19.2.13

DVF (Diane von Furstenberg)


A estilista Diane von Fürstenberg com seu gosto elegante e talento único conquistou, através de sua marca de luxo, clientes famosos e poderosos, como por exemplo, Michelle Obama, Gwyneth Paltrow, Madonna, Jessica Alba, Susan Sarandon, Jennifer Lopez e Kate Middleton. Com isso, transformou sua marca em um verdadeiro ícone no segmento de luxo, cujos produtos - que incluem o icônico vestido envelope, símbolo de empoderamento feminino -, campanhas e lojas dizem a mesma coisa: “seja a mulher que você quer ser”

A história 
Diane Simone Michelle Halfin (foto abaixo) nasceu no dia 31 de dezembro de 1946 na cidade de Bruxelas em uma família judaica de classe média alta, sobrevivente do campo de concentração de Auschwitz. Estudou economia na renomada Universidade de Genebra. Aos dezoito anos conheceu o príncipe Egon von Fürstenberg, descendente por parte de pai de uma família alemã de sangue azul, e por parte de mãe, dos fundadores da montadora Fiat (conheça essa outra história aqui), e se casou em 1969 na cidade de Paris, onde ela disse o “sim” vestida com uma criação de Christian Dior (conheça essa história aqui). O casamento, embora não fosse feliz e muito bem aceito pela família do noivo por causa da religião dela, foi considerado dinástico e, por isso, Diane recebeu o título de princesa von Fürstenberg. Foi ainda em 1969 que ela se mudou com o marido para Nova York.
   

Apesar de ser extremamente rica e não precisar trabalhar, ficou famosa meteoricamente em 1972, quando desenhou uma coleção de vestidos de jérsei para passar o tempo. Seu talento recebeu elogios de ninguém menos que Diana Vreeland, a lendária editora da revista Vogue (saiba mais aqui). Após criar sua marca ainda em 1972, no mês de setembro de 1973 a estilista surpreendeu o mundo da moda com a criação do vestido-envelope (conhecido em inglês como “wrap dress”), confeccionado em jérsei de algodão, cruzado na altura dos seios e fechado por um laço na cintura. Lançado em 1974 e vendido por US$ 75, o modelo rapidamente caiu no gosto das americanas. Era visto por todos os lados: em mães de famílias de classe média, badaladas estrelas de Hollywood, primeiras-damas e militantes feministas. Mas porque tanto sucesso? Era uma peça democrática e feminina, que valorizava todos os tipos de silhuetas. O vestido era sensual e prático ao mesmo tempo. Bastava envolver o corpo em um laço, colocar sandálias de salto e estar elegante. “Os homens adoravam porque era fácil de tirar”, sempre relembra Diane. “Como ele não tinha botões nem zíper, podíamos nos despir sem fazer o menor barulho”, completa a estilista.
  

O sucesso era tanto que, em 1976, a estilista vendia 25 mil vestidos por semana. Ancorado na máxima “Feel like a woman, dress like a woman” (em tradução livre “Sinta-se como uma mulher, vista-se como uma mulher”), o vestido se tornou um must-have atemporal. Desde então, feminilidade e o estilo sexy chique estão no DNA da grife da estilista. Além disso, ela conquistou Nova York e virou rainha do Studio 54, a mais badalada boate da cidade na época. Diane também se cercou de amigos influentes, entre eles Yves Saint Laurent, Bianca Jagger e Andy Warhol. Não demorou muito para o vestido se transformar em um império de milhões de dólares, o que levou a estilista à lendária capa na revista Newsweek (saiba mais aqui) como a mulher mais poderosa no mundo da moda depois de mademoiselle Coco Chanel.
   

Depois dos vestidos, a talentosa estilista lançou óculos, lenços, cosméticos (a maquiagem com a paleta de cores mais ousada que a indústria da beleza já tinha visto até então), perfumes (o primeiro deles em 1974, batizado de Tatiana, nome de sua filha), bolsas e malas. Em 1979, segundo o jornal The New York Times (saiba mais aqui), a marca já faturava mais de US$ 150 milhões. Mas o trajeto da estilista na moda teve um hiato. Depois do sucesso estrondoso na década de 1970, ela licenciou a linha de vestidos e vendeu a empresa de cosméticos em 1983. Mudou-se para Paris em 1985, onde trabalhou como editora. Mas retornou para os Estados Unidos e fez sucesso com vendas pela televisão da linha de roupas Silk Assets (vestidos, calças, blusas e blazers), em 1992. Em apenas duas horas vendeu US$ 1.2 milhões no canal QVC.
   

Pouco depois, em 1997, quando percebeu que garotas descoladas passaram a comprar vestidos-envelope em brechós de Nova York, ela voltou a vestir as mulheres com o clássico modelo: Gwyneth Paltrow foi uma das primeiras a usar de novo o icônico vestido, agora reinterpretado. Era o ressurgimento da marca, agora batizada de DVF. A coleção do retorno da fundadora ao controle da empresa foi apresentada na loja de departamento Saks Fifth Avenue (conheça essa outra história aqui), em setembro de 1997. Em dois anos, o lucro das vendas do vestido envelope ultrapassou US$ 20 milhões. E rapidamente seus luxuosos produtos já eram vendidos globalmente para uma nova geração de mulheres. Nos anos seguintes iniciou a inauguração de lojas próprias em endereços sofisticados e badalados.
   

Em 2004 a estilista criou uma linha de joias em parceria com a brasileira HStern (conheça essa outra história aqui), originando assim os chamados power rings, anéis feitos de pedras grandes. Seus brincos, anéis, pulseiras e relógios rapidamente figuravam entre os objetos mais vendidos pela joalheria brasileira. Pouco depois introduziu uma linha de echarpes e moda praia, iniciando assim uma diversificação da linha de produtos da marca. Em 2009 ganhou destaque mundial ao assinar o vestido usado pela então primeira-dama americana, Michelle Obama, na foto do cartão de Natal da Casa Branca.
   

Em 2010 a marca inaugurou sua primeira loja na América Latina, localizada em São Paulo, no shopping Iguatemi. Ainda esse ano foi criado o DVF Awards, que premia mulheres que se destacam em seus campos de atuação, oferecendo prestígio, atenção e suporte financeiro como incentivo e apoio às mais diversas causas. Pouco depois, em 2011, além de lançar o perfume Diane, a DVF ingressou no segmento de decoração com uma linha de produtos para casa, que incluía tapetes, roupas de cama, toalhas de mesa e almofadas. Depois, firmou parceria com a GAP (conheça essa outra história aqui), para quem Diane desenhou uma coleção infantil.
   

Em 2014 a marca lançou a campanha “Wrap Dress 40th Anniversary” para comemorar o 40º aniversário do icônico vestido envelope. A campanha apresentava mulheres de diferentes idades e estilos usando o icônico vestido em situações cotidianas e especiais, passando a mensagem que o vestido envelope era atemporal e podia ser usado por mulheres de todas as idades, celebrando a versatilidade e o legado da peça. Ainda ativa no dia a dia da empresa, a estila se prepara para passar o bastão para a neta, Talita von Fürstenberg, de 25 anos. Desde 2019, ela cria coleções especiais para a marca, inspiradas em seu lifestyle. Seguindo o princípio de democratização e difusão da marca para um público mais amplo, em 2020 a Diane von Furstenberg fechou parceria com a C&A (conheça essa história aqui) para o lançamento de uma collab formada por 41 peças, entre vestidos, saias e acessórios.
   

Atualmente a DVF se tornou especialista em fazer dos cortes e modelagens ponto de partida para a criação de visuais sedutores, que mesclam uma visita a elementos clássicos, mas submetidos a uma visão moderna. A grife é conhecida por explorar o mundo das estampas. Uma das marcas registradas é a estampa na diagonal de retângulos arredondados em branco e fundo preto.
  

Diane von Fürstenberg é um ícone cuja influência transcende a moda. Sua trajetória é um testemunho de resiliência, inovação e empoderamento feminino. Desde seu icônico vestido envelope até suas iniciativas filantrópicas e seu compromisso com a sustentabilidade, Diane continua a inspirar e transformar.
   

A evolução visual 
O logotipo da marca passou por algumas remodelações ao longo de sua história. Inicialmente batizada de Diane von Furstenberg (sem o trema mesmo), logotipo original nada mais era que uma assinatura estilizada da estilista. A primeira remodelação ocorreu em 1997 quando a estilista resolveu relançar sua grife com as iniciais DVF, apesar de manter seu nome por extenso abaixo. Após passar por uma pequena modernização em 2013, a marca remodelou seu logotipo radicalmente em 2017, que voltou a adotar o nome Diane von Furstenberg. Apesar disso, a marca continua utilizando as iniciais DVF em diversas ocasiões.
  

Dados corporativos 
● Origem: Estados Unidos 
● Fundação: 1972 
● Fundador: Diane von Fürstenberg 
● Sede mundial: New York City, Nova York, Estados Unidos 
● Proprietário da marca: Diane von Furstenberg Studio LP 
● Capital aberto: Não 
● CEO: Gabby Hirata 
● Diretor criativo: Nathan Jenden 
● Faturamento: US$ 200 milhões (estimado) 
● Lucro: Não divulgado 
● Lojas: 45 
● Presença global: 70 países 
● Presença no Brasil: Sim 
● Funcionários: 350 
● Segmento: Moda de luxo 
● Principais produtos: Roupas, calçados, acessórios e cosméticos 
● Ícones: O vestido-envelope 
● Website: www.dvf.com 

A marca no mundo 
Atualmente a badalada marca Diane von Furstenberg desfila na Semana de Moda de Nova York, comercializa seus produtos - que incluem vestidos, sapatos, bolsas, óculos, acessórios, moda praia e casa - em mais de 70 países e tem 45 lojas próprias espalhadas pelo mundo. A marca também está presente nas mais badaladas lojas de departamento do mundo. 


Você sabia? 
Diane e seu primeiro marido se separaram em 1973. Desde então, ela não tem mais o título de princesa von Fürstenberg, mas pode utilizar o nome, como o faz em sua profissão. 
Em 2006 Diane von Fürstenberg foi eleita presidente do Conselho de Designers de Moda da América, cargo que ocupou até 2019. Em 2008, ela recebeu uma estrela na Calçada da Fama da Moda da Sétima Avenida. 
O vestido envelope da marca Diane von Furstenberg é tão icônico que uma de suas versões está em exibição no Museu Metropolitano de Arte, em Nova York. O vestido faz parte da coleção permanente do museu, destacando sua importância na história da moda. 


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Vogue, Elle, Fortune, Forbes, BusinessWeek e Time), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers). 


Última atualização em 27/7/2024 

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