, criada em 2008 para apoiar e celebrar talentos extraordinários da coquetelaria, dando aos participantes a oportunidade de criar um coquetel que resistirá ao teste do tempo, tornar-se sua bebida de assinatura e continuar a ter um legado duradouro. Desafiando bartenders excepcionais a escrever seu próprio capítulo na extraordinária e duradoura história do rum mais premiado do mundo, a competição é disputada por fases, nacional e depois internacional, com participantes de mais de 45 países, incluindo o Brasil. Os bartenders devem criar um novo coquetel que seja digno de inclusão neste legado - a ser homenageado ao lado de clássicos como o Original Bacardí Mojito, o Original Bacardí Daiquiri e o Bacardí Old Cuban. A conquista do troféu representa uma mudança de vida para um bartender, cuja lista de vencedores, inclui Ago Perrone (Bar Connaught de Londres) e Shingo Gokan (Barman Internacional do Ano de 2017).

  

O logotipo do morcego 

O logotipo do morcego aparece em todo rótulo dos produtos que levam o nome e a marca BACARDÍ. De acordo com a família, isto começou em 1862 quando a esposa de Don Facundo, Dona Amália Lucía Victoria Moreau, sugeriu que o morcego fosse utilizado como marca registrada de seu novo rum. Ao entrar na primeira destilaria da BACARDÍ, Amália notou uma colônia de morcegos frutíferos que viviam nas vigas da edificação. Morcegos tinham grande significado no mundo de Dona Amália. Como uma amante das artes, ela conhecia os Taínos, um povo nativo já extinto em Cuba, que acreditavam piamente que morcegos eram considerados portadores de bens culturais. E conhecia uma lenda local que dizia que os morcegos traziam saúde, sorte e união familiar. A sugestão dela também era inteligente e pragmática. Por causa da alta taxa de analfabetismo no século 19, o produto precisava de um logotipo gráfico fácil de lembrar e reconhecer - uma marca registrada - para ser identificado e assim vender muito. Rapidamente o rum ficou conhecido como “Ron del Murciélago”. As criações de Don Facundo ficaram rapidamente conhecidas em Cuba, especialmente dois novos runs: um era cuidadosamente envelhecido, rico, escuro e fácil de tomar; já o outro era leve, suave, sofisticado e fácil de beber. Mas a mitologia em torno do animal símbolo da marca, também ajudou, pois a novidade do morcego corria de boca em boca, junto com a notícia de seus novos runs.

  

O principal símbolo de reconhecimento da marca BACARDÍ passou por inúmeras alterações em seu design ao longo dos anos. Se até 1959 a imagem era uma representação mais verídica do morcego, neste ano a marca apresentou o animal de uma forma totalmente estilizada. Em 2010 o morcego ganhou mais destaque no logotipo, além de ter sua cabeça virada para o lado direito. Em 2013 a marca resgatou suas raízes ao apresentar um novo logotipo onde o morcego era mais semelhante ao original, com uma representação mais fiel do mamífero voador.

  

A evolução visual 

O logotipo da marca passou por algumas atualizações acentuadas ao longo dos anos. Até que em 2010, além atualizar o símbolo do morcego, a palavra Bacardí, com uma nova tipografia de letra, passou a ser escrita com acento agudo na letra “i”, como o sobrenome do fundador. Porém, pouco depois, em 2013, a marca apresentou uma nova identidade visual baseada no conceito “Untameable Since 1862” (em português algo como “Indomável desde 1862”) e inspirada no autêntico e artesanal logotipo do morcego desenhado à mão em 1890, em estilo Art Deco cubano, originário do antigo escritório da empresa em Havana. O logotipo também ganhou uma nova tipografia de letra. A identidade visual da marca pode ser aplicada na vertical ou horizontal.

  

Como a empresa BACARDI LIMITED tem o mesmo nome de seu principal produto, é utilizada uma identidade visual diferente, que apesar de utilizar a cor dourada mantém o tradicional símbolo do morcego.

  

A garrafa do principal produto da marca, o rum Carta Blanca, também passou por diversas modificações em seu design, não somente no rótulo como também no formato. A última modificação ocorreu em 2015. Essa garrafa, ainda com a clássica cor “Georgia Green” de seu vidro, reflete a tradição da marca e ao mesmo tempo sua qualidade atemporal. Mais fina e mais alta que a anterior, foi projetada para ser mais fácil de manusear, mais rapidamente acessada no bar e com melhor distribuição de peso para uma melhor ergonomia para o bartender profissional. Já o rótulo possui desenhos únicos que contam a história da família Bacardí e da marca, fortemente influenciado pelo estilo Art Déco do edifício BACARDÍ, antigo escritório da empresa e bar icônico em Havana, Cuba. As etiquetas de papel do rótulo são feitas de fibra reciclada de cana, um resíduo resultante da elaboração do rum. A novidade também ficou por conta do retorno aos nomes originais, em espanhol, fazendo com que os produtos voltassem a se chamar BACARDÍ Carta Blanca, BACARDÍ Carta Oro e BACARDÍ 8 Años.

  

Os slogans 

Do What Moves You. (2018) 

There’s Nothing in the Way. (2015) 

Untameable Since 1862. (2013) 

Bacardi Together. (2011) 

The Spirit of Bacardi. (2009) 

Alive with Taste. (2007) 

The party is you! (2006) 

You in? (2006) 

Feeling Bacardi. (2005) 

The way it should B. (2005) 

Live like you mean it. (2003) 

Welcome to the Latin Quarter. (2002) 

You know when it’s Bacardi. (2001) 

Just Add Bacardi. (1992) 

Flying to Heaven with Bacardi. (anos de 1920) 

They get the job done. (Bacardi & Cola)

  

Dados corporativos 

● Origem: Cuba 

● Fundação: 4 de fevereiro de 1862 

● Fundador: Facundo Bacardí Massó 

● Sede mundial: Hamilton, Bermuda 

● Proprietário da marca: Bacardi & Company Limited 

● Capital aberto: Não 

● Chairman: Facundo L. Bacardí 

● CEO: Mahesh Madhavan 

● Faturamento: US$ 2 bilhões (estimado) 

● Lucro: Não divulgado 

● Presença global: 170 países 

● Presença no Brasil: Sim 

● Funcionários: 7.000 

● Segmento: Bebidas alcoólicas 

● Principais produtos: Runs e derivados 

● Concorrentes diretos: Captain Morgan, Havana Club, Tanduay, McDowell’s No. 1 Celebration, Barceló, Montilla e Malibu 

● Ícones: O Morcego 

● Slogan: Do What Moves You. 

● Website: www.bacardi.com 

A marca no mundo 

A marca BACARDI, conduzida pela oitava geração de Don Facundo, comercializa seus aclamados runs e bebidas derivadas em mais de 170 países, empregando aproximadamente 7 mil funcionários ao redor do mundo. A marca detém aproximadamente 50% de participação do mercado mundial, vendendo anualmente mais de 18.5 milhões de caixas de 9 litros (mais de 165 milhões de garrafas). Atualmente, o rum BACARDÍ é produzido em mais de 25 fábricas localizadas nas Bahamas, Índia, México, Panamá, Trinidad Tobago e Porto Rico, além de ser engarrafado em fábricas na Austrália, Brasil, Canadá, Costa Rica, Alemanha, Nova Zelândia, Espanha, Suíça, Reino Unido e os Estados Unidos. 

Você sabia? 

● A BACARDI LIMITED é proprietária de 200 marcas famosas no segmento, como por exemplo, as vodcas Grey Goose (saiba mais aqui) e Eristoff, o uísque Dewar’s, a tequila Patrón, o gim Bombay Sapphire (clique aqui e saiba mais), o conhaque Baron Otard, o licor Bénédictine (saiba mais aqui) e o tradicional vermute Martini. 

● Todo dia 4 de fevereiro, a BACARDÍ comemora o “Founders Day”, que marca o nascimento da empresa em Cuba em 1862. 

● Apesar da marca BACARDÍ ter nascido em Cuba, hoje em dia seus runs não são mais comercializados na ilha caribenha. 

● O escritor americano Ernest Hemingway celebrou seu prêmio Nobel de Literatura, em 1954, em uma festa patrocinada pela BACARDÍ. 

As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, BusinessWeek, Época Negócios, Exame, Embalagem Marca e Isto é Dinheiro), jornais (Valor Econômico, Folha e Meio Mensagem), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Mundo do Marketing), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers). 

Última atualização em 14/6/2021 

O MDM também está no Instagram. www.instagram.com/mdm_branding/