Por suas páginas, a revista COSMOPOLITAN retrata uma mulher em busca de autoconhecimento, da afirmação no trabalho e da satisfação sexual. É aquela mulher que deseja crescer em todos os sentidos, trocando experiências afetivas e explorando seu potencial como mulher e profissional. Com uma filosofia de que é preciso despertar na leitora a auto-imagem de uma mulher que confia em si, que é capaz, de romper preconceitos e ser feliz, a revista se tornou uma referência para milhões de mulheres no mundo durante gerações.
A história
A COSMOPOLITAN, ou simplesmente COSMO, como algumas de suas fiéis leitoras gostam de chamá-la, uma das mais chiques e respeitadas revistas femininas de todos os tempos, foi lançada no mercado americano no longínquo ano de 1886 pela Schlicht & Field. Em sua primeira edição, Paul Schlicht, principal idealizador da revista, contou aos leitores que sua intenção era fazer uma revista familiar. A revista adotou inicialmente o nome THE COSMOPOLITAN. Em seu primeiro ano a nova revista vendeu 25 mil exemplares. Pouco depois, em 1888, E.D. Walker assumiu o cargo de editor e promoveu grandes inovações como a inserção de ilustrações coloridas, o jornalismo investigativo e a opinião/crítica sobre livros. Em apenas quatro anos de existência a revista se tornou líder do mercado americano e um sucesso entre as famílias.
Depois de passar por várias mãos e ver suas vendas caírem drasticamente na década de 1950, a COSMOPOLITAN foi totalmente reformulada em 1965 pelas mãos da editora-chefe Helen Gurley Brown, uma ex-secretária e autora do livro Sex and the Single Girl (“O Sexo e as Solteiras”, em português), um manifesto que deu o pontapé inicial na revolução sexual das mulheres, tornando-se exclusivamente uma revista feminina, com capas que utilizavam mulheres sensuais vestindo biquínis ou vestidos curtos. Em um cenário de pós-guerra, no qual as mulheres começavam a trabalhar fora, a COSMOPOLITAN, abordando assuntos relacionados à carreira profissional, independência e relacionamentos do universo feminino, foi a primeira revista que começou a tratar a mulher como indivíduo, enquanto as outras publicações a colocavam sempre como donas de casa e esposas.
Rapidamente a COSMOPOLITAN se tornou famosa, especialmente por seus editoriais, que promoviam uma conversa entre as editoras da revista e as leitoras, mostrando assim, a posição da revista em relação a assuntos veiculados ao universo feminino. Com a mentalidade da mulher em transformação, os anseios de emancipação mostravam-se presentes na revista. Apostando que os interesses e preocupações das mulheres em todas as partes do mundo eram semelhantes, a revista começou sua expansão internacional em 1972, quando lançou a edição inglesa com grande sucesso, vendendo mais de 35 mil exemplares.
Nesse período discussões em torno das pílulas contraceptivas, feminismo e tabus da sexualidade estavam passando por rupturas no Brasil. Havia assim, a necessidade de um veículo dirigido às mulheres com assuntos ligados a sexo e sexualidade. Essa temática, então, passou a assumir, lentamente, espaços dentro da imprensa feminina. Foi então, que em 1973, a revista chegou ao Brasil pelas mãos da Editora Abril, que percebendo uma lacuna no mercado editorial para o público feminino entre vinte e trinta anos, resolveu apostar em uma nova revista. A revista chegou propondo trabalhar com esse novo tema, voltada para uma nova mulher (daí a escolha do nome NOVA/COSMOPOLITAN). A revista foi uma das primeiras a tratar de assuntos polêmicos e a quebrar tabus sobre o comportamento feminino. Nesta época, falar de sexo no Brasil era tabu e a revista teve o papel de desmistificar o tema, trazendo à tona a sexualidade da mulher. Suas matérias buscavam informar sobre beleza, moda, sexo e comportamento. Entretanto, seu diferencial estava na maneira aberta em que tratava a sexualidade e a imagem que começava a construir uma nova mulher. Em 2015 adotou oficialmente o nome COSMOPOLITAN e passou a utilizar o logotipo usado em todo o mundo. Porém, em agosto de 2018, com a grave crise financeira enfrentada pela editora, o grupo Abril anunciou o encerramento de vários títulos, entre os quais a revista COSMOPOLITAN.
Na década de 1980 a COSMOPOLITAN foi lançada em muitos outros países, fazendo enorme sucesso com sua edição japonesa. Em 2002, a bela Halle Berry se tornou a quinta mulher negra a surgir na capa da revista. Nos últimos anos, com a enorme revolução ocorrida no segmento de editoração de revistas, a COSMOPOLITAN investiu pesado em sua presença nos meios digitais e, principalmente, redes sociais, onde é uma das marcas mais atuantes do segmento. No início de 2018, a atriz Laverne Cox, que é uma mulher transgênero, estampou a capa da edição sul-africana da COSMOPOLITAN pela primeira vez em 132 anos. Atualmente, a revista se dirige a mulheres mais jovens, solteiras e que trabalham fora de casa. É uma revista constituída de textos, fotos, ilustrações e publicidades voltadas para o universo feminino que aborda assuntos como relacionamentos, sexo, saúde, carreiras, auto-conhecimento, celebridades, moda e beleza. Diferentemente de outras revistas, não aborda assuntos relacionados à família, filhos, etc. Sua temática sempre está ligada a nova realidade da mulher, que acumula funções e preocupações. Seja no campo profissional, nos estudos e nos cuidados pessoais. É definitivamente o guia para as mulheres jovens que criam carreiras, desenvolvem seu estilo individual e encontram seu lugar na sociedade.
A evolução visual
A identidade visual da marca passou por algumas remodelações ao longo dos anos. Inicialmente batizada de THE COSMOPOLITAN, alguns anos depois foi retirado o “THE” de seu logotipo.
Nos anos seguintes a identidade visual da marca foi sendo modernizada até adotar o logotipo atual (cuja cor oficial é a rosa) no final da década de 1990.
Acompanhe na imagem abaixo a evolução do design das capas da revista ao longo dos anos.
Dados corporativos
● Origem: Estados Unidos
● Lançamento: 1886
● Criador: Paul Schlicht
● Sede mundial: New York City, New York, Estados Unidos
● Proprietário da marca: Hearst Communications Inc.
● Capital aberto: Não
● Presidente: Troy Young
● Editora-chefe: Michele Promaulayko
● Faturamento: Não divulgado
● Lucro: Não divulgado
● Assinantes: 3 milhões
● Edições internacionais: 64
● Presença global: 100 países
● Presença no Brasil: Não
● Funcionários: 600
● Segmento: Mídia
● Principais produtos: Revistas femininas
● Concorrentes diretos: Marie Claire, Elle, Vogue, Glamour, Vanity Fair e InStyle
● Ícones: As capas
● Slogan: Fun, fearless, female.
● Website: www.cosmopolitan.com
A marca no mundo
A revista feminina líder no mundo, vende mensalmente aproximadamente 6 milhões de exemplares, sendo produzida em 64 diferentes edições internacionais em 35 idiomas e distribuída em mais de 100 países ao redor do mundo. Com mais de 3 milhões de assinantes no mundo, somente no mercado americano as vendas superam a marca de 2.5 milhões de unidades todos os meses. A COSMOPOLITAN é extremamente ativa nos meios digitais: o site atinge mais de 35 milhões de usuários únicos por mês, além de contar com forte presença nas mídias sociais, onde possui mais de 15 milhões de seguidores.
Você sabia?
● Somente nos Estados Unidos a COSMOPOLITAN alcança 18 milhões de leitoras por mês.
As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Exame), jornais (Meio Mensagem e Estadão), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand) e Wikipedia (informações devidamente checadas).
Última atualização em 5/9/2018
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